Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 1. (G1 - cps 2015) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, está correta a alternativa: a) Naquela região, muitos assinantes preferem o rádio à TV. b) À partir das vinte e três horas, ninguém entrava no teatro. c) Os funcionários do museu obedeceram os regulamentos. d) Lembrou-se que levaria a mãe à Bienal na cidade de São Paulo. e) Assistimos à diversos documentários sobre a Primeira Guerra. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES) Tornando da malograda espera do tigre, 1alcançou o capanga um casal de velhinhos, 2que seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça. - Mas chegará, homem? perguntou a velha. - Há de se espichar bem, mulher! Uma voz os interrompeu: - Por este preço dou eu conta da roça! - Ah! É nhô Jão! Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o roçado. Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados. ALENCAR, José de. Til. * moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito). 2. (Fuvest 2015) Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto: I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (ref. 1), o contexto permite identificar qual é o sujeito, mesmo este estando posposto. II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (ref. 2) poderia estar no singular sem prejuízo para a correção gramatical. III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (ref. 3), pode-se apontar um uso informal do pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES) O OPERÁRIO NO MAR Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso político, a dor do operário está na sua blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para Página 1 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos onde vai ele, pisando assim tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens, que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei? ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo. 3. (Fuvest 2015) Dentre estas propostas de substituição para diferentes trechos do texto, a única que NÃO está correta do ponto de vista da norma-padrão é: a) “Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, (...)? b) “O operário não lhe sobra tempo de perceber” = Ao operário não lhe sobra tempo de perceber. c) “Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão. d) “Tenho vergonha e vontade de encará-lo” = Tenho vergonha e vontade de o encarar. e) “quem sabe se um dia o compreenderei” = quem sabe um dia compreenderei-o. 4. (Unifesp 2014) Mantida a norma-padrão da língua portuguesa, a frase que preenche corretamente o segundo balão é: a) Todos os dragões o tem. b) Todos os dragões têm isso. c) Os dragões todos lhe tem. d) Sempre se encontra dragões com isso. e) Sofre disso todos os dragões. 5. (Espm 2014) Na frase: “Analfabetismo, saneamento básico e pobreza combinados explicam 62% da taxa de mortalidade das crianças com até cinco anos no Brasil.” (O Estadão), o termo em negrito: a) transgride as normas de concordância nominal. Página 2 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos b) concorda em gênero e número com o elemento mais próximo. c) faz uma concordância ideológica, num caso de silepse de número. d) poderia ser substituído pelo termo “combinadas”. e) concorda com todos os termos a que se refere, prevalecendo o masculino plural. 6. (Espcex (Aman) 2014) Assinale a alternativa em que a palavra bastante(s) está empregada corretamente, de acordo com a norma culta da Língua. a) Os rapazes eram bastantes fortes e carregaram a caixa. b) Há provas bastante para condenar o réu. c) Havia alunos bastantes para completar duas salas. d) Temos tido bastante motivos para confiar no chefe. e) Todos os professores estavam bastantes confiantes. 7. (G1 - ifsp 2014) Assinale a alternativa correta de acordo com a norma padrão: a) Fazem quinze dias que os camponeses não colhem nada. b) Era esperada, na fazenda, vinte toneladas de grãos. c) Houveram, no sítio, fortes chuvas que destruíram a plantação. d) É necessário que todos, inclusive o agricultor, seja favorável à preservação. e) Haviam feito os lavradores o plantio adequado das sementes. 8. (G1 - ifsp 2014) A questão a seguir deve ser respondida de acordo com a gramática normativa Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. a) Meus irmãos põe os óculos de grau toda vez que precisam dirigir o carro. b) As óticas mantém uma variedade de modelos de óculos à disposição dos clientes. c) Em breve, pode surgir novos equipamentos que se assemelhem ao Google Glass. d) Alguns oftalmologistas alegam que nem sempre a cirurgia convêm aos pacientes. e) Houve muitos voluntários interessados em testar os aplicativos do novo equipamento. 9. (Fgv 2014) Examine as seguintes frases e, em seguida, reescreva-as, eliminando os problemas de redação que nelas ocorrem: a) Nunca e ninguém tomaram conhecimento da crise que cansei de me referir, nas páginas desse jornal, temeroso e inutilmente. b) É sabido que no século XX da história humana houve mais desenvolvimento científico e tecnológico que todas as outras épocas juntas produziram. 10. (Espcex (Aman) 2014) Marque a única alternativa em que o emprego do verbo haver está correto. a) Todas as gotas de água havia evaporado. b) Elas se haverão comigo, se mandarem meu primo sair. c) Não houveram quaisquer mudanças no regulamento. d) Amanhã, vão haver aulas de informática durante todo o período de aula. e) Houveram casos significativos de contaminação no hospital da cidade. 11. (G1 - ifsp 2014) A questão a seguir deve ser respondida de acordo com a gramática normativa. O substantivo em destaque está corretamente flexionado no plural em: a) Vários painéus explicativos foram expostos para orientar os visitantes que vêm ao museu. b) Os arqueólogos até hoje tentam decifrar alguns caracteres usados por povos da Antiguidade. c) Os cidadões estão indignados com o aumento excessivo e injusto dos impostos. d) A nova cozinheira sabe preparar deliciosos pãozinhos de milho. e) No salão de cerimônias do clube estavam expostos os troféis do time. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Musa paradisíaca Página 3 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Hoje, na quitanda, vi duas donas de casa pondo as mãos na cabeça: “Trinta e seis cruzeiros por uma dúzia de bananas! É o fim do mundo, onde já se viu uma coisa dessas!” E a conversa continuava nesse tom. Mas eu fui e paguei prazerosamente o preço de um cacho dourado. Tudo está pela hora da morte, concordo. Mas banana não! Acho que nunca a banana será cara demais para mim, e eu conto por quê. Para mim, a banana é bem mais que aquela fruta amarela, perfumada, de polpa alva, macia e saborosa, que se apresenta numa abundância nababesca em cachos e pencas. O aspecto, o sabor, o perfume da banana estão indissoluvelmente associados com minha infância longínqua na terra nórdica de onde eu vim, nas praias do Mar Báltico. Naquele tempo, naquele lugar, uma banana era uma novidade e uma raridade. Numa certa época do ano, ela aparecia na cidade, em algumas casas muito finas, solitária e formosa, exposta na vitrina. Solitária, sim – uma de cada vez. E uma banana custava uma quantia fabulosa, porque meu pai comprava mesmo uma só, e a trazia para casa onde ela era admirada e namorada durante horas, para depois ser solenemente descascada e repartida em partes milimetricamente iguais entre nós crianças, que a saboreávamos lentamente, conservando o bocadinho de polpa suave na boca o mais possível, com pena de engoli-lo. Imaginem, pois, o meu espanto maravilhado ao desembarcar do navio no porto de Santos e dar de cara com todo um carregamento de bananas, cachos e mais cachos enormes, num exagero de abundância que só em contos de fadas! Naquele dia, me empachei de bananas até quase estourar. Foi aos dez anos de idade, a minha primeira grande impressão gastronômica do Trópico de Capricórnio – e nunca mais me refiz dela. Até hoje sou fiel ao meu primeiro amor brasileiro – a banana. 2 Se eu fosse poeta, como Pablo Neruda, por exemplo, que escreveu Ode à cebola, eu escreveria uma Ode à banana. E não estou sozinha neste meu entusiasmo pela mais brasileira das frutas, porque se eu não tivesse razão, os cientistas, que não são as pessoas mais sentimentais do mundo, não a teriam batizado com o nome poético de Musa paradisíaca. 1 (BELINKI, Tatiana. Olhos de ver. São Paulo: Moderna, 1996. Adaptado) 1 2 cruzeiro: moeda utilizada no Brasil à época em que a crônica foi escrita ode: poema de exaltação, de elogio 12. (G1 - cps 2014) Leia as frases reescritas a partir do texto e assinale a alternativa em que o verbo em destaque está corretamente empregado de acordo com a gramática normativa. a) A escritora relata que se mantêm fiel ao seu primeiro amor brasileiro. b) As porções de banana era saboreadas prazerosamente pelas crianças. c) Em Riga, havia mercearias finas que exibiam bananas e outras frutas na vitrina. d) Necessitavam-se de trinta e seis cruzeiros para se comprar uma dúzia de bananas. e) Estavam visível, nas docas do porto de Santos, um enorme carregamento de bananas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Página 4 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos 13. (G1 - cps 2014) Imagine que, após se hospedarem em uma pousada no Pantanal, pai e filho vencedores do concurso recebem as seguintes orientações: De acordo com a gramática normativa, o texto deve ser preenchido, respectivamente, por a) estejam ... meia ... levá-los. b) estejam ... meio ... levá-los. c) estejam ... meio ... levar-lhes. d) estejem ... meia ... levá-los. e) estejem ... meio ... levar-lhes. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Como fazíamos sem óculos Três graus de miopia. Hoje, um diagnóstico como esse é bobagem. Afinal, você pode viver normalmente usando um par de óculos. Mas há alguns séculos, um problema de visão assim era sinônimo de aposentadoria. O senador romano Marco Túlio Cícero, que viveu no século I a.C., quase teve de abandonar seu cargo quando a idade o impediu de ler sozinho. Como tinha dinheiro, resolveu o problema do jeito que se fazia na época: comprou escravos que pudessem ler para ele. No século IV, o grego Sêneca, autor de tragédias e famoso pensador, resolveu o mesmo problema usando um pote com água sobre os textos para deixar as letras maiores. Página 5 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Foi aproximadamente pelo ano 1 000 que as lentes apareceram na Europa. As primeiras foram criadas pelos monges católicos, os poucos alfabetizados na época, que usaram cristais de quartzo, topázio ou berilo lapidados em forma de semicírculos e polidos. O resultado era uma lupa primitiva que se colocava em cima do material que se pretendia ler. Muito tempo se passou até que os homens tivessem a ideia de aproximar a lente dos olhos, ou melhor, do olho, pois os primeiros modelos de óculos eram feitos só para uma vista. Quando surgiu a versão para dois olhos, tinha o formato de um V invertido e era preciso segurar a armação com as mãos para que permanecesse apoiada sobre o nariz. Nessa época, óculos eram caríssimos, a ponto de aparecerem listados em testamentos e inventários. Foi só em 1752 que o inglês James Ayscough criou óculos com duas hastes laterais. Mas apesar de terem aberto os olhos de muita gente, muitas tinham vergonha de aparecer em público usando o acessório. Menos na Espanha, onde as pessoas achavam que aquele objeto de vidro as deixava com um ar mais importante e respeitoso. (SOALHEIRO, Barbara. Como fazíamos sem. São Paulo: Panda Books, 2006. Adaptado) 14. (G1 - ifsp 2014) Leia as frases a seguir. As lentes, primeiramente, permaneciam sobre o material de leitura mas, com o tempo, os homens ________ dos olhos. Os óculos devolveram a boa visão a muitas pessoas, embora algumas sentissem vergonha de ________. A indústria tem investido bastante na criação de óculos diferenciados e, hoje, ________ tanto por necessidade física como por valorização estética. De acordo com a gramática normativa, as lacunas das frases devem ser preenchidas, correta e respectivamente, por a) aproximaram-nas ... usá-los ... os adquirimos. b) aproximaram-nas ... usar-lhes ... lhes adquirimos. c) aproximaram-se ... usá-los ... os adquirimos. d) aproximaram-lhes ... usar-se ... lhes adquirimos. e) aproximaram-lhes ... usar-lhes ... os adquirimos. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava na sala, ao piano. – Está ali o sujeito do costume – foi dizer Juliana. Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão: – Ah! meu primo Basílio? Mande entrar. E chamando-a: – Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. Era o primo! O sujeito, as suas visitas perderam de repente para ela todo o interesse picante. A sua malícia cheia, enfunada até aí, caiu, engelhou-se como uma vela a que falta o vento. Ora, adeus! Era o primo! Subiu à cozinha, devagar, — lograda. – Temos grande novidade, Sra. Joana! O tal peralta é primo. Diz que é o primo Basílio. E com um risinho: – É o Basílio! Ora o Basílio! Sai-nos primo à última hora! O diabo tem graça! – Então que havia de o homem ser se não parente? – observou Joana. Juliana não respondeu. Quis saber se estava o ferro pronto, que tinha uma carga de roupa para passar! E sentou-se à janela, esperando. O céu baixo e pardo pesava, carregado de eletricidade; às vezes uma aragem súbita e fina punha nas folhagens dos quintais um arrepio trêmulo. – É o primo! – refletia ela. – E só vem então quando o marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar quando ele sai; e é roupa-branca e mais roupa-branca, e roupão novo, e tipoia para o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bêbeda! Tudo fica na família! Os olhos luziam-lhe. Já se não sentia tão lograda. Havia ali muito “para ver e para escutar”. E o ferro estava pronto? Mas a campainha, embaixo, tocou. Página 6 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos (Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.) 15. (Unifesp 2014) O trecho do texto reescrito sem prejuízo para o sentido original e para a correção gramatical encontra-se em: a) – Ouça, caso vêm o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. (6.º parágrafo) b) E sentou-se na janela enquanto esperava. (13.º parágrafo) c) – Ah! meu primo Basílio? Mande-lhe entrar. (4.º parágrafo) d) [...] engelhou-se tal como uma vela para a qual faltasse o vento. (7.º parágrafo) e) Os olhos luziam para Juliana. (15.º parágrafo) TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Poetas e tipógrafos Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico por causa de sua crônica dor de cabeça. Ele lhe receitou exercícios físicos, para “canalizar a tensão”. João Cabral seguiu o conselho. Comprou uma prensa manual e passou a produzir à mão, domesticamente, os próprios livros e os dos amigos. E, com tal “ginástica poética”, como a chamava, tornou-se essa ave rara e fascinante: um editor artesanal. Um livro recém-lançado, “Editores Artesanais Brasileiros”, de Gisela Creni, conta a história de João Cabral e de outros sonhadores que, desde os anos 50, enriqueceram a cultura brasileira a partir de seu quarto dos fundos ou de um galpão no quintal. O editor artesanal dispõe de uma minitipografia e faz tudo: escolhe a tipologia, compõe o texto, diagrama-o, produz as ilustrações, tira provas, revisa, compra o papel e imprime – em folhas soltas, não costuradas – 100 ou 200 lindos exemplares de um livrinho que, se não fosse por ele, nunca seria publicado. Daí, distribui-os aos subscritores (amigos que se comprometeram a comprar um exemplar). O resto, dá ao autor. Os livreiros não querem nem saber. Foi assim que nasceram, em pequenos livros, poemas de – acredite ou não – João Cabral, Manuel Bandeira, Drummond, Cecília Meireles, Joaquim Cardozo, Vinicius de Moraes, Lêdo Ivo, Paulo Mendes Campos, Jorge de Lima e até o conto “Com o Vaqueiro Mariano” (1952), de GuimarãesRosa. E de Donne, Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud, Mallarmé, Keats, Rilke, Eliot, Lorca, Cummings e outros, traduzidos por amor. João Cabral não se curou da dor de cabeça, mas valeu. (Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 17.08.2013. Adaptado.) 16. (Unifesp 2014) Na oração – como a chamava – (1.º parágrafo), o pronome retoma: a) ave rara e fascinante. b) tensão. c) ginástica poética. d) crônica dor de cabeça. e) prensa manual. 17. (Unifesp 2014) Na passagem – O editor artesanal dispõe de uma minitipografia e faz tudo: escolhe a tipologia, compõe o texto, diagrama-o, produz as ilustrações –, se a expressão editor artesanal for para o plural, a sequência em destaque assume a seguinte redação, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa: a) compõe o texto, diagrama-no, produz as ilustrações. b) compõem o texto, diagrama-lo, produz as ilustrações. c) compõem o texto, diagramam-no, produzem as ilustrações. d) compõe o texto, diagramam-o, produzem as ilustrações. e) compõem o texto, diagramam ele, produz as ilustrações. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A sensível Página 7 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Foi então que ela atravessou uma crise que nada parecia ter a ver com sua vida: uma crise de profunda piedade. A cabeça tão limitada, tão bem penteada, mal podia suportar perdoar tanto. Não podia olhar o rosto de um tenor enquanto este cantava alegre – virava para o lado o rosto magoado, insuportável, por piedade, não suportando a glória do cantor. Na rua de repente comprimia o peito com as mãos enluvadas – assaltada de perdão. Sofria sem recompensa, sem mesmo a simpatia por si própria. Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidade como de doença, escolheu um domingo em que o marido viajava para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear. Como se ainda fosse a menina que passeia na calçada. Sobretudo passeava muito quando “sentia” que o marido a enganava. Assim foi procurar a bordadeira, no domingo de manhã. Desceu uma rua cheia de lama, de galinhas e de crianças nuas – aonde fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos com cara de fome, o marido tuberculoso – a bordadeira recusou- se a bordar a toalha porque não gostava de fazer ponto de cruz! Saiu afrontada e perplexa. “Sentia-se” tão suja pelo calor da manhã, e um de seus prazeres era pensar que sempre, desde pequena, fora muito limpa. Em casa almoçou sozinha, deitou-se no quarto meio escurecido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura. Oh pelo menos uma vez não “sentia” nada. Senão talvez a perplexidade diante da liberdade da bordadeira pobre. Senão talvez um sentimento de espera. A liberdade. (Clarice Lispector. Os melhores contos de Clarice Lispector, 1996.) 18. (Unifesp 2014) A alternativa em que o enunciado está de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa e coerente com o sentido do texto é: a) A senhora, pensando na recusa da bordadeira, não sabia se a perdoaria, mas achava melhor esquecer daquilo. b) Ao descer pela rua cheia de lama, a senhora se perguntava aonde é que estava, confusa no lugar que caminhava. c) Era comum de que a senhora, distraída com sua sensibilidade, fosse roubada, o que lhe fazia levar as mãos ao peito em sinal de inquietação. d) A senhora, quando se dispôs a ir à bordadeira, esperava que esta não lhe recusasse o trabalho solicitado. e) A senhora gostava muito de passear, embora tivesse ainda a impressão que era menina passeando pela calçada. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto para a(s) questão(ões) Os enunciados de uma obra científica e, na maioria dos casos, de notícias, reportagens, cartas, diários etc., constituem juízos, isto é, as objectualidades puramente intencionais pretendem corresponder, adequar-se exatamente aos seres reais (ou ideias, quando se trata de objetos matemáticos, valores, essências, leis etc.) referidos. Fala-se então de “adequatio orationis ad rem”*. Há nestes enunciados a intenção séria de verdade. Precisamente por isso pode-se falar, nestes casos, de enunciados errados ou falsos e mesmo de mentira e fraude, quando se trata de uma notícia ou reportagem em que se pressupõe intenção séria. O termo “verdade”, quando usado com referência a obras de arte ou de ficção, tem significado diverso. Designa com frequência qualquer coisa como a genuinidade, sinceridade ou autenticidade (termos que, em geral, visam à atitude subjetiva do autor); ou a verossimilhança, isto é, na expressão de Aristóteles, não a adequação àquilo que aconteceu, mas àquilo que poderia ter acontecido; ou a coerência interna no que tange ao mundo imaginário das personagens e situações miméticas; ou mesmo a visão profunda - de ordem filosófica, psicológica ou sociológica - da realidade. Até neste último caso, porém, não se pode falar de juízos no sentido preciso. Seria incorreto aplicar aos enunciados fictícios critérios de veracidade cognoscitiva. [...] Os mesmos padrões que funcionam muito bem no mundo mágicodemoníaco do conto de fadas revelam-se falsos e caricatos quando aplicados à representação do universo profano da nossa sociedade atual [...]. “Falso” seria também um prédio com portal e átrio de mármore que encobrissem apartamentos miseráveis. É esta incoerência que é “falsa”. Mas ninguém pensaria em chamar de falso um autêntico conto de fadas, apesar de o seu mundo imaginário corresponder muito menos à realidade empírica do que o de qualquer romance de entretenimento. Página 8 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Anatol Rosenfeld, literatura e personagem. In: A. Candido et. al. A personagem de ficção. * adequatio orationis ad rem: adequação da linguagem ao assunto. 19. (Fgv 2014) Reescreva as seguintes frases do texto, conforme a instrução entre parênteses que acompanha cada uma delas: a) “termos que, em geral, visam à atitude subjetiva do autor” (substitua o verbo “visar” por “ter como foco”, fazendo as alterações necessárias); b) “apesar de o seu mundo imaginário corresponder muito menos à realidade empírica” (substitua “apesar de” por “embora”, fazendo as alterações necessárias). TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A língua literária Na implantação de uma língua em novo ambiente físico e social, há duas possibilidades extremas. Uma é a transferência para uma comunidade aloglota, 6que assim abandona o anterior idioma materno. Outra é a transferência, não apenas da língua, mas de um grande grupo dos seus sujeitos falantes, para uma região desabitada, ou habitada por uma população nativa 7que os invasores eliminam. É certo 8que, em regra, não se verifica na prática, singelamente, o esquema teórico aqui formulado. No primeiro caso, 1há que levar em conta um núcleo de conquistadores, sob cuja pressão material, cultural ou política se processa a mudança. No segundo caso, se a nova região não era totalmente 2erma, fica frequentemente um resíduo de população nativa, 9que com o correr dos tempos se integra na nova situação e adota a língua e as demais instituições sociais dos invasores. Mas, num e noutro caso, continua ainda assim válido o contraste entre as duas possibilidades de ocorrência. É por isso que não se pode associar a implantação do latim em províncias do Império Romano – digamos, particularmente, na Península Ibérica – com a implantação de certas línguas europeias – digamos, particularmente, o português – no ambiente americano. Ali, houve, preponderantemente, a adoção do latim pelos iberos aloglotas, 3de par secundariamente com a fixação entre eles de soldados e colonos latinos. Aqui, houve uma colonização portuguesa em massa, que 4desarraigou “in totum” e eliminou em grande parte os indígenas, 5malgrado certa assimilação 10que afinal se verificou. O aspecto da implantação do português no Brasil explica por que tivemos, de início, uma língua literária pautada pela do Portugal coevo. A sociedade colonial considerava-se – e o era em princípio, abstração feita da necessária adaptação ao novo ambiente – um prolongamento da sociedade ultramarina. O seu ideal era reviver os padrões vigentes no reino. J. Mattoso Câmara Jr., A língua literária. In: A. Coutinho (org.), A literatura no Brasil, 1968. 20. (Fgv 2014) O pronome sublinhado no trecho “e o era em princípio” (último parágrafo) tem como referente o termo a) anterior “Portugal”. b) anterior “aspecto”. c) posterior “abstração”. d) posterior “prolongamento”. e) posterior “ambiente”. Página 9 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Gabarito: Resposta da questão 1: [A] [A] Correta. (...) preferem o rádio à TV. Na norma culta deve-se dizer prefiro uma coisa a outra. [B] Não há crase antes de verbo: A partir (...) [C] Na norma culta é correto: obedeceram aos regulamentos (...) [D] Lembrou-se de que. O verbo lembrar quando se refere à lembrança vem regido pela preposição de. [E] Não há crase quando a preposição a aparece no singular antecedendo um elemento no plural. Resposta da questão 2: [D] [I] Verdadeiro. Mesmo estando o verbo conjugado no singular (“alcançou”) e duas expressões igualmente no singular (“o capanga” e “um casal de velhinhos”), a leitura do trecho indica que o sujeito da oração é “o capanga”, uma vez que se refere a uma ação de Jão Fera. [II] Verdadeiro. Em “que seguiam diante dele o mesmo caminho”, o verbo pode concordar com o núcleo do sujeito, “um casal de velhinhos”. [III] Falso. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis”, o sujeito é posposto (eles), recurso bastante empregado por José de Alencar; no exemplo citado, pertinente ao registro coloquial da língua, “eles” desempenha função de objeto direto da locução “tem visto”. Resposta da questão 3: [E] A alternativa [A] está correta segundo a norma-padrão, pois o verbo “ir” exige preposição “a” ou “para”; a substituição, portanto, é válida. A alternativa [B] está correta segundo a norma-padrão, uma vez que a substituição emprega o objeto indireto pleonástico: o pronome pessoal do caso oblíquo “lhe” tem como referente “ao operário”. A alternativa [C] está correta segundo a norma-padrão, pois o verbo “chamar”, no sentido de “nomear” pode apresentar tanto a transitividade direta quanto a indireta. A alternativa [D] também segue a norma-padrão, pois o verbo no infinitivo aceita a próclise, caso seja precedido de preposição. A alternativa [E] não segue a norma-padrão, pois, apesar de o verbo estar conjugado no futuro (o que obrigaria o emprego da mesóclise), há ocorrência de partícula atrativa (“um dia”: locução adverbial). Resposta da questão 4: [B] As alternativas [A], [C], [D] e [E] apresentam desvios à norma culta da língua portuguesa. Para que isso não acontecesse, deviam ser substituídas por: [A] Todos os dragões o têm. [C] Os dragões todos o têm. [D] Sempre se encontram dragões com isso. [E] Sofrem disso todos os dragões. Assim, é correta apenas a alternativa [B]. Resposta da questão 5: [E] Página 10 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Conforme a gramática normativa, a concordância nominal pode se dar em relação ao elemento mais próximo ou a todos os termos relacionados e, caso haja diferença de gênero, prevalece o gênero masculino no plural. Resposta da questão 6: [C] A palavra “bastante”, dependendo do contexto, pode pertencer a três classes gramaticais diferentes: pode ser adjetivo, pronome ou advérbio. Nos dois primeiros casos, ela varia em número. Quando é advérbio, no entanto, é invariável, não pode, portanto, ser flexionada para o plural. Em [A], a palavra é advérbio, está incorreto, portanto o uso no plural; em [B] e [D], é, respectivamente, adjetivo e pronome indefinido, devendo estar no plural; e em [E], é advérbio, por isso é equivocado o uso do plural. A única alternativa correta, assim, é a [C], em que “bastante” é adjetivo e está, coerentemente, no plural. Resposta da questão 7: [E] [A] Faz quinze dias que os camponeses não colhem nada. [B] Eram esperados, na fazenda, vinte toneladas de grãos. [C] Houve, no sítio, fortes chuvas que destruíram a plantação. [D] É necessário que todos, inclusive o agricultor, sejam favoráveis à preservação. [E] Correta. Haviam feito os lavradores o plantio adequado das sementes. Resposta da questão 8: [E] [A] Meus irmãos põem os óculos de grau toda vez que precisam dirigir o carro. [B] As óticas mantêm (...) uma variedade de modelos de óculos à disposição dos clientes. [C] Em breve, podem surgir novos equipamentos que se assemelhem ao Google Glass. [D] Alguns oftalmologistas alegam que nem sempre a cirurgia convém aos pacientes. [E] Correta. Houve muitos voluntários interessados em testar os aplicativos do novo equipamento. Resposta da questão 9: a) Nunca e ninguém tomou conhecimento da crise a que cansei de referir-me nas páginas deste jornal, temerosa e inutilmente. Ou Nunca e ninguém tomou conhecimento da crise a que, temeroso, cansei de referir-me inutilmente nas páginas deste jornal. b) É sabido que, no século XX, houve mais desenvolvimento científico e tecnológico do que em todas as outras épocas juntas. Resposta da questão 10: [B] Em [A], o verbo haver deveria concordar com o sujeito, estando, portanto, no plural. Nas alternativas [C], [D] e [E], o verbo haver é impessoal, devendo, assim, ser invariável. Desse modo, é correta apenas a alternativa [B]. Resposta da questão 11: [B] [A] Vários painéis explicativos foram expostos para orientar os visitantes que vêm ao museu. [B] Correta. Os arqueólogos até hoje tentam decifrar alguns caracteres usados por povos da Página 11 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Antiguidade. [C] Os cidadãos estão indignados com o aumento excessivo e injusto dos impostos. [D] A nova cozinheira sabe preparar deliciosos pãezinhos de milho. [E] No salão de cerimônias do clube estavam expostos os troféus do time. Resposta da questão 12: [C] As alternativas [A], [B], [D] e [E] são incorretas, pois os termos assinalados em negrito, para se ajustarem corretamente à gramática normativa, deveriam ser substituídos, respectivamente, por: mantém, eram, necessitava-se e estava. Resposta da questão 13: [A] Apenas a alternativa [A] é correta, pois a 3ª pessoa plural do imperativo do verbo estar é “estejam”, o adjetivo “meia” concorda com o substantivo a que se refere (hora) e o pronome oblíquo “los” corresponde ao objeto direto do verbo levar. Resposta da questão 14: [A] [A] Correta. O verbo pede próclise por atração do pronome nas pela preposição dos. [B] O pronome lhe sintaticamente só pode acompanhar verbos que sejam transitivos indiretos, o que não é o caso dos verbos usar e adquirir. [C] O pronome se altera o sentido da frase por alterar o sujeito a que se refere. [D] Tanto os pronomes lhes quanto o pronome se estão sintaticamente incorretos nesta alternativa. [E] Os pronomes lhes estão sintaticamente incorretos em ambos os verbos. Resposta da questão 15: [D] As alternativas [A], [B], [C] e [E] apresentam substituições que prejudicam o sentido original e/ou apresentam desvios à norma culta, pois em: [A] o termo verbal “vêm” deveria ser substituído por venha, já que a conjunção subordinativa condicional rege o presente do subjuntivo; [B] a preposição “em”, inclusa na expressão “sentou-se na janela”, é incorreta, pois sugere que Juliana se sentou em cima da janela. Para conservar o seu sentido original, deveria ser substituída por sentou-se à janela; [C] o verbo “mandar” é transitivo direto, deve ser acompanhado de pronome oblíquo átono com a mesma função, no caso “o” e não “lhe” (mande-o entrar); [E] no trecho original, eram os próprios olhos de Juliana que brilhavam e não outros que brilhavam para ela. Assim, é correta apenas a alternativa [D]. Resposta da questão 16: [E] É correta a alternativa [E], pois o pronome oblíquo átono “a” constitui elemento anafórico que remete, metonimicamente, a “prensa manual” (ele chamava a prensa manual de ginástica poética). Resposta da questão 17: [C] Página 12 de 13 Exercícios de Aprofundamento – Port. Gram. – Verbos Se o sujeito da oração estiver no plural, todos os verbos a ele ligados irão também para o plural: compõem, diagramam, produzem. O pronome oblíquo “o”, que acompanha o segundo, deve ser precedido de “n”, pois está em situação de ênclise após forma verbal terminada em som nasal: digramam-no. Assim, é correta a alternativa [C]. Resposta da questão 18: [D] As alternativas [A], [B], [C] e [E] apresentam desvios à norma-padrão da língua portuguesa. Para que tal não acontecesse, deveriam ser substituídas por: [A] A senhora, pensando na recusa da bordadeira, não sabia se a perdoaria, mas achava melhor esquecer-se daquilo (ou esquecer aquilo). [B] Ao descer pela rua cheia de lama, a senhora se perguntava onde é que estava, confusa no lugar que caminhava. [C] Era comum que a senhora, distraída com sua sensibilidade, fosse roubada, o que lhe fazia levar as mãos ao peito em sinal de inquietação. [E] A senhora gostava muito de passear, embora tivesse ainda a impressão de que era menina passeando pela calçada. Assim, é correta apenas a alternativa [D]. Resposta da questão 19: a) “termos que, em geral, têm como foco a atitude subjetiva do autor”. b) “embora o seu mundo imaginário corresponda muito menos à realidade empírica”. Resposta da questão 20: [D] [A] Não se refere a Portugal. [B] Não se refere a aspecto. [C] Não se refere à palavra abstração. [D] Correta. O pronome faz referência à palavra prolongamento. Pode-se perceber que, sintaticamente, o pronome o integra uma oração com função explicativa que aparece entre travessões. Dessa forma, um prolongamento aparece como núcleo do sintagma, do outro lado da vírgula, complementando, assim, o sentido do pronome. [E] Não se refere à palavra ambiente. Página 13 de 13