Trabalho com mérito, revelando capacidade de análise e boa linguagem IADE- Instituto de Artes Visuais, Design Marketing e Publicidade. (tirando as gralhas!). No entanto, a falta das História da Arte e da Técnica. referências às fontes no Design 2010/2011 texto impede uma melhor classificação. Há ainda outras correcções e melhorias do conteúdo que poderiam ser feitas (cf. notas abaixo). Recomendo muito a correcção, pelo menos, da 1ª deficiência referida para poder dar outra classificação (cf. site da cadeira, indicações e exemplos gráficos na secção Normas e Metodologia => Requisitos formais => «Fontes», «Bibliografia») Helena Almeida Fotografia e Pintura. Amélia Fidalgo Lageiro. [Escolher a data] 1º D1 nº20100449 +: esforço de análise pessoal, genuína -: -falta tentar responder aos itens básicos em qualquer introdução de trabalho científico: aspectos/ objectivos concretos a serem analisados/ comentados e breve caracterização dos materiais mais importantes consultados - não há ref. às fontes -não há formulação de problema a analisar -repetições e texto demasiado breve em algumas partes (intro, biog.) Índice Introdução. 3 Biografia. 4 Helena Almeida e o uso da fotografia. 5 Os lugares da pintura. 5 Afinidades e diferenças entre o uso fotográfico na Arte Conceptual. 7 A reflexão pictórica de Helena Almeida e as propostas artísticas no campo da Arte Conceptual. 7 Algumas obras da artista portuguesa. Conclusão. Bibliografia. 8 9 10 2 Introdução Neste trabalho vai-se analisar um pouco da vida e da obra de Helena Almeida, pintura e fotografia. Inicialmente é dá do a conhecer um pouco da vida da artista portuguesa e seguidamente analisamos a sua obra. Começa por se falar do uso que a artista dá a fotografia, características do seu trabalho e afinidades e diferenças na Arte Conceptual. Este trabalho foi baseado em um livro de Ivo Braz sobre o trabalho da artista. O objectivo deste trabalho é dar a conhecer um pouco a artista, e um pouca das características do seu trabalho. Demasiado curto, repetitivo, sem formulação de problemática a analisar como objectivo 3 Biografia Helena Almeida nasceu em Lisboa a 11 de Abril de 1934, filha de um escultor, Leopoldo de Almeida. Frequentou o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, o que concluiu em 1955. Desses anos conhece-se as suas primeiras participações em exposições colectivas, precisamente no âmbito de mostras de trabalhos de alunos da ESBAL ( 1954- 1955). De seguida, recebeu uma bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian. A nível expositivo, estes anos iniciais resumem-se à participação em algumas mostras colectivas na Sociedade Nacional de Belas Artes - Salão de Maio, de 1962 e 1966, Salão de Desenho, de 1965 - e na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian em 1961. Referências às fontes? a época biog. seguinte foi ignorada porquê? 4 O uso da fotografia no contexto da arte e o seu uso por parte de Helena Almeida Uma obra é feita de muitas obras. Tal como nos propõe Helena Almeida, a pintura contém em si inúmeros diálogos, que dizem respeito ao sujeito que pinta e à participação do público. As interacções entre a fotografia e a arte desenrolam-se segundo um processo complexo. Esta entrada permitiu a Helena Almeida, que numa dada altura/época do seu percurso, utilizasse este medium de forma sistemática e indispensável. A artista portuguesa usa a fotografia como um meio para atingir um fim, uma forma de dizer algo não tanto acerca da natureza da fotografia mas antes acerca da natureza das suas próprias sensibilidades e preocupações. Juntando a pintura e a fotografia, e quebrando a tela como o limite, a artista leva-nos à imaginação, à especulação ou mesmo às emoções. Parece aproximar-se de uma declaração "antipintura", levando a pensar que Helena Almeida opta pela negação do pictórico - género de pintura com o objectivo de representar a aparência visual de um sujeito, podendo também representar um animal - mas tal interpretação deixaria por compreender o "elo oculto" que liga a pintura ao objecto. Muitos trabalhos que a artista expõe, sugerem um desvio em relação à ligação entre o convencional e o pictórico. Quando observamos o trajecto da artista portuguesa, entre 1967 e 1974, o que mais se destaca é a quantidade de recursos e formas de trabalhar utilizadas, do registo pictórico tradicional à fotografia, passando pela colagem e pelo "objecto". ref. à fonte? Os lugares da pintura Helena Almeida tem como característica nos seus trabalhos inverter o lugar do pintor, o lugar da tela e o lugar do espectador. O gesto de pintar dirige-se não para a tela mas para o espaço ocupado pelo observador, ou pode ser a tela que se confunde com o plano de imagem, ou ainda pode ser o espectador que é deslocado para o lugar da tela. Em relação ao lugar do pintor, podemos dizer que ele passa a habitar a tela. O pintor era situado num "antes", limitado ao processo de criação e afastado no momento da conclusão. Em relação ao lugar da tela, esta é vista como uma estrutura de madeira que ajuda a "representar". Ao assumir a realidade material do suporte, a artista afasta o seu desempenho como superfície de projecção. A artista demonstra a continuidade do pictórico depende da consciencialização de uma dimensão de potencialidade. O espectador era adiado para um "depois" não interferindo na obra já concluída. Helena Almeida questiona o vedamento em que a valorização das ligações eram submetidas. 5 Por exemplo na sua obra "Tela Habitada" , existe uma interacção entre o pintor e a pintura. A artista permanece na pintura ou, de um modo mais radical, torna-se parte dela. Helena Almeida surge nos seus próprios trabalhos. Observamo-la a efectuar gestos, movimentos, e a utilizar vários elementos - pincel, manchas de tinta - associando à pintura ou ao desenho . A artista representa assim, o sujeito que pinta e aproxima-se do pintor como "sujeito da obra". No centro dos seus trabalhos encontramos Helena Almeida como ideia de pintura e não como a pintora. O repensar na noção do pintor não se reduz à substituição de uma identidade, o "sujeito da obra" e de uma função, Tela Habitada, o "fazer" específico e o "sujeito da pintura". 1976 Helena Almeida Helena Almeida utiliza o corpo, este torna-se simultaneamente, sujeito e objecto. O corpo, não tendo como objectivo um fim, ajuda a artista portuguesa com as práticas performativas, mais do que se cingir à comum evidenciação do corpo. A acção desloca-se para o centro da obra, como se o corpo substituísse a assinatura. A artista afasta-se de uma redução ao "sujeito da obra". Em relação ao espectador, este tem de ser convocado, e tem a necessidade da própria pintura repensada ao nível genérico. No exemplo da pintura Ouve-me, Sente-me, Vê-me, requer um "eu" que as enuncie, e um "tu" a quem elas se dirigem. Numa situação pictórica podemos considerar que não existe uma associação necessária entre o "eu - emissor" e o pintor ou então o "tu - receptor " e o espectador. O que caracteriza este diálogo é a permutabilidade. O "eu" pode ser ocupado tanto pelo pintor como pelo público. Sente-me, 1979 Desta forma, deixa de existir o monólogo criado pelo criador Helena Almeida e o que ele impõe, e passam a existir múltiplas vozes, que juntas, formam uma potencialidade do pictórico. Ou seja, o apelo de pintura implica uma interacção entre o pintor e o espectador, assume uma forma de ligação, ligação esta que apaga o monólogo levando ao diálogo. Ouve-me, 1979 Helena Almeida 6 Afinidades e diferenças entre o uso fotográfico na Arte Conceptual e em Helena Almeida. A pintura "genérica", entendida por Helena Almeida como uma reflexão sobre a ideia de pintura, que a fotografia apresenta, tem algumas compatibilidades com a arte (em geral) assumida como ideia, no campo conceptual, onde a fotografia é utilizada enquanto "portadora de ideias". Para a artista portuguesa, o centro é sempre ocupado pelo pictórico, o que na dimensão problemática gera a reflexão e na sua extensão genérica, permite o recurso ao fotográfico. A centralidade da ideia de pintura, para Helena Almeida, dá-nos o enquadramento necessário para compreendermos um meio e não um fim. A fotografia torna-se assim necessária para instituir um "comportamento desviante" no seio da própria pintura, ou seja, introduz uma mudança à constituição do pictórico de acordo com os convencionais. aqui e abaixo: teria valido a pena explicar o conceito Arte Conceptual, situar no tempo esse conceito e dar ref. a uma obra sobre o assunto... A reflexão pictórica de Helena Almeida e as propostas artísticas no campo da Arte Conceptual. Ao relacionarmos as proximidades e distâncias entre Helena Almeida e as propostas conceptuais começamos a traçar um entendimento partilhado de que o modernismo conduziu a arte, voluntariamente a um limite e involuntariamente a uma contradição onde a própria especificidade encontra o seu esgotamento. Também a artista portuguesa tem noção da exaustão do específico, mas recusa abandonar a pintura. Daí que, apesar de recorrer a outros media, nunca renuncia às problemáticas de um duplo desvio: o desvio genérico em relação à interpretação da pintura, e um desvio pictórico no âmbito da arte "em geral". Podemos observar tudo isto no modo como a artista portuguesa abdica de quase todos os elementos "físicos" da pintura ao mesmo tempo que os convoca enquanto ideias ou noções - de tela, de pintor, de espectador - a fim de repensá-los. A Arte Conceptual, implica assumir, como arte, toda a (não) arte que se lhe seguiu, isso é algo que o modernismo não pode fazer. A artista portuguesa, adopta o genérico enquanto arte, aceita a "não" arte. Porém, parte dessa dimensão genérica para repensar o pictórico, assim desvendando a ligação entre aquela e a tradição, diferenciando-se da Arte Conceptual em sentido estrito. Helena Almeida pratica esse sentimento, o que explica a sua disponibilidade para recorrer a novos media e para questionar as noções convencionais da obra, de pintor, espectador, as delimitações e as relações estabilizadas. Mesmo assim, o modo como a artista portuguesa percorre os seus caminhos comuns é extremamente 7 pessoal. Mesmo abordando propostas fora do pictórico, ou quando partilha uma postura reflexiva e um entendimento genérico de arte, o centro da sua pesquisa continua a centrar-se na pintura, repensando-a na sua potencialidade. Algumas obras da artista portuguesa Desenho Habitado, 1975-77 Para um reconhecimento interior, 1977 Pintura Habitada, 1977 Dentro de mim, 2000 8 Conclusão Ao longo deste trabalho sobre Helena Almeida, as palavras-chave principais são, fotografia, pintura, pintura e reflexão pictórica e Arte Conceptual. O objectivo deste trabalho, foi dar a conhecer um pouco do trabalho da artista portuguesa de forma um pouco abrangente. A minha informação baseia-se num livro, do qual aconselho pois achei bastante esclarecedor. Como sugestão de outro possível aspecto relevante para aprofundar este tema futuramente é a forma como a artista portuguesa utiliza o corpo e a maneira como arranja a tela. esta conclusão não faz juz ao interessante esforço de análise do trabalho... 9 Bibliografia Título: Pensar a Pintura - Helena Almeida (1967-1979). Autor: Ivo Braz. Edição: Edições Colibri - IHA/Estudos de Arte Contemporânea, FCSH- Universidade Nova de Lisboa. Data: Lisboa, Março de 2007 Patrocínio: Fundação para a Ciência e a Tecnologia. 10