Publicação mensal – Circulação nas comunidades da Reta João XXIII e pontos focais de Santa Cruz • Ano 3 • JULHO de 2014 • Edição 30
E o que tem no seu lixo?
Confira histórias de quem
faz arte reciclando
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Tá bombando:
Facebook da Reta e shows na
Lona Sandra de Sá. Não fique de fora.
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Costurando talentos
e desfilando sucesso:
Conheça a Costurart!
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Lona Cultural
A
pós passar por algumas obras de infraestrutura, a Lona Cultural Sandra de
Sá foi revitalizada e retornou com muita programação cultural bacana para
todas as idades. O espaço também virou ponto
de encontro da comunidade nas diversas oficinas
que acontecem diariamente, além de ações sociais pontuais como exames de vista gratuitos.
Para o administrador da Lona, Claudio Cesar,
mais conhecido como Deca, o bairro de Santa
Cruz precisa de mais lugares de entretenimento
com preços acessíveis. “Muitos adultos nunca foram ao teatro, e a lona cumpre o papel de trazer
a cultura para perto de casa”, orgulha-se.
Oficinas gratuitas
Terças-feiras
Reforço escolar, capoeira e dança do ventre
Quartas-feiras
Taekwondo, kick box, jiu-jitsu,
lambaeróbica e violão
Quintas-feiras
Reforço escolar e balé
Sexta-feira
Lambaeróbica e kick box
Sábado
Dança de rua e curso de modelo e manequim
O Taekwondo é uma das atividades
mais procuradas pela galera
Confira a programação
para o mês de julho:
Dias 10 e 11
Orquestra Indígena
Dia 26
Pagode com o grupo “Brasil Nagô”
Dia 27
Rock com os grupos DWO,
Atimos Fênix e Decifra-me
Alô Santa Cruz, uma das comunidades mais queridas do bairro, a João XXIII, ganhou uma Fan Page
no facebook: Reta João XXIII. Lá já tem um vídeo da
MC Biscoitinho, descoberta pelo projeto Cinemão.
Se o vídeo chegar aos dois mil compartilhamentos
ela ganhará um vídeo clipe. Não fique fora dessa!
Lona Cultural Sandra de Sá.
Rua Doze, lote 14, s/nº. Conjunto Guandu II,
Santa Cruz. Funcionamento administrativo
de terça a sexta, das 9h às 17h. Mais
informações: 3395-1630
Curta e compartilhe!
Muita história para contar
A
venturas épicas e emoção não faltam na vida do design e promotor de
eventos Anderson Assis. Esse ilustre
morador de Santa Cruz conquistou um
feito que poucos conseguiram: lançar dois livros
na Bienal. Roteirista e desenhista de mangá nas
horas vagas, o escritor acumula funções em seu
dia a dia e confessa: “Não consigo ficar parado,
minha mente precisa sempre criar”.
Quem tem a oportunidade de bater um papo
com ele ou ler seus livros nem imagina que o
pontapé no mundo literário aconteceu por acaso,
• Alô Comunidade!
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após Anderson enfrentar uma difícil depressão.
“Sempre fui um devorador de livros, e a forma de
combater minha tristeza foi escrevendo e inventando histórias que eu gostaria de viver”, explica.
E durante essa nova trajetória Anderson já
apresentou seu trabalho e palestrou em algumas
escolas da região, mas faz um apelo aos educadores. “A literatura tradicional é importante, mas
ela é densa às vezes afasta os alunos dos primeiros contatos com os livros. As escolas precisam
se modernizar e também indicar livros dinâmicos
e com temática mais jovem”, recomenda.
A Saga Pré Mortais se passa em Santa Cruz e a Fonte do Wallace ponto
histórico do bairro, é uma das entradas mágicas para os personagens.
Garimpando beleza
Jaime Santos, o soldador
de arte, moldando sua
águia feita de pregos
N
ascido e criado em Santa Cruz, soldador por profissão e artista por paixão,
Jaime Santos trabalha silenciosamente em seu atelier improvisado transformando em arte pregos, chapas de aço, vergalhões jogados fora e enferrujados que encontra
nas ruas e ferros-velhos. “Poucos são os vizinhos
que conhecem o meu lado artístico, mas um dia
ainda faço uma exposição ao ar livre para todos
eles verem”, sonha. Modéstia à parte para quem
coleciona uma série de exposições em lugares
de renome do cenário artístico carioca: Forte Militar do Leme, Galpão das Artes, na Gávea, Par-
Reutilizar e transformar o que já se tem. Esse
é o lema do Atelier Do Lixo ao Luxo, das irmãs
Denise e Nica Costa e do amigo Adeildo
Duarthe. Juntos, montaram um local de
trabalho que além de funcionar como loja
é um espaço cultural onde acontecem
aulas de teatro, artesanato, reciclagem
e restauração. “Nosso objetivo é que as
pessoas reduzam o consumo e entendam
que fazer decoração de qualidade é possível mesmo sem materiais caros. Podemos apostar em escolhas mais baratas e
que cabem no bolso de todos. É só usar a
criatividade”, explica Denise.
A maior par te das peças do Atelier é
garimpada nas ruas e também de doações. “As pessoas descar tam muitos
móveis de boa qualidade por estarem
velhos ao invés de reformar. Acabam
pagando caro por novos e ainda geram
uma quantidade enorme de lixo. Eu já
achei muita coisa boa em caçambas
por aí”, conta Adeildo. “Incentivamos
as pessoas a reutilizar o que já têm em
casa e elas ficam encantadas quando
percebem o que podemos fazer com
pneus, caixotes, madeira de demolição
e garrafas descar tadas”, conta Denise.
que Marapendi e o Santa Cruz Shopping foram
alguns dos espaços que já receberam as obras
do artista.
As peças de Jaime costumam retratar paisagens litorâneas e rurais, além de animais que serão as estrelas de sua próxima exposição, batizada de Predadores. Entre as obras de estimação
está uma coruja de um metro que é o seu xodó.
“Toda vez que vendo um trabalho tenho um leve
arrependimento porque acabo me apegando.
Agora estou produzindo uma colônia de formigas
feitas de esferas de aço. Serão 50 mil delas para
tentar entrar para o livro dos recordes”, brinca.
Adeildo Duarthe, Nica e Denise
Costa: são os artistas que estão por
trás do Atelier do Lixo ao Luxo
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Alô Comunidade! •
Costureiras de Santa Cruz no mercado da moda
E
m Santa Cruz, um grupo de costureiras usa técnicas como fuxico, crochê e
patchwork para transformar retalhos de
diferentes tecidos em moda. Esse é o
trabalho da Coosturart – Cooperativa Artesanal
de Santa Cruz. O espaço encontrou no talento
e na criatividade da comunidade uma oportunidade para resgatar a cultura do bairro e valorizar
técnicas artesanais como alternativa de geração
de emprego e renda. “Encontramos uma forma de
unir costura e arte. Nossa comunidade ficou visível em vários lugares em que as pessoas não a
conheciam e passaram a notar por meio de peças
bordadas com a história de Santa Cruz”, explica
Claudia Pereira, presidente da instituição.
Criada em 2002 por um grupo de mulheres
do Conjunto Habitacional da Comunidade João
XXIII, a Coosturart ao longo dos anos se destacou pela qualidade dos seus produtos. No início
eram peças decorativas, como almofadas, colchas, capas para sofá e toalhas de mesa. Hoje,
das mãos dessas mulheres também são confeccionadas diversas peças, como vestidos com lindos bordados, saias e camisetas. Essa transição
de peças decorativas e vesturário ocorreu após
a participação da cooperativa no projeto Arte-Indústria, criado pela Assessoria de Responsabilidade Social do Sistema FIRJAN, em conjunto
com a Dupla Assessoria.
A nova coleção da Coosturart
foi apresentada em um desfile de
moda na sede da cooperativa
As costureiras e artesãs receberam capacitação nas áreas de estilo, curso de costura industrial
e modelagem, precificação, empreendedorismo e
exportação, além da multiplicação das técnicas
artesanais. Para Claudia Pereira, o maior desafio
ao longo destes 12 anos foi manter a origem da
cooperativa, que é desenvolver peças com técnicas artesanais, levando em conta a geração de
renda e a inclusão social. Durante o lançamento
da nova coleção, a cultura nacional foi exaltada.
“O Brasil pode dar certo, e uma forma de mostrar
isso é fazer com que as pessoas se vistam no
evento da Copa do Mundo assumindo a sua identidade”, esclarece Claudia.
Atualmente, a Coosturart conta com um quadro
de 32 cooperadas, como Dona Norma Siqueira
Vem aí o animado Arraiá da
Cidade das Crianças com
entrada gratuita.
Você não pode perder!
expediente
é uma publicação mensal de circulação externa da ThyssenKrupp CSA.
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• Reportagem • Luciana Ramos e Ingrid Cicca • Design
• Alô Comunidade!
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