REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AA ANO LXVI - Nº 029 - TERÇA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2011 - BRASÍLIA-DF MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2011/2012) PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS 1ª VICE-PRESIDENTE ROSE DE FREITAS – PMDB-ES 2º VICE-PRESIDENTE EDUARDO DA FONTE – PP-PE 1º SECRETÁRIO EDUARDO GOMES – PSDB-TO 2º SECRETÁRIO JORGE TADEU MUDALEN – DEM-SP 3º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE 4º SECRETÁRIO JÚLIO DELGADO – PSB-MG 1º SUPLENTE GERALDO RESENDE – PMDB-MS 2º SUPLENTE MANATO – PDT-ES 3º SUPLENTE CARLOS EDUARDO CADOCA – PSC-PE 4º SUPLENTE SÉRGIO MORAES – PTB-RS CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO SEÇÃO I 1 – ATA DA 17ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATURA, EM 21 DE FEVEREIRO DE 2011 * Inexistência de quorum regimental para abertura da sessão I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente OFÍCIOS S/N°/11 – Do Senhor Deputado Vieira da Cunha, Presidente do Grupo Parlamentar Brasil/ Grécia, encaminhando a Ata da Reunião do referido Grupo................................................................. S/N°/11 – Do Senhor Deputado Vieira da Cunha, Presidente do Grupo Parlamentar Brasil/ Canadá, encaminhando a Ata da Reunião do referido Grupo............................................................... S/N°/11 – Do Senhor Deputado Vieira da Cunha, Presidente do Grupo Parlamentar Brasil/ Nova Zelândia, encaminhando a Ata da Reunião do referido Grupo.................................................... S/N°/11 – Do Senhor Deputado Lourival Mendes, comunicando a criação da Frente Parlamentar pela criação do Ministério da Segurança Pública... 08602 08607 08610 08614 COMUNICAÇÃO - Do Senhor Deputado Fernando Antonio Ceciliano Jordão, comunicando que aceita assumir o mandato parlamentar.............................................. 08618 REQUERIMENTOS Nº 188/11 – Da Senhora Deputada Gorete Pereira – Requer inclusão na Ordem do Dia as Reformas Política, Tributária e Trabalhista. ............ Nº 243/11 – Do Senhor Deputado Amauri Teixeria – Requer a aprovação de Moção de Repudio contra o Governo Egípcio....................................... 08619 08619 IV – PEQUENO EXPEDIENTE MAURO BENEVIDES (PMDB, CE – Pela ordem) – Encontro da Presidenta Dilma Rousseff com Governadores da Região Nordeste, em Aracaju, Sergipe........................................................... ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM, SC – Pela ordem) – Apresentação da Proposta de Emenda à 08619 Constituição nº 4, de 2011, acerca de alteração da data de posse dos Chefes dos Poderes Executivos nas esferas, federal, estadual e municipal.............. AMAURI TEIXEIRA (PT, BA – Pela ordem) – Agradecimento ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pelo fornecimento de ambulâncias ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU, pela inauguração de farmácia popular e da sede da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde – UNASUS/BA, por ocasião de sua visita ao Estado da Bahia. Realização do Encontro de Sensibilização de Gestores Municipais para o Controle da Dengue, no Estado. Repúdio à atuação da Prefeita Municipal de Jacobina com relação à área de saúde............. NILDA GONDIM (PMDB, PB – Pela ordem) – Escalada da violência contra as mulheres no País. Imediata adoção, pelo poder público em parceria com a sociedade, de medidas austeras de proteção da mulher................................................................ JÚNIOR COIMBRA (PMDB, TO) – Imediata realização da reforma política................................. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Compromisso regimental e posse do Deputado FERNANDO JORDÃO (PMDB, RJ).................................................... FABIO TRAD (PMDB, MS) – Recriação da Frente Parlamentar em Defesa da Advocacia........ PAULO PIMENTA (PT, RS) – Proposta da Organização Mundial da Saúde – OMS de restrição da publicidade e aumento dos preços de bebidas alcoólicas para a redução do elevado índice de mortes no trânsito. Defesa de aprovação, pela Casa, de legislação restritiva à publicidade de bebidas alcoólicas no País......................................... IRACEMA PORTELA (PP, PI) – Agradecimento à população piauiense pela eleição da oradora. Adoção de ações necessárias para a redução da mortalidade materna no Estado do Piauí e no País. Diretrizes da atuação parlamentar da oradora....... CHICO LOPES (Bloco/PCdoB, CE) – Visita do Ministro do Esporte, Orlando Silva, às obras de infraestrutura destinadas à realização da Copa do Mundo de 2014, em Fortaleza, Estado do Ceará. Participação do orador na Corrida da Paz, realizada em Brasília, Distrito Federal................................... IZALCI (Bloco/PR, DF – e como Líder) – Escassez de mão de obra qualificada no País. Enca- 08620 08620 08621 08621 08622 08622 08623 08623 08624 08598 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS minhamento de Indicação ao Governo Federal para transferência do ensino técnico profissional para a área de ciência e tecnologia. Retrospecto da atuação do orador à frente da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Governo do Distrito Federal................. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Indeferimento liminar das Emendas nºs 17, 36, 38, 39, 43, 45 e 52 apresentadas à Medida Provisória nº 514, de 2010; e das Emendas nºs 5, 6 e 9 oferecidas à Medida Provisória nº 521, de 2010, em face do conteúdo alheio à matéria, tudo em conformidade com a decisão proferida sobre a Questão de Ordem nº 478, de 2009....................... CLEBER VERDE (Bloco/PRB, MA – Pela ordem) – Eleição e posse dos membros da Frente Parlamentar em Defesa das Atividades da Pesca e Aquicultura. ......................................................... JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB, CE) – Urgente necessidade de ampliação dos investimentos governamentais na área da saúde. Imediata regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a alocação de recursos para o setor. ....................... ÁTILA LINS (PMDB, AM) – Visita do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a Manaus para debate de medidas de combate à dengue no Estado do Amazonas. Necessidade de ações governamentais contra o ingresso ilegal de imigrantes haitianos no País......... JÚNIOR COIMBRA (PMDB, TO – Pela ordem) – Visita do Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, e do Presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, ao Município de Guaraí, Estado do Tocantins, para inauguração de posto de atendimento do INSS.............................................. PAES LANDIM (Bloco/PTB, PI. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Excelência do artigo País do conhecimento, potência ambiental, de autoria da Presidenta Dilma Rousseff, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo................................... MAURO BENEVIDES (PMDB, CE) – Realização pela Academia Cearense de Letras de homenagem à memória do escritor José Valdivino de Carvalho, ao ensejo do transcurso do centenário do seu nascimento. ................................................ AMAURI TEIXEIRA (PT, BA) – Equívoco da reação de partidos oposicionistas e da mídia contra a aprovação pela Casa de dispositivo do Projeto de Lei nº 382, de 2011, destinado ao estabelecimento da política de reajuste do salário mínimo até o ano de 2015........ NILDA GONDIM (PMDB, PB) – Aplausos à Presidenta Dilma Rousseff pela iniciativa de combate ao tráfico e ao consumo do crack no País. Conclamação aos Parlamentares para debate de medidas contra a escalada da droga nas cidades brasileiras................................................ NAZARENO FONTELES (PT, PI) – Artigo Revisão e Controle pelo Poder Legislativo das Decisões da Supremo Corte, de autoria do professor de Direito Constitucional da Universidade Estácio de Sá, Alfredo Canellas Guilherme da Silva. 08625 Fevereiro de 2011 Apreciação pela Casa da Proposta de Emenda à Constituição nº 3, de 2011, de autoria do orador, sobre a concessão ao Congresso Nacional de competência para a sustação de atos normativos de outros poderes.................................................. 08632 V – GRANDE EXPEDIENTE 08627 08627 08627 08628 08629 08629 08629 08629 08630 VIEIRA DA CUNHA (PDT, RS) – Declaração de voto a favor da proposta de elevação do valor do salário mínimo para 560 reais. Honradez e competência do Ministro da Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Reafirmação do compromisso de luta em defesa dos interesses do povo brasileiro, com base nos princípios e no programa do PDT. Importância da desconcentração de renda e de concessão de aumento real ao salário mínimo para o efetivo combate a pobreza.................. ERIKA KOKAY (PT, DF – Como Líder) – Razões do voto da oradora favorável ao projeto de lei sobre a política de valorização do salário mínimo a longo prazo. Atuação da Polícia Federal no combate a grupos de extermínio ligados a policiais militares na região do Entorno do Distrito Federal. Apoio ao projeto de lei sobre a criação da Comissão Nacional da Verdade, destinada à investigação de crimes e abusos praticados durante o regime militar. .......... ÁTILA LINS (PMDB, AM – Como Líder) – Anúncio de realização, pelo PMDB, de debates sobre as reformas política e tributária, sobre a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, a respeito da alocação de recursos para a saúde pública, e sobre a situação do setor de segurança pública...................................................... MIRIQUINHO BATISTA (PT, PA) – Agradecimento ao povo paraense e correligionários pela assunção do mandato parlamentar. Atuação do orador em movimento estudantil e no Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Estado do Pará. Trajetória política do Parlamentar. Desempenho do orador à frente da Gerência Regional Norte da extinta Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca. Diretrizes da atuação parlamentar do orador na Câmara dos Deputados..................................... ASSIS MELO (Bloco/PCdoB, RS) – Agradecimento aos eleitores do Estado do Rio Grande do Sul, especialmente aos do Município de Caxias do Sul, pela eleição do orador. Atuação do PCdoB. Participação de comunistas na história do Parlamento brasileiro. Desempenho da Deputada Manuela d’Ávila. Desenvolvimento socioeconômico do País durante o Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Apoio à Proposta de Emenda à Constituição nº 231, de 1995, sobre a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Compromisso do orador com o desenvolvimento econômico e a valorização do trabalhador brasileiro. Aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei nº 382, de 2011, sobre a política de valorização do salário mínimo. .......... 08640 08643 08644 08645 08651 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aparteante: CHICO LOPES (Bloco/PCdoB, CE)......................................................................... AMAURI TEIXEIRA (PT, BA – Pela ordem) – Apresentação de requerimento de inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 544, de 2002, sobre a criação dos Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões....... JOÃO RODRIGUES (DEM, SC) – Transcurso do 57º aniversário de criação do Município de Xaxim, Estado de Santa Catarina. Excelência da gestão do Prefeito Municipal Gilson Luiz Vicenzi. Decisão do Governador Raimundo Colombo de isenção da cobrança do ICMS incidente sobre medicamentos destinados ao tratamento de câncer. Defesa de redução da maioridade penal. Criação da Frente Parlamentar pela Redução da Maioridade Penal.......... Aparteantes: ZONTA (PP, SC), ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM, SC), AMAURI TEIXEIRA (PT, BA). ......................................................... ZONTA (PP, SC) – Desenvolvimento do cooperativismo no Brasil. Importância das cooperativas de trabalho como instrumento de inclusão social. Empenho do setor na regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, acerca da destinação de recursos para a saúde pública, e na aprovação do novo Código Florestal Brasileiro. Inclusão dos beneficiários do Programa Bolsa-Família no sistema cooperativista. Convite aos Deputados para participação na Frente Parlamentar do Cooperativismo. Anúncio de eleição da nova diretoria da Frente. Lançamento da 5ª Agenda Legislativa do Cooperativismo de 2011. ......................................... Aparteantes: JOÃO RODRIGUES (DEM, SC); ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM, SC)............... FERNANDO JORDÃO (PMDB, RJ – Pela ordem) – Saudações a familiares, membros da Câmara Municipal de Angra dos Reis e aos moradores da região serrana do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Tragédia causada pelas enchentes no Estado. Defesa de construção da Usina Nuclear de Angra III. Criação de mecanismos de proteção do povo brasileiro contra intempéries climáticas......... 08653 08656 08656 08657 08667 89/2011 – da Srª. Nilda Gondim – Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a possibilidade de inclusão do município de Serra Branca, no Estado da Paraíba, no Plano Nacional de Educação, com vistas à instalação de um Pólo Universitário na cidade...... 90/2011 – da Srª. Nilda Gondim – Sugere ao Ministro de Estado da Integração, a possibilidade de destinar verba para a construção de uma ponte sob o rio Gurjão, no município de Gurjão, tendo em vista grandes dificuldades enfrentadas pela população local no período das chuvas, tanto para acessar quanto para sair da cidade..................................... 91/2011 – da Srª. Nilda Gondim – Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a possibilidade de implantação de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Serra Branca, no Estado da Paraíba................. 08668 08668 08668 VI – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES 08660 08661 08664 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR 08665 PROJETOS DE LEI 492/2011 – do Sr. Chico Lopes – Altera as Leis nº 11.482, de 31 de maio de 2007; nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988; nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995; reajustando as faixas de renda do imposto de renda e os valores das deduções........................ 493/2011 – do Sr. Reguffe – Efetua alterações no art. 1º da Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, para corrigir anualmente a base de cálculo da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física, pela variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC – mais o acréscimo de 1% (um por cento), a partir do ano-calendário de 2011. ......................... INDICAÇÕES PROPOSIÇÕES APRESENTADAS 13/2011 – do Sr. Onofre Santo Agostini – Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências............... Terça-feira 22 08599 08665 PAES LANDIM (Bloco/PTB, PI e como Líder) – Transcurso do 90º aniversário de fundação do jornal Folha de S.Paulo. Homenagem post-mortem ao ex‑proprietário do periódico, empresário Octavio Frias de Oliveira...................................................... ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM, SC – Como Líder) – Apresentação de projeto de lei complementar para alteração de dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, com vistas à exclusão da folha das municipalidades da responsabilidade pelo custeio de programas federais................................ LUIZ COUTO (PT, PB) – Federalização das investigações do assassinato do advogado Manoel de Mattos. Combate às ações de grupos de extermínio no País.......................................................... ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA (PMDB, SC) – Apresentação do Projeto de Decreto Legislativo nº 3.034, de 2010, para suspensão das Consultas Públicas de nºs 112 e 117, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, respectivamente, sobre a proibição do uso de ingredientes no processo de industrialização do tabaco e sobre a alteração nas regras relativas à embalagem e propaganda de fumínenos. ................................... PROFESSORA MARCIVANIA (PT, AP – Pela ordem) – Lançamento do slogan País rico é país sem pobreza pelo Governo Dilma Rousseff........... JANETE ROCHA PIETÁ (PT, SP – Pela ordem) – Classificação do Aeroporto Internacional de Guarulhos como o pior da América Latina, pela 08669 08669 08670 08671 08672 08600 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS revista de negócios Latin Trade. Apelo à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO de construção do terceiro terminal do Aeroporto. Escalada da violência doméstica contra as mulheres no Brasil. Acompanhamento, pelo Ministério das Relações Exteriores, da situação de cidadãos brasileiros na Líbia.................................................. ALESSANDRO MOLON (PT, RJ – Pela ordem) – Princípios norteadores da atuação parlamentar do orador................................................................. REGUFFE (PDT, DF – Pela ordem) – Apresentação de projeto de lei sobre a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Redução da carga tributária vigente no País. ....................... VALMIR ASSUNÇÃO (PT, BA – Pela ordem) – Necessidade da reestruturação do INCRA para o consolidação da reforma agrária no Brasil. Posicionamento contrário à redução da maioridade penal no País. ..... LUIZ COUTO (PT, PB – Pela ordem) – Contrariedade à proposta de redução da maioridade penal.... DARCÍSIO PERONDI (PMDB, RS – Pela ordem) – Razão do voto do orador e dos demais membros da Corrente Afirmação Democrática do PMDB, a favor da proposta de elevação do valor do salário mínimo para 545 reais. .............................. AMAURI TEIXEIRA (PT, BA – Pela ordem) – Encontro da Presidenta Dilma Rousseff com Governadores da Região Nordeste, em Aracaju, Estado de Sergipe. Necessidade de ampliação do financiamento da saúde pública. Participação na posse de dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Jacobina, Estado da Bahia. Importância de conclusão da BR-324, no trecho compreendido entre Imburana às margens do Rio São Francisco. ........ 08673 08674 08675 08676 08677 08677 08678 VII – Encerramento DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO PAES LANDIM (Bloco/PTB, PI – Pela ordem) NO PERÍODO DESTINADO A COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 009, REALIZADA EM 14 DE FEVEREIRO DE 2011 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Fim do regime ditatorial no Egito. Manifesto do Conselho Supremo das Forças Armadas daquele país a respeito do assunto.............................................................. 2 – DESPACHOS DO PRESIDENTE EM PROPOSIÇÕES Mensagens nºs 22, 23, de 2011; Proposta de Emenda à Constituição nº 2/2011; Projeto de Lei Complementar nº 11/2011; Projetos de Lei nºs 9, 39, 47, 57, 82, 90 e 98, de 2011; Projeto de Resolução nº 9/2011; Indicações nºs 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87 e 88, de 2011......................................... SEÇÃO II 3 – ATOS DO PRESIDENTE 08685 08685 Fevereiro de 2011 a)Tornar sem Efeito Exoneração: Luciana de Freitas Gonçalves................................................... b) Tornar sem Efeito Nomeação: Carlos Gustavo de Almeida Brum, Edgar Braga Neto, Márcio José Accioly Xavier, Wolber Lopes Pinheiro Júnior......... c) Exonerar: Ana Paula Coutinho Gurgel Gama, Antonio Carlos Machado, Benedito Eustáquio Mendonça Araujo, Cristina Gonçalves Honfi, Dyego Barros França Barbosa, Hernando Santos Oliveira, João Maria Beato de Andrade, José Wilson Soares de Araújo, Luciana Martins de Rezende, Maria Aparecida de Avila Marques, Maria Valeria Lemos Vasconcelos, Mayara Costa Ferreira, Michelle Prado Goncalves, Oriana Tonhá Lopes, Paulo Cesar Alves da Silva, Paulo Dutra de Moraes Junior, Rafaela Moreira Avelar, Regina Bezerra da Silva Fontes, Richard de Alcântara Ricardo, Severino Venâncio Rocha Neto, Zoir Neves Soares Junior................... d) Nomear: Alessandra Cavalcanti Donato, Ana Paula Coutinho Gurgel Gama, Anna Christina Lins Gomes, Antônio Carlos Rezende Antunes, Aparecida de Lourdes da Costa, Arthur Chaves Figueiredo, Benedito Eustáquio Mendonça Araujo, Bruna Hortis Ferreira de Melo, Candyce da Cruz Rocha, Carlos Rudinei Arguelha Mattoso, Cláudia Helena Cursino, Claudinei Jacy Pereira, Cleusa de Almeida Ribeiro, Cristina Gonçalves Honfi, Daniel Bezerra Ribeiro Soares, Daniela Cristina Guedes de Magalhães Almeida, Denise de Souza Reis, Dyego Barros França Barbosa, Eudes Fernandes Brito, Evelyne Maria Andrade Cecchi, Fabiana Maziero, Fabiano da Silva Pereira, Franciele Teixeira Fernandes, Geraldo Monteiro Gurgel, Gilberto Guerrero Junior, Grazielle Tatiane Santana, Helen Lopes Jardim, Hudson André Francisco, Joana Lima de Oliveira, João Maria Beato de Andrade, Joaquim Antonio Lourenço Fernandes, José Luiz Pacheco Júnior, Josy Maria Stela Cuquejo Pinho, Juliana Tanure de Figueiredo Morandi, Lincoln Marcello Thomaz Noronha, Luís Eduardo Amarilo de Sousa, Maicow Costa da Gama, Marcos Antonio Ramos Lula, Maria Aparecida de Avila Marques, Maria Regina Burtet Vidal, Maria Selma Corrêa Diniz, Maria Valeria Lemos Vasconcelos, Maristela Juliana Klein, Mauricio Oliveira Caram Guimaraes, Mayara Costa Ferreira, Melani Marisa Schmidt, Micheli Dias Silva, Nathalia Gomes Pedrosa, Noeli Maria do Sacramento Becker, Oriana Tonhá Lopes, Paulo Dutra de Moraes Júnior, Raphaela Menezes de Oliveira, Richard de Alcântara Ricardo, Thaty Annie Barreto Tavares de Souza, Vera Lucia Socorro Fonseca do Nascimento de Oliveira............................................................... 4 – MESA 5 – LÍDERES E VICE-LÍDERES 6 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO 7 – COMISSÕES 08688 08688 08688 08690 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08601 SEÇÃO I Ata da 17ª Sessão, em 21 de fevereiro de 2011 Presidência dos Srs.: Luiz Couto, Professora Marcivânia, Amauri Teixeira, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Não havendo quorum regimental para abertura da sessão, nos termos do § 3° do art. 79 do Regimento Interno, aguardaremos até meia hora para que ele se complete. I – ABERTURA DA SESSÃO (14 horas e 7 minutos) O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior. II – LEITURA DA ATA O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI, servindo como 2° Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passa-se à leitura do expediente. O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI, servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte III – EXPEDIENTE 08602 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08603 08604 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08605 08606 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08607 08608 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08609 08610 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08611 08612 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08613 08614 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08615 08616 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08617 08618 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 188/11 (Da Deputada Gorete Pereira) Requer inclusão na Ordem do Dia as Reformas Política, Tributária e Trabalhista. Senhor Presidente, Nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na pauta de discussões da Ordem do Dia as Reformas Político-Eleitoral, Tributária e Trabalhista, reivindicação antiga de diversos setores da sociedade brasileira. Considero oportuno destacar que em todos os discursos de autoridades da nova gestão dos poderes da república a meta é debater e aprovar as reformas ainda este ano Portanto, aproveitando o cenário favorável, vejo o momento atual bastante promissor para discutirmos e aprovarmos as reformas. Sala de Sessões, 8 de fevereiro de 2011. – Deputada Gorete Pereira. Publique-se. Em 21-2-11. – Marco Maia, Presidente. REQUERIMENTO Nº 243, DE 2011 (Do Dep. Amauri Teixeira) Repudia e condena a violência que está sendo perpetrada contra jornalistas brasileiros, estrangeiros e ativistas, que se encontram no Egito, trabalhando na cobertura das manifestações pela renúncia do presidente Hosni Mubarak. A Câmara dos Deputados da República Federativa do Brasil, IMBUÍDA dos valores universais que regem todas as democracias nacionais e uma ordem mundial multilateral fundamentada nos princípios do Direito Internacional Público; CONSIDERANDO que dois jornalistas brasileiros da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), o repórter Corban Costa, da Rádio Nacional, e o repórter cinematográfico Gilvan Rocha, da TV Brasil, enviados para o Egito para a cobertura da crise política no país, foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos; CONSIDERANDO que uma equipe de TV norte-americana da rede CNN e outra da ABC foram agredidas por manifestantes; que um jornalista grego foi esfaqueado e outro espancado por manifestantes; que quatro jornalistas espanhóis foram presos e que dois repórteres da BBC de Londres, a exemplo dos brasileiros, também foram presos e vendados. ENFATIZANDO ainda que o jornalista brasileiro Luiz Antônio Araujo, enviado especial do diário Zero Terça-feira 22 08619 Hora e da rede RBS, do Rio Grande do Sul, ter sido atacado e roubado por um grupo de 50 simpatizantes do presidente do Egito, Hosni Mubarak; LAMENTANDO os atos de violência praticados pelo governo egípcio contra seu próprio povo; e CONSIDERANDO, por último, os laços de amizade e solidariedade que unem indissoluvelmente os povos brasileiro e egípcio e o desejo comum de que a América Latina e o Oriente Médio se integrem sob a égide dos princípios democráticos e da justiça social; MANIFESTA: I – Seu mais veemente repúdio ao absurdo cerceamento do trabalho jornalístico imposto pelo governo local, o qual contraria frontalmente as responsabilidades do Estado hospedeiro consagradas na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. II – Sua consternação com as violações do direito à livre manifestação da população egípcia. III – Sua conclamação à comunidade internacional, especialmente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), a que intervenham positivamente no conflito egípcio. V – Seu sincero apelo a todas as forças políticas do Egito para que iniciem um processo transparente de diálogo que conduza esse país à conciliação e à volta da normalidade democrática. Sala das Sessões, 9 de fevereiro de 2011. – Deputado Amauri Teixeira, PT/Bahia. Devolva-se ao autor, na forma do art. 137, § 1º, I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, eis que, ex vi da norma geral inclusiva implícita no art. 117, § 3º, toda e qualquer manifestação concernente a ato ou acontecimento internacional só poderá ser objeto de requerimento se de autoria da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, previamente aprovada pela maioria absoluta de seus membros. Publique-se. Arquive-se. Em 21-2-11. Marco Maia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Finda a leitura do expediente, passa-se ao IV – PEQUENO EXPEDIENTE O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Sr. Deputado Mauro Benevides. O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, 08620 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sras. e Srs. Deputados, reúnem-se hoje, em Sergipe, com a Presidenta Dilma Rousseff todos os Governadores do Nordeste, num primeiro contato com aquela que tem a responsabilidade de conduzir os destinos nacionais, sucedendo a Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou o Poder Executivo com um lastro de aceitação popular dos mais estimulantes, superior a 70%. Na ultima sexta-feira, falando aos Prefeitos de meu Estado, o Governador Cid Ferreira Gomes alinhou alguns itens básicos a serem submetidos à Primeira Magistrada, entre os quais se inserem obras de grande porte, como a Transnordestina e a Transposição de Águas do São Francisco. Acrescentou S.Exa. que alertará o Poder Central para a necessidade de ser procedida a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, vital para assegurar recursos ponderáveis ao cumprimento das metas de saúde, cada dia mais complexas pela carência de disponibilidades orçamentárias. O anfitrião, Governador Marcelo Déda, buscaria pleitear a ampliação de apoio da Nova SUDENE, ainda com atuação modesta, bem distante daqueles primeiros momentos que tiveram em Celso Furtado o seu vulto estelar. É provável que o desempenho do BNB e do DNOCS sejam questionados, com desdobramentos ainda mais eficazes para favorecimento do chamado Polígono das Secas. Sabe-se que o Governador Antonio Anastasia será um dos participantes do evento, uma vez que o Vale do Jequitinhonha integra o raio de atuação da referenciada Autarquia, criada ao tempo de Juscelino Kubitschek. Tem-se como certo que representantes de nossas unidades federadas irão postular a exclusão da região nordestina dos cortes orçamentários, que ascenderam à casa dos 50 bilhões, deixando intranquilas as lideranças políticas e empresariais daquela área geográfica do País. O Congresso Nacional aguardará o resultado do importante acontecimento, convicto de que a titular do Planalto, que ali obteve mais de 18 milhões de votos, mostrará a sua sensibilidade para questão de incontestável magnitude. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Sr. Deputado Onofre Santo Agostini. O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na sexta-feira próxima passada, dei entrada à Proposta de Emenda à Constituição nº 4, de 2011, que diz respeito à alteração da data da posse Fevereiro de 2011 dos Srs. Prefeitos Municipais, dos Srs. Governadores e do Exmo. Sr. Presidente da República. A posse dos Prefeitos e Governadores ocorrerá no dia 3 de janeiro, e a do Presidente da República, no dia 4 do mesmo mês. São necessárias 173 assinaturas para dar entrada a uma proposta de emenda à Constituição. Conseguimos, porém, 307 assinaturas, numa prova de que essa emenda é muito importante. E, de fato, precisamos alterar a data da posse dessas autoridades, haja vista que o dia 1º de janeiro é universal, é o dia em que as famílias estão reunidas. Portanto, não é um dia propício para a realização de tal solenidade. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Amauri Teixeira, do PT da Bahia. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, caros colegas, boa tarde. Registro evento ocorrido na sexta-feira passada, ocasião em que o Governador Jaques Wagner e o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entregaram na Reitoria da Universidade Federal da Bahia – UFBA mais 34 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU. Juntamente com o Secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, também estive presente na entrega simbólica dos veículos. Duas ambulâncias foram destinadas ao Município de Jacobina, sendo uma de suporte avançado e outra de suporte básico. Logo após a entrega das ambulâncias foi realizado o Encontro de Sensibilização de Gestores Municipais para o Controle da Dengue. Ainda na Reitoria foi apresentada a campanha deste ano de combate à dengue. Logo em seguida houve a inauguração da Farmácia Popular, que vai funcionar também como farmácia-escola da UFBA, localizada no Bairro do Canela, próximo à Reitoria. Encerrando as atividades, foi também inaugurada a sede da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde – UNASUS-BA, em Salvador. Sr. Presidente, registro que, com as duas entregues em fevereiro, agora são doze ambulâncias em solo baiano à disposição de Jacobina. Digo isso porque dez ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU que serão utilizadas para o funcionamento do serviço na região de Jacobina já haviam sido disponibilizadas em janeiro deste ano Agora são nove unidades de suporte básico e três unidades de suporte avançado, que funcionam como UTIs móveis e que estão mofando, paradas, no Almoxarifado da Prefeitura, aguardando a Prefeita de Jacobina ter a “boa vontade” de criar o SAMU regional para entrarem em Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS funcionamento. Quando estiverem rodando, as unidades beneficiarão uma população de cerca de 378 mil pessoas, de 19 Municípios. Mas até agora a Prefeita recusa-se a implantar o SAMU. Até parece que os serviços de saúde em Jacobina têm andado bem! As reclamações são incontáveis. Ainda assim a Prefeita do DEM alega que a Prefeitura não tem dinheiro para arcar com as despesas dos veículos, embora tenha conseguido a aprovação, há poucos dias, de um projeto de lei pedindo autorização para contrair um empréstimo de 10 milhões de reais para aplicar em causas difusas, mas não na saúde! Aliás, a Administração do Democratas em Jacobina já recusou a instalação de uma UTI no hospital da cidade e não quis receber recursos financeiros do Estado para a construção de Unidades de Pronto Atendimento. Não quero crer, Sr. Presidente, que a razão seja, como afirmam os boatos, o fato de o esposo da Prefeita dirigir o hospital filantrópico da cidade, que cobra pelos atendimentos. Mas uma coisa é certa: sem serviços públicos, a população se vê obrigada a gastar no “hospital da Prefeita”. Sras. e Srs. Parlamentares, estamos lutando por Jacobina. Esperamos que a Prefeitura Municipal finalmente se sensibilize com essa ação do Ministro Padilha, do Governador Wagner e do Secretário Solla e convença-se de implantar na região, de uma vez por todas, o SAMU de que tanto precisamos. Agradeço ao Ministro Padilha a ida à Bahia, onde entregou 34 ambulâncias do SAMU e inaugurou, junto com o Secretário Jorge Solla, mais uma farmácia popular. Como eu disse, é uma iniciativa diferenciada, que inaugura a Universidade Aberta do SUS, pois serve de farmácia-escola ao Hospital das Clínicas da UFBA. Na ocasião, o Ministro anunciou a campanha de combate à dengue, chamando a atenção de todos os Prefeitos e Secretários de Saúde para essa importante ação. Sr. Presidente, 19 Municípios recebem verbas da União e do Estado para atendimentos de média e alta complexidades na região noroeste da Bahia, mas a Prefeita de Jacobina se recusa a implantar os equipamentos necessários para o atendimento regional. A União repassou recursos para implantação da UFBA e compra das ambulâncias do SAMU e o Estado, para a implantação do laboratório regional, mas a Prefeita do DEM não quer que a saúde pública avance na macrorregião de Jacobina. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, pela ordem, à Deputada Nilda Gondim, do PMDB da Paraíba. A SRA. NILDA GONDIM (PMDB-PB. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. Terça-feira 22 08621 e Srs. Deputados, fico estarrecida diante do índice de violência impetrada contra as mulheres, assunto que, inclusive, foi objeto de matéria do Fantástico. São crimes com requintes de crueldades, e, em geral, os agressores são o próprio companheiro ou marido das vítimas. Fazem-se necessárias providências urgentes numa parceria entre os poderes públicos e a sociedade, no sentido da adoção de medidas mais austeras, e que a Lei Maria da Penha seja mais severa, com a colaboração decisiva do Ministério Público. Não podemos assistir passivamente a tanta discriminação e violência contra as mulheres. É preciso dar um basta a essa prática. Enquanto lutamos e mostramos que somos capazes de assumir desafios, conquistar mais espaços, superar desigualdades que ainda persistem, estamos a presenciar mulheres terem a vida ceifada tragicamente, por motivo torpe e banal. Fica, Sr. Presidente, este registro, na esperança de que haja uma mudança radical, social, política e jurídica, direcionada à erradicação da violência e da discriminação contra as mulheres. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Muito obrigado, Deputada Nilda Gondim, pelo pronunciamento. Temos mesmo de fazer o combate permanente a todo tipo de violência, principalmente o praticado contra a mulher. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Júnior Coimbra, do PMDB do Tocantins. O SR. JÚNIOR COIMBRA (PMDB-TO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Constituição de 1988 elegeu como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a construção de uma sociedade “livre, justa e solidária”, com o objetivo de garantir o desenvolvimento nacional, “a erradicação da pobreza” e a “redução das desigualdades sociais e regionais”. A incapacidade das instituições vigentes de concretizarem plenamente os objetivos da Carta Magna aumenta a cada dia o sentimento de distância entre os eleitores e seus representantes. Essa situação precisa despertar em nós, Parlamentares, o reconhecimento da necessidade de reformar o sistema político de nosso País. A reforma política, Sr. Presidente, sempre foi um tema recorrente na política brasileira. Está presente na agenda do Poder Legislativo há vários anos, mas nunca logrou êxito, porque os interesses eleitorais e partidários sempre estiveram acima dos interesses nacionais. 08622 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Essa demanda não é apenas do Parlamento, mas da sociedade, que reconhece o esgotamento do sistema político vigente. É urgente a inclusão desse debate como principal prioridade na agenda política do País. Somado a isso, há um clima favorável na Casa e o desejo da Presidente Dilma em concretizar essas mudanças. Tive a honra de participar, na semana passada, de um amplo debate sobre esse tema, organizado pela liderança de meu partido, o PMDB. Ouvimos o Vice‑Presidente da República, Michel Temer, defender a votação de uma reforma política simples, com ênfase na adoção do voto majoritário. Foi um excelente debate, que permitiu ao nosso partido ampla reflexão sobre uma das mais importantes reformas que aguardam o posicionamento do Congresso Nacional. Como afirmou o nosso Líder, Henrique Eduardo Alves, o PMDB mostrou, com aquele encontro, “sua consciência e disposição em contribuir para o aprimoramento das instituições políticas brasileiras”. Portanto, Sras. e Srs. Deputados, não há mais como adiarmos a reforma de nosso sistema político. Evidentemente, uma reflexão crítica desta Casa haverá de reconhecer e sopesar as estruturas e os processos que necessitam ser mantidos e os que reclamam modificações, permitindo o necessário equilíbrio entre continuidade e mudança, tudo com o objetivo de melhorar e aperfeiçoar o funcionamento institucional. Defendo, Sr. Presidente, uma reforma política que contemple, entre outras medidas, o voto majoritário e a fusão entre pequenos partidos. Entendo que o fundamental nessa reforma é acabar com as distorções criadas pelo coeficiente eleitoral, que permite que nem sempre os mais votados sejam empossados. A instituição do voto majoritário para Vereadores e Deputados Estaduais e Federais enfatiza a vontade da maioria, o que caracteriza o Estado Democrático de Direito. Não tenho dúvidas de que o sistema proporcional privilegia partidos políticos em vez de candidatos, o que favorece o “caciquismo” partidário e a baixa consciência do sistema partidário no Brasil. Há consenso sobre as enormes distorções que o sistema eleitoral atual apresenta, mas há uma grande divergência quanto às necessárias alterações corretivas. Eliminar as divergências e construir convergência é a nossa missão neste primeiro ano de nossos mandatos. Temos que ter coragem e iniciar este debate, pois a reforma política é uma premência e necessidade nacional. Era o que tinha a dizer. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Encontra-se presente o Sr. Fernando Antônio Ceciliano Jordão, representante do Estado do Rio de Janeiro, eleito pela Fevereiro de 2011 coligação PP/PMDB/PSC, que tomará posse em virtude do afastamento do titular. Convido S.Exa. a prestar o compromisso regimental, com o Plenário e as galerias de pé. (Comparece à Mesa o Sr Fernando Antônio Ceciliano Jordão e presta o seguinte compromisso): “PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO, OBSERVAR AS LEIS, PROMOVER O BEM GERAL DO POVO BRASILEIRO E SUSTENTAR A UNIÃO, A INTEGRIDADE E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL”. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Declaro empossado o Sr. Fernando Antônio Ceciliano Jordão (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Fabio Trad, do PMDB de Mato Grosso do Sul. O SR. FABIO TRAD (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta Casa é a síntese da pluralidade. É, na realidade, a expressão mais eloquente da universalidade. Sendo a Casa do povo – aliás, de todo um povo –, justifica minha intervenção nesta tribuna, uma vez que, se a sociologia empresta à expressão “povo” – palavra tão vaga quanto polissêmica – o conceito de expressão coletiva dos cidadãos, também é verdade que “povo” pressupõe a expressão da defesa de valores que legitima na caminhada histórica, em busca de permanente evolução. Sras. e Srs. Deputados, venho falar na mesma tribuna que um dia foi ocupada por Joaquim Nabuco, por Afonso Arinos, por Josaphat Marinho, por Aliomar Baleeiro, por Adauto Lúcio Cardoso e por tantos que, advogados na vocação, professaram também a fé democrática nos valores da defesa, do contraditório, do devido processo legal, da resistência intransigente contra os abusos protagonizados pelo Poder estatal na seara dos direitos e garantias individuais, da equidade, da justiça e, por fim, mas não menos importante, no valor da liberdade. Por isso, desta tribuna, informo a todos os Deputados que tomei a iniciativa de deflagrar o processo de reinstalação da Frente Parlamentar em Defesa da Advocacia Brasileira. Não há nesse gesto qualquer veleidade corporativista, em absoluto; nenhuma pretensão de reduzir a Frente a uma defesa subalterna de interesses contingenciais. O que se pretende é superar a conjuntura, é transcender as contingências. É, na realidade, vislumbrar horizontes outros que se radicam na defesa de valores universais. Sabe por que, Sr. Presidente? Sabem por que, Sras. e Srs. Deputados? Porque nós Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS estamos assistindo, com muita preocupação, ao avanço de indícios cada vez mais fortes e densos de uma vocação autoritária, que invade os direitos e as garantias individuais dos cidadãos. Isso não é em relação ao Governo, é cultural. Espero que a Frente Parlamentar em Defesa da Advocacia seja o termômetro mais sensível para sinalizar a movimentação daqueles que, com o pretexto de agilizar o procedimento, acabam por sacrificar e relativizar garantias seculares, históricas, que causaram derramamento de rios de sangue pela sua institucionalização na ordem jurídica. Conclamo todos a assinarem o requerimento de criação da Frente Parlamentar em Defesa da Advocacia. Assim fazendo, V.Exas. não estarão defendendo apenas os advogados. Dirijo esse apelo a todos aqueles que, sendo ou não advogados, advogam a favor dos valores do contraditório, da defesa, do devido processo legal, para que nós não incorramos em um erro que o passado já registrou. Neste País, em nome das liberdades públicas, os advogados foram às ruas defender o direito de ser cidadão. Naquele tempo, quem tentasse fazer isso era considerado subversivo. Finalizando, agradeço a todos a atenção e conclamo-os a assinarem o requerimento em defesa da advocacia brasileira. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PAULO PIMENTA (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, segunda-feira geralmente é o dia em que os meios de comunicação do País costumam apresentar as estatísticas de acidentes no trânsito, especialmente o número de vítimas fatais. A regra é que todas as segundas-feiras os telejornais, os jornais, as emissoras de rádio mostrem números cada vez mais alarmantes, especialmente entre o público jovem. A Organização Mundial da Saúde divulgou um alerta na semana passada: o álcool causa quase 4% das mortes no mundo, mais do que a AIDS, a tuberculose e a violência. E mais: diz a OMS que, mundialmente, hoje o álcool é a principal causa de morte em grupos etários mais jovens, especialmente entre os homens. Essa matéria foi motivo de editoriais de jornais e de outras análises. Chamou-me a atenção, Sr. Presidente, o fato de a Organização Mundial da Saúde ter publicado há pouco tempo uma outra matéria: “A estratégia para reduzir o consumo nocivo das bebidas alcóolicas, em particular entre os jovens”. O texto foi aprovado por 193 países. Diz a Organização Mundial da Saúde que duas medidas são fundamentais para combater essa carnificina no trânsito, especialmente entre os jovens: o Terça-feira 22 08623 aumento dos preços – segundo a análise da OMS, o aumento da renda no mundo levou a uma explosão do consumo – e a restrição, a proibição da publicidade. É estranho que a estratégia proposta pela Organização Mundial da Saúde não tenha tido repercussão e não tenhamos observado iniciativas, editoriais e cobranças da mídia para que o Congresso Nacional aprove, por exemplo, uma legislação que proíba a publicidade da cerveja no Brasil. Recordo-me de quando votamos aqui a proibição da propaganda do cigarro, Deputado Amauri. O Salão Verde ficou cheio. Havia cantores, artistas, desportistas, todos eles especialistas na matéria, para convencer o Congresso Nacional de que o Brasil é o único lugar do mundo onde não há uma relação direta entre publicidade de cerveja, publicidade de bebida e morte de jovens no trânsito. Todos os jornais destacam o aumento crescente do mercado de cerveja. A expectativa é de que seremos este ano o terceiro maior produtor de cerveja do mundo – 12 bilhões de litros. A estimativa é que somente o mercado de cerveja e chope movimente 108 bilhões de reais neste ano O sucesso do mercado da cerveja é diretamente proporcional ao aumento do prejuízo do sistema de saúde e dos indicadores de mortes de trânsito, especialmente para os jovens. Sr. Presidente, digo isso não a partir de uma ótica conservadora. Até gosto de uma cerveja, desde que esteja bem gelada. Mas é um acinte o que estamos vendo. O CONAR fala em vedações que a publicidade deve ter, diz que não é possível fazer alusões à sensualidade, ao sucesso profissional, a carros. Tudo isso é exatamente a lógica. E agora, neste período que antecede o Carnaval, a chamada guerra das cervejas chega ao seu ápice. Gostaria de ver esta Casa ter a coragem de aprovar uma legislação restritiva à publicidade da bebida, ao baixo preço do produto, que hoje é fator de explosão do consumo. Mais do que isso, gostaria de contar com o apoio da grande imprensa deste País para que sejam feitos editoriais cobrando do Governo e do Congresso Nacional a aprovação de medidas nesse sentido. Tenho convicção de que essa é uma medida concreta. Se for adotada por esta Casa, haverá uma redução significativa desses indicadores e teremos a possibilidade de revelar e divulgar estatísticas positivas, que estimulem a Câmara dos Deputados a aprovar outras legislações nesse sentido. Muito obrigado. A SRA. IRACEMA PORTELLA (PP-PI. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, sinto-me honrada em vir a esta tribuna, 08624 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pela primeira vez, para dirigir-me aos cidadãos do meu Estado e aos brasileiros e brasileiras que encontram neste Parlamento o reflexo dos seus anseios, de suas esperanças, de suas aspirações. O início de cada Legislatura representa um momento de reafirmação da nossa jovem democracia. Poder contribuir para esse processo, poder atuar nas mudanças que constroem um país melhor é, sem dúvida, motivo de orgulho. Por isso, antes de mais nada, quero agradecer a oportunidade dada a mim pelos piauienses que me conduziram até esta Casa. A confiança que os eleitores depositaram em mim não será traída, nem desenganada, nem ignorada. Serei fiel a cada voto recebido, fidelidade esta que será traduzida na minha permanente luta em favor de projetos que façam uma real diferença na vida das crianças, dos jovens, dos idosos, das mulheres, enfim, das nossas famílias. Quero assinalar que, no que se refere especificamente às mulheres, tenho uma grande preocupação com os serviços de saúde oferecidos na rede pública. O alto índice de mortalidade materna, não só no Piauí, mas em todo o País, move-me em busca de mecanismos para evitar essas mortes, tais como aumentar o acesso ao pré-natal e oferecer assistência médica de qualidade às gestantes e às mulheres de um modo geral. Outra preocupação é atuar no combate às drogas, especialmente o crack, uma bandeira também da Presidenta Dilma Rousseff. A primeira Presidenta mulher inaugurou um novo tempo em nosso País, e, com certeza, terá todo o meu apoio para estabelecer as políticas necessárias ao Brasil. A agenda de prioridades é imensa, Sras. e Srs. Deputados, mas minha disposição para executá-la é igualmente grande. Não só a população do Piauí, mas Prefeitos, Vereadores e lideranças encontrarão em mim uma Deputada atuante e alerta. Devo afirmar que apontar deficiências sem sugerir providências para solucionar os problemas não será característica do meu mandato. Por isso, vou reunir todas as críticas e sugestões encaminhadas a mim, analisá-las e dar respostas, que é o que todos esperam de seus representantes. Os canais de comunicação estão aí para nos aproximar das bases e, agora, até mesmo é possível estarmos virtualmente em nosso Estado, apesar de estarmos em nossos gabinetes. Por meio de ferramentas como o Twitter, o site www.iracemaportella.com.br e o e-mail [email protected], vou prestar contas da minha atuação e reunir as sugestões, de modo a fazer deste um mandato cuja principal Fevereiro de 2011 marca será o permanente diálogo com os cidadãos e a transparência do meu trabalho. Nos lugares em que o acesso às novas tecnologias ainda não são comuns, teremos que lutar pela inclusão digital, mas até mesmo as localidades mais distantes saberão o que a Deputada Iracema Portella está fazendo em Brasília para melhorar a vida dos piauienses. Uma das verdades mais inquestionáveis é que juntos somos mais fortes. Por isso, vou precisar de toda contribuição para atingir os objetivos traçados. Mais do que isso: há uma clara relação entre o exercício da verdadeira democracia e a participação popular, proclamada pela própria Constituição em seu art. 1º, parágrafo único: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. O povo é soberano e quanto maior for o número de cidadãos que se conscientizarem da força que têm mais forte será o nosso País. Para encerrar, Sr. Presidente, devo ressaltar que os desafios são muitos. Não tenho dúvida de que encontrarei obstáculos e de que o caminho não será suave, mas também encontrarei resultados, e cada conquista, seja pequena ou grande, será inteiramente dedicada àqueles que confiaram e que confiam em mim, nas minhas propostas, no meu trabalho. E é para honrar essa confiança que estou aqui. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada. O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna comunicar a este Plenário a visita do Ministro do Esporte ao Estado do Ceará, na última quinta-feira. O Governador Cid Gomes informou ao Ministro Orlando Silva o andamento das obras, de responsabilidade do Estado, para sediar a Copa do Mundo de 2014 naquela Capital. O Senador Inácio Arruda e o Ministro Orlando Silva debateram com o Governador Cid Gomes e o Secretário de Esporte e Lazer de Fortaleza, Evaldo Lima, a reforma do estádio. Inicialmente o grupo participou de uma reunião no gabinete do Governador, no Palácio da Abolição. De lá, Cid Gomes e Orlando Silva foram de helicóptero até o estádio Castelão. Depois sobrevoaram os principais pontos da Capital cearense, que contarão com alterações urbanísticas, em função da Copa. Cito a instalação da linha em que será implantado o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o Ramal Parangaba‑Mucuripe, que ligará a orla de Fortaleza ao centro da cidade, passando por 22 bairros, e a construção de duas novas estações do futuro Metrô de Fortaleza. Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nas proximidades do Estádio Castelão, a comitiva acompanhou trabalhos de reforço do solo por injeção de concreto na área onde serão erguidos um estacionamento coberto para 800 veículos e a nova sede da Secretaria do Esporte do Governo do Estado. Uma visita ao gramado do estádio e uma entrevista coletiva foram as atividades seguintes. O Ministro mostrou-se impressionado com o andamento das obras no Ceará. “A Copa do Mundo é prioridade para a Presidente Dilma, que me encarregou de fazer um relatório sobre as cidades-sede. Saio daqui hoje bastante satisfeito com a condução desses projetos pelo Estado do Ceará”, afirmou Orlando Silva, elogiando o baixo custo das obras de reforma e a ampliação do estádio. S.Exa. fez, inclusive, uma comparação do custo por assento em estádios da Europa. O Ministro enfatizou ainda o compromisso do Governo Federal com a instalação de um porto turístico de passageiros e com a ampliação da capacidade do aeroporto de Fortaleza. O Governador Cid Gomes afirmou que não há atraso nas obras e que a administração estadual tem como meta a finalização dos trabalhos até um ano antes da Copa. “Queremos estar prontos para sediar os jogos da Copa das Confederações, que acontece um ano antes do Mundial”, afirmou Cid, citando o interesse das próprias empresas encarregadas da parceria público-privada do Castelão em concluir no prazo cada etapa dos trabalhos. O Ceará foi um dos Estados escolhidos para sediar a Copa, e o Governador desenvolve um trabalho no sentido de finalizar as obras um ano antes de os jogos acontecerem. Apostamos na seriedade e no comprometimento do Ministro Orlando Silva, que tem demonstrado sinceridade e capacidade de administrar bem os recursos públicos. Talvez seja S.Exa. o Ministro que mais se tenha destacado por seu trabalho no esporte. Passo a abordar outro assunto. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem tive o prazer de participar da Corrida da Paz, patrocinada pelo Exército, pela Marinha e pela Aeronáutica, realizada no Eixão Norte. Na ocasião foi ressaltado o Programa Forças no Esporte/Segundo Tempo de Brasília, pelos próprios militares que conduziram aquela caminhada pela paz. Portanto, Sr. Presidente, vamos continuar trabalhando, vamos continuar fazendo o que temos feito, sob a orientação da Presidente Dilma, para que o campeonato mundial, que será realizado no Brasil, não seja uma decepção. Que a preocupação de Pelé seja realmente levada a sério, a fim de que o Brasil não faça feio. Terça-feira 22 08625 O Ceará agradece ao Ministro Orlando Silva por nos ajudar a fazer a Copa com os outros Estados-sede do País. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a palavra o Deputado Izalci, pelo Bloco/PR do Distrito Federal. S.Exa. disporá de 5 minutos e mais 3 pelo Bloco Parlamentar PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL. O SR. IZALCI (Bloco/PR-DF e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o rumo promissor do desenvolvimento econômico brasileiro tem chamado atenção para um risco nacional incomum: o apagão de trabalhadores. Na semana passada, o Jornal Nacional exibiu uma série de matérias sobre o mercado profissional, com foco na falta de profissionais, que atinge índices alarmantes em alguns segmentos. Há algum tempo, o ensino técnico e profissional vem sendo apontado como um dos caminhos mais saudáveis tanto para a capacitação individual dos jovens quanto para uma mais completa evolução da economia do País. Não foi por outra razão, Sr. Presidente, a inclusão dessa prioridade entre os destaques do projeto de governo da Presidente Dilma. Com minha longa experiência como educador e meus vários anos como gestor público no Distrito Federal, concluo que o ensino técnico e profissional é, sim, uma poderosa ferramenta a favor do Brasil e dos brasileiros. Para isso, entretanto, são imprescindíveis, por parte da gestão pública, atenção específica e cuidados especiais a essa modalidade de educação. Por estar convencido dessa realidade, logo que assumi a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, solicitei que as escolas técnicas distritais fossem transferidas para a gestão daquela Secretaria. Sabia que, se permanecessem onde estavam, ou seja, na Secretaria de Educação, apenas três escolas técnicas, em meio a centenas de escolas de ensino fundamental e básico – são mais de 650 escolas no Distrito Federal –, não receberiam tratamento proporcional às suas necessidades e potencialidades. Apesar da falta de apoio, os resultados da iniciativa foram tão significativos que hoje os apresento em síntese, inclusive, como justificativa para a indicação que faço à Presidenta Dilma, no sentido de que o ensino técnico profissional passe em todo o País à gestão da área de ciência e tecnologia. E, em vários Estados brasileiros, essa experiência já se mostrou vitoriosa. Como exemplo desse acerto, cito alguns números alcançados pelas escolas técnicas no Distrito Federal sob a gestão da Secretaria de Ciência e Tecnologia: as três escolas técnicas administradas pela Secretaria 08626 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de Ciência e Tecnologia desde 2007, localizadas em Planaltina, Ceilândia e Taguatinga/Areal, chegaram a oferecer sob a nossa gestão nove cursos técnicos, três de especialização pós-técnico e pelo menos uma centena de cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores. Criamos e implantamos também cursos técnicos a distância, os chamados ETEC – o ETEC Brasil é também um programa do Ministério da Educação, em parceria com os Estados –, além de curso superior, igualmente a distância, no caso, a UAB, a Universidade Aberta do Distrito Federal, com diplomas referendados pela própria Universidade de Brasília. Hoje, as escolas técnicas são referência de qualidade de ensino; alcançaram tais níveis de credibilidade que diversas empresas, inclusive, de dimensão nacional, exigem como pré-requisito dos candidatos a emprego certificado garantido por nossas instituições. Por essas mesmas razões, ao lutar durante 7 anos pela criação e implantação do Parque Tecnológico Capital Digital aqui no Distrito Federal, fiz questão de reservar ali um terreno para instalação de mais uma escola técnica, com cursos especialmente direcionados à área de inovação tecnológica. Projeto cujo compromisso reafirmei quando Secretário de Ciência e Tecnologia, no dia em que começaram as obras de infraestrutura, em meados de 2010. Apenas no segundo semestre de 2009, último ano completo sob a nossa gestão, as escolas técnicas do DF somaram quase 10 mil matrículas para os cursos básicos e cerca de 4 mil matrículas para 12 cursos técnicos. Só a Escola Técnica de Brasília, em Taguatinga/ Areal, direcionada à Eletrotécnica, Eletrônica, Informática e Telecomunicações, matriculou neste segundo semestre de 2009 mais de 5 mil alunos. Especializada na área de saúde, a Escola Técnica de Planaltina é também referência no segmento, oferecendo cursos técnicos de Enfermagem, Nutrição, Dietética e Higiene Bucal. Esse é o mesmo caso da Escola Técnica de Ceilândia, cujos cursos técnicos são direcionados à Informática e Administração. Importante destacar ainda que os chamados cursos técnicos equivalem à formação de nível médio, exigindo carga horária mínima de 800 horas, em 3 ou 4 semestres de aulas. Sob nossa gestão, as Escolas Técnicas do Distrito Federal colheram excelentes resultados também quanto à modalidade de ensino a distância. Em 2009, para os seis cursos técnicos a distância foram registradas quase 3 mil matrículas. Aqui no DF, aliás, enquanto estávamos na Secretaria de Ciência e Tecnologia, o sucesso da modalidade Fevereiro de 2011 de educação a distância foi inquestionável, inclusive quanto à educação superior: em 2009, foram preenchidas todas as vagas oferecidas para as três licenciaturas da UAB: Geografia, Biologia e Letras. Infelizmente, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,, durante o Governo de transição, a educação profissional voltou para a gestão da Secretaria de Educação, inclusive, com interrupção dos cursos técnicos a distância, faltando apenas seis meses para a conclusão dos cursos. Tenho certeza, porém, de que o Governador Agnelo Queiroz deverá retornar a gestão desse programa para a Secretaria de Ciência e Tecnologia, garantindo assim a continuidade do sucesso das escolas técnicas. Também tenho certeza de que, se a Presidente Dilma adotar em todo o País esse mecanismo, as escolas técnicas passarão a ter prioridade no Governo, e iremos formar, a curto prazo, pessoas capacitadas e preparadas para o mercado de trabalho. As escolas técnicas do DF, também sob nossa gestão, ofereceram, com pleno êxito, educação profissional, por meio de formação inicial e continuada de trabalhadores, o que não exige escolaridade e qualifica mais rapidamente para o mercado de trabalho. Apenas no primeiro semestre de 2009, foram cerca de 4 mil matrículas entre centenas de cursos oferecidos nessa modalidade. Na Escola Técnica de Planaltina, foram oferecidos cursos de Recepcionista, Assistente de Laboratórios, de Clínicas e Hospitais, Atendente de Farmácia, Drenagem, Agente Comunitário de Saúde, Hematologia, Cuidador de Idoso e LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. Na Escola Técnica da Ceilândia, foram oferecidos cursos de Cabeleireiro, Costureiro, Cozinheiro, Eletricista Residencial e de Automóveis, Mecânico de Automóveis, Garçom e Operador de Micro. Na Escola Técnica de Taguatinga, tiveram destaque os cursos de Administração do Sistema Linux-Corel, Desenho Técnico, Configuração de Micro e de Periféricos, Eletricidade e Eletrônica Básica e Digital e Manutenção de Micros, Impressoras, Tevês e DVDs. Como sinal de reconhecimento da extrema qualidade do ensino técnico e profissional oferecido pelas escolas técnicas sob a administração da Secretaria de Ciência e Tecnologia, chegamos ao final de nossa gestão fechando com o Governo Federal, por meio do Programa Brasil Profissionalizado, convênio para a construção de mais 11 escolas técnicas aqui no Distrito Federal. Esse programa oferece aos Estados os projetos e a construção das escolas, entregando-as totalmente equipadas, cabendo ao Estado apenas sua manutenção para o seu funcionamento normal. Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De acordo com esse convênio, serão 11 escolas técnicas no Distrito Federal, a saber: Guará II, Brazlândia, Setor de Indústria da Ceilândia, Riacho Fundo II, Santa Maria, São Sebastião, Itapoã/Paranoá, Planaltina, Sobradinho II, Samambaia e a própria Cidade Digital. Afinal, vamos precisar de muita mão de obra qualificada, haja vista o projeto do Parque Tecnológico Capital Digital, para o qual há a perspectiva de geração de 80 mil novos empregos. Daí a importância de investirmos na educação profissional. Infelizmente, com a mudança de Governo, os convênios estão suspensos, mas tenho certeza absoluta de que o novo Governo, o Governo Agnelo, dará continuidade às obras das escolas técnicas. Para concluir, Sr. Presidente, parabenizo o Ministério da Educação por sua iniciativa de elaborar medida provisória sobre a da empresa brasileira de saúde, destinada a administrar os hospitais universitários. Proposta cuja aprovação recomendo. Informo ainda que estou protocolizando indicação para que proposta semelhante, voltada à gestão das escolas técnicas no País, seja encaminhada. Isso porque é necessário rever o regime de contratação nas escolas técnicas, uma vez que, da forma como se encontram, é muito difícil fazer uma gestão eficiente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, chegou a hora de priorizarmos a educação profissional no Brasil. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte: PRESIDÊNCIA/SGM Ref. Emendas apresentadas à Medida Provisória nº 514/2010. Indeferimento liminar de emendas que versam sobre matéria estranha. Com fundamento no art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c/c art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, indefiro liminarmente as Emendas nºs 17, 36, 38, 39, 43, 45 e 52, apresentadas à Medida Provisória nº 514/2010, por versarem sobre matéria estranha, tudo em conformidade com a decisão desta Presidência proferida à Questão de Ordem nº 478/2009. Publique-se. Em 21-2-11. – Marco Maia, Presidente. Ref. Emendas apresentadas à Medida Provisória nº 521/2010. Indeferimento liminar de emenda que versa sobre matéria estranha. Com fundamento no art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c/c art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, indefiro liminarmente as Emendas nºs 5, 6 e 9, apresentadas à Medida Provisória nº 521/2010, por versarem sobre matéria estranha, tudo em conformidade com a decisão desta Presidência Terça-feira 22 08627 proferida em resposta à Questão de Ordem nº 478, de 2009. Publique-se. Oficie-se. Em 21-2-11. – Marco Maia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra pela ordem ao Deputado Cleber Verde. S.Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. CLEBER VERDE (Bloco/PRB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero comunicar à Mesa Diretora desta Casa a eleição e posse, no dia 16 deste mês, da nova Frente Parlamentar em Defesa das Atividades da Pesca e Aquicultura. É uma frente suprapartidária, da qual fazem parte os Deputados Miriquinho Batista, do PT, Zonta, do PP, Wandenkolk Gonçalves, do PSDB, e diversos Parlamentares envolvidos com a pesca no Brasil. Tenho certeza de que essa frente tem como objetivo fazer uma agenda positiva, recebendo propostas do Executivo, bem como as elaboradas pelo Parlamento. Essas matérias relevantes para a defesa do pescador serão discutidas e aprovadas no plenário. No ano passado aprovamos a Lei da Pesca, a lei das colônias e a criação do Ministério da Pesca. A Frente Parlamentar em Defesa das Atividades da Pesca e Aquicultura vem com este mesmo propósito: fortalecer cada vez mais o nosso pescador. Sr. Presidente, peço a V.Exa. que dê ampla divulgação à eleição e posse dos membros dessa frente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – V.Exa. será atendido nos termos regimentais. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a palavra o Deputado João Ananias, do Bloco/PCdoB do Ceará. Dispõe S.Exa. de até 5 minutos para o seu pronunciamento. O SR. JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. �������������������������������� Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como tenho feito neste início de mandato, vou continuar insistindo no tema subfinanciamento da saúde e analisando todas suas áreas. Permitam-me, então, mais uma vez, abordar o assunto. E faço isso porque sou militante do Sistema Único de Saúde desde a política estudantil. Desde os idos de 1070, na condição de estudante de Medicina, lutava pela reforma sanitária brasileira, para que no povo tivesse um serviço sistêmico de saúde que alcançasse tanto o Norte quanto o Sul do País, o que só veio ocorrer com a Constituição de 1988. Pouco antes, a VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, aprimorou essa proposta, como já foi dito aqui inúmeras vezes, e surgiu o Sistema Único de Saúde. Apesar de tudo isso, historicamente, temos gasto muito pouco com a saúde e suas demandas. 08628 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Procuro sempre dizer, Sras. e Srs. Deputados, que, na Saúde, a renovação tecnológica é tão grande e tão rápida – e fui Secretário de Saúde do Estado do Ceará no primeiro Governo Cid Gomes –, que, para incorporar essa nova tecnologia e torná-la acessível ao povo, faz-se necessário investir cada vez mais. Sempre faço esses destaques, certo de que a Presidenta Dilma Rousseff e o Ministro Alexandre Padilha, que almoçou com a bancada do PCdoB na semana passada, quando discutimos algumas questões importantes, vão avançar, dar passos mais largos em relação ao financiamento do Sistema Único de Saúde. Outra tema preocupante é a situação dos hospitais municipais de atenção secundária espalhados pelo Brasil. O hospital de atenção secundária é aquele que atende o paciente logo depois do PSF, que presta a atenção primária. O hospital municipal de atenção secundária deveria dar maior resolutividade às demandas dos usuários do SUS, mas, lamentavelmente, esses hospitais estão absolutamente terminais. Usei os termos “hospitais de atenção secundária” e “absolutamente terminais”, porque há tempos não se investe, nem se renova a sua tecnologia. Alega-se que não há recursos suficientes para garantir atenção abrangente como se apregoa e como quer o Sistema Único de Saúde. Aí, a demanda fica encalhada – a chamada “demanda reprimida” – ou, então, vai para a atenção terciária, sobrecarregando as emergências. Por isso essa área vive crise sistêmica e permanente, com dificuldades imensas, inclusive de leitos, nos serviços de emergência e de UTIs. É fundamental que o Governo Dilma invista mais, aumentando o per capita da média e alta complexidade, um dos 5 blocos de financiamento do SUS. Assim, a média e a alta complexidade garantirão aos Municípios mais recursos para melhorarem mais o setor, resolverem mais, atenderem mais, evitando essas transferências. A regulamentação da Emenda nº 29, pela qual todos lutamos, é dos itens dessa questão. Claro que não é o apanágio. Não vamos resolver tudo com a regulamentação da Emenda 29, mas poderemos garantir mais recursos e oxigenar um pouco mais os Municípios que gastam 15% de seus recursos com saúde. Aliás, são poucos os Municípios que gastam apenas 15% – a maioria gasta 20%, 25% até 30%. Mesmo assim 15% ou 20% ainda é um valor muito pequeno em termos de distribuição tributária aos Municípios. Trata-se, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, de questão premente. Em 20 anos, no Estado do Ceará, foram fechados mais de 40 hospitais de atenção secundária; daí Fevereiro de 2011 o aumento da demanda na porta dos hospitais de alta complexidade. Estamos vindo aqui clamar – não é denunciar – para que esse socorro venha logo, porque o paciente que está desidratado, que está em estado grave, não pode esperar muito. Se não o socorrermos logo, o caso pode evoluir para o óbito. É o que tem acontecido em muitos dos nossos hospitais. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. ÁTILA LINS (PMDB-AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para registrar a presença, em Manaus, no último domingo, do Sr. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. S.Exa. foi a Manaus debater com as autoridades locais, tendo à frente o Governador do Estado, Omar Aziz, o Prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, os Secretários de Saúde da Capital e do Estado e Prefeitos de nove Municípios amazonenses que se encontram em estado de emergência para o combate è dengue. Desde ontem, a TV Globo vem noticiando que a dengue avançou muito no Amazonas, com registro de vários óbitos – parece-me que foram nove óbitos – e mais de 10 mil infectados. Todos, no Amazonas, estão muito preocupados com o avanço da dengue, uma epidemia que pode trazer grandes prejuízos para o Estado e toda a região. A gravidade é tamanha, Sr. Presidente, que o Ministro resolveu visitar o Amazonas no domingo. S.Exa. não teve descanso nesse final de semana. Ao saber que Manaus e o Amazonas estão enfrentando essa crise, resolveu fazer uma visita a Manaus no domingo. Na reunião com as autoridades locais, anunciou a liberação de recursos do Governo Federal, na ordem de 3,1 milhões de reais, que, somados aos 25 milhões de reais já disponibilizados pelo Estado, atingirão a soma de 28 milhões de reais para serem aplicados no combate à dengue e que servirão não só para atender nossa Capital, Manaus, mas sobretudo para investir maciçamente nos outros Municípios que também enfrentam essa difícil situação. Nós amazonenses estamos convencidos de que as medidas anunciadas e tocadas pelo Governo do Estado, com apoio do Governo Federal, serão, com certeza, muito importantes para debelar o avanço da dengue no Estado do Amazonas. Quero também deixar registrado que nós, no Amazonas, temos consciência de que a dengue é um fator preocupante. Surge, porém, outro fator preocupante: a migração, a vinda de haitianos para o Amazonas através da nossa tríplice fronteira – Venezuela, Colômbia e Peru –, por Tabatinga, Município que V.Exa., Sr. Presidente, visitou e conhece muito bem. Estamos Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS recebendo muitos haitianos, que ingressam no território brasileiro sem nenhuma autorização. Com certeza, alguns deles levam a cólera, que está se alastrando e ceifando muitas vidas no Haiti. Li na imprensa de Manaus que a Polícia Federal vai começar a devolver para seu país de origem esses haitianos, que ingressam no território brasileiro através de Tabatinga, sem nenhum visto. É uma verdadeira invasão. É como o caso dos tunisianos, que estão invadindo a Itália em razão da crise política na Tunísia; estão indo para o território italiano em barcos, de qualquer maneira. No nosso Estado, estamos enfrentado o problema dos haitianos que estão indo para lá e alguns, com certeza, carregam doenças, o que é mais grave. Cólera com dengue, não dá, Sr. Presidente! É preciso que haja um posicionamento muito firme por parte do Governo Federal, através da Polícia Federal, que já está adotando medidas, e do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Júnior Coimbra, do PMDB do Tocantins, por 1 minuto. O SR. JÚNIOR COIMBRA (PMDB-TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de registrar a presença do Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, na última sexta-feira, no Tocantins, que, em companhia do Presidente do INSS, Dr. Mauro Luciano Hauschild, foi a Guaraí, no interior do Estado, inaugurar um posto de atendimento do INSS. Uma grande festa foi realizada na cidade. Nós tocantinenses ficamos muito felizes com a presença do Ministro e do Presidente do INSS no nosso Estado. Era o que tinha a registrar, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Paes Landim, do PTB do Piauí, por até 5 minutos. O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB-PI. Sem revisão do orador.) – DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO. O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta quarta-feira, em sessão magna, a Academia Cearense de Letras, sob a Presidência do Acadêmico Pedro Henrique Saraiva Leão, reverenciará a memória do saudoso escritor José Valdivino de Carvalho pela passagem de seu centenário de nascimento, ele que foi um dos mais fulgurantes membros da arcádia a que pertenço desde 1992. Terça-feira 22 08629 Tive o privilégio de, ainda bem jovem, conviver de perto com o saudoso professor de sucessivas gerações, que, dirigindo o tradicional Instituto de Educação, ali implantou modernizadoras diretrizes pedagógicas, transformando-se em autêntico ícone dos nossos meios culturais. Orador primoroso, utilizava habilmente o improviso escorreito em suas prelações, ouvidas, sempre, com embevecimento por seletos auditórios, que lhe não regateavam aplausos, consagrando-o como um dos mais brilhantes tribunos no século passado. Homem de formação cristã arraigada, pertencia a várias entidades pias, merecendo da autoridade eclesiástica o estímulo para prosseguir em sua incessante atividade, diversificada entre o magistério e o acolhimento de convites para participar de eventos nos quais pontificava sempre como vulto verdadeiramente paradigmal. Na simultaneidade dos discursos que evocarão a notável personalidade de Valdivino de Carvalho, o Acadêmico Batista Lima reportar-se-á à edição fac-similar de Tardes Sem Sol, em cujo texto se acha bem dimensionada sua vocação linguística, uma das maiores expressões literárias de sua época. Os seus filhos, notadamente, os Drs. Tarcísio Leitão, Francisco Flávio Leitão de Carvalho e Vicente Leitão de Carvalho, bem assim os demais filhos, genros e netos desejam manter inapagável a lembrança daquela que, em vida, transbordou competência inquestionável, constatada à saciedade em toda a sua bibliografia, agora reeditada para deleite da atual geração, como haverá de sê-lo das porvindouras. Sr. Presidente, por todas essas razões ora singelamente afloradas, não poderia dispensar-me de realçar a defluência de efeméride tão intrinsecamente inserida no contexto de nossas mais caras tradições históricas. José Valdivino de Carvalho permanecerá recordado pelo brilhante acervo de trabalhos literários, o que justifica plenamente o esplendor da sessão solene programada para o nosso silogeu, cuja existência antecedeu a da própria Academia Brasileira de Letras. A Câmara dos Deputados, neste breve registro, identifica-se com a ACL nessa rememoração justíssima, rendendo também preito de reconhecimento a um brasileiro ilustre que soube honrar e dignificar a nossa gente. Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, volto à tribuna porque a Oposição vem fazendo, desde a semana passada, verdadeira celeuma a troco de nada, alegando a inconstitucionalidade do decreto previsto no art. 3º do projeto de lei do salário mínimo. 08630 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Na verdade, nada fizemos aqui a não ser o que manda a Constituição Federal, em seu art. 7º: o salário mínimo será fixado em lei. Por isso a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que fixa a política do salário mínimo, as regras que estabelecem seus valores de 2011 a 2015. O que a Oposição quer é que, casuisticamente, todo ano, voltemos ao plenário do Congresso Nacional e fixemos essas regras. O que fizemos foi um ato responsável para com os trabalhadores, a quem dissemos qual será a política de salário mínimo para os próximos 4 anos. E essa política é mais benéfica para os trabalhadores, na medida em que lhes assegura correção pela inflação anual e pela variação dos 2 anos anteriores ao PIB. Isso está nas lei, Sr. Presidente! O critério que corrige o salário mínimo está na lei, como determina a Constituição! E o que faz o decreto previsto nesse projeto? Ele apenas formaliza o que a lei estabelece. Qual o papel do decreto previsto no art. 84, inciso IV, da Constituição? Regulamentar a lei. O decreto apenas revela o valor que a lei estabelece, que deve ser apurado. Não é papel da lei estabelecer valor. Isso não lhe seria possível, pois a lei é uma norma abstrata que precisa ser executada. O decreto da Presidente da República apenas vai revelar o valor que deve ser apurado, conforme o critério fixado em lei. Derrotada no mérito e nas urnas, a Oposição quer enganar a população, acusando-nos de abrir mão de nossas prerrogativas. Não! Em momento algum este Congresso abriu mão de suas prerrogativas, mas apenas fixou a política de salário mínimo para o período de 2011 a 2015. Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, muita polêmica por nada foi levantada semana passada, fruto da aprovação do PL 382, de 2011. E tudo porque, repito, junto com a aprovação do PL, a Câmara dos Deputados aprovou dispositivo que cria uma sistemática de reajuste do salário mínimo até o ano de 2015, anunciada por decreto do Executivo. Pois bem. Partes da Oposição e da mídia, ou por desconhecimento jurídico ou por propósitos políticos diversos e escusos, vêm erroneamente alegando que tal dispositivo seria inconstitucional. Nada mais falso! Durante anos, tanto Oposição quanto Situação, seja qual fosse o Governo, sempre bradaram pela necessidade de o Legislativo apreciar e aprovar políticas de ação. Quer fosse uma política trabalhista, quer fosse uma política tributária ou mesmo quer fosse uma política salarial. Foi exatamente o que fizemos agora. Em vez de trilhar pelas mesmas práticas dos últimos anos, aquelas que incorriam em batalhas políticas periódi- Fevereiro de 2011 cas, em que parecia que se fazia um favor ao trabalhador quando se fixava o salário única e exclusivamente para o ano em curso, semeando no peito do trabalhador a angústia de não conhecer o horizonte futuro de planejamento, criamos e aprovamos agora uma política salarial de médio prazo, com uma sistemática de reajuste conhecida e transparente, de valores pré-fixados, que, por questões administrativas, apenas serão anualmente publicados no Diário Oficial por meio de decreto administrativo, que é o instrumento cabível para tanto. Como se pode observar, Sr. Presidente, em momento algum o Congresso Nacional está delegando suas atribuições ao Executivo. Muito ao contrário. No momento em que o Legislativo aprova uma política salarial e submete o Executivo a segui-la, mostra sua força e exerce fielmente suas prerrogativas. Afinal, Sras. e Srs. Deputados, após a aprovação da Emenda Constitucional nº 32, de 2001, verificamos que decreto tem efeitos de regulamentação ou de execução – expedido com base no art. 84, inciso IV, da Constituição Federal, para fiel execução da lei, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela. Isso significa que a Presidente Dilma não pode inventar um valor do salário mínimo ao seu bel-prazer e anunciá-lo por decreto, mas, sim, regulamentar a sistemática aprovada no Congresso e segui-la estritamente. O que não podemos mais aceitar, Sr. Presidente, é transformar o rendimento do trabalhador em arma de pressão política que, se for adiante, poderá se voltar contra o próprio trabalhador. É claro que quando não se estabelece uma política salarial, gera-se alguma insegurança, pois vem à lembrança a política aprovada na época do Plano Cruzado, no Governo Sarney, quando o Congresso aprovou o mecanismo de gatilho salarial, reajustando o salário toda vez que a inflação acumulava um percentual de 20%. Assim, nobres colegas, a prerrogativa de legislar é desta Casa e continuará sendo. Em momento algum se pretendeu o contrário. Evoluímos, aprovamos uma sistemática, uma política. Entretanto, se no futuro esta se mostrar inadequada, o Legislativo, no uso de suas prerrogativas, poderá simplesmente rever o processo, revogando a lei, ajustando-a ou a aprimorando conforme for necessário. E, em seguida, caberá ao Executivo acatar as recomendações legais, regulamentando-as da melhor maneira possível, com os instrumentos que a Constituição lhe prescreve. Muito obrigado. A SRA. NILDA GONDIM (PMDB-PB. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, meu conterrâneo da Paraíba, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez venho a esta tribuna manifestar-me sobre os dados estatísticos lançados pela Presidenta Dilma Rousse- Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ff relativos à disseminação do crack no País. Quero me referir especialmente ao combate que vem sendo feito pelo Governo Federal e às consequências físicas irreversíveis que sofrem os que consomem essa droga que assola o Brasil, e não só nas Capitais, mas também em pequenas e pacatas cidades do interior. Anunciou a Presidenta Dilma Rousseff, na quinta-feira passada, o início da chamada “luta sem quartel”, a luta contra o tráfico e o consumo de crack, uma droga que, segundo cálculos não oficiais, é usada por 500 mil pessoas no País. O enfrentamento dessa verdadeira epidemia nacional exigirá muita capacidade de luta, uma vez que a “pedra da morte”, como é chamado o crack, por ser barata, tem extensa capacidade de propagação. E o combate ao crack deve ocorrer nas frentes da prevenção, tratamento especializado, educação e repressão ao tráfico, mediante controle mais severo nas fronteiras e ações contra os distribuidores. O aumento desenfreado do consumo dessa droga no Brasil está criando um quadro extremamente preocupante no que se refere à criminalidade, à violência e à juventude, que vê degradada sua personalidade e suas relações com a sociedade. Um dos grandes desafios da Presidenta Dilma em relação ao crack é a implantação de um plano mundial de combate, aliado a uma metodologia sistemática de tratamento aos dependentes. Foi com grande satisfação que recebemos da Chefe do Executivo nacional a notícia relativa à criação de 46 centros de formação de profissionais da saúde e da área social, que serão especializados no tratamento de dependentes dessa e de outras drogas. Iniciativas específicas de combate ao crack devem ser inseridas em política nacional, ou seja, para todos os Estados da Federação, e inseridas no Programa de Ações Integradas de Prevenção ao Uso de Drogas e Violência, do Governo Federal, concomitantemente à realização de estudo epidemiológico de prevalência e padrões de consumo nos Estados, com aplicação de projetos de pesquisas clínicas com usuários nos centros de tratamentos de usuários em recuperação. A falta de uma política adequada para tratar das mazelas causadas pelo crack é uma constante que permeia nossos gabinetes nesta Casa Legislativa. Por aqui, tramitam cerca de 20 projetos que tratam desde a penalização mais severa do traficante que vive de comercializar a “pedra da morte” até o repasse direto de recursos da União aos Municípios mais afetados pelo avanço da droga. O Brasil clama por medidas urgentes de abordagem do problema, pois padece de uma estrutura frágil e decadente de atendimento a vítimas do crack. Terça-feira 22 08631 Estamos vivenciando momento muito crítico, pois essa droga se dissipa rapidamente para o interior do País. E o crack é ainda mais perigoso do que a cocaína, uma vez que vicia mais rápido e é muito mais acessível. Por ser uma droga economicamente de fácil alcance, atinge rapidamente a classe menos favorecida e vicia inclusive menores em idade escolar, que deixam os bancos escolares para entrar no mundo da criminalidade. Trata-se, portanto, de uma praga, que deixa rastros de morte de Norte a Sul. O alerta é nacional. A “pedra da morte” aumentou os índices de criminalidade, os pontos de prostituição e a circulação de armas. Especialistas já apontam o crack como o maior desafio para a segurança pública nacional. Pode-se dizer que há uma verdadeira epidemia de consumo do crack no País. As estatísticas demonstram que 70% dos crimes violentos estão ligados às drogas, principalmente o crack – e esse assunto figura como a principal pauta debatida por associações, por entidades de classe e pelo próprio poder público. Alguns consumidores introduzem pequenas porções de crack em cigarros de maconha, fazendo, na gíria do meio, o “mesclado”, com o objetivo de aliciar novos viciados. Essa prática também é utilizada, por vontade própria, por alguns consumidores, no intuito de aumentar o efeito alucinógeno O uso do crack e a potente dependência psíquica que ele causa frequentemente levam o viciado à prática de delitos para obter a droga. Os pequenos furtos muitas vezes começam em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm à disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Em muitos casos, mulheres se prostituem indiscriminadamente para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o crack acaba sendo mais dispendioso, pois seu efeito é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao consumo compulsivo de várias pedras por dia. O crack eleva a temperatura corporal, o que pode levar a acidente vascular cerebral. Além disso, causa destruição de neurônios e provoca degeneração dos músculos, dando ao usuário aparência esquelética. O crack também inibe a fome – os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito narcótico – e o sono Tudo isso pode deixar o dependente facilmente doente. O livro Overdose, do pesquisador paraibano Jair Cesar de Miranda Coelho, membro do Conselho Estadual de Entorpecentes – CONEN-PB, faz uma análise 08632 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS comparativa entre o perfil do consumidor de crack na década de 90 e o atualmente verificado. A maioria das pessoas que consomem bebidas alcoólicas não se torna alcoólatra. Isso também é válido para outras drogas. No caso do crack, porém, com apenas três ou quatro doses – e, às vezes, até na primeira –, o usuário se torna completamente viciado. Normalmente o dependente, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinência – depressão, ansiedade e agressividade –, comum a outras drogas estimulantes. O consumo de crack fumado em latas de alumínio tem levado à realização de estudos em busca de evidências do aumento do índice de alumínio sérico em usuários, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a danos neurológicos. As chances de recuperação dessa que muitos especialistas chamam de “doença adquirida” são muito baixas, pois exige a submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente, o que é difícil, haja vista que a “fissura”, isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre estão devidamente estruturadas para tratar os dependentes químicos. É comum o dependente abandonar o tratamento. Para se livrar do vício, o usuário de crack precisa de acompanhamento 24 horas por dia, uma vez que é compulsivo e ganha dependência rapidamente, o que impõe mais rigor na luta contra o tráfico e no tratamento dos dependentes. O Estado, porém, carece de estrutura de saúde pública diferenciada para fazer frente a esse tratamento. Por força do meu mandato parlamentar, mudei minha residência para o Distrito Federal, onde estou trabalhando em prol do Brasil e, especialmente, da Paraíba. Com tristeza, vejo que também o Distrito Federal já foi invadido e está assombrado pelo crack, conforme notícias diárias dos jornais locais. Cracolândias estão disseminadas por todo o Brasil. Antes, as notícias davam conta apenas do que ocorria na cidade de São Paulo. Hoje, existe a cracolândia do Rio de Janeiro, a cracolândia do Distrito Federal e de inúmeras outras Capitais. Sras. e Srs. Deputados, minha preocupação é no sentido de que o Governo Federal atue de forma mais eficaz no combate a esse entorpecente, aparelhando adequadamente as Polícias Federal e Civil nos Estados, para que possa haver uma abordagem mais efetiva no combate a essa droga que alicia crianças, jovens e adultos ao consumo indiscriminado, levando cidadãos ao crime e, consequentemente, à morte. Fevereiro de 2011 Para concluir, Sr. Presidente, proponho a esta Casa amplo debate sobre a “pedra da morte” e seus malefícios, o que é do interesse de milhões de brasileiros que sofrem vendo seus filhos ou parentes subsumindo a mazelas por causa do consumo dessa droga. Era o que tinha a dizer. O SR. NAZARENO FONTELES (PT-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, farei alguns comentários sobre artigo do Prof. Alfredo Canellas Guilherme da Silva, que leciona Direito Constitucional nos cursos de graduação e pós‑graduação da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. O artigo, que tem por título Revisão e Controle pelo Poder Legislativo das Decisões da Suprema Corte, aborda a temática do ativismo judicial aqui no Brasil e no mundo, com a bibliografia atualizada. No final, menciona a Proposta de Emenda à Constituição nº 3, deste ano, a qual demos entrada no dia 10 de fevereiro – data, aliás, memorável para nós, do Partido dos Trabalhadores. Coincidentemente, trata‑se de uma PEC que busca libertar o Poder Legislativo das garras excessivas do Poder Judiciário, para que de fato haja equilibro entre os Poderes, e o Legislativo exerça, como já disse outras vezes, sua competência legislativa prevista no art. 49 da Constituição, mais precisamente nos incisos V e XI do citado artigo. Esperamos que nossos pares sejam cada vez mais sensíveis e conscientes deste mandamento constitucional, que não ficou explicitamente regulamentado no Regimento Interno da Casa, como pude apurar em estudo que fiz. Por isso, na quinta-feira passada, apresentei à Mesa Diretora da Casa uma questão de ordem sobre como devemos agir para cumprir esse mandamento constitucional. E como esse mandamento é do Constituinte, somos obrigados a cumpri-lo. Nós, Poder Legislativo, temos, como os outros Poderes, de obedecer ao que a Constituição determina de forma muito clara. Sr. Presidente, gostaria de destacar um ponto deste artigo, que peço conste dos Anais da Casa. Ele afirma que o ativismo judicial não é focado na Constituição, mas na interpretação pelo Poder Judiciário. Mais a frente ele diz que se quem interpreta dá a última palavra, então o verdadeiro legislador não somos nós, mas o Poder Judiciário. Dada a gravidade disso, já denunciada pelo jurista Ives Gandra Martins em artigo que já reproduzi e distribuí a alguns colegas, espero sensibilidade desta Casa na análise da PEC 3. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08633 08634 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08635 08636 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08637 08638 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 22 08639 08640 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passa-se ao V – Grande Expediente Concedo a palavra ao primeiro orador inscrito, Deputado Vieira da Cunha, do PDT do Rio Grande do Sul. S.Exa. dispõe de até 25 minutos. O SR. VIEIRA DA CUNHA (PDT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colega Deputado Luiz Couto; demais colegas Deputadas e Deputados que garantem a realização da sessão na Câmara dos Deputados nesta segunda‑feira; o motivo que me traz à tribuna não poderia ser outro senão o novo salário mínimo, em cuja votação na semana passada esta Casa protagonizou uma sessão histórica. Quarta-feira, dia 16 de fevereiro, decidimos o novo valor do salário mínimo. Além de ser um tema, por si só, de alta relevância e com repercussão direta na vida de aproximadamente 50 milhões de pessoas, as circunstâncias específicas daquela votação transformaram a sessão do dia 16 num daqueles episódios, estou convencido, que têm lugar na história. A mídia tratou a sessão como “o grande teste do Governo Dilma Rousseff”. “Quantos traidores haverá na base aliada?” – especulava a mídia. Os holofotes voltaram-se especialmente para nós, do PDT, chamados de rebeldes por uns, de traidores por outros, de infiéis por muitos. Isso porque assumimos a defesa de um salário mínimo de R$560,00, valor R$15,00 superior à proposta do Governo Caiu o mundo! O Ministro do Trabalho, meu companheiro Carlos Lupi, Presidente Nacional do partido licenciado, ocupou as manchetes dos principais jornais do País. Tenho em mãos alguns deles: O Estado de S.Paulo, edição de 16 de fevereiro, página 4: “Por mínimo de R$545,00 Governo ameaça barrar cargos e demitir o Ministro do PDT”. O Globo do dia seguinte, 17 de fevereiro, página 3: “Planalto avisa que PDT será tratado a pão e água por defender os R$560,00”. Já o jornal O Sul, do Rio Grande do Sul, foi mais direto e estampou em sua capa de 16 de fevereiro: “Ministro do Trabalho pode ser demitido hoje”. O Estadão, em sua edição de 16 de fevereiro, à página 4, reproduziu as palavras desrespeitosas e ofensivas ao Ministro do Trabalho de conhecido colega nosso – desculpem-me a expressão, um parlapatão da Casa –, nos seguintes termos: “Se o PDT votar pelos R$560,00, o Lupi vai voltar a vender jornal”. Isso porque o Ministro Carlos Lupi, antes de assumir a Presidência Nacional do meu partido, o PDT, era dono de uma banca de jornais na cidade do Rio de Janeiro. É muito desrespeito! Não poderíamos ouvir tudo isso calados. Fevereiro de 2011 Portanto, estou aqui, nesta a tribuna, Sr. Presidente, para dizer que pertenço a um partido que tem princípios, pertenço a um partido que tem programa, pertenço a um partido que tem uma história que nos enche de orgulho. Enganam-se os que pensam que nos vendemos por um prato de lentilhas, como gostava de dizer o meu saudoso líder, Leonel Brizola. Equivocam-se aqueles que pensam que o PDT está no Governo para usufruir de cargos e benesses. Aceitamos o convite do Presidente Lula para participar do seu segundo mandato e apoiamos a então candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, para contribuirmos com a construção de um Brasil melhor, com mais igualdade e com justiça social. O Ministério sob o nosso comando tem sido responsável pela condução de uma política de trabalho e emprego com resultados excepcionais – isso é inegável! Basta referir que fechamos o ano de 2010 com um recorde jamais verificado na história do Brasil: a criação, em apenas um ano, de 2.524.678 empregos com carteira assinada. Dificilmente, meu colega Luiz Couto, alguma Pasta rendeu tanto, e permitiu que o Presidente Lula deixasse o poder com os altíssimos índices de popularidade que hoje ostenta, quanto o Ministério do Trabalho e Emprego, sob o comando do PDT, pelas suas ações e programas em benefício do trabalhador brasileiro. O Presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, homem honrado, leal e competente, não merece o tratamento recebido da mídia nesses últimos dias. Nós, seus companheiros, queremos desagravá-lo publicamente, dizendo, em primeiro lugar, que Lupi não precisa de emprego como alguns pensam. Em segundo, afirmamos em alto e bom som que o PDT não é nem nunca foi um partido fisiológico. Respeitamos os que votaram no salário mínimo de R$545,00 com o argumento de que são da base do Governo e devem fidelidade a ele – dois terços da nossa própria bancada assim votou. Repito: respeitamos essa posição. Mas, nós que votamos pelos R$560,00 exigimos o mesmo respeito. Um terço da bancada do PDT votou pelo salário mínimo de R$560,00. Fui um desses nove votos e não aceito, Sr. Presidente e colegas Deputados, o carimbo de infiel. Fiz campanha pela Presidente Dilma Rousseff no primeiro e segundo turnos: não fiz um santinho – aqui está o meu conterrâneo, que sabe disto –, não fiz um cartaz, não fiz uma faixa sequer que não tivesse o nome dela, abri e sustentei comitês de campanha Rio Grande afora pela candidatura de Dilma Rousseff. Agora, sou “infiel”, porque votei um salário mínimo de R$560,00? E os que se agarraram no pescoço de José Serra, a campanha inteira, mesmo tendo o Presidente do seu partido como candidato a Vice da Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Presidente Dilma Rousseff, mas votaram unidos pelos R$545,00 são os fiéis? São esses os leais? E eu o infiel e desleal? Isso é inaceitável! Não podemos aceitar esse tipo de comportamento. Sr. Presidente, colegas Deputados, para quem não me conhece o suficiente, quero aqui declarar que sou um trabalhista por convicção – os gaúchos o sabem. Filiei-me ao Partido Democrático Trabalhista – PDT em 1981. Aos 21 anos de idade, filiei-me ao meu primeiro e único partido. Entre a fidelidade ao Governo e a lealdade à luta do trabalhismo pela valorização do salário mínimo, eu, profundamente identificado e comprometido com um história que me enche de orgulho, não titubeei: fiquei ao lado dos trabalhadores. Votei pelo salário mínimo de R$560,00, repito, por respeito e por identidade com a história do trabalhismo. Votei por um salário maior em homenagem a João Goulart, Ministro do Trabalho de Getúlio Vargas no período de junho de 1953 a fevereiro de 1954. E sabem por que Jango foi exonerado do cargo de Ministro há exatos 57 anos? Porque propôs dobrar o valor do salário mínimo, um reajuste de 100%. O salário mínimo era de CR$1.200,00, e Jango queria passá-lo para CR$2.400,00 – a moeda da época era o cruzeiro. Por isso Jango caiu naquele mês de fevereiro de 1954. Pouco tempo depois, porém, no dia 1º de maio daquele fatídico ano de 1954, fiel a seus compromissos com os trabalhadores, Getúlio Vargas anunciou um novo salário mínimo: o mesmo de Jango, 100% maior. E o episódio ficou na história. Votei em homenagem ao Jango, como disse, mas também votei por um salário mínimo maior em homenagem ao nosso fundador, o maior estadista que este País já teve, o Presidente Getúlio Vargas, que, em sua Carta-Testamento, a nossa bíblia, a bíblia dos trabalhistas, naquele 24 de agosto de 1954, escreveu “Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios”. Essa foi uma entre tantas denúncias que fez no seu documento histórico. Votei, Sr. Presidente, em homenagem a Getúlio e o Jango, mas também votei por um salário mínimo maior em homenagem ao meu querido e saudoso líder, Leonel de Moura Brizola. Brizola faleceu no dia 21 de junho de 2004. Um mês antes, em maio daquele ano, publicou seu último “tijolão” – apelido dado a seus famosos artigos publicados como “a pedidos” nos principais jornais do País, posicionando-se sobre os grandes temas da atualidade. Pois o último “tijolão” de Leonel Brizola foi exatamente sobre salário mínimo. Foram estas as suas palavras: “Escrevo horas antes da votação, pela Câmara dos Deputados, do vergonhoso salário mínimo de Terça-feira 22 08641 R$260,00 proposto por Lula. Será surpresa se ocorrer o improvável e a maioria dos parlamentares não se curvar às pressões do Planalto,” – vejam a atualidade – “que ameaça retaliar e punir aqueles que, ao contrário do Presidente, honrem seus compromissos com os eleitores”. É claro que o Governador Brizola escreveu este texto de acordo com a conjuntura da época – estávamos no ano de 2004. Não desconhecemos, e seríamos injustos se assim procedêssemos, que o Presidente Lula, considerando os seus 8 anos de mandato, acabou concedendo, ao final do seu período na Presidência, um aumento real de 53,67% ao salário mínimo, o que é digno de reconhecimento e de elogio. Também merece o nosso aplauso a política de valorização do salário mínimo ora institucionalizada pela Presidente Dilma, que garante, até 2015, a manutenção do poder de compra, com reajustes pelo INPC, e a concessão de aumentos reais ao salário mínimo, com base no crescimento real do PIB medido pelo IBGE. Votamos a favor dessa política. Aliás, a votação foi simbólica e unânime, e concordamos com ela. O que lamentamos, Sr. Presidente, colegas Deputados, é a insensibilidade do Governo e, eu diria, da sua equipe econômica em relação à proposta sustentada pelo PDT, que previa 15 reais a mais para o salário mínimo, a título de antecipação do reajuste que será concedido em 2012. Ou seja, defendíamos uma proposta responsável e viável, que garantiria aumento real ao salário mínimo sem comprometer a meta de controle da inflação. A propósito, quero dizer que fiquei muito feliz ao ler na imprensa, no fim de semana, que o meu conterrâneo, o Senador petista Paulo Paim, vai apresentar na Câmara Alta proposta nesse mesmo sentido. Outro fato lastimável desse episódio são, repito, as ameaças de retaliação atribuídas genericamente ao Palácio do Planalto, insistentemente veiculadas pela imprensa nos últimos dias. Sinceramente, Sr. Presidente, colegas Deputados, não acredito – estou dizendo isso com muita sinceridade – que essa postura inaceitável tenha o aval da Presidente Dilma Rousseff. Conheço a Presidente Dilma há 30 anos, tive o privilégio de conviver com S.Exa. especialmente nas décadas de 80 e 90 do século passado, quando militamos juntos no PDT. Por conhecê-la de perto é que abracei, com entusiasmo, a sua candidatura à Presidência da República desde a primeira hora. Por conhecer o seu caráter, tenho certeza absoluta de que não partem da Presidente Dilma esses recadinhos e ameaças. Como bem afirmou o Líder da nossa bancada, Deputado Giovanni Queiroz, somos aliados, mas não 08642 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS somos subalternos. Abraçamos a candidatura Dilma e estamos no seu Governo por identidade política e ideológica com um projeto, não para abocanhar cargos. Nossa fidelidade, a Presidente terá sempre. Mas não nos peçam – a mim, pelo menos – para votarmos em desacordo com os nossos compromissos históricos com os trabalhadores. Para nós, trabalhistas, não há causa que nos toque mais fundo do que a valorização do salário mínimo. A Presidente Dilma sabe muito bem disso; afinal, o seu berço político é o mesmo nosso: a sua formação é trabalhista. Ao abraçar a causa de um salário mínimo justo, abraçamos a causa dos menos favorecidos, dos que mais precisam, de milhões de pessoas para as quais R$15,00 a mais no fim do mês é, sim, um importantíssimo reforço no orçamento doméstico. O salário mínimo de R$560,00, pelo qual lutamos, significaria um reajuste de cerca de 10% e um aumento real de apenas 3%, e ainda a título de antecipação. Recentemente, nós, Deputados e Senadores, concedemos um reajuste de 61% aos nossos próprios vencimentos, mas não fomos capazes de melhorar a proposta do Governo para o salário mínimo. Sinceramente, considero isso lamentável. Ademais, é bom reiterar que a emenda do PDT, liderada pelo colega Deputado Paulo Pereira da Silva, propunha aumento real sob a forma de adiantamento, que seria descontado no reajuste de 2012, quando o salário mínimo, nas palavras do próprio Ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Comissão Geral que realizamos para discutir o tema, chegará a R$616,00. O que nos custava pagar agora aos trabalhadores parte desses R$616,00? A proposta do PDT, portanto – e vejo aqui o colega Deputado Amauri Teixeira, que há pouco falou da tribuna sobre o mesmo tema –, era viável e responsável. Concederíamos agora R$15,00 e, repito, compensaríamos no reajuste de 2012. Infelizmente, a nossa emenda não foi sequer apreciada. Por quê? Porque houve a retirada de assinatura de apoiamento por parte do Líder dos Democratas, mais preocupado em marcar posição política, a exemplo da postura do PSDB, que propôs um salário mínimo de R$600,00, mesmo sabendo que a possibilidade de aprovação era nenhuma. Finalizo, Sr. Presidente e colegas Deputados, nos minutos que me restam, reafirmando o meu compromisso com o povo trabalhador brasileiro de exercer o meu mandato tendo como bússola o respeito aos princípios e ao programa do PDT. O programa do Partido Democrático Trabalhista afirma com todas as letras o primado do trabalho sobre Fevereiro de 2011 o capital e diz que é nosso compromisso básico lutar por um salário justo para os trabalhadores. Assim, eu não poderia ter votado de outra forma. Votei com o programa do meu partido e com a causa histórica do trabalhismo. Por isso estou com a consciência tranquila. Quando se vota um tema como o salário mínimo, colegas, o que está em jogo é muito mais do que o valor que o trabalhador receberá no fim do mês. O que está em jogo, na verdade, são princípios, e princípios não se negociam. De um lado, ficarão sempre, como sempre ficaram ao longo da história, os representantes das elites, os conservadores, com suas teses de que salário gera inflação, de que os cofres da Previdência não suportam aumentos reais para o salário mínimo – enfim, toda aquela cantilena que conhecemos. Do outro lado, estamos nós, os Parlamentares comprometidos com as lutas dos trabalhadores, sustentando, com muita firmeza e convicção, que não há ferramenta mais eficaz para a redução da pobreza e a desconcentração de renda do que o aumento do salário mínimo. Vou repetir porque isso é de extrema importância: não há, colega Deputado Luiz Couto, instrumento mais eficaz para combater a pobreza, meta número um da Presidente Dilma, e desconcentrar a renda do que aumento real para o salário mínimo. Aliás, diz a Constituição brasileira, a nossa lei maior – eu a trouxe à tribuna –, em seu art. 7º, inciso IV, que é direito dos trabalhadores urbanos e rurais receber um salário mínimo, “nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidade vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo”. Alguns perguntarão: “Mas que valor é esse?” O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE calculou o salário necessário – eu diria salário constitucional – em R$2.227,53. O salário aprovado pela Câmara, R$545,00, é quatro vezes menor, ou seja, é um de quarto do valor que deveria ter – um salário, portanto, que está longe do valor ordenado pela nossa Constituição. Mas, Sr. Presidente e colegas Deputados, a luta continua. Quero dizer ao companheiro de bancada Deputado Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força e Presidente de uma das mais representativas centrais sindicais do País, a Força Sindical, bem como ao Presidente da CUT e líderes das demais centrais sindicais que não esmoreçam. Com coerência e muita Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS firmeza, características próprias daqueles que lutam cheios de ideais, haveremos de vencer. O salário mínimo ainda terá um valor justo, e, quando esse dia chegar, poderemos bater no peito e exclamar, com orgulho: “Fizemos a nossa parte para construir um Brasil melhor, com mais igualdade e justiça social; lutamos por um valor digno para o salário mínimo; lutamos ao lado do povo trabalhador brasileiro”. Muito obrigado, Sr. Presidente e colegas Deputados. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra à Deputada Erika Kokay, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT. S.Exa. dispõe de até 10 minutos. A SRA. ERIKA KOKAY (PT-DF. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, não tenho dúvida de que hoje posso bater no peito e dizer: “Estou construindo um Brasil melhor, estou construindo um Brasil com distribuição de renda; estou fazendo parte, porque a história é muito generosa, da experiência de vivermos no regime democrático com distribuição de renda; estou fazendo parte da construção, verdadeiramente, de uma política de valorização do salário mínimo”. Faço isso, o meu partido, o Partido dos Trabalhadores, faz isso homenageando Getúlio Vargas, homenageando tantos trabalhadores e tantas trabalhadoras deste País vítimas das marcas das casas grandes e senzalas. Estamos fazendo parte de uma revolução silenciosa, que elegeu o primeiro Presidente operário, o qual, ainda nos idos de 1978, dizia: “Não ousem duvidar da capacidade de luta e de transformação da classe trabalhadora”. Essa classe trabalhadora lotou tantas vezes este Congresso e deixou tantas vezes a sua marca na Esplanada para lutarmos por um salário mínimo de 100 dólares. Hoje temos um salário mínimo de 326 dólares. Esse é o salário mínimo que faz a sua homenagem, na sua cavalgada para chegarmos ao salário proposto e calculado pelo DIEESE, de 2.200 reais ou um pouco mais. Por isso, Sr. Presidente, carrego muito orgulho. Carrego orgulho de ter votado, na semana passada, nessa proposta de valorização do salário mínimo. Carrego orgulho de não ter caído nos cantos da sereia e de ter apostado em uma política que não seja uma vitória de Pirro, mas uma política sustentável, que vá fazendo com que o salário mínimo atinja os seus índices e o seu valor constitucional. É preciso que relembremos e lembremos sempre que o ser humano é um ser histórico. Não somos seres do aqui e do agora. Essa peculiaridade humana que nos diferencia de outros seres vivos envolve uma Terça-feira 22 08643 série de condições; uma delas é a de sermos seres históricos, fruto das relações construídas no dia a dia. A proposta aprovada por esta Casa na semana passada é ombreada com os trabalhadores, é uma proposta que valoriza um acordo firmado e tecido com os fios da esperança, com os fios da dor, com os fios da luta dos trabalhadores deste País. Por isso, não tenho nenhum tipo de pejo, não tenho nenhum tipo de olhar desviado ao dizer que votei na proposta do Governo Dilma, porque está tirando o Brasil do atraso, porque é preciso que este País vivencie as suas diversas etapas. O Brasil não faz luto, e é preciso que o faça. Saímos da escravidão sem fazer o luto necessário para que pudéssemos fechar os ciclos e sair sem rupturas. Saímos do Império também sem fazer o luto necessário. Saímos da ditadura militar sem que fosse feito o luto para que pudéssemos vivenciar o que o Brasil sofreu durante os anos da ditadura e fechar os ciclos. Diz Freud que quando se reprime há um retorno do reprimido. Agora, Sr. Presidente – V.Exa. que se caracteriza pela luta incansável em defesa dos direitos humanos –, estamos vendo uma atuação da Polícia Federal, que está desbaratando grupos de extermínio ligados à Polícia Militar no Entorno do Distrito Federal, a poucos quilômetros da Capital da República. É o retorno das experiências de uma ditadura na qual um ser humano era coisificado e poderia ser eliminado, o retorno de uma experiência de ausência de pertencimento. Por isso digo que, quando o Governo Federal encaminha a esta Casa uma proposta para que criemos a Comissão da Verdade, estamos apontando para a perspectiva de entender o que aconteceu durante a ditadura militar, de passar a limpo esse período, para que possamos prosseguir sem estar tropeçando em pedaços dessa própria ditadura, como estamos fazendo hoje, quando se descobre grupos de extermínio e tantas outras expressões de violência, de desumanização do próprio ser humano, que arranca dele a sua própria alma. Por isso não é qualquer coisa, Sr. Presidente, a proposta de criarmos uma Comissão da Verdade. Isso significa analisar com profundidade para que possamos fazer os lutos e construir, de fato, uma democracia que ainda não se instalou neste País com a necessidade que o povo e a própria existência humana exigem. Para que possamos construir uma democracia, é preciso entender o que aconteceu durante a ditadura militar para que ela não retorne, é preciso que tenhamos igualdade de direitos neste País, que as religiões, inclusive as de matriz africana, possam se manifestar 08644 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com toda liberdade, porque a religiosidade é um exercício e uma peculiaridade humana. É preciso que as mulheres não sejam vítimas de violência, como têm sido neste País, onde a cada 15 segundos uma mulher carrega uma violência, seja a que deixa marcas na pele, seja a que deixa apenas marcas na alma, mas que fere a construção plena da cidadania e da própria dignidade humana. Para vivermos numa democracia, não podemos aceitar que houve uma ditadura militar neste País. Assim, poderemos analisar o que aconteceu neste País acerca da ausência de pertencimento. Quantos de nós fomos proibidos de colocar o verde e o amarelo no rosto ou na roupa porque o País não nos pertencia? Essa não pode ser uma página virada, porque não se viram páginas dessa forma! Dessa forma, vamos tropeçar nos resquícios, nos pedaços do que vivenciou o País durante todos estes anos. Sr. Presidente, estamos aqui para lembrar a nossa condição histórica e vivenciar a história deste País marcado por tantas casas grandes e senzalas. Aqueles que se sentiam donos da terra também se sentiam donos das mulheres, também se sentiam donos das crianças, também se sentiam donos dos recursos públicos. O patrimonialismo que caracterizou o tomar conta do País, a posse ilegal de terra e de pessoas é o pai de todas as formas de discriminação que vivenciamos no dia de hoje. O machismo, o sexismo é filho direto e dileto do patrimonialismo. As formas de discriminação pela etnia, pela forma de ser, pela forma de amar são frutos diretos e diletos do patrimonialismo. Sr. Presidente, muito mais do que analisar a própria ditadura militar, esse período da história brasileira que nos fez sangrar, a Comissão da Verdade pretende ter um olhar com profundidade sobre a nossa própria história para que possamos definitivamente bater no peito e dizer que vivemos, sem nenhuma dúvida, na mais profunda democracia, que vivemos, sem nenhuma dúvida, num país, como dizem os poetas, dentro do qual todos cabem, num país do qual ninguém se sente excluído, no qual ninguém se sente diminuído e vítima de violência, ������������������������������������������ que é a diminuição do outro enquanto outro, é a anulação do outro enquanto outro. A violência deixa marcas que precisam ser analisadas para que possamos dizer que a ditadura militar é coisa do passado. ������������������������������������ Não vamos tropeçar nela, em seus pedaços, nas esquinas, nos órgãos públicos. Enfim, não vamos tropeçar nos seus pedaços, na falta de consciência generalizada e profunda do povo. Estamos aqui para dizer: é preciso que esta Casa aprove a Comissão da Verdade, para que, a partir daí, possamos tecer uma democracia de fato e fazer o luto Fevereiro de 2011 necessário à ditadura militar, que embotou a ciência, a cultura, a arte e a própria dignidade humana. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Deputada Erika Kokay, quero parabenizá‑la pelo pronunciamento e a ele me associar. Aproveito a oportunidade para dizer que esta Comissão da Verdade é também da memória histórica e da realização da justiça. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Átila Lins, para uma Comunicação de Liderança, pelo PMDB. S.Exa. dispõe de 9 minutos, mas prometeu falar só 5 minutos. O SR. ÁTILA LINS (PMDB-AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Em homenagem ao Deputado Miriquinho, meu companheiro da região amazônica, lá do Estado do Pará. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para dizer que o Líder do meu partido, Deputado Henrique Eduardo Alves, decidiu, a cada semana, debater com a bancada temas importantes para o nosso País. Na quarta-feira passada, no âmbito da bancada do PMDB, tivemos a presença do Vice-Presidente da República e Presidente licenciado do nosso partido, Michel Temer, para um debate sobre a reforma política. Na ocasião, debatemos as ideias mais importantes, pontuando aquilo que o PMDB, na visão do Vice-Presidente da República e também na visão da maioria dos Deputados do PMDB, acredita ser possível aprovar nesta Casa. Há alguns temas, alguns itens da reforma política que poderiam merecer, portanto, a aprovação do Plenário desta Casa. Esse debate tratou do voto majoritário, da abertura da possibilidade da mudança de partido – uma janela para a possibilidade de se fazer a troca partidária nos últimos 6 meses do mandato –, da possibilidade de provocarmos a coincidência dos mandatos, fazendo com que as eleições de 2012 tenham a duração de 2 anos, para que, em 2014, a coincidência aconteça, ou que os mandatos dos Prefeitos e Vereadores eleitos em 2012 tenham a duração de 6 anos, para que a coincidência aconteça em 2018. Foram temas assim que começamos a debater a respeito da reforma política. Sr. Presidente, na próxima quarta-feira, vamos debater a reforma tributária, como o PMDB está vendo a reforma tributária. Especialistas na área já foram convidados. Nosso companheiro de partido, Deputado Edinho Bez, é quem está coordenando o debate que será travado pela bancada do PMDB. Depois, na primeira quarta-feira após o carnaval, vamos debater a questão da saúde, a regulamentação da Emenda nº 29, enfim, debateremos de que maneira o PMDB pode contribuir para um financiamento me- Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS lhor – tão reivindicado, tão reclamado – para a saúde pública do País. No dia 23 teremos um debate sobre a segurança pública. O Líder me pediu que coordenasse esse debate. Essa coordenação foi uma homenagem que recebi exatamente pelo fato de ter sido representante do PMDB na Comissão Especial que debateu a Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, que trata da criação do piso salarial dos policiais civis, dos policiais militares e dos bombeiros militares. Convidaremos o Ministro da Justiça, nosso ex-colega, o ex-Deputado José Eduardo Cardozo, autoridades especializadas na área e faremos um amplo debate sobre a segurança pública, incluindo aí a PEC 300, que já votamos em primeiro turno e precisamos votar em segundo turNº Daí para frente, a Presidenta Dilma terá 6 meses para encaminhar à Casa projeto de lei complementar determinando o valor do piso salarial dos policiais civis, dos policiais militares e bombeiros militares. Portanto, esse debate da bancada do PMDB será muito importante para deixar bem claro que o nosso partido tomará dianteira na questão da segurança pública, não apenas com relação à questão salarial, o que reputamos da maior importância, mas também a outros aspectos, como contrabando de armas e de drogas, enfim, tudo o que diz respeito à segurança pública, mas daremos prioridade à questão salarial, que entendemos como item importantíssimo para a melhoria da segurança pública em nosso País. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Muito obrigado, Deputado Átila Lins. Parabenizo V.Exa. por esse ciclo de debates. Esta é a Casa de debates. Muitas vezes ficamos apegados a picuinhas, quando, na realidade, a principal atribuição do Parlamento é debater os grandes temas e transformá-los em proposições que possam melhorar a vida do povo brasileiro. Parabenizo V.Exa. pelo pronunciamento. Como V.Exa. é conhecedor da realidade da segurança pública, o debate será muito profundo. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Miriquinho Batista, do PT do Pará. S.Exa. dispõe de até 25 minutos. O SR. MIRIQUINHO BATISTA (PT-PA. Sem revisão do orador.) – ������������������������������������ Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, funcionários da Casa, membros da imprensa, é com muita honra e satisfação que faço meu primeiro pronunciamento na Câmara Federal. Quero inicialmente agradecer a Deus a oportunidade de estar aqui e agradecer ao povo do Pará os 126.055 votos que me trouxeram a esta Casa para representá-lo. Quero agradecer aos meus amigos e a Terça-feira 22 08645 todos aqueles que, juntos, estiveram nesta campanha. Agradeço ainda à minha equipe, uma equipe guerreira, de homens e mulheres que souberam caminhar e trazer não para mim, mas para todo o povo paraense essa vitória de nos transformar em Deputado Federal. Quero também me apresentar. Sou oriundo da Amazônia. Sou paraense, nascido em Abaetetuba, famoso pela fabricação de cachaça, pelo brinquedo de miriti e por tantas outras coisas boas e bonitas que existem nesse belo Município. Sou de uma família numerosa, de nove irmãos. Sou filho de trabalhador rural e a minha mãe era parteira. Apesar de todas as dificuldades da vida – os trabalhadores, de uma maneira geral, têm dificuldades –, eu me dediquei aos estudos e consegui me formar. Sou professor da rede pública do meu Estado, hoje licenciado para desempenhar a minha atividade parlamentar. Venho do movimento estudantil. Foi nesse movimento que aprendi a lutar, que as lutas se iniciaram na minha vida. Conseguimos várias vitórias no Estado do Pará, entre elas a meia passagem para os estudantes. Essa conquista se deu graças à luta do movimento estudantil. Venho da Pastoral da Juventude, entidade que também contribuiu muito para o meu trabalho coletivo, para a minha dedicação coletiva. Venho também do movimento sindical. Como sindicalista, trabalhei e ajudei a fundar o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, sendo o seu primeiro vice-presidente. Obtivemos várias conquistas. Participamos de vários debates para a melhoria da qualidade do ensino no Estado do Pará, inclusive para a melhoria salarial e para a melhoria da formação dos trabalhadores na educação. Já desempenhei vários cargos públicos, Sr. Presidente. Eu fui Deputado Estadual por três mandatos – a partir de 1990 exerci o primeiro deles. Depois, no Governo do Partido dos Trabalhadores, partido que me honra e que me deu muitas oportunidades, inclusive de aprendizado, fui Secretário de Administração na Prefeitura de Belém. Na ocasião, conseguimos fazer debates importantes para o serviço público, entre eles a valorização dos servidores públicos do Município. Conseguimos, inclusive, ao levantar o perfil desses servidores, detectar que havia na Prefeitura de Belém funcionários públicos analfabetos. Demos a eles oportunidade para que estudassem, para que desenvolvessem suas atividades, cada vez melhor, a serviço da população de Belém. Quando saí da Secretaria, não havia sequer um servidor público analfabeto. Para mim, essa foi uma grande contribuição para a população e para os servidores públicos. 08646 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Em 2003, com a eleição do Presidente Lula, fui convidado a assumir a Gerência Regional Norte da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, hoje Ministério da Pesca, para administrar a área na região amazônica. Ao dirigir esse trabalho nos Estados do Pará, Tocantins, Amapá, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas, fizemos debates sobre o setor pesqueiro. Organizamos o setor, trabalhando tanto a indústria pesqueira, a pesca artesanal, a piscicultura, quanto a aquicultura, de uma maneira geral. Orgulho-me muito de ter participado e contribuído para o Governo Lula com essa conquista importante. Antes do Presidente Lula, o setor pesqueiro no Brasil sequer era reconhecido, até mesmo seus trabalhadores. A dívida social com os pescadores era tão grande – e ainda é – que um grande percentual de pescadores no Brasil, infelizmente, ainda não era alfabetizado. Criamos o programa Pescando Letras, alfabetizamos uma série de pescadores, mas precisamos continuar esse trabalho. Quantas correspondências recebemos dos pescadores que disseram que querem continuar participando desse programa, para que possam se desenvolver e também ter seus direitos de comercializar e aumentar sua produção cada vez mais? Na condição de Deputado Estadual, na última Legislatura, fui 1º Secretário da Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Lá, inclusive, debatemos e criamos o plano de cargos e salários dos servidores daquela Casa. Isso foi importante para regularizar a vida daqueles servidores. Hoje, estou aqui, na Câmara Federal, e quero contribuir com os grandes debates nacionais, com o debate da Amazônia, da maneira como ela é, falando da sua adversidade, do seu encanto, do seu povo esperançoso, que quer cada vez mais espaço e condições para viver melhor. Quero fazer o debate do custo amazônico, do seu desenvolvimento. Quero fazer o debate do Pará, que tem inclusive demonstrado, no seu desenvolvimento, seja na mineração, seja na pesca, seja na produção agrícola, ser um Estado importante, com seu tamanho, com sua adversidade. Nem percebemos que, para sair de Belém e ir a Conceição do Araguaia, é preciso andar 1.100 quilômetros, Presidente. E a adversidade que é a Ilha do Marajó! Às vezes, dizemos que é uma ilha, quando é um arquipélago. Esse assunto precisa ser debatido, para trabalharmos o desenvolvimento, a fim de que aquele povo consiga viver bem e cada vez melhor. O Pará é rico. O Pará tem seus rios. O Pará tem seus lagos. O Pará tem suas costas. O Pará tem uma área geográfica muito grande. Nós precisamos debater o desenvolvimento do Estado a partir do povo paraense, que pensa e quer um Pará melhor para se viver. Fevereiro de 2011 Quero contribuir com este debate para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, do amazônico e do paraense. Sr. Presidente, destaco que, ainda como estudante e como professor, nós conseguimos fazer um debate sobre a Universidade Federal do Pará, pois não aceitavam que ela se chamasse Universidade Federal de Belém. Discutimos e coordenamos a luta para levar a universidade ao interior, e levamos os campi universitários ao interior. Quero aqui contribuir para avançarmos além dos campi, continuando a política do Presidente Lula de implantar universidades nas regiões do Estado do Pará. Já implantamos no oeste paraense, em Santarém, e queremos no sul, queremos na região tocantina e guajarina, queremos na região do Marajó, assim como na região do Salgado. Queremos ampliar o número de universidades federais naquele continente que é o nosso Estado do Pará. Quero trazer a debate nesta Casa, Sr. Presidente, uma lei que fiz no Pará. Quero trazer esse debate para cá, para transformá-la em lei nacional. A lei dispõe sobre a isenção de pagamento da taxa do licenciamento para a produção na piscicultura e beneficia o pequeno piscicultor, para que ele possa produzir, criar pescados, comercializá-los e ser isento de pagamento de taxas, por ser pequeno Fiz isso no meu Estado. Contribuí para o desenvolvimento do Estado, tendo desenvolvido, inclusive, programas importantes de piscicultura no lago de Tucuruí. E queremos avançar em todo o Estado do Pará. Quero trazer minha experiência para cá. Vou apresentar a lei que citei, propondo essa isenção para que os pequenos piscicultores possam trabalhar dentro da legalidade na criação de peixes e, assim, desenvolver e produzir alimentos para a população brasileira. Quero também trabalhar para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Com esse intuito, com essa dedicação, com esse empenho quero trazer para cá a pouca experiência que tenho. Quero fazer isso humildemente e, quem sabe, conseguir mudar este importante espaço, para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Com esse objetivo, quero traçar o meu perfil como Deputado Federal. Desejo, ainda, discutir a educação como educador, pensando no avanço educacional e dando aos trabalhadores na educação e ao estudante oportunidade de melhor qualidade de ensino, para que possam desenvolver-se. Quero avançar em relação às universidades e trabalhar na educação no campo, para que tragam do campo o conhecimento e ajudem cada vez mais o País a se desenvolver e crescer. Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Tenho o intuito de contribuir para o meu País, para o meu Estado. Quero contribuir para que a população brasileira possa reconhecer que esta Casa tem preocupação com a melhoria da qualidade de vida do nosso povo. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estou aqui com a maior boa vontade, mas boa vontade não basta. Trago também a minha dedicação, o meu esforço, para debatermos com a população o que estamos pensando e transformar esse pensamento em ações que melhorem a qualidade de vida do nosso povo. É com esse objetivo que estou aqui. Nesse sentido, inicio meu trabalho com este pronunciamento, dizendo ao povo brasileiro que desejo contribuir e ver o Brasil crescer ainda mais. Sei que estamos no caminho certo. O Presidente Lula deu o rumo, e agora a Presidenta Dilma continua o trabalho. Não tenho dúvida de que S.Exa. vai fazer muito pelo País. No meu Estado, e na maioria dos Estados, temos que dar continuidade a programas e políticas que estão dando certo, como o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida. Esses programas são muito importantes, quando se trata de políticas voltadas para os pequenos. E refiro-me principalmente aos ribeirinhos da Amazônia, que têm muitas dificuldades e não têm sequer onde morar, porque as casas daqueles cidadãos são indignas. O Governo está trabalhando exatamente para oferecer melhorias na qualidade de vida do nosso povo. É com essa vontade e essa dedicação que estou aqui. Quero dizer a todas as Sras. Deputadas e a todos os Srs. Deputados que quero contribuir e aprender muito com as senhoras e os senhores. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Deputado Miriquinho Batista, quero parabenizá-lo pelo pronunciamento e dizer a V.Exa. que, com sua história e experiência, terá muito a contribuir para os debates desta Casa. Parabéns pelo pronunciamento! PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com muita honra e satisfação que faço meu primeiro pronunciamento nesta Casa. Sou oriundo do extremo Norte do Brasil, da região amazônica, paraense nascido em Abaetetuba – aliás, famoso pela sua gostosa cachaça e pelo seu artesanato de miriti. Vim de uma família modesta e numerosa. Somos nove filhos de um trabalhador rural e de mãe parteira. Considero-me produto de um povo pluriétnico mara- Terça-feira 22 08647 vilhoso! Sou matemático e professor da rede pública do Estado do Pará há 27 anos. Minha trajetória política sempre foi pautada pelo processo coletivo, onde meus companheiros e companheiras tiveram participação fundamental. Iniciei a militância política no movimento estudantil. Participei ativamente da luta pela meia passagem em Belém, e esse direito foi assegurado. Depois, como professor e sindicalista, fui um dos fundadores da Associação dos Profissionais da Educação Pública do Pará – APEPA, hoje Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará – SINTEPP. Ainda nesse sentido, empenhei-me intensamente na luta pelo processo de interiorização da universidade, pela expansão desse benefício educacional para a qualificação da população interiorana do Estado do Pará. A universidade tinha um único campus, localizado no bairro do Guamá, em Belém, o que dificultava o acesso das pessoas de outros Municípios. Ocupo pela primeira vez esta tribuna para me manifestar diante deste Poder, cujos integrantes exercem um significativo e decisivo papel para os destinos da população brasileira. Confesso que esta honra é um direito e um privilégio, e eu a devo principalmente aos 126.055 votos que tive nos 138 Municípios paraenses, onde um conjunto de pessoas – amigo, familiares, militantes políticos e tantos outros – transformou a minha eleição numa realidade, apesar da grande dificuldade de infraestrutura que tivemos para obter êxito. Junto com meus parceiros e parceiras engajados na campanha, fomos guerreiros e guerreiras e construímos esse resultado, que não é nosso, mas de todo o povo brasileiro, sobretudo da população amazônida e paraense. Foi também uma eleição cuja magnitude comprova o grau de capilaridade e desenvolvimento da campanha, pois fizemos isso em um Estado como o Pará, com proporções gigantescas. O Pará é o segundo maior Estado do Brasil e também o maior Estado da Amazônia, com a bacia hidrográfica formada por mais de 20 mil quilômetros de rios, que muitas vezes são as nossas “ruas”. É um Estado belo e riquíssimo, com grande potencial e cuja balança comercial iniciou o ano de 2011 com saldo positivo superior a 1 bilhão de reais, segundo dados divulgados no último dia 16 de fevereiro pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC. Com esse resultado, o Pará fica na segunda colocação no ranking nacional de comércio exterior, atrás apenas de Minas Gerais. Na disputa entre os Estados brasileiros com maior negociação junto ao mercado externo, o Pará ocupa a quarta colocação no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 08648 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Voltando à minha trajetória política, tive a oportunidade, junto com outros companheiros do Estado, em especial a grande liderança do PT, o ex-Deputado Federal Paulo Rocha, de participar da fundação do Partido dos Trabalhadores no Município de Abaetetuba, na época em que Lula coordenou nacionalmente o processo de fundação e organização do PT. Exerci o cargo de Secretário Municipal de Belém no período do Governo Popular do PT. Resgatamos os concursos públicos – marca dos governos petistas –, que há anos não eram realizados. Com a política de valorização dos servidores públicos, viabilizamos direitos importantes para o funcionalismo municipal, como a capacitação e formação dos servidores, muitos dos quais não sabiam ler nem escrever. Na Assembleia Legislativa do Pará, fui Deputado Estadual por 3 mandatos consecutivos. Na última legislatura, ocupei o cargo de 1º Secretário por 2 biênios, tendo sido escolhido de forma consensual. Exerci essa função sempre orientado pelo compromisso com meu partido, o PT, pelo respeito para com todos os Deputados e Deputadas Estaduais e pela ética no trato da coisa pública, entendendo esta como um direito fundamental de toda a sociedade, sobretudo daquelas parcelas e/ou estratos sociais mais carentes e excluídos da população paraense, cujos índices de desenvolvimento humano se apresentam aquém dos limites de uma condição digna de vida. Por isso, sempre procurei estabelecer uma relação respeitosa com o Poder Legislativo, com o Poder Executivo e com a sociedade como um todo, desenvolvendo uma atuação em defesa dos interesses da coletividade, apoiando, aprovando e sugerindo ações e projetos de interesse público, mantendo contato e constante diálogo com a base, principalmente com os movimentos sociais e outras organizações civis. Como exemplo do meu exercício parlamentar, vale citar a luta pelos direitos dos pescadores paraenses, com a criação da Lei nº 7.274, de 3 de junho de 2009, que isenta de taxas de licenciamento ambiental a piscicultura de pequeno porte, e a aprovação do Projeto de Lei nº 171, de 2008, que cria a Política de Assistência à Saúde do Pescador. Atuações no campo da cultura e do meio ambiente também marcaram o meu desempenho legislativo, frisando-se a Proposta de Emenda à Constituição nº 16, de 2009, que cria receita vinculada para a Cultura; a Lei nº 7.282, de 2009, que declara Patrimônio Cultural do Pará o Festival de Miriti de Abaetetuba; o Projeto de Lei nº 51, de 2009, que altera o Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado a fim de incluir e proteger o patrimônio arqueológico paraense; e o Projeto de Lei nº 78, de 2009, que cria reserva Fevereiro de 2011 legal em condomínios e conjuntos habitacionais para a preservação do patrimônio natural. Na área da educação, apresentei o Projeto de Lei nº 110, de 2008, que insere temáticas de segurança pública no currículo da educação básica. Consegui, através de moções e emendas parlamentares, levar os ensinos médio e fundamental para áreas desprovidas desse direito, como as ribeirinhas, além de emendar orçamentos para reforma e ampliação de escolas estaduais no interior do Estado do Pará. Fui também um dos principais articuladores da aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos profissionais da educação básica da rede pública de Ensino do Pará, o PCCR. Por outro lado, também procurei exercer mais intensamente o meu papel de “articulador político”, lutando para viabilizar uma gama de recursos federais para a execução de projetos nas regiões mais necessitadas do Estado e nos setores mais vulneráveis da população paraense. Nesse sentido, destacam-se as articulações junto ao Ministério da Previdência Social, auxiliando a Pasta na execução do Plano de Expansão da Rede de Atendimento (PEX), que está construindo 79 novas agências do INSS no Pará; e junto ao Programa Calha Norte, onde se conseguiu, a partir de uma sessão especial, juntar as partes interessadas com a gerência do programa e solucionar pendências para a realização de convênios importantes nas regiões do Marajó e do Baixo Amazonas, como a construção de escolas, espaços esportivos e sistemas de abastecimento de água. Durante o primeiro Governo do Presidente Lula, fui Superintendente Regional Norte de Pesca e Aquicultura do Governo Federal, abrangendo os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, com o propósito de evidenciar a pesca na pauta governamental, um anseio histórico do segmento pesqueiro, tanto dos pescadores artesanais e aquicultores quanto do setor empresarial. Hoje, a antiga Secretaria Especial, transformada em Ministério da Pesca e Aquicultura, acumula as prerrogativas que estavam espalhadas em outras Pastas, como Meio Ambiente e Agricultura, permitindo a articulação de ações como o Plano Amazônia Sustentável e o Mais Pesca e Aquicultura – dentro deste último está inserido o Programa de Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Setor Pesqueiro, que concede equipamentos fundamentais para a estruturação do setor. O Pará, que costumava estar atrás dos outros Estados na captação de recursos federais, passou a receber os maiores incentivos no âmbito da pesca, graças à articulação e relação junto à bancada paraense e ao então Ministro da Pesca, Altemir Gregolin, Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a quem foi concedido o título de Cidadão Paraense por força de decreto legislativo de minha autoria. Não à toa, mas graças a essa parceria, as associações e colônias de pesca do Pará receberam caminhões frigoríficos, fábricas de gelo, cozinhas comunitárias, lanchas voadeiras, facilitação no acesso ao combustível, entre outros benefícios fundamentais para os trabalhadores e empreendedores da pesca paraense. Ainda em sintonia com esse reflexo positivo, o recente Governo petista paraense, sob a gestão da Governadora Ana Júlia Carepa, criou a Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura – SEPAQ, cujo trabalho foi importante para colocar a pauta da pesca como uma das sua principais políticas públicas. Srs. Deputados e Sras. Deputadas aqui neste plenário, além da honra, já referida nesta manifestação, pelo direito coletivamente conquistado, também sou tomado por uma grande satisfação em exercer este mandato parlamentar, agora já como um dever, para além de um direito, em face do compromisso que devemos ter, cada um aqui presente, com todos aqueles e aquelas que nos delegaram essa prerrogativa legislativa, a que não devemos nos furtar; pelo contrário, devemos exercê-la com a consciência e a responsabilidade que essa tarefa exige, lutando para que a coisa pública seja um direito, de fato, de toda a população, através do seu usufruto, através de programas e ações que concorram concretamente para a melhoria da sua qualidade de vida. No atual contexto político brasileiro, marcado pela diferenciação social, econômica e cultural, devemos ter presente a manifestação da Presidenta eleita, Dilma Rousseff, quando da sua eleição, em defesa da erradicação da pobreza em nosso País. Esse desafio possui grandes proporções e seu propósito deve ser o de toda a sociedade, sobretudo das principais instituições deste País republicano, como é o caso, a saber, deste Poder Legislativo, independente da sua coloração partidária, étnica, religiosa e outras características mais. Para efeito de ilustração, faço parte da representação de um Estado, o Pará, que comporta regiões como o Arquipélago do Marajó, que, além de apresentar uma riquíssima beleza natural, também ostenta desafios de toda ordem, inerentes a todas as políticas públicas, referentes à sua população no sentido da necessidade de acesso a essas políticas e benefícios para a melhoria da sua qualidade de vida. São desafios dessa ordem, existentes em todo o País, que devem constituir a pauta de todos nós, numa agenda positiva – se é que somos, realmente, Parlamentares comprometidos com o desenvolvimento do Brasil em todas as suas dimensões. Terça-feira 22 08649 É com esta satisfação, portanto, a do dever por cumprir, que pretendo exercer este mandato ora a mim delegado com o firme propósito de ser digno desta representação popular. Um mandato aberto e frequente no seu diálogo com a sociedade, sobretudo com os seus estratos mais excluídos; vigoroso no fortalecimento dos movimentos sociais e a serviço da construção e atuação do meu partido, o PT. Por isso, tenho consciência desta Legislatura em nível nacional, amazônida e paraense, situada entre o Governo Federal de continuidade, com Dilma Rousseff, e o Governo Estadual de oposição, com Simão Jatene, mas sempre antenado com os interesses da população, que são o sustentáculo deste mandato. Tratando-se da relação com a sociedade, como um foco muito importante, pretendemos traduzi-la no sentido de buscar tornar público o acesso às políticas e benefícios que visam melhorar qualitativamente as condições de vida da população brasileira a partir do usufruto das políticas que lhes são de direito. Com esse intuito, buscaremos, cada vez mais, ampliar o nosso diálogo com os distintos e representativos setores do tecido social brasileiro – trabalhadores, empresários, estudantes, organizações, igrejas, órgãos públicos, gestores e Parlamentares –, ouvindo suas reivindicações e proposições na linha do que seja melhor para se atingir esse objetivo. Para tanto, o nosso mandato está alinhado com o projeto democrático e popular conduzido nos últimos 8 anos pelo PT, que defende a consolidação da economia nacional, o fomento da pequena produção com microcrédito, o aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores e a diversificação das relações comerciais do Brasil com outros polos mundiais, em sintonia com o papel protagonista e de expressão do País na comunidade internacional, como é o caso da sua articulação com os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Também defendemos a consolidação da rede de proteção social através de programas governamentais, como o Bolsa Família, o PROJOVEM, o PROUNI e outros similares. Isso sem falar sobre a necessidade da valorização, ampliação e implementação do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, com ênfase em suas obras estruturantes e sociais. De igual maneira, defendemos a importância das instituições públicas, resgatando a sua função social e expandindo sua atuação sobretudo nas áreas de educação e saúde e nas consideradas estratégicas, como as de minas e de energia, e do desenvolvimento alicerçado sobre o paradigma da sustentabilidade, com intenso combate ao desmatamento e defesa da preservação socioambiental, como é o caso do ecossistema da região amazônica. 08650 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Assim, para dar continuidade ao projeto de nação, nos propomos a atuar nos seguintes setores, dentre outros: 1) Educação, Ciência, Cultura e Juventude: – Implantação do Piso Salarial Nacional dos Professores; –���������������������������������������� Interiorização das universidades e institutos federais de educação profissional e tecnológica; – Viabilização de emendas orçamentárias para ampliar a oferta de vagas de pós‑graduação (mestrado e doutorado) nas universidades públicas da Amazônia; – Viabilização de emendas orçamentárias para aumentar o volume de recursos para pesquisa cientifica, através da canalização dos royalties da exploração dos serviços ambientais; – Apoio às pesquisas científicas para a diversificação das matrizes alternativas geradoras de energia; – Contribuir para a aprovação da nova lei federal de incentivo à cultura (Pró‑Cultura); – Aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 150, de 2003, de autoria do Deputado Paulo Rocha, que cria receita vinculada para a cultura; – Garantia de orçamento para ampliação das políticas preventivas para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Neste ponto, abro um parêntese, pois precisamos dar um basta à exploração do trabalho infantil; um basta ao abuso sexual de menores; um basta ao assassinato, digo, à chacina de meninos e meninas de rua! 2) Pesca e Aquicultura, Produção Rural, Industrialização e Meio Ambiente: – Ampliação da infraestrutura de produção de pescado através de emendas parlamentares, para a construção de novos centros de alevinagem e terminais pesqueiros; – Defesa dos manguezais como fonte de energia e renda popular, tendo o caranguejo como seu principal elemento, ordenando sua coleta pelos povos ribeirinhos tradicionais; – Verticalização da cadeia da fruticultura e do agroextrativismo familiar; – Fiscalização e acompanhamento na construção dos novos complexos industriais, sobretudo no que tange aos impactos sociais e ambientais; Fevereiro de 2011 – Revisão da distribuição dos royalties nas regiões do Estado; – Fortalecimento do polo produtor de biodiesel no Pará; – Declaração do Arquipélago do Marajó como Reserva da Biosfera; – Promoção do debate sobre resíduos sólidos, resgatando a Política Nacional de Resíduos Sólidos; – Incentivo e política governamental para a recuperação de áreas degradadas. 3) Urbanização, lnfraestrutura e Serviços Básicos: – Aprovar uma proposta de emenda à Constituição instituindo reserva legal em condomínios e conjuntos habitacionais nas cidades amazônicas; – Ampliação do aporte de recursos para soluções logísticas de integração dos transportes nas cidades paraenses; – Ampliação da presença de serviços federais nas regiões do Estado do Pará, como previdência, cartórios, Justiça, entre outros; – Fortalecimento e ampliação da oferta de energia elétrica, como o Programa Luz Para Todos e outros similares. 4) Reforma Social e Reformas de Estado: – Institucionalização dos programas sociais do Governo Lula, dando-lhes continuidade no Governo Dilma Rousseff, tornando-os política de Estado de caráter permanente; – Regulamentação da PEC 446/2009, que cria o piso nacional dos policiais civis e militares e dos bombeiros militares; – Aprovação da PEC 308/2004, que cria as Polícias Penais da União e dos Estados; – Propor a aprovação de projetos de lei de regulamentação profissional; – Discussão da reforma política e da reforma tributária. É dessa forma, nobres Deputados e Deputadas, que pretendemos nortear a nossa atuação parlamentar neste Poder Legislativo, em estreita conexão com os interesses mais urgentes da população nacional, com especial atenção para a Amazônia e para o Pará, incluindo o meu Município, Abaetetuba. Daqui a 4 anos, no final deste mandato, pretendemos estar de consciência tranquila no que se refere a nossa missão nesta Casa, digna daqueles e daquelas que, juntos comigo, conquistamos o privilégio de chegar a esta posição. Para tanto, peço a Deus a força e a graça necessárias para ocupá-la dignamente com vistas à construção de Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS uma sociedade – a brasileira – marcadamente mais justa, solidária e democrática. Por fim, uma reflexão para todos nós: Atenas, na Grécia Antiga, era o lugar por excelência do exercício da política, contudo, a mesma tinha o seu limite porque não era para o usufruto de todos, principalmente para quem não era cidadão. Atualmente, em nosso País, apesar da distância milenar do tempo, este mesmo desafio impõe-se ao nosso exercício parlamentar através deste Poder: lutar no sentido de ampliar, cada vez mais, a cidadania do povo brasileiro para além da lei, na concreticidade do seu dia a dia, na sua sobrevivência. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, no Grande Expediente, ao Deputado Assis Melo, do PCdoB do Rio Grande do Sul. S.Exa. dispõe de 25 minutos. O SR. ASSIS MELO (Bloco/PCdoB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Luiz Couto, é um grande prazer, neste momento em que pela primeira vez me manifesto desta tribuna, ter V.Exa. presidindo a sessão. V.Exa. esteve em nossa cidade, Caxias do Sul, pela Comissão de Direitos Humanos, em momento de grande turbulência, quando do enfrentamento da brigada militar daquele Estado. Portanto, é uma grande honra falar desta tribuna neste momento. Assumo a tribuna desta Casa, na tarde de hoje, com um sentimento de responsabilidade e de compromisso. Refiro-me à responsabilidade e ao compromisso para com o meu País, à luta em favor de sua soberania e seu desenvolvimento, um desenvolvimento socialmente avançado e democrático, e em respeito àqueles que constroem nossas riquezas. A valorização do trabalho, fruto do acúmulo de conquistas dos trabalhadores e dos movimentos sociais, será minha bandeira. Dirigirei minhas energias para o bom debate acerca da redução da jornada de trabalho, sem redução de salário; do respeito aos direitos trabalhistas e previdenciários e da ampliação desses direitos; da valorização do poder de compra e da melhoria das condições de vida da população. Eis o caminho que tomarei na construção de uma pátria socialmente mais justa e igualitária. Refiro-me também à responsabilidade e ao compromisso para com o povo do Rio Grande, de Caxias do Sul e região da serra em especial, a quem mais uma vez agradeço a votação recebida, que possibilitou que este Parlamento recebesse, entre seus membros, mais um operário do chão de fábrica. Digo ainda do sentimento de responsabilidade e compromisso para com o meu partido, o PCdoB, que, ao delegar a tarefa de candidatar-me ao mandato ele- Terça-feira 22 08651 tivo, demonstrou mais uma vez seu compromisso com a classe trabalhadora. Finalmente, digo da responsabilidade e do compromisso para com meus companheiros de fábrica, meus companheiros das lutas sindicais e dos movimentos sociais, homens e mulheres do campo e da cidade que acreditaram que seria possível eleger um igual, para fazer soar neste microfone a defesa dos interesses dos trabalhadores e do desenvolvimento econômico para nosso Estado e nosso País. Trago a experiência do mandato de Vereador da Câmara Municipal de Caxias do Sul, onde fui honrado como o mais votado da história daquele importante Município da Serra Gaúcha. Trago também a experiência de um operário soldador, montador por profissão, militante e dirigente das lutas sindicais e Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul, com base territorial que abrange os Municípios de São Marcos, Antônio Prado, Farroupilha, Flores da Cunha, Carlos Barbosa, Garibaldi, Nova Pádua e Nova Roma do Sul. Mas trago principalmente a experiência de um homem do povo, nascido e criado nas adversidades. Assim como milhões de outros brasileiros, não tive ainda a oportunidade de cursar uma universidade. Concluí o ensino médio quando já tinha 43 anos de vida. Minha faculdade foi o chão das fábricas por onde passei e minha graduação se fez nas lutas do povo sofrido de minha cidade e de meu Estado. Tenho muito orgulho de ocupar hoje esta tribuna, de ser Deputado Federal eleito pelo PCdoB, mas sobretudo de ser um operário que dará continuidade à contribuição de outros mandatos de Parlamentares operários e comunistas que deram importantes contribuições para consolidação da democracia – democracia conquistada a duras penas, pela qual muitos lutaram e deram até a vida para que hoje fosse possível a este operário, agora Deputado, estar aqui. A presença do Partido Comunista no Legislativo Federal teve início com uma expressiva bancada de 14 Deputados e um Senador, eleitos para o Congresso Constituinte de 1946. A atuação da bancada foi pautada, naquela ocasião, pela defesa dos interesses dos trabalhadores e das forças progressistas, posicionando-se contra o estabelecimento de quaisquer restrições ao direito de greve e em defesa da reforma agrária e dos direitos sociais. Entre aqueles bravos Parlamentares, que tiveram seus mandatos cassados pela ditadura do Estado Novo, podemos citar a presença de Batista Neto, operário do Arsenal de Marinha e Presidente do Comitê Metropolitano do Movimento Unificador dos Tra- 08652 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS balhadores – MUT, eleito pelo antigo Distrito Federal; Alcides Sabença, metalúrgico em Volta Redonda e fundador de vários sindicatos no Estado do Rio de Janeiro; o ferroviário e dirigente sindical Claudino Silva, único negro entre os 338 Constituintes e o estivador e líder sindical na cidade de Santos, em São Paulo, Osvaldo Pacheco, que foi o Vice-Líder da bancada na Constituinte, cuja liderança era exercida por Maurício Grabois. Isso sem falar nas lendárias figuras de Gregório Bezerra, Carlos Marighella, Jorge Amado e do Senador Luís Carlos Prestes. Não poderia deixar de registrar a bancada comunista eleita pelo Rio Grande do Sul, composta por Abílio Fernandes, metalúrgico e líder sindical no Estado, e por Trifino Correia, ex-líder tenentista e integrante da Coluna Prestes, que participou dos trabalhos constituintes por um curto período na condição de segundo suplente. Daquela combativa bancada de Parlamentares, destacava-se a presença do saudoso João Amazonas, um dos principais dirigentes nacionais do MUT em âmbito nacional, tendo sido ainda o Deputado Federal mais votado no Distrito Federal com 18.379 votos. Posteriormente, na Presidência do PCdoB, João Amazonas conduziu política e ideologicamente toda uma geração de brasileiros que ajudaram a construir o ambiente de normalidade democrática de que hoje desfrutamos. Aliás, coube a João Amazonas a defesa em plenário do primeiro requerimento apresentado pela bancada comunista à Constituinte de 1946, apoiando a greve nacional dos bancários. Em função da ilegalidade imposta ao partido desde maio de 1947, somente em 1978, em pleno regime militar, o partido voltaria a ter assento no plenário desta Casa, com a eleição do líder metalúrgico Aurélio Peres, abrigado na legenda do MDB. Ainda hoje, Aurélio Peres é exemplo de militante das causas populares e sua presença neste plenário durante duas Legislaturas – 1978 a 1982 e 1983 a 1987 – orgulha todos os operários brasileiros. Na Legislatura de 1987 a 1991, nos debates e nas lutas ocorridas quando da elaboração do nosso atual texto constitucional, entre tantos outros eminentes Parlamentares, ouvia-se a voz de Edmilson Valentim, outro operário metalúrgico comunista, o mais jovem Constituinte daquela Legislatura. Em sua trajetória na Assembleia Nacional Constituinte, Edmilson obteve êxito com a aprovação de importantes emendas, como a que garante ao trabalhador jornada máxima de 6 horas para turnos ininterruptos, extensão dos direitos trabalhistas para os empregados domésticos, licença-gestante de 120 dias, além de li- Fevereiro de 2011 berdade, autonomia e unicidade sindical, pleno direito de greve e voto aos 16 anos. Feito este pequeno registro da presença de metalúrgicos comunistas na história de nosso Parlamento, quero afirmar que o PCdoB, ao longo das últimas Legislaturas, tem contribuído com quadros valorosos para qualificar o debate neste plenário. A atuação dos Deputados e das Deputadas do PCdoB, legislatura após legislatura, com amplitude, coerência, ética e compromisso com a luta do povo brasileiro, aliada à presença do nosso partido nos movimentos sociais e à condução política adequada de nossa direção partidária, mostra como foi importante a luta pela legalidade e a conquista de assentos no Parlamento. Atualmente compomos uma bancada de 15 Deputados Federais e dois Senadores. Fato relevante é a presença feminina nesta bancada, representando 40% na Câmara dos Deputados e 50% no Senado Federal. As mulheres do PCdoB demonstram na prática que uma nova sociedade deve compreender a necessária e importante presença das mulheres em sua construção, seja nas ruas, seja no Parlamento. Entre tantas Parlamentares de qualidade, quero ressaltar a presença de minha companheira de bancada estadual, Manuela d’Ávila, que, por duas eleições seguidas, foi a candidata que mais recebeu votos no Rio Grande do Sul. Campeã de votos, Manuela destaca-se neste Parlamento por sua combatividade, espírito de liderança e comprometimento com as lutas da juventude e do povo brasileiro. Por sua competente capacidade articuladora, Manuela foi indicada, no final do ano passado e reafirmada no início deste ano, para ser coordenadora da bancada do Rio Grande do Sul no Congresso Nacional. Sua atuação determinada em favor do Metrô de Porto Alegre, em defesa dos Municípios gaúchos atingidos por catástrofes e sua luta por mais investimentos para o Estado a qualifica a ocupar posição de maior destaque no cenário político. Na Assembleia Nacional Constituinte de 1988, assim como eu, outro Deputado metalúrgico tinha sua primeira experiência legislativa no plano federal. Formado nas lutas sindicais, Luiz Inácio Lula da Silva estreava nesta Casa na condição de Líder da bancada do PT e dava continuidade à trajetória iniciada em 1969, quando compôs a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, no ABC paulista, que culminaria com sua eleição para cumprir dois mandatos de Presidente da República. Passados 502 anos do descobrimento e tendo tido na condução desta Nação reis, imperadores, militares, intelectuais, empresários de vários ramos de Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS atividades e, por fim, um sociólogo entre os anos de 1995 a 2002, tivemos a oportunidade de demonstrar ao mundo, a partir de 2003, que existe uma forma diferente de conduzir um país e o destino de um povo. O SR. Chico Lopes – V.Exa. me permite aparteá‑lo, nobre Deputado? O SR. ASSIS MELO – Ouço o Deputado Chico Lopes. O SR. Chico Lopes – Quero inicialmente dizer da minha alegria em apartear um companheiro que traz a história do Partido Comunista do Brasil, principalmente do Parlamento, onde figuras se imortalizaram. Inclusive a liberdade de religião neste País é obra de um comunista chamado Jorge Amado. V.Exa. vem realmente do chão da fábrica, com a experiência que só a vida tem condições de nos ensinar com erros, acertos, dificuldades. Evidentemente que isso não se nega às universidades, às escolas. Pelo contrário, enaltece‑as. Talvez o único Presidente que não entrou na universidade tenha sido Lula, que não era militar nem doutor. Cito um exemplo a V.Exa.: uma universidade do Ceará comemorou 50 anos. Podemos hoje dizer que há mais duas universidades federais no Estado. Havia apenas uma escola técnica, o Instituto Federal do Ceará – IFCE, que depois foi mudando de nome. Hoje há diversas escolas no Estado. Quem não passou pela universidade talvez compreenda melhor o sentido de a pessoa cursar uma universidade para se preparar. Sabemos que numa sociedade sem ciência, prevalecerá o conhecimento do prático. Ressalto a presença de um operário na tribuna. S.Exa. será mais um a ajudar à Presidenta Dilma Rousseff na construção deste País. Nós, que viemos das camadas sociais com menos condições, exigimos, cada vez mais, que este País aprimore a democracia, estimule a economia, melhore a distribuição de renda e promova a paz. Que o nosso País siga o que queremos: uma sociedade socialista em que não sejamos explorados por uma série de mecanismos do capital. Parabéns, Deputado Assis Melo. Sinto-me honrado em ser seu companheiro de partido. O SR. ASSIS MELO – Deputado Chico Lopes, agradeço a V.Exa. o aparte. É uma honra ouvi-lo neste momento. Prossigo, Sr. Presidente. Lula provou que um operário, sem diploma universitário, poderia fazer mais e melhor e poderia ser, como na verdade foi, um dos melhores Presidentes de nossa história. Lula inverteu paradigmas e fez do combate à fome sua maior bandeira, provando que é possível promover o crescimento econômico com distribuição de renda e inclusão social. A pregação contra a fome e o chamamento para que as nações desenvolvidas assumam compromissos Terça-feira 22 08653 contra esta praga milenar, colocou o Brasil em destaque no cenário internacional e aumentou a autoestima de todos os brasileiros. O Brasil e seu Presidente metalúrgico passaram a ser reverenciados por todos os líderes mundiais e a opinião brasileira expressa nos fóruns internacionais passou a ter relevância nas mídias impressas e eletrônicas desses países. Mas foi no dia a dia dos brasileiros mais necessitados que a ação do Governo do Presidente Lula se fez notar, como nenhum outro em nossa história. O investimento em políticas sociais, como por exemplo, a ampliação de vagas em universidades públicas e a criação de novas escolas de formação técnica e tecnológica, aliado à política de valorização do salário mínimo, à ampliação do crédito e ao desenvolvimento do mercado interno, à proteção da indústria nacional e ao investimento em obras estruturantes, resultou em crescimento econômico e distribuição de renda, redução das desigualdades sociais e inclusão de milhões de brasileiros no mercado formal de trabalho, principalmente possibilitou o resgate de milhões de brasileiros que viviam abaixo da linha da pobreza. O Governo Lula criou mais quatro empregos para cada dez antes existentes, e os empregos formais foram duplicados em relação a 2002. Hoje, pela primeira vez na história, mais da metade dos trabalhadores brasileiros tem carteira assinada. Com a universalização da assistência social e o crescimento econômico, o Governo Lula reduziu 33% da pobreza e incorporou 32 milhões de pessoas à classe média. Em 2010, o Bolsa Família atendia em média 11,4 milhões de famílias, sendo que outras 4,1 milhões já tinham conquistado renda própria e deixado o programa. O Governo Lula concedeu quase 60% de reajuste real para o salário mínimo, o dobro do concedido por FHC, e quase o dobro do aumento do PIB verificado de 2003 a 2010. Esses reajustes beneficiaram não apenas os trabalhadores, mas também os aposentados mais pobres, os idosos e deficientes que recebem benefícios assistenciais, e os que recebem seguro-desemprego e abonos salariais. Além disso, os aumentos reais do salário mínimo melhoraram a distribuição de renda e ampliaram o mercado interno, tornando o Brasil menos dependente da conjuntura internacional, situação que é boa também para os setores empresariais. Nos últimos oito anos, foram criadas 500 mil vagas para os cursos técnicos e profissionalizantes, e mais do que duplicaram as vagas na rede federal de ensino superior: eram 106 mil vagas ao final do Governo do sociólogo e 240 mil ao final do Governo do 08654 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS metalúrgico, responsável pelo surgimento de 16 novas universidades e 134 novos campi para o ensino superior gratuito, público e de qualidade, principalmente no interior do País. Enquanto não temos o número ideal de universidades públicas, mais de 1 milhão de bolsas de estudo para universidades particulares foram concedidas a estudantes pobres pelo PROUNI, também criação do último Governo Esse legado positivo impõe à Presidenta Dilma a consolidação e ampliação das mudanças iniciadas. O crescimento econômico com distribuição de renda e o combate à miséria e às desigualdades, ainda presentes no nosso País, mereceu destaque em seu primeiro pronunciamento à Nação, confirmando assim seu compromisso com os menos favorecidos. O PCdoB é parceiro da Presidenta Dilma neste grande desafio de fazer o Brasil crescer com distribuição de renda. Já em novembro de 2010, a Direção Nacional do PCdoB afirmava, em resolução, que era preciso, desde a transição entre governos, manter uma linha política que beneficie o desenvolvimento nacional com diminuição das desigualdades. O documento do PCdoB afirmava ser necessário “dar nitidez ao projeto com o qual a Presidenta foi eleita e definir as prioridades emergenciais que serão enfrentadas. Entre elas, se destacam: enfrentar a ‘guerra cambial’ assegurando os interesses nacionais, concluir a votação do marco regulatório do pré-sal com o regime de partilha, mais recursos para a saúde, medidas para melhorar a segurança pública, inclusive, com a aprovação da PEC 300, que dispõe sobre o piso salarial do setor, aumento real do salário mínimo e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais”. Coerente com estas questões apresentei, já nos primeiros dias de meu mandato, o Requerimento nº 43, de 2011, com vistas à inclusão na Ordem do Dia da Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição nº 231, de 1995, de autoria do hoje Senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais. A fixação de jornada de trabalho diferenciada, sem a diminuição de direitos, permitirá aumento exponencial no número de empregos, conforme constatado por pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, tendo como base a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS de 2005. O impacto potencial naquele ano seria de 2.252.600 novos postos de trabalho no País. Quanto à discussão da definição do salário mínimo a vigorar para o ano de 2011, o Governo, ao editar a Medida Provisória nº 516, de 2010, manteve os termos da Lei nº 12.255, de 15 de junho de 2010, que Fevereiro de 2011 estabelecia as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo entre 2010 e 2023. Por aquele texto, negociado pelo Governo Lula com as Centrais Sindicais, era possível promover ganho real para o salário mínimo, pois ele previa a correção do valor tomando como referência a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, acrescido do Produto Interno Bruto – PIB de dois anos anteriores. Como a medida provisória demoraria a ser votada, o Governo enviou para a Câmara o Projeto de Lei nº 382, de 2011, votado na noite do dia 16 de fevereiro deste ano, mantendo a regra estabelecida anteriormente, que provou ser acertada, pois possibilitou ganhos reais para os trabalhadores, conforme demonstraremos a seguir. Pelo PL apresentado, o valor do mínimo foi fixado em R$545, repondo a inflação, mas não acrescentando ganho real. Os trabalhadores foram até o “último segundo da prorrogação” negociando uma “antecipação” do índice de reajuste do salário mínimo previsto para 2012, com um acréscimo de R$15,00 no valor estabelecido inicialmente no PL, que significa uma antecipação de 3,1%. Infelizmente não conseguimos sensibilizar o Governo, que precisava confirmar para o “mercado” a austeridade da política de contenção de gastos, respeito às regras estabelecidas e coerência com os cortes já anunciados no início do ano de 50 bilhões de investimento e custeio no Orçamento a ser executado em 2011. Segundo o próprio Ministro Guido Mantega, o País retomou a linha ascendente de crescimento e os indicadores econômicos preveem um crescimento de 7,6% já na definição do PIB de 2010. Mantida a política de valorização do salário mínimo proposto pelo Governo Lula e reafirmado neste início de governo da Presidenta Dilma, o valor do salário para 2012 será fixado em R$616,00. Portanto, consideramos que o Governo Federal erra ao não conceder a antecipação do aumento previsto para daqui a dez meses, entretanto, optamos por dar um voto de confiança à política de valorização do salário mínimo em curso nos últimos oito anos e mantida com a aprovação do PL 382, de 2011. Importante lembrar que esta política foi conquista dos trabalhadores, fruto das mobilizações e negociações das Centrais Sindicais com o Governo do Presidente Lula. Faz-se necessário reconhecer que a regra estabelecida anteriormente possibilitou um ganho real acumulado nos últimos oito anos, conforme nota técnica divulgada pelo insuspeito DIEESE que constatou que entre os anos de 2002 e 2010, o salário mínimo teve um aumento real de 53,67%. Esta política de valorização do salário mínimo e aumento do poder de compra dos trabalhadores con- Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tribuiu fortemente para inclusão de milhares de pessoas no mercado de trabalho, fortalecendo a indústria de bens de consumo e o consequente aumento na oferta de emprego. Comprometido com a luta dos trabalhadores, quando da apresentação da Medida Provisória nº 516, de 2010, apresentei uma emenda modificativa estabelecendo o salário mínimo, a partir de janeiro de 2011, no valor de R$580,00. Já na discussão do PL 382, de 2011, estive ao lado das Centrais Sindicais e dos trabalhadores, e negociamos até a exaustão um valor superior àquele proposto no projeto do Governo, na forma de antecipação do aumento previsto para 2012. Além do valor a ser estabelecido, lutamos para que fosse acatada uma ideia prevista em projeto de lei apresentado pelos Deputados Daniel Almeida e Flávio Dino, ambos do PCdoB, que previa a incorporação da variação do INPC/IBGE e de um percentual mínimo de 3% de ganho real, quando o PIB dos dois anos anteriores tenha tido retração. Mas essas alterações nem sequer foram colocadas em votação, pois uma manobra do DEM e do PSDB não permitiu que votássemos a emenda que previa o valor de R$560,00, como antecipação do reajuste futuro, e o projeto dos Deputados Daniel Almeida e Flávio Dino, por iniciativa dos autores e para preservar esse debate, não sofrendo a contaminação oportunista da Oposição, foi desmembrado do PL de iniciativa do Governo O PSDB, o DEM e outros partidos, que fizeram oposição ao Governo do Presidente Lula e continuam a fazer no Governo da Presidenta Dilma, foram responsáveis pelas políticas de arrochos salariais anteriores ao ano de 2003. Partidos elitistas que nunca estiveram ao lado dos trabalhadores aproveitaram o bom debate que fazíamos sobre o tema e, de forma irresponsável, ocuparam a tribuna posando de defensores dos assalariados, aposentados e pensionistas. Além destas questões pontuais que permitem acúmulos e ganhos para os trabalhadores, temos que ter compromisso com a definição de um projeto desenvolvimentista de longo prazo para o País. Devemos privilegiar os investimentos públicos para impulsionar o crescimento econômico, com geração de emprego, renda e inclusão social, em detrimento da política atual que privilegia o superavit primário para cobrir o custo das altas taxas de juros praticadas, que impactam fortemente no crescimento da dívida interna e inibe o investimento em obras estruturantes. Afinado com esta linha, consideramos que o Governo Dilma deve e pode estabelecer limites e prazos para a entrada e saída de capitais; a adoção de algum Terça-feira 22 08655 controle nas remessas de lucros e dividendos para o exterior; a redução da taxa real de juros; o aumento da taxa de investimentos; a elevação real do salário mínimo e o fomento ao consumo de massas. Paralelo a essas medidas, o Governo, este Congresso e a sociedade devem realizar um amplo entendimento para realizar as reformas estruturantes e democráticas que clama a Nação, como, por exemplo, a reforma do sistema financeiro para reverter a lógica rentista e favorecer a lógica produtiva; reforma tributária progressiva; reforma urbana; reforma agrária, fortalecendo os pequenos e médios empreendimentos e a agricultura familiar; reforma política e democratização dos meios de comunicação. Do ponto de vista dos trabalhadores, temos que avançar no aprimoramento das relações de trabalho e na luta contra a precarização, aliado a um projeto de desenvolvimento econômico com fortalecimento e proteção do nosso parque industrial, apoio e fomento para as pequenas e médias empresas e valorização dos empreendedores individuais. Neste sentido, tomei a iniciativa de propor a formação de uma ampla frente parlamentar que possibilite o debate em torno da defesa do desenvolvimento econômico e valorização do trabalho, que tem ganhado a adesão de dezenas de Deputadas e Deputados, Senadoras e Senadores. Pretendemos estabelecer um canal permanente de diálogo entre os setores produtivos do País, com vistas à consolidação de um país industrializado, com alto padrão tecnológico, sem perdas de direitos dos trabalhadores e manutenção das políticas de inclusão social iniciada no Governo Lula. Como Deputado, quero estar a serviço das lutas que sempre fiz, que são a minha marca, porém agora num novo patamar, novas ações e novas responsabilidades. Tenho orgulho de ser reconhecido como um representante das lutas dos trabalhadores e foram justamente os trabalhadores que me colocaram nesta posição atual e por eles me guiarei. Serei parceiro da Presidenta Dilma e do Governador Tarso Genro na construção do projeto nacional de desenvolvimento, que traga reflexos positivos para a geração de emprego e distribuição de renda no meu Rio Grande. Lutarei pela implantação ou extensão de cursos superiores públicos e de qualidade na região serrana, bem como a ampliação da rede hospitalar na região, que atenda às necessidades de alta complexidade da população. Concluo reafirmando meu compromisso para com o meu partido, o PCdoB, que esteve presente em todos os episódios da luta pela democracia, pela soberania 08656 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nacional, pelos direitos dos trabalhadores, pelo desenvolvimento de nosso País e pelo socialismo, desde sua fundação, em 25 de março de 1922, tornando-se assim o mais antigo partido em funcionamento no País. Tentarei ser digno da memória de centenas de militantes que nas selvas do Araguaia, nas salas escuras da tortura ou nas lutas no campo e na cidade deram a vida para que conquistássemos o País que as gerações atuais desfrutam. Espero corresponder ao voto e apoio que cada um dos meus conterrâneos do Rio Grande do Sul me confiou e quero que eles tenham orgulho de minha trajetória neste Parlamento. Quero dizer para minha mãe, meus filhos e demais familiares que o menino que cresceu na Serra Gaúcha, o adolescente campeiro e o homem comprometido com as lutas de seu tempo, agora tem novos desafios pela frente, mas não perderei nunca a ternura que me acompanha em todos estes anos e o amor dedicado aos meus próximos, ao meu Estado e a meu País. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste primeiro dia em que assomo à tribuna, quero dizer que o nosso partido sempre esteve ao lado dos trabalhadores, e a história de mais de 88 anos comprova isso. Na votação da semana passada, para entrar neste debate do salário mínimo, a nossa bancada votou apostando no futuro de uma política que garanta a distribuição de renda. Não acreditamos que a política de juros altos, de contenção de despesa, de superavit primário seja o caminho do desenvolvimento. Por isso, a bancada do nosso partido deu um voto de compromisso não à Presidenta, mas à Nação brasileira, que precisa, cada vez mais, desenvolver sua democracia. Como Nação soberana, tem de desenvolver qualidade de vida para a população. Não haverá desenvolvimento econômico nem seremos uma verdadeira Nação soberana se não tivermos conhecimento. Assim, temos necessidade de maior investimento em educação, segurança e qualidade de vida. Queremos também homenagear meus familiares, em particular, a minha mãe, e a nossa região da Serra do Rio Grande do Sul, todos os trabalhadores e, especialmente, a cidade que me viu nascer, Monte Alegre dos Campos, que, à época, fazia parte do Município de Vacaria, mas hoje é um Município emancipado. Trago o sentimento dos trabalhadores, mas daqueles com uma visão política, escolados, sim, não só na luta dos trabalhadores, mas também na experiência do nosso partido, o PCdoB, ao qual agradeço por estar aqui hoje, em momento tão importante. Diz o slogan do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul: Nossa Classe Fazendo Fevereiro de 2011 História, pois dia 21 de fevereiro é importante para nós, porque está aqui um operário, sim, um metalúrgico do chão de fábrica, mas que tem o compromisso com os trabalhadores e com a Nação brasileira. Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Muito obrigado, Deputado Assis Melo. Parabenizo V.Exa. pelo pronunciamento e pela luta que tem travado na região de Caxias. Lá estivemos e percebemos como é querido e como sua atuação é conhecida por toda a região. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Amauri Teixeira. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero comunicar que dei entrada em um requerimento, hoje, sobre a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 544, que cria os Tribunais Regionais Federais das 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões. É claro, o Tribunal da 6ª Região seria sediado na Bahia, com jurisdição Bahia/Sergipe. Há hoje um desequilíbrio federativo na representação dos Tribunais Regionais Federais. Por entender isso, entramos com esse requerimento. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a palavra o Deputado João Rodrigues, do Democratas de Santa Catarina. S.Exa. dispõe de até 25 minutos. O SR. JOÃO RODRIGUES (DEM-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, público telespectador da TV Câmara de todo o País, de forma especial todos os catarinenses que nos dão orgulho ao nos assistir neste momento, quero iniciar minha manifestação, meu caro companheiro Deputado Onofre, parabenizando o Município de Xaxim – muito bem conduzido e administrado pelo Prefeito Gilson Vicenzi –, que ontem completou 57 anos,. Lá participamos de um grande ato em homenagem aos empresários daquela terra, que movimentam a economia do Município e do Estado de Santa Catarina. Gostaria também, no início da minha manifestação, de fazer um registro, Sr. Presidente, e publicamente levar ao conhecimento de todos os brasileiros uma determinação do Governador do nosso Estado, Raimundo Colombo, que, numa atitude muito inteligente, sensata e humana, na semana que se passou isentou de ICMS todos os medicamentos para tratamento de câncer em Santa Catarina. É a sensibilidade de um homem público permitindo, a todo trabalhador que precise comprar algum tipo de medicamento para tratamento de câncer, a isenção de ICMS. Isso signi- Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS fica que medicamentos para esse tipo de doença são 17% mais baratos em Santa Catarina. Seria um bom exemplo a ser seguido pelo Governo Federal, pois daria essa oportunidade principalmente ao homem, à mulher, à família mais pobre deste País. Apesar de o Sistema Único de Saúde – SUS já fornecer esses medicamentos gratuitamente, em alguns momentos muitos deles não estão à disposição nos postos de saúde, nas unidades ou nos hospitais. Portanto, quero reconhecer publicamente a atitude desse que será o grande Governador do nosso Estado. Quero também publicamente fazer um registro e um agradecimento. Na última segunda-feira, usei esta tribuna para trazer um assunto que aqui já foi debatido em muitas oportunidades. Tanto isso é verdade que tramitam nesta Casa aproximadamente 17 propostas de emenda à Constituição, se não me falha a memória, todas elas tratando da redução da maioridade penal. Trouxe aqui, Deputado Zonta e Deputado Onofre, alguns números. Durante a semana, alguns jornalistas de diversos veículos de comunicação me questionavam sobre tais números e todos ficaram surpreendidos. Por isso, faço questão de reafirmar o que disse na última segunda-feira, ou seja, que eu estaria aqui iniciando um processo para a criação da Frente Parlamentar pela Redução da Maioridade Penal, baseado nos números que tenho em mãos. Segundo o mapa-múndi da maioridade penal, para conhecimento de todos os brasileiros, apenas em 3 países – vejam só, caros amigos – a maioridade é fixada acima dos 18 anos. Nos demais países, sejam na Europa, na Ásia, no Oriente Médio, na África ou na América do Norte, a maioridade é abaixo dos 16 anos. E observem quem são os países onde a maioridade é acima de 18 anos: Brasil, Colômbia e Peru – países extremamente avançados, obviamente. Com certeza absoluta, está na hora de nosso Parlamento rever suas posições e atender, conforme disse na segunda-feira passada, meus caros Parlamentares, o que a população brasileira tem dito por meio dos institutos de pesquisa: 80% dos brasileiros concordam com a redução da maioridade penal. É uma questão prática. Evidentemente, ainda permanece o tabu e alguns homens públicos não querem participar desse debate. De outro lado, outros têm coragem, concordam ou pensam de maneira semelhante à maioria dos brasileiros. Quero deixar registrado meu agradecimento ao mais de 60 Deputados que assinaram suas adesões à Frente Parlamentar pela Redução da Maioridade Penal. Tomei o cuidado, com muito respeito, de usar o nome de dois Parlamentares. Não tive ainda o privilégio e o prazer de conhecê-los pessoalmente. Obvia- Terça-feira 22 08657 mente não seria nesta circunstância que gostaria de agradecer a ambos pela adesão a esse movimento. Esses dois Parlamentares foram vítimas da violência e da impunidade neste País. O Deputado Abelardo Camarinha, do PSB do Estado de São Paulo, teve um filho assassinado, na sua cidade, dentro do seu lar, segundo informações. Registro também o nome de outro Parlamentar, a Deputada Keiko Ota, do PSB do Estado de São Paulo. Essa mãe, Deputado Zonta, antes de ser eleita Deputada, teve seu filho, de 8 anos de idade, sequestrado e assassinado. Ela quis assumir um mandato nesta Casa para lutar pela prisão perpétua, de acordo com o que consta dos noticiários. A população de São Paulo compreendeu o seu recado e lhe deu mais de 200 mil votos para que viesse aqui defender essa bandeira. Então, quero dizer à Deputada Keiko Ota: conte com meu apoio, quero fazer parte do seu grupo. Precisamos, neste País, de distinguir os homens de bem dos homens do mal; os bandidos, aqueles que não têm mais possibilidade de inclusão na sociedade, dos que merecem uma oportunidade de reinclusão. Meu caro Zonta, grande Deputado de Santa Catarina, não dá para compreender que um jovem de 16 anos de idade seja inimputável mas tenha direito a voto, à paternidade e ao trabalho – só não pode ainda ter a carteira de motorista. A partir do momento em que esta Casa puder votar a PEC da redução da maioridade penal, este jovem poderá até pleitear a carteira de motorista para trabalhar, para ser um caminhoneiro, um motorista, ou simplesmente para dirigir seu veículo ou para adquirir uma motocicleta; ou seja, não são apenas deveres, mas também direitos. Com muita alegria, ouço o nobre conterrâneo Deputado Zonta. O Sr. Zonta – Deputado João Rodrigues, cumprimento V.Exa. pelo seu pronunciamento neste Grande Expediente. Sabemos da forma de atuação de V.Exa., do espírito arrojado, da liderança. Concordamos plenamente e assinamos embaixo quanto ao encaminhamento desta questão da PEC relativa à redução da maioridade penal. Acho que chegou a hora. Hoje todos criminosos maiores de idade estão usando menores para que sejam soltos. Isso ocorre em todos os Estados, em especial em Santa Catarina. Estive, no final de semana, na região de Tubarão e, coincidentemente, fui informado de mais um assassinato. E quem o cometeu? Um dos jovens menores de 18 anos que tinham assaltado a casa da filha da Desembargadora Salete Sommariva. Por ser menor, foi solto e cometeu esse crime um mês depois. Está muito claro que precisamos, sim, imprimir mais rigor às leis, inclusive reduzindo a maioridade penal. Se temos direitos, temos 08658 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS também deveres e obrigações. De outro lado, deve ser dada oportunidade de profissionalização e de trabalho para esses jovens. Muitos deles querem trabalhar. Tem de haver alguma mudança. V.Exa. foi Secretário de Agricultura de Santa Catarina e sabe que filho de agricultor, especialmente de pequeno agricultor, por vontade própria, vai trabalhar, mesmo que tenha menos de 16 anos. Comecei a trabalhar com meu pai aos 8 anos e não me arrependo. Hoje há uma proibição total. O que faz um jovem com 16, 17 anos, muitas vezes fora da escola e sem oportunidade até de trabalhar em casa? Dizem que cabeça vazia é a morada do diabo. Parabenizo V.Exa. O SR. JOÃO RODRIGUES – Obrigado, Deputado Zonta, pela sua manifestação e colaboração. Parece insistência da minha parte, no segundo Grande Expediente de que participo – o primeiro, como disse, foi na segunda-feira passada –, abordar este assunto. Voltei e voltarei tantas e quantas vezes forem necessárias e o espaço me for aberto. Meu caro Deputado Onofre, agora, com a criação da Frente Parlamentar, quero, em nome das vítimas da violência, apresentar essa proposta aos demais pares, até porque o tráfico de drogas e o crime organizado como um todo foram terceirizados para os menores. Noticiários da mídia em todo o País nos apresentam que a idade dos traficantes gira em torno 16, 17 anos; os de 30 anos se aposentaram. É mais prático. Eles terceirizam o serviço porque a Justiça não pode punir quem tem menos de 18 anos. Nós, Deputados Federais, bem remunerados, bem estruturados, se precisarmos, temos condições de contratar seguranças para colocar na porta das nossas casas. Enquanto isso, o pobre trabalhador brasileiro é vítima a todo instante. Daí a necessidade de acelerarmos um pouco mais esse processo. Quero ouvir, com muita alegria, o meu caro companheiro de partido, Deputado Onofre Santo Agostini. O Sr. Onofre Santo Agostini – Primeiramente, Deputado João Rodrigues, quero associar-me à manifestação de V.Exa. quanto ao aniversário do Município de Xaxim, região que se vem desenvolvendo graças à competência dos seus administradores. Comungo do pensamento de V.Exa. Quanto à segunda consideração de V.Exa., estou solidário com o ilustre Parlamentar, porque também comungo do seu pensamento. Já assinei o requerimento para a criação da Frente Parlamentar. Quero aqui assumir um compromisso com V.Exa. Quando V.Exa. se licenciar para exercer uma função tão importante no nosso Estado como a de Secretário de Agricultura, pode contar com este Deputado. Vou dar continuidade ao trabalho realizado por V.Exa. Compartilho o pensamento de V.Exa. Há vários episódios Fevereiro de 2011 no nosso Estado e em todo o País. Recentemente, no nosso Estado, quando V.Exa. começou a se manifestar, lembrei-me da história do Sr. Anicácio Macedo, um dos grandes empresários de Santa Catarina, dono de uma rede de postos de gasolina. Ele foi assassinado, quando levava dinheiro para o banco, por um menino de 16 anos de idade. Esse menino foi preso, mas 3 dias depois fugiu do Centro de Detenção, em Florianópolis. Foi a sua cidade, Chapecó, onde assassinou outra pessoa. Essa história de 16 ou 17 anos, pelo amor de Deus! E eles podem votar. Esse direito lhes foi dado aos 16 anos. E a responsabilidade criminal? Quantas vidas foram ceifadas por menores de idade usados pelos grandes marginais do País? Lemos todos os dias, nobre Deputado, nos jornais e revistas, terríveis notícias de menores praticando atos de violência porque sabem que são impunes. São impunes! V.Exa. tem toda a razão. Pode contar conosco. Estaremos do seu lado, porque estamos do lado povo brasileiro, que quer uma ação mais rígida da Justiça no sentido da punição a esses jovens criminosos condenados ao vício de drogas. Pode contar comigo. Tenha certeza de que V.Exa. está no caminho certo. O SR. JOÃO RODRIGUES – Obrigado, Deputado Onofre. Quero trazer mais uma curiosidade aos nossos telespectadores e aos caros colegas Parlamentares. Por exemplo, em toda a Suécia, em abril de 1997, havia 15 jovens – Apenas 15! – entre a faixa etária de 14 e 18 anos cumprindo pena em alguma prisão. Lá a maioridade não é 18 anos de idade, mas abaixo de 16. Por isso havia só 15 jovens. Quando a lei é rigorosa, o sujeito sabe onde o calo e o cinto apertam. Exemplo muito claro para todo o Brasil aconteceu quando a polícia invadiu o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. O carioca estava cansado de ser extorquido ora pela polícia, ora pelos traficantes. Quando os homens da lei criaram coragem, quando as autoridades fizeram um pacto e anunciaram a invasão do Morro do Alemão – apesar de agora aparecerem denúncias do envolvimento de alguns homens da polícia com os traficantes, mas a maioria é de bons policiais –, o que aconteceu? Os corajosos traficantes, bandidos do Morro do Alemão, evadiram-se do local pelo esgoto, como verdadeiras ratazanas. Quando o pulso da lei é forte, o bandido respeita. Por outro lado, quando nós nos ajoelhamos e nos acovardamos, eles tomam conta. A maioria dos trabalhadores brasileiros são homens e mulheres de bem. Por que nos acovardarmos perante meia dúzia? Por isso estou aqui, nesta Casa, com um mandato. Mais de 134 mil eleitores me deram esta oportunidade, por meio do voto. Vim com esse discurso, não vim Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS enganando ninguém. Usei o horário eleitoral gratuito não para falar das minhas obras como Prefeito, o que poderia fazê-lo, ou pelos dois mandatos em Chapecó, ou pelo mandato em Pinhalzinho, ou pelo mandato de Deputado Estadual. A única bandeira que levantei foi a da redução da maioridade penal. E eu não sabia, meu caro Deputado, eu não tinha a menor ideia de que em apenas 3 países a maioridade é acima de 18 anos. Agora, com os números do mapa-múndi em mãos, estou convencido disso. É uma pena, Sr. Presidente, que este assunto será mais debatido nesta Casa – não quero profetizar, Deus queira que eu queime a língua –, pelo que estamos vendo no dia a dia do nosso Brasil, daqui a uma ou duas semanas, quando os noticiários da Globo, Bandeirantes, SBT, Record e demais emissoras de televisão divulgarem mais um crime covarde praticado contra crianças ou contra famílias inteiras por menores de 18 anos, havendo grande comoção social. Tenho certeza de que aí, sim, a Câmara dos Deputados haverá de lançar um informe publicitário dizendo: “Temos pressa, porque o Brasil não pode esperar. Precisamos votar, precisamos discutir.” Enquanto isso não acontece, parece-me que o Parlamento é surdo. A impressão que se tem é de que estes mais de 100 milhões de brasileiros que tiveram oportunidade de exercer o direito do voto – desses, segundo consta, 80% são a favor da redução da maioridade penal – não estão tendo seu direito respeitado nem com o debate desta Casa. Se assim fosse, as 18 ou 19 PECs que estão encalhadas na Casa teriam pelo menos ido a debate, para que, quem sabe, estivéssemos discutindo com o Governo a construção de presídios alternativos para os bandidos perigosos, transformando os outros presídios em penitenciárias de trabalho. Defendo a tese de que não é correto o bandido ter assistência médica, refeição três vezes por dia, comida na hora certa e balanceada até por nutricionista, enquanto um trabalhador brasileiro, na maioria das vezes, quando tem um prato de comida para dar ao seu filho, comemora. Isso está errado neste Brasil! É por isso que conclamo os demais colegas Parlamentares a entrar nesta luta. Quero ouvir meu caro colega. O Sr. Amauri Teixeira – Deputado João Rodrigues, quero fazer um contraditório e um verdadeiro debate. Respeito a opinião do nobre colega, mas, como V.Exa. mesmo disse, prender um indivíduo custa caro à sociedade. Reduzir a menoridade penal significa colocar mais gente na cadeia com idade cada vez menor, e não para recuperá-los, não para retirá-los do crime, mas para especializá-los: prender é especializar no crime. Uma coisa é a Suécia, que oferece condições sociais Terça-feira 22 08659 ao jovem, outra é a sociedade brasileira. Pergunto-lhe, para que continue argumentando: será correto reduzir a maioridade penal e colocar cada vez mais gente na cadeia para torná-la especialista no crime? Será que o caminho é esse? O SR. JOÃO RODRIGUES – Com respeito ao nobre Parlamentar, na minha terra se diz o seguinte: “Se não quer que apareça, não se meta”. Se houve manifestação, permito-me o direito de resposta. Eu prefiro um grupo de bandidos apodrecendo na cadeia a tê-los na porta da minha casa com um revólver calibre 38 apontado para a cabeça da minha família. V.Exa. tem um pensamento diferenciado, e talvez seja essa a tese que prevaleça, em detrimento da maioria dos brasileiros. É por isso que as coisas não andam e que o povo não confia no Parlamento. Em relação a assuntos dessa magnitude, permita-se ouvir a população, porque nós, caro colega, estamos aqui pelo voto do eleitor, nós não caímos de paraquedas. Oitenta por cento dos brasileiros pensam assim. Nós não somos obrigados a pensar como 100% dos brasileiros, mas estou ao lado da maioria, das pessoas de bem. Se, para assuntos como esse, eu tiver de começar a discutir se o Brasil tem estrutura, então, meus caros amigos, tudo está liberado: matem, assaltem, cometam seus crimes, porque o País está desorganizado. Melhor: vamos cada um de nós comprar uma cela e nos chavear dentro dela, porque só assim teremos a segurança necessária. Não é esse o caminho. Meu caro Deputado, será que só Brasil, Colômbia e Peru estão certos e todos os demais países estão errados? Os índices apresentados em todos eles são melhores do que os do Brasil. Uma coisa é discutirmos leis, outra é a estrutura. Estrutura cabe aos governos estaduais ou Federal, com a construção de presídios, instalação de escolas em presídios ou criação de presídios alternativos. Há uma velho ditado que diz: “É melhor construir uma escola do que uma cadeia”. Eu prefiro construir as duas: escola para ensinar as crianças a terem um futuro melhor; cadeia para tirar de circulação quem mata, quem não tem piedade, quem anda com uma arma na mão e a aponta para a cabeça de um trabalhador sem perguntar quanto custa a vida dele. Eu prefiro, para aqueles, a cadeia. Quem sabe no futuro possamos avançar para a prisão perpétua, como querem muitos colegas. Não se admite mais no Brasil discutir o assunto e defender bandido! Nós precisamos ter maturidade para debater leis rigorosas para quem merece o rigor. Deputado Onofre, um velho ditado diz o seguinte: “Os rigores da lei para os inimigos da lei; os privilégios da lei para as pesso- 08660 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS as que respeitam a lei”. Se tratarmos todos de forma igual, obviamente veremos acontecer tudo o que de pior acontece no Rio de Janeiro, onde houve uma certa melhora mas, ao passo que se noticia uma bela ação, vemos publicada a podridão envolvendo homens da própria polícia do Estado fluminense. Nós precisamos nesta Casa pelo menos discutir algo que está ao nosso alcance. Se ficarmos, meu caro Deputado, empurrando para debaixo do tapete e buscando a cada dia e a cada debate dizer que essa não é a saída, não avançaremos, porque o mundo inteiro mudou, o mundo se adaptou, criou uma nova regra. Essa lei, caros Deputados Zonta e Onofre, é de 1940! Em 1940, amarrava-se cachorro com salame – para ter uma ideia de como o tempo muda. Estamos em 2011, quando a realidade é outra. Se alguém me disser que um jovem de 16 anos não sabe o que é certo ou errado, não sabe que pegar um revólver 38 e dar um tiro na cabeça do pai é errado, por que ele vota? Se, nessa concepção, não sabe o que é certo ou errado, não poderia ter direito a voto também. Afinal de contas, esses jovens nos colocam nesta situação para que possamos ser Parlamentares e defender os interesses do povo brasileiro. É por isso que tenho essa tese e é essa a bandeira que defendo. Respeito os que dela divergem e agradeço aos que com ela concordam, porque quero, assim como os mais de 80% dos brasileiros, continuar batendo nessa tecla. Não digam, meus caros colegas, que não avisei. Não digam que a imprensa não avisou recentemente, através de enquetes e entrevistas. Não digam isso, porque talvez daqui a 1 ou 2 meses estaremos lamentando mais um fato criminoso. Aliás, só lamentamos quando ocorre com alguma autoridade. Quando o crime é contra o filho do pobre, ninguém dá bola; quando é contra o filho do empresário ou do político, causa comoção social. Por essa razão, quero trazer este grito de alerta antecipadamente. Antes tarde do que nunca. E me parece que nesta Casa prevalece mais o nunca do que o tarde. No entanto, vim para exercer um mandato em cujo período, Deputado Onofre, estarei batendo nessa tecla. Espero que, durante os próximos 4 anos, com sua ajuda e o apoio do Deputado Zonta e de outros Parlamentares, quem sabe 60% ou 70% desta Casa, consigamos pelo menos colocar esse tema em debate e, se necessário for, ouvir a população brasileira, para depois tomarmos uma decisão que creio será uma grande conquista. Assim o País poderá dar mais oportunidade de trabalho ao jovem, inseri-lo no mercado de trabalho, criar oportunidade para que se sustente e Fevereiro de 2011 tenha a verdadeira inclusão social, que se dá através do emprego. E que se possa puni-lo, quando necessário. Basta de impunidade neste Brasil! Eu prefiro, meus caros colegas, ouvir sempre o testemunho de quem foi vítima do que de quem nunca soube o que é ser vítima nas mãos de um bandido, de um grande marginal que, para as leis, é um adolescente, mas, para mim, é um homem constituído acima de 16 anos. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao último orador do Grande Expediente, Deputado Zonta, do PP. S.Exa. dispõe de até 25 minutos. O SR. ZONTA (PP-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Luiz Couto, colegas Parlamentares, servidores da Casa, visitantes, neste Grande Expediente gostaria de registrar a importância de uma das formas de organização da sociedade mais eficiente no Brasil e no mundo: o cooperativismo. Também gostaria de abordar as propostas que ele apresenta à sociedade para serem debatidas e utilizadas. O cooperativismo é uma forma de organização de pessoas livre, soberana, que tem princípios filosóficos, que não discute credo, partido político, raça e que abriga todos que têm vontade de se organizar. Ele tem no seu bojo um dos grandes desafios: inclusão social. Trabalha inclusão social não nas ideologias, mas em princípios que são universais. No mundo, somos a maior organização de pessoas. Já ultrapassamos a casa de 800 milhões de famílias organizadas em cooperativas. É um volume muito grande. No Brasil, hoje, já somos a maior organização de pessoas. Alcançamos 7 milhões e 600 mil famílias. Mais de 30 milhões de brasileiros, de uma forma ou outra, estão vinculados ao cooperativismo. O cooperativismo, como eu disse, procura organizar aqueles que mais precisam. Ele é realmente o caminho do meio. Como vemos no mundo, enquanto rui o socialismo, que sabe distribuir riquezas, mas tem dificuldades em produzi-las; enquanto o capitalismo tampouco se mostra o modelo adequado – vimos os últimos acontecimentos americanos –, porque produz riquezas, mas não as sabe distribuir, o cooperativismo é aquele que propõe produzir e distribuir as riquezas, incluindo as pessoas de menor condição. Esse é o objetivo do cooperativismo. Entendemos que, com mais de 7,6 milhões de famílias trabalhando no cooperativismo, compomos uma parcela muito grande nos 13 ramos de atividades componentes das questões econômicas. Sim, porque, já está provado que onde existe uma cooperativa, não importa em que atividade, o IDH melhorou. Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Deputado João Rodrigues, que acaba de fazer um excelente pronunciamento, e o Deputado Onofre Santo Agostini, também aqui presente, conhecem bem Santa Catarina, que tem no cooperativismo um dos grandes instrumentos para sua organização. E levantamento feito pelo Estado mostra que onde o cooperativismo está mais desenvolvido o IDH é melhor. Por isso pregamos o cooperativismo como forma de organização. Dentre os ramos de atividades nos quais iniciamos o cooperativismo com mais força está o agropecuário, que tem papel destacado tanto no Rio Grande do Sul, como em Santa Catarina, no Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e, subindo, no Nordeste, onde ele também começa a prosperar. Junto com isso veio o crédito. Hoje esse talvez seja o ramo de maior crescimento. Até para o acesso ao crédito, o cooperativismo traz mais facilidade, com a diminuição do custo, pela participação. O sistema é novo no Brasil. É de 1982 a nova fase. Hoje temos mais de 4.600 Municípios com postos de atendimento de cooperativas de crédito dentro de quatro sistemas: UNICRED, CRESOL, SICOOB e SICREDI. Temos hoje uma participação próxima a 4% do Sistema Financeiro Nacional. Podemos e devemos chegar aos 10%. Está provado – e falo porque sou um cooperativista – que uma cooperativa de crédito consegue emprestar a seus associados, pequenos mutuários, com metade do custo de um banco normal, aí incluído o próprio Banco do Brasil. Com metade do custo Por quê? Porque quem define as taxas, quem define as condições é o próprio associado. Não se visa ao lucro, mas ao resultado, que é distribuído para o associado no final ou mesmo adiantado. Nós buscamos vencer desafios. Já tivemos a Lei Complementar nº 130, que abrigou o crescimento do sistema cooperativo, integrando o Sistema Financeiro Nacional. Precisamos avançar mais. Presidente Luiz Couto, tramita agora no Senado um projeto de lei que estabelece a condição para que o Sistema Cooperativo de Crédito Brasileiro possa acessar diretamente do FAT os recursos para o microcrédito, para o pequeno e microcrédito. Imagine com que proposta. Enquanto hoje o FAT repassa o recurso para o BNDES, o BNDES cobra do Governo 4% de spread, e o banco público – por exemplo, cito o Banco do Brasil – cobra mais 3%, sendo que o custo do recurso do FAT é de apenas 3%, o cooperativismo do crédito se propõe a captar e repassar esse recurso diretamente do FAT ao pequeno agricultor, ao pequeno e microempresário, sem cobrar qualquer custo de spread, Terça-feira 22 08661 podendo, portanto, diminuir violentamente o custo e aumentar o volume. Esse acesso ao crédito é um dos desafios que nós temos. Precisamos também ter aqui o reconhecimento definitivo da existência do cooperativismo de trabalho. Milhões de brasileiros estão na informalidade, não têm acesso formal ao emprego e não têm oportunidades, nem mesmo profissionais. Tramitou nesta Casa o Projeto de Lei nº 4.622, de 2004. Foi aprovado aqui, foi aprovado no Senado e voltou do Senado com dois destaques. Estamos há um ano esperando para votar os dois destaques e consolidar a presença do cooperativismo de trabalho como um instrumento de inclusão social. Nós não podemos abdicar do compromisso de concluirmos a votação. Sim, o cooperativismo está na saúde. Nós temos no Brasil a maior organização de serviço de saúde do mundo: UNIMED e UNIODONTO formam, juntas, a maior cooperativa do mundo. Esse é um exemplo. Precisamos aprimorar, sim; precisamos evoluir, sim; mas temos de oferecer oportunidade para que isso ocorra. Uma bandeira do cooperativismo é ajudar a regulamentar a Emenda Constitucional nº 29, de 2000, para ter mais dinheiro, para ajudar o SUS, que é um grande programa, mas sobretudo regulamentar a Emenda Constitucional nº 29, para que também os Municípios tenham mais chances de participar. Queremos ainda, especialmente os catarinenses, Deputado João Rodrigues, Deputado Peninha, Deputado Onofre, dentro do contexto da preservação ambiental adequada à produção, ver aprovado nosso Código Florestal. Temos de votá-lo já agora em março. Virá sem discussão no mérito, cabendo a nós mérito. O Presidente tem o compromisso de colocá-lo em votação, caso contrário, a partir da vigência do Decreto nº 7.029, depois de 12 de junho mais de 80% das pequenas propriedades agrícolas estarão fadadas a não mais poder produzir. Nós queremos preservar. Ninguém preserva mais hoje do que o pequeno agricultor, que sabe que precisa preservar a terra, as águas e as espécies para continuar produzindo. Agora, há quem fique pregando contra, quem diga que nós vamos fazer uma devastação. Nada disso, tanto que o novo projeto propõe uma moratória de 5 anos para ninguém mais desmatar nada de mata nativa, faltando apenas regular isso. São temas dessa natureza que o cooperativismo vem aqui discutir. Concedo um aparte ao ilustre Deputado João Rodrigues. O SR. João Rodrigues – Deputado Zonta, quero reconhecer a sua atuação não só aqui na tribuna da 08662 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Câmara, mas também como um líder em Santa Catarina, que se tem notabilizado pela defesa da agricultura e do cooperativismo. E, acompanhando atentamente a sua manifestação, principalmente em relação ao Código Florestal, que deverá ser votado nesta Casa, parece-me que o Governo, que precisa flexibilizar e promover a inclusão social por meio do trabalho – não por vontade do ex-Presidente ou da atual Presidenta, mas por pseudointelectuais que compõem o Governo e também por alguns pseudoambientalistas –, em vez de proteger, com suas ações radicais promove o dano ao meio ambiente. Portanto, é importante que, já no mês de março, esse projeto venha a esta Casa para ser votado. Esperamos, principalmente, que não haja emendas, para não destruir o que já foi discutido, debatido, que é razoável. Permita-me V.Exa. trazer ainda uma preocupação, até porque deverei assumir a Secretaria de Agricultura do nosso Estado. A ANVISA lançou, ao apagar das luzes do ano que se passou, a Consulta Pública nº 1.127, relativa à questão do fumo. Não defendo o cigarro, aliás, nem sou fumante, mas defendo o fumicultor: mais de 30 mil famílias, em Santa Catarina, poderão perder sua renda, obtida por meio de seu trabalho, se a Portaria nº 1.127, de 2011, que expira dia 31 de março, virar lei no mês seguinte. Trago esta preocupação em defesa de mais de 30 mil famílias de Santa Catarina que vivem da fumicultura. No Rio Grande, deve haver outro número elevado de famílias nessas condições, como também no Paraná. Repito que não estou aqui defendendo que prospere o consumo de cigarros. O que pretende a ANVISA com essa consulta? Conforme informação que obtive, ela quer proibir a colocação de insumos na fabricação de cigarros, principalmente o açúcar. Não se trata do hortelã ou de qualquer outro atrativo para que o cidadão fume mais, trata-se da mistura feita desde que o fumo existe, principalmente na linha de fumo chamada burning, que poderá ser extinta. Se isso se efetivar, cerca de 30 mil famílias de Santa Catarina perderão sua fonte de renda. Portanto, é importante que o Ministro da Saúde faça uma avaliação desse quadro e crie mecanismos que deem ao produtor tempo para mudar de atividade. Se não proceder assim, vai promover o desemprego generalizado. Deputado Zonta e Deputado Onofre, levantamento já feito demonstra que 40% do cigarro que circula no Brasil foram contrabandeados do Paraguai: não é cobrado um só centavo de imposto sobre eles, não se sabe ao certo onde foram produzidos, não movimentam a economia, não geram empregos, mas certamente prejudicam a saúde dos brasileiros. Se fecharmos as fronteiras, fiscalizarmos a produção, obviamente, vamos continuar tendo receita e, ao mesmo tempo, controlar o consumo. Vamos Fevereiro de 2011 também arrecadar impostos e manter milhares de famílias no campo, o que é a nossa grande prioridade. Obrigado, Deputado. O SR. ZONTA – Eu agradeço o aparte ao nobre Deputado João Rodrigues. Concedo um aparte ao nobre Deputado Onofre Santo Agostini. O SR. Onofre Santo Agostini – Deputado Zonta, é um prazer enorme e um orgulho para este modesto Deputado apartear V.Exa., haja vista conhecermos o trabalho extraordinário desenvolvido pelo ilustre Parlamentar ao longo da sua história, desde Prefeito de Concórdia e Deputado Estadual, em favor dos cooperativados, em favor das cooperativas. V.Exa. é um exemplo. São poucos os Estados que têm um representante do cooperativismo como o Deputado, que é um entusiasta defensor e, acima de tudo, conhecedor desse sistema. Por isso, quero dizer da alegria e do prazer enorme de cumprimentar V.Exa. O ilustre Parlamentar tocou em um assunto que reputo de grande importância: a Emenda Constitucional nº 29. Eu vejo na imprensa e ouço por aí alguns zum-zuns de que eles querem voltar com a Lei do Cheque, para aplicarem os recursos oriundos desse imposto exclusivamente na saúde e assim resolver o problema dessa área, que está em estado de calamidade pública no Brasil. Não há necessidade, Sr. Deputado; basta somente regulamentar a Emenda Constitucional nº 29 que tudo estará resolvido, pois tenho certeza de que vai sobrar recursos para isso. Nós, catarinenses que já fomos Prefeitos – eu, V.Exa. o Deputado João Rodrigues e o Deputado Rogério Peninha Mendonça –, sabemos que o Município faz a sua parte, o Estado faz a sua parte e também o Distrito Federal. O único que não faz sua parte é o Governo Federal: ele não aplica os 15% necessários e que a Constituição determina que os Municípios e Estados apliquem. Se o Governo Federal regulamentar a Emenda Constitucional nº 29, nós vamos resolver o problema da saúde. Outro assunto que V.Exa. apresenta é sobre o Código Florestal. Nós catarinenses temos orgulho de dizer à Nação brasileira que Santa Catarina foi o primeiro Estado da Federação a fazer o seu novo Código Ambiental, que serviu de modelo e exemplo. É claro que aqueles que criticam disseram que aquelas chuvas e catástrofes que aconteceram em Blumenau foi culpa do Código. Mas agora podemos perguntar: e a catástrofe do Rio de Janeiro? Lá não foi feito código nenhum! Por isso, eu quero dizer que V.Exa. tem toda razão: terá que se tomar providência urgente quanto ao Código Florestal Brasileiro, porque Santa Catarina deu o exemplo para o Brasil. Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ZONTA – Muito obrigado. Incorporo ao meu pronunciamento o aparte de V.Exa., Deputado Onofre Santo Agostini. Eu gostaria de dizer que nós agora iremos preparar uma proposta mais adequada, inclusive, à inclusão social, usando o cooperativismo – cooperativismo educacional, cooperativismo cultural, cooperativismo do trabalho, cooperativismo de crédito. O Brasil criou o Programa Bolsa-Família, graças ao qual, segundo levantamentos, 14,5 milhões de famílias melhoraram sua alimentação. É um grande programa. Ele abriu a porta de entrada, mas falta a porta de saída, que traga emancipação a essas 14 milhões de famílias, para que não fiquem eternamente dependentes do Governo Que tipo de proposta o cooperativismo vai apresentar à Presidenta Dilma Rousseff? Usar dos princípios cooperativistas para, em cada Município e bairro, organizar esses mutuários do Bolsa Família em cooperativas. Com que intuito? Prepará-los para uma nova etapa, a saída e a emancipação, treinando-os para uma profissão e dando aos jovens oportunidades de ensino, esportes, lazer e cultura. À medida que essa gente for preparada, ela será colocada no mercado através da cooperativa de trabalho e passará a ter autossuficiência. Essa é a verdadeira inclusão social. Haverá a participação do Governo Federal, sim, a participação do Sistema S – SESCOOP, SENAR, SENAC, SEBRAE e outros – e a participação da Previdência, para que se possa fazer um grande mutirão de treinamento, de conscientização, de mudança. O cooperativismo também pode atuar na área habitacional, buscando superar o problema de habitação. Ou seja, o cooperativismo quer participar do processo de inclusão social, de superação das dificuldades e de erradicação da miséria – o primeiro grande desafio da Presidenta Dilma Rousseff, é erradicar a miséria, que ainda é muito grande. Hoje o cooperativismo, que tem capilaridade e está em todos os Estados brasileiros, pode prestar esse serviço ao Brasil. Precisamos acertar isso com uma proposta clara, objetiva, sem cunho político ou partidário, sem cunho de raça ou religião. Será a oportunidade para que essa gente, de forma organizada, além de receber esse adiantamento representado pelo Bolsa-Família, possa também se emancipar. Será a oportunidade de essa gente se inserir na sociedade com muita força e dedicação, tendo acesso ao mercado de trabalho, podendo exercer uma profissão ou praticar esporte, além de outras atividades, inclusive culturais. Terça-feira 22 08663 Vamos realmente amadurecer essa proposta e levá-la ao Governo Federal, diretamente à Presidenta Dilma Rousseff. Finalmente eu gostaria de dizer que constituímos, no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar do Cooperativismo – FRENCOOP, que, já por 5 anos consecutivos, tenho a honra de presidir, por decisão dos colegas Parlamentares – mais de 200 Deputados e 23 Senadores participam dessa Frente – e das organizações estaduais do cooperativismo, capitaneadas com muita maestria e competência pela Organização das Cooperativas Brasileiras. A Frente Parlamentar do Cooperativismo está aqui para fazer com que os projetos de interesse do cooperativismo e da sociedade ganhem corpo. Já evoluímos muito, mas temos muitos desafios a enfrentar. Foi a primeira frente parlamentar a lançar uma agenda legislativa, fazendo com que todos os projetos de interesse do cooperativismo e da sociedade sejam pactuados. Nós damos orientação aos Deputados que compõem a FRENCOOP e sempre dizemos por que somos a favor ou contra determinada matéria, para que possa haver participação mais efetiva do Congresso Nacional em defesa do cooperativismo. Enviamos ao gabinete de cada Parlamentar um termo de adesão à FRENCOOP, portanto gostaria de fazer um apelo e um convite àquelas e àqueles Parlamentares que ainda não se aderiram à Frente: façam sua adesão, pois será uma honra tê-los conosco. Há tarefa para todos e podemos distribuí-las, para disseminar esse processo de organização e fazer com que o cooperativismo tenha a importância que merece. Por meio do Programa Brasil Cooperativo, Assembleias Legislativas de 18 Estados já organizaram suas frentes de cooperativismo. O Rio Grande do Sul é o berço do lançamento das frentes parlamentares do cooperativismo nas Câmaras de Vereadores. Vamos integrar, sim. É necessário que o político, independentemente da atividade que exerça, tenha compromissos com o cooperativismo, que é uma forma de inclusão social. Portanto, fazemos este convite a todas e a todos Parlamentares: assinem o termo de adesão e estejam integrados à Frente Parlamentar do Cooperativismo. No próximo dia 22 de março – já marcamos a data –, haverá o grande encontro dos Parlamentares cooperativistas que vão compor a FRENCOOP na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Nesse dia será feita ou homologada a eleição da diretoria. Também teremos, com a participação da Organização das Cooperativas Brasileiras e das organizações estaduais, o lançamento da quinta edição da Agenda 08664 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Legislativa do Cooperativismo, para o ano de 2011. Será um momento importante. A partir daí, distribuiremos as tarefas: faremos conscientização, realizaremos nosso trabalho e avançaremos nos projetos. Há o ato cooperativo, uma nova lei cooperativista, o reconhecimento do cooperativismo do trabalho, o avanço das cooperativas de consumo, de transporte, de saúde, educacionais, enfim, de todos os ramos. Este é o grande momento. Devemos aproveitá-lo e fazer com que seja utilizada a maior forma de organização das pessoas no Brasil, em todas as suas atividades: o cooperativismo. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Em homenagem ao Deputado Fernando Jordão, do PMDB do Rio de Janeiro, que assumiu hoje, vamos conceder-lhe 3 minutos para que possa fazer a sua apresentação. O SR. FERNANDO JORDÃO (PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, cumprimento V.Exa., os demais colegas, aqueles que assistem à TV Câmara, a minha família que está presente – Célia, Maria Fernanda, Gabriela –, os amigos, o Presidente da Câmara, o meu querido José Antônio, os Vereadores Ricardo Dutra e Jorge Eduardo Mascote, minha irmã, minha prima, a imprensa, os servidores desta Casa, enfim, todos. Quero aproveitar a oportunidade para cumprimentar os meus amigos de Angra dos Reis – fui Prefeito de Angra dos Reis durante dois mandatos, de 2001 a 2008 – e os moradores da região serrana: Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Hoje ocupo pela primeira vez a tribuna desta Casa como Deputado Federal. É um privilégio poder representar meu Estado e ter a oportunidade de honrar cada morador do Estado do Rio de Janeiro. Muitos poderiam ser os caminhos a seguir, mas vou procurar focar meus esforços em pontos que possam diminuir o sofrimento da nossa população. Precisamos parar de contar os mortos, no final do ano, na nossa região. No meu Estado do Rio de Janeiro, as chuvas do início deste ano causaram quase 900 mortos – ainda há mais de 400 desaparecidos. No País, mais de 92 mil pessoas estão desabrigadas e desalojadas e 462 cidades decretaram situação de emergência. O que aconteceu foi uma tragédia, mas não podemos nos acomodar, impondo ao clima a responsabilidade única. Em 2002, a chuva também veio com uma força e uma concentração acima do normal. Tivemos 40 mortos. Eu era o Prefeito de Angra dos Reis. No réveillon de 2009, tivemos de novo chuvas anormais, que cau- Fevereiro de 2011 saram 50 mortes em Angra dos Reis. Eu já não era o Prefeito, e sim o meu primo Tuca Jordão. Em Angra dos Reis, conhecemos de perto os efeitos de uma catástrofe natural ou pela ocupação errada do nosso solo, mas o que aconteceu na região serrana do Estado do Rio de Janeiro não tem precedentes. Precisamos criar mecanismos que garantam o futuro da região. Em Angra dos Reis, temos duas usinas nucleares e estamos a caminho da terceira. Sempre defendi a construção de Angra III, como cidadão e Prefeito. Temos um sistema de alarme que possibilita às pessoas, em caso de acidente nuclear, serem protegidas e irem para abrigos decentes. Participei de estudos técnicos no Rio de Janeiro com o pessoal da GEO-RIO e diversos setores. A conclusão do último congresso no Japão, país que estuda as demandas de terremotos e chuvas, foi a de que nos próximos anos as chuvas aumentarão em 60% em todo o mundo. O que observamos é que as cidades do nosso País não estão preparadas para catástrofes, não estão preparadas para chuvas. Essa é uma história nova que estamos conhecendo a cada ano que passa. Foi Angra, Friburgo, Teresópolis, Florianópolis, enfim, o Brasil inteiro. Precisamos criar mecanismos para proteger o futuro. Um sistema eficaz de radares, alertas e emergências deve ser implantado o mais rápido possível. É preciso mapear as áreas de risco; é importante estudar o solo com mais profundidade; é necessário erguer as contenções e proteger as encostas – tudo isso por meio de um trabalho coordenado e responsável, em parceria com a própria sociedade. Precisamos garantir investimentos para que as defesas municipais e estaduais estejam aparelhadas. Nós, em Angra, temos orgulho de ter uma das melhores defesas civis do Estado do Rio de Janeiro. Nós temos o pré-sal, nós temos os royalties. Por que não começamos a trabalhar para que parte desse dinheiro seja para proteger investimentos de todas as nossas cidades na questão… (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Conclua, Deputado. O SR. FERNANDO JORDÃO – Então, quero deixar aqui, na primeira vez em que falo nesta Casa, a minha experiência como Prefeito e tudo o que sofremos na nossa região. Quero agradecer pela oportunidade e contar com os colegas para que, juntos, possamos proporcionar Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS um desenvolvimento sustentável, protegendo os nossos moradores. Muito obrigado a todos. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Apresentação de proposições. PROPOSIÇÕES APRESENTADAS PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 13, DE 2011 (Do Sr. Onofre Santo Agostini) Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. O Congresso Nacional Decreta: Art. 1o O parágrafo primeiro do artigo 19 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescido do inciso VII: “Art. 19................................................ ... § 1º..................................................... .... VII – desembolsadas pelos municípios e pelo Distrito Federal para remunerar pessoal contratado e/ou nomeado exclusivamente para atender a programas federais em efetivo desenvolvimento nos seus respectivos territórios, limitado a 20% do total de funcionários efetivos do município.” Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Vários são os programas federais em desenvolvimento e aplicação no território nacional, principalmente voltados para a saúde e para a educação, áreas merecedoras de especial atenção já pelo constituinte de 1988. Entre eles, destacam-se o Programa de Saúde da Família – PSF; o Centro de Referência em Assistência Social – CREAS; o Centro de Atenção Psicocosial – CAPS; e tantos outros. A Confederação Nacional de Municípios indica, em estudo técnico denominado “Os Programas Governamentais e sua aplicabilidade nos Municípios”, elaborado em Junho de 2009, que na maioria dos programas federais em execução, o repasse de recursos oriundos da União é insuficiente para cobrir os custos, impondo aos Municípios a aplicação de recursos próprios para cobrir o referido déficit (In: www.cnm.org.br). Ocorre que isso não é tudo. Muitas vezes os municípios deixam de aderir aos programas federais porque as despesas de pessoal estão próximas dos limites estabelecidos na Lei Complementar nº 101/2000. Terça-feira 22 08665 A maioria dos programas exige a contratação de pessoal, alguns de técnica especializada e formação acadêmico-profissional específica. A inclusão dessa despesa na base de cálculo dos limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal faz com que muitos municípios deixem de aderir a programas federais de importância indiscutível ou suspenderão a execução daqueles em curso tão logo estiverem próximos do teto legal das despesas com pessoal. Assim, entendo que as razões acima alinhavadas permitem a aprovação do projeto de lei complementar ora encaminhado a essa Casa Legislativa visando, acima de tudo, permitir a efetiva implantação de muitos programas federais pelos municípios brasileiros. Sala das Sessões, 21de fevereiro de 2011. – Deputado Onofre Santo Agostini, DEM/SC. PROJETO DE LEI Nº 492, DE 2011 (Do Sr. Chico Lopes) Altera as Leis nº 11.482, de 31 de maio de 2007; nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988; nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995; reajustando as faixas de renda do imposto de renda e os valores das deduções. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Acrescente-se ao art. 1º, da Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, o seguinte inciso V: “V – a partir do ano-calendário de 2011: Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir (R$) Até 1.587,73 – De 1.587,74 até 2.379,51 7,5 119,08 De 2.379,52 até 3.172,72 15,0 297,54 De 3.172,73 até 3.964,38 22,5 535,50 Acima de 3.964,38 27,5 733,72 Art. 2º Acrescente-se ao inciso XV do caput do art. 6º da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, a seguinte alínea “e”: “XV – os rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, de transferência para a reserva remunerada ou de reforma pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do imposto, até o valor de: a) R$ 1.313,69 (mil, trezentos e treze reais e sessenta e nove centavos), por mês, para o ano-calendário de 2007; 08666 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS b) R$ 1.372,81 (mil, trezentos e setenta e dois reais e oitenta e um centavos), por mês, para o ano-calendário de 2008; c) R$ 1.434,59 (mil, quatrocentos e trinta e quatro reais e cinqüenta e nove centavos), por mês, para o ano-calendário de 2009; d) R$ 1.499,15 (mil, quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos), por mês, para o ano-calendário de 2010; e) R$ 1.587,74 (mil, quinhentos e oitenta e sete reais e setenta e quatro centavos), por mês, a partir do ano-calendário de 2011.” Art.3 Os arts. 4º, 8º e 10 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º ................................................... .............................................................. . III – a quantia, por dependente, de: a) R$ 132,05 (cento e trinta e dois reais e cinco centavos), para o ano-calendário de 2007; b) R$ 137,99 (cento e trinta e sete reais e noventa e nove centavos), para o ano-calendário de 2008; c) R$ 144,20 (cento e quarenta e quatro reais e vinte centavos), para o ano-calendário de 2009; d) R$ 150,69 (cento e cinqüenta reais e sessenta e nove centavos), para o ano-calendário de 2010; e) R$ 159,59 (cento e cinquenta e nove reais e cinquenta e nove centavos), a partir do ano-calendário de 2011. ............................................................. .. VI – a quantia, correspondente à parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, de: a) R$ 1.313,69 (mil, trezentos e treze reais e sessenta e nove centavos), por mês, para o ano-calendário de 2007; b) R$ 1.372,81 (mil, trezentos e setenta e dois reais e oitenta e um centavos), por mês, para o ano-calendário de 2008; c) R$ 1.434,59 (mil, quatrocentos e trinta e quatro reais e cinqüenta e nove centavos), por mês, para o ano-calendário de 2009; Fevereiro de 2011 d) R$ 1.499,15 (mil, quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos), por mês, para o ano-calendário de 2010; e) R$ 1.587,74 (mil, quinhentos e oitenta e sete reais e setenta e quatro centavos), por mês, a partir do ano-calendário de 2011. ..................................................... ” (NR) “Art. 8º ................................................... ............................................................. .. II – ......................................................... ............................................................... b) a pagamentos de despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentes, efetuados a estabelecimentos de ensino, relativamente à educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas; ao ensino fundamental; ao ensino médio; à educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização); e à educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o tecnológico, até o limite anual individual de: 1 – R$ 2.480,66 (dois mil, quatrocentos e oitenta reais e sessenta e seis centavos) para o ano-calendário de 2007; 2 – R$ 2.592,29 (dois mil, quinhentos e noventa e dois reais e vinte e nove centavos) para o ano-calendário de 2008; 3 – R$ 2.708,94 (dois mil, setecentos e oito reais e noventa e quatro centavos) para o ano-calendário de 2009; 4 – R$ 2.830,84 (dois mil, oitocentos e trinta reais e oitenta e quatro centavos) para o ano-calendário de 2010; 5 – (revogado); 5-A. R$ 2.998,14 (dois mil, novecentos e noventa e oito reais e catorze centavos), a partir do ano-calendário de 2011. c) à quantia, por dependente, de: 1 – R$ 1.584,60 (mil, quinhentos e oitenta e quatro reais e sessenta centavos) para o ano-calendário de 2007; 2 – R$ 1.655,88 (mil, seiscentos e cinqüenta e cinco reais e oitenta e oito centavos) para o ano-calendário de 2008; 3 – R$ 1.730,40 (mil, setecentos e trinta reais e quarenta centavos) para o ano-calendário de 2009; 4 – R$ 1.808,28 (mil, oitocentos e oito reais e vinte e oito centavos) para o ano-calendário de 2010; 5 – R$ 1.915,14 (mil, novecentos e quinze reais e catorze centavos) a partir do ano-calendário de 2011. ......................................................” (NR) Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS “Art. 10. O contribuinte poderá optar por desconto simplificado, que substituirá todas as deduções admitidas na legislação, correspondente à dedução de 20% (vinte por cento) do valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, independentemente do montante desses rendimentos, dispensadas a comprovação da despesa e a indicação de sua espécie, limitada a: I – R$ 11.669,72 (onze mil, seiscentos e sessenta e nove reais e setenta e dois centavos) para o ano-calendário de 2007; II – R$ 12.194,86 (doze mil, cento e noventa e quatro reais e oitenta e seis centavos) para o ano-calendário de 2008; III – R$ 12.743,63 (doze mil, setecentos e quarenta e três reais e sessenta e três centavos) para o ano-calendário de 2009; IV – R$ 13.317,09 (treze mil, trezentos e dezessete reais e nove centavos) para o ano-calendário de 2010. V – R$ 14.104,13 (catorze mil, cento e quatro reais e treze centavos) a partir do ano-calendário de 2011. Parágrafo único. ...........................” (NR) Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, gerando efeitos financeiros a partir 1º de janeiro de 2011, exceto para o disposto no art. 1º, cujos efeitos geram-se a partir do primeiro dia do mês em que a Lei seja publicada. Justificação O presente Projeto de Lei reajusta os valores da tabela de desconto mensal do imposto de renda na fonte e de outros valores de limites e de deduções por um percentual de 5,91%, equivalente à variação do IPCA de 2010. Essa emenda supre uma grave omissão do Poder Executivo que até o momento não enviou nenhuma mensagem estabelecendo a correção dos valores do imposto de renda para o exercício seguinte, como fez o governo Lula em todos os anos anteriores. Note-se que alguns dos valores do IRF para 2011, como o referente à dedução da parcela de despesas com instrução, sequer tem previsão para esse exercício, já que o valor estipulado anteriormente só se aplica à declaração de ajuste anual feita para no ano-calendário de 2010. Esse reajuste monetário é não só justo como necessário, não se aplicando a ele as restrições do art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, quanto à necessidade de compensação. Sala das sessões, 21 de fevereiro de 2011. – Deputado Chico Lopes, PCdoB – CE. Terça-feira 22 08667 PROJETO DE LEI Nº 493, DE 2011 (Do Sr. Reguffe) Efetua alterações no art. 1º da Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, para corrigir anualmente a base de cálculo da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física, pela variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC – mais o acréscimo de 1% (um por cento), a partir do ano-calendário de 2011. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 1º da Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, alterado pela Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º. O imposto de renda incidente sobre os rendimentos de pessoas físicas será calculado de acordo com as seguintes tabelas progressivas mensais, em reais: (...) V – A tabela para o cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Física, a partir do ano-calendário de 2011, terá os valores referentes à base de cálculo automaticamente atualizados com base na tabela do ano-calendário anterior, aplicando-se a esta a variação anual acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC do ano anterior, conforme apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, mais o acréscimo de 1% (um por cento) a esta variação.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2011. Justificação O presente projeto de lei reajusta os limites de isenção da tabela do imposto de renda da pessoa física pelo INPC do ano anterior acrescido de mais 1% (um por cento). O projeto visa reduzir a abusiva carga tributária que temos no país de forma gradual. As contribuições das pessoas físicas tornar-se-ão menores com o passar dos anos, já que o cidadão contribuinte será gradualmente desonerado. No ano passado, por exemplo, o INPC foi de 6,46% (seis vírgula quarenta e seis por cento). Somando-se ao percentual de 1% (um por cento), a correção da base de cálculo da tabela de IRPF em 2011 ficaria no percentual de 7,46% (sete vírgula quarenta e seis por cento). Segundo estudo do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal, a defasagem da tabela de 1995 a 2010 é de 64,1% (sessenta e quatro vírgula um 08668 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS por cento). Nada mais justo, portanto, do que se respeitar o contribuinte e aplicar essa nova regra, tendo em vista que, ao longo dos anos, a inflação causou sucessivas perdas financeiras aos contribuintes deste país, que já pagam uma carga tributária abusiva e extorsiva. Ante o explicitado, conclamo aos meus pares encamparem esta minha proposta e aprovarem este projeto de lei ainda nesta legislatura. Sala das Sessões, 21 de fevereiro de 2011. – Deputado REGUFFE, PDT/DF. INDICAÇÃO Nº 89, DE 2011 (Da Sra. Nilda Gondim) Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a possibilidade de inclusão do município de Serra Branca, no Estado da Paraíba, no Plano Nacional de Educação, com vistas à instalação de um Pólo Universitário na cidade. Excelentíssimo Senhor Ministro, Venho, mediante a presente Indicação, sugerir a intermediação desse Ministério da Educação, no sentido de incluir o município de Serra Branca/PB, no Plano Nacional de Educação, com vistas à instalação de um Pólo Universitário na cidade. O estado da Paraíba necessita de expansão urgente do ensino público superior, de criar expectativas promissoras para toda a população jovem e, conseqüente com vistas ao desenvolvimento sócio-econômico, a partir do aumento de vagas para o ensino superior no estado. Com a implantação da mencionado Pólo Universitário certamente haverá possibilidade de se oferecer aos alunos que estão concluindo o ensino médio, maiores oportunidades de aprimoramento de futuros estudos universitários, razão pela qual espero poder contar com o apoio de Vossa Excelência para adotar a sugestão apontada, incluindo o município em tela no Plano de Expansão da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Sala das Sessões, 21 de fevereiro de 2011. – Nilda Gondim, Deputada Federal/PMDB/PB. INDICAÇÃO Nº 90, DE 2011 (Da Sra. Nilda Gondim) Sugere ao Ministro de Estado da Integração, a possibilidade de destinar verba para a construção de uma ponte sob o rio Gurjão, no município de Gurjão, tendo em vista grandes dificuldades enfrentadas pela população local no período das chuvas, tanto para acessar quanto para sair da cidade. Fevereiro de 2011 Excelentíssimo Senhor Ministro, Venho, mediante a presente Indicação, sugerir a intermediação desse Ministério da Integração, no sentido de destinar verba para a construção de uma ponte sob o rio Gurjão, no município de Gurjão, considerando as grandes dificuldades enfrentadas pela população local no período das chuvas. Tanto para acessar quanto para sair da cidade. O município de Gurjão está localizado na região do Cariri Oriental Paraibano, sendo limítrofe a este, Soledade, Juazeirinho, Boa Vista, São João do Cariri, Parari e Santo André. Todavia, infelizmente a via de interligação de Gurjão à cidade mais próxima, isto é, Soledade, encontra-se em estado crítico em péssimas condições de tráfego. Primeiro: devido à falta de pavimentação asfáltica e de drenagens das águas, que em momentos de chuvas torrenciais acaba trazendo toda sorte de transtornos à população. Segundo e mais grave: a inexistência de uma ponte sob o rio Gurjão que comumente acaba ilhando seus moradores, impedindo o seu acesso e saída quando as chuvas castigam aquela localidade. Especialmente para os que trabalham, estudam ou realizam alguma atividade fora dos limites da cidade. Ou, simplesmente para aqueles que precisam vir a Gurjão, que certamente não conseguirão acessá-la se o rio se tornar caudaloso. Assim sendo, por se tratar de antiga reivindicação local e que há bastante tempo é aguardada pelos morados de Gurjão e os de Soledade também, espero poder contar com o apoio do ilustre ministro para adotar a sugestão apontada na presente Indicação. Sala das Sessões, 21 de fevereiro de 2011. – Nilda Gondim, Deputada Federal/PMDB/PB. INDICAÇÃO Nº 91, DE 2011 (Da Sra. Nilda Gondim) Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a possibilidade de implantação de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Serra Branca, no Estado da Paraíba. Excelentíssimo Senhor Ministro, Venho, mediante a presente Indicação, sugerir a intermediação desse Ministério da Educação, no sentido de ser implantada uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Serra Branca, no Estado da Paraíba. A implantação de uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Serra Branca certamente irá trazer inúmeros benefícios para a cidade e também de outras circunvizinhas. Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Há necessidade de ser instalada uma unidade do instituto na estrutura de ensino local, com vistas ao atendimento da demanda de alunos que concluem o ensino médio e acabam saindo da municipalidade para continuar aprimorando os seus estudos. Por isto frisamos que a inclusão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, em Serra Branca/PB trará benefício a centenas de pessoas e maior desenvolvimento para a região, razão pela qual espero poder contar com o apoio de Vossa Excelência para adotar a sugestão apontada na presente Indicação. Sala das Sessões, 21 de fevereiro de 2011. – Nilda Gondim, Deputada Federal/PMDB/PB. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Vai-se passar ao horário de VI – Comunicações Parlamentares Concedo a pala-vra ao Deputado Paes Landim, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco Parlamentar PSB/PTB/PCdoB, por 8 minutos. S.Exa. também está inscrito para falar nas Comunicações Parlamentares, por 10 minutos. O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB-PI e Como Líder. Sem revisão do orador.) – DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Onofre Santo Agostini, para uma Comunicação de Liderança, pelo DEM. O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM-SC. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, dei entrada num projeto de lei complementar que reputo de muita importância, haja vista que muitos Prefeitos do meu Estado nos fizeram um apelo para tentarmos mudar um parágrafo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Vou dizer o porquê. Hoje, o valor desembolsado pelo Municípios e pelo Distrito Federal para pagar o salário dos funcionários contratados e/ou nomeados exclusivamente para atender a programas governamentais da área federal entram no percentual da Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós, assim como os Prefeitos, entendemos que isso injusto, pois complica a vida das Prefeituras de todo o Brasil. A Lei diz: “Acrescenta dispositivos à Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Terça-feira 22 08669 Art. 1º O parágrafo primeiro do art. 19 da Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescido do inciso VII: Art. 19..................................................... § 1º......................................................... VIII – desembolsadas pelos Municípios e pelo Distrito Federal para remunerar pessoal contratado e/ou nomeado exclusivamente para atender a programas federais em efetivo desenvolvimento nos seus respectivos territórios, limitado a 20% do total dos funcionários efetivos do Município. Justificação Vários são os programas federais em desenvolvimento e aplicação no território nacional, principalmente voltados para a saúde e para a educação, áreas merecedoras de especial atenção já pelos Constituintes de 1988. Entre eles, destacam-se o Programa de Saúde da Família – PSF, o Centro de Referência em Assistência Social – CREAS; o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS; e tantos outros. A Confederação Nacional de Municípios indica, em estudo técnico denominado ‘Os Programas Governamentais e sua aplicabilidade nos Municípios’, elaborado em junho de 2009, que na maioria dos programas federais em execução o repasse de recursos oriundos da União é insuficiente para cobrir os custos, impondo aos Municípios a aplicação de recursos próprios para cobrir o referido déficit. (In: www.cnm.org.br) Ocorre que isso não é tudo. Muitas vezes os municípios deixam de aderir aos programas federais porque as despesas de pessoal estão próximas aos limites estabelecidos pela lei complementar, a Lei de Responsabilidade Fiscal. A maioria dos programas exige a contratação de pessoal, alguns de técnica especializada e formação acadêmico-profissional. A inclusão dessa despesa na base de cálculo dos limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal faz com que muitos Municípios, principalmente Municípios que chamamos de pequenos, deixem de aderir a programas federais de importância indiscutível ou suspenderão a execução daqueles em curso tão logo estiverem próximos do teto legal das despesas com pessoal. Assim, entendo que as razões acima alinhadas permitem a aprovação da lei complementar ora encaminhado a essa Casa Legislativa visando, acima de tudo, permitir a efetiva implantação de muitos programas federais pelos municípios brasileiros.” Realmente, Srs. Deputados, os que já foram Prefeitos sabem o que é isso. Os Municípios não suportam 08670 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mais programas oriundos do Governo Federal, que são excelentes, excepcionais, principalmente os da área da saúde, mas quem arca com a despesa, de acordo a Lei de Responsabilidade Fiscal, são esses Municípios. Muitos Municípios não conseguem aderir a esses programas porque o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal extrapola. Por isso demos entrada nesta lei hoje, atendendo ao apelo dos Prefeitos. Por uma questão de justiça, cito o nome do Prefeito de Curitibanos, Wanderley Teodoro Agostini, do Prefeito de Santa Cecília, João Rodoger, e de outros Prefeitos que me pediram para elaborar essa lei complementar, a fim de tirar da responsabilidade dos Municípios a remuneração do pessoal contratado e/ ou nomeado para atender aos programas do Governo Federal em efetivo desenvolvimento nos seus respectivos territórios, permitindo assim que o Município tenha uma folga. Vejam que a própria Lei de Responsabilidade Fiscal limita, Sra. Presidenta, Deputada Professora Marcivania, em até 20% do total de funcionários efetivos do Município. Não pode haver mais do que 20% de funcionários do Município nos programas do Governo Federal. Espero que possamos discutir essa lei e aprová-la, para o bem dos Municípios de Santa Catarina. Muito obrigado. Durante o discurso do Sr. Onofre Santo Agostini, o Sr. Luiz Couto, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pela Sra. Professora Marcivania, § 2° do art. 18 do Regimento Interno A SRA. PRESIDENTA (Professora Marcivania) – Concedo a palavra ao Deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, por 10 minutos. O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna neste instante para informar aos pares desta Casa e à imprensa nacional, especialmente a do meu Estado da Paraíba, que após quatro meses do julgamento do IDC nº 02, no STJ, na última sexta-feira, dia 18, recebemos a confirmação do deslocamento físico do processo judicial que apura o caso Manoel Mattos, saindo da Comarca de Caaporã, Paraíba, e seguindo agora para a 2ª Vara da Justiça Federal, no Estado da Paraíba – Vara Privativa do Júri. Com essa importante decisão, Sra. Presidenta, um novo ciclo de apurações sobre a atuação dos grupos de extermínio na Paraíba e em Pernambuco é retomado. Todas as entidades e os defensores de direitos humanos, além dos familiares e amigos de Manoel Mattos e Parlamentares Federais, como eu e o Depu- Fevereiro de 2011 tado Fernando Ferro, estranham o fato de que, mesmo com o trânsito em julgado e o arquivamento do caso pelo STJ, em dezembro de 2010, não tem havido o deslocamento físico do referido processo judicial para a esfera federal, já que o mesmo corria sérios riscos na Comarca de Caaporã, Paraíba. O próprio Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, em sua 204ª sessão, realizada no último dia 14 de fevereiro de 2011, e os peticionários do caso Manoel Mattos também registraram preocupação com esse fato. A decisão do STJ, favorável à federalização do caso, foi tomada em outubro de 2010 e muito nos anima, em razão de esta inédita decisão permitir uma intervenção mais ampla, profunda e articulada da sociedade civil com as instituições, sem colocar em evidência o risco imediato àqueles que pretendem colaborar com as investigações, porém sem o deslocamento físico do processo. Durante esses últimos meses, há um sentimento de instabilidade para os envolvidos, e a real eficácia desse trâmite ficou sob suspeita. É entendimento de todas as entidades não governamentais que acompanham o caso, especialmente da Dignitatis, na Paraíba; da GAJOP, em Pernambuco, e da Justiça Global, que, de acordo com a decisão proferida pelo STJ, os processos relativos aos réus e situações correlatas e conexas ao caso Manoel Mattos também devem seguir para a seara da Justiça Federal. Nesse ínterim, estão sendo processados pela Justiça Federal a manutenção da prisão dos réus e outras providências processuais. Cabe ainda dizer que, entre esses atos, está, por exemplo, a situação do soldado Flávio Inácio Pereira, apontado como executor do advogado e que atualmente cumpre prisão administrativa no Batalhão da Polícia Militar, no Município de Pedras de Fogo, na Paraíba, divisa com a cidade de Itambé, em Pernambuco. No inicio de fevereiro, dia 4, participamos, em Recife, na OAB de Pernambuco, de um ato que lembrou os dois anos da execução do companheiro Manoel Mattos, junto com o Deputado Fernando Ferro, os representantes das entidades Dignitatis, GAJOP e Justiça Global e a Ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Deputada Maria do Rosário. Naquela ocasião, reforçamos à Ministra a necessidade de fazermos intervenções conjuntas no Ministério da Justiça, no sentido de estabelecer um plano de trabalho que agregue forças para combater os grupos de extermínio, para dar celeridade e profundidade ao julgamento do caso Manoel Mattos, estabelecer medidas protetivas para os envolvidos e processar diligências para que situações análogas não ocorram. Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS É importante esse fato, porque demonstra que, se a Polícia Federal não tivesse participado das investigações no Entorno de Brasília, 20 policiais envolvidos em ações de grupos de extermínio, a serviço de latifundiários, empresários e políticos, não teriam sido presos, entre eles o Subcomandante da Polícia Militar do Estado de Goiás, chefe da quadrilha, constituída na sua totalidade de policiais. Vamos pedir uma audiência ao Ministro da Justiça para que isso também ocorra nos Estados nos quais a prática de extermínio está presente. A Polícia Federal entra, o Ministério Público denuncia, e a Justiça Federal julga. Se formos esperar pela corporação militar, não vai ser feita nenhuma investigação. Por isso, essa decisão do STJ é emblemática no sentido de que possamos combater o extermínio no nosso Estado. Sr. Presidente, estaremos atentos ao desenrolar desses fatos nos próximos dias, a fim de que o primeiro deslocamento de competência da história do Brasil não seja visto como algo meramente punitivo às instituições do Estado brasileiro e da Paraíba, mas que se transforme em instrumento de consolidação, de defesa institucional dos direitos humanos. É nisso que acreditamos. Queremos acabar de vez com essa chaga existente no nosso País, com as chacinas que estão eliminando jovens. Muitos querem a redução da maioridade penal, no entanto, são os adolescentes e jovens que estão sendo assassinados. O relatório Mapa da Violência 2010 identifica que o extermínio, o homicídio doloso, está relacionado à condição de classe social. São jovens, na maioria afrodescendentes, pessoas que moram nas periferias, pobres, o que evidencia a condição de classe do crime. A juventude está sendo dizimada. É nisso que acreditamos, é por isso que lutamos, Sr. Presidente, a fim de que a Polícia Federal possa efetivamente investigar e colocar na cadeia esses maus policiais, para não enlamearem o restante da corporação, que age corretamente. Aqueles policiais que são pagos por nós, mas estão a serviço do crime organizado são bandidos piores do que os outros, porque eles têm informações, o distintivo, a arma, a munição. Eles estão sendo pagos por nós não para combater o crime, mas para prestar serviço ao crime organizado. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Parabéns, Deputado Luiz Couto, pela sua persistente luta pelos direitos humanos. E temos certeza de que o STJ, dessa vez, não vai cometer o mesmo erro cometido quando do pedido de federalização do crime da Irmã Dorothy. Parabéns! Terça-feira 22 08671 Durante o discurso do Sr. Luiz Couto, a Sra. Professora Marcivânia, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Amauri Teixeira, § 2° do art. 18 do Regimento Interno O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra ao Deputado Rogério Peninha Mendonça, pelo PMDB, por 10 minutos. O SR. ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é uma satisfação estar neste momento usando a tribuna da Câmara dos Deputados, hoje especialmente, Deputado Onofre Santo Agostini, quando tantos catarinenses tiveram oportunidade de se pronunciar. E V.Exa. sempre está presente nesta Casa, da mesma maneira que sempre esteve presente na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, onde tive a honra de estar com V.Exa. Gostaria de chamar a atenção dos nobres Parlamentares para um assunto de extrema gravidade. Infelizmente, com frequência cada vez maior, o Poder Executivo, por intermédio de seus órgãos diretos e agências reguladoras, vem invadindo a competência do Poder Legislativo e usurpando desta Casa seu poder legislador. Em flagrante desrespeito à Carta Magna, essas instituições propõem regras que inovam no ordenamento jurídico, sem a devida autorização legal e constitucional. Esse, por exemplo, é o caso da ANVISA, que, em dezembro do ano passado, durante o período de recesso parlamentar e poucos dias antes da instalação do Governo da Presidenta Dilma, publicou duas consultas públicas propondo a edição de resoluções que extrapolam sua competência regulamentar. As duas consultas públicas às quais me refiro, Deputado Onofre, são as de número 112 e 117. A primeira proíbe o uso de ingredientes na industrialização do tabaco; a segunda propõe alteração nas regras relativas a embalagem e propaganda de cigarros de maneira tão drástica que praticamente banirá a comunicação legítima da empresa com o consumidor. Ao que tudo indica, a ANVISA não fez nenhum tipo de avaliação sobre o impacto da proibição do uso de ingredientes, em particular em que medida essa proposta inviabilizará a continuidade da produção de cigarros hoje fabricados e comercializados no Brasil, prejudicando quase 200 mil produtores. Repito: quase 200 mil produtores de tabaco no Sul do País estão sendo prejudicados. Além disso, a ANVISA não avaliou o quanto isso significará, o quanto essa proposta significará em termos de incentivo ao aumento do comércio ilegal de cigarros. 08672 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aliás, esse é um dos principais problemas do setor atualmente. Este, nobres Parlamentares, é realmente um tema crítico, pois se estima que, hoje, um em cada três cigarros vendidos no Brasil é contrabandeado. Vejam só, repito: hoje, de cada três cigarros comercializados no Brasil, um é contrabandeado. No caso da segunda consulta pública, editada no apagar das luzes de 2010, a ANVISA não analisou em profundidade, ao que parece, o que dispõe a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que define o marco legal sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, em conformidade com o previsto no § 4º do art. 220 da Constituição Federal. Vejam, Srs. Parlamentares, se a ANVISA alterar essas regras por meio de resolução de sua diretoria colegiada, certamente o que vem disposto na lei federal antes referida não será respeitado. Sras. e Srs. Deputados, a competência para legislar é a razão da existência do Poder Legislativo. Não nos podemos omitir nem concordar com que as propostas da ANVISA sejam transformadas em regulamento daquela Agência, pois tratam de matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional. Portanto, peço aos nobres colegas apoio ao Projeto de Decreto Legislativo nº 3.034, de 2010, que visa sustar a Consulta Pública nº 112, para que a matéria possa ser democraticamente debatida dentro do Poder incumbido pela Constituição Federal para legislar, ou seja, o Poder Legislativo. Sras. e Srs. Deputados, eu peço a V.Exas. atenção especial e apoio para que consigamos, também, imediatamente suspender as Consultas Públicas nºs 112 e 117, da ANVISA. É um pedido que faço em nome de milhões de pessoas que no campo e nas cidades terão suas vidas afetadas e sua renda diminuída, e que certamente esperam um gesto do Congresso Nacional, na expectativa de mudar essa realidade. Se nós não a mudarmos, Deputado Onofre Santo Agostini, vamos proibir a produção do fumo no Brasil, mas vamos também criar mão de obra e estimular o plantio na África e no Paraguai, que exportarão para o Brasil, prejudicando a produção nacional. Permito, com grande alegria, um aparte ao Deputado Onofre, que também conhece com profundidade o setor da fumicultura na nossa região. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Infelizmente, de acordo com o Regimento, não há aparte no momento em que o Líder está se pronunciando. O SR. ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA – De qualquer maneira, agradeço ao Deputado o pedido de aparte, pois sei do seu conhecimento sobre o assunto. Fevereiro de 2011 Sem dúvida alguma, a nossa preocupação não é estimular o consumo do cigarro, absolutamente. O que nos preocupa é o fato de que, ao mesmo tempo em que criamos restrições cada vez maiores, não criamos nenhuma dificuldade para o consumo do cigarro, que, se não for produzido aqui, virá de outros países e será consumido. Sem dúvida alguma, hoje o Brasil é um dos maiores produtores de fumo do mundo e um dos maiores exportadores para outros países, onde não existem restrições. Portanto, nós estamos querendo ser mais reais do que o próprio rei. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Encerradas as Comunicações de Liderança, concedo a palavra à Deputada Professora Marcivania, companheira atuante do PT do Amapá, para uma breve comunicação. S.Exa. dispõe de 3 minutos. A SRA. PROFESSORA MARCIVANIA (PT-AP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Boa tarde, Sr. Presidente, nobres colegas, hoje farei um pronunciamento sobre o slogan do nosso Governo, País rico é país sem pobreza, e uma breve análise acerca do tema. Esse slogan pode até parecer um truísmo, no entanto, quero dizer que muitas vidas foram dedicadas, ceifadas e até sacrificadas para fazer valer essa ideia. Quantos já não abriram a boca e ainda abrem para falar em riqueza, em desenvolvimento, em liberdade, sem levar em conta essa condição vital? Quantos ignorantes dessa condição não se arrogaram e ainda se arrogam arautos da justiça e da liberdade? Quantas experiências políticas não foram levadas a cabo em nome da liberdade e da riqueza e redundaram em ampliação e aprofundamento da pobreza e da miséria? A liberdade, a justiça, a própria riqueza no seu mais humano sentido é impossível onde grassa a miséria. Não existe paz, não existe liberdade, não existe felicidade para quem tem fome, para quem não tem abrigo, para quem não tem saúde, para quem não tem educação, para quem não tem acesso à cultura. Essa constatação não faz parte de um juízo particular meu. Um breve olhar pela história dos Estados e pela história política a demonstram. Hannah Arendt, inspirada no velho Demóstenes, ainda na década de 40, dizia que “a pobreza força o homem livre a viver e a agir como escravo”. Eis aqui não apenas uma constatação intelectual, mas também histórica. A experiência liberal, onde quer que tenha sido experimentada, adotou um modelo que produziu riqueza, gerando miséria, exaurindo o trabalho e devastando a natureza. Esse modelo supervaloriza a dimensão econômica, a produção de riquezas materiais e o con- Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sumo de bens como medida de seu sucesso; mesmo quando sob pressão dos trabalhadores, agregou retoricamente o aspecto social e humano, esta concepção de desenvolvimento, continuou subordinando o bem-estar, a justiça social e a qualidade de vida humana ao crescimento econômico. O progresso é o seu mote, e a busca desse progresso torna-se objetivo utilitarista que mobiliza as sociedades, sobrepondo a economia a outros valores e finalidades da vida humana. Como disse o nosso grande Celso Furtado, “se o desenvolvimento funda-se na realização das capacidades humanas, é natural que se empreste a esta ideia um sentido positivo. As sociedades são desenvolvidas na medida em que nelas o homem logra satisfazer suas necessidades e renovar suas aspirações”. Portanto, quando falamos em pobreza, não nos remetemos apenas à carência das mínimas necessidades materiais, essas, sem dúvida nenhuma fundamentais, mas também às culturais, como a famosa e seminal canção dos Titãs: “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte, a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé. A gente não quer só comida, a gente quer a vida como a vida quer”. Por isso, Sras. e Srs. Parlamentares, antes de abrirmos a boca para invocarmos ideias de riqueza, de desenvolvimento econômico, de liberdade, de felicidade, não nos esqueçamos nunca de que a condição imprescindível para isso é a plena e a absoluta erradicação da pobreza e da miséria. O slogan do nosso Governo é isto: um aviso, um espeto na mente a nos lembrar, a cada ato por nós efetuado, dessa verdade essencial para a construção de um mundo cada vez mais justo, livre e feliz, porque país rico realmente é país sem pobreza. Muito obrigada, nobres colegas. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Muito bem, Professora Marcivania! A partir da próxima fala, seremos rigorosos nos 3 minutos, a fim de valorizar todos que ficaram aqui e querem usar da palavra. Já somamos o tempo de cada orador e verificamos que somente será possível que todos falem se nós não prorrogarmos esse tempo. Portanto, a partir de agora seremos rigorosos nos três minutos. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra à Deputada Janete Rocha Pietá. A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT-SP. Pela ordem.) – Sr. Presidente, nestes três minutos quero tratar de três temas. O primeiro deles diz respeito à minha cidade. A revista Latin Trade relatou que o Aeroporto Terça-feira 22 08673 Internacional de Guarulhos é o pior da América Latina. Isso é uma vergonha! Pesquisa feita em 16 diferentes países fez uma avaliação péssima dos serviços prestados pelo nosso aeroporto. Diante disso, eu gostaria de fazer o meu apelo: que a INFRAERO tome providências para a construção do terceiro terminal, pois nós vamos sediar a Copa do Mundo de 2014. Sr. Presidente, gostaria de pedir ampla divulgação do meu pronunciamento nos meios de comunicação da Casa. Isso é uma vergonha! Não podemos continuar sendo tratados dessa forma. O Aeroporto de Guarulhos não oferece qualidade para os seus usuários, embora seja a porta de entrada para o Brasil. Além disso, temos problemas com uma ponte. Há um ano ainda não foi resolvido um problema que afeta a vida dos trabalhadores da nossa cidade que trabalham no aeroporto. O segundo tema é a violência contra as mulheres. A cada dois minutos cinco mulheres são espancadas, segundo pesquisa realizada em 25 Estados pela Fundação Perseu Abramo. Esse número já diminuiu, antes era oito, mas ainda é uma vergonha. A Lei Maria da Penha deixa muito claro isto: em briga de marido e mulher, o Estado mete a colher. A violência é social e há políticas públicas para isso. E há algo surpreendente: alguns homens consideram que a mulher só aprende se apanhar muito! Por isso, apresentei o Projeto de Lei nº 7.627, de 2010, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática gênero e suas relações. Sem que se mude a cultura, nós não poderemos mudar a cabeça machista e sexista do Brasil, principalmente a de alguns homens. Felizmente, muitos apoiam a luta das mulheres. Sr. Presidente, gostaria também de ressaltar o movimento que acontece hoje no Oriente Médio. Alguns brasileiros estão na Líbia, e a Comissão de Relações Exteriores precisa acompanhar a vida dessas pessoas. No Sudão, as mulheres saíram às ruas para pedir a libertação dos seus filhos e maridos. Espero que essa questão seja debatida. Democracia é importante, e o povo tem que ter voz e vez! Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – V.Exa., Deputada Janete Rocha Pietá, grande defensora de Guarulhos e das mulheres, terá garantida a divulgação de seu discurso na íntegra nos meios de comunicação da Casa. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra, por 3 minutos, ao meu amigo, o nobre Deputado Alessandro Molon, do PT do Rio de Janeiro. 08674 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ALESSANDRO MOLON (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Amauri Teixeira, é um prazer pronunciar-me nesta Casa tendo V.Exa. na Presidência dos trabalhos. Aproveito a oportunidade para cumprimentar o Deputado Valmir Assunção, do Partido dos Trabalhadores. Como V.Exa., Sr. Presidente, o Deputado Valmir Assunção provém da Bahia. Cumprimento também o corajoso e brilhante Deputado Luiz Couto, referência na luta pelos direitos humanos e contra os grupos de extermínio; o Deputado Reguffe, também presente neste plenário, lutador pela ética e contra a corrupção; e a Deputada Janete Rocha Pietá, Parlamentar combativa, que me antecedeu na tribuna. Sras. e Srs. Deputados, tenho a alegria e a honra de vir a esta tribuna para fazer o meu primeiro pronunciamento na Casa. Faço questão de iniciá-lo agradecendo a cada eleitora e a cada eleitor do meu Estado do Rio de Janeiro que me confiaram o voto e me fizeram seu representante nesta Casa. Sr. Presidente, a melhor forma de retribuir esta confiança, a meu ver, é dedicar-me, com o máximo empenho, a fazer nesta Casa o melhor por nossa Nação. Depois de 8 anos como Deputado Estadual, servindo na Assembleia Legislativa de meu Estado, o Rio de Janeiro, venho para esta Casa movido pelos mesmos princípios e pelas mesmas convicções que me fizeram ingressar na vida pública. É desses princípios e dessas convicções que quero falar nesses poucos três minutos, cumprindo o tempo regimental, como solicitado por V.Exa. Acredito, Sr. Presidente, que podemos fazer deste País a melhor nação do mundo para se viver. Este País é abençoado, privilegiado. Temos um vasto território, um subsolo mais do que rico, um clima favorável à agricultura e à pecuária, uma riquíssima biodiversidade, um potencial hídrico inigualável, além de um povo generoso e trabalhador, inteligente e solidário. Acredito que podemos promover distribuição de renda e crescimento econômico, como o nosso País tem demonstrado ultimamente, e que essa é a melhor forma de enfrentar as idas e vindas da economia mundial. Isso é bom para todo o País e não apenas para os mais pobres, que, à primeira vista, parecem ser os únicos beneficiados por essa distribuição de renda. Acredito que erradicar a miséria e respeitar, em todos os aspectos, a dignidade da pessoa humana, defendendo com todo o cuidado a vida, sejam passos fundamentais para fazer do Brasil a Nação que queremos. Acredito também que nosso País pode e precisa construir novos modelos de crescimento... (O microfone é desligado.) Fevereiro de 2011 O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Peço a V.Exa. que conclua seu discurso. Não vamos prorrogar o seu tempo. Vamos considerar lido seu pronunciamento para que outros oradores possam usar a tribuna. Sem dúvida nenhuma, o Deputado Molon será uma das grandes revelações desta Casa. Não estamos abrindo exceção. Infelizmente para amigo é que não podemos abrir exceção. Concederei três minutos a cada orador, a partir de agora, para que todos possam falar. Vamos considerar regimentalmente lido o discurso de V.Exa. Desculpe-me. Com a palavra o Deputado Reguffe. O SR. REGUFFE – O orador pode concluir seu pronunciamento, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Vamos conceder mais um tempo, em homenagem aos novos Parlamentares. O Deputado Reguffe, que será o próximo orador, está abrindo mão de seu tempo. O SR. ALESSANDRO MOLON – Agradeço ao Deputado Reguffe a gentileza, especialmente por ser este o meu primeiro pronunciamento nesta Casa. Por fim, Sr. Presidente, acredito que nosso País pode e precisa construir novos modelos de crescimento econômico que respeitem e preservem o meio ambiente e protejam a vida como um todo. Garantir que o Estado ofereça educação de qualidade para todos é o passo mais importante, a meu ver, para assegurar que nosso crescimento econômico seja acompanhado por desenvolvimento social. Ao lado da educação, o desenvolvimento científico e tecnológico pode ajudar o Brasil a ocupar cada vez mais o espaço de potência que se afirma que lhe está reservado no mundo atual. Acredito no enorme potencial de nossa cultura, um de nossos maiores patrimônios, cuja produção e divulgação precisam ser apoiadas pelo poder público. Acredito que segurança pública e direitos humanos são duas faces de uma mesma moeda. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – O discurso de V.Exa. será integralmente publicado nos Anais da Casa. Desculpe-me, Deputado Molon. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tenho a alegria e a honra de vir a esta tribuna para fazer meu primeiro pronunciamento nesta Casa. E faço questão de começar este pronunciamento pelo agradecimento a cada eleitora, a cada eleitor que me confiou seu voto e que me quis, aqui, como seu representante. A Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS melhor forma de retribuir esta confiança é, a meu ver, com o máximo empenho e dedicação, fazer o melhor por nossa Nação. Depois de 8 anos como Deputado Estadual, servindo na Assembleia Legislativa de meu Estado, o Rio de Janeiro, venho para esta Casa movido pelas mesmas convicções e pelos mesmos princípios que me fizeram ingressar na vida pública. Acredito que podemos fazer desta Nação a melhor nação do mundo para se viver, já que temos tudo de que precisamos para construir o Brasil que queremos – um vasto território, um subsolo privilegiado, um clima favorável à agricultura e à pecuária, uma riquíssima biodiversidade, um potencial hídrico inigualável, além de um povo generoso e trabalhador, inteligente e solidário. Acredito que quanto mais promovermos a distribuição de renda e a justiça social, mais a sociedade brasileira será beneficiada como um todo, e não apenas os mais pobres. A forma como o nosso País enfrentou a grave e mais recente crise econômica mundial provou esta tese: um mercado interno forte é a melhor prevenção contra as idas e vindas da economia mundial. Acredito que erradicar a miséria e respeitar, em todos os aspectos, a dignidade da pessoa humana, defendendo com todo o cuidado a vida humana, sejam passos fundamentais para fazer do Brasil a Nação que queremos. Acredito também que nosso País possa e precisa construir novos modelos de crescimento econômico que respeitem e preservem o meio ambiente e protejam a vida como um todo. Garantir que o Estado ofereça educação de qualidade para todos é o passo mais importante para assegurar que nosso crescimento econômico seja acompanhado por desenvolvimento social. Ao lado da educação, o desenvolvimento científico e tecnológico pode ajudar o Brasil a ocupar cada vez mais o espaço de potência que se afirma e que lhe está reservado no mundo atual. Acredito no enorme potencial de nossa cultura, um de nossos maiores patrimônios, cuja produção e divulgação precisam ser apoiadas pelo poder público. Acredito que segurança pública e direitos humanos são duas faces de uma mesma moeda. Ao contrário do que equivocadamente se pode pensar, só teremos verdadeira segurança pública quando os direitos humanos de todos forem respeitados, como determinam nossa Constituição e os Tratados Internacionais de que somos signatários. Por outro lado, só teremos respeito efetivo aos Direitos Humanos de todos quando tivermos assegurada segurança verdadeiramente pública. Por fim, acredito que é possível fazer política sem abrir mão de princípios, é possível exercer um Terça-feira 22 08675 mandato e permanecer fiel às mais legítimas e verdadeiras motivações que trazem as pessoas de bem à vida pública, é possível e necessário dedicar-se ao fazer político com ética, para fazer o Brasil tornar-se o país com que sonha cada cidadã, cada cidadão que trouxeram a mim e a todos nós até aqui. É a eles que devemos servir, é neles que deve estar nosso pensamento a cada decisão que tomarmos nesta Casa, que deve ser cada vez mais a Casa do Povo. É nisto que acredito. Estas são minhas convicções. Lutar por essas causas, servir ao nosso povo, trabalhar por um presente e por um futuro melhor para nossa Nação, honrar, com muito trabalho, cada voto que recebi, e fazer cada vez mais e melhor pelo Rio e pelo restante do Brasil são as minhas motivações. Foi isso que me trouxe até aqui, por isso lutarei ao longo dos quatro anos deste mandato. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Reguffe, do PDT do Distrito Federal. O SR. REGUFFE (PDT-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apresentei agora nesta Casa projeto de lei que corrige a base de cálculos da tabela do Imposto de Renda, ano após ano, pelo INPC, acrescido de 1%. Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal mostra que, nos últimos 16 anos – os oito anos do Governo Fernando Henrique mais os oito anos do Governo Lula –, a tabela do Imposto de Renda está defasada em 64,1%, de acordo com a inflação. Ou seja, reajustou-se a tabela menos do que a inflação no período. Repito: a tabela está defasada em 64,1%. Meu projeto reduz a carga tributária de forma gradual e pretende corrigir os limites de isenção da tabela do Imposto de Renda, ano após ano, pelo INPC mais 1%. O INPC de 2010 foi de 6,46%, ou seja, nós teríamos uma correção na base de cálculo da tabela, neste ano, de 7,46%, como forma de reduzir a abusiva carga tributária que recai hoje sobre os assalariados e a classe média deste País. Essa é uma forma inteligente de reduzir a carga tributária num ponto futuro, reduzindo a carga tributária de forma gradual ano após ano, corrigindo a base de cálculo do Imposto de Renda pelo INPC mais 1%. Agradeço a V. Exa. o tempo a mim concedido, Sr. Presidente. Estou à disposição dos Srs. Parlamentares para responder às perguntas sobre esse tema. Penso que uma das medidas urgentes a ser adotada pelo Governo é a redução da carga tributária. O Governo tem de requalificar seus gastos. Precisa 08676 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS gastar mais em saúde, mais em educação, mas pode retirar de outras áreas e não do contribuinte que paga impostos, de forma penosa e muito dura neste País. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Valmir Assunção, do PT do meu Estado, meu amigo, que está satisfeito com a vitória casual do Bahia. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna. O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. descreveu bem que eu estou feliz com a vitória do Bahia. Sei que V.Exa. está muito triste, porque o Vitória perdeu de 2 x 0. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nestes 3 minutos, quero abordar dois assuntos importantes. Falo inicialmente sobre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Nos últimos 46 anos o órgão assentou mais de 1 milhão de famílias, mas o INCRA já viveu muitas situações difíceis. Em 1990, por exemplo, o ex-Presidente Fernando Collor tentou acabar com aquele instituto, colocou em disponibilidade e exonerou cerca de 2.560 servidores. O INCRA vive hoje uma grande preocupação com sua estrutura. Esse órgão é importante por fazer a reforma agrária em nosso País. Mas os blogs e alguns meios de comunicação de Internet veicularam, semana passada, informações que versam sobre uma possível reestruturação do INCRA, com o esvaziamento de suas ações e o consequente desmantelamento dos seus programas de reforma agrária. Expresso essa minha preocupação, porque acredito que, ao contrário do que se fez no passado, temos de dar condições adequadas para que o INCRA cumpra seu papel, que é identificar as terras improdutivas no Brasil, fazer a reforma agrária, assentar as famílias e desenvolver nosso País. Enquanto nós, Deputados e Deputadas, discutíamos o novo valor do salário mínimo e, posteriormente, a sua votação, servidores do INCRA, liderados pela sua confederação, a CNASI, que representa os trabalhadores da autarquia de todas as superintendências estaduais, mobilizavam-se, procurando se antecipar a um possível esvaziamento dessa importante autarquia. Essa notícia é muito preocupante. Significaria a não inserção do INCRA no novo pacote de ações do Governo para a execução do Programa Nacional de Combate à Pobreza Extrema, reduzindo, assim, o tamanho do órgão, deixando apenas como sua atribuição as ações de regularização fundiária. Todas as demais atribuições, que são pilares imprescindíveis para a reforma agrária, seriam fragmentadas sob a Fevereiro de 2011 responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS. Devo ressaltar, Sras. e Srs. Deputados, que ao longo de todo o processo de implantação da reforma agrária no nosso País, o INCRA sempre foi um referencial para a execução de políticas de combate ao latifúndio e na intermediação de conflitos. Posso dizer, pela minha experiência na luta pela terra dentro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Bahia, que não se pode conceber uma reforma agrária sem a intermediação do Estado, cujo órgão responsável é o INCRA. A reforma agrária, senhoras e senhores, é política fundamental, não só para se estabelecer justiça social aos trabalhadores camponeses, mas também na promoção de cidadania, emprego e produção de alimentos saudáveis para o campo e a cidade. Por isso, antecipando-me a uma possível concretização dessas possibilidades que já circulam e que falam do esvaziamento das ações do INCRA e das consequências negativas que tal situação trará para a consolidação da reforma agrária no Brasil, externo a minha preocupação, que ora repasso a esta Casa. Acredito na capacidade e ampla visão social da presidenta Dilma, que vê, entre outras medidas para acabar com a pobreza no nosso País, a humanização e o desenvolvimento no campo. O INCRA continuará desempenhando, como até agora vem fazendo, importante papel na consolidação da reforma agrária no Brasil. Só dessa forma vejo como possível termos um Brasil cada vez melhor e menos desigual. O segundo tema que quero tratar e sobre o qual ouvi dois discursos é a redução da maioridade penal. Essa é uma grande preocupação que tenho, porque, quando se diz para reduzir a maioridade penal, significa mais uma vez apenar os adolescentes e os jovens do nosso País. Não podemos aceitar isso. Muitas pessoas, conservadoras, não compreendem o que estamos vivendo no País e querem que nossos jovens, nossos adolescentes, que não tiveram oportunidade na vida, vão para a cadeia, centro de formação de marginais neste País. Ao contrário. Temos de criar oportunidades com educação e, ao mesmo tempo, apresentar aos jovens outras perspectivas. Ou seja, fazer o adolescente viver sua adolescência, a criança sua infância. O País deve criar estruturas para que os adolescentes e as crianças brasileiras aproveitem esse momento único na vida de cada pessoa. Então, não posso aceitar que Parlamentares ou qualquer pessoa venha atribuir assassinatos, crimes aos adolescentes. Não posso aceitar! Por isso temos de discutir nesta Casa políticas públicas sociais que Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS permitam a inclusão dos nossos adolescentes em nossa sociedade. Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a divulgação deste pronunciamento no programa A Voz do Brasil e nos demais meios de comunicação da Casa. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba. Temos ainda mais três oradores inscritos. O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, retomo o tema maioridade penal. Pesquisa feita pelo DEPEN revela que 63% daqueles que estão nos presídios são jovens de 18 a 29 anos. Querem reduzir a maioridade penal para colocar mais adolescentes nas prisões, que não reeducam, não ressocializam nem modificam o comportamento desses jovens. Pelo contrário, transformam aqueles que cometeram crimes em bandidos, porque o crime organizado está tomando conta do sistema penitenciário. Precisamos, sim, criar condições efetivas para que os adolescentes em conflito com a lei possam ser recuperados. Temos atualmente o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Antes os juízes não tinham condições de determinar, mas agora podem fazer com que o jovem em conflito com a lei estude no período em que está cumprindo medida socioeducativa. Se tiver algum problema de desvio de personalidade, ele deverá receber assistência de um psiquiatra e de um psicólogo. Assim, não é a redução da idade penal que vai resolver o problema. Como disse, hoje, a maioria dos assassinados pelos grupos de extermínio são jovens e adolescentes, são pessoas que moram nas periferias e afrodescendentes. Por isso, achamos importante trabalharmos para a realização de um grande debate sobre o sistema penitenciário brasileiro, de uma grande reforma no sistema de segurança pública, que está falido, bem como o sistema penitenciário nacional. Nesse sentido, queremos contribuir com o debate para termos segurança de qualidade e que o presídio seja um espaço onde aquele que vai cumprir pena de privação de liberdade tenha condições de ser ressocializado, reeducado e transformado. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Darcísio Perondi, do PMDB do Rio Grande do Sul. O SR. DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Terça-feira 22 08677 Srs. Deputados, venho neste momento dizer por que votei no salário mínimo de 545 reais. Faço parte da Corrente Afirmação Democrática, composta por 15 Deputados e pertencente à bancada do PMDB. Estudamos a possibilidade de um salário mínimo de 600 reais. Na realidade, o salário mínimo precisaria ser muito maior – 600, 700, 800, até mil reais –, mas há implicação no déficit da Previdência: cada um real a mais no salário mínimo aumenta em 300 milhões de reais o déficit da Previdência, porque a Constituição diz que nenhum beneficiado, nenhum aposentado pode ganhar menos do que um salário mínimo. Então, o salário mínimo de 600 reais implicaria um pesado impacto de 15 bilhões de reais este ano nas contas públicas. Foi essa a razão. Ao longo dos meus quatro mandatos, defendi sempre o melhor para a Previdência, defendi o aposentado, defendi reformas da Previdência, e assim votei, mesmo que na eleição para Presidente eu tenha votado em José Serra, pois eu votei com a minha consciência, com coerência. Esse grupo Corrente Afirmação Democrática, do PMDB, estudou, analisou e votamos pela coerência, pelo ajuste fiscal. Esse mesmo ajuste fiscal levou a mim e a maioria esmagadora neste plenário a votar o salário mínimo; agora, que reflitamos em nossos próximos passos. Temos que analisar se é preciso ou não construir o trem-bala, porque vai causar um impacto brutal no ajuste fiscal. Será que é prioridade? Vamos ter de discutir isso aqui. Será que a política de dinheiro fácil do Tesouro Nacional ao BNDES, comprometendo a dívida do País, aumentando nossa dívida, vale a pena? Também é o ajuste fiscal. Temos que manter a mesma conduta que tivemos aqui em relação ao salário mínimo, pensando no ajuste e no equilíbrio fiscal, porque é preciso mais dinheiro para a saúde e a educação, além de diminuir a pobreza, que, com certeza, vem junto. Muito obrigado ao Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Obrigado ao Deputado Darcísio Perondi. Durante o discurso do Sr. Darcísio Perondi, o Sr. Amauri Teixeira, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Luiz Couto, § 2° do art. 18 do Regimento Interno O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra, pela ordem, ao último orador inscrito, o Deputado Amauri Teixeira, do PT da Bahia. S.Exa. dispõe de 3 minutos, mas pode se estender um pouco mais, porque ainda há tempo. 08678 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não vou ampliar meu tempo, para encerrarmos a sessão. Só quero aproveitar esta oportunidade para anunciar a reunião que houve em Aracaju entre a Presidenta Dilma e os Governadores do Nordeste. Na ocasião a Presidenta assumiu o compromisso de priorizar o Nordeste, região que precisa de investimentos federais, a fim de manter seu desenvolvimento e dar continuidade ao incremento que o Presidente Lula deu à região. Foi com enorme alegria que presenciei meu Governador, Jaques Wagner, juntamente com Cid Gomes, Ricardo Coutinho, Wilson Martins, até mesmo Teotônio Vilela, do PCdoB, reconhecerem que é preciso ampliar os financiamentos para a saúde. Teotônio Vilela não defendeu, mas os demais defenderam a criação de uma contribuição social para a saúde. Vamos trazer essa discussão a esta Casa e enfrentá-la. É possível, sim, ampliar o financiamento para a saúde sem ampliar nossa carga tributária, fazendo a compensação com o Imposto de Renda. Hoje, reconhecidamente, é necessário ampliar o financiamento para a saúde, criando uma contribuição específica para isso. Sr. Presidente, quero anunciar com enorme prazer que estive na minha terra, Jacobina, na sexta-feira, para participar da posse dos dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Jacobina – ACIJA, onde pude debater com os representantes dos empresários jacobinenses diversas sugestões, inclusive para a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Agradeço especialmente ao Dr. Roberto Jacobina. Cumprimento o novo Presidente Carlos Nisan e o Dr. Roberto Jacobina, grande engenheiro daquela terra, que sugeriu – vamos apresentar para a semana um requerimento – que o Governo Federal concluísse a BR-324, que foi iniciada e teve seus trabalhos interrompidos. Queremos, sim, para garantir a integração e o desenvolvimento daquela região, a conclusão da BR-324, que vai de Imburana até as margens do São Francisco. Muito obrigado e boa noite, Sr. Presidente. VII – Encerramento O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando que amanhã, terça-feira, dia 22, às 10 horas, haverá sessão solene em homenagem ao jornal Folha de S. Paulo pelo transcurso do seu nonagésimo aniversário de fundação. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Encerro a sessão, designando para amanhã, terça-feira, dia 22, às 14 horas, a seguinte Fevereiro de 2011 ORDEM DO DIA URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal) Discussão 1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 502-B, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Emenda do Senado Federal ao Projeto de Lei de Conversão nº 1, de 2011 (Medida Provisória nº 502-A, de 2010), que altera as Leis nºs 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto, e 10.891, de 9 de julho de 2004, que institui a Bolsa-Atleta; cria os Programas Atleta Pódio e Cidade Esportiva; revoga a Lei nº 6.354, de 2 de setembro de 1976; e dá outras providências. Pendente de parecer. PRAZO NA COMISSÃO MI-STA: 04/10/2010 PRAZO NA CÂMARA: 18/10/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 05/11/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 28/02/2011 2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 503, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 503, de 2010, que ratifica o Protocolo de Intenções firmado entre a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município do Rio de Janeiro, com a finalidade de constituir consórcio público, denominado Autoridade Pública Olímpica – APO. Pendente de parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 05/10/2010 PRAZO NA CÂMARA: 19/10/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 06/11/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/03/2011 3 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 505, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 505, de 2010, que constitui fonte de recursos adicional ao Banco Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Pendente de parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 10/10/2010 PRAZO NA CÂMARA: 24/10/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 11/11/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 06/03/2011 4 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 506, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 506, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério do Desenvolvimento Agrário, no valor de R$ 210.000.000,00, para o fim que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/10/2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/10/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 13/11/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 08/03/2011 5 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 507, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 507, de 2010, que institui hipóteses específicas de sanção disciplinar para a violação de sigilo fiscal e disciplina o instrumento de mandato que confere poderes a terceiros para praticar atos perante órgão da administração pública que impliquem fornecimento de dado protegido pelo sigilo fiscal. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 7, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19/10/2010 PRAZO NA CÂMARA: 02/11/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 20/11/2010 (46º DIA) Terça-feira 22 08679 PERDA DE EFICÁCIA: 15/03/2011 6 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 508, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 508, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Educação, no valor de R$ 968.185.382,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 24/10/2010 PRAZO NA CÂMARA: 07/11/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 25/11/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 20/03/2011 7 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 509, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 509, de 2010, que dá nova redação ao parágrafo único do art. 7º da Lei nº 11.668, de 2 de maio de 2008, que dispõe sobre o exercício da atividade de franquia postal. Pendente de parecer da Comissão Mista. A Emenda de nº 4, foi indeferida liminarmente por versar sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 27/10/2010 PRAZO NA CÂMARA: 10/11/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 28/11/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 23/03/2011 8 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 510, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 510, de 2010, que regula o cumprimento de obrigações tributárias por consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio; dá nova redação ao art. 31 da Medida Provisória nº 497, de 27 de julho de 2010, que promove desoneração tributária de subvenções governamentais destinadas ao fomento das atividades de 08680 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica nas empresas e institui o Regime Especial de Tributação para construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios de futebol – RECOM; acresce dispositivos à Lei no 10.168, de 29 de dezembro de 2000, que institui contribuição de intervenção de domínio econômico destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação; e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 5, 6, 7, 8, 9 e 10, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 11/11/2010 PRAZO NA CÂMARA: 25/11/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 13/12/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 07/04/2011 9 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 511, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 511, de 2010, que dispõe sobre medidas para assegurar a sustentabilidade econômico-financeira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, sobre autorização para garantia do financiamento do Trem de Alta Velocidade – TAV, no trecho entre os Municípios do Rio de Janeiro – RJ e Campinas – SP, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 21/11/2010 PRAZO NA CÂMARA: 05/12/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 02/02/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 17/04/2011 10 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 512, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 512, de 2010, que altera a Lei nº 9.440, de 14 de março de 1997, que esta- Fevereiro de 2011 belece incentivos fiscais para o desenvolvimento regional e da indústria automotiva. Pendente de parecer da Comissão Mista. A Emenda de nº 6, foi indeferida liminarmente por versar sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 09/12/2010 PRAZO NA CÂMARA: 02/02/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 20/02/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 05/05/2011 11 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 513, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 513, de 2010, que autoriza o Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS a assumir, na forma disciplinada em ato do Conselho Curador do Fundo de Compensação de Variações Salariais – CCFCVS, direitos e obrigações do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH, oferecer cobertura direta a contratos de financiamento habitacional averbados na Apólice do SH/SFH, autoriza o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT a utilizar recursos federais em apoio à transferência definitiva do domínio da malha rodoviária federal para os Estados, acresce o Porto do Pólo Industrial de Manaus no item 4.2 da Relação Descritiva dos Portos Marítimos, Fluviais e Lacustres, integrante do Anexo do Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 09/12/2010 PRAZO NA CÂMARA: 02/02/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 20/02/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 05/05/2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS URGÊNCIA (Art. 62, da Constituição Federal) Discussão 12 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 514, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 514, de 2010, que altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas, as Leis nºs 10.188, de 12 de fevereiro de 2001, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.766, de 19 de dezembro de 1979, e 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 17, 36, 38, 39, 43, 45 e 52, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 15/12/2010 PRAZO NA CÂMARA: 08/02/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 26/02/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 11/05/2011 13 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 515, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 515, de 2010, que abre crédito extraordinário em favor da Justiça do Trabalho e de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 26.673.264.196,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 14 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 516, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 516, de 2010, que dispõe sobre o salário mínimo a partir de 1º de Terça-feira 22 08681 janeiro de 2011. Pendente de parecer da Comissão Mista. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 15 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 517, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 517, de 2010, que dispõe sobre a incidência do imposto sobre a renda nas operações que especifica, altera as Leis nºs 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 11.478, de 29 de maio de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 2010, institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares – RENUCLEAR, dispõe sobre medidas tributárias relacionadas ao Plano Nacional de Banda Larga, altera a legislação relativa à isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM, dispõe sobre a extinção do Fundo Nacional de Desenvolvimento, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 16 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 518, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 518, de 2010, que disciplina a formação e consulta a bancos de dados com informações de adimplemento, de pessoas naturais ou de pessoas jurídicas, para formação de histórico de crédito. Pendente de parecer da Comissão Mista. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 08682 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 17 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 519, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 519, de 2010, que autoriza o Poder Executivo a doar estoques públicos de alimentos para assistência humanitária internacional. Pendente de parecer da Comissão Mista. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 18 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 520, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 520, de 2010, que autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. – EBSERH e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 19 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 521, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 521, de 2010, que altera a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, que dispõe sobre as atividades do médico-residente e prorroga o prazo de pagamento da Gratificação de Representação de Gabinete e da Gratificação Temporária para os servidores ou empregados requisitados pela Advocacia-Geral da União. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 5, 6 e 9, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 Fevereiro de 2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 20 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 522, DE 2011 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 522, de 2011, que abre crédito extraordinário, em favor dos Ministérios dos Transportes e da Integração Nacional, no valor global de R$ 780.000.000,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 21 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 523, DE 2011 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 523, de 2011, que autoriza a concessão de subvenção econômica ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, em operações de financiamento destinadas a capital de giro e investimento de empresas e micro empreendedores individuais localizados em Municípios do Estado do Rio de Janeiro. Pendente de parecer da Comissão Mista. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 22 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 524, DE 2011 (Do Poder Executivo) Discussão em turno único, da Medida Provisória nº 524, de 2011, que altera a Lei no 12.337, de 12 de novembro de 2010, para autorizar a prorrogação de contratos por tempo determinado firmados com fundamento na alínea “h” do inciso VI do art. 2o da Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993. Pendente de parecer da Comissão Mista. COMISSÃO MISTA: 15/02/2011 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2011 Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2011 AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS I – EMENDAS 2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICD Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD). Nº 7/11 (DOMINGOS DUTRA) – Prevê a autonomia financeira das Comissões Permanentes para a gestão, dentro dos respectivos campos temáticos, das suas atividades internas e externas. DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28/02/11 Nº 11/11 (DOMINGOS DUTRA) – Altera o art. 86 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, instituindo a obrigatoriedade de inserção de uma cota mínima de proposições de iniciativa parlamentar na Ordem do Dia das sessões. DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28/02/11 Nº 14/11 (MENDES RIBEIRO FILHO) – Acrescenta art. 259-A ao Regimento Interno, criando novos credenciamentos junto à Câmara dos Deputados. DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28/02/11 II – RECURSOS 1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), todos do RICD. Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD). 1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS PROJETO DE LEI Nº 3.051/2008 (Sandes Júnior) – Dispõe sobre a delegação de atribuições de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal e altera a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950. ÚLTIMA SESSÃO: 22/02/2011 Nº 6414/2009 (Paulo Pimenta) – Institui o dia 23 de outubro como “Dia Nacional do Quadro Especial do Exército Brasileiro”. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 Terça-feira 22 08683 2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 C/C ART. 132, § 2º DO RICD (Matérias sujeitas à deliberação do Plenário em apreciação preliminar, nos termos do art. 144 do RICD) PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões. 2.2 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJURIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE PROJETO DE LEI Nº 6473/2009 (Jaime Martins) – Altera o Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, para incluir novos trechos ferroviários na Relação Descritiva das Ferrovias do Plano Nacional de Viação. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 25/02/2011 3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE – ART. 164, § 2º, DO RICD (SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD) Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD). PROJETO DE LEI Nº 727/1995 (JOSE AUGUSTO) – Acrescenta parágrafo único ao art. 3º, da Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, que “dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não”. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 Nº 1.316/1995 (Carlos Mosconi) – Altera dispositivos da Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, que “dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não”. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 Nº 1.496/1996 (EDSON EZEQUIEL) – Suprime os incisos II e III e dá nova redação ao inciso I do parágrafo 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que “regulamenta o artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 Nº 1.705/1996 (JORGE ANDERS) – Acrescenta inciso ao art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o artigo 37, inciso XXI da Constitui- 08684 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ção Federal, institui normas para licitação e contratos da administração publica, e da outras providencias. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 Nº 2.238/1996 (ANTONIO BALHMANN) – Altera o parágrafo segundo do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que dispõe sobre licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 Nº 2.588/1996 (Cunha Bueno) – Altera o art. 7º da Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, que “Dispõe sobre seguro obrigátorio de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não”. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 Nº 2.531/2000 (José Militão) – Define o valor das indenizações e a repartição dos recursos arrecadados pelo Seguro Obrigatório DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 Nº 2537/2000 (Professor Luizinho) – Acrescenta dispositivo à Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, estabelecendo forma de pagamento das indenizações. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 Nº 3.154/2000 (Bispo Rodrigues) – Modifica o art. 4º da Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, que “dispõe sobre o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não”, para assegurar o pagamento de indenizações deste seguro exclusivamente às vítimas ou aos seus beneficiários. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 Nº 786/2003 (Odair) – Dá nova redação ao art. 1º da Lei nº 8.958, de 20 de janeiro de 1994 que dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio, e dá outras providências. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 Nº 4.588/2004 (Eduardo Cunha) – Veda o estabelecimento de conteúdo programático de nível de escolaridade superior ao exigido pelas atribuições a desempenhar, nos processos seletivos que especifica. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 Fevereiro de 2011 Nº 7.314/2006 (Antonio Carlos Mendes Thame) – Dispõe sobre o prazo máximo para a liquidação dos pedidos de indenização do seguro DPVAT, de que trata o artigo 5º da Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, alterado pela Lei nº 8.441, de 13 de julho de 1992. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 Nº 3.283/2008 (Rodrigo Rollemberg) – Inclui dispositivos na Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, que dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio e dá outras providências. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 Nº 7.370/2010 (Eduardo Barbosa) – Acrescenta parágrafo único ao art. 11 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, para dispor sobre o grau de complexidade das provas em concursos públicos. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/02/2011 4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPOSIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões. PROJETO DE LEI Nº 7.856/2010 (Neilton Mulim) – Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de sistema de blindagem nas viaturas das Polícias Civil e Militar dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 23/02/2011 ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EXPEDIENTE DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2011 Dia 22, 3ª-feira 15:00 FÁBIO FARIA (PMN – RN) 15:25 JORGE BOEIRA (PT – SC) Dia 23, 4ª-feira 15:00 MARCELO AGUIAR (PSC – SP) 15:25 NELSON MARCHEZAN JUNIOR (PSDB – RS) Dia 24, 5ª-feira 15:00 MARCUS PESTANA (PSDB – MG) 15:25 JEAN WYLLYS (PSOL – RJ) Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Dia 25, 6ª-feira 10:00 ANDERSON FERREIRA (PR – PE) 10:25 SANDRO ALEX (PPS – PR) 10:50 CÉSAR HALUM (PPS – TO) 11:15 DOMINGOS SÁVIO (PSDB – MG) 11:40 GENECIAS NORONHA (PMDB – CE) Dia 28, 2ª-feira 15:00 LÚCIO VALE (PR – PA) 15:25 VILMAR ROCHA (DEM – GO) 15:50 TIRIRICA (PR – SP) 16:15 ANTONIO IMBASSAHY (PSDB – BA) 16:40 DANILO CABRAL (PSB – PE) (Encerra-se a sessão às 18 horas e 56 minutos) DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO PAES LANDIM NO PERÍODO DESTINADO A COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 009, REALIZADA EM 14 DE FEVEREIRO DE 2011 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB-PI. Pela ordem.) – Sr. Presidente, os acontecimentos do Cairo não podem passar ao largo da nossa agenda parlamentar, até porque se trata de manifestação espontânea da nova geração de egípcios, cansados do regime autoritário de mais de 30 anos. Aliás, a tradição egípcia não é sensível aos sistemas democráticos, pois que a monarquia foi destituída em 1952 por um grande líder carismático, Nasser, sempre dentro da postura autoritária de governo, seguido depois pelo seu sucessor, Anwar Sadat, e agora por Mubarak. Sr. Presidente, o manifesto divulgado pelo Comando das Forças Armadas do Egito tem um grande significado. Como assinalaram os jornalistas espanhóis Enric González e Nuria Tesón, correspondentes do El País no Cairo, na sua edição de 14 de fevereiro, o texto parece até ter sido elaborado por um discípulo de Thomas Jefferson. Assim, consta do seu preâmbulo: “O Conselho Supremo das Forças Armadas acredita que a liberdade do ser humano, o império da lei, a fé e o valor da igualdade, a democracia plural, a justiça social e a erradicação da corrupção constituem as bases da legitimidade de qualquer sistema de governo que dirigir o país na próxima era (...), também acredita que a dignidade da nação é tão só o reflexo da dignidade de cada um dos seus membros e que os cidadãos livres, orgulho- Terça-feira 22 08685 sos da sua humanidade, são a tábua mestra de uma nação forte.” Sr. Presidente, são palavras bonitas e esperançosas. Espero que no futuro elas ditem a conduta dos destinos do Egito. É uma pena que a imprensa brasileira não tenha destacado o manifesto histórico dos militares egípcios. Estava lendo, ainda ontem, o maior pensador marxista da atualidade: Eric Hobsbawm. Em entrevista concedida ao jornalista italiano Antonio Polito, disse que a sua preocupação é que a despolitização de grandes massas de cidadãos é um perigo sério, que pode levar à mobilização dessas massas, contrárias aos modus operandi de todos os tipos de políticas democráticas. No entanto, o que se vê no Egito é esta bela surpresa: uma geração comprometida com os valores democráticos. O próprio Comando Supremo das Forças Armadas, no preâmbulo da proclamação dirigida à nação, no domingo, ressalta a sua fé nos valores da democracia. O Comando promete, ainda, a elaboração de uma nova Constituição, a ser submetida ao povo, e, a seguir, a convocação de eleições. Estimo que a revolução na praça do Cairo, que é a tradução da Praça Tahrir, seja o sinal de uma nova etapa de todo o mundo árabe, que tem uma tradição autocrática, autoritária e totalitária de muitos séculos, posto que essas sociedades, com raríssimas exceções, desconheceram o respeito à propriedade privada, aos contratos, o que evidentemente levou sempre à negação do Estado de Direito. A revolução do Cairo, Sr. Presidente, sinaliza uma primavera da democracia do mundo árabe. Consequentemente, poderá ser um grande instrumento de paz no Oriente Médio e, o que é importante, em todo o mundo. DESPACHOS DO PRESIDENTE EM PROPOSIÇÕES MENSAGEM Nº 22-, DE 2011 (Do Poder Executivo) AV 25/2011 Submete à consideração do Congresso Nacional, o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Zimbábue sobre o Exercício de Atividade Remunerada por parte de Dependentes do Pessoal Diplomático, Consular, Militar, Administrativo e Técnico, assinado em Brasília, em 16 de novembro de 2010 (Às Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Trabalho, de Administração 08686 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e Serviço Público e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e art. 54, Ricd) Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Prioridade) MENSAGEM Nº 23, DE 2011 (Do Poder Executivo) AV 26/2011 Comunica ao Congresso Nacional que a Portaria nº 268, de 12 de maio de 2009, que outorgava permissão à Rádio Nativa FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada no município de Ipaba, Estado de Minas Gerais, referendada pelo Decreto Legislativo nº 712, de 2010, foi anulada em decorrência de decisão judicial, de conformidade com a Exposição de Motivos nº 2, de 19 de janeiro de 2011, do Senhor Ministro de Estado das Comunicações (Às Comissões de Ciência E Tecnologia, Comunicação e Informática e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 Ricd) Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva (Parecer 09/90 – Ccjr) Regime de Tramitação: Art. 223 – Cf) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2, DE 2011 (Do Sr. Ronaldo Caiado) Acrescenta o parágrafo 4º do art. 56 da Constituição Federal; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (relator: DEP. MENDONÇA FILHO). (À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Especial) PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 11, DE 2011 (Do Sr. Jaime Martins) Altera a Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, para estabelecer a incidência de ICMS sobre operações de exportação de produtos primários não renováveis (Às Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, Ricd) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 Ricd) Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Prioridade) Fevereiro de 2011 PROJETO DE LEI Nº 9, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Altera a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e fixa critérios ambientais para licitações e contratos no âmbito da Administração Pública. (Apense-se à(ao) Pl-905/2007. Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Prioridade) PROJETO DE LEI Nº 39, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Dispõe sobre a dispensa de pagamento pelo uso de estacionamento em shopping centers e hipermercados. (Apense-se à(ao) Pl-2621/2007. Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Ordinária) PROJETO DE LEI Nº 47, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Altera a Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, para destinar parcela da compensação financeira pela exploração de recursos minerais a um fundo nacional de exaustão de jazidas e dá outras providências (Apense-se à(ao) Pl-3854/2008. Proposição Sujeita À Apreciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária) PROJETO DE LEI Nº 57, DE 2011 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly) Proíbe a realização de apostas em evento de natureza esportiva pela rede mundial de computadores e dá outras providências. (Às Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, Ricd) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 Ricd) Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária) PROJETO DE LEI Nº 82, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Cria o Vale-Esporte e dá outras providências. (Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Turismo e Desporto; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, Ricd) e Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 Ricd) – Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária) PROJETO DE LEI Nº 90, DE 2011 (Do Sr. Bernardo Santana de Vasconcellos) Modifica a Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, que “altera a Legislação Tributária Federal e dá outras providências.” (Às Comissões de Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, Ricd) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 Ricd) – Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária) PROJETO DE LEI Nº 98, DE 2011 (Do Sr. Walter Tosta) Concede às pessoas portadoras de deficiência gratuidade no acesso a estádios, ginásios esportivos e parques aquáticos do Brasil em todas as competições esportivas que se realizarem (Apense-se à(ao) Pl-6353/2009. Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Prioridade) PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 9, DE 2011 (Do Sr. Reguffe) Revoga o art. 1º do Ato da Mesa nº 20, de 10 de abril de 2008, que dispõe sobre o valor da verba de gabinete e o número máximo de secretários parlamentares nos gabinetes parlamentares, reduzindo-os de 25 para 09 (Às Comissões de Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 Ricd) Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Ordinária) INDICAÇÃO Nº 80, DE 2011 (Do Sr. Julio Lopes) Sugere ao Ministro da Fazenda, a edição de decreto do Executivo no sentido da redução para zero da alíquota de IOF para as empresas de transporte público (Publique-se. Encaminhe-se.) Terça-feira 22 08687 INDICAÇÃO Nº 81, DE 2011 (Do Sr. Amauri Teixeira) Sugere à Senhora à Ministra de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, a imediata contratação de auditores fiscais da receita e do trabalho, já concursados e aprovados (Publique-se. Encaminhe-se.) INDICAÇÃO Nº 82, DE 2011 (Do Sr. Cláudio Puty) Sugere o envio de Indicação ao Ministro de Estado da Educação, Sr. Fernando Haddad, para a criação das Universidades Federais do Marajó e da Amazônia Tocantina, no Estado do Pará (Publique-se. Encaminhe-se.) INDICAÇÃO Nº 83, DE 2011 (Do Sr. Amauri Teixeira) Sugere ao Senhor Ministro de Estado dos Transportes a imediata recuperação do pavimento da Rodovia BR-324, na Região de Jacobina, no trecho Paraíso – Capim Grosso (Publique-se. Encaminhe-se.) INDICAÇÃO Nº 84, DE 2011 (Do Sr. Lourival Mendes) Sugere a Excelentíssima Senhora Presidenta da República alterar o Decreto Presidencial 5.520 de 24 de agosto de 2005, incluído um representante da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (ACEB) na área do patrimônio cultural, indicado pelos membros da sociedade civil nos colegiados setoriais, como parte integrante do plenário do CNPC (Publique-se. Encaminhe-se.) INDICAÇÃO Nº 85, DE 2011 (Do Sr. Ronaldo Benedet) Sugere ao Ministro de Estado da Defesa que a INFRAERO renove o convênio que mantêm com o Estado de Santa Catarina para a administração do aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha (Publique-se. Encaminhe-se.) INDICAÇÃO Nº 86, DE 2011 (Do Sr. Assis Melo) Sugere ao Ministério da Educação, a extensão do campus da Universidade Federal do 08688 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Rio Grande do Sul (UFRGS), para o município de Caxias do Sul – RS. (Publique-se. Encaminhe-se.) INDICAÇÃO Nº 87, DE 2011 (Do Sr. Ronaldo Fonseca) Sugere a Sua Excelência a Senhora Presidenta da República a ampliação da atuação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação – CNCD, no sentido de incluir outras minorias (Publique-se. Encaminhe-se.) INDICAÇÃO Nº 88, DE 2011 (Do Sr. Francisco Praciano) Sugere ao Ministério da Saúde providências para a implantação e estruturação de Centros de Referências nas capitais da região Norte, para a realização dos transplantes que especifica. (Publique-se. Encaminhe-se.) SEÇÃO II ATOS DO PRESIDENTE O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, item I, alínea “a”, do Ato da Mesa Nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve: TORNAR SEM EFEITO o Ato de 10 de fevereiro de 2011, publicado no Diário da Câmara dos Deputados do dia 11 subsequente, que exonerou LUCIANA DE FREITAS GONÇALVES, ponto Nº 117.029, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exercia no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. TORNAR SEM EFEITO o Ato de 10 de fevereiro de 2011, publicado no Diário da Câmara dos Deputados do dia 11 subsequente, que nomeou CARLOS GUSTAVO DE ALMEIDA BRUM para exercer, no Gabinete do Primeiro Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. TORNAR SEM EFEITO o Ato de 15 de fevereiro de 2011, publicado no Diário da Câmara dos Deputados do dia 16 subsequente, que nomeou EDGAR BRAGA NETO para exercer, no Gabinete do Segundo Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. TORNAR SEM EFEITO o Ato de 14 de fevereiro de 2011, publicado no Diário da Câmara dos Depu- Fevereiro de 2011 tados do dia 15 subsequente, que nomeou MÁRCIO JOSÉ ACCIOLY XAVIER para exercer, no Gabinete do Segundo Vice-Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. TORNAR SEM EFEITO o Ato de 14 de fevereiro de 2011, publicado no Diário da Câmara dos Deputados do dia 15 subsequente, que nomeou WOLBER LOPES PINHEIRO JÚNIOR para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, item I, alínea “a”, do Ato da Mesa Nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve: EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANA PAULA COUTINHO GURGEL GAMA, ponto Nº 112.587, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Segundo Vice-Presidente. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANTONIO CARLOS MACHADO, ponto Nº 119.778, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Segundo Vice-Presidente. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, BENEDITO EUSTÁQUIO MENDONÇA ARAUJO, ponto Nº 119.640, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CRISTINA GONÇALVES HONFI, ponto Nº 119.655, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DYEGO BARROS FRANÇA BARBOSA, ponto Nº 119.350, do cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto B, CNE-10, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, HERNANDO SANTOS OLIVEIRA, ponto Nº 120.108, do cargo Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido Verde. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JOÃO MARIA BEATO DE ANDRADE, ponto Nº 118.965, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Quarto Suplente dos Secretários. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JOSÉ WILSON SOARES DE ARAÚJO, ponto Nº 113.299, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido Progressista. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANA MARTINS DE REZENDE, ponto Nº 119.827, do cargo em comissão de Secretário Particular, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA APARECIDA DE AVILA MARQUES, ponto Nº 120.218, do cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto C, CNE-12, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, da Coordenação de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA VALERIA LEMOS VASCONCELOS, ponto Nº 120.351, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido Socialista Brasileiro. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MAYARA COSTA FERREIRA, ponto Nº 119.641, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MICHELLE PRADO GONCALVES, ponto Nº 120.241, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Democratas. Terça-feira 22 08689 EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ORIANA TONHÁ LOPES, ponto Nº 119.566, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido dos Trabalhadores. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PAULO CESAR ALVES DA SILVA, ponto Nº 115.635, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido Progressista. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PAULO DUTRA DE MORAES JUNIOR, ponto Nº 119.040, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Segundo Vice-Presidente. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RAFAELA MOREIRA AVELAR, ponto Nº 120.312, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Terceiro-Secretário. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, REGINA BEZERRA DA SILVA FONTES, ponto Nº 116.639, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Ouvidoria Parlamentar. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RICHARD DE ALCÂNTARA RICARDO, ponto Nº 119.763, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Segundo Suplente dos Secretários. EXONERAR, a pedido, de acordo com o artigo 35, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SEVERINO VENÂNCIO ROCHA NETO, ponto Nº 120.209, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exercia no Gabinete do Primeiro-Secretário, a partir de 17 de fevereiro de 2011. EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ZOIR NEVES SOARES JUNIOR, ponto Nº 117.938, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. 08690 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6º da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RESOLVE: NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, ALESSANDRA CAVALCANTI DONATO para exercer, no Gabinete do Terceiro-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, ANA PAULA COUTINHO GURGEL GAMA para exercer, no Gabinete do Líder do Democratas, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, ANNA CHRISTINA LINS GOMES para exercer, no Gabinete do Segundo Vice-Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, ANTÔNIO CARLOS REZENDE ANTUNES para exercer, na Ouvidoria Parlamentar, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, APARECIDA DE LOURDES DA COSTA para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, ARTHUR CHAVES FIGUEIREDO para exercer, no Gabinete do Segundo-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, BENEDITO EUSTÁQUIO MENDONÇA ARAUJO para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto B, CNE-10, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, BRUNA HORTIS FERREIRA DE MELO para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, CANDYCE DA CRUZ ROCHA para exercer, no Gabinete do Primeiro Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. Fevereiro de 2011 NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, CARLOS RUDINEI ARGUELHA MATTOSO para exercer, no Gabinete do Quarto-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, CLÁUDIA HELENA CURSINO para exercer, no Gabinete do Quarto-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, CLAUDINEI JACY PEREIRA para exercer, no Gabinete do Segundo-Secretário, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto B, CNE10, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, CLEUSA DE ALMEIDA RIBEIRO para exercer, no Gabinete do Segundo Vice-Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, CRISTINA GONÇALVES HONFI para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, DANIEL BEZERRA RIBEIRO SOARES para exercer, no Gabinete do Segundo-Secretário, o cargo em comissão de Assessor Técnico, CNE-07, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, DANIELA CRISTINA GUEDES DE MAGALHÃES ALMEIDA para exercer, no Gabinete do Segundo-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, DENISE DE SOUZA REIS para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, DYEGO BARROS FRANÇA BARBOSA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, EUDES FERNANDES BRITO para Fevereiro de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS exercer, no Gabinete do Segundo-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, EVELYNE MARIA ANDRADE CECCHI para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, FABIANA MAZIERO para exercer, no Gabinete do Líder do Partido dos Trabalhadores, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, FABIANO DA SILVA PEREIRA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, FRANCIELE TEIXEIRA FERNANDES para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, GERALDO MONTEIRO GURGEL para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, GILBERTO GUERRERO JUNIOR para exercer, no Gabinete do Segundo-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, GRAZIELLE TATIANE SANTANA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da República, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, HELEN LOPES JARDIM para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, HUDSON ANDRÉ FRANCISCO para exercer, na Ouvidoria Parlamentar, o cargo em Terça-feira 22 08691 comissão de Assessor Técnico, CNE-07, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, JOANA LIMA DE OLIVEIRA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido Progressista, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, JOÃO MARIA BEATO DE ANDRADE para exercer, no Gabinete do Líder do Partido Socialista Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, JOAQUIM ANTONIO LOURENÇO FERNANDES para exercer, no Gabinete do Líder do Partido Progressista, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, JOSÉ LUIZ PACHECO JÚNIOR para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, JOSY MARIA STELA CUQUEJO PINHO para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da República, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, JULIANA TANURE DE FIGUEIREDO MORANDI para exercer, na Ouvidoria Parlamentar, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, LINCOLN MARCELLO THOMAZ NORONHA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, LUÍS EDUARDO AMARILO DE SOUSA para exercer, no Gabinete do Quarto Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MAICOW COSTA DA GAMA para exercer, na Ouvidoria Parlamentar, o cargo em comissão de Secretário Particular, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MARCOS ANTONIO RAMOS LULA 08692 Terça-feira 22 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MARIA APARECIDA DE AVILA MARQUES para exercer, no Gabinete do Quarto-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MARIA REGINA BURTET VIDAL para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assessor Técnico, CNE-07, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MARIA SELMA CORRÊA DINIZ para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MARIA VALERIA LEMOS VASCONCELOS para exercer, no Gabinete do Líder do Partido Socialista Brasileiro, o cargo em comissão de Assessor Técnico, CNE-07, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MARISTELA JULIANA KLEIN para exercer, no Gabinete do Segundo Vice-Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MAURICIO OLIVEIRA CARAM GUIMARAES para exercer, no Gabinete do Primeiro Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MAYARA COSTA FERREIRA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da Mobilização Nacional, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MELANI MARISA SCHMIDT para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, MICHELI DIAS SILVA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Demo- Fevereiro de 2011 crático Brasileiro, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, NATHALIA GOMES PEDROSA para exercer, no Gabinete do Segundo Vice-Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, NOELI MARIA DO SACRAMENTO BECKER para exercer, no Gabinete do Primeiro Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, ORIANA TONHÁ LOPES para exercer, no Gabinete do Quarto Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assessor Técnico, CNE-07, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, PAULO DUTRA DE MORAES JÚNIOR para exercer, no Gabinete do Segundo-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, RAPHAELA MENEZES DE OLIVEIRA para exercer, no Gabinete do Quarto Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, RICHARD DE ALCÂNTARA RICARDO para exercer, no Gabinete do Segundo Suplente dos Secretários, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, THATY ANNIE BARRETO TAVARES DE SOUZA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido Verde, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei Nº 8.112, de 1990, VERA LUCIA SOCORRO FONSECA DO NASCIMENTO DE OLIVEIRA para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da República, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. Câmara dos Deputados, 21 de fevereiro de 2011. – Marco Maia, Presidente. MESA DIRETORA Vice-Líderes: Arlindo Chinaglia, José Guimarães e Henrique Fontana. Presidente: PMDB MARCO MAIA - PT - RS Líder: HENRIQUE EDUARDO ALVES 1º Vice-Presidente: ROSE DE FREITAS - PMDB - ES 2º Vice-Presidente: EDUARDO DA FONTE - PP - PE 1º Secretário: Vice-Líderes: Mendes Ribeiro Filho (1º Vice), Teresa Surita, Almeida Lima, Antônio Andrade, Benjamin Maranhão, Darcísio Perondi, Edinho Araújo, Edinho Bez, Eduardo Cunha, Gastão Vieira, Genecias Noronha, Júnior Coimbra, Mauro Benevides, Osmar Serraglio, Renan Filho, Newton Cardoso e Marcelo Castro. Bloco PSB, PTB, PCdoB EDUARDO GOMES - PSDB - TO 2º Secretário: Líder: ANA ARRAES Vice-Líderes: Jovair Arantes (1º Vice) e Osmar Júnior. JORGE TADEU MUDALEN - DEM - SP Bloco PR, PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC, PSL 3º Secretário: INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE Líder: LINCOLN PORTELA Vice-Líderes: George Hilton (1º Vice), José Rocha, Anthony Garotinho, Dr. Paulo César, João Carlos Bacelar, Laercio Oliveira, Ronaldo Fonseca, Gorete Pereira, Homero Pereira e Izalci. 4º Secretário: JÚLIO DELGADO - PSB - MG 1º Suplente de Secretário: PSDB GERALDO RESENDE - PMDB - MS Líder: DUARTE NOGUEIRA 2º Suplente de Secretário: Vice-Líderes: Alfredo Kaefer, Antonio Imbassahy, Bruno Araújo, Cesar Colnago, Domingos Sávio, Luiz Fernando Machado, Otavio Leite, Raimundo Gomes de Matos, Rogério Marinho e Vanderlei Macris. MANATO - PDT - ES 3º Suplente de Secretário: CARLOS EDUARDO CADOCA - PSC - PE 4º Suplente de Secretário: DEM Líder: ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO SÉRGIO MORAES - PTB - RS Vice-Líderes: Pauderney Avelino (1º Vice), Abelardo Lupion, Claudio Cajado, Eduardo Sciarra, Efraim Filho, Marcos Montes, Mendonça Filho, Nice Lobão, Onofre Santo Agostini, Onyx Lorenzoni e Ronaldo Caiado. LÍDERES E VICE-LÍDERES PT Líder: PAULO TEIXEIRA PP Líder: NELSON MEURER Vice-Líderes: José Otávio Germano (1º Vice). PDT Líder: GIOVANNI QUEIROZ Vice-Líderes: André Figueiredo (1º Vice), Wolney Queiroz, Paulo Pereira da Silva e Miro Teixeira. Bloco PV, PPS Líder: SARNEY FILHO Vice-Líderes: Rubens Bueno (1º Vice), Fábio Ramalho, Guilherme Mussi, Paulo Wagner, Arnaldo Jardim, Arnaldo Jordy e Roberto Santiago. PSC Líder: RATINHO JUNIOR Vice-Líderes: . PMN Líder: Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD PSOL Repr.: Liderança do Governo Líder: CÂNDIDO VACCAREZZA Vice-Líderes: . Liderança da Minoria Líder: PAULO ABI-ACKEL DEPUTADOS EM EXERCÍCIO José Priante - PMDB Josué Bengtson - PTB Roraima Lira Maia - DEM Berinho Bantim - PSDB Lúcio Vale - PR Chico das Verduras - PRP Luiz Otavio - PMDB Edio Lopes - PMDB Miriquinho Batista - PT Jhonatan de Jesus - PRB Wandenkolk Gonçalves - PSDB Luciano Castro - PR Wladimir Costa - PMDB Paulo Cesar Quartiero - DEM Zé Geraldo - PT Raul Lima - PP Zequinha Marinho - PSC Amazonas Teresa Surita - PMDB Amapá Átila Lins - PMDB Dalva Figueiredo - PT Carlos Souza - PP Davi Alcolumbre - DEM Francisco Praciano - PT Evandro Milhomen - PCdoB Henrique Oliveira - PR Fátima Pelaes - PMDB Pauderney Avelino - DEM Luiz Carlos - PSDB Rebecca Garcia - PP Professora Marcivania - PT Sabino Castelo Branco - PTB Sebastião Bala Rocha - PDT Silas Câmara - PSC Rondônia Vinicius Gurgel - PRTB Pará Carlos Magno - PP André Dias - PSDB Lindomar Garçon - PV Arnaldo Jordy - PPS Marinha Raupp - PMDB Beto Faro - PT Mauro Nazif - PSB Cláudio Puty - PT Moreira Mendes - PPS Dudimar Paxiuba - PSDB Natan Donadon - PMDB Elcione Barbalho - PMDB Nilton Capixaba - PTB Giovanni Queiroz - PDT Padre Ton - PT Acre Luciano Moreira - PMDB Antônia Lúcia - PSC Nice Lobão - DEM Flaviano Melo - PMDB Pedro Fernandes - PTB Gladson Cameli - PP Pinto Itamaraty - PSDB Henrique Afonso - PV Professor Setimo - PMDB Marcio Bittar - PSDB Ribamar Alves - PSB Perpétua Almeida - PCdoB Sarney Filho - PV Siba Machado - PT Waldir Maranhão - PP Taumaturgo Lima - PT Zé Vieira - PR Tocantins Ceará Agnolin - PDT André Figueiredo - PDT César Halum - PPS Aníbal Gomes - PMDB Eduardo Gomes - PSDB Antonio Balhmann - PSB Irajá Abreu - DEM Ariosto Holanda - PSB Júnior Coimbra - PMDB Arnon Bezerra - PTB Laurez Moreira - PSB Artur Bruno - PT Lázaro Botelho - PP Chico Lopes - PCdoB Professora Dorinha Seabra Rezende - DEM Danilo Forte - PMDB Maranhão Domingos Neto - PSB Alberto Filho - PMDB Edson Silva - PSB Carlos Brandão - PSDB Eudes Xavier - PT Cleber Verde - PRB Genecias Noronha - PMDB Davi Alves Silva Júnior - PR Gorete Pereira - PR Domingos Dutra - PT João Ananias - PCdoB Edivaldo Holanda Junior - PTC José Airton - PT Gastão Vieira - PMDB José Guimarães - PT Hélio Santos - PSDB José Linhares - PP Lourival Mendes - PTdoB Manoel Salviano - PSDB Mauro Benevides - PMDB Efraim Filho - DEM Raimundão - PMDB Hugo Motta - PMDB Raimundo Gomes de Matos - PSDB Luiz Couto - PT Vicente Arruda - PR Manoel Junior - PMDB Piauí Nilda Gondim - PMDB Assis Carvalho - PT Romero Rodrigues - PSDB Hugo Napoleão - DEM Ruy Carneiro - PSDB Iracema Portella - PP Wellington Roberto - PR Jesus Rodrigues - PT Wilson Filho - PMDB Pernambuco Júlio Cesar - DEM Marcelo Castro - PMDB Ana Arraes - PSB Marllos Sampaio - PMDB Anderson Ferreira - PR Nazareno Fonteles - PT Augusto Coutinho - DEM Osmar Júnior - PCdoB Bruno Araújo - PSDB Paes Landim - PTB Carlos Eduardo Cadoca - PSC Rio Grande do Norte Eduardo da Fonte - PP Fábio Faria - PMN Fernando Coelho Filho - PSB Fátima Bezerra - PT Fernando Ferro - PT Felipe Maia - DEM Gonzaga Patriota - PSB Henrique Eduardo Alves - PMDB Inocêncio Oliveira - PR João Maia - PR João Paulo Lima - PT Paulo Wagner - PV Jorge Corte Real - PTB Rogério Marinho - PSDB José Augusto Maia - PTB Sandra Rosado - PSB José Chaves - PTB Paraíba Luciana Santos - PCdoB Aguinaldo Ribeiro - PP Mendonça Filho - DEM Benjamin Maranhão - PMDB Pastor Eurico - PSB Damião Feliciano - PDT Paulo Rubem Santiago - PDT Pedro Eugênio - PT Alice Portugal - PCdoB Raul Henry - PMDB Amauri Teixeira - PT Roberto Teixeira - PP Antonio Brito - PTB Sergio Guerra - PSDB Antonio Carlos Magalhães Neto - DEM Silvio Costa - PTB Antonio Imbassahy - PSDB Vilalba - PRB Arthur Oliveira Maia - PMDB Wolney Queiroz - PDT Claudio Cajado - DEM Alagoas Daniel Almeida - PCdoB Arthur Lira - PP Edson Pimenta - PCdoB Celia Rocha - PTB Emiliano José - PT Givaldo Carimbão - PSB Erivelton Santana - PSC João Lyra - PTB Fábio Souto - DEM Joaquim Beltrão - PMDB Felix Júnior - PDT Maurício Quintella Lessa - PR Fernando Torres - DEM Renan Filho - PMDB Geraldo Simões - PT Rosinha da Adefal - PTdoB Jânio Natal - PRP Rui Palmeira - PSDB João Carlos Bacelar - PR Sergipe João Leão - PP Almeida Lima - PMDB José Carlos Araújo - PDT Andre Moura - PSC José Nunes - DEM Heleno Silva - PRB José Rocha - PR Laercio Oliveira - PR Josias Gomes - PT Márcio Macêdo - PT Jutahy Junior - PSDB Mendonça Prado - DEM Lucio Vieira Lima - PMDB Rogério Carvalho - PT Luiz Alberto - PT Valadares Filho - PSB Luiz Argôlo - PP Bahia Acelino Popó - PRB Márcio Marinho - PRB Marcos Medrado - PDT Maurício Trindade - PR George Hilton - PRB Nelson Pellegrino - PT Geraldo Thadeu - PPS Oziel Oliveira - PDT Gilmar Machado - PT Paulo Magalhães - DEM Jaime Martins - PR Roberto Britto - PP Jairo Ataíde - DEM Rui Costa - PT Jô Moraes - PCdoB Sérgio Barradas Carneiro - PT João Bittar - DEM Sérgio Brito - PSC João Magalhães - PMDB Valmir Assunção - PT Jose Humberto - PHS Waldenor Pereira - PT Júlio Delgado - PSB Minas Gerais Lael Varella - DEM Ademir Camilo - PDT Leonardo Monteiro - PT Aelton Freitas - PR Leonardo Quintão - PMDB Antônio Andrade - PMDB Lincoln Portela - PR Antônio Roberto - PV Luis Tibé - PTdoB Aracely de Paula - PR Luiz Fernando Faria - PP Bernardo Santana de Vasconcellos - PR Márcio Reinaldo Moreira - PP Bonifácio de Andrada - PSDB Marcos Montes - DEM Carlaile Pedrosa - PSDB Marcus Pestana - PSDB Diego Andrade - PR Mário de Oliveira - PSC Dimas Fabiano - PP Mauro Lopes - PMDB Domingos Sávio - PSDB Miguel Corrêa - PT Dr. Grilo - PSL Newton Cardoso - PMDB Eduardo Azeredo - PSDB Odair Cunha - PT Eduardo Barbosa - PSDB Padre Joao - PT Eros Biondini - PTB Paulo Abi-ackel - PSDB Fábio Ramalho - PV Paulo Piau - PMDB Gabriel Guimarães - PT Reginaldo Lopes - PT Renzo Braz - PP Benedita da Silva - PT Rodrigo de Castro - PSDB Chico Alencar - PSOL Saraiva Felipe - PMDB Chico Dangelo - PT Toninho Pinheiro - PP Cristiano - PTdoB Vitor Penido - DEM Dr. Adilson Soares - PR Walter Tosta - PMN Dr. Aluizio - PV Weliton Prado - PT Dr. Carlos Alberto - PMN Zé Silva - PDT Dr. Paulo César - PR Espírito Santo Edson Ezequiel - PMDB Audifax - PSB Edson Santos - PT Camilo Cola - PMDB Eduardo Cunha - PMDB Cesar Colnago - PSDB Eliane Rolim - PT Dr. Jorge Silva - PDT Felipe Bornier - PHS Lauriete - PSC Fernando Jordão - PMDB Lelo Coimbra - PMDB Filipe Pereira - PSC Manato - PDT Francisco Floriano - PR Paulo Foletto - PSB Glauber Braga - PSB Rose de Freitas - PMDB Hugo Leal - PSC Sueli Vidigal - PDT Jair Bolsonaro - PP Rio de Janeiro Jandira Feghali - PCdoB Adrian - PMDB Jean Wyllys - PSOL Alessandro Molon - PT Julio Lopes - PP Alexandre Santos - PMDB Liliam Sá - PR Alfredo Sirkis - PV Marcelo Matos - PDT Andreia Zito - PSDB Miro Teixeira - PDT Anthony Garotinho - PR Neilton Mulim - PR Arolde de Oliveira - DEM Nelson Bornier - PMDB Aureo - PRTB Otavio Leite - PSDB Rodrigo Bethlem - PMDB Dimas Ramalho - PPS Rodrigo Maia - DEM Dr. Ubiali - PSB Romário - PSB Duarte Nogueira - PSDB Sergio Zveiter - PDT Edinho Araújo - PMDB Simão Sessim - PP Eleuses Paiva - DEM Stepan Nercessian - PPS Eli Correa Filho - DEM Vitor Paulo - PRB Gabriel Chalita - PSB Walney Rocha - PTB Guilherme Campos - DEM Washington Reis - PMDB Guilherme Mussi - PV Zoinho - PR Ivan Valente - PSOL São Paulo Janete Rocha Pietá - PT Abelardo Camarinha - PSB Jefferson Campos - PSB Alberto Mourão - PSDB Jilmar Tatto - PT Aldo Rebelo - PCdoB João Dado - PDT Alexandre Leite - DEM João Paulo Cunha - PT Aline Corrêa - PP Jonas Donizette - PSB Antonio Bulhões - PRB Jorge Tadeu Mudalen - DEM Antonio Carlos Mendes Thame - PSDB José de Filippi Júnior - PT Arlindo Chinaglia - PT José Mentor - PT Arnaldo Faria de Sá - PTB Junji Abe - DEM Arnaldo Jardim - PPS Keiko Ota - PSB Beto Mansur - PP Luiz Fernando Machado - PSDB Bruna Furlan - PSDB Luiza Erundina - PSB Cândido Vaccarezza - PT Mara Gabrilli - PSDB Carlos Sampaio - PSDB Marcelo Aguiar - PSC Carlos Zarattini - PT Milton Monti - PR Delegado Protógenes - PCdoB Missionário José Olimpio - PP Devanir Ribeiro - PT Nelson Marquezelli - PTB Newton Lima - PT Neri Geller - PP Otoniel Lima - PRB Roberto Dorner - PP Pastor Marco Feliciano - PSC Ságuas Moraes - PT Paulo Freire - PR Valtenir Pereira - PSB Paulo Maluf - PP Wellington Fagundes - PR Distrito Federal Paulo Pereira da Silva - PDT Paulo Teixeira - PT Augusto Carvalho - PPS Penna - PV Erika Kokay - PT Ricardo Berzoini - PT Izalci - PR Ricardo Izar - PV Jaqueline Roriz - PMN Ricardo Tripoli - PSDB Policarpo - PT Roberto de Lucena - PV Reguffe - PDT Roberto Freire - PPS Ricardo Quirino - PRB Roberto Santiago - PV Ronaldo Fonseca - PR Goiás Rodrigo Garcia - DEM Salvador Zimbaldi - PDT Armando Vergílio - PMN Tiririca - PR Carlos Alberto Leréia - PSDB Valdemar Costa Neto - PR Flávia Morais - PDT Vanderlei Macris - PSDB Heuler Cruvinel - DEM Vaz de Lima - PSDB Íris de Araújo - PMDB Vicente Candido - PT João Campos - PSDB Vicentinho - PT Jorge Pinheiro - PRB Walter Ihoshi - DEM Jovair Arantes - PTB William Dib - PSDB Leandro Vilela - PMDB Mato Grosso Pedro Chaves - PMDB Carlos Bezerra - PMDB Roberto Balestra - PP Homero Pereira - PR Ronaldo Caiado - DEM Júlio Campos - DEM Rubens Otoni - PT Sandes Júnior - PP Hermes Parcianello - PMDB Sandro Mabel - PR João Arruda - PMDB Thiago Peixoto - PMDB Leopoldo Meyer - PSB Valdivino de Oliveira - PSDB Luiz Carlos Setim - DEM Mato Grosso do Sul Luiz Nishimori - PSDB Antônio Carlos Biffi - PT Moacir Micheletto - PMDB Fabio Trad - PMDB Nelson Meurer - PP Geraldo Resende - PMDB Nelson Padovani - PSC Giroto - PR Osmar Serraglio - PMDB Mandetta - DEM Ratinho Junior - PSC Marçal Filho - PMDB Reinhold Stephanes - PMDB Reinaldo Azambuja - PSDB Rosane Ferreira - PV Vander Loubet - PT Rubens Bueno - PPS Paraná Sandro Alex - PPS Abelardo Lupion - DEM Takayama - PSC Alex Canziani - PTB Zeca Dirceu - PT Santa Catarina Alfredo Kaefer - PSDB Andre Vargas - PT Celso Maldaner - PMDB André Zacharow - PMDB Décio Lima - PT Angelo Vanhoni - PT Edinho Bez - PMDB Assis do Couto - PT Esperidião Amin - PP Cida Borghetti - PP João Rodrigues - DEM Dilceu Sperafico - PP Jorge Boeira - PT Dr. Rosinha - PT Jorginho Mello - PSDB Edmar Arruda - PSC Luci Choinacki - PT Eduardo Sciarra - DEM Marco Tebaldi - PSDB Fernando Francischini - PSDB Mauro Mariani - PMDB Giacobo - PR Onofre Santo Agostini - DEM Paulo Bornhausen - DEM Osmar Terra - PMDB Pedro Uczai - PT Paulo Pimenta - PT Rogério Peninha Mendonça - PMDB Pepe Vargas - PT Ronaldo Benedet - PMDB Renato Molling - PP Zonta - PP Ronaldo Nogueira - PTB Rio Grande do Sul Ronaldo Zulke - PT Afonso Hamm - PP Sérgio Moraes - PTB Alceu Moreira - PMDB Vieira da Cunha - PDT Alexandre Roso - PSB Vilson Covatti - PP Assis Melo - PCdoB Danrlei de Deus Hinterholz - PTB Darcísio Perondi - PMDB Elvino Bohn Gass - PT Enio Bacci - PDT Fernando Marroni - PT Giovani Cherini - PDT Henrique Fontana - PT Jerônimo Goergen - PP José Otávio Germano - PP Jose Stédile - PSB Luis Carlos Heinze - PP Luiz Noé - PSB Manuela D'ávila - PCdoB Marco Maia - PT Marcon - PT Mendes Ribeiro Filho - PMDB Nelson Marchezan Junior - PSDB Onyx Lorenzoni - DEM COMISSÕES PERMANENTES 3º Vice-Presidente: Titulares COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL Suplentes Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de Oliveira Presidente: Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6452 A 6458 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6465 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA Presidente: Secretário(a): Moizes Lobo da Cunha 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 32 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6403/6404/6406 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6415 Titulares COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL Presidente: Suplentes Secretário(a): Rejane Salete Marques Local: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6494 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6499 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Secretário(a): Iara Araújo Alencar Aires Local: Anexo II - Sala T- 59 Telefones: 3216-6432 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6440 COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA Titulares Suplentes Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque Santos Presidente: Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6920 A 6922 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6925 Titulares COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO Suplentes Secretário(a): Márcio Marques de Araújo Presidente: Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6571 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6580 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA Presidente: Secretário(a): Anamélia Lima Rocha Fernandes 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6601 A 6609 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6610 Titulares Suplentes COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO Secretário(a): Anamélia Ribeiro C. de Araújo Presidente: Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6625/6626/6627/6628 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6635 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Presidente: Secretário(a): Geovana Cristine Sampaio Rodrigues 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6551/ 6554 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6560 Titulares Suplentes COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Secretário(a): Marcelle R C Cavalcanti Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136 Telefones: 3216-6654/6655/6652 FAX: 3216-6660 Titulares COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE Suplentes Presidente: Secretário(a): Aurenilton Araruna de Almeida 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6521 A 6526 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6535 Titulares Suplentes COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA Secretário(a): Marcos Figueira de Almeida Presidente: Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6671 A 6675 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6676 3º Vice-Presidente: Titulares COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Suplentes Presidente: Secretário(a): Damaci Pires de Miranda 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6711 / 6713 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6720 Titulares Suplentes COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL Secretário(a): Sônia Hypolito Presidente: Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6692 / 6693 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6700 3º Vice-Presidente: COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Titulares Suplentes Presidente: Secretário(a): Ana Cristina Oliveira 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6745 Titulares COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Suplentes Secretário(a): Ruy Omar Prudêncio da Silva Presidente: Local: Anexo II, Sala T 50 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6815 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Secretário(a): Ricardo Menezes Perpétuo 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-C 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6761 / 6762 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6770 Titulares Suplentes COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA Secretário(a): Mirna de Castela C. Pessoa Presidente: Local: Anexo II, Ala A , Sala 5,Térreo 1º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6837 / 6832 / 6833 2º Vice-Presidente: FAX: 3216-6835 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES Presidente: Secretário(a): Lin Israel Costa dos Santos 1º Vice-Presidente: Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145 2º Vice-Presidente: Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786 3º Vice-Presidente: FAX: 3216-6790 Titulares COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Suplentes Secretário(a): Admar Pires dos Santos Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175 Telefones: 3216-6853 A 6856 FAX: 3216-6860 COMISSÕES TEMPORÁRIAS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 3-A, DE 2007, DO SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS, QUE "ALTERA O INCISO XII DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (PERMITE FÉRIAS COLETIVAS NOS JUÍZOS E TRIBUNAIS DE SEGUNDO GRAU). 2007, DA SRA. ANGELA PORTELA, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO XVIII DO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, AMPLIANDO PARA 180 (CENTO E OITENTA) DIAS A LICENÇA À GESTANTE". Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Presidente: 3º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: Titulares Suplentes 2º Vice-Presidente: Secretário(a): Regina Maria Veiga Brandão 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6216/3216-6232 Secretário(a): Luiz Cláudio Alves dos Santos FAX: (61) 3216-66225 Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6287 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 31-A, DE 2007, DO SR. VIRGÍLIO GUIMARÃES, QUE "ALTERA O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, UNIFICA A LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO, DENTRE OUTRAS PROVIDÊNCIAS". COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 28, DE 2007, DO SR. VITAL DO REGO FILHO, QUE "ACRESCENTA O ART.73-A À COSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO O CONSELHO NACIONAL DOS TRIBUNAIS DE CONTAS". Presidente: Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Titulares Suplentes Suplentes Secretário(a): Eveline Alminta Secretário(a): Cláudia Maria Borges Matias Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216.6211 Telefones: (61) 3216-6235 FAX: 3216.6225 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 30-A, DE COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 59-A, DE 2007, DO SR. MÁRCIO FRANÇA, QUE "ACRESCENTA DISPOSITIVOS AO ART. 144, CRIANDO A POLÍCIA PORTUÁRIA FEDERAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". BRASILEIROS, BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM. Presidente: Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Titulares Suplentes Secretário(a): Luiz Cláudio Alves dos Santos Secretário(a): Angélica Fialho Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6287 Telefones: 3216-6218 / 3216-6232 FAX: (61) 3216-6225 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 89-A, DE 2007, DO SR. JOÃO DADO, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO XI DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO", ESTABELECENDO O MESMO TETO REMUNERATÓRIO PARA QUALQUER QUE SEJA A ESFERA DE GOVERNO. Presidente: COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 115-A, DE 2007, DO SR. PAULO RENATO SOUZA, QUE "CRIA O TRIBUNAL SUPERIOR DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA". Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Titulares Suplentes Suplentes Secretário(a): Heloísa Maria Diniz Secretário(a): Aparecida de Moura Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3126-6207 Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6201 FAX: (61) 3216-6225 FAX: (61) 3126-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 98-A, DE 2007, DO SENHOR OTÁVIO LEITE, QUE "ACRESCENTA A ALÍNEA (E) AO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", INSTITUINDO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SOBRE OS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS PRODUZIDOS NO BRASIL, CONTENDO OBRAS MUSICAIS OU LÍTERO-MUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS, E/OU OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR ARTISTAS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 130-A, DE 2007, DO SR. MARCELO ITAGIBA, QUE "REVOGA O INCISO X DO ART. 29; O INCISO III DO ART. 96; AS ALÍNEAS 'B' E 'C' DO INCISO I DO ART. 102; A ALÍNEA 'A' DO INCISO I DO ART. 105; E A ALÍNEA “A” DO INCISO I DO ART. 108, TODOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (REVOGA DISPOSITIVOS QUE GARANTEM A PRERROGATIVA DE FORO OU “FORO PRIVILEGIADO”). Presidente: 1º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Titulares Suplentes 3º Vice-Presidente: Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques Titulares Suplentes Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques Telefones: (61) 3216-6232 Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A FAX: (61) 3216-6225 Telefones: 3216.6214 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 153-A, DE 2003, DO SR. MAURÍCIO RANDS, QUE "ALTERA O ART. 132 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (REGULAMENTANDO A CARREIRA DE PROCURADOR MUNICIPAL). COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 231-A, DE 1995, DO SR. INÁCIO ARRUDA, QUE "ALTERA OS INCISOS XIII E XVI DO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (REDUZINDO A JORNADA MÁXIMA DE TRABALHO PARA 40 HORAS SEMANAIS E AUMENTANDO PARA 75% A REMUNERAÇÃO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO). Presidente: 1º Vice-Presidente: Presidente: 2º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Titulares 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Aparecida de Moura Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sal 170-A Telefones: (61) 3216-66207 FAX: (61) 3216-66225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 210-A DE 2007, DO SR. REGIS DE OLIVEIRA, QUE "ALTERA OS ARTIGOS 95 E 128 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PARA RESTABELECER O ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO COMO COMPONENTE DA REMUNERAÇÃO DAS CARREIRAS DA MAGISTRATURA E DO MINISTÉRIO PÚBLICO". Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Suplentes Secretário(a): Regina Maria Veiga Brandão Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6216 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 270-A, DE 2008, DA SRA. ANDREIA ZITO, QUE "ACRESCENTA O PARÁGRAFO 9º AO ARTIGO 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988". (GARANTE AO SERVIDOR QUE APOSENTAR-SE POR INVALIDEZ PERMANENTE O DIREITO DOS PROVENTOS INTEGRAIS COM PARIDADE). Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Titulares Suplentes Secretário(a): Maria Terezinha Donati Secretário(a): Valdivino Telentino Filho Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6215 Telefones: (61) 3216-6206 FAX: (61) 3216-6225 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 285-A, DE 2008, DO SR. PAULO TEIXEIRA, QUE "ACRESCENTA ARTIGO AO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS PARA DISPOR SOBRE A VINCULAÇÃO DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS AOS RESPECTIVOS FUNDOS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL" COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE 2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE "ALTERA OS ARTS. 21, 32 E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO AS POLÍCIAS PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS". Presidente: 1º Vice-Presidente: Presidente: 2º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Titulares Suplentes 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. Coutinho Local: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-A Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques Telefones: 3216-6203 / 3216-6232 Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A FAX: 3216-6225 Telefones: (61) 3216-6214 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 300-A, DE 2008, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ALTERA A REDAÇÃO DO § 9º, DO ARTIGO 144 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL". ESTABELECE QUE A REMUNERAÇÃO DOS POLICIAIS MILITARES DOS ESTADOS NÃO PODERÁ SER INFERIOR À DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, APLICANDO-SE TAMBÉM AOS INTEGRANTES DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR E AOS INATIVOS. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 324-A, DE 2001, DO SR. INALDO LEITÃO, QUE "INSERE O § 3º NO ART. 215 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", APLICANDO, ANUALMENTE, NUNCA MENOS DE 6% DA RECEITA DE IMPOSTOS EM FAVOR DA PRODUÇÃO, PRESERVAÇÃO, MANUTENÇÃO E O CONHECIMENTO DE BENS E VALORES CULTURAIS. Presidente: 1º Vice-Presidente: Presidente: 2º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Titulares 3º Vice-Presidente: Secretário(a): Mário Dráusio Coutinho Suplentes Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6214 Telefones: (61) 3216-6203 FAX: (61) 3216-6225 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 347-A, DE 2009, DA SRA. RITA CAMATA, QUE "ALTERA A REDAÇÃO DO INCISO III DO ART. 208 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (GARANTE ACESSO À EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA SEM IMPOSIÇÃO DE LIMITE DE FAIXA ETÁRIA E NÍVEL DE INSTRUÇÃO, PREFERENCIALMENTE NA REDE REGULAR DE ENSINO) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 416 -A, DE 2005, DO SR. PAULO PIMENTA, QUE "ACRESCENTA O ART. 216-A À CONSTITUIÇÃO PARA INSTITUIR O SISTEMA NACIONAL DE CULTURA". Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Presidente: 3º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: Titulares 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Raquel Andrade de Figueiredo Suplentes Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6240 Secretário(a): Mário Dráusio Coutinho Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (63) 3216-6203 FAX: (63) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 366-A, DE 2005, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO II DO ART. 98 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AO ART. 30 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS", ESTABELECENDO O CONCURSO PÚBLICO PARA SELEÇÃO DE JUIZ DE PAZ, MANTENDO OS ATUAIS ATÉ A VACÂNCIA DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES. FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 471-A, DE 2005, DO SR. JOÃO CAMPOS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", ESTABELECENDO A EFETIVAÇÃO PARA OS ATUAIS RESPONSÁVEIS E SUBSTITUTOS PELOS SERVIÇOS NOTARIAIS, INVESTIDOS NA FORMA DA LEI. Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Presidente: 3º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: Titulares Suplentes 2º Vice-Presidente: Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6207/6232 Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques FAX: 3216-6225 Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 488-A, DE 2005, DA SRA. MARIA HELENA, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO ART. 31 DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 1998". (INCLUI OS EMPREGADOS DO EXTINTO BANCO DE RORAIMA, CUJO VÍNCULO FUNCIONAL TENHA SIDO RECONHECIDO, NO QUADRO EM EXTINÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL. ALTERA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988). COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 510-A, DE 2010, DO SENADO FEDERAL - ROMERO JUCÁ, QUE "ALTERA O ART. 31 DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 4 DE JUNHO DE 1998, PARA DISPOR SOBRE O QUADRO DE SERVIDORES CIVIS E MILITARES DOS EX-TERRITÓRIOS FEDERAIS DO AMAPÁ E DE RORAIMA, POSSIBILITANDO QUE NELE SEJAM INCLUÍDOS OS ADMITIDOS REGULARMENTE ATÉ A DATA DE INSTALAÇÃO DOS ESTADOS Presidente: Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Titulares Suplentes Secretário(a): Eveline Alminta Secretário(a): José Maria Aguiar de Castro Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6211/3216-6232 Telefones: (61) 216-6209 FAX: (61) 3216-6225 FAX: (61) 216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 511-A, DE 2006, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 62 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA DISCIPLINAR A EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS", ESTABELECENDO QUE A MEDIDA PROVISÓRIA SÓ TERÁ FORÇA DE LEI DEPOIS DE APROVADA A SUA ADMISSIBILIDADE PELO CONGRESSO NACIONAL, SENDO O INÍCIO DA APRECIAÇÃO ALTERNADO ENTRE A CÂMARA E O SENADO. Presidente: COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 549-A, DE 2006, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ACRESCENTA PRECEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS, DISPONDO SOBRE O REGIME CONSTITUCIONAL PECULIAR DAS CARREIRAS POLICIAIS QUE INDICA". Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Titulares Suplentes Suplentes Secretário(a): Valdivino Tolentino Filho Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216-6207 FAX: 3216-6225 Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: 3216-6206/6232 FAX: 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 555-A, DE 2006, DO SR. CARLOS MOTA, QUE "REVOGA O ART. 4º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41, DE 2003", ACABANDO COM A COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE OS PROVENTOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS APOSENTADOS (CONTRIBUIÇÃO DE INATIVOS). Presidente: Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 590-A, DE 2006, DA SRA. LUIZA ERUNDINA, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO 1º DO ARTIGO 58 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL". (GARANTE A REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL DE CADA SEXO NA COMPOSIÇÃO DAS MESAS DIRETORAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO E DE CADA COMISSÃO, ASSEGURANDO, AO MENOS, UMA VAGA PARA CADA SEXO). Suplentes 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Secretário(a): Raquel Andrade de Figueiredo Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6207 Telefones: (61) 3216-6241 FAX: (61) 3216-6225 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 556-A, DE 2002, DA SRA. VANESSA GRAZZIOTIN, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 54 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", CONCEDENDO AOS SERINGUEIROS (SOLDADOS DA BORRACHA) OS MESMOS DIREITOS CONCEDIDOS AOS EX-COMBATENTES: APOSENTADORIA ESPECIAL, PENSÃO ESPECIAL, DENTRE OUTROS. Presidente: COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1 DE 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE "DISPÕE SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO A PARTIR DE 2007 E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A SUA POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DE 2008 A 2023". Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Titulares Suplentes Suplentes Secretário(a): Valdivino Tolentino Filho Secretário(a): José Maria Aguiar de Castro Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6209 Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A s/ 170 Telefones: 3216.6206 FAX: 3216.6225 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 219, DE 2003, DO SR. REGINALDO LOPES, QUE "REGULAMENTA O INCISO XXXIII DO ART. 5º , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DISPONDO SOBRE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES DETIDAS PELOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA" (FIXA O PRAZO MÁXIMO DE 15 'QUINZE' DIAS ÚTEIS PARA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES) DIRETRIZES NACIONAIS DO TRANSPORTE COLETIVO URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". Presidente: 1º Vice-Presidente: Presidente: 2º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Titulares Suplentes 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Angélica Fialho Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Secretário(a): Heloísa Pedrosa Diniz Telefones: (61) 3216-6218 / 6232 Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A FAX: (61) 3216-6225 Telefones: (61) 3216-6201 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 630, DE 2003, DO SENHOR ROBERTO GOUVEIA, QUE "ALTERA O ART. 1º DA LEI N.º 8.001, DE 13 DE MARÇO DE 1990, CONSTITUI FUNDO ESPECIAL PARA FINANCIAR PESQUISAS E FOMENTAR A PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E TÉRMICA A PARTIR DA ENERGIA SOLAR E DA ENERGIA EÓLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA). COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1.481, DE 2007, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, E A LEI Nº 9.998, DE 17 DE AGOSTO DE 2000, PARA DISPOR SOBRE O ACESSO A REDES DIGITAIS DE INFORMAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ENSINO". (FUST) Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Presidente: 3º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: Titulares 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Fernando Maia Leão Suplentes Secretário(a): Heloísa Pedrosa Diniz Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6201 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 694, DE 1995, QUE "INSTITUI AS Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6205 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1876, DE 1999, DO SR. SÉRGIO CARVALHO, QUE "DISPÕE SOBRE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, RESERVA LEGAL, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (REVOGA A LEI N. 4.771, DE 1965 - CÓDIGO FLORESTAL; ALTERA A LEI Nº 9.605, DE 1998) Presidente: 1º Vice-Presidente: Presidente: 2º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Titulares Suplentes 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Eveline Alminta Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Secretário(a): Luiz Cláudio Telefones: (61) 3216-6211 Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A FAX: (61) 3216-6225 Telefones: (61) 3216-66287 FAX: (61) 3216-6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SENHOR BISPO WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41, DA LEI Nº 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO", ESTABELECENDO QUE PARA O REGISTRO DE LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALOR IMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁ NECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR OUTRO ÓRGÃO. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 6716, DE 2009, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA A LEI Nº 7.565, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986 (CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA), PARA AMPLIAR A POSSIBILIDADE DE PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL EXTERNO NAS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO" - PL 841/95 APENSADO A ESTE. Presidente: Presidente: 1º Vice-Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Titulares Suplentes Suplentes Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade Secretário(a): Leila Machado Campos Local: Anexo II Pavimento Suprior - Sala 170-A Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: (61) 3216-6207 Telefones: 3216.6212 FAX: (61) 3216-6225 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 4.361, DE 2004, DO SR. VIEIRA REIS, QUE "MODIFICA A LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990, QUE "DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, ESTABELECENDO LIMITES AO FUNCIONAMENTO DE CASAS DE JOGOS DE COMPUTADORES" (CENTROS DE INCLUSÃO DIGITAL: LAN HOUSES, TELECENTROS, CYBERCAFÉS, PONTOS DE CULTURA E SIMILARES). COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1.927, DE 2003, DO SR. FERNANDO DE FABINHO, QUE "ACRESCENTA DISPOSITIVO À LEI Nº 10.336, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001, PARA ISENTAR AS EMPRESAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO MUNICIPAL E TRANSPORTE COLETIVO URBANO ALTERNATIVO DA CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE" Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Suplentes Secretário(a): Angélica Fialho Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: 3216.6218 FAX: 3216.6225 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR AS SOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMO SOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NA RESOLUÇÃO N º 29, DE 1993 Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Titulares Secretário(a): - Suplentes Lançamentos da Edições Câmara f Lei 8.112/90 ISBN 978-85-736-5537-7 f Legislação Brasileira sobre Educação ISBN 978-85-736-5549-0 f Lei de Licitações e Contratos Administrativos ISBN 978-85-736-5631-2 INFORMAÇÕES Coordenação Edições Câmara Telefones: (61) 3216-5809 E-mail: [email protected] Site: http://www2.camara.gov.br/internet/publicacoes/edicoes panfleto_06_04_10_2.indd 1 LOCAL DE VENDA Livraria Miller Ed. Principal e Anexo IV da Câmara dos Deputados Telefone: (61) 3216-9971 16/4/2010 16:59:54 Edição de hoje: 126 páginas OS: 2011/11505