MUKABELE
RITUAL DERVIXE
GISELLE GUILHON ANTUNES CAMARGO
MUKABELE
RITUAL DERVIXE
FLORIANÓPOLIS
2010
EDITORA INSULAR
MUKABELE
RITUAL DERVIXE
Editor
Nelson Rolim de Moura
Carlos Serrao
Capa
Ilustrações
Paulo Renato Vieira Freitas
Cxxx
Camargo, Giselle Guilhon Antunes
Florianópolis: Insular, 2010.
200 p. Il.
ISBN 978-85-7474-450-6
Ayin
7. Dança 8. Ritual I. Título.
CDD - xxxx
Editora Insular Ltda.
Rodovia João Paulo, 226 — Bairro João Paulo
CEP 88030-300 — Florianópolis — Santa Catarina — Brasil
Fone/fax: 0**48 3232 9591 e 3334-2729
Sumário
Prefácio....................................................................................................... 11
Apresentação ............................................................................................. 13
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 19
................................................................................. 19
2. O Sama Clássico e o Sama Mevlevi ............................................. 28
I
A ESPECIFICIDADE DO SAMA MEVLEVI .................................................... 37
3. O Sama
.................................................... 39
4. Mukabele: evolução, impedimento e retorno .............................. 46
5. Ayin: estrutura e evolução
(Uma transcrição interlinear do artigo de Walter Feldman
– Structure and evolution of the Mevlevi Ayîn: the case of
the Third Selâm) ............................................................................ 69
Primeiro Selâm: Devr-i Kebîr .......................................................... 80
Terceiro Selâm: Yürük Semâ’î ........................................................ 83
..................... 118
II
A ARTE SECRETA DOS DERVIXES GIRADORES ....................................... 145
7. O Semelhante atrai o Semelhante: princípios do esoterismo
Kubravi ......................................................................................... 147
8. Treinamento e Aprendizagem do Sama: um guia prático ......... 163
Parte 1: O enraizamento na Terra ...................................................163
Parte 2: A abertura para o Céu ....................................................... 178
Parte 3: Girar até a Unissonância ...................................................182
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 187
O Segredo se protege a si mesmo ..................................................189
............................................................................193
Notas .........................................................................................................205
à baraka dos mestres
Jalaluddin Rumi
PREFÁCIO
Armindo Bião1*
Mukabele: Ritual Dervixe
-
A Arte Secreta dos Dervixes Giradores:
um estudo etnocenológico do Sama Mevlevi. Entre essas duas maneiA Arte
Secreta dos Dervixes Giradores
-
Meetings with remarkable men, de Peter
1 Pesquisador do CNPq, professor titular da Universidade Federal da Bahia,
11
Master of Fine
Arts em Teatro. De fato, após Pierrot le fou
remetia à minha própria vida e a meus interesses mais íntimos. De fato,
Giselle Guilhon, em Salvador e em Paris, na Universidade de Paris VIII,
remarkable),
resultou atraente, para além de sua densidade mantida. É o que o leitor
12
APRESENTAÇÃO
tariqat1
2
Sayed3
4
5
A tariqat
ainda hoje, pelos guias de Bukhara, onde está o túmulo de Bahauddin.
-
-
mos o perfume; por muito tempo seu aroma se espalhará pelo mundo e
se tornará o Mushkil Gushá
Sayed Amir Kulal do treinamento da
mais tarde, mudara-se para Nasaf, onde se tornou murid
13
mearam Bahauddin seu novo murshid
tariqat
Sheikh
-
tariqat
Tariq-i
Khwajagan
Hush Dar Dam:
Nazar Ba Kadam:
Safar Dar Watan: Viajar na Terra Natal
Khilwat Dar Anjuman: Retiro em Companhia
Neegar Dashtan:
Yad Dashtan:
Yad Kardan:
Baaz Gasht: Restrição
às oito primeiras:
: A Pausa do Tempo
: A Pausa dos Números
: A Pausa do Coração6
A tariqat
14
Mevlana
al-Balkhi Rumi
.7
-
8
Tudo
-
Sama
Sama institusilsila
15
que os dervixes giram repetidamente em torno de si e ao mesmo tempo
Mukabele
Ayin
1. Nat-i
2. Ney Taksim
ney)
3. Devr-i Veledi
mental)
pesrev
4. Sema ou Sama
selam
-
5. Son Pesrev
6. Son Yürük Sema’i
yürük sema’i)
7. Son Taksim
9
8. Kur’an-i Kerim
Sama
Mukabele
Mevlevi
tariqats
Sama Clássico
Sama Mevlevi
16
Ayin), sua permae O Sama Clássico e o Sama
-
te,
, o Mukabele
Mevlevi), o Ayin
Mukabele
[Sama Mevlevi) e o Sama do Festival Mevlana, de Konya.
O Semelhante Atrai o Semelhante, que
s
Sama
lataif e do zikr)
do Sama, destina-se tanto aos adeptos do rito Mevlevi quanto aos neóSama
-
17
INTRODUÇÃO
1. PRÁTICAS SUFIS
çulmano de Tasawwuf
que levam, em geral, o nome do seu fundador ou de uma pessoa muito
função.
10
, e autor de vários livros
Sama
11
longo de muitos anos e que foram sendo transmitidas de mestres a disChistiyya12
13
19
-
-
-
tekkia
-
função útil. 14
15
-
o Sheikh
20
existe, mas ela não leva à hiper-ventilação, pois quando eles
se reúnem, passam por um período de preparação antes de a
-
gosta da situação. 16
, para se dar um determinado passo
-
-
Pir
Tariqat. Uma ordem ortodoxa tem um Sheikh, um Grande Sheikh e um
Sheikh
Sheikh dentro de uma ordem são posições de
ensino. Quando alguém se torna um Sheikh Maior dentro da sua própria
Sheikh de todas as
21
Sheikh, Grande Sheikh e Sheikh Maior, existe uma outra hierarquia de
mestres que vai do último Sheikh da ordem até o seu Sheikh fundador.
silsila).
silsila
baraka
espiritual). Não se trata de uma hierarquia enquanto tal, mas da passasão a um mestre vivo de uma determinada ordem de dervixes.
silsila) de
mestres que remontam, proximamente, ao Profeta Muhammad. Cada
louvores do Profeta, de sua família e dos santos ilustres, fundadores das
zikr ou Sama.
17
-
18
-
hippies
22
-
-
tchai esabis
nheiros nos vários anos de suas peregrinações pelo Afeganistão; o ter-
Shariat
sawm) do Ramadhân, a
23
zakat
hadj
salat), denominadas namas, em persa. Contrariando
; está
-
silsila
missão da baraka
-
nominam fana
Não que um mestre seja maior que
mais veneração ainda, porque a palavra persa Pir
da no Irã e no Afeganistão para designar o mestre espiritual
Tasawwuf
murides de um mesmo Pir
24
-
imagens são irrefutáveis: o mestre permitiu que as pessoas que tinham
Desjardins, por mais prestígio que possua, não difunde suas idéias pes-
zikr
latifa
respondente à mesma.
latifa, no singular, e lataif, no plural, que são os pontos
lataif
zikr ou dhikr
zikr
zikr. Ele
zikr.
universal, imagem do testemunho imutável e não afetado pelos ruídos
do mundo fenomenal.
25
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