COMENTÁRIOS EQUIPE INSTITUTO ANÁLISE - A substituição de Serra por Aécio como principal perspectiva de poder do PSDB e, consequentemente, como principal líder do partido já apresenta impactos políticos relevantes; - Tudo tem a ver com o caráter mais agregador da liderança de Aécio. Isso abre espaço para todos no partido; - Por exemplo, Fernando Henrique que estava publicamente bastante inativo no período liderado por Serra voltou a ser voz presente nos principais eventos do PSDB; - Merece destaque também o fato de Aécio não ter fechado questão acerca do rumo de comunicação que tomará. Ele está buscando ouvir a todos e isso leva tempo; - A entrevista de Aécio no final de semana mostra o quanto ele ainda tem que caminhar para encontrar um rumo de comunicação. A incorporação de seus aliados é um dos requisitos para que este rumo seja definido; - A principal dificuldade de Aécio encontra-se no terreno da própria oposição; - Não é bom para ele ter que disputar estes votos contra, eventualmente, Marina e Eduardo Campos. Trata-se de um importantes obstáculo de sua futura campanha. GOVERNO DILMA Dilma é leniente com a inflação, afirma Aécio Em entrevista à Folha na qual se posiciona com clareza como candidato à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) atacou a política macroeconômica de Dilma Rousseff e acusou a presidente de ser "leniente" com a inflação e de querer "até controlar o lucro de empresários". O tucano criticou a falta de autonomia do Banco Central para evitar alta nos preços e disse que o PSDB tem "tolerância zero" com a inflação. "Quando o dragão começa a colocar a cabeça para fora, sabemos que é difícil colocá-lo na caixa de novo", diz. A partir de conversas com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, seu principal conselheiro na área econômica, o senador promete, num futuro governo tucano, fazer o país crescer pelo menos de 4% a 5% ao ano. Em meio a criticas aos adversários, o senador Aécio Neves faz uma autocrítica, na entrevista à Folha, sobre o desempenho dos tucanos na últimas três eleições presidenciais, quando foram derrotados pelo PT. "Não por deméritos dos nossos candidatos, mas não conseguimos fazer com que parcela importante do Brasil voltasse a sonhar com um desenvolvimento social mais amplo", diz ele. O senador reconhece que seu partido perdeu a batalha para os petistas em torno da paternidade dos programas sociais e diz que o PSDB precisa se "renovar na expectativa das pessoas". http://edicaodigital.folha.com.br Dilma planeja viagens a municípios de Minas para fazer contraponto a Aécio Depois de percorrer o Nordeste, a presidente Dilma Rousseff já tem traçada sua rota na estratégia eleitoral para o resto do ano. A partir de agora, Dilma vai levar um "kit viagem" a pequenas cidades de Minas Gerais, reduto eleitoral do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e, no segundo semestre, a comitiva do Palácio do Planalto vai iniciar uma série de visitas a São Paulo, Estado em que o PT vê necessidade de quebrar a resistência dos eleitores ao partido. A presidente vai desembarcar no Sudeste com seu pacote de equipamentos para o campo - a doação de retroescavadeiras e motoniveladoras para os municípios com até 100 mil habitantes - e para a educação, como a entrega de centenas de ônibus escolares. Esse "kit" já foi levado ao Nordeste pela petista. Na visão do Palácio do Planalto, a missão estipulada para o trajeto de Dilma pelos Estados nordestinos foi cumprida com sucesso: ela passou seu recado ao propagandear a paternidade de bondades para a região e se saiu bem na pesquisa eleitoral realizada pelo Ibope/Estadão há duas semanas - 62% dos nordestinos declararam votar em Dilma "com certeza", enquanto apenas 8% têm intenção de votar no governador Eduardo Campos (PSB), provável adversário da presidente em 2014. http://estadao.com.br Sem coligações, PT e PMDB teriam mais 60 deputados A proibição de coligações nas eleições para deputado, um dos pontos da proposta de reforma política que a Câmara começará a debater nesta semana, provocaria mudanças profundas na composição de quase todas as bancadas partidárias já a partir de 2015. Os maiores beneficiados seriam os partidos mais fortes - apesar disso, as chances de aprovação são mínimas. Se as coligações estivessem proibidas na eleição de 2010, a atual Câmara dos Deputados seria muito diferente. O PMDB e o PT teriam, cada um, 30 deputados a mais. Isso representaria um aumento de 38% e 35% no número de vagas peemedebistas e petistas, respectivamente. O PSDB também levaria vantagem, com sete cadeiras a mais, assim como o PV, com ganho de uma vaga. Todos os demais perderiam, sendo que seis partidos nanicos seriam varridos do Congresso e do mercado do tempo de TV nas campanhas eleitorais. As coligações nas eleições para deputado e vereador não são permitidas na grande maioria dos países democráticos - o Brasil é uma das exceções. Graças a esse instrumento, partidos menores conquistam mais cadeiras na Câmara ao pegar "carona" na votação dos partidos grandes com os quais se coligam. As caronas são necessárias para os pequenos e médios partidos porque eles têm mais dificuldades para alcançar o quociente eleitoral - patamar mínimo de votos para que uma legenda ou uma coligação consiga eleger representantes para a Câmara. http://estadao.com.br 'Pernambuco 2035' será modelo de gestão de Campos Provável candidato à Presidência em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), quer deixar como legado um planejamento de longo prazo pré-batizado de "Pernambuco 2035". O projeto é negociado com um consórcio de empresas privadas de consultoria: a nacional Macroplan, com sede no Rio, e as locais Ceplan e TGI. "A gente tem de olhar 30 anos na frente", afirma Campos, presidente nacional do PSB, que tem exibido a empresários do Sudeste sua gestão de governo como a vitrine da sua capacidade executiva. No dilema de não se apresentar como um nome de oposição à presidente Dilma Rousseff e ao PT, Campos sustenta que o PSB quer discutir um "projeto de nação". Para justificar o que possivelmente será sua retórica eleitoral, pretende dar o exemplo em casa, deixando um plano de desenvolvimento de longo prazo - que qualifica como "visão estruturante do Estado". A iniciativa não é inédita. Espírito Santo e Minas Gerais, por exemplo, fizeram planos de desenvolvimento. O de Pernambuco aponta cenários e alternativas para levar o Estado a mudar de patamar, mantendo sua capacidade de atrair investimentos e aproveitar oportunidades. A avaliação é de que o Estado vive um boom de desenvolvimento, por crescer a taxas superiores à nacional. Mas a importância relativa de sua economia é pequena: representa só 3% da brasileira. E a desigualdade ainda é grande. http://estadao.com.br Dilma avalia três nomes para vaga de ministro do STF O processo de escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) entrou em sua fase decisiva. A presidente Dilma Rousseff chegou a três nomes, apurou o Valor PRO. E começou nesta semana as conversas finais com os candidatos para escolher o indicado. A vaga está aberta desde a aposentadoria do então ministro Carlos Ayres Britto, novembro de 2012. Na noite de quinta-feira, a presidente recebeu, no Palácio do Planalto, o advogado Heleno Torres para uma dessas conversas. A notícia de um suposto convite ao tributarista circulou entre advogados e juristas nesta sexta-feira. O Planalto negou qualquer decisão sobre o escolhido. O vazamento da conversa privada com Dilma, e os rumores sobre a eventual escolha de Torres, incomodaram a presidente. No Palácio do Planalto, informase que a movimentação de Torres, considerada pouco habilidosa, pode ter reduzido suas chances de chegar ao Supremo. Se Dilma já tivesse recebido os outros dois candidatos ao posto, Torres teria sido descartado por causa desse vazamento, segundo fonte do governo. http://valoronline.com.br Caso Feliciano projeta PSC, que já fala em Presidência Embalado na polêmica em torno do deputado pastor Marco Feliciano (SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos, o PSC ganhou visibilidade e faz planos para sair da sombra de seu maior aliado, o PMDB. Tradicional coadjuvante nas alianças capitaneadas pelos peemedebistas, o PSC já fala em lançar candidato próprio à sucessão da presidente Dilma Rousseff em 2014. A candidatura faz parte da estratégia do partido de ampliar as bancadas federais e eleger, pelo menos, um governador. Internamente, Feliciano e o vicepresidente e homem forte do PSC, pastor Everaldo Pereira, disputam a vaga de candidato. "A decisão é que teremos candidatura própria à presidência da República", afirma Everaldo. "Ser inteligente é fazer o que outros inteligentes fizeram. E o PT foi inteligente em fazer o Lula ser candidato à Presidência três vezes, antes de ganhar a eleição", completa. Cauteloso, ele desconversa ao ser questionado sobre a própria candidatura: "Sou soldado do PSC, que é um partido democrático. Todos os que quiserem podem disputar". Embora o nome de Everaldo seja referendado pelas principais lideranças, Marco Feliciano, acusado de racismo e homofobia, também colocou seu nome à disposição do partido. Em uma reunião de presidentes de diretórios em Salvador no ano passado, ele se entusiasmou. Declarou que conhece bem o Brasil, já que percorre todo o País em suas pregações a milhares de pessoas. Por isso, teria condições de impulsionar a candidatura. Recentemente, seus apoiadores passaram a estimular a ideia nas redes sociais. http://estadao.com.br Equipe: Alberto Almeida [email protected] Carlos Lopes [email protected] André Nogueira [email protected] Aline Santos [email protected] Instituto Análise | São Paulo | Telefone (11) 3818 - 0129 | www.institutoanalise.com