C Setembro #07 Editorial Procure Informar-se Com a entrada em vigor da nova lei de estrangeiros, a Lei 23 /2007 de 4 de Julho e do esperado Decreto Regulamentar, muitas coisas vão mudar no que se refere à imigração. Esta lei traz muitas novidades e é necessário o cidadão imigrante estar muito atento e informar-se em que é que a lei o poderá afectar. Neste sentido o CNAI – Centro Nacional de Apoio ao Imigrante tem desenvolvido grandes esforços de formação para poder, rapidamente, prestar todas as informações mais importantes aos nossos clientes. Para isso dispõe dos serviços de informação da linha SOS Imigrante 808 257 257 para telefones da rede fixa e 21 810 61 91 para os telefones móveis onde poderá esclarecer, de forma cómoda e sem grande espera, entre as 8horas e as 24h, as questões relacionadas com a Lei. Também no CNAI poderá tirar as suas dúvidas solicitando à equipa da pré-triagem, à porta do centro, uma senha B. Estes mediadores sócio-culturais explicar-lhe-ão as grandes novidades da lei. Não se esqueça que estar informado pode evitar problemas futuros. A Directora do CNAI, Francisca Assis Teixeira São Tomé e Príncipe Pescas ilegais com dias contados Com o apoio dos EUA, São Tomé e Príncipe procedeu à instalação de radares em todo o arquipélago. Estes radares irão permitir a fiscalização de todos os navios que entrem em águas territoriais são-tomenses evitando-se deste modo a pesca ilegal que até agora se tem verificado. Moçambique Lei sobre protecção à criança Por iniciativa da UNICEF e de outras organizações nacionais e estrangeiras, discutiu-se em Maputo a criação de uma lei sobre a protecção à criança. Esta lei pretende disponibilizar mecanismos que ajudem a lidar com os problemas que muitas crianças enfrentam em Moçambique (como o tráfico ou o abuso sexual). A delinquência juvenil será outro aspecto a ter em conta, já que grande parte da população prisional é composta por uma faixa etária bastante jovem. j N o r n a l A Centro Nacional de Apoio ao Imigrante O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a nova Lei de Imigração “O SEF está totalmente preparado para a implementação das novas disposições legais e também dos prazos” Manuel Jarmela Palos, director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Nesta edição, o SEF, que ajudou a esclarecer de que modo é que a nova Lei de Imigração, irá contribuir para uma melhor integração do cidadão imigrante. O que irá mudar na vida do cidadão imigrante com a nova lei de imigração? Os seus direitos ficam mais protegidos? Esperamos que a nova lei simplifique a vida dos cidadãos na sua interacção com a Administração, que agilize procedimentos e desburocratize o sistema de permanência dos cidadãos estrangeiros no nosso país. A nova Lei de Imigração é mais flexível e adapta-se melhor à volubilidade da imigração. Assim, permitirá uma melhor regulação dos fluxos migratórios. De que modo é que o trabalho levado a cabo pelo SEF irá ser afectado? Sofrerá alterações? O SEF tem para implementar novas disposições legais, as quais comportam novas soluções para a documentação de cidadãos estrangeiros. Existe uma aposta nas novas tecnologias, as quais permitem uma forma agilizada de aplicação das novas disposições legais, transferindo algumas obrigações do cidadão para a Administração, designadamente ao nível da obtenção de determinados documentos. Estão previstas medidas mais rigorosas no combate à imigração irregular e associações criminosas? De que modo é que se irá combater todo este género de situações? A nova Lei de Imigração prevê a protecção I do imigrante e o combate às redes de imigração ilegal e tráfico de seres humanos e à exploração de imigrantes. Também responsabiliza e penaliza quem gravita em torno da imigração ilegal através da prática de ilícitos criminais. Pode dar-nos exemplos práticos? Sim. É agravada a moldura penal do crime de auxílio à imigração ilegal sempre que o mesmo seja praticado com perigo para a vida do imigrante, passando a ser punível com pena de prisão de dois a oito anos. É criminalizado o casamento de conveniência para dissuadir a sua utilização para efeitos de imigração e nacionalidade. Quem casar com um estrangeiro com este intuito passa a cometer um ilícito criminal punível com pena de prisão de um a quatro anos. É agravado o regime de coimas aplicáveis às entidades empregadoras de imigrantes em situação ilegal, fazendo-as depender do número de trabalhadores empregues e não da dimensão da empresa. Como elemento fundamental na perseguição das redes de tráfico de pessoas, serão concedidas autorizações de residência a vítimas de tráfico de pessoas e de acções de auxílio à imigração ilegal que colaborem com a justiça. Julgo que os prazos para o Reagrupamento Familiar serão agora mais curtos. O SEF Núcleo de Apoio ao Empreendedorismo do CNAI Se já possui autorização de residência e se quer ter o seu negócio, saiba que o CNAI o ajuda a dar os passos essenciais. Para obter apoio, basta dirigir-se ao NAE (Núcleo de Apoio ao Empreendedorismo) do Gabinete de Apoio ao Emprego. De que modo me ajudam no NAE? No Núcleo de Apoio ao Empreendedorismo, encontra quem lhe dê: •Informações relativas às formalidades e aspectos legais a ter em conta no momento de criação da sua empresa (dão-lhe informações sobre as etapas necessárias e os organismos onde terá que dirigir-se para criar formalmente a sua empresa). •Apoio técnico e material (ajudam-no, por exemplo, a fazer o projecto e indicam-lhe os locais onde poderá receber formação e realizar estágios profissionais). •Apoio financeiro (indicam-lhe quais são as instituições de apoio financeiro a que pode recorrer e explicam-lhe com que tipo de ajuda poderá contar nesta área). O que devo ter em atenção? Antes de iniciar o seu negócio deverá pensar muito bem em todos os aspectos para que o sucesso seja uma certeza: •A ideia do projecto deve ser clara e objectiva. •O produto que deseja vender deve responder às necessidades do mercado e à concorrência. terá capacidade, a nível de recursos humanos, para conseguir cumprir os prazos previstos? O SEF está totalmente preparado para a implementação das novas disposições legais e também dos prazos. Já anteriormente o fazíamos e continuaremos a cumprir. O que acontecerá relativamente àqueles imigrantes que já se encontram em Portugal, mas que ainda não conseguiram regularizar-se? A nova lei prevê alguma possibilidade de regularização? A nova lei não prevê qualquer processo de regularização extraordinária e indiscriminada de cidadãos estrangeiros em situação ilegal, mas apresenta novidades que oferecem a oportunidade de mudar de vida a cidadãos que reúnam as condições legalmente previstas. ves.breves.breves.breves.br Setembro #07 j o r n a l C N A I Maria Cristina e o CNAI “O CNAI é a minha casa!” Maria Cristina Miranda Tavares Viver a vida a cantar É um exemplo de satisfação, de simpatia e quando “solta a voz” julgamos impossível não ter Voz de extraordinário valor, Maria Cristina Miranda Tavares tem recorrido aos serviços do CNAI para tratar do pedido de nacionalidade. “Já estou cá em Portugal há muito tempo, mas nunca tratei de nada e agora está na altura de fazê-lo.” Não poupa elogios aos mediadores com quem tem contactado. “O CNAI é como se fosse a minha casa!”. a cantar e a conseguir que nacionalidades distintas se silenciassem para dar ouvidos ao calor caboverdeano que emana das suas canções. O que tem esta caboverdeana de especial? Se permanecermos algum tempo na mesma sala que ela é fácil percebê-lo pois, apesar de não ter uma vida muito facilitada, Maria Cristina tem uma inebriante alegria no olhar que se percebe vir-lhe da enorme paixão que sente pela vida. Maria Cristina não consegue passar muito tempo sem rir ou, o que a torna mesmo característica, sem atirar uma canção para o ar, não tendo vergonha de o fazer. Na verdade, o Jornal CNAI descobriu-a assim, na sala de espera Em Portugal desde muito nova Maria Cristina Miranda Tavares é caboverdeana. Tem 58 anos e já se encontra em Portugal “desde muito jovem”. “Vim muito cedo, com o meu irmão. Quando cheguei vivi algum tempo com ele. Pouco depois fui trabalhar como empregada interna para um casal que morava em Linda-a-Velha. Com eles viajei por todo o País, passei muitos anos com eles.” Foi precisamente nesta casa que Maria Cristina veria a sua vida mudar pela primeira vez graças à música. “Desde pequena costumava cantar muito; aos nove anos, ainda em Cabo Verde, fui convidada para ir cantar à rádio. E naquele dia em Linda-a-Velha as pessoas que trabalhavam no lar de idosos situado mesmo ao nosso lado repararam em mim e convidaram-me para ir lá cantar um pouco. Fui e mais tarde acabei por ficar lá a trabalhar. Quando saiu do lar, Maria Cristina começou a trabalhar numa empresa de limpezas, onde “fazia de tudo”. Actualmente “toma conta” de uma senhora idosa. “Gosto de ajudar quem precisa e gosto muito de pessoas mais velhas.” Angola Portugal – Brasil sido descoberta pelas grandes editoras musicais. Maria Cristina Miranda Tavares, presença assídua do CNAI, tem um inegável talento para a música e uma encantadora alma de poeta. 65 milhões de Euros a fundo perdido Até 2010, ao abrigo do Plano Indicativo de Cooperação (PIC), que visa o desenvolvimento e a cooperação entre os dois países, Portugal enviará 65 milhões de Euros a fundo perdido para Angola. A verba a disponibilizar será investida nas áreas da educação, da saúde e da agricultura, que naquele país constituem actualmente os sectores mais delicados a nível económico. A boa nova é que relativamente ao valor do PIC atribuído no anterior período se verificou agora um aumento de 20 milhões de Euros. TAP voa Lisboa-Brasília Desde o passado mês de Julho que a TAP opera voos directos de Lisboa para Brasília. A frequência desta linha é de cinco voos por semana, tendo as ligações entre Portugal e o Brasil sido aumentadas para 60 por semana. Os voos acontecem todos os dias, à excepção de quartas e sextas-feiras, a bordo de um avião Airbus A-330 com capacidade para 263 passageiros. De referir que a TAP já opera ligações para São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza e Natal. A música como terapia Maria Cristina encara a música e o canto quase como uma terapia. “Para quem passa por uma vida de stress, de depressão ou de solidão pode ser a melhor terapia do Mundo! Eu canto porque sou muito feliz. Costumo dizer que sou do Céu e não da Terra, não cobiço as coisas da Terra. Gosto de cantar no Rossio, no metro, no Colombo… Canto em todo o lado porque tenho muito amor para dar. Apesar de não me sentir amada, gosto muito do amor…” Os temas das músicas que, de repente, lhe surgem nos lábios variam de acordo com o modo como percebe que os outros se sentem. “Canto se vejo uma mulher que está triste, se percebo que alguém se sente só…” E a verdade é que, sempre que Maria Cristina dá voz à melodia, todos se silenciam para ouvi-la. Este mérito natural já lhe valeu os inúmeros convites que recebeu para cantar em eventos estrangeiros realizados pela Igreja Adventista do 7º dia, que costuma frequentar. “Costumo cantar lá e também toco a minha viola, que eu entendo e que tão bem me entende a mim... Apesar de não saber os nomes das notas, consigo tocá-la do modo que quero.” Imigração 15% dos imigrantes em Portugal são brasileiros Entre 1986 e 2003, de 7470 brasileiros, passámos a ter entre nós 64.295 nacionais daquele país. O número de imigrantes provenientes das terras de Cabral cresceu nove vezes, tornando-os a principal comunidade estrangeira residente em Portugal. Este e outros dados encontram-se presentes no livro “Imigração Brasileira em Portugal”, da responsabilidade de Jorge Malheiros, que integra a nova colecção do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI). Cursos de Língua Portuguesa para Estrangeiros “Agora estudo à noite!” A provar que Maria Cristina é uma pessoa de vontade forte e com muita determinação, contamos-lhe que esta encantadora caboverdeana se inscreveu e frequenta já as aulas nocturnas de língua portuguesa para as quais foi encaminhada pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI). É com orgulho e muita alegria que Maria Cristina enche o peito para afirmar que “a partir de agora o meu português vai ficar ainda melhor!”. Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial CICDR já tem site! Foi lançado no dia 9 de Julho o site da CICDR (Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial). A partir de agora será mais fácil sensibilizar a opinião pública para a importância da luta contra o racismo. Ficam também mais acessíveis os meios disponíveis para denunciar situações de racismo e para se obter todo o tipo de apoio, designadamente jurídico e psicológico, de um modo gratuito e confidencial. Para mais informações, dê um salto a: www.cicdr.pt. r b . s e v e r b . s e v e r b . s e v e ves.br Centro Nacional de Apoio ao Imigrante AGUIPA – Associação Guineense e Povos Unidos “A regulação, a integração e inclusão dos cidadãos imigrantes é a nossa prioridade!” O que a AGUIPA lhe dá! Além do reconfortante acolhimento que é habitual neste tipo de associações, o cidadão imigrante pode esperar da AGUIPA um interesse realmente empenhado na sua integração. Ali, dá-se explicações especialmente destinadas a estudantes, sendo levadas a cabo por finalistas universitários, por recém-licenciados e/ou outros. A associação conta ainda com um gabinete jurídico onde o cidadão imigrante pode obter toda a informação necessária de modo gratuito. O gabinete de acção social, por seu turno, cria condições para que se torne possível acompanhar estudantes, evitando deste modo o insucesso escolar. Ainda a pensar na integração dos mais jovens, foi criado um departamento académico e desportivo onde se conta com a realização de Formação Profissional Programa para cidadãos imigrantes O Instituto do Emprego e Formação Profissional conta com um programa que foi criado especialmente a pensar no cidadão imigrante, o “Portugal Acolhe”. Este programa é composto por dois módulos – um de português básico (níveis de iniciação, aprofundamento e consolidação) e outro de cidadania (que em 12 horas de duração aborda os direitos e deveres dos cidadãos imigrantes). O curso é gratuito e tem a duração de um a três meses. Para mais informações visite o site do Instituto do Emprego e Formação Profissional em www. iefp.pt. Conheça as ofertas de formação fazendo uma pesquisa livre com a palavra “acolhe”. Para inscrições dirija-se ao centro de emprego da sua área de residência. As palavras de Jorge de Carvalho são claras: os objectivos da Associação Guineense e Povos Unidos visam, em primeiro lugar, a boa integração dos cidadãos imigrantes em Portugal. Criada em Março de 1995, a AGUIPA nasceu, nas palavras do presidente Jorge de Carvalho, “da necessidade que os grupos de jovens estudantes sentiam em obter algum apoio tanto no sentido de regularizar as suas situações em Portugal, como para manter-se na via académica”. Com uma acção mais vocacionada para o apoio a estudantes, a AGUIPA inicia-se, assim, através dos donativos de um grupo de guineenses e de católicos portugueses. As primeiras instalações localizavam-se no Campo Grande, em Lisboa, tendo entretanto mudado para a Avenida da Cintura do Porto de Lisboa. * Dicas Úteis * palestras e com o desenvolvimento de uma biblioteca. Os objectivos a curto prazo Também a concessão de empréstimos para a aquisição de livros e computadores é uma das preocupações da AGUIPA, que tenta agora reunir esforços no sentido de obter verbas para maiores investimentos. Para Jorge de Carvalho, a posição da AGUIPA é muito clara. “Queremos fazer tudo o que pudermos para contribuir para a regulação, a integração e a inclusão dos cidadãos imigrantes em Portugal.” Os objectivos a curto prazo são bastante óbvios. “Informatizar todos os 306 associados, bem com os documentos que lhes são correspondentes, dispormos a AGUIPA das tecnologias apropriadas, captarmos apoios financeiros para os bolseiros, melhorá-los e aumentá‑los. Também queremos reformular a revista e criar um website.” AGUIPA Associação Guineense e Povos Amigos De segunda a sexta-feira, das 16h00 às 20h00 Av. Da Cintura do Porto de Lisboa Pavilhão I, Naves 3, 4 e 5, Sala 15 1200-109 Lisboa Tel. / Fax.: 21.3971305 Email: [email protected] Blog: aguipa.blogspot.com Cabo Verde Protecção social Cabo Verde/Portugal Apoio Social Para situações de fragilidade social Desde que esteja regularizado, o cidadão imigrante que se encontre numa situação de vulnerabilidade social pode recorrer a ajuda prestada pelo Instituto de Segurança Social. Para este efeito, existe um serviço de acção social através do qual poderá obter apoio. Para obter mais informações dirija-se à delegação responsável da sua área de residência ou ligue para o 21.8420600. Saúde A pensar nas populações migrantes Para obter cuidados de saúde dirigidos a doenças transmissíveis às populações migrantes, recorra ao EPIMIGRA (Núcleo de Estudo Epidemiológico de Doenças Transmissíveis em Populações Migrantes), que também possui uma vertente preventiva. Neste serviço poderá ainda obter aconselhamento individual, sobre doenças transmissíveis, com total confidencialidade de dados. Para mais informações, dirija-se à Rua da Junqueira, 96, 1300 Lisboa, ou ligue para o 21.3632141/05. O Gabinete de Apoio à Habitação (GAH) aconselha Antes de comprar casa… Se está a pensar em comprar casa, saiba que há algumas questões que deverá ter em conta antes de fazer o que quer que seja. O GAH aconselha-o a: 1. Fazer um plano financeiro de modo a ter a certeza de quanto poderá gastar com o novo investimento; 2. Fazer simulações de crédito em vários bancos para perceber qual deles oferece as melhores condições; 3. Informar-se junto de cooperativas de habitação económica para saber se existem casas disponíveis, já que o valor destas costuma ser consideravelmente mais acessível do que as que se encontram no mercado. Inspecção-Geral do Trabalho No passado dia 25 de Julho foi assinado o novo acordo administrativo para aplicação da Convenção de Segurança Social entre Portugal e Cabo Verde. Este acordo, que entrou imediatamente em vigor, garante protecção social contínua e adequada dos nacionais dos dois países que desenvolvam uma actividade profissional no território do outro país. Assim, se, por exemplo, um caboverdeano trabalhar sete anos em Portugal e decidir regressar ao seu país poderá contabilizar os descontos até então realizados para efeitos de reforma. De acordo com as afirmações do presidente do Instituto de Segurança Social de Portugal, Edmundo Martinho, este acordo não contempla os caboverdeanos que em Portugal têm toda a sua carreira contributiva. . s e v e r b reves. Comunicações do contrato de trabalho Desde 3 de Agosto, e de acordo com o estabelecido na nova Lei de Imigração, que a IGT só aceita comunicações do contrato de trabalho de cidadãos imigrantes regularizados. Desde a mesma data que a IGT deixou de dar pareceres. É sim! Com a nova Lei de Imigração, o seu visto de trabalho passou a ser considerado uma autorização de residência, pelo que terá direito ao reagrupamento familiar com o seu parceiro de facto que tenha permanecido no país de origem. Para resolver a sua questão terá apenas que provar que na vossa terra viviam, de facto, juntos. Gabinete de Apoio Jurídico (GAJI) Apoio jurídico inteiramente gratuito! Caso ainda não saiba, informamo-lo que o Gabinete de Apoio Jurídico ao Imigrante do CNAI oferece um serviço de informação e orientação nesta área que é totalmente gratuito. O objectivo deste gabinete é proporcionar o mais eficaz apoio ao cidadão imigrante nas dificuldades que possam surgir. Lembre-se, no entanto, que sempre que recorrer ao serviço do GAJI deverá trazer consigo toda a documentação relativa ao problema que deseja resolver e que identifique a sua situação (ex. passaporte, contrato de trabalho, etc.). Segurança Social Exigir e guardar os recibos de vencimento Se trabalha por conta de outrem, lembre‑se sempre de exigir os recibos de vencimento e antes de os assinar confira todos os valores que neles surgem descritos. É importante que guarde estes recibos pois caso surja qualquer problema são eles o único meio através do qual poderá fazer uma reclamação junto dos serviços da Segurança Social. Se tiver autorização de residência Rendimento Social de Inserção (RSI) Se se encontra em grandes dificuldads financeiras e o seu rendimento não ultrapassa os 177,05 euros e se possui autorização de residência, saiba que junto dos serviços da Segurança Social pode solicitar o Rendimento Social de Inserção. Após analisar o seu caso, a pessoa responsável por este departamento da delegação da Segurança Social da sua área de residência poderá ajudá-lo a candidatar-se e a obter uma ajuda muito importante. Carta de condução / DGV Como troco a minha carta de condução pela nacional? Se a sua carta de condução foi emitida por um país membro da União Europeia, na Suíça, no Brasil ou noutro país com que Portugal mantenha um acordo como a Convenção de Genebra, pode substituí-la em qualquer serviço da Direcção Geral de Viação. Para fazê-lo irá necessitar de: 1. Levar a sua carta de condução válida, com uma declaração emitida pela autoridade diplomática ou consular ou pelo serviço emissor atestando que o título é autêntico e válido para as categorias que dele constam; 2. Preencher e assinar os impressos 1403 e 1403-A; 3. 2 fotografias a cores; 4. Passaporte com visto de estudo, trabalho ou estada temporária, cartão de residente ou BI; 5. Atestado de residência; 6. Atestado médico; 7. Tradução oficial para português do teor da carta de condução sempre que o seu conteúdo não seja perceptível; 8. Pagar uma taxa de 24 euros. Reagrupamento familiar Tenho um visto de trabalho e a minha companheira não veio comigo. Apesar de não estarmos casados disseram-me que posso pedir o reagrupamento familiar para ela. É verdade? Se não for originário de um país com o qual Portugal tenha um acordo, terá também que ir à DGV e propor-se ao exame de código e de condução e pagar 55 euros. Para mais informações, ligue para 808.502020 8 1 6 7 4 1 1 3 2 Solução: 3 1 2 8 5 4 4 2 8 6 7 9 6 9 7 3 1 5 7 3 1 6 4 2 2 4 6 5 9 8 9 5 8 1 7 3 4 5 6 2 7 3 1 3 4 1 9 8 2 6 6 8 7 3 9 5 4 Tradutor idóneo com posterior certificação de uma das entidades acima referidas. 2 4 1 Advogados e Solicitadores; 5 3 - Não são aceites traduções de documentos feitas pelo próprio, pelo cônjuge ou pelos seus familiares mais próximos. Por exemplo, um tio não poderá traduzir os documentos do seu sobrinho, um pai não poderá traduzir os documentos do seu filho ou um irmão traduzir os documentos do seu irmão. 8 Câmaras de Comércio e Indústria reconhecidas; 5- Domino perfeitamente a língua portuguesa. Posso traduzir os meus próprios documentos? 9 2 - Sim. Mesmo estando escritos numa língua oficial da União Europeia, terá de traduzir os seus documentos para português. 7 Enquanto se espera que seja aprovado o Decreto que irá regulamentar a nova lei, chamada vulgarmente Lei de Estrangeiros, entrada em vigor a 3 de Agosto de 2007, irá manter-se um período de indefinição. Todos os que lidam com a imigração, sejam eles os próprios imigrantes ou os serviços que com eles trabalham todos os dias, têm vivido nestes últimos tempos, uma fase conturbada e difícil. O CNAI tem tentado minimizar os prejuízos a todos os cidadãos imigrantes que nos procuram, no entanto nem sempre é possível dar a resposta rápida e definitiva que todos gostaríamos de poder dar e receber. Acreditamos que os intervenientes neste processo estão a colocar toda a sua energia para que rapidamente os serviços entrem na sua rotina normal, fornecendo a quem os procura um atendimento rápido e eficaz. Tenhamos por agora alguma paciência e compreensão. 2 A Nova Lei 7 2- Não fiz a tradução dos meus documentos no país onde foram emitidos. E agora? Consulado que em Portugal represente o país onde o documento foi emitido; 8 8 - Não. Para efeitos de pedido de nacionalidade portuguesa, todos os documentos escritos em língua estrangeira têm de estar traduzidos para português. 1 6 6 1- Os documentos provenientes do meu país de origem estão escritos em língua estrangeira. Posso fazer o pedido de nacionalidade portuguesa sem a respectiva tradução? 3 8 4- Os meus documentos estão escritos numa língua oficial da União Europeia (inglês, francês, espanhol...). Terei de traduzi-los? - Não. A tradução do documento pode ser feita em Portugal, nos seguintes locais: 1 7 - Se optar por traduzir os seus documentos no seu país de origem poderá fazê-lo no Consulado de Portugal ou através de um tradutor oficial e certificar a tradução no Consulado Português. Terei de enviá-los para que possam ser traduzidos? 3 9 3- Se eu quiser que os meus documentos já venham traduzidos do meu país de origem, onde posso fazer essa tradução? Eis como resolver alguns problemas que podem surgir ao longo do processo do seu pedido de nacionalidade: 9 3 A Tradução de Documentos 5 5 2 2 9 Nacionalidade 4 9 4 Brasileiro 4 1 Edilson Marinho O CNAI contou com a sua presença graças à necessidade de “tratar do contrato de trabalho”. Ao que parece, “correu tudo bem”, mas entretanto o SEF adiantou uma informação que colocou Edilson em dúvida, pelo que o nosso entrevistado decidiu encaminhar-se para o Gabinete de Acolhimento e Triagem com a senha B, enquanto adiantava que o CNAI dispõe de um óptimo atendimento ao cliente. Natural de Recife, veio para Portugal há dois anos porque, embora afirme já ter sido vítima de “um pouco de discriminação”, gosta deste país. “Vivemos numa nação tranquila. Vive-se uma vida pacata. Tenciono ficar, os meus filhos já cá estavam antes de eu vir e gostava muito de ficar…” © 1 1 5 Angolano Nas lides do futebol, área que domina como jogador do Estoril Praia, é Capuco. Cá fora prefere assumir-se como Emanuel João, simples cidadão angolano que vive há cinco anos em Portugal. Veio ao CNAI pela primeira vez “para pedir informações relativas ao meu visto. Tenho que renová-lo…” Afirma estar a ser bem recebido. “Até agora não esperei muito e o atendimento tem sido bom.” Com 22 anos de idade, é ainda cedo para Emanuel decidir se pretende estabelecer-se definitivamente em Portugal ou se pensa regressar a Angola. “Isso só a vida é que sabe…” © 3 1 Emanuel João O CNAI já não tem segredos para a Eliane, que chegou a Portugal há sete, oito anos. “Nem me lembro bem, já foi há tanto tempo!” Desta vez veio até cá tratar “da nacionalidade dos filhos, o Hugo, de dois meses, e a Ingrid, de cinco anos.” Partiu de Minas Gerais com o sonho de alcançar uma vida melhor. “Casámos e viemos para cá para trabalhar e não tenho do que me queixar. O meu patrão é bom…” Eliane trabalha num restaurante e tem tido facilidade em renovar o seu título. “Venho cá todos os anos e tenho sido muito bem tratada no CNAI.” © 5 Brasileira SUDOKU 9 Eliane Viana Centro Nacional de Apoio ao Imigrante 4 ENTREVISTAS { FLASH } C N A I 7 l 8 n a 2 r 6 o 3 j Setembro #07 Contactos úteis Acidi Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, IP Rua Álvaro Coutinho, 14, 1150-025 Lisboa Tel.: 21.8106100 Fax: 21.8106117 E.mail:[email protected] www.acidi.gov.pt CNAI Lisboa Rua Álvaro Coutinho, 14, 1150-025 Lisboa Tel.: 21.8106100 Fax: 21.8106117 Horário: De segunda a sexta, das 08.30h às 16.30h CNAI Porto Rua do Pinheiro, 9, 4050-484 Porto Tel.: 22.2073810 Fax: 22.2073817 Horário: De segunda a sexta, das 08.30 às 16.30h Conservatória dos Registos Centrais Tel. 21.3817610 / 21.3817670 Linha de Agendamento Telefónico Artigo 71º (registo prévio nos CTT) 808.200502 (a partir de rede fixa) 808.962691 (a partir de redes móveis) Linha SOS Imigrante (linha azul) Custo da chamada local a ser suportado pelo utente 808.257257 (a partir de rede fixa) 21.8106191 (a partir de redes móveis) Linha Telefónica do SEF 808.202653 (a partir de rede fixa) 808.962690 (a partir de redes móveis) Organização Internacional para as Migrações Praça dos Restauradores, 65, 3º Dto., 1250-188 Lisboa Tel.: 21.3475366 Fax: 21.3223866 www.oim.pt Site do Observatório de Imigração www.oi.acidi.gov.pt STT – Serviço de Tradução Telefónica Serviço gratuito, disponível para mais de 50 línguas Custo da chamada local a ser suportado pelo utente 808.257257 (a partir de rede fixa) 21.8106191 (a partir de redes móveis) FICHA TÉCNICA DIRECÇÃO | FRANCISCA ASSIS TEIXEIRA EDIÇÃO | Acidi/CNAI COORDENAÇÃO EDITORIAL | CARLA VIEIRA DESIGN GRÁFICO | FERNANDO MENDES COLABORARAM NESTE NÚMERO | VANDA REIS e SÓNIA DE ALMADA IMPRESSÃO | MIRANDELA, SA TIRAGEM | 3.000 EXEMPLARES