SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DA MARINHA JULHO/2009 INFORMATIVO CAPELÃES ANIVERSARIANTES DO MÊS 39 Ativa Ativa 11 de julho Capelão Pe. Vieira do Com5ºDN. 23 de julho Capelão Pr. Ailton do AMRJ. Reserva Falecimento 4 de julho Pe.Antônio Joaquim da Costa é Capelão da reserva e reside em Araruama – RJ. 24 de julho de 1998, faleceu o Capelão Mons. Carlos Alberto Gomes Bittencurt, que está sepultado em Além PAraíba – MG. SARM – A FORÇA DA FÉ -2- BIBLÍA NA MÃO E NO CORAÇÃO Lectio Divina: Orar com a Palavra de Deus A Lectio Divina é, certamente, um dos métodos de leitura orante da Bíblia mais falado atualmente, especialmente recomendado pelo Documento de Aparecida. A expressão latina Lectio Divina vem desde os Padres da Igreja e significa “leitura divina”, ou seja, leitura da Sagrada Escritura. Deve-se ao Concílio Vaticano II a oficialização desta antiquíssima maneira de ler a Bíblia, que estava adormecida na Igreja depois das controvérsias da Reforma. Trata-se, fundamentalmente, de uma leitura crente e orante da Bíblia, que encontra as suas raízes no Novo Testamento. Lucas apresenta Jesus a convidar os discípulos de Emaús a reler o Antigo Testamento a partir do acontecimento da Páscoa (Lc 24, 13-35). E os Evangelhos seguem, em grande parte, esta dinâmica. A leitura tem três diferentes níveis: Nível Literário: Fixar o texto e responder a questões muito simples, como estas: Quem? O quê? Quando? Onde? Como? Por quê? Qual ligação entre o texto e o contexto? Nível histórico: Procurar o contexto histórico em que o texto foi escrito e analisá-lo sob quatro aspectos: econômico, social, político e ideológico. Descobrir os problemas aos quais o texto pretende dar resposta e que, de algum modo, aparecem no fundo ou à superfície do texto Nível teológico: Descobrir a mensagem para o homem nesta situação histórica concreta: como é que o texto a manifesta? Qual o modo como as pessoas desse tempo representam a Deus? Como é que Ele Se lhes revelava? Como é que o povo vivia esta mensagem? MEDITATIO (meditação) Meditar a palavra de Deus é ruminar, dialogar, atualizar o tex- O MÉTODO to. A Lectio Divina repousa, tradicionalmente, sobre quatro etapas ou degraus, que pretendem elevar o leitor orante da Terra ao paraíso: leitura, meditação, oração e contemplação. Uma observação prévia, antes de entrar no método propriamente dito: não existe uma clara distinção ou fronteira entre as diferentes etapas ou momentos do método, porque cada etapa segue, com toda a naturalidade, a anterior. LECTIO (leitura) Trata-se da primeira etapa do processo da apropriação da Palavra pelo leitor que, por isso, privilegia o ler, o reler (pelo menos cinco vezes), a análise dos verbos, os personagens, os sentimentos, ambientes. E por isso que esta “Lectio” se qualifica como divina. Poderia dizer-se, talvez, ainda melhor “sagrada”. Mas o mais importante é a lectio. Leitura e releitura, em ordem a uma apropriação profunda da Palavra. -3- Se a Lectio respondia à pergunta: “Que diz o texto?”, a meditatio pretende responder à pergunta: “Que diz o texto, para mim?”. A Lectio pretendia descobrir as correspondências entre o texto e os seus diferentes contextos, a mensagem que o texto dava aos fiéis do seu tempo. Como se faz concretamente a Meditatio? É necessário utilizar a razão e o sentido comum para encontrar a verdade escondida no texto. Para isso, é necessário dialogar com o texto, colocando-lhe certas questões, que o leva a entrar no nível da nossa vida: “Que semelhanças e diferenças existem entre as circunstâncias do texto e as de hoje? Conflitos de ontem e de hoje? Que diz o texto à situação de hoje? Que mudanças de comportamento me inspira no aqui e agora da minha vida pessoal e social?”. Pode-se tentar resumir o texto numa só frase do mesmo que sirva para repetir, guardar para todo o dia, de modo a servir não só de lema, mas que chegue a fazer parte da vida desse dia. A meditação bem feita leva à oração, como a semente leva à planta. -4- ORATIO (oração) CAPELÃO DA RESERVA Pe. ELISÁRIO Orar, suplicar, louvar. Na Lectio, a pergunta era: “Que diz o texto?”, na meditatio: “Que me diz o texto?” Agora, a pergunta fundamental é: “Que me faz dizer o texto a Deus?” Até agora era o Senhor a falar com o orante, a apresentar a Sua proposta; agora, é o momento da resposta do fiel a Deus. Esta é a característica fundamental da oração cristã. E esta resposta exprime-se em sentimento de louvor, súplica, ação de graças, pedido de perdão. Este momento reservado à oração, entretanto, não impede que haja oração nas outras duas etapas anteriores. Porque, na Lectio Divina, as etapas não são estanques nem cronologicamente definidas. As quatro etapas são quatro atitudes que têm momentos típicos, mas não únicos para se manifestar. No princípio da leitura invoca-se o Espírito do Senhor da Palavra. Portanto, a oração está presente desde o princípio, e a Lectio, por exemplo, adquire maior claridade à medida que as etapas avançam. A meditação, também, está já cheia de oração. CONTEMPLATIO (contemplação) Pe. Elisário, que foi Capelão Naval e hoje se encontra na reserva, exerce o seu ministério sacerdotal colaborando na capela da Irmandade do Divino Espírito Santo do Estácio. Pe. Elisário recebeu da comunidade do Divino uma homenagem pela dedicação e carinho com que atende aos fiéis nas missas, confissões e aconselhamentos. A homenagem foi pelos seus 39 anos de sacerdócio. Discernir, agir, saborear. Quando se passa de Oratio à Contemplatio? A Contemplatio é o que fica nos olhos e no coração, quando acabou a oratio. É como o fruto da árvore. É, fundamentalmente, a concentração da atenção, não em sentimentos ou em orações, mas na Pessoa de Jesus e na Sua relação com o mundo. É aqui que se situa a Contemplatio: um saborear, degustar, um novo modo de ver a vida e o mundo, que são vistos a partir de cima, a partir dos critérios de Deus. Este novo olhar de Deus no orante é a Contemplatio. A contemplação leva o orante a olhar mais para o mundo, de modo a poder encontrar nele toda a profundidade dos acontecimentos e a presença escondida de Deus. Leia todos os dias a Palavra de Deus. Faça esta experiência -5- -6- CAPELANIA DO COM3ºDN CAPELANIA DO CIAA – UM POUCO DE HISTÓRIA Histórico da Capela A Capelania celebrou a Primeira Comunhão de um grupo de 19 crianças, filhos de militares e servidores civis, na Capela da Vila Naval. Foi celebrada também a primeira eucaristia de 23 crianças do projeto de Erradicação do Trabalho Infantil que funciona no Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal. Colaboram com o Capelão, Pe. José Paulo, quatro catequistas, sendo tal grupo formado por esposas e filhos de militares da Marinha. -7- O Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA) tem sua origem no Quartel de Marinheiros (QM), que foi criado pelo Decreto nº 49 do Governo Imperial, de 22 de outubro de 1836. Em 1º de fevereiro de 1958, o QM foi instalado na atual sede do Rio de Janeiro. Em 19 de outubro de 1987, o Decreto nº 95.057 atribuiu ao Quartel de Marinheiros nova missão, integrando-o ao Sistema de Ensino Naval e determinando que incorporasse o Centro de Instrução Almirante Cunha Moreira (CIACM), cujas instalações localizavam-se em terreno atrás do QM. Já a Capela Nossa Senhora das Graças, foi inaugurada em 19 de março de 1990, pelo então Diretor de Ensino da Marinha, VAlte Fernando Luiz Pinto da Luz Furtado de Mendonça, com a presença do CMG (CN) Raimundo Menezes Brasil, Chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Marinha (SARM). À época, o SARM funcionava nas dependências do QM, e onde hoje é a capela funcionava uma agência bancária. -8- CAPELANIA DA FORÇA AERONAVAL Antes da inauguração desta capela não havia ainda na OM um espaço específico para oração e devoção da tripulação. A dedicação da capela à N. Sra. das Graças deu-se pelo seguinte motivo: Na época da expansão da OM, já com a nova nomenclatura CIAA – isto é em 1992, foi encontrada pelos militares que trabalhavam na obra, junto aos escombros e entulhos, uma imagem de N. Sra. das Graças, que pertencia a um oratório construído pela colônia de pescadores. Após ser restaurada, esta imagem foi entregue à chefia do SARM. Mesmo após a ida do SARM para o centro da cidade, a imagem da Santa permaneceu no CIAA. A Capela vem sendo assistida pelos capelães 1ºTen(CN) ALVES – desde dezembro de 2005 e 1ºTen(CN) OLIVEIRA – desde janeiro de 2008. Hoje a mesma conta com uma nave para 76 pessoas sentadas, uma sacristia que funciona como sala de atendimento dos capelães, e como sargenteância. Passaram por ela os seguintes capelães: Pe. Olavo, Pe. Luiz, Pe. Assunção, Pe. Olinto, Pe. Paiva, Pe. João Batista, Pe. Ubiratan, Pe. Leandro e Pr. Altayr. No ano de 2008, após sugestão dos capelães, o Comandante do CIAA, CAlte GENER Martins Baptista, iniciou o processo para a reforma e ampliação da capela, cujo projeto arquitetônico foi elaborado pela Arquiteta Myriam, da DOCM. A cada ano, vários jovens se apresentam para cumprir o ano militar em nossas OM que possuem Escola de Formação de Reservistas Navais. No ComForAerNav se apresentam 150 jovens oriundos da região e da área do grande Rio a cada semestre. O Capelão Pe. Marcioni e sua equipe de praças da Assistência Religiosa desenvolvem um intenso trabalho de acolhimento e de catequese do Catecumenato Cristão. É um trabalho que produz muitos frutos. -9- -10- ENCONTRO DE RECICLAGEM DOS CAPELÃES DA ÁREA DE ENSINO 4-O planejamento das Atividades da Capelania de Ensino; 5-O relatório das Atividades realizadas; e 6-A implantação dos programas e projetos do SARM. Foram 3 dias de intensa convivência e troca de experiências que na avaliação dos Capelães deve-se repetir anualmente para que se possa fortalecer o empenho de cada Capelão pela sua Capelania e os jovens que as compõem. De 17 a 19 de março foi promovida a primeira reunião, na Chefia do SARM, com os Capelães que servem em OM de Ensino. Dentre os vários assuntos abordados podemos destacar alguns: 1-Convivência entre os Capelães da área de ensino; 2-Partilha das atividades que estão sendo realizadas nas Capelanias e sua peculiaridades; 3-Origens dos alunos da Escola Naval, Colégio Naval, CIAW, CIAGA, CIAA, CIAMPA e Escolas de Aprendizes e sua integração com a Assistência Religiosa; -11- -12- CAPELÃES GUARDAS-MARINHAS DO CFO Dia 23 de março o Capelão-Chefe, Pe Nelson, visitou os três novos Capelães que estão cursando o CFO, no CIAW. Durante o curso o Capelão-Chefe faz várias visitas aos novos Capelães para os ouvir em suas demandas e lhes apresentar notícias do Quadro de Capelães e dos vários Capelães Padres e Pastores. No dia 25 de março os novos Capelães retribuíram a visita ao Capelão-Chefe e puderam conviver com o Pr Ailton, que visitava o SARM e com o Capelão Pe Rodrigo que compõe a equipe da Chefia. -13- CAPELANIA DO COLÉGIO NAVAL O Capelão Pe Ubiratam abençoou o novo Veleiro modelo Skippe 21 Cação, do Colégio Naval, após estas palavras do Comandante CMG Marandino: “Reza a tradição naval que, finalizada sua construção, o navio é lançado ao mar em uma cerimônia conhecida como “botafora”, entendendo-se este fato como seu primeiro contato com a água. Nesta ocasião, é batizado por uma madrinha e recebe seu nome oficial, sendo este costume marcado com a quebra em seu costado de uma garrafa d’água ou licor, que representa sorte à vida do navio. O passo seguinte é a sua incorporação a uma Força Naval ou Companhia de Navegação. A partir deste momento sua vida é registrada em um livro próprio, antigamente denominado “Diário de Navegação e Porto” – hoje substituído por uma série de registros independentes, devido à sofisticação inserida nos modernos navios – onde, diariamente, os Oficiais lançam os dados de navegação e meteorologia e os registros de interesse da rotina de bordo, servindo de documento legal da vida do navio. Em tempos passados, tais registros sempre terminavam com a frase “Deus nos Guie”. Seguindo esta tradição, estamos hoje reunidos para batizar o veleiro do modelo Skipper 21, “CAÇÃO”. A alegria e o entusiasmo reinantes nesta cerimônia refletem o espírito dos Alunos do Colégio Naval, ao verem concretizados seus anseios de uma sólida formação marinheira. -14- CAPELANIA DA ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEIROS DO CEARÁ O Capelão Pe Antônio embarcou no início do ano de 2009 na EAMCE, oriundo do ComForAerNav. Nova Capelania, nova realidade. Necessidade de se integrar a nova missão. Para conhecer e ser conhecido, o Capelão Pe Antônio promoveu visitas aos Departamentos e Divisões, levando a Palavra e a benção de Deus aos militares e servidores civis da Escola. Para a nossa Marinha é mais um importante meio de estímulo aos alunos que se preparam para a nossa gratificante carreira, a de homens do mar. É no mar que colocamos em prática grande parte dos ensinamentos adquiridos em sala de aula. É no mar que adquirimos experiência, conhecendo grande parte do litoral brasileiro, que será, em breve, nosso campo de trabalho. No mar desenvolvemos o espírito de equipe, pois uma regata é essencialmente um trabalho em grupo, que exige a dedicação e o entrosamento de todos os tripulantes. No mar, aprendemos desde cedo que os seus elementos devem ser respeitados; tal qual num navio, tudo deve ser preparado antes do suspender, pois o mar não perdoa os incautos. Mas é no mar, em especial, que desenvolvemos um dos sentimentos mais caros para um marinheiro: o amor pela profissão que abraçamos. Muito honrados, os Alunos que são “A Esperança da Armada” convidam, através do Grêmio de Vela do Colégio Naval, a Senhora Marion Castilhos Silva, proprietária da firma responsável pela construção da embarcação, para amadrinhar o veleiro “CAÇÃO”. Fiéis à superstição naval, desejamos que o líquido derramado traga muita sorte, bons ventos e mares tranquilos ao novo veleiro do Colégio Naval.” “Deus Nos Guie”. -15- Visitou: -Sala de atendimento do Fusma; -As instalações do SAIPM; -Departamento de Intendência; -Setor de Inativos; -Laboratório Farmacêutico; -Odontologia; e -16- -Organizou os horários das celebrações das Missas e Cultos. Organizou a Catequese de iniciação Cristã para os alunos que ainda não celebraram o Batismo, Crisma e a Primeira Comunhão. O Capelão, Pe Antônio, está organizando equipes para implantar a Pastoral da Juventude com os alunos e praças da Escola. -17- ENCONTRO DE RECICLAGEM COM CAPELÃES DOS COMANDOS DOS DN. O Encontro com os Capelães que servem nos Comandos dos Distritos Navais teve o mesmo objetivo do Encontro dos Capelães que servem nas OM de Ensino: Promover a integração, a partilha das atividades e a implantação de uma Pastoral mais orgânica na OM sede da Capelania e nas OM apoiadas. A ênfase da nossa ação pastoral deve levar em conta a família, com encontro de casais, encontro de pais com filhos(as) até 12 anos e maiores de 14 anos com suas namoradas(os) e encontro de jovens. Outro aspecto importante observado é a criação de Grupos de Famílias por proximidade de residências para estudo, partilha, convivência e mútua ajuda. -18- CAPELANIA DO COMANDO DO 4º DISTRITO NAVAL Dia 4 de abril Dom Orani, então Arcebispo de Belém, presidiu solene Santa Missa na Capela do Comando do 4º Distrito Naval, a convite do VAlte Eduardo Monteiro Lopes. -19- EQUIPE DA CHEFIA DO SARM A equipe de Praças da Chefia do SARM é composta por 4 sargentos, 3 cabos, 2 marinheiros e 1 marinheiro recruta. Formamos uma equipe bem coesa e cada um tem consciência de sua responsabilidade de apoiar os nossos Capelães em suas demandas Pastorais. Em meio às nossas lides, reservamos sempre um tempinho semanal para uma confraternização. -20-