2010
DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO
DA DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS
MULHERES
Sandra jacinto
Curso de TIS
03-12-2010
ARTIGO1
A DISCRIMINAÇÃO RELATIVO AS MULHERES UMA VEZ QUE NEGA OU
LIMITA A IGUALDADE DOS DIREITOS DAS MULHERES COM OS
HOMENS, E FUNDAMENTALMENTE INJUSTIÇA E CONSTITUI UM
ATENTADO À DIGNIDADE HUMANA.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
Existem muitas mulheres que
sofrem discriminação:
Dia 08 de Março, Dia da Mulher. Em 2009, ainda há homens
que se julgam superiores às mulheres.
Em 2009, ainda há mulheres que se julgam inferiores aos homens.
Sobretudo em algumas regiões do Oriente, a discriminação da mulher
ainda é muito normal.
No ocidente, a luta pela igualdade de direitos e deveres de mulheres
e homens vem de longe.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
Principalmente as mulheres islâmicas, que são vítimas de muita
injustiça, vivem com medo e não é nada fácil conseguirem sobreviver
lutando pelo que realmente têm direito.
Existem inúmeras tradições sociais, psicológicas e económicas que
governam o pensamento da maior parte dos muçulmanos e que
influenciam particularmente a condição da mulher e o seu papel na
sociedade islâmica.
O islamismo
O Islamismo é uma religião monoteísta que surgiu na Península
Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do
profeta Maomé e numa escritura sagrada, o Alcorão.
Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem,
sendo Adão o primeiro profeta e o último Maomé.
Duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o
Médio Oriente, no Norte de África, na Península Ibérica, na antiga
Pérsia e Índia.
O Islão atingiu também a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana,
embora mais tarde.
A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para
atingir a salvação basta acreditar num único Deus, pagar dádivas
rituais, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão, rezar cinco
vezes por dia e efectuar uma peregrinação à cidade de Meca.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
Família
As tradições islâmicas têm uma forte participação da família no
que diz respeito aos casamentos. Enquanto a maior parte das
mulheres discordam do planeamento do seu casamento feito pelos
seus familiares, os muçulmanos defendem que esta prática é
vantajosa pois assegura casamentos baseados em princípios mais
sólidos e dá pouco relevo à atracção física e desejo sexual.
Leis a que são submetidas as mulheres
muçulmanas:
As mulheres muçulmanas têm mais deveres e regras do que
direitos.
As seguintes regras apresentadas são algumas a que as
mulheres têm de obedecer, em geral, nos países muçulmanos:
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
 É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de
trabalho fora de casa, incluindo professoras, médicas,
enfermeiras, engenheiras, etc.
 É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia
de um “nmahram” (pai, irmão ou marido);
 É proibido falar com vendedores homens;
 É proibida ser tratada por médicos homens, mesmo que
em risco de vida;
 É
proibido
o
estudo
em
escolas,
universidades
ou
qualquer outra instituição educacional;
 É obrigatório o uso do véu completo (“burca”) que cobre a
mulher dos pés à cabeça;
 É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as
mulheres que não usarem as roupas adequadas (“burca”)
ou que desobedeçam a uma ordem talibã;
 É
permitido
chicotear
mulheres
em
público
se
não
estiverem com os calcanhares cobertos;
 É permitido atirar pedras publicamente a mulheres que
tenham tido sexo fora do casamento, ou que sejam
suspeitas de tal;
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
 É proibido qualquer tipo de maquilhagem (foram cortados
os dedos a muitas mulheres por pintarem as unhas);
 É proibido falar ou apertar as mãos de estranhos;
 É proibido à mulher rir alto (nenhum estranho pode
sequer ouvir a voz da mulher);
 É proibido usar saltos altos que possam produzir sons
enquanto andam, já que nenhum homem pode ouvir os
passos de uma mulher;
 A mulher não pode usar táxi sem a companhia do marido,
pai ou irmão;
 É proibida a presença de mulheres em rádios, televisão ou
qualquer outro meio de comunicação;
 É proibido andar de bicicleta ou motocicleta, mesmo com
seus “maharams”;
 É proibido o uso de roupas que sejam coloridas, ou seja,
“que tenham cores sexualmente atraentes”;
 Os transportes públicos são divididos em dois tipos, para
homens e mulheres, pois os dois não podem viajar no
mesmo;
 É proibida a participação de mulheres em festividades;
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
 É proibido o uso de calças compridas mesmo debaixo do
véu;
 As mulheres estão proibidas de lavar roupas nos rios ou
locais públicos;
 As mulheres não se podem deixar fotografar ou filmar;
 Todos os lugares com a palavra “mulher” deve substituila, por exemplo: O Jardim da Mulher deve passar a
chamar Jardim da Primavera;
 Fotografias de mulheres não podem ser impressas em
jornais, livros ou revistas ou penduradas em casas e lojas;
 As mulheres são proibidas de aparecer nas varandas das
suas casas;
 O testemunho de uma mulher vale metade do testemunho
Masculino;
 Todas as janelas devem ser pintadas de modo a que as
mulheres não sejam vistas dentro de casa por quem
estiver fora;
 É proibido às mulheres cantar;
 Os alfaiates são proibidos de costurar roupas para
mulheres;
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
 É completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou
vídeo;
 As mulheres são proibidas de usar as casas de banho
públicas (apesar da maioria não ter casa de banho em
casa).
"Burca"
A Burca é o traje feminino imposto pelo
Alcorão,
principalmente
em
países
islâmicos.
Este cobre o corpo todo, incluindo o rosto
e os olhos, roupas justas ao corpo ou
roupas semitransparentes são proibidas,
pois atraem a atenção dos homens.
A condição da mulher
Como já é do conhecimento geral em todas as culturas existem
certas tradições e regras que condicionam a vida das pessoas,
principalmente a vida das mulheres.
No caso do islamismo, os homens são vistos como superiores às
mulheres.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
Por exemplo, o nascimento de um rapaz é acolhido com mais
entusiasmo do que o de uma rapariga (muitas vezes quando nascem
raparigas são mortas a nascença).
Mesmo antes do profeta Muhammad, a mulher era vista como
um fardo indesejável, uma fonte de desgraça e humilhação para a
família.
Eram tratadas como brinquedos nas mãos dos homens e não tinham
direito à herança.
Com o aparecimento do profeta Muhammad pouco mudou, pois as
mulheres continuam a ser mal tratadas e sem liberdade.
Esta Cultura obriga as mulheres a andarem vestidas com um traje
que a tapa da cabeça aos pés, este traje é visto como uma protecção
feminina. As mulheres muçulmanas são maltratadas devido à sua
cultura, obedecendo a normas, valores, leis, princípios e regras que
lhes condicionam a vida.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
“Queimada Viva”: uma questão de honra
Souad é uma mulher com idade incerta (entre 40 e 50 anos) que foi
vítima de um «crime de honra». No entanto, sobreviveu e acaba de
publicar um livro intitulado “Queimada Viva”, onde conta como tudo
aconteceu.
Souad nasceu numa pequena aldeia da Cisjordânia e acaba de
publicar um livro intitulado “Queimada Viva”. No livro conta-nos a
história da sua vida, uma vez que foi vítima dos «crimes de honra»,
que matam cinco mil mulheres por ano em vários países, como é
referido na revista Pública do passado dia 2 de Maio. Entre esses
países encontram-se o Brasil, Jordânia, Equador, Uganda, Egipto
Turquia, entre outros.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
Com origem em tradições tribais e patriarcais, os «crimes de honra»
são actos de violência praticados contra as mulheres quando estas
cometem adultério, querem o divórcio, são violadas ou se recusam a
submeter a um casamento arranjado e são aplicados pelos homens
da família. Como e referido na revista Pública, a organização Human
Rights Watch (HRW) apresentou um documento à ONU em 2001 onde
é referido que “os crimes de honra não são específicos de nenhuma
religião,
nem
estão
limitados
a
qualquer
região
do
mundo”.
No livro “Queimada Viva”, Souad conta precisamente como foi
julgada e condenada pela família. Na altura em que tudo aconteceu,
tinha 17 anos e ainda não era casada, o que na sua aldeia a tornava
alvo de troça. Apaixonou-se por um rapaz que a tinha pedido em
casamento, mas que a abandonou quando soube que Souad estava
grávida. Por intermédio de uma tia, os pais tiveram conhecimento do
sucedido e logo prepararam a sentença. No dia seguinte, o cunhado
de Souad regou-a com gasolina e ateou-lhe fogo. A jovem conseguiu
sobreviver e acabou por ser salva no hospital, já depois de ter dado à
luz, por Jacqueline Thibault, activista de uma organização suíça, a
Surgir. Jacqueline consegue convencer os pais de Souad que seria
melhor que a filha morresse noutro país.
Souad relembra toda a história da sua vida no livro. Conta como
conheceu o seu actual marido e como consegue manter contacto com
o filho, que tinha sido adoptado. Recusa-se a dizer o nome verdadeiro
ou a mostrar a cara, pois receia ser encontrada pela família.
No que diz respeito a tradições religiosas, como a proibição do uso do
véu em França, tem uma posição muito definida: “Se querem pôr o
véu, que fiquem nos seus países. Se vivemos na Europa, temos de
viver como na Europa”, refere na revista Pública.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
Souad é uma das sobreviventes dos «crimes de honra» e pode contar
a sua história ao mundo, mas a verdade é que pouco se tem feito
para garantir a liberdade das mulheres em países onde os animais
são considerados mais importantes e onde apenas os homens podem
frequentar a escola.
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Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto
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