Guia Prático SEAI (v.1.) Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos André Luís Moreira Pereira Rui Pedro Mendes Gomes Junho 2006 EDP Distribuição – UR03AS Índice Introdução..........................................................................................................................4 Módulo 1 – Procedimentos 1.1 Descrição Geral ...........................................................................................................5 1.2 Automatização do Cálculo ..........................................................................................6 1.3 Dados de Entrada.........................................................................................................6 1.4 Preparação dos Dados de Entrada ...............................................................................8 1.4.1 Consumos na Rede ............................................................................................9 1.4.2 Inicializações ...................................................................................................13 Módulo 2 – Secções Económicas 2.1 Introdução Teórica.....................................................................................................16 2.1.1 Princípio de Cálculo ........................................................................................17 2.2 Processo de Utilização do Menu “Secções Económicas” .........................................20 2.2.1 Utilização Alternativa......................................................................................22 Módulo 3 – Análise de Investimentos 3.1 Conceitos Gerais........................................................................................................23 3.1.1 Valor Actualizado............................................................................................24 3.1.2 Valor Actualizado Líquido (VAL) ..................................................................25 3.1.3 Taxa de Rentabilidade Imediata (TRI) ............................................................26 3.2 Processo de Utilização do Menu “Análise de Investimentos” ..................................26 3.2.1 Rede Actual .....................................................................................................27 3.2.2 Propostas..........................................................................................................28 3.2.3 Utilização Alternativa......................................................................................33 Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 1 EDP Distribuição – UR03AS Índice de Figuras Figura 1.3.I – Página Inicial do SEAI ...............................................................................6 Figura 1.3.II – Campos da página “Introdução de Dados” .............................................7 Figura 1.4.I – Esquema topológico da RBT ..........................................................................8 Figura 1.4.II – Matriz topológica da RBT .............................................................................9 Figura 1.4.III – Tipo de consumo pretendido ........................................................................9 Figura 1.4.IV – Diagrama de Carga relativo à potência contratada de 10,35 KVA ......11 Figura 1.4.V – Página de Alteração dos Dados..............................................................12 Figura 1.4.VI – Alteração dos Consumos nos Diagramas de Carga ..............................13 Figura 2.2.I – Menu “Secções Económicas”...................................................................20 Figura 2.2.II – Secções Económicas................................................................................21 Figura 3.1.I – Escala de Tempos .....................................................................................23 Figura 3.2.I – Menu “Análise de Investimentos” ............................................................27 Figura 3.2.1.I – Dados para a Rede Actual .....................................................................28 Figura 3.2.2.I – Lista de Materiais/Tarefas a adicionar .................................................29 Figura 3.2.2.II – Exemplo de Materiais/Tarefas possíveis de adicionar.........................30 Figura 3.2.2.III – Dados da Proposta..............................................................................31 Figura 3.2.2.IV – Cash-Flows da Proposta ....................................................................31 Figura 3.2.2.V – VAL da Proposta ..................................................................................32 Figura 3.2.2.VI – Benefício em Perdas ...........................................................................32 Figura 3.2.2.VII – Análise de duas Propostas.................................................................33 Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 2 EDP Distribuição – UR03AS Índice de Tabelas Tabela 1.4.I – Consumos Médios ....................................................................................10 Tabela 1.4.II – Consumos Médios ...................................................................................10 Tabela 1.4.III – Correntes Médias Quadráticas .............................................................12 Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 3 EDP Distribuição – UR03AS Introdução O programa SEAI (Secções Económicas e Análise de Investimentos) foi elaborado com a finalidade de preencher uma lacuna existente no departamento de Orçamentação da Unidade de Rede em que o estágio decorreu. Verificou-se que nos projectos de remodelação da Rede BT, apenas são analisadas as secções técnicas dos cabos de energia eléctrica BT, não tendo em conta a evolução possível das cargas bem como os custos que as energias de perdas comportam. Assim, o módulo “Secções Económicas de Cabos de Energia Eléctrica BT” tem como objectivo, o cálculo das secções económicas dos condutores de uma determinada rede de distribuição BT, a partir dos resultados da análise técnica efectuada nos programas “D-Plan” e “Rebate”, de modo a obter-se um estudo mais completo e uma ferramenta complementar na escolha dos cabos a utilizar ou a alterar. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 4 EDP Distribuição – UR03AS Módulo 1 – Procedimentos 1.1 Descrição Geral Os estudos desenvolvidos para a execução do programa SEAI baseiam-se em esquemas topológicos de Redes de Distribuição de Baixa Tensão, sendo efectuados para cada saída radial de um Posto de Transformação. O método apresentado tem aplicação apenas em redes radiais (situação correspondente à normal exploração de redes no Grupo EDP). A aplicação a redes bi-alimentadas ou malhadas, exige outro tipo de construção da matriz topológica. Tratando-se de um modelo de cálculo para uma aplicação corrente, foi seguido um método simplista que permitisse atender aos objectivos pretendidos para esta ferramenta. O modelo adoptado apresenta então importantes simplificações, que o torna muito mais simples e fácil de usar que os modelos rigorosos de cálculo numérico, com a contrapartida de não ser tão rigoroso. O método apresentado pressupõe o traçado de esquemas topológicos, sendo idêntico ao utilizado no traçado dos esquemas unifilares da rede, considerando-se como ‘nós’ os apoios de derivação ou de mudança de secção dos condutores, em RBT’s aéreas, e armários de distribuição, em RBT’s subterrâneas). Para o processo de cálculo, foi realizado um estudo prévio dos valores médios dos consumos na zona do Ave e Sousa mediante as potências contratadas, até 41,4 kVA de modo a obter-se valores aceitáveis das correntes na zona para o cálculo da Energia de Perdas. Foram também utilizados diagramas de carga tipificados em função da potência contratada, sendo calculado o valor da corrente média quadrática para cada caso. A Energia Não Fornecida não foi considerada por ser muito inferior à Energia de Perdas Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 5 EDP Distribuição – UR03AS 1.2 Automatização do cálculo O cálculo do programa SEAI determina as seguintes grandezas: - Correntes de serviço por ramo; - Energia de perdas por ramo; - Energia de perdas total da rede; - Secções económicas para a rede introduzida; - Análise económica de investimentos; - Comparação de investimentos. 1.3 Dados de Entrada A página inicial do SEAI (Figura 1.3.I) permite a escolha de uma das duas opções: • Introdução de Dados – inicia o programa em si, permitindo ao utilizador a introdução dos dados necessários da rede a estudar; • Alteração de Dados – permite a alteração de várias variáveis fixas necessárias, tais como preços, consumos, materiais, entre outros. Figura 1.3.I – Página Inicial do SEAI Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 6 EDP Distribuição – UR03AS Ao clicar no botão “Introdução de Dados”, o utilizador terá acesso a uma nova página onde pode introduzir todos os dados necessários (Figura 1.3.II), quer para o cálculo das secções económicas, quer para a análise de investimentos. Os dados a introduzir nesta fase não só são necessários como obrigatórios e são eles: - Tipo de Cabo por ramo (*) - Secção por fase do cabo (mm²) por ramo (*) - Comprimento do cabo (m) por ramo (*) - Nº de Consumidores por nó/ramo com distribuição de potências contratadas (*) - Coeficiente de Zona (**) - Crescimento Anual (% do consumo de corrente) - Preço da Energia (€/kWh) - Taxa de Actualização (%) - Tempo de Vida Útil dos equipamentos (anos) Figura 1.3.II – Campos da página “Introdução de Dados” (*) Dados passíveis de serem retirados do programa “Rebate” (**) O coeficiente de zona não tem unidades e o seu valor terá de ser entre 0,8 (zona rural) e 1,3 (zona urbana). Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 7 EDP Distribuição – UR03AS 1.4 Preparação dos Dados de Entrada A numeração dos ramos coincide com a numeração dos respectivos ‘nós’ a jusante. No SEAI, como já foi referido, os nós podem não ser pontos de derivação ou de carga, como são habitualmente definidos, mas também pontos de transição de secção ou de definição topológica, sem carga injectada (‘nós fictícios’). A matriz topológica da RBT radial apresenta-se como uma matriz esparsa de elementos unidade, diagonal e triangular superior de dimensão N’ramos’ x N’nós’. Considera-se o preenchimento da matriz, efectuado por linha, de acordo com a intervenção do ‘ramo’ considerado, no trânsito de energia nos ‘ramos’ a jusante. Exemplo: O ‘ramo’ considerado para ilustrar o processo descrito anteriormente será o ramo 5 (Figura 1.4.I), sendo interveniente no trânsito de energia nos ramo 6 e 7 a jusante. Face ao exposto, o vector linha 5 da mencionada matriz (Figura 1.4.II), apenas apresenta elementos ‘unidade’ nas correspondentes colunas 5, 6 e 7. Figura 1.4.I – Esquema topológico da RBT Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 8 EDP Distribuição – UR03AS Figura 1.4.II – Matriz topológica da RBT 1.4.1 Consumos na Rede Ao contrário dos programas de análise técnica das RBT’s, o SEAI pode utilizar valores de consumos médios de energia retirados de consumos reais ao longo de vários anos, de consumidores da Rede do Ave e Sousa (divididos pelos vários escalões tarifários existentes até 41,4 kVA) em vez de trabalhar sobre os valores de potências contratadas com os devidos factores de correcção aplicáveis. O SEAI pode ainda utilizar outra alternativa, que consiste no uso de valores de corrente média quadrática, calculados através de diagrama de carga típicos. Os dois modelos referidos podem ser seleccionáveis pelo utilizador com a colocação de um ‘X’ no campo de introdução de dados, como se pode observar a partir da Figura 1.4.III. Figura 1.4.III – Tipo de consumo pretendido De seguida é apresentada a explicação detalhada dos cálculos inerentes a cada uma das opções referidas. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 9 EDP Distribuição – UR03AS 9 Opção CM – Consumos Médios Foram retirados do sistema de dados da EDP, 10 valores de consumos (em kWh) para cada nível de potência contratada. Os valores dos consumos energéticos foram obtidos pela divisão dos consumos dos clientes (diferença entre o valor inicial no contador e o valor da última contagem) pelo número de horas em que esses consumos ocorreram (diferença de horas entre a data do inicio da contagem e a data da última contagem). Consumo(Wh / h) = consumo(Wh) dias × 24 Obtidos os 10 valores para uma determinada potência contratada, calculou-se o valor médio, aceitando-se esse valor como sendo o consumo médio para a respectiva potência contratada. No final deste processo obteve-se a seguinte tabela de correspondência de consumos: Tabela 1.4.I – Consumos Médios Pc(kVA) Consumo médio (Wh/h) 1,15 3,45 6,9 6,9 10,35 13,8 17,25 20,7 27,6 34,5 41,4 M M M T T T T T T T T 86,95 242,97 354,55 421,31 682,58 707,32 1292,45 1369,73 2655,42 3568,30 6772,02 Os valores do consumo médio de corrente por hora podem ser determinados pela expressão: I ( A) = Consumo(Wh / h) , 3 × Uns com Uns = 230V A Tabela 1.4.II revela os valores calculados para os consumos de corrente, por potência contratada. Tabela 1.4.II – Consumos Médios Pc(kVA) 1,15 M 0,126 Guia SEAI v.1. 3,45 M 0,352 6,9 M 0,514 6,9 T 0,611 Consumo médio (A/h) 10,35 13,8 17,25 20,7 T T T T 0,989 1,025 1,873 1,985 27,6 T 3,848 SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 34,5 T 5,171 10 41,4 T 9,815 EDP Distribuição – UR03AS De referir que os valores das correntes foram considerados como sendo todos trifásicos e são a média de consumos em dias da semana, fins-de-semana, dias de férias e de consumos de utilizadores de energia dos tipos A, B, E e F. 9 Opção DT – Diagramas Típicos Relativamente à opção DT, esta tem por base os diagramas estabelecidos através de um conjunto de valores de consumo típicos (em termos de corrente) para cada período do dia, tendo em conta a potência contratada por um determinado consumidor. Para cada potência contratada é calculada a energia diária, energia mensal, a corrente média diária, e por último a corrente média quadrática. Diagrama de Carga (10,35KVA-trifásico) 6 5 I(A) 4 3 2 1 [23;24] [20;23] [19;20] [18;19] [17;18] [14;17] [13;14] [12;13] [11;12] [9;11] [7;9] [0;7] 0 Horas Figura 1.4.IV – Diagrama de Carga relativo à potência contratada de 10,35 KVA Ora, através dos diagramas de carga obtidos, é calculada a corrente média quadrática (IMQ) através da seguinte expressão: I MQ = 1 n 2 ∑ I j ⋅tj T j =1 Na tabela seguinte são apresentados os valores de IMQ, de acordo com as respectivas potências contratadas: Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 11 EDP Distribuição – UR03AS Tabela 1.4.III – Correntes Médias Quadráticas Pc(kVA) 1,15 M 0,327 3,45 M 0,447 6,9 M 0,770 Corrente Média Quadrática (A) 6,9 10,35 13,8 17,25 20,7 T T T T T 0,770 1,449 1,619 1,736 2,054 27,6 T 3,276 34,5 T 5,217 Nesta opção é o respectivo valor da corrente média quadrática que entrará na expressão do cálculo da energia anual de perdas, que mais à frente neste guia se fará referência: O SEAI permite a alteração dos valores dos consumos, acedendo ao menu “Alteração de Dados” na página inicial e seleccionando a opção “Valores de Consumos” como é possível verificar-se na Figura 1.4.V, perdendo-se no entanto os valores obtidos pelo estudo efectuado. É possível proceder à alteração dos consumos relativos aos diagramas de carga típicos, acedendo ao menu “Diagramas de Carga”. Entrando neste campo, o utilizador terá de escolher a potência contratada, cujo consumo pretende alterar. Ultrapassado este ponto, poder-se-á alterar os valores dos consumos em determinadas horas, bem como o número de horas de utilização anual, como se pode observar pela Figura 1.4.VI. Figura 1.4.V – Página de Alteração dos Dados Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 12 41,4 T 10,142 EDP Distribuição – UR03AS Figura 1.4.VI – Alteração dos Consumos nos Diagramas de Carga A opção “Dados Consumos” permite ao utilizador observar todos os valores incluídos no estudo dos consumos médios, enquanto que a opção “Cabos” oferece a possibilidade de alterar os parâmetros respeitantes aos cabos de energia eléctrica BT utilizados pelo SEAI. 1.4.2 Inicializações Para inicializar o programa SEAI, no menu “Introdução de Dados”, o utilizador terá de: - Inserir os dados de pelo menos um cabo na primeira posição para tal; - Definir a topologia da rede; - Colocar o número de clientes nas respectivas posições; - Inserir o Coeficiente de Zona (valor entre 0,8 e 1,3); - Inserir o Crescimento Anual (até 5% da corrente); - Seleccionar o Tipo de Consumo pretendido (Consumos médios/Diagramas Típicos); - Inserir o Preço da Energia, Taxa de Actualização e Tempo de Vida Útil dos equipamentos. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 13 EDP Distribuição – UR03AS Após a introdução de todas as variáveis necessárias, os dados têm de ser carregados a partir do botão “Carregar Dados”. Sempre que alguma variável de inicialização seja modificada, é necessário premir novamente o mesmo botão, de modo a que os cálculos posteriores sejam afectados com variáveis correctas. Ao ser premido, o botão referido, activará uma sequência de cálculos de novas variáveis necessárias ao cálculo de Secções Económicas ou de Análise de Investimentos posteriormente analisados neste documento. As novas variáveis calculadas para o ‘ramo/nó x’*) são: • Resistências de todos os cabos introduzidos rx(Ω) = Rcabo(Ω / m) × L(m) Com: Rcabo – resistência por comprimento do cabo L – comprimento do cabo • Potência associada apenas ao ‘ramo x’, ou seja, a soma das potências contratadas dos consumidores ligados no ‘nó x’ (extremidade a jusante do ‘ramo x’) Px ( kVA ) = ∑ Pc ( kVA ) Sendo: Pc – Potência Contratada por um consumidor do ‘nó x’. • Corrente média associada apenas ao ‘ramo x’, correspondente à soma das correntes respeitantes a cada potência contratada dos consumidores pendurados no ‘nó x’ cujos valores se encontram na Tabela 1.4.II. Ix( A) = ∑ Ipc( A) Sendo: Ipc – Corrente de um consumidor (depende da Pc do mesmo) do ‘nó x’ • Corrente média total no ‘ramo x’ (depende da rede existente a jusante do ‘nó x-1’). O cálculo desta corrente tem como base a linha ‘x’ da matriz topológica da rede (Figura 1.4.II.) e as correntes Ix em cada ramo anteriormente calculadas. Irx( A) = I1 × T ( x,1) + ... + Ix × T ( x, x) + ... + I 30 × T ( x,30) Sendo: T (linha, coluna) – matriz da Topologia da rede *) NOTA: ‘x’ tem um valor máximo de 30 Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 14 EDP Distribuição – UR03AS • Energia de Perdas Anual no ‘ramo x’, que é determinada a partir da seguinte expressão: Wx(kWh) = 3 × rx × Irx 2 × h 1000 Sendo: h=8760h (número de horas de utilização da canalização) A Energia Total de Perdas da RBT é a soma do valor calculado para cada ‘ramo’. Carregados os dados necessários e calculadas todas as novas variáveis o utilizador do SEAI pode então optar pela opção do cálculo das secções económicas para a rede pretendida, ou pela opção da análise de investimento, sendo os parâmetros introduzidos anteriormente correspondentes à RBT actual, ou proposta de modificação ou ainda a uma nova RBT. Estas opções serão analisadas nos Módulos 2 (Secções Económicas) e 3 (Análise de Investimento) deste guia. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 15 EDP Distribuição – UR03AS Módulo 2 – Secções Económicas 2.1 Introdução Teórica No dimensionamento ou melhoramento de uma RBT, procede-se ao estudo das condições que garantam a conformidade técnica da mesma. A secção técnica de um cabo a escolher para uma nova rede ou para uma remodelação é o valor mínimo da secção que satisfaz as diferentes condições técnicas de funcionamento. Assim, escolhida uma secção normalizada imediatamente superior ao valor de secção técnica calculado, garante-se uma corrente de serviço menor que a corrente máxima admissível e uma queda de tensão na rede inferior à queda de tensão máxima. Existe no entanto uma outra abordagem possível e importante na escolha de secções dos cabos a utilizar numa RBT. A secção económica é o valor da secção que conduz à melhor solução no plano económico, pois é determinada com base no custo total de uma canalização, tendo em conta o investimento inicial e o custo de exploração, ao longo do tempo de vida útil da canalização, que corresponde, em grande parte, ao custo das perdas de energia. Para uma mais completa análise da secção económica, são agora expostas algumas considerações importantes. Se o valor da secção for inferior ao da secção técnica a secção a escolher para o cabo em questão será a técnica. Se por outro lado, a secção económica for igual ou superior à secção técnica, a secção do cabo será o valor normalizado mais próximo da secção económica cujos encargos sejam os menores como será explicado de um modo mais detalhado posteriormente. A diferença entre os valores da secção técnica e económica tenderá a aumentar (no caso da última já ser maior), já que o preço da energia será cada vez mais elevado, ou seja, o custo das perdas terá cada vez mais influência no custo total. O desenvolvimento de materiais isolantes irá permitir uma maior temperatura de funcionamento das canalizações, logo, a corrente máxima admissível pela mesma também será superior para a mesma secção, o que implica maiores perdas para a mesma secção. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 16 EDP Distribuição – UR03AS Assim, a escolha da secção económica em detrimento da secção técnica nos casos em que a primeira seja superior, oferece uma melhoria do comportamento técnico das canalizações, pelo que se torna num aspecto relevante e que é muitas vezes esquecido nos dimensionamentos de canalizações eléctricas. De entre as várias vantagens da escolha da secção económica destacam-se as seguintes: • Ausência de pontos quentes na canalização; • Melhoria do comportamento ao choque; • Aumento da Vida Útil dos equipamentos; • Melhor comportamento da RBT aos curto-circuitos e sobrecargas; • Maior capacidade de reserva, para futuros aumentos de potências. Uma desvantagem a assinalar na escolha da secção económica é a modificação precoce de uma RBT num período muito inferior ao tempo de utilização ou de vida útil previsto. Esta situação pode não justificar um investimento inicial mais elevado em canalizações com secções mais elevadas. 2.1.1 Princípio de Cálculo O estabelecimento de uma canalização de comprimento (l), terá um custo que será tanto maior quanto maior for l e maior for a secção (S). Há ainda uma parcela de custo independente destes dois parâmetros. Pode-se então definir uma expressão com aproximação aceitável para o investimento inicial para uma canalização (Iox): Iox = (c'+c' ' l ) + (c' ' '+cS )l Com, Iox – custo de estabelecimento (€) de uma canalização de comprimento l (Km) e secção S (mm²); c’ – custos fixos, como custos associados ao projecto e outros administrativos e técnicos; Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 17 EDP Distribuição – UR03AS c’’l – custos associados aos trabalhos no terreno e trabalhos específicos de montagem da canalização; c’’’+cS – custo, por unidade de comprimento do cabo, que depende da alma condutora, secção e especificação (isolação, blindagem,…) O custo por comprimento dos cabos retirados do sistema da EDP Distribuição (cedp) já inclui os custos fixos, os custos dependentes do comprimento e os custos dependentes da secção e especificação do cabo, simplificando muito o cálculo de Io. Iox = cedp × l Calculado o investimento inicial do cabo, Ioc e a energia de perdas no ano 0 no respectivo cabo Wx, a determinação do custo da energia anual de perdas para o ano 0 (Rx) faz-se pela seguinte expressão: Rx = Wx × ε Com, Rx – Custo de perdas de energia no cabo/ramo ‘x’ no ano 0 (€/ano) Wx – Energia de perdas no cabo/ramo ‘x’ no ano 0 (Wh/ano) ε – Custo da energia eléctrica (€/Wh) Rx pode ser visto como uma renda periódica. No entanto, o valor destas rendas terá de ser actualizado para os valores dos anos futuros. A taxa de actualização (ta) tem como função comparar as despesas existentes no ano 0 com as que serão efectuadas nos anos seguintes. Deste modo, a taxa de actualização permite o estabelecimento de uma correspondência entre valores de bens económicos idênticos em tempos diferentes. A EDP Distribuição toma para a taxa da actualização o valor de 10%. O Valor Actual de Rendas Periódicas (VARx) será o montante a ter actualmente para cobrir as despesas durante n anos. Rx (1 + ta ) n − 1 ≈ Rx × = Rx × ka (€) k (1 + ta ) k × ta k =1 (1 + ta ) n VARx = ∑ Com, ka – Coeficiente de Actualização Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 18 EDP Distribuição – UR03AS Se dispusermos a anterior expressão de outra forma tem-se: VARx = 3 × rx × I 2 × h × ε × ka (€) Pode-se verificar que, deste modo, a carga na canalização é considerada constante ao longo do período de vida útil, o que é uma aproximação demasiado simplista. Uma solução possível passa por considerar a carga constante mas com valor médio dos ‘n’ anos em vez de ser constante e ter o valor do ano inicial. Assim, a expressão anterior tomará a seguinte forma: 2 VARx = 3 × rx × I × h × ε × ka (€) Com, 2 I - Carga Média na canalização devido ao aumento anual de carga (A) Ultrapassado este ponto torna-se possível o cálculo da secção económica da canalização em questão, a partir do custo total (CT) da mesma que é dado por: CT = Iox + VARx (€) Como a secção económica (Se) é a secção (S) que minimiza o CT, tem-se, ∂CT = 0 , o que implica que: ∂S Se = I 3 × ρ × h × ε × ka (mm²) c Com, c - Custo do cabo por secção (€/mm²) A secção a escolher será a secção normalizada que implicar um menor encargo total das que forem imediatamente maiores e menores à calculada, caso esta seja superior à secção técnica. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 19 EDP Distribuição – UR03AS 2.2 Processo de Utilização do Menu “Secções Económicas” A utilização do módulo “Secções Económicas” no SEAI é bastante simples, permitindo a obtenção de vários dados importantes além dos finais, que são as secções económicas de todos os tipos de cabos introduzidos inicialmente nos dados de entrada, que por sua vez dependem do número de consumidores implementados na RBT em estudo, bem como das suas potências contratadas e respectivos consumos. Ao entrar no menu “Secções Económicas”, depois de ter introduzido correctamente todos os dados necessários no menu “Introdução de Dados”, o utilizador deparar-se-á com o ambiente ilustrado na Figura 2.2.I. Figura 2.2.I – Menu “Secções Económicas” Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 20 EDP Distribuição – UR03AS Para o cálculo de todas as variáveis necessárias à determinação das secções económicas, o utilizador terá apenas de clicar no botão “Calcular” da figura anterior. O passo final será o cálculo das secções económicas. Premindo-se o botão “Calcular Secções Económicas” o SEAI colocará na tabela da Figura 2.2.II as secções económicas normalizadas de todos os ramos existentes na RBT introduzida, bem como o aviso com um ‘x’ de quais os ramos que sofreram alterações em relação à mesma. Figura 2.2.II – Secções Económicas Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 21 EDP Distribuição – UR03AS 2.2.1 Utilização Alternativa Sempre que o utilizador desejar estudar uma RBT sem ter um estudo prévio das secções técnicas terá de introduzir na página “Introdução de Dados” o tipo de cabos pretendido com as secções mínimas possíveis dos mesmos, bem como os consumidores e a topologia da mesma. Deste modo, o SEAI assumirá sempre, no mínimo, a secção mais baixa do tipo de cabo respeitante ao ramo, garantindo que a secção económica calculada não seja comparada com uma secção técnica superior à real, não garantindo porém que seja a secção técnica do mesmo. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 22 EDP Distribuição – UR03AS Módulo 3 – Análise de Investimentos 3.1 Conceitos Gerais A Análise Económica de Investimentos consiste na escolha da melhor solução de um conjunto de possibilidades, quer ao nível da construção de uma nova RBT quer da remodelação de uma ou mais redes. Após a obtenção dos resultados do cálculo técnico de diversas alternativas de um dado projecto de investimento, estas têm de ser submetidas a uma análise económica para ser possível tomar a decisão final, de acordo com os indicadores económicos que vierem a ser obtidos. A escala de tempos de um programa de investimentos é apresentada na figura seguinte: Figura 3.1.I – Escala de Tempos Como o Tempo de Estudo e Construção das Redes de Distribuição de Baixa Tensão, usualmente, é muito inferior ao Tempo de Utilização das Instalações, será desprezado no decorrer do processo de cálculo do SEAI. Assim, o investimento inicial global será calculado como sendo um investimento efectuado no ano 0 do projecto. Como tal, o investimento inicial global (Io), para ‘n’ canalizações e ‘m’ equipamentos/operações adicionais será: n m i =1 j =1 Io = ∑ Ioci + ∑ Ioe j Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 23 EDP Distribuição – UR03AS Com, Io – Investimento inicial global (€) Ioci – Investimento inicial para a canalização i (€) Ioej – Investimento inicial para o equipamento/operação adicional j (€) 3.1.1 Valor Actualizado A questão que se coloca sempre que se procede a uma análise de investimentos é a de associar as despesas imediatas com as despesas futuras. Neste caso, as despesas futuras estarão cingidas às energias de perdas nas canalizações que compõem a RBT. Não sendo simples o problema da equivalência do poder de compra de uns anos para os outros, o processo é formado com valores monetários constantes. Na hipótese de preços constantes, se se admitir que o rendimento de um euro investido acompanha a produção nacional, em cada ano o poder de compra desse euro investido será aumentado de um valor ‘i’, que será proporcional a essa taxa de produção. Assim, poder-se-á admitir que o investimento de 1 unidade monetária no ano ‘t’ será comparável ao investimento de (1+i) no ano (t+1), onde ‘i’ representa a taxa de actualização. A função desta taxa é a de permitir a comparação de despesas imediatas com aquelas que podem ser efectuadas nos anos seguintes, ou seja, permite estabelecer uma correspondência entre valores de bens económicos idênticos, mas disponíveis em tempos diferentes. A escolha da taxa de actualização terá uma importância fulcral nos resultados finais. Assim, se a taxa for elevada, o peso do custo do investimento será fundamental, pelo que favorece a aquisição de equipamentos de custo inicial mais reduzido. Uma obra que custe C no presente custará C/(1+i) no ano seguinte, o que significa que o investimento de 1 euro no ano ‘t’ é equivalente ao investimento de 1/(1+i) no presente. Se as despesas decorrerem em ‘T’ anos, o somatório dos custos será dado por: T C=∑ t =1 Guia SEAI v.1. C (t ) (1 + i ) t SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 24 EDP Distribuição – UR03AS O valor C denomina-se por custo actualizado. A partir deste ponto a taxa de actualização será referenciada como ‘ta’. 3.1.2 Valor Actualizado Líquido (VAL) Para resolver situações de carência das redes de distribuição de baixa tensão como, a necessidade de implementar novas linhas ou de reforçar troços já existentes, exige-se na maioria dos casos, que se comparem duas ou mais soluções que sejam válidas do ponto de vista técnico, para seleccionar a mais vantajosa economicamente. O critério mais usado para a selecção entre projectos é o do Valor Actualizado Líquido (VAL). O SEAI permite a comparação entre duas alternativas em relação à rede já existente. Caso o utilizador queira comparar duas alternativas terá de consultar o ponto 3.2.3. Para cada um dos projectos o VAL é o valor calculado pelo somatório da distribuição temporal dos investimentos, das receitas e dos custos de exploração, referenciados a um determinado ano base, normalmente, o ano de arranque do projecto (ano 0). Assim, o VAL corresponde ao somatório actualizado dos fluxos (“cash-flows”) de cada ano ‘k’, podendo ser calculado por: n CFk k k = 0 (1 + ta ) VAL = ∑ O SEAI considera como receitas anuais (“cash-inflows”) a diferença do custo em energia de perdas da RBT actual e o custo em energia de perdas da proposta. Como despesas (“cash-outflows”), não serão incluídos os custos da energia de perdas porque são considerados como uma despesa inevitável. Assim, apenas é considerada uma despesa, que será o investimento inicial global Io. De entre os projectos alternativos será escolhido aquele que apresentar o VAL mais positivo. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 25 EDP Distribuição – UR03AS 3.1.3 Taxa de Rentabilidade Imediata (TRI) Uma maneira eficiente de avaliar a rentabilidade de um projecto é determinar a sua Taxa de Rentabilidade Imediata. A TRI permite a análise da rentabilidade obtida por um projecto se se antecipar num ano a realização do projecto. Ao antecipar o projecto para o ano (-1), os custos correspondentes a essa antecipação são dados por: I− I 1 + ta Com, I a representar as despesas do investimento reportadas ao final do ano (-1) Os ganhos nas perdas de energia no ano 0 ‘∆P’, que resultariam da antecipação do projecto reportados ao ano (-1) são dados por: ∆P 1 + ta Para que os ganhos em perdas no ano 0 sejam iguais ou superiores aos ganhos no ano (-1), os encargos financeiros que resultam da antecipação do investimento por um ano, deverão ser: I ∆P ∆P ≥I− ⇔ ≥ ta I 1 + ta 1 + ta Esta expressão surge como a condição para considerar o projecto rentável, uma vez que parte do princípio que nos anos posteriores, devido ao acréscimo previsível dos consumos, a rentabilidade será favorecida. É portanto uma avaliação por defeito. 3.2 Processo de Utilização do Menu “Análise de Investimentos” Ao entrar no menu “Análise de Investimentos”, depois de ter inserido correctamente todos os dados iniciais, o utilizador deparar-se-á com o ambiente apresentado na Figura 3.2.I. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 26 EDP Distribuição – UR03AS Figura 3.2.I – Menu “Análise de Investimentos” Note-se que neste menu, o SEAI permite a comparação entre duas alternativas em relação à rede já existente. Nesta fase existem três possibilidades de utilização: • Carregar a RBT actual; • Carregar a 1ª proposta de alteração da RBT; • Carregar a 2ª proposta de alteração da RBT. 3.2.1 Rede Actual Se o utilizador está a iniciar o estudo de análise de investimentos os dados introduzidos na fase inicial terão obrigatoriamente de ser respeitantes à RBT existente na altura do estudo. Não existirão portanto novos cabos nem novos materiais/operações adicionais. Assim, terá apenas de pressionar o botão “Carregar RBT” (que neste caso será a existente) da Figura 3.2.I e o encargo em perdas para ‘n’ anos será calculado. O passo seguinte neste processo para carregar os valores respeitantes à rede actual consiste em premir o botão “Carregar Rede Actual”, observado na Figura 3.2.1.I. Esta operação armazena todos os valores calculados como se pode ver na mesma figura, que serão a base de comparação com a proposta, ou propostas inseridas numa fase posterior. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 27 EDP Distribuição – UR03AS Figura 3.2.1.I – Dados para a Rede Actual 3.2.2 Propostas Uma vez armazenados os valores da RBT existente, a etapa seguinte na análise de uma ou mais propostas é a de calcular e guardar os valores necessários para uma comparação com a primeira. Para isso, o utilizador terá de retroceder para o menu de introdução dos dados e carregar as variáveis da rede alterada, ou até nova. Depois de carregados esses dados terá de entrar novamente no menu “Análise de Investimentos”. Surgirá de novo o ambiente da Figura 3.2.I, mas ao contrário do processo anterior, numa proposta, existirão cabos novos e por ventura materiais/operações adicionais, ou seja, haverá a necessidade de quantificar o respectivo investimento inicial. Assim, o utilizador terá de assinalar com um ‘X’, na coluna “Novos Ramos” (Figura 3.2.I) cada ramo novo da nova rede. Se a rede for totalmente remodelada terá de indicar que todos os ramos são novos. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 28 EDP Distribuição – UR03AS Para acrescentar outro tipo de equipamentos ou operações tem de se clicar no botão “Acrescentar/Retirar” indicado na Figura 3.2.I, que reportará o utilizador para o seguinte ambiente: Figura 3.2.2.I – Lista de Materiais/Tarefas a adicionar Aqui terá de se escolher os materiais/operações pretendidos clicando no pequeno botão correspondente ao mesmo como indica a Figura 3.2.2.II. De notar que os equipamentos indicados nesta figura são apenas uma pequena amostra. Ao serem seleccionadas, as opções serão adicionadas à tabela da Figura 3.2.2.I, não sendo permitidas repetições das mesmas. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 29 EDP Distribuição – UR03AS Figura 3.2.2.II – Exemplo de Materiais/Tarefas possíveis de adicionar Adicionados todos os materiais/operações pretendidas para a proposta, o utilizador terá de clicar no botão “Voltar”. As opções acrescentadas encontrar-se-ão agora dispostas na tabela “Materiais/Tarefas Adicionais” indicada na Figura 3.2, sendo necessário indicar as respectivas quantidades (em unidades ou metros) na coluna “Qnt”. O botão “Carregar RBT” terá de ser premido no final destas etapas e de cada vez que se proceder a uma alteração, de modo a se actualizarem os dados. Finda esta fase, o utilizador terá de armazenar os dados da proposta clicando no botão “Carregar Proposta 1” ou “Carregar Proposta 2” apresentado na Figura 3.2.2.III. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 30 EDP Distribuição – UR03AS Figura 3.2.2.III – Dados da Proposta É também criada uma tabela com os “Cash in-flows”, “Cash out-flows” e “Cashflows” de cada ano da proposta (ver Figura 3.2.2.IV), bem como calculado o VAL e o TRI da mesma e construído um gráfico do VAL para os ‘n’ anos da mesma (ver Figura 3.2.2.V). Figura 3.2.2.IV – Cash-Flows da Proposta Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 31 EDP Distribuição – UR03AS Figura 3.2.2.V – VAL da Proposta A partir do último gráfico o utilizador poderá visualizar o “Pay-Back-Period” da proposta. Terá ainda acesso a um gráfico do benefício de perdas da proposta ou propostas analisadas face à RBT existente como se pode verificar na Figura 3.2.2.VI. Figura 3.2.2.VI – Benefício em Perdas Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 32 EDP Distribuição – UR03AS Caso o utilizador analise duas propostas, a comparação entre as duas poderá ser observada no final da folha “Análise de Investimentos” (Figura 3.2.2.VII). Figura 3.2.2.VII – Análise de duas Propostas 3.2.3 Utilização Alternativa Caso o utilizador necessite de comparar duas propostas para uma rede nova (sem existência de rede actual), terá de carregar a primeira proposta na opção de rede actual (Figura 3.2.I) e introduzir a(s) proposta(s) posteriores no campo Proposta 1 ou Proposta 2, como indica a Figura 3.2.2 III. Guia SEAI v.1. SEAI – Programa de Cálculo de Secções Económicas e Análise de Investimentos 33