Curso de Engenharia de Computação OTIMIZAÇÃO DE GESTÃO SOCIAL NA SECRETARIA DE CIDADANIA DO MUNICÍPIO DE HORTOLÂNDIA Rubia Mara Rossi Ferreira Campinas – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008 Curso de Engenharia de Computação OTIMIZAÇÃO DE GESTÃO SOCIAL NA SECRETARIA DE CIDADANIA DO MUNICÍPIO DE HORTOLÂNDIA Rubia Mara Rossi Ferreira Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia de Computação da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Ms. Cláudio Maximiliano Zaina, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Orientador: Prof. Ms. Cláudio Maximiliano Zaina Campinas – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008 Otimização de Gestão Social na Secretaria de Cidadania do Município de Hortolândia. Rubia Mara Rossi Ferreira Monografia defendida e aprovada em de Dezembro de pela Banca Examinadora assim constituída: Prof. Ms. Cláudio Maximiliano Zaina (Orientador) USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP. Prof. USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP. Prof. USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP. iv Dedico esse trabalho aos meus filhos Renato e Giovana e ao meu esposo, por terem aceitado privar-se da minha companhia em razão dos estudos, e à minha mãe pela força em momentos que pensei em desistir, concedendo-me a oportunidade de concretizar um dos meus sonhos. v Agradecimentos Ao meu Deus, por sempre estar ao meu lado me fortalecendo e auxiliando. Ao meu orientador Prof. Dr. Cláudio Maximiliano Zaina, pela sua sinceridade, presteza no auxílio às atividades e discussões sobre o andamento e normatização desta monografia de conclusão de curso. Ao Prof. Raimundo Cláudio da Silva Vasconcelos pela simplicidade, confiança e auxílio às atividades. Ao coordenador do curso de Engenharia de Computação Prof. Dr. André Leon S. Gradvohl, por acreditar no meu trabalho e dedicar o seu tempo na formação de novos talentos e profissionais para a sociedade brasileira. Aos professores do ciclo básico, pela dedicação, confiança e auxílio às atividades. Ao meu irmão Daniel pelo incentivo, dedicação e carinho para que eu concluísse esse curso. A minha tia Lourdes, uma mulher muito especial em minha vida, que desde pequena esteve ao meu lado, sempre me ajudando e me apoiando nos estudos. Aos meus amigos Fernanda, Carlos André, Maurício, Jonatas, Claudiney e Alan pela amizade e companheirismo durantes esses anos. Em especial a amiga Kelin, pelos momentos e projetos compartilhados durante a vida acadêmica. A diretora de Planejamento Orçamentário da Prefeitura Municipal de Hortolândia Sra. Luísa Denadai, que confiou e incentivou-me na elaboração desse Trabalho de Conclusão de Curso. A Coordenadora de Assistência Social, Sra. Maria José por ter acreditado no meu trabalho . As minhas amigas Rosângela e Sônia porque em momentos difíceis sempre estiveram presentes. A minha cunhada Laine, pelo carinho e dedicação que teve para com os meus filhos amenizando a minha ausência. vi “No caráter, na conduta, no estilo, em todas as coisas, a simplicidade é a suprema virtude”. HENRY WADSWORTH vii SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................ VIII LISTA DE FIGURAS............................................................................................................ IX LISTA TABELAS ................................................................................................................... X RESUMO................................................................................................................................ XI ABSTRACT .......................................................................................................................... XII 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 1.1 Contextualização ............................................................................................................... 2 1.2 Identificação da demanda social ..................................................................................... 4 1.3 Objetivo ............................................................................................................................... 7 1.4 Organização ........................................................................................................................ 8 2. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO....................................................................................... 9 2.1 Pesquisa de Campo ........................................................................................................... 10 2.1.1 Estudo da metodologia empregada nos CRAS ............................................................ 11 2.2 Solução Proposta ............................................................................................................. 12 2.2.1 Aquisição de equipamentos e materiais....................................................................... 12 2.2.2 Implantação de Infra-Estrutura de Rede Interna........................................................ 13 2.2.3 Interligação Via Rádio entre CRAS e os Servidores Centrais da Prefeitura ............... 14 2.2.4. Desenvolvimento da Aplicação Web ........................................................................ 16 2.2.4.1. Exemplos de caso de uso e diagrama de atividade ............................................. 21 2.2.5 Testes ........................................................................................................................... 30 2.2.5.1 Testes de usabilidade ............................................................................................ 30 2.2.5.2 Aplicação do teste de usabilidade ......................................................................... 31 2.2.5.3 Análise dos resultados parciais ............................................................................ 39 3. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 40 3.1 Trabalhos futuros ............................................................................................................. 41 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 43 5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................... 44 APÊNDICE A ......................................................................................................................... 45 APÊNDICE B.......................................................................................................................... 61 viii LISTA DE SIGLAS BNDS Banco Nacional de Desenvolvimento Social CRAS Centro de Referência de Assistência Social IBGE Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico LP Linha Privada MDS Ministério de Desenvolvimento Social PHP Personal Home Pages PMAT Programa de Modernização Administrativa Tributária PNAS Política Nacional de Assistência Social RMC Região Metropolitana de Campinas SIG Sistema de Informação Geográfico SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados SUAS Sistema Único de Assistência Social LOAS Lei Orgânica de Assistência Social ix LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - MAPA DE HORTOLÂNDIA DIVIDIDO POR REGIÕES. ................................ 7 FIGURA 2 - FLUXO DE PROCESSOS DE ATENDIMENTOS DOS CRAS ....................... 11 FIGURA 3 – DIAGRAMA DE CLASSES DA APLICAÇÃO WEB. ..................................... 19 FIGURA 4 – DIAGRAMA CASO DE USO DO ATENDIMENTO. ..................................... 24 FIGURA 5 – DIAGRAMA DE ATIVIDADES DO ATENDIMENTO .................................. 25 FIGURA 6 – DIAGRAMA CASO DE USO DA ASSOCIAÇÃO. ........................................ 29 FIGURA 7 – DIAGRAMA DE ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO. .................................... 29 FIGURA 8 – TELA DE LOGIN DA APLICAÇÃO WEB ...................................................... 32 FIGURA 9 – TELA DO CADASTRO DE USUÁRIOS ......................................................... 32 FIGURA 10 – TELA DO CADASTRO DE PESSOAS .......................................................... 33 FIGURA 11 – TELA DO ATENDIMENTO ........................................................................... 34 FIGURA 12 – TELA DO ATENDIMENTO /SOCIOECONOMICO ..................................... 35 FIGURA 13 – TELA DO ATENDIMENTO / ENCAMINHAMENTO ................................. 35 FIGURA 14 – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO .............................................................. 36 FIGURA 15 – TELA DE ASSOCIAÇÂO ............................................................................... 37 FIGURA 16 – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO .............................................................. 38 FIGURA 17 – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO .............................................................. 38 x LISTA DE TABELAS TABELA 1- FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE HORTOLÂNDIA. .............................. 5 TABELA 2 - EQUIPAMENTOS ENCONTRADOS NO INÍCIO DO PROJETO. ................ 10 TABELA 3 - EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS PARA O PROJETO. ................................ 13 TABELA 4 – ATRIBUTOS DA TABELA ATENDIMENTO. ............................................ 23 TABELA 5 – ATRIBUTOS DA TABELA GEO_DIRETO. .................................................. 23 TABELA 6 – ATRIBUTOS DA TABELA ASSOCIAÇÃO. .................................................. 28 xi RESUMO Este projeto foi desenvolvido após a constatação das dificuldades encontradas na gestão da política social do município de Hortolândia e a carência em infra-estrutura e tecnologia de informação nos Centros de Assistência Social. A solução proposta para auxiliar na gestão da vulnerabilidade social é o desenvolvimento de uma aplicação web que constrói o mapeamento dos atendimentos realizados nas unidades que prevêem os serviços sociais e a centralização dos dados, criando um cadastro único de moradores do município de Hortolândia. A aplicação web foi desenvolvida voltada inicialmente para a assistência básica e foi submetida a um teste de usabilidade com seus futuros usuários – os funcionários da Secretaria de Cidadania e Promoção Social. PALAVRAS-CHAVE: CIDADANIA, SOFTWARE, PROMOÇÃO SOCIAL. xii ABSTRACT The project was developed thinking about all problems were found on the government systems of politic and social management at Hortolândia, and the lack of infrastructure and information technology at Social Assistance Centers. The proposal for improving those government systems is to deploy a complete web application that will support and control all the cases that everyday tasks at Social Assistance Centers, providing an unified database with all information about people from Hortolandia’s city. A web application was created focused on the basic assistance and was submitted to some usability tests with futures users, the employees of Secretaria de Cidadania e Promoção Social. KEY WORDS: CITIZENSHIP, SOFTWARE, SOCIAL PROMOTION. 1 1. INTRODUÇÃO No Brasil a política de assistência social é muito deficiente. Nos onze anos de existência da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), a sociedade brasileira obteve grandes avanços na construção da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em decorrência de seu reconhecimento como direito do cidadão e de responsabilidade do Estado, buscando incorporar as demandas presentes na sociedade brasileira, objetivando tornar claras suas diretrizes na efetivação dessa assistência. Porém, infelizmente, apesar da existência de projetos sociais, definidos em leis federais e estaduais, o repasse de verbas para a Assistência Social é insuficiente para atender a demanda, sendo a maioria dos recursos financeiros repassados à Educação e Saúde. O que podemos perceber1 é que, há uma hierarquização de importâncias entre a Educação, a Saúde e Assistência Social. Esse modo de conceber importâncias a nível federal trás, como conseqüência, uma extensão dessa mentalidade para os níveis, Estadual e Municipal. A realidade do município de Hortolândia coloca a responsabilidade de mudança do quadro de vulnerabilidade do serviço de assistência a cargo dos técnicos que estão à frente do trabalho social. Além disso, as unidades de atendimentos sociais não têm nenhum amparo em tecnologia de informação e conseqüentemente não podem oferecer para a administração assistencial uma realidade pontual da vulnerabilidade do município. A ausência de amparo tecnológico e de recursos financeiros dificulta a gestão social preventiva, e não somente emergencial. 1 Dados avaliados a partir dos relatórios orçamentários de repasses de verbas federais para o município de Hortolândia. 2 1.1 Contextualização A Prefeitura Municipal de Hortolândia, no exercício de 2004, desenvolveu um Programa de Modernização Administrativa Tributária (PMAT), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), com o objetivo de construir uma estrutura tecnológica adequada para que houvesse, dentro da administração, uma otimização da metodologia dos fluxos de cada processo dos departamentos. Para isso, dentro desse programa de modernização, foram criados alguns projetos que seriam fundamentais para essa modernização. Sejam eles: Projeto InfoVia, Geoprocessamento e a Praça de Atendimento. A Prefeitura Municipal de Hortolândia não possui um Paço Municipal para centralizar todo o trabalho administrativo e isso era um grande problema para o andamento dos processos. O projeto INFOVIA foi elaborado para interligar, via radio ou fibra óptica, os órgãos administrativos das Secretarias, como as escolas, postos de saúde e unidades de atendimento de Assistência Social. Tal interligação promoveu um grande avanço tecnológico otimizando a metodologia do trabalho desses departamentos, influenciando diretamente na qualidade do atendimento ao público. A administração almeja ainda uma gestão com qualidade, ou seja, tendo uma visão mais abrangente dos problemas sociais e urbanísticos, priorizando as execuções das ações consideradas mais importantes para a cidade naquele momento. Partindo deste conceito, a Prefeitura elaborou um projeto de Geoprocessamento, onde foi feito o recobrimento aéreo, no final de 2004, de toda a extensão territorial do município com a restituição2 das fotos em escala 1:1000. Graças a essa qualidade foi possível obter, com bastante precisão, informações sobre as feições urbanísticas e tributárias, produzindo um perfil físico-geográfico do município. Em seguida foi feito um recadastramento tributário e socioeconômico levantando as características imobiliárias e os dados socioeconômicos, de cada morador de Hortolândia. Houve também a aquisição do Sistema de Informação Geográfico (SIG), que tem a finalidade 2 Restituição- Elaboração de cartas ou mapas, com registro em meio magnético, a partir de fotografias aéreas e de dados de controle geodésico. 3 de estabelecer o relacionamento dos dados geográficos (ortofotos3 georeferenciadas), com o dado literal referente aquele espaço geográfico. Permite a identificação, por exemplo, do melhor local para a criação de uma nova escola ou creche e assim provendo aos gestores de Governo uma visão mais ampla. Esta visão é fundamental para identificar e assegurar que o dinheiro público está sendo realmente aplicado da melhor maneira possível. Encontra-se em andamento a primeira etapa de implantação do SIG na Prefeitura, envolvendo apenas alguns departamentos e secções, pois trata-se de um processo a longo prazo e que tem etapas sucessivas de implementação com resultados parciais. Neste sentido, é fundamental identificar os pontos de atendimento ao público referentes a Saúde, Educação, Cidadania e Tributário, pois são fundamentais para a manutenção da base de dados instituída pela ação de recadastramento. Sem essa realimentação, o SIG deixa de retratar a situação real do município, perdendo a qualidade na geração de informes para a execução dos projetos e atividades municipais. A grande dificuldade encontrada pelo projeto de Geoprocessamento foi fazer com que a Administração percebesse que o SIG necessita de uma base de dados onde cada Secretaria armazene seus dados especificando suas necessidades. Pois só assim as mesmas poderiam ser visualizadas geograficamente. Assim, dentro da lógica estabelecida, as secretarias de Saúde e Educação estão providenciando softwares específicos que possibilite construírem suas bases de dados. A Secretaria de Cidadania e Promoção Social segue uma Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a qual exige que as unidades sejam descentralizadas, ou seja, distribuídas dentro do município, buscando as regiões com maior carência social. Essas unidades são chamadas de Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Hoje Hortolândia dispõe de quatro unidades localizadas nos bairros Amanda, Rosolén, Vila Real e Novo Ângulo. Esses órgãos têm como responsabilidade a execução do Plano Assistência Social Básica que objetiva assegurar os direitos mínimos sociais aos cidadãos e cria uma assistência preventiva para que o problema identificado não se torne ainda mais grave, passando para um plano de assistência de média ou alta complexidade. A característica desta prevenção é corrigir as deficiência e suprir as necessidades para que esses usuários da Assistência possam, no futuro, ser emancipados dessa dependência. Esse plano não trata da 3 Ortofoto -Imagem fotográfica obtida através de processos computacionais a partir de uma fotografia em perspectiva, na qual os deslocamentos de imagem devidos à inclinação e ao relevo foram corrigidos matematicamente. 4 pessoa isoladamente mas das pessoas que, vivem na mesma residência. A peculiaridade desse atendimento de assistência mostra a importância da Secretaria de Cidadania fazer parte do contexto de Modernização de Hortolândia. 1.2 Identificação da demanda social Hortolândia esta localizada na porção centro-leste do estado de São Paulo e encontra-se inserido na região administrativa de Campinas. Anteriormente pertencia ao município de Sumaré, era um bairro totalmente desprovido de infra-estrutura urbana, em meados de 1991 emancipou-se, tornando-se um novo município. A última estimativa populacional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de aproximadamente 200.000 habitantes. Depois de sua emancipação, Hortolândia desponta na Região Metropolitana de Campinas (RMC) como uma cidade com grande potencial de desenvolvimento. Estão hoje na cidade 231 indústrias dentre elas: IBM, Down Corning do Brasil, Belgo Mineira, Magnetti Marelli, GKN, BS Continental, Dell e o grupo EMS-Sigma Pharma. Seu desenvolvimento industrial deve-se à localização privilegiada da cidade no Estado, à proximidade de Hortolândia do Aeroporto Internacional de Viracopos, à presença de importantes vias rodoviárias ao seu redor e o fato de estar numa região de grande concentração de desenvolvimento no país, considerada pólo científico e industrial, atraindo assim vários empreendimentos. Um cenário favorável de crescimento econômico, mas ainda com muitos desafios a serem superados. Hortolândia, desde sua emancipação, vem registrando crescimento populacional de 6,8% ao ano. Esse crescimento é superior aos municípios que compõem a região metropolitana de Campinas, que apresentam índices de 1,5%. Dados indicativos de Hortolândia, levantados pela Fundação SEADE: ■ 7,2% dos domicílios possuem renda per capita inferior a um quarto de salário mínimo. ■ 6,8% estão na faixa de um quarto de salário mínimo. ■ os domicílios que possuem renda familiar per capita de meio salário mínimo ou mais significam 86% do município. 5 Apesar de seu potencial de desenvolvimento a situação de Hortolândia ainda é desfavorável e alerta para uma condição de pobreza da população, visto que esses rendimentos não são suficientes para suprir as mínimas carências da população, haja vista a dependência de grande parte da população dos serviços de emergências sociais. Segue a tabela 1, com os percentuais da predominância etária da população, esses dados foram obtidos pela Fundação SEADE. Faixa de Etária População Adultos (25 a 60 anos) 47,8% Jovens (15 a 24 anos) 19,9% Crianças e Adolescentes (0 a14 anos) 26,7% Idosos (acima de 60 anos) 5,6% TABELA 1- FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE HORTOLÂNDIA. Através de alguns dados fornecidos pelo Cadastro Único do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) o índice de desemprego diminuiu de 2005 para 2007. Porém a baixa escolarização e a mão de obra não especializada têm sido um dos grandes problemas sociais identificados no município. Temos grandes empresas instaladas em Hortolândia e portanto essas empresas tem que buscar profissionais em outras cidades, como Campinas e Indaiatuba, porque a capacitação profissional é extremamente baixa em Hortolândia. Existe um Programa Cadastro Único com parceria com o Estado, que faz o cadastro das famílias que precisam de um auxílio financeiro (Bolsa Família). Existem hoje cadastradas 11.709 famílias, onde 5.153 recebem o benefício, ou seja, somente 44% dessas famílias conseguem ser atendidas. A Secretaria responsável pela Assistência Social sofreu uma reestruturação na área administrativa e a equipe de assistência identificou o problema de baixa da baixa escolarização e capacitação técnica. Começaram a promover um trabalho mais intenso na profissionalização e escolarização da população. Foram desenvolvidos projetos que permitem o ingresso de jovens e adultos em cursos profissionalizantes, como por exemplo: o Empório da Gente, este projeto desenvolve a capacitação no ramo de panificação com instrutores do SENAI; o Click Cidadania: neste projeto as pessoas recebem cursos de Secretariado, Administração e Informática Básica (Word/Excel). Outro projeto significante a ser citado é o 6 Banco de Talentos, que faz a captação das pessoas que já passaram por algum curso profissionalizante da Assistência Social e ajuda a ingressá-las no mercado de trabalho. O problema é que os órgãos que têm a responsabilidade de mudar esse quadro de pobreza e baixa qualificação técnica são totalmente desprovidos de infra-estrutura tecnológica, não possuindo software para qualificar e agilizar a gestão de todo o quadro citado anteriormente. No levantamento feito para o desenvolvimento desse projeto, percebeu-se que a área de assistência social é esquecida e infelizmente, não só na cidade de Hortolândia. O trabalho de promoção social acontece efetivamente nas pontas, ou seja, em unidades descentralizadas como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde inicia a assistência social básica, os projetos e as atividades de apoio continuadas. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS), implantado a partir de 2005, em todo território nacional, efetiva – na prática – a assistência social como política publica de Estado, fazendo a necessária ruptura com o clientelismo e as políticas de favor e de ocasião. O SUAS altera radicalmente o modelo de gestão e a forma de financiamento da assistência social. Estabelece um novo pacto federativo entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, garantindo autonomias legais em regime de mútua colaboração institucional. [PNAS – Versão Preliminar- Brasilia, julho 2006] A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) impõe a descentralização com o objetivo de facilitar o acesso das pessoas que necessitam de assistência uma vez que estes são justamente os cidadãos economicamente desvaforecidos. O município de Hortolândia dispõe de quatro CRAS que estão situados nos bairros Jardim Amanda, Vila Real, Novo Ângulo e Jardim Rosolén, como mostra a Figura 1. Nestes CRAS não existe nenhuma ferramenta, para criar ou gerenciar informações que são produzidas diariamente. Cada CRAS utiliza uma ferramenta própria, para a administração de suas informações. Isto se torna um agravante para a administração pública uma vez que são nessas classes sociais que o governo precisa entrar primeiramente com providências efetivas, para que o município garanta à sua sociedade uma gestão que dê recursos para uma evolução econômica e social. 7 Na Figura 1, temos o mapa da cidade de Hortolândia divida nas regiões dos CRAS. Região do Vila Real Região do Amanda Região do Novo Ângulo Região do Rosolen FIGURA 1 - MAPA DE HORTOLÂNDIA DIVIDIDO POR REGIÕES. 1.3 Objetivo Diante da realidade precária em que a Administração Assistencial se encontra, em termos de tecnologia de informação, pela não obtenção de informações suficientes para atender às necessidades da população. Entende-se que, a Administração necessita de uma base centralizada de informações para: • Identificar os principais problemas sociais por regiões; • Dar ao serviço social credibilidade junto aos órgãos de políticas intersetoriais, como a Saúde e Educação; • Elevar o conceito da Política Nacional de Assistência, no sentido de aplicar além das medidas de auxílio financeiro, também assistencial às famílias; 8 • Criar indicadores socioeconômicos mais fidedignos para buscar recursos financeiros junto aos órgãos Municipais, Estaduais e Federais, direcionando-os para as demandas prioritárias. Este projeto tem por objetivo, portanto, viabilizar, por meio do desenvolvimento de uma aplicação web que promova a centralização de dados, condições para que as necessidades da população apresentada aos Serviços Sociais da Prefeitura Municipal Hortolândia-SP, possam ser mapeadas com vistas a um atendimento mais abrangente de prevenção e assistência. 1.4 Organização Veremos no Capítulo 2 como o projeto foi segmentado e como foram executados os procedimentos para implantação. No capitulo 3, veremos um teste de usabilidade que foi aplicado com alguns profissionais que trabalham nos atendimentos da gestão social do Município de Hortolândia. O capítulo 4, é apresentado a conclusão e novas perspectivas como trabalhos futuros. 9 2. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO Este projeto propõe a Otimização de Gestão Social na Secretaria de Cidadania do Município de Hortolândia, tendo como objetivo iniciar uma reestruturação tecnológica e revisar a metodologia de execução dos processos pertinentes à assistência social. Para a execução do projeto foi necessário segmentá-lo. Inicialmente foi feita uma pesquisa de campo, com a finalidade de levantar as condições tecnológicas e capacitação de cada Centro de Referência de Assistência Social. Nesta pesquisa foi identificado que os CRAS não possuíam estrutura tecnológica capaz de suportar a implantação do projeto. Houve a necessidade de um investimento para aquisição equipamentos e materiais para promover a infra-estrutura necessária. As unidades não tinham uma rede de comunicação entre os computadores locais e, para que todos os atores responsáveis pelo atendimento da assistência social tivessem condições de utilizar a aplicação para o desenvolvimento dos processos, era necessária a implantação de infra-estrutura interna dos CRAS. Como os serviços de assistência têm a característica de serem descentralizados para facilitar o acesso aos usuários e como a Prefeitura se beneficia do projeto INFOVIA, o custo seria somente a aquisição das unidades remotas, ou seja, um custo baixo considerando que o retorno desta interligação via rádio e fibra óptica promoveria uma grande otimização na metodologia e no fluxo dos processos. Um dos pontos que foi observado é a ausência de uma aplicação que unificasse a metodologia do trabalho e centralizasse as informações adquiridas nos atendimentos. Houve então a necessidade de desenvolver uma ferramenta web para que mesmo com a descentralização obrigatória dos CRAS, conseguisse estabelecer centralização das informações. O primeiro objetivo era construir uma estrutura para a assistência básica e posteriormente para as demais assistências. 10 2.1 Pesquisa de Campo Foi necessário realizar uma pesquisa de campo em cada CRAS para levantar as condições de infra-estrutura de rede, quantidade de equipamentos e número de funcionários que estão trabalhando na área de assistência social, além de avaliar a qualificação técnica desses profissionais. Segue na Tabela 2, o levantamento de infra-estrutura de Hardware e rede que cada CRAS tinha disponível. CRAS Quantidade de Infra-Estrutura de Conexão Impressora / Computadores Rede Internet Quantidade Sim 01 Jato de tinta (Interna / Externa) Vila 01 Computador Real Sempron 2.4, 256 RAM Não (Hp3845) HD 40GB Jardim 01 Computador Amanda Sempron 1.8, 256 RAM Não Sim Não Não Sim 01 Jato de tinta HD 40GB Jardim 02 Computadores Rosolén Sempron 1.8/2.4, 256 (Hp740) RAM HD 40GB Novo Não Não Sim Não Ângulo TABELA 2 - EQUIPAMENTOS ENCONTRADOS NO INÍCIO DO PROJETO. Os profissionais envolvidos na implantação e desenvolvimento deste projeto somam aproximadamente sessenta pessoas. Existem assistentes sociais, advogados, assistentes financeiros, assistentes administrativos, recepcionistas e gestores de projetos. A rotatividade de funcionários é relativamente alta, acarretando um retrabalho na capacitação para executá-lo. Essa rotatividade é notória nos CRAS e em alguns projetos ou atividades que têm unidades estabelecidas. O mesmo não ocorre na Secretaria, na qual acontece toda administração social do município. Ali os funcionários são altamente qualificados e já têm uma estabilidade dentro do grupo de Assistência Social. 11 2.1.1 Estudo da metodologia empregada nos CRAS A pesquisa de campo também envolveu um estudo da metodologia dos processos empregados na rotina do trabalho de cada CRAS. Teve como objetivo verificar se havia métodos de atendimento que fossem comuns a todos os CRAS. Na Figura 2, mostra o fluxo de atendimento das unidades de assistência social. FIGURA 2 - FLUXO DE PROCESSOS DE ATENDIMENTOS DOS CRAS Basicamente, a operação de atendimento ao cidadão ocorre do seguinte modo: quando um cidadão se desloca até um Centro de Referência da sua região, ele inicialmente é atendido por uma recepcionista. A funcionária analisa se existem condições de atendimento imediato. Caso positivo, a Assistente Social faz todo levantamento econômico e social e o encaminha para o local apto a atender suas necessidades. Hoje, todo esse processo é feito manualmente, ou seja, os encaminhamentos são feitos por telefone ou um carro da prefeitura desloca-se do CRAS até o local para levar em mãos o processo de atendimento daquele cidadão. Neste levantamento também foi observado que cada CRAS possui duas Assistentes Sociais e existem atendimentos que precisam ser domiciliares e, algumas vezes, uma pessoa chegava no CRAS da sua região e não tinha nenhuma assistente social para fazer o atendimento local. 12 2.2 Solução Proposta Foi necessária inicialmente uma conscientização da necessidade de investimento na área tecnológica nos CRAS, para que o projeto seja implantado e passe a ter uma metodologia aplicada dentro do trabalho social. 2.2.1 Aquisição de equipamentos e materiais Através da iniciativa de pesquisa das condições de trabalho de cada CRAS, a Secretaria de Cidadania percebeu a importância do investimento tecnológico nas unidades dos CRAS, sem o qual não seria possível a implantação de uma ferramenta para compor uma base de dados para auxiliar a Gestão social do município. A Secretaria recorreu aos recursos de dotações orçamentárias da própria Secretaria e recursos que o Estado entra como contra partida para a execução de projetos e atividades. Existem quatro CRAS, sendo necessário no mínimo três (03) computadores para cada um, sendo um para a recepcionista poder identificar e atualizar os dados pessoais do cidadão, um para a Assistente Social poder efetuar o atendimento e encaminhar o cidadão para o departamento apto e um para ficar na parte administrativa da unidade, por esse motivo foram adquiridos doze (12) computadores. A parte de impressão nos CRAS e na Secretaria de Cidadania era caótica, então era extremamente necessário que os CRAS e a Secretaria tivessem pelo menos uma impressora com qualidade e velocidade. E foi adquirido ainda switch para cada unidade. O projeto propõe a interligação via rádio entre os quatro CRAS e a Secretaria de Cidadania, sendo necessária aquisição de cinco antenas de unidades remotas, mas por conta da limitação dos recursos financeiros foram adquiridas três (03) unidades remotas. A Tabela 3 exibe as descrições e quantidades dos equipamentos e materiais necessários para a implantação. 13 Quantidade Descrição Placa Mãe Soquete LGA775, Processador Intel® Core™2 Duo, 12 Unidades Memória DDR2 2G, HD SATA II 160GB, Monitor 15”, Teclado, mouse, Estabilizador 300VA - 04 tomadas, Licença sistema operacional Microsoft Windows XP Professional – OEM 05 Unidades Impressora HP LaserJet 2600N Laser 03 Unidades Unidade Remota de Telecomunicações (Via Rádio) 04 Unidades Switch 16 portas RJ45 100/1000 Mbps (D-link) 06 Caixas Cabo par trançado categoria 5, com 305 metros em cada caixa 01 Unidade Servidor Dual-Core Xeon / 4 Giga Bytes de RAM / 02 HD SAS 146 Giga Bytes 400 Unidades Conectores RJ45 TABELA 3 - EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS PARA O PROJETO. 2.2.2 Implantação de infra-estrutura de rede interna A Secretaria de Assistência não possuía nenhuma estrutura de rede interna e para prosseguir com o projeto seria fundamental que cada unidade e da Secretaria estivesse dentro do mesmo contexto tecnológico. Foi então implantada, na Secretaria de Cidadania e em cada CRAS, toda infra-estrutura de rede interna, estabelecendo a comunicação entre os computadores locais. Como podemos observar na Tabela 3, foi adquirida uma impressora para cada CRAS e uma para Secretaria. As impressoras adquiridas possuíam placa de rede interna e foram instaladas direto nos switchs. Esta nova possibilidade solucionou uma grande dificuldade que os funcionários se deparavam a todo instante, quando necessitavam de imprimir memorandos internos, ofícios e outros documentos. 14 2.2.3 Interligação via rádio entre CRAS e os servidores centrais da Prefeitura A Prefeitura executou no exercício de 2007 uma das ações de um projeto chamado INFOVIA, que tinha como objetivo promover a interligação entre todos os departamentos, escolas, hospitais e postos de saúde através de telecomunicação via rádio ou fibra óptica. Essa interligação desenvolveu uma maior flexibilidade, agilidade, segurança e controle para que a administração iniciasse um processo de desenvoltura tecnológica. O município de Hortolândia ainda não possui um Paço Municipal, o que dificulta muito a otimização dos processos por ser difícil a centralização. A interligação pôde estabelecer uma comunicação dos departamentos externos com o prédio central, onde estão localizados os servidores de domínio, banco de dados, web, email e outros. Ou seja, mesmo os departamentos sendo externos, criaram-se a comunicação entre os computadores locais e externos, como se fosse uma rede única. Isso facilitou os serviços de Help Desk, e a medida que foram sendo criada novas tecnologias e procedimentos para aumentar a segurança, essas já eram inseridas automaticamente nos demais departamentos mesmo estando fora do prédio central. Nesses servidores centrais, existem alguns sistemas que a administração utiliza para desenvolver e controlar medidas necessárias. E dois deles, são o Sistema Financeiro e Sistema Informação de Receita Fiscal, são desenvolvidos para tecnologia cliente-servidor, porém, não para tecnologia web, portanto era difícil os órgãos externos consultarem informações rotineiras e necessárias para os fluxos dos processos. Com a interligação pôde instalar esses sistemas em cada local que era necessário e todas as pendências e duvidas já eram resolvidas no local. O projeto INFOVIA não conseguiu beneficiar todos os órgãos da Prefeitura, mas toda a infra-estrutura de custo elevado já foi adquirida. Para a Secretaria de Cidadania esta a interligação via rádio é, importante, porque está sendo conectada a todo corpo tecnológico da Prefeitura, diminuindo o custo com comunicação via Internet e centralizando critérios de segurança, garantindo também que a Administração não tenha nenhum prejuízos devido ao uso incorreto da tecnologia oferecida aos usuários. O início da implantação de comunicação externa se deu na Secretaria de Cidadania, após toda infra-estrutura interna já ter sido implantada. Foi feita a aquisição de 15 uma unidade remota e um Servidor, como previsto no levantamento na Tabela 3. O sistema operacional utilizado foi Windows 2003 Server, porque este é controlador de domínio padronizado pela Prefeitura. Após a instalação e a interligação externa estabelecidas, esse servidor passou a fazer parte da composição dos servidores de domínio da Prefeitura. A Secretaria beneficiou-se desta conexão com melhorias que já eram previstas. Temos que não é necessário pagar pelo serviço de comunicação banda larga, pois, a equipe de tecnologia de informação tem como objetivo centralizar todo o acesso à internet. Para isso a Prefeitura contratou uma Linha Privada (LP) de 16MB e adquiriram servidores e roteadores necessários para suportar toda requisição solicitada. A Secretaria de Cidadania possui uma seção de controle financeiro, e os usuários utilizam muito o sistema financeiro que está armazenado nos servidores centrais, como descrito anteriormente, com esse acesso estabelecido, os usuários foram treinados para consultarem as informações necessárias, e isso facilitou muito o trabalho dos profissionais que utilizam necessitam de informes financeiros. A Secretaria de Cidadania então entrou no mesmo contexto das Secretarias municipais e dos departamentos que já participavam na interligação, fazendo parte do corpo tecnológico. Hoje, quando os usuários da Assistência vão utilizar seus equipamentos de trabalho, efetuam acesso que é inicialmente é remetido para o servidor de Domínio local, ou seja, o servidor que está fisicamente localizado Secretaria de Cidadania. Caso o servidor não consiga autenticar o usuário com sucesso, esse servidor remete para os Servidores de Domínio centrais e esses por sua vez, resolvem a requisição de autenticação. Para maior segurança, cada usuário tem acesso a uma área de armazenamento chamada de P (Nome do Usuário), podendo guardar todos os documentos que julgam importantes. Existe um agendamento de tarefa de cópia de segurança nos servidores centrais de domínio onde todas as pastas pessoais dos usuários são copiadas para unidades de fita para armazenamento. Foi iniciado o trabalho de interligação junto aos CRAS, depois de toda a adequação necessária para a Secretaria. Temos no município quatro unidades, porém só foi feita a comunicação via rádio em duas unidades: CRAS da Vila Real e Jardim Rosolén. Não existem servidores nos CRAS. Os usuários fazem autenticação direta nos servidores de domínio, usando o mesmo critério descrito anteriormente. 16 2.2.4. Desenvolvimento da aplicação web Na pesquisa de campo feita inicialmente foram levantadas os processos dentro das unidades que compõem o grupo de Assistência Social. Foi uma primeira etapa de inicio do trabalho. No segundo momento, quando a infra-estrutura e aquisição de equipamentos já haviam ocorrido, iniciou-se um contato com os gestores de projetos e as Assistentes Sociais para poder compreender melhor o fluxo e a metodologia do trabalho da Cidadania. A Secretaria é composta de quatro tipos assistência: Básica, Média, Alta e Alta Complexidade. O objetivo então era identificar procedimentos internos comuns entre as assistências. A prefeitura municipal de Hortolândia tem como objetivo construir um cadastro único de moradores de Hortolândia. A expectativa é que todos os órgãos que fazem atendimento ao público utilizem a base de dados dos moradores, independente do atendimento ser feito em um pronto-socorro, em uma escola ou em uma unidade de atendimento social. Pensando já nesse novo perfil para a Administração, seria necessário construir um cadastro de pessoas. Essa unificação seria a base de dados utilizada para atendimentos específicos como saúde, educação e assistência social. O primeiro passo, para prover essa centralização foi definir qual banco de dados que seria o ideal como padrão. Existe hoje na Prefeitura Municipal de Hortolândia um projeto de geoprocessamento. Esse projeto iniciou-se no ano de 2006 com o objetivo de gerar uma modernização de gestão. Para tanto, foi feito um recadastramento imobiliário e social de todo o município, incluindo até áreas que são comumente chamadas de ocupações. Os dados foram obtidos a partir de ortofotos com escala de 1:1000. Era necessário associar a esse material geográfico os dados literais, dando uma visão de governo mais objetiva e embasada na necessidade prioritária do município. Porém, para conseguir produzir todo essa estrutura foram necessários alguns investimentos. Um destes investimentos foi a aquisição de um Sistema Gerenciador de Banco de Dados de grande porte que tivesse recursos espaciais. Depois de feita uma pesquisa sobre quais os bancos de dados mais utilizados nos Sistemas de Informações Geográficos (SIG). Avaliamos três aplicações, e duas delas utilizavam ORACLE as empresas Gempi – São Paulo e Sysgraphy – São Paulo, por ser um banco seguro, robusto e possuir módulos espaciais. Some-se o fato que uma das bases de dados principais da 17 prefeitura é a tributária e que já utilizava o Oracle 8i. Adquirimos portanto o ORACLE 11G com o módulo espacial. O SGBD Oracle foi estabelecido como banco de dados banco padrão da Prefeitura Municipal de Hortolândia. Para que o Sistema de Informação Geográfico tivesse um melhor desempenho era necessário que a base de dados geográfica ficasse junto à base de dados alfanuméricos. Por esse motivo, foi adquirido servidor capaz de suportar essa requisição de informações. Nesses servidores foi utilizado o Linux Red Hat 5.0 como sistema operacional. Adotamos como linguagem de programação para o desenvolvimento dessa aplicação o Personal Home Pages (PHP), que é uma linguagem de programação livre e muito utilizada para gerar conteúdo dinâmico para internet. O PHP é uma poderosa linguagem que pode ser utilizada com orientação a objetos e, por ser simples para desenvolver aplicações, é mais fácil encontrar profissionais especializados no mercado de trabalho. Hoje o PHP é uma das principais linguagens utilizadas para desenvolvimento para internet na Prefeitura. O aplicativo que utilizamos como servidor é o Internet Aplication Server da ORACLE 11G. A área de assistência é muito ampla, tendo projetos diversificados. Essa aplicação web proposta neste trabalho, veio para criar uma estrutura inicial, onde buscou os pontos comuns entre todas as unidades de assistência e os diversos projetos sendo da Assistência Básica ou das outras modalidades de assistência, a média, alta e alta complexidade. E posteriormente, os projetos mais específicos vão sendo agregados à ela. O objetivo desta aplicação é criar um mapeamento de vulnerabilidade da população de Hortolândia, e essa criação inicia-se nos atendimentos realizados nos CRAS. Foram então criados os cadastro básicos, como por exemplo: cadastro de usuários, departamentos, doenças, deficiências, entidades externas e pessoas. Estes cadastros estabelecem a estrutura inicial para efetuar um atendimento e serem encaminhados para os locais que estão aptos para solucionar a necessidade do cidadão. Na pesquisa que foi feita para desenvolver esta aplicação, foi observado que todo tipo de captação de informação é obtido no atendimento feito pela assistente social, sobrecarregando muito os atendimentos. A recepcionista efetua o cadastro inicial de atendimento, ou seja, cadastra ou atualiza os dados pessoais do cidadão. Em seguida, o cidadão é atendido por uma assistente social, efetuando o atendimento, conforme a identificação da necessidade do cidadão pode ser resolvido dentro do local de atendimento ou se for necessário o cidadão é encaminhado para outro local. O gestor de projeto responsável recebe os encaminhamentos realizados pela 18 assistente social e analisa se a pessoa está apta ou não a participar do projeto. O gestor aceitando ou não a indicação, retorna uma mensagem para a assistente que fez o atendimento. Nesse atendimento é feito um cadastro socioeconômico muito importante, que é identificar o quadro da vulnerabilidade de cada pessoa. Identificando os integrantes que moram na mesma residência, as doenças, as deficiências, convênio médico, escolaridade, vacinação, renda familiar e outros. Com esses dados é possuir construir indicadores socioeconômicos, como por exemplo: Números de usuários da assistência, Quantidade de pessoas que utilizam o serviço social e que possuem alguma doença ou deficiência, Qual a média da renda percapita das famílias e Qual a média escolar da população que utiliza da assistência. Com essa base social, podem ser elaborados relatórios para que os gestores da assistência consigam prover uma gestão preventiva. Segue, na Figura 3, o diagrama de Classes desta aplicação. Veremos como exemplo a classe Socioeconômica. Esta classe possui uma relação de um para um com a classe Pessoas, ou seja, uma pessoa pode ter um único vínculo socioeconômico. A relação é estabelecida pelo campo id_pessoa, que são as chaves primárias das tabelas socioeconômica e pessoas. Nesta classe são identificados outros atributos com caráter social e econômico de cada pessoa e estabelece uma relação de um pra muitos com a tabela de doenças e deficiências. 19 FIGURA 3 – DIAGRAMA DE CLASSES DA APLICAÇÃO WEB. 20 Esta aplicação compõe dos seguintes cadastros: • Cadastro de Usuários – O objetivo deste cadastro é o de estabelecer um controle de acesso de usuários do sistema. Vide Caso de Uso “Cadastrar Usuário” no Apêndice A; • Cadastro de Pessoas - Têm como finalidade construir uma base única de cidadão utilizado por todas as outras aplicações da praça de atendimento. Vide Caso de Uso “Cadastrar Pessoa” no Apêndice A”; • Cadastro de Departamento – Sua utilidade é cadastrar todas as unidades da Secretaria de Cidadania. Vide Caso de Uso “Cadastrar Departamento” no Apêndice A”; • Cadastro de Parentesco – Através do cadastro de pessoas, são associadas entre si as pessoas que compõe a mesma residência. Vide Caso de Uso “Cadastrar Parentesco” no Apêndice A”; • Cadastro de Entidade Externa – Sua função é cadastrar as unidades de assistência privada que possuem parceria com o município. Vide caso de Uso “Cadastrar Entidade Externa” no Apêndice A”; • Cadastro de Projeto – Sua função é a de cadastrar todos os projetos, serviços, programas e atividades que a assistência social promove para a sociedade. Vide caso de Uso “Cadastrar Projeto” no Apêndice A”; • Cadastro de Doença e Deficiência – Cadastro básico de doenças e deficiências. “Vide caso de Uso Cadastrar Doença e Deficiência” no Apêndice A”. • Cadastro Socioeconômico – Este cadastro é efetuado a partir do Atendimento. Ali são cadastrados os dados sociais e econômicos da pessoa que esta passando por um atendimento. Vide caso de Uso “Cadastrar Socioeconômico” no Apêndice A”. • O cadastro de Atendimento – O atendimento é um cadastro bastante elaborado e é um dos cadastros centrais do sistema. • Associação - Este cenário é exclusivo para o gestor de projeto. Só os usuários que possuem perfil de gestor de projeto e de entidade externa podem ter acesso a esse serviço. 21 2.2.4.1. Exemplos de casos de uso e diagramas de atividades Exibiremos com maior detalhe dois casos de uso e dois diagramas de atividades, com a finalidade de exemplificar os fluxos dos processos da ferramenta. Veremos como exemplo, o caso de uso e o diagrama de atividade do Atendimento. A Figura 4 mostra o diagrama de caso de uso do Atendimento, identificando os atores e os casos de uso. A Figura 5 mostra o diagrama de atividade do Atendimento, exemplificando os estados de cada processo. <<Caso de Uso>> Atendimento Descritivo: Este caso de uso descreve o processo do atendimento da pessoa. Atores: Assistente Social, Gestor de Projeto e Entidade Externa. Cenários Principais: 1 – Atendimento • Etapa 1 – O ator ao iniciar o preenchimento do formulário, digita o nome do cidadão que está sendo atendido. A medida que o nome vai sendo preenchido vão aparecendo os nomes próximos ao digitado (é utilizada uma função AutoComplete). Após a pessoa ser selecionada os dados do endereço são carregados no formulário; • Etapa 2 - O código da pessoa é identificado, através deste campo são localizados na tabela parentesco todos os parentes da pessoa que esta sendo atendida e são mostrados os atributos nome e grau de parentesco. O usuário pode incluir, alterar ou excluir um novo parente. Vide caso de uso Cadastrar_Parentesco; • Etapa 3 – Se a pessoa já passou por um atendimento, são carregados os dados referentes as doenças e deficiências daquela pessoa. Caso o ator necessite excluir ou incluir um novo registro clicar no link corresponde (Incluir / Excluir). Vide Caso de Uso Associar_Doença; • Etapa 4 – No formulário de Atendimento existe uma tabela que mostra todos os projetos, serviços ou atividades aos quais a pessoa já esteja associada; 22 • Etapa 5 – Se a pessoa já passou por um atendimento, os dados socioeconômicos são carregados no formulário. Caso contrário, os dados sociais e econômicos são inseridos na tabela socioeconômica. Vide Caso de Uso Cadastrar Sócio Econômico; • Etapa 6 - No formulário de Atendimento é mostrado a Renda Familiar que é composta pela soma da renda dos parentes mais a renda da pessoa que esta sendo atendida e • Etapa 7 - Na parte inferior do formulário existem dois Check Box [ Direto e Encaminhar]. Quando é selecionado o Direto, o ator preenche o parecer técnico e clica avançar. Então abre uma nova pagina com um Combo Box dos encaminhamentos diretos e o atendimento é concluído e armazenado em uma tabela geo_direto conforme Tabela 6. Quando é selecionado o Check Box encaminhar, o ator preenche o parecer técnico, clica em avançar e abre uma página onde são fornecidos, através de um Combo Box, todos os projetos cadastros. O ator escolhe qual o projeto e, ao avançar, é feita uma pergunta se deseja efetuar mais algum encaminhamento neste mesmo atendimento. Caso afirmativo ele volta na página de indicação de projetos. Caso contrário o atendimento é finalizado, é aberto uma janela como o protocolo de atendimento perguntando se deseja imprimir e volta para a página inicial do atendimento; 2 - Consulta por pessoa – O ator entra com o nome da pessoa. É carregada uma tabela com todos os atendimentos, ordenados pelo código do atendimento. Se o ator necessitar de mais informações, ele clica no nome da pessoa e é exibida uma tela com os dados da pessoa e a resposta do encaminhamento. 23 Segue a Tabela 4 e Tabela 5 com os atributos da Tabela de Atendimento e Geo_Direto. Campo Id_Atendimento Tipo Number Observações Contador seqüencial de atendimento, é a Primary Key. Id_Pessoa Number Foreign Key da tabela Pessoas. Data_Atendimento Date Data do Atendimento, é um campo obrigatório, Parecer_Tecnico Varchar2(500) Parecer técnico do atendimento, é um campo obrigatório. Depto_atendimento Number Código do departamento que está efetuando o atendimento, campo obrigatório. TABELA 4 – ATRIBUTOS DA TABELA ATENDIMENTO. Campo Id_direto Tipo Number Observações Contador seqüencial de atendimento direto Primary Key. Procedimento Varchar2 O procedimento é uma lista de necessidades que pode ser executado dentro do próprio local de atendimento. (Leite, Fraldas, Remédios, Assessoria Jurídica e Outros). Id_pessoa Number Código da pessoa é chave estrangeira para tabela de pessoas Id_atendimento Number Código do atendimento, é a chave estrangeira para tabela de atendimentos. Depto_atendimento Number Código do departamento do atendimento inicial. TABELA 5 – ATRIBUTOS DA TABELA GEO_DIRETO. 24 Cadastrar Pessoa Cadastrar Parentesco Cadastrar SocioEconomico Assistente Social Cadastrar Atendimento Cadastrar Doenca e Deficiencia Gestor Projeto Associação Cadastrar Departamento Encaminhamento Direto Entidade Externa FIGURA 4 – DIAGRAMA CASO DE USO DO ATENDIMENTO. 25 Atendimento Busca Pessoa Busca Parentesco / Incluir Novos Parentes ? / Sim Incluir Parente / Não Busca Doença / Deficiência / Incluir Mais ? / Sim Incluir Doença / Deficiência / Não Busca SocioEconomico / Existe SocioEconomico? / Não Incluir Socioeconomico / Sim / Não / Sim Encaminhamento / Efetuar mais um encaminhamento ? / Direto Cadastrar Encaminhamento Direto / Indireto / Não / Sim Busca Ecaminh. Indireto / Mais algum Encaminhamento ? FIGURA 5 – DIAGRAMA DE ATIVIDADES DO ATENDIMENTO 26 Segue o caso de uso da associação com o diagrama de caso de uso, como mostra a Figura 6, e o diagrama de atividade Figura 7, identificando os estados e os processos da associação. <<Caso de Uso>> Associação Descritivo: Este caso de uso descreve o processo de associar a pessoa ao projeto. Atores: Gestor de Projetos e Entidade Externa Cenários Principais: 1 – Associar a pessoa ao projeto • Etapa 1 – São carregados os encaminhamentos no qual o ator é o gestor do projeto. É carregada uma tela com os seguintes dados: Código Atendimento, Nome da Pessoa, Departamento de Origem, Nome do Projeto e Data Atendimento. • Etapa 2 – Para que o ator dê continuidade no processo, ele clica no nome da pessoa e é aberta uma tela com os dados pessoais, os nomes e projetos que os parentes estão associados, além dos projetos aos quais a pessoa já esteja associada e o parecer técnico que foi preenchido no atendimento. • Etapa 3 – O ator tem três opções [Não Associar / Associar / Reencaminhar]: - Não Associar - > É exibida uma nova tela com os dados da pessoa, e um campo para justificar o motivo do cidadão não poder ser associado ao projeto indicado pela assistente no atendimento. - Associar - > Neste momento, a pessoa é associada ao projeto indicado no atendimento, inserindo na tabela de associação um novo registro, com os atributos correspondentes a tabela, como mostra a figura 10. - Reencaminhar - > Quando está opção é selecionada é carrega uma tela com um Combo Box buscando todos os projetos cadastrados para poder selecionar outro projeto que possa atender melhor as necessidades da pessoa. E o ator tem que informar o departamento origem o motivo do reencaminhamento. 27 2 – Estado dos Encaminhamentos – Mostra uma tela com os seguintes campos: Nome da Pessoa, Nome Projeto, Data de Atendimento, Status do atendimento, o status pode obter quatro valores [ Em andamento / Não Associado / Associado / Reencaminhado]. Se o ator necessitar de mais informações ele clica no nome da pessoa é exibo uma tela com os dados da pessoa e a resposta do encaminhamento. Se o ator necessitar de mais informações ele clica no nome da pessoa é exibo uma tela com os dados da pessoa e a resposta do encaminhamento. 3 – Atendimento Direto – É carregado uma tela para que o ator entre com o nome do cidadão em seguida é carregado uma tabela com os seguintes campos: nº atendimento, nome da pessoa, qual a necessidade, parecer técnico e a data do atendimento. Segue as descrições dos atributos da Associação conforme descritos na Tabela 6. 28 Campo Id_pessoa Tipo Observações Number Código da Pessoa, nesta tabela tem duas funções Foreing Key da tabela Pessoas e Primary Key [id_pessoa + cod_projeto] desta tabela. Cod_projeto Number Código do projeto, nesta tabela tem duas funções Foreing Key da tabela Projetos e Primary Key [id_pessoa + cod_projeto] desta tabela. Data_Associacao Date Data em que a pessoa foi associada ao projeto. Data_Termino Date Data final em que a pessoa pode permanecer no projeto associado. Id_Usuario Number O código do usuário que efetuou a associação, não associação ou o reencaminhamento. Id_Atendimento Number O código do atendimento. Id_Depto_Atendimento Number Código do departamento de origem, onde foi feito o atendimento inicial. Resposta Varchar Resposta ao usuário que efetuou o atendimento. Quando a pessoa não for associada ao projeto ou for Data_Resposta Date necessário reencaminhar para um outro local é utilizado este campo. Status Varchar2 Mostra o estado que encontra-se o encaminhamento: [ Em andamento / Não Associado / Associado / Reencaminhado]. TABELA 6 – ATRIBUTOS DA TABELA ASSOCIAÇÃO. 29 Cadastrar Usuario Gestor Projeto Associação Cadastrar Pessoas Cadastrar Parentesco Entidade Externa Cadastrar Departamentos Cadastrar Encaminh. Direto FIGURA 6 – DIAGRAMA CASO DE USO DA ASSOCIAÇÃO. Entrada dos encaminhamentos realizados no atendimento Conforme login do usuário. Encaminhamento / Seleciona a Pessoa Busca Dados Sociais busca dados dos parentes / O que deseja fazer ? / Associar Efetua a Associção / Não Associar / Reencaminhar Retorno para Depto. Origem / Finaliza a operação Seleciona um novo Depto. Reencaminhamento FIGURA 7 – DIAGRAMA DE ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO. 30 2.2.5 Testes A aplicação de testes foi iniciada logo após o término do desenvolvimento do software, foram testes iniciais para detectar os possíveis erros e a recepção dos usuários em relação à nova ferramenta de trabalho. O teste inicial foi realizado no dia 25 de novembro de 2008, na cidade de Hortolândia na Secretaria de Cidadania e Promoção Social, localizada à Rua Francisco de Castilho, 298 Remanso Campineiro. Com funcionários que trabalham no Centro de Referência Social (CRAS), correspondentes a recepcionista, assistente social, gestor de projetos e administrador do sistema. 2.2.5.1 Testes de usabilidade Um software implementado deve ser submetido a um conjunto de testes, a fase de realização dos testes é muito importante porque revelam os erros, detalhes importantes que foram esquecidos durante o desenvolvimento. O desenvolvedor deve ter discernimento para saber quais testes que devem ser aplicados. Para Nielsen (1993), a usabilidade é uma característica importante na aceitação do software, devendo sempre ser medida através das execuções das tarefas. Os três principais objetivos da avaliação da aplicação são: avaliar a funcionalidade do sistema, avaliar o efeito da interface junto ao usuário e identificar problemas específicos do sistema. Concordamos com Rocha e Baranauskas (2003), quando afirmam que • a funcionalidade do sistema, refere-se ao design que permita ao usuário efetuar a tarefa pretendida de modo fácil e eficiente. • o efeito da interface junto a usuário deva ser de fácil aprendizagem levando-se em conta a forma de utilização da interface e identificar as áreas do design que sobrecarregam o usuário. • é necessária a identificação dos problemas específicos com o design, ou seja, identificar aspectos do design que possam causar confusão ou resultados inesperados. (ROCHA & BARANAUSKAS, 2003, p.193) 31 2.2.5.2 Aplicação do teste de usabilidade Depois da finalização do desenvolvimento do software e da implantação desta ferramenta no servidor web da Prefeitura, foi elaborado um teste para avaliar o comportamento dos usuários em relação a interface desenvolvida. Segundo Sommerville (2003) podem ser aplicadas técnicas simples e que são eficientes nos resultados, como, por exemplo, a elaboração de um questionário em que são propostas algumas tarefas e a na observação da execução das tarefas durante o uso do sistema. Para a realização do teste foram selecionados 7 (sete) funcionários. A seleção foi feita pela Coordenadora de Assistente Social. Foram selecionados uma recepcionista, uma assistente social, três gestores de projeto, um administrador do sistema e a Coordenadora de Assistência Social. Estes funcionários já desempenham as respectivas funções nas unidades de atendimento social. O teste foi realizado de forma individual e foram observadas todas as ações realizadas pelo usuário. Segue a descrição da aplicação da técnica: O usuário 01 – Administrador utilizou a folha de Tarefa 1 do Apêndice B. Segue nas Figuras 8 e 9, as telas de ,login e do cadastro de usuários, onde o usuário 1 efetuou login como administrador do sistema e cadastrou um novo usuário com o perfil de recepcionista, conforme foi solicitado no item 01 da Folha de Tarefa 1. 32 FIGURA 8 – TELA DE LOGIN DA APLICAÇÃO WEB FIGURA 9 – TELA DO CADASTRO DE USUÁRIOS 33 O usuário 1 demonstrou muita habilidade computacional, executou todas as atividades sem apresentar dificuldades. O usuário 02 – A Recepcionista utilizou a folha de Tarefa 2 do Apêndice B. O usuário efetuou login na aplicação com o perfil de recepcionista, sendo responsável pela triagem dos dados pessoais. Na execução do item 1, o usuário demonstrou algumas dificuldades no cadastro do endereço, tendo em vista, que as ruas e os bairros do município de Hortolândia são carregadas em um Combo Box, nos demais itens não apresentou dificuldade. Segue na Figura 0, a tela de Cadastro de Pessoas onde o usuário 02 efetuou o cadastro de um cidadão, buscando as ruas e os bairros do município, conforme foi solicitado no item 01 da Folha de Tarefa 2. FIGURA 10 – TELA DO CADASTRO DE PESSOAS 34 O usuário 03 – Assistente Social utilizou a folha de Tarefa 3 do Apêndice B. Na execução de todos os itens o usuário encontrou muita dificuldade, porque não ter familiaridade com computador. Por conta desta deficiência, foi necessário testar a interface com outro usuário, para analisar melhor a usabilidade dos itens do atendimento que são de extrema importância no conceito geral da ferramenta. Nos item 2, o usuário encontrou dificuldade em visualizar os botões Cadastrar parente, incluir doença, incluir deficiência, por aparecer de forma discreta na tela. A assistente tinha que encaminhar o cidadão para três projetos e imprimir o protocolo de atendimento. O usuário encontrou dificuldade na impressão, porque a impressora não estava instalada. Seguem as Figuras 11, 12, 13 e 14, que mostram algumas telas do Atendimento, onde o usuário 3 efetuou o atendimento, conforme os itens 1, 5 e 6 da Folha de Tarefa 3. 1.3 FIGURA 11 – TELA DO ATENDIMENTO 35 FIGURA 12 – TELA DO ATENDIMENTO /SOCIOECONOMICO FIGURA 13 – TELA DO ATENDIMENTO / ENCAMINHAMENTO 36 FIGURA 14 – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO O usuário 04 – Gestor de Projeto utilizou a folha de Tarefa 4 do Apêndice B. Nesta etapa foram envolvidos três gestores, o primeiro executando o item 1, o segundo o item 2 e o terceiro o item 3. No item 1, o gestor responsável pelo projeto “Empório da Gente” tinha que associar a pessoa que foi atendida a esse projeto. Esse procedimento foi realizado pelo usuário com bastante facilidade. No item 2, o gestor responsável pelo “Click Cidadania”, não deveria associar o cidadão ao projeto. Neste procedimento o usuário encontrou dificuldade em compreender as etapas, ou seja, que tinha que clicar no botão Não Associar e justificar o motivo de não estar associando o cidadão ao projeto. No item 3, o gestor do projeto “Sentinela” tinha que reencaminhar a indicação para um outro projeto. O usuário teve uma boa interatividade com a aplicação, mas teve dúvidas ao responder o motivo do reencaminhamento para o departamento origem que fez a triagem inicial. 37 Na Figura 15, mostra a tela de entrada dos encaminhamentos, quando o gestor efetua o login, são carregados os encaminhamentos referentes aos projetos ao qual é responsável. Na Figura 16, mostra a tela de Associação, onde o gestor analisa o parecer técnico da Assistente Social podendo associar ou não a pessoa ao projeto. Na Figura 17, mostra a tela onde o usuário 4 associou o cidadão ao projeto e atribuiu a data vigente da associação. Essas Figuras refere-se às execuções das atividades do item 1 da Folha de Tarefa 4. FIGURA 15 – TELA DE ASSOCIAÇÂO 38 FIGURA 16 – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO FIGURA 17 – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 39 2.2.5.3 Análise dos resultados parciais Os resultados obtidos foram satisfatórios, os profissionais envolvidos foram muito receptivos à ferramenta, mesmo os que apresentaram dificuldades na utilização. Isso é um ponto muito importante na implantação de um novo método de trabalho; todos têm que estar empenhados e satisfeitos para que a sistematização do atendimento tenha um retorno positivo. Durante as execuções das tarefas sugeridas para os usuários, foi identificada a necessidade de uma capacitação em informática mais intensiva aos usuários com o perfil de assistente social e gestor de projeto. Uma vez que serão responsáveis por todo cadastro socioeconômico, é necessário que estejam confiantes na operação da aplicação web. 40 3. CONCLUSÃO Neste projeto apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso, desenvolveu-se uma aplicação web visando a centralização das informações dos atendimentos socais da Secretaria de Cidadania do município de Hortolândia-SP em um único banco de dados. Será possível Com a centralização e a sistematização desses atendimentos dos serviços sociais criar um histórico socioeconômico do cidadão e construir gradativamente uma base de dados com o perfil socioeconômico do município. A aplicação web desenvolvida neste projeto, possibilita o mapeando das características sociais da população através das informações que são adquiridas nos atendimentos. Além disso, propõe a associação da pessoa ao projeto, ou seja, é possível identificar em quais projetos este cidadão já está vinculado, tendo em vista que existem aqueles que tentam utilizar várias vezes o mesmo serviço. Com a sistematização do atendimento, essa deixa de ser uma preocupação, pois o software garante a não duplicidade do mesmo benefício. Conforme essa sistematização e otimização das unidades de assistência vai sendo consolidada, a Secretaria de Assistência Social vai adquirindo credibilidade junto aos demais órgãos municipais, tornando o serviço intersetorial (Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação) mais abrangente e, portanto, mais eficiente. Com a construção de indicadores socioeconômicos, possibilita-se, também, buscar recursos financeiros junto aos órgãos Municipais, Estaduais e Federais. Até o presente, há uma grande dificuldade na obtenção desses recursos, pois a Secretaria de Assistência Social não possui indicadores fiéis que possibilitem justificar novos recursos. Atualmente estes dados são retirados de amostragens em pequena escala que não garantem o verdadeiro mapeamento das condições da população. Com o levantamento socioeconômico que é realizado nos atendimentos e a centralização dessas informações promovida pelo software, torna-se fácil a elaboração de relatórios gerenciais para que a Secretaria obtenha esses indicadores socioeconômicos. É notório quando olhamos para área de assistência social que muitas ações planejadas pelo governo são apenas discursivas - ficam “no papel”. Uma das ações importantes mostradas na Política Nacional de Assistência Social é a identificação das responsabilidades da assistência que visa assistir não só economicamente, mas cuidar do núcleo familiar, ou seja, criar uma gestão de assistência para reconstrução de valores 41 individuais dentro da família. A aplicação web proposta neste projeto faz a captação de dados de todos os integrantes da mesma residência e os associa, tornando-se fácil a busca de informações sobre o grupo familiar. A aplicação web foi desenvolvida e está na fase de implantação. O primeiro teste de usabilidade foi realizado em novembro deste ano com sete funcionários, cada um representando um dos atores das ações previstas no software. Os funcionários da Secretaria de Cidadania serão capacitados para a utilização da aplicação web. Essa primeira capacitação está planejada para ocorrer em Janeiro de 2009. Este projeto tem uma característica de continuidade e, portanto, não se encerrará com este Trabalho de Conclusão de Curso, pelo fato da autora do projeto ser funcionária pública do Município. Este projeto é uma etapa de um projeto mais amplo da prefeitura cujo próximo passo será analisar as especificidades de cada projeto social, da assistência média, alta e alta complexidade, buscando sistematizar todas as modalidades dos Serviços Sociais. 3.1 Trabalhos futuros Os funcionários envolvidos nesse projeto, ainda não foram capacitados para utilização da ferramenta. A capacitação será iniciada no mês de janeiro de 2009. Inicialmente a capacitação será realizada nos CRAS, sendo previsto dois dias para cada Centro de Referência Social. Posteriormente, será realizado nas unidades onde são executados os projetos e atividades continuadas, e por final, o treinamento será nos órgãos externos que possuem parceira com a Prefeitura. A previsão média para capacitação de todos os funcionários dos órgãos de assistência é de aproximadamente 30 (trinta) dias úteis. Em um dos programas sociais os funcionários da prefeitura utilizam um software que é fornecido pela Caixa Econômica Federal, onde são inscritos as famílias que precisam de auxílio da Bolsa Família. Para que não se torna repetitivo o trabalho dos funcionários do Cadastro Único, é necessário criar uma metodologia para que os dados não sejam digitados em duas ferramentas, ou seja, na aplicação web desenvolvida neste projeto e no programa da Caixa Econômica Federal. Com o desenvolvimento desta aplicação web será necessário gerenciar essas informações cadastradas no banco de dados, e uma das previsões futuras é utilizar ferramentas de business intelligence – BI. Dentre as necessidades de informações e modernizações no 42 setor público é a necessidade de transparência e de responsabilidade, essa exigência da sociedade tem levado o setor público a adotar ferramentas, como o business intelligence, no intuito de aprimorar o gerenciamento de informações. A razão pela escolha desta ferramenta, Discoverer, é que as consultas são realizadas por meio de um browser na Internet, ou seja, os usuários podem ter acesso às informações de qualquer local ligado à rede. Por um perfil definido pelo administrador do sistema é possível limitar consultas ou áreas de negócios de acordo com os interesses de cada usuário. O Discoverer está agregado no pacote do Internet Aplication Server (IAS - Oracle) e tendo em vista, que o projeto de geoprocessamento adquiriu esta tecnologia como Servidor de Aplicação do SIG. Esta ferramenta será aproveitada para gerar consultas e relatórios para a Secretaria de Cidadania. 43 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NIELSEN, J. Usability engineering. San Francisco, CA: Morgan Kaufmann, 1993. Política Nacional de Assistência Social (PNAS) : RESOLUÇÃO N.º 191, DE 10 DE NOVEMBRO 2005 - DOU 17/11/2005. Disponível em < http://www.mds.gov.br/ >. Acesso em 12/07/2008. ROCHA, H. V.; BARANAUSKAS, M. C. C. Design e avaliação de interfaces humanocomputador. Campinas: Nied, 2003. SOMMERVILLE, Ian. Engenharia de Software. Tradução por André Mauricio de Andrade Ribeiro. 1. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2003 44 5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Best. T; Billings.M.J. Oracle Database 10g: AP. Workshop de Administração II. Vennapusa. P. Oracle Database 10g: Fundamentos de SQL II. Bibliotecas de conexão ORACLE-PHP. Disponível em <http://www.php.net/ manual/pt_BR/book.oci8.php>. acessado em 07/2008 a 11/2008. K. Kummar.S; Pottle.B. Oracle Discoverer Plus 10g: Analise de Dados Relacionais e OLAP. MEDEIROS, E. Desenvolvendo Software com UML 2.0: Definitivo.São Paulo: Person Makron Books, 2004 pag. 52 – 78. MORAES, Luiza Alves. Alfabetização e Tecnologia: A introdução de jogos computacionais no ciclo de alfabetização. Campinas, 2007 p.27-32. SALOMON, D.V.; Como fazer uma monografia. ed. Belo Horizonte:Martins Fontes, 2004 45 APÊNDICE A 46 APÊNDICE B 47 CASOS DE USOS <<Caso de Uso>> Cadastrar Usuário Descritivo: Este caso de uso descreve o processo de cadastrar usuário Pré-Condições: Administrador do Sistema pode fazer manutenção no cadastro de usuários do sistema. Atores: Administrador do Sistema Cenários Principais: 1 - Incluir novos usuários, com os respectivos atributos: Campo Código Tipo Numérico Tamanho Restrições 4 Primary Usuário Nome Observações Contador seqüencial de usuários. Key Character 50 Not Null Nome do Usuário Id_login Character 30 Not Null O login de acesso ao sistema. Código Numérico 4 Not Null Código do departamento que o usuário trabalha, Usuário Depto busca uma lista dos departamentos existentes sendo o foreign key da tabela de departamento. Senha Character 10 Not null Senha de acesso do usuário. Perfil de acesso do usuário no sistema, podendo ter os respectivos valores: Assistente Social, Gestor de Projeto, Administrador do Sistema, Recepcionista e Perfil Character 2 Not null Entidade Externa. Administrador do sistema -> Vem a ser funcionário que seja responsável pelo sistema podendo efetuar cadastros de novos usuários bem como o controle de acesso de cada um deles. O administrador pode ter acesso a todos os cadastros e fazer alterações, inserções e exclusões. Assistente Social -> Este ator tem como papel principal no atendimento e no cadastro de pessoas a possibilidade de alterar, incluir e consultar, já nos demais cadastros tem somente o direito de consulta. Recepcionista - > Tem acesso ao cadastro de 48 pessoas para incluir, alterar e consultar já nos demais cadastros só tem acesso de consulta. Gestor do Projeto - > Permite a inclusão, exclusão, alteração e consulta de projetos e de pessoas, e nos demais cadastros tem direito de consulta. Entidade Externa - > As entidades externas poderão fazer inclusões, alterações e consultas de pessoas. E posteriormente poderão fazer o encaminhamento do seu atendimento aos gestores de projetos. Tabela 1 – Tabela referente aos atributos do cadastro de usuários Só os usuários com Perfil de Administrador que poderão Incluir, Alterar, Excluir e Consultar Usuários. 2 – Consultar usuários já cadastrados no banco de dados, com os atributos referenciados no cenário nº 1. 3 – Alterar os dados dos usuários que já são cadastrados, referente aos mesmos atributos citado no cenário nº 1. 4 – Excluir usuários que não utilizarão mais o sistema, executando um procedimento para excluir os usuários. Segue a Figura 1, o diagrama de caso de uso para cadastrar um usuário. Cadastrar_Usuario Administrador do Sistema Figura 1 – Diagrama de Caso de Uso Cadastar Usuario 49 <<Caso de Uso>> Cadastrar Departamento Descritivo: Este caso de uso descreve o processo para cadastrar as unidades e departamentos da Secretaria de Assistência Social. Pré-Condições: O usuário com perfil de Administrador deve acessar. Atores: Administrador do Sistema, Caso de Uso Cadastrar Usuário e Caso de Uso Encaminhamento. Cenários Principais: 1 - Incluir Departamento : O usuário com perfil de Administrador pode incluir novas unidades ou departamentos de atendimento da Secretaria de Cidadania, este cadastro corresponde aos locais onde os atendimentos podem ser encaminhados. Segue a Tabela 2, os atributos da tabela de departamento Número Tipo id_depto Numérico Tamanho 3 Restrições Primary Key Observações Contador seqüencial de departamentos. depto Character 30 telefone Numérico 13 Not Null Nome do Departamento Telefone do Departamento Tabela 2 – Referente aos atributos da tabela de departamento 2 – Consultar departamento: Só os administradores podem fazer consulta dos departamentos. Ao selecionar a consulta aparece uma lista em ordem alfabética dos departamentos já cadastrados, basta clicar o departamento desejado. 3 – Alterar Departamento: Apenas os administradores do sistema estão habilitados para alterar o cadastro de departamento. Quando o ator inicia o processo de alteração, é carregado na tela uma listagem com todos os departamentos cadastrados. Na qual são exibidos o nome e telefone do departamento, onde mostra o código do departamento, o nome e o telefone. O usuário clica no numero do departamento e os dados são carregados no formulário para que possam ser alterados. 4 – Exclusão de usuários que não utilizarão o sistema, efetuando uma exclusão da tabela de usuários. 50 Segue na Figura 2, o diagrama de caso de uso para cadastrar um departamento. Figura 2 – Diagrama de Caso de Uso Cadastrar departamento. <<Caso de Uso>> Cadastrar Projeto Descritivo: Este caso de uso descreve o processo para cadastrar um projeto. Pré-Condições: Os usuários do sistema que tiverem o perfil de acesso como Administrador ou Gestor de Projetos poderá efetuar Alteração, Exclusão ou Inclusão de projetos. Para o perfil de Assistente Social, só será autorizada a consulta dos projetos. Atores: Administrador do Sistema, Gestor de Projetos e Assistente Social. Cenários Principais: 1 - Incluir Projeto: Os atores Administrador do Sistema, Gestor de Projetos poderão fazer a inserção de novos registros. Segue abaixo a descrição atributos da tabela de projeto, como mostra a Tabela 3. Campo Tipo Tamanho Cod_Projeto Numérico 6 Desc_Projeto Character Objetivo_projeto Restrições Observações Primary Key Contador seqüencial de projetos. 255 Not Null Descrição do Projeto Character 500 Not Null Objetivo do projeto Pub_Alvo Character 255 Data_Inicio Date Not Null Data Inicio do projeto Data_Fim Date Not Null Data final do projeto Público Alvo Este campo tem a finalidade de 51 diferenciar Proj_Ativ_Serv Character 15 Not Null Origem_Recurso Projeto,Serviço e Atividade. Lista de valores pré-definidos Character 30 com a Origem do Recurso [Municipal, Estadual, Federal,...] Custo_Projeto Numérico (20,2) Valor do Custo do Projeto, valores em Reais Nome do funcionário que é Gestor do Projeto, este funcionário necessariamente tem que estar cadastrado no sistema como Gestor de Projetos. Este Gestor_Projeto Numérico Not Null campo trará uma listagem com todos os usuários com o perfil gestor de projetos. Entdidade_Externa Combo Box com as entidades externas cadastradas. Tabela 3 – Referente aos atributos da tabela de Projetos 2 – Consultar Projetos: Funcionários com o perfil de Assistente Social, poderão pesquisar os projetos da seguinte forma: - Código do Projeto No formulário de consulta no campo código do projeto, o usuário informará qual o projeto que desejar localizar, depois da confirmação da consulta é feita uma seleção no banco de dados referente ao projeto digitado; - Descrição do Projeto: Mostra List Box com todos os projetos cadastrados, quando o usuário efetua a seleção de todas as informações no banco de dados. 3 – Alterar Projeto : Os administradores do sistema e Gestores de Projetos podem alterar o cadastro de projeto. Quando o ator inicia o processo de alteração, é carregado na tela uma listagem com todos os projetos cadastrados, a qual mostra o código do projeto e a descrição do mesmo. O usuário clica o código do projeto e os dados são carregados no formulário para serem alterados. 52 4 – Excluir Projetos Os usuários com Perfil de administrador e Gestor de Projetos excluir projetos. Quando o ator inicia o processo de exclusão, é carregada na tela uma listagem com todos os projetos cadastrados, mostrando o código do projeto, bem como a sua descrição. O usuário clica o código do projeto que deseja excluir, todos dados são carregados no formulário e aparece um botão excluir, se for do seu interesse ele confirma a exclusão. Segue na Figura 3, o diagrama de caso de uso do cadastro de projetos. Assitente Social Cadastrar Projeto Adm. Sec. Cidadania Cadastar_Usuário Assist. Administrativo Gestor de Pojeto Figura 3 – Diagrama de Caso de caso de uso Cadastar Projeto <<Caso de Uso>> Cadastrar Pessoa Descritivo: Este caso de uso descreve o processo para cadastrar pessoas. Pré-Condições: O usuário deve possuir perfil de Administrador, Assistente Social, Recepcionista, Gestor de Projetos, Entidade Externa podem ter acesso ao cadastro de pessoas. Atores: Administrador do Sistema, Assistente Social, Gestor de Projetos, Entidade Externa e Recepcionista. Cenários Principais: 01 – Incluir Pessoas - Somente os usuários com o perfil de Administrador, Assistente Social, Gestor de Projetos e Recepcionista e Entidade Externa têm acesso habilitado para inserir novas pessoas. Quando ator inicia o processo, aparecem dois Check Box, perguntando ao ator se a pessoa que está sendo atendida é moradora ou não de Hortolândia. Quando a pessoa é 53 uma moradora são utilizados cadastros de logradouros e bairros do município e quando é um não morador o endereço é armazenado em uma nova tabela. Na inserção do nome da pessoa, é utilizado uma função AutoCompletar, para que a medida que os caracteres que compõem o nome vão sendo digitados as possibilidades de nomes similares já são exibidos para o usuário. Segue a tabela 4, com os atributos da tabela pessoas. Campo Tipo Tamanho Restrições Observações id_pessoa Numérico 6 Primary Key Contador seqüencial de pessoas, Id_nome Character 255 Not Null Nome da Pessoa CPF Numérico 11 CPF da Pessoa RG Numérico 9 RG da pessoa cod_bairro Numérico 5 Not null cod_logr Verifica se a pessoa é moradora de Hortolândia, e neste caso, efetua uma busca da rua e do bairro nas tabelas de logradouros e bairros do município, caso negativo, deixa os campos ativos para entrada armazena de em dados uma e tabela chamada de logr_externo esta tabela foi criada só para armazenar endereços das pessoas que passam por algum atendimento, mas que residem fora de Hortolândia. Veja as descrições da Tabela 1 - Logradouro Externo. . num_res Numérico 5 Not null Número residencial, não pode conter valor nulo. complemento Character 25 Complemento residencial, não pode conter valor nulo. Se o morador for de Hortolândia, Cidade Character 30 Not null estes campos já são preenchidos, a cidade como “Hortolândia” e o UF Character 2 Not null estado como “SP”. Caso contrário, o campo fica em branco para entrada de dados. Cep Numérico 2 Cep da rua. 54 Sexo Character 9 São dois check Box (Feminino / Masculino), o usuário escolhe qual opção. Tel_Res Character 13 Telefone Residencial Tel_Cel Character 13 Numero de Celular Cid_Natural Character 20 Cidade onde a pessoa nasceu. Uf_Natural Character 2 Estado onde a pessoa nasceu. Email Character 30 Email pessoal ou profissional. Date_Nasc Data CTPS Character 20 Número da Carteira Profissional. Cert_Nasc Character 20 Número Certidão de Nascimento. Data de Nascimento Tabela 4 – Tabela com atributos referente a Tabela de Pessoas 2 – Consultar Pessoas - Nesse cenário todos os usuários do sistema podem efetuar consultas no banco de dados, tendo duas maneiras de pesquisa pelo nome e CPF. Busca pelo Nome da Pessoa: Conforme o nome da pessoa vai sendo digitado, é executado uma rotina de AutoComplete, como descrito no cenário 01; Busca pelo CPF: O usuário entra com o número do CPF da pessoa, então é feito um seleção na tabela de pessoas referente aquele CPF. Se a pessoa for localizada seus dados são carregados os dados no formulário. Caso contrário, é devolvida a seguinte mensagem ao usuário “CPF não encontrado!!”. 3 – Alterar Pessoas - Neste cenário os usuários com perfil de Administrador, Assistente Social, Entidade Externa, Gestor de Projetos e Recepcionista podem alterar os dados cadastrados. A medida que o ator vai informando os caracteres correspondentes ao nome da pessoa, é disparado uma rotina de buscas na tabela pessoas, essa rotina retorna os nomes que são iguais ou similares ao nome digitado. Após a localização da pessoa os dados, são atualizados e então é feita uma atualização no banco de dados. Se atualização foi realizada com sucesso é devolvida a seguinte mensagem ao usuário “Os dados foram atualizados com sucesso!!” 4 – Excluir Pessoas: Não é interessante que essas pessoas sejam excluídas, porque a administração do município tem como objetivo compor uma base de dados dos moradores de Hortolândia. Essa tabela de pessoas não será utilizada só pela Secretaria de Cidadania. Para uma maior segurança quando há a necessidade da exclusão o administrador do sistema terá que entrar em contato com a equipe de Geo-Processamento para analisar a necessidade e, se for conveniente é fornecido uma senha para exclusão do registro. 55 Segue na Figura 4, o diagrama de caso de uso para cadastrar pessoas. Figura 4 – Diagrama de Caso de Uso Cadastrar Pessoas <<Caso de Uso>> Cadastrar Entidade Externa Descritivo: Este caso de uso descreve o processo para cadastrar as unidades de assistências privadas e que fazem parceria com a Prefeitura. Pré-Condições: O usuário com perfil de Administrador deve acessar. Atores: Administrador do Sistema, Caso de Uso Cadastrar Departamento. Cenários Principais: 1 – Incluir: O usuário com perfil de Administrador pode incluir novas entidades externas. Com os seguintes atributos como mostra na Tabela 5. Campo id_entidade Tipo Numérico Tamanho 3 Restrições Primary Key Observações Contador seqüencial da entidade externa. Nome_entid Character 30 Not Null Nome da entidade externa. Character 120 Not Null Endereço da Entidade Externa. ade Endereco 56 Telefone Numérico 20 Telefone da Entidade. Tabela 5 – Tabela de atributos do cadastro de Entidade Externa 2 – Consultar Entidade Externa: Só os administradores podem fazer consultar esse cadastro. Ao selecionar a consulta aparece uma lista em ordem alfabética das entidades já cadastradas, basta clicar a entidade desejada. 3 – Alterar Entidade: Apenas os administradores do sistema estão habilitados para alterar esse cadastro. Quando o ator inicia o processo de alteração, é carregada na tela uma lista com todas as entidades cadastradas. 4 – Exclusão de Entidade: Só os administradores poderão excluir as entidades cadastras. Quando o ator inicia o processo de exclusão é carregada na tela uma lista com todas as entidades cadastradas, o ator escolhe qual a entidade que deseja excluir. Segue o diagrama de caso de uso Entidade Externa, Figura 5. Cadastrar Entidade Externa Administrador do Sistema Figura 5 – Diagrama de Caso de Uso Cadastrar Entidade Externa <<Caso de Uso>> Cadastrar Doença e deficiência Descritivo: Este caso de uso descreve o processo para cadastrar doenças e deficiências. Pré-Condições: O usuário com perfil de Administrador deve acessar. Atores: Administrador do Sistema, Caso de Uso Cadastrar Departamento. Cenários Principais: 1 – Incluir: O usuário com perfil de Administrador pode incluir novas entidades externas. Com os seguintes atributos, Tabela 6. Campo Tipo Tamanho Código Numérico 6 Descrição Character Categoria Numérico Restrições Observações Primary Key Código seqüencial. 200 Not Null Nome da doença e deficiência.. 120 Not Null Diferencia doença de 57 deficiência. Se for 1 é doença e 2 é deficiência. Tabela 6 - Atributos referente ao cadastro de Doenças e Deficiências 2 – Alterar / Excluir / Consultar - Os usuários com perfil de administradores podem acessar esse cenário. Ë carregada uma tela, com os seguintes atributos: Código, Descrição e Categoria, e ao lado dois botões Alterar e Excluir o ator escolhe qual o procedimento que desejar executar. <<Caso de Uso>> Cadastrar_Parentesco Descritivo: Este caso de uso descreve o processo do incluir, alterar ou excluir parentes de uma pessoa. Pré-Condições: Este caso de uso é acessado através do caso de uso Atendimento, os atores que podem acessar esse cenário são Assistente Social, Gestor de Projeto e Entidade Externa. Atores: Assistente Social, Gestor de Projeto e Entidade Externa. Cenários Principais: Incluir Parente – Como visto no caso de uso Atendimento, após a identificação da pessoa e os seus respectivos parentes. Na tabela em que são carregados os parentes, possui um botão cadastrar parente. O cadastro de parentesco é associado à tabela de pessoas, ou seja, o parente tem que estar contido na tabela de pessoas, para que seja construída uma base de moradores dinâmica. Quando o ator inicia uma inclusão, ele digita o nome do parente. É então é feita uma pesquisa na tabela de pessoas para verificar se o parente já está registrado. Caso positivo, o id_pessoa é recuperado da tabela pessoas este será o id_parente da tabela parentesco. Caso negativo, o ator entra com o nome, CPF, data de nascimento, grau de parentesco, escolaridade, Profissão, valor da renda e a origem da renda. É necessário cadastrar esse parente como uma pessoa na tabela de pessoas, o endereço utilizado é o mesmo da pessoa que esta sendo atendida [Logradouro, Numero residencial, Bairro, Cidade, Estado]. O cadastro de parentesco referese às pessoas que moram no mesmo imóvel. Então é feita uma inserção na tabela de pessoas criando o id_pessoa com os respectivos atributos [Nome, CPF, Data Nasc., Logradouro, Num. Res, Bairro, Cidade, UF]. Depois que o id_pessoa já foi gerado, é feita uma inserção na tabela 58 de parentesco com o id_pessoa e id_parente obtidos. A seguir a descrição dos atributos da tabela Parentesco, Tabela 7. Campo Tipo Tamanho Restrições Observações id_pessoa Number 6 Primary key Código da pessoa da tabela pessoas. Id_parente Number 6 Primary Key Código da pessoa da tabela pessoa, identificando o parente. Chave composta : id_pessoa + id_parente. Grau Varchar2 20 Grau de parentesco Escolaridade Varchar2 20 Nível de escolaridade Profissao Varchar2 30 Profissão Vl_Renda Number 10,2 Origem_Renda Varchar2 30 Valor da Renda Origem da Renda Tabela 7 – Atributos referente ao cadastro de parentes 2 - Alterar Parente – Como visto no caso de uso Atendimento, após a identificação da pessoa e os seus respectivos parentes. Na tabela em que são carregados os parentes, possui um botão Alterar Parente. Ao clicar os dados são carregados em um formulário para serem alterados. 3 - Excluir Parente – Como visto no caso de uso Atendimento, após a identificação da pessoa e os seus respectivos parentes. Na tabela em que são carregados os parentes, possui um botão Excluir Parente. É excluída da tabela de parentesco a associação da pessoa ao parente que foi excluído. <<Caso de Uso>> Cadastrar Socioeconômico Descritivo: Este caso de uso descreve o processo do atendimento referente aos dados socioeconômicos da pessoa. Pré-Condições: É utilizado pelo caso de uso Atendimento. Atores: Assistente Social, Gerente de Projetos e Entidade Externa. Cenários Principais: 1 – Socioeconômico – No Caso de Uso Atendimento, é identificado id_pessoa através desse código, é feito uma seleção na tabela socioeconômica. Caso o registro seja identificado, os dados são carregados no formulário de Atendimento para as alterações se houver necessidade. 59 Caso negativo, os dados são inseridos na tabela socioeconômica. Segue as descrições dos atributos socioeconômicos, Tabela 8. Campo Tipo Id_pessoa Number Tamanho 6 Observações Código da pessoa, chave primária desta tabela e a chave estrangeira da tabela de pessoas. Tipo_residencia Varchar2 15 Tipo da Residência pode conter os seguintes valores [Alvenaria, Madeira, Metálica] Qtde_Comodos Number 2 Quantidade de Comodos Barraco Varchar2 3 Se é um barraco. ( Sim ou Não) Casa_propria Varchar 20 Residência é Própria, alugada ou Cedida. Vlr_aluguel Number 10,2 Area_irregular Varchar2 3 Se a residência é localizada em área irregular. (Sim ou Não) Num_habitação Varchar2 10 Número do cadastro Habitacional Estado_res Varchar2 25 Qual o estado que a residência se encontra podendo conter os Valor do aluguel seguintes valores : Risco de infra-estrutura, risco pessoal e risco de salubridade. Vacinação Varchar2 15 Se a vacinação esta em dia ou atrasada Convenio_medico Varchar2 3 Se possui convênio médico. (Sim ou Não) Renda Number 10,2 O valor da renda mensal Renda_fam Number 10,2 Renda familiar Acomp_medico Varchar2 20 Qual o período de acompanhamento: Semanal, Mensal, Trimestral, Semestral, Anual. Plano_funerário Varchar2 30 Nome do Plano Funerário Tel_funerario Number 20 Telefone do Plano Funerário Tabela 8 – Tabela referente aos atributos da tabela socioeconômica <<Caso de Uso>> Associar Doença Descritivo: Este caso de uso descreve o processo do atendimento ao associar uma doença ou deficiência a uma pessoa. Pré-Condições: É utilizado pelo caso de uso Atendimento. Atores: Assistente Social, Gerente de Projetos e Entidade Externa. Cenários Principais: 1 – Associar Doença – No caso de uso atendimento são carregadas em uma tabela as doenças, e ao lado desta tabela possui um botão incluir doença e excluir doença. Se clicar no 60 botão incluir, aparecerá um Combo Box as doenças já cadastradas no sistema, o ator escolhe a doença e é armazenada na tabela a pessoa as suas doenças. No botão excluso a associação da doença a pessoa. 2 – Associar Deficiência – No caso de uso Atendimento, são carregadas em uma tabela as deficiências e ao lado possui dois botões incluir e excluir. Se clicar no botão incluir, aparecerá um Combo Box com as deficiências já cadastradas no sistema, o ator escolhe a deficiência e é armazenada na tabela Pess_Doenca. No botão excluir, é removido a associação (doença / pessoa) da tabela pess_doenca. Segue os atributos da tabela Pess_doenca, Tabela 9. Campo Tipo Id_pessoa Number Tamanho 6 Observações Código da pessoa, chave primária desta tabela e a chave estrangeira da tabela de pessoas. Id_doenca Number 3 Código da doença ou deficiência. Chave primária (id_pessoa + id_doença) Tabela 9 – Tabela refente aos atributos da tabela que armazena as doencas da pessoa. 61 APÊNDICE B 62 ATIVIDADES PROPOSTAS PARA O TESTE DE USABILDADE Teste de Usabilidade da Aplicação Web desenvolvida para a Secretaria de Cidadania de Hortolândia. Tarefa 1 – Usuário 01: Administrador Atividades proposta para o usuário com perfil de administrador do sistema: Item Descrição da Atividade 1 Incluir um usuário com perfil de assistente social; 2 Consultar o usuário cadastrado; 3 Incluir uma doença; 4 Incluir uma entidade externa; 5 Incluir um projeto; 6 Alterar a data inicial do projeto cadastrado; 63 Teste de Usabilidade da Aplicação Web desenvolvida para a Secretaria de Cidadania de Hortolândia. Tarefa 2 – Usuário 02: Recepcionista Atividades proposta para o usuário com perfil de recepcionista: Item Descrição da Atividade 1 Incluir um cidadão; 2 Consultar o cidadão que foi cadastrado; 3 Alterar o endereço, email e CPF; 4 Consultar as alterações realizadas; 64 Teste de Usabilidade da Aplicação Web desenvolvida para a Secretaria de Cidadania de Hortolândia. Tarefa 3 – Usuário 03: Assistente Social Atividades proposta para o usuário com perfil de Assistente Social: Item Descrição da Atividade 1 Efetuar um atendimento; 2 Inclusão de um parente no atendimento, um parente que já estivesse cadastrado no banco de dado; 3 Inclusão de um parente no atendimento, um parente que ainda não estivesse cadastrado no banco de dados; 4 Associar uma doença a pessoa que está sendo atendida; 5 Encaminhar o cidadão para três projetos. Projeto Click Cidadania, Sentinela e Empório da Gente; 6 Imprimir protocolo de Atendimento; 7 Verificar o estado do encaminhamento realizado; 65 Teste de Usabilidade da Aplicação Web desenvolvida para a Secretaria de Cidadania de Hortolândia. Tarefa 4 – Usuário 04: Gestor de Projeto Atividades proposta para o usuário com perfil de Gestor de Projeto: Item Descrição da Atividade 1 Associar a pessoa ao projeto indicado pela assistente social. O projeto que deverá ser associado é Empório da Gente; 2 Não associar o cidadão ao projeto indicado pela assistente social, e justificar o motivo pela qual não pode ser associada. O projeto que não deverá ser associado é Click Cidadania; 3 Reencaminhar a indicação feita inicialmente pela assistente social, para um outro projeto. E justificar o motivo pelo qual, teve que reencaminhar. O projeto que deverá ser rencaminhado é Sentinela;