Os impactos da Norma de Desempenho NBR 15575: Responsabilidades, garantias e disponibilidade do mercado. Fabio Villas Bôas | Junho 2012 LINHA DO TEMPO Fonte: NGI Consultoria REVISÃO EM NÚMEROS 6 GRUPOS DE TRABALHO COM ATÉ 40 PARTICIPANTES CADA GRUPO DE TRABALHO RELATOR ENTIDADE TEMA GT-1 FABIO VILLAS BÔAS TECNISA REQUISITOS GERAIS GT-2 JORGE BATLOUNI TECNUM SISTEMAS ESTRUTURAIS GT-3 ANA PAULA MENEGAZZO CCB SISTEMAS DE PISOS GT-4 CLÁUDIO MITIDIERI IPT VEDAÇÕES VERTICAIS GT-5 RICARDO PINA SINDUSCON SISTEMAS DE COBERTURAS GT-6 VERA HACHICH TESIS SISTEMAS HODROSSANITÁRIOS 4.998 16 MANIFESTAÇÕES DE SUGESTÕES NA CONSULTA PLENÁRIAS COM MÉDIA DE 9 95 PARTICIPANTES COM PICOS DE PALESTRAS DE ESPECIALISTAS 142 PRINCIPAIS DIFICULDADES NA REVISÃO • AMPLA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE TÉCNICA • DIFICULDADE NO CONSENSO • NECESSIDADE DE COMPATIBILIZAÇÃO COM TODAS AS NORMAS PRESCRITIVAS • LEGISLAÇÃO CAUSA INSEGURANÇA DE PROJETISTAS, POIS MEDIÇÕES FEITAS EM FASE DE PROJETO NÃO POSSUEM FÉ PÚBLICA • ESCLARECIMENTO DE DEFINIÇÕES E RESPONSABILIDADES • CONFLITO ENTRE MELHORIA DE DESEMPENHO E REDUÇÃO DE CUSTOS PARA OBRAS DE FINS SOCIAIS INSUFICIENTE DESPERDÍCIO SITUAÇÃO ATUAL Revisão básica para as 6 partes finalizada Entrega dos textos limpos pelos relatores até 30/04 Formatação do texto dentro do padrão ABNT: junho/12 Consulta pública: julho/12 Análise das sugestões até setembro/12 ENTRADA EM VIGOR: 12 DE MARÇO DE 2013 CENÁRIO ATUAL Programa MCMV World Cup 2014 Olympic Games 2016 Situação Econômica Favorável Mais de 20 IPO’s CENÁRIO ATUAL DO MERCADO EM PAUTA CENÁRIO ATUAL DO MERCADO O CLIENTE Produto Produto Produto Produto Produto Produto Produto Produto Produto Preço Preço Preço Preço Preço Preço Preço Preço Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade Serviço Serviço Serviço Serviço Serviço Serviço Marca Marca Marca Marca Marca Valor Agregado Valor Agregado Valor Agregado Valor Agregado Relacionamento Relacionamento Relacionamento Sustentabilidade Sustentabilidade Desempenho CENÁRIO ATUAL DO MERCADO O CLIENTE E O DESEMPENHO ...ENQUANTO ISTO... ...E O DESEMPENHO X CONCEPÇÃO? 3 anos depois... Sistema JetCasa – Itapevi ...E O DESEMPENHO X (04/09) CONCEPÇÃO? 3 anos depois... Cobrimento insuficiente ...E O DESEMPENHO X CONCEPÇÃO? Moldura isopor sem tratamento Fungo ...E O DESEMPENHO X CONCEPÇÃO? CONCRETO CELULAR Pontos de atenção: Desagregação • Durabilidade (7 anos para início de corrosão): o Fissuras Permeabilidade o Fissuras o Carbonatação • Retração inicial x fissuras (retração 3 a 9 vezes superior) • Absorção de água (3-4 vezes superior) • Demanda: controle rigoroso do concreto REFERÊNCIAS DE DESEMPENHO SÃO FUNDAMENTAIS ! ...E O CONTROLE? Gás embutido Impermeabilização DESAFIOS Consultorias Componentes X Sistema Escassez de Normas Visão de Custo Inicial Fornecedores desconhecem desempenho Como comprar e “aplicar” DESEMPENHO? Novo paradigma: desempenho diferencial Capacitação de Projetistas Disponibilidade de laboratórios ESTUDOS DE MELHORIA CONTÍNUA USANDO O CONCEITO DE DESEMPENHO ACÚSTICA PISO ELEVADO EXTERNO REVESTIMENTOS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ACÚSTICA ACÚSTICA 17 10 2 2005 2006 2007 Chamados na AST (acústica) OS CHAMADOS ENTRE 2005 E 2007 ESTAVAM RELACIONADOS PRINCIPALMENTE COM OS RUÍDOS ENTRE APARTAMENTOS E INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TRATAMENTO ACÚSTICO EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Medição no interior do WC: 54 dB Medição no interior da suíte: 44 dB ? Dificuldade: ausência de norma específica. Objetivo: melhorar o conforto acústico no dormitório. Meta: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TRATAMENTO ACÚSTICO EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 2007 fornecedores desconheciam o desempenho sistêmico de seus produtos. Foram ensaiadas 10 soluções distintas, sendo que apenas 1 atendeu às premissas do projeto. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TRATAMENTO ACÚSTICO EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Atenuação (dB) % CUSTO Solução 10 Solução 10 Solução 9 Solução 9 Solução 8 Solução 8 Solução 7 Solução 7 Solução 6 Solução 6 Solução 5 Solução 5 Solução 4 Solução 4 Solução 3 Solução 3 Solução 2 Solução 2 Solução 1 Solução 1 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 0% 200% 400% 600% 800% AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TRATAMENTO ACÚSTICO EM CONTRAPISOS Piso 1 - Convencional Piso 2 - Acústico A Piso 3 - Acústico B Nível de Ruído de Impacto Padronizado (dB) 85 75 L'nT,W = 80 dB 65 55 L'nT,W = 61 dB 45 L'nT,W = 45 dB 35 25 5000 4000 3150 2500 2000 1600 1250 1000 800 630 500 400 315 250 200 160 125 100 Frequência (Hz) IMPACTO NA EMPRESA ACÚSTICA Nº de Novas Unidades com Contrapiso Acústico Nº de Novas Unidades com Isolamento Acústico Ramais de Esgoto 2500 3000 2000 2500 1500 2000 1000 1500 500 1000 500 0 2007 2008 2009 0 2010 2007 2008 2009 2010 IMPACTO NA EMPRESA DIFERENCIAIS DE VENDA Gravação dos ruídos para demonstração do desempenho em Stands de Venda AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO CUSTOS DOS SISTEMAS ACÚSTICOS – OBRAS PREMIUM CONTRAPISO ACÚSTICO: 1% (~60% A MAIS QUE O ADERIDO CONVENCIONAL) ISOLAMENTO ACÚSTICO EM RAMAIS DE ESGOSTO: 0,2% AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO IMPACTO NA EMPRESA – PADRÃO ECONÔMICO QUANTO CUSTA O DESEMPENHO EM OBRAS DE PADRÃO ECONÔMICO Padrão ECONÔMICO Melhoria laje 10cm (zero) laje 12cm + contrapiso aderido 2,3cm ? Acréscimo Desempenho Custos da Obra 1,7% M laje 10cm + laje 10cm (zero) contrapiso flutuante TECNISA 2,1% I Ramal de esgoto sem tratamento 0,2% Além da norma Ramal de esgoto com tratamento AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TRATAMENTO ACÚSTICO EM CONTRAPISO Resultado Prévio - Contrapiso acústico Resultado DesemCaracterísticas Piso (dB) penho Manta de Lã Sintética + contrapiso 5 cm Fornecedor Manta de borracha reciclada 1 3mm (600kg/m³) + contrapiso 5 cm Manta de borracha reciclada Fornecedor (800kg/m³) – 5 mm sem 2 contrapiso Manta com borracha sintética Fornecedor e 88% material reciclado - 10 3 mm, sem contrapiso Fornecedor 4 Manta Polietileno 10mm + contrapiso 5 cm Manta Polietileno 5mm + contrapiso 5 cm Custo das Soluções R$/m² 57 I R$ 40,04 64 I R$ 39,34 58 I 58 I 52 S R$ 37,29 R$ 62,29 R$ 36,29 +9,17% 60 I R$ 33,24 SOLUÇÃO ATUAL AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ARGAMASSA EMBORRACHADA CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA Laje de concreto com espessura de 14cm (osso) + contrapiso aderido de 5cm + argamassa acústica com acabamento do piso em cerâmica RESULTADO L’nT,w Nível de desempenho 67dB ~M AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PISO ELEVADO EXTERNO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AUSÊNCIA DE PARÂMETROS PISO ELEVADO EXTERNO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AUSÊNCIA DE PARÂMETROS PISO ELEVADO EXTERNO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO VENDAS DE COMPONENTES E SISTEMAS NO BRASIL X MUNDO Exemplo: Piso elevado externo Piso elevado no Brasil: Fornecedor 1: “Vantagens – construção a seco; apresenta uma superfície sempre em nível; maior velocidade de obra; e durabilidade já que os materiais utilizados são de alta resistência;” Fornecedor 2: “Resistência e durabilidade incomparável, conforme as normas brasileiras;” AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO COMO LIDAR COM A AUSÊNCIA DE PARÂMETROS? IMPACTO DE CORPO DURO JOULES 150 80 40 Referência: Normas estrangeiras. Fornecedor C Fornecedor B Fornecedor A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PISO ELEVADO EXTERNO – DESEMPENHO MECÂNICO ESTABILIDADE Pedestais Placas* Carregamento excêntrico 5 kN Área de contato: (1/4 do pedestal) 100 cm² (superior); Carregamento 10 kN 300 cm² (base) uniformemente distribuído Carga de ruptura na 11 kN AFNOR NF 187 (2006); BSI BS EN 1339 (2003) flexão Resistência à flexão 4 MPa AFNOR NF 187 (2006); BSI BS EN 1339 (2003) 30 J Falhas superficiais admissíveis – 50 J Sem traspasse ou fragmentação 400 J Falhas superficiais admissíveis 900 J Sem traspasse ou fragmentação - Impacto de corpo duro Sistema Impacto de corpo mole ABNT NBR 15575 (2008); CEN EN 12825 (2001) - CSTC (1980); CEN EN 12825 (2001) - CEN EN 12825 (2001); CSTC (1980) CSTC (1980) AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO CONTRAPISO (SEM NORMA) REVESTIMENTOS Ensaios de Contrapiso contemplando: • Efeito do tipo de cura; • Alteração do Traço • Equipamento de mistura. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO CONTRAPISO: EFEITO DA CURA +75% AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DESEMPENHO X ECONOMIA c/ misturador 4 meses de estudo 58 CPs ensaiados AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EQUIPAMENTO DE MISTURA X TRAÇO Contrapiso - Aderência 0,90 Mudança de Traço 0,80 0,70 0,60 (MPa) 0,50 0,40 Parâmetro de Desempenho da Tecnisa 0,30 Economia 18% DESEMPENHO A SERVIÇO DA RACIONALIZAÇÃO 0,20 0,10 0,00 Obra 127 Obra 116 Obra 133 Obra 116 Obra 107 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ESCALONAMENTO DA ESTRUTURA X REVESTIMENTO EXTERNO Redução em aço Aumento do fck Redução da porosidade na estrutura Economia na estrutura Preocupação com a aderência do revestimento Realização de ensaios para validação da economia Revestimento Interno e Externo Ensaios realizados: Efeito da Cura no Chapisco Estrutura Lixada X Padrão AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AUMENTO DO FCK X REVESTIMENTO EXTERNO Protótipos em 3 obras, totalizando 156 CPs de teste de aderência. Resultado: aumento fck - Aprovado. Economia desde 2007: R$6.000.000,00 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO CONDIÇÃO DE EXPOSIÇÃO – ESPECIFICAÇÃO DE TINTAS Será que a mesma tinta que é utilizada em São Paulo pode ser empregada em um empreendimento em Santos? AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO CONDIÇÃO DE EXPOSIÇÃO – ESPECIFICAÇÃO DE TINTAS Em abril de 2011, foram aplicadas 16 tintas indicadas pelo consultor contratado. Com a avaliação feita após 11 meses, apenas 5 tintas continuam com chance de aprovação AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES DESEMPENHO X QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES BLOCOS PARA ALVENARIA ESTRUTURAL • Selo ABCP • Solicitação de laudos de ensaio de controle de qualidade • Verificação das instalações (visitas às fábricas) • Exigência de cura a vapor: evitar retração higroscópica e minimizar risco de patologias nos revestimentos • Exigência de garantia de resistência no ato da entrega do bloco na obra: comprovada por laudo de ensaio (eliminação de variáveis e do risco de necessidade de reforço estrutural) • Dosagem automática de todos os materiais • Controle e correção automática de umidade de agregados • Precisão dimensional... DESEMPENHO X INOVAÇÃO PISO DE BORRACHA DRENANTE MOLDADO IN-LOCO • Necessidade: atingir a quantidade de área permeável necessária à aprovação de um empreendimento da TECNISA • Solução: utilização de piso drenante/permeável • Aplicação: pista de cooper e ciclovia • Tecnologia estudada: piso de borracha drenante moldado in loco Vantagens: atende necessidade do projeto utiliza material reciclado (borracha de pneu triturada) provê amortecimento Desvantagem: desempenho desconhecido (preocupação: DURABILIDADE) DESEMPENHO X INOVAÇÃO PISO DE BORRACHA DRENANTE MOLDADO IN-LOCO Referenciais técnicos inexistência de referenciais técnicos nacionais Pisos de borracha ASTM F3144 – Standard specification for rubber floor tile BS 7188 – Impact absorbing playing surface – performance requirements and test methods (durabilidade – abrasão – parâmetro de perda máxima de massa quando submetido a ensaio de abrasão) Requisitos de desempenho de pistas de cooper Federação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF): Especificações de desempenho da IAAF para superfícies sintéticas destinadas ao atletismo (outdoor) (recomendação de espessura mínima e tipo de borracha) Requisitos de desempenho de ciclovias Associação Americana de Rodovias Estaduais e Transportes (AASHTO): Guia para desenvolvimento de instalações para bicicletas Universidade do Porto: Guia de boas práticas para a concepção de ciclovias viabilização de teste de resistência ao desgaste por abrasão junto ao IPT exclusão do piso de borracha para ciclovia (atrito excessivo) SIMULAÇÃO DE RUÍDO EM FACHADAS NBR 10151 NBR 10152 NBR 15575 TRATAMENTO ACÚSTICO CAIXILHOS CUIDADOS PARA APLICAÇÃO DO CONCEITO DO DESEMPENHO ...AINDA É FUNDAMENTAL: Treinamento Controle de Qualidade Detalhes de execução Estudo de Interfaces com Subsistemas correlatos (P&D) e Gestão do Conhecimento PROGRAMAS DE TREINAMENTOS PROGRAMAS DE TREINAMENTOS CONTROLE DE QUALIDADE CONTRAPISO: Resistência à tração (kgf/cm²) EQUIPE P&D 5 ENGENHEIROS 2 ARQUITETOS 6 ESTAGIÁRIOS INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO Economias P&D (R$ milhões) Gastos equipe P&D (R$ milhões) 6,85 4,70 3,26 1,88 -0,39 -0,42 -0,49 -0,64 2007 2008 2009 2010 P&D e a Sustentabilidade SUSTENTABILIDADE COLETORES SOLARES EM CANTEIROS Investimento: R$10.000,00 Economia potencial mensal: R$ 1.000,00 Monitoramento dos consumos e eficiência do sistema Maior conforto aos operários Estudos para produção de coletores de baixo custo DISPOSITIVOS ECONOMIZADORES DE ÁGUA • Investimento: R$ 15,00 /peça. • Aproximadamente 10.000 novos clientes em 2010; • Redução potencial de 2,2 m³/ano.cliente • Economia potencial anual: 22 mil m³ Restritores de Vazão: -11,8% Padronização inclusive para o TECNISA Flex Válvula redutora de pressão: -10,3% PRIMEIRO EMPREENDIMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO A RECEBER A ETIQUETA PROCEL EMPREENDIMENTO FLEX COM DIFERENCIAIS Temporizador nas torneiras de áreas comuns Câmeras de monitoramento de áreas comuns Iluminação LED no térreo e paisagismo Setorização de subsolos Tratamento acústico de ramais de esgoto Sensores de presença em calçada Hidrômetros com dados na WEB Medidor de consumo energético Fotocélulas para iluminação de jardins A TECNISA acredita que a indústria da construção civil, assim como qualquer outra indústria COMPETITIVA depende de investimento permanente em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para que se assegure o desempenho e vida útil projetados. OBRIGADO! Fabio Villas Bôas [email protected]