Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral PROGRAMA ESTRATÉGICO REDE URBANA PARA A COMPETITIVIDADE E A INOVAÇÃO DO PINHAL LITORAL Cidades de Leiria, Marinha Grande e Pombal e Vilas da Batalha e Porto de Mós Candidatura ao “Programa Cidades – Redes urbanas para a Competitividade e Página a Inovação” AMPL – Associação de MunicípiosPolítica do Pinhal de Litoral |1 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral 17 Outubro de 2008 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral SUMÁRIO EXECUTIVO Consciente das suas realidades próprias e das oportunidades geradas pelo instrumento de política Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação, a Associação de Municípios do Pinhal Litoral decidiu apresentar uma candidatura ao Programa Política de Cidades, orientada para os núcleos urbanos estruturantes do território regional. De acordo com o Regulamento Específico Política de Cidades – Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação (RUCI), artigo 3º, ponto 2, a RUCI do Pinhal Litoral é uma “Rede de cidades cooperando numa base territorial na formulação e concretização de uma estratégia comum de reforço dos factores de criatividade e de promoção do conhecimento, inovação e internacionalização, tendo por objectivo o seu reposicionamento nacional e internacional.”. Com base nesta tipologia de RUCI, o Programa Estratégico corresponde essencialmente a uma estratégia de “Consolidação de dinâmicas colectivas de desenvolvimento urbano centradas na inovação e no conhecimento, na promoção das condições de atracção e fixação de actividades inovadoras, recursos humanos qualificados e profissionais criativos”. A rede é constituída pelas cidades de Leiria, Marinha Grande e Pombal e pelas vilas da Batalha e Porto de Mós, com uma população global directamente beneficiada de 94888 habitantes. Destaca-se nesta RUCI o potencial empreendedor da população e a forte dinâmica empresarial, com especial concentração no eixo urbano Leiria- Marinha Grande. A sustentação da RUCI numa sub-região administrativa, já com dinâmicas de cooperação e procura de consensos em torno do desenvolvimento equilibrado do território, permite-nos delinear uma estratégia baseada na conceptualização dos sistemas regionais de inovação, ou seja, na progressiva referência à escala regional como espaço de eleição para o desenvolvimento da competitividade e da inovação. A rede urbana do Pinhal Litoral tem demonstrado a sua capacidade de cooperação ao nível do desenvolvimento territorial, económico e social. A cooperação entre os seus centros urbanos é o ponto de partida para a criação de mais um projecto comum, a Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral e cuja viabilidade e continuidade é assegurada por diferentes estruturas de suporte AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 2 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral instaladas no território do Pinhal Litoral, fruto da organização em rede e da prioritização dos objectivos comuns. onsiderando o exposto é prioritário trabalhar num novo ciclo de desenvolvimento, com um tecido económico mais aberto aos desafios globais, com maior capacidade de inovação e com uma rede urbana que, fruto da presença de um tecido económico robusto, instituições de IDI, da envolvente natural e da proximidade aos centros de decisão, se afirma como espaço de alavancagem e robustecimento do capital social. Neste contexto, o desafio da economia baseada no conhecimento (Figura 25) assume-se de forma transversal às políticas de desenvolvimento, e mais especificamente ao programa estratégico agora desenhado para a RUCI do Pinhal Litoral. Com base neste conceito importa garantir duas projecções funcionais da RUCI: - “Business and innovation friendly region”. - Destino turístico emergente. A estratégia da RUCI do Pinhal Litoral assenta na seguinte visão: A Rede Urbana para a Competitividade e Inovação do Pinhal Litoral deve assumir o seu papel de alavancagem da inovação e do desenvolvimento tecnológico. Uma Região na Economia do Conhecimento, maximizando a transferência de conhecimento ao serviço do tecido produtivo e dos espaços urbanos. Ter em 2012 uma imagem consolidada internacionalmente como região de referência na economia do conhecimento, ancorada no aumento das sinergias entre as instituições de ensino superior e IDI, neste território essencialmente representadas pelo Instituto Politécnico de Leiria e Centimfe) e os sectores empresariais existentes (representados por associações empresariais como o NERLEI, a CEFAMOL, a CRISFORM, a ADILPOM) e emergentes. A gestão em rede dos espaços de suporte à aposta na inovação empresarial e a melhoria da qualidade de vida através da criação de espaços urbanos mais inclusivos são os objectivos de base da presente visão. Assim sendo, a visão preconizada para a RUCI do Pinhal Litoral é a seguinte: AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 3 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Rede Urbana do Pinhal Litoral – Uma rede ao serviço do conhecimento. Apostar na aproximação entre as instituições de investigação e o tecido económico regional criando um ambiente facilitador da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, ampliando o potencial internacional do Eixo urbano industrial Leiria Marinha Grande a toda a rede urbana do Pinhal Litoral. O cumprimento da visão implica a existência de um contexto favorável, incluindo a afirmação de uma cultura regional integradora de desenvolvimento estratégico, que possa estender-se a todos os sectores da sociedade, em particular às empresas, instituições de ensino e formação, instituições de IDI e à administração pública. A visão estratégica para a rede urbana do Pinhal Litoral é suportada e afirmada em torno de três linhas estratégicas. Linha 1. Reforçar e dinamizar a competitividade industrial e empresarial da rede; Linha 2. Promover o turismo na rede urbana, pela sua diversidade e pelo seu potencial de excelência; Linha 3. Valorizar as cidades e vilas da rede como âncoras - núcleos vibrantes da rede. Neste programa estratégico é proposta uma carteira de quinze projectos, numa lógica de complementaridade e de aposta transversal na prossecução da visão e linhas de orientação estratégica. Assumem-se como projectos âncora da RUCI do Pinhal Litoral, pela imprescindibilidade na prossecução do sucesso de implementação da estratégia, os Projectos Rede Integrada de Competitividade e Inovação empresarial do Pinhal Litoral (P3) e Plataformas de Transferência de Conhecimento (P4). Estes dois projectos, vocacionados para a capacitação do tecido económico da Rede, capitalizando factores distintivos como a presença de entidades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI), Ensino Superior e de uma forte capacidade empreendedora apoiada por estruturas de suporte à actividade económica, têm como promotores as entidades mais representativas na RUCI, nestes domínios, que em estreita colaboração com a AMPL, garantirão a implementação das actividades e a monitorização dos impactos. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 4 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Os projectos âncora possuem um elevado grau de maturação, uma vez que se constituem como projectos de continuidade da Rede, alavancados por projectos já em execução e/ou projectados para implementação a curto prazo. No primeiro caso afirmam-se, entre outros, a Rede Regional de Inovação, Desenvolvimento e Tecnologia já existente, fruto de uma parceria entre o Centimfe, a Cefamol, o IPL, a ADI, entre outros agentes públicos e privados, e a OTIC – Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento, que deu origem ao Centro de Transferência e Valorização do Conhecimento criado no âmbito dos novos Estatutos do IPL. No segundo caso de projectos a implementar a curto prazo o destaque principal é o Pólo de Competitividade e Tecnologia, promovido pelo Centimfe. O programa estratégico da RUCI do Pinhal Litoral é constituído pela seguinte carteira de projectos, cuja execução depende de um conjunto alargado de parceiros. PROJECTOS NOME ID PROMOTOR Tipo de projecto AMPL Suporte/Base AMPL Suporte/Base 2 Plano de Marketing/branding regional e estratégia de internacionalização da rede Programa de Animação e Monitorização da rede 3 Rede Integrada de Competitividade e Inovação empresarial do Pinhal Litoral 3.1. Gestão em Rede e Núcleos de Competências NERLEI 3.2. Rede de Inovação "Engineering and Tooling" CENTIMFE 4 Plataformas de Transferência de Conhecimento 5 Rede TIC 1 5.1 5.2 5.3 Redes Municipais de Banda Larga Mobinet - net móvel Plataforma de suporte e difusão de conteúdos digitais IPL AMPL (Leiria digital) AMPL (Leiria digital) AMPL (Leiria digital) Câmara Municipal da Batalha Âncora Âncora Complementar Complementar Complementar 6 Residência de Estudantes e Investigadores na Batalha 7 7.2 Programa de Valorização do Turismo na Rede Rede Virtual de Turismo Rota da Industria Histórica ERTLF ERTLF Complementar Complementar 7.3 Rota da Natureza ERTLF Complementar 7.4 Rota do Património ERTLF Complementar 8 Eventos na Rede 8.1 Bienal Internacional de Design Industrial "Promoting design inspired innovations" 8.2 Festival Internacional de Cinema de Animação 9 10 7.1 Complementar Câmara Municipal da Marinha Grande AMPL Complementar Plano Multimunicipal do Ambiente SIMLIS Complementar Sensores de alerta de descargas poluentes em linhas de AMPL Complementar AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Âncora Página | 5 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral água 11 12 12.1 12.2 Sistema multimodal com viaturas movidas a combustíveis não fossilizados Projecto Intermunicipal para as alterações climáticas Plano Intermunicipal para as alterações climáticas "Centros Eléctricos" - projecto-piloto de Postos de carregamento de energia eléctrica para veículos 13 Rede de Pistas cicláveis 14 Normalização da sinalética, esplanadas, publicidade, e Mobiliário Urbano 15 Requalificação de espaços envolventes ao Mosteiro da Batalha AMPL Complementar ENERDURA Complementar ENERDURA Complementar Câmara Municipal de Porto de Mós Agência para o Desenvolvimento dos Centros Históricos Câmara Municipal da Batalha Complementar Complementar Complementar A carteira de projectos do Programa estratégico da RUCI do Pinhal Litoral preconiza um investimento global de 15.161.600€, correspondente a um volume de financiamento de 9.855.040€, a uma taxa de comparticipação de 65%. Leiria, Outubro de 20008 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 6 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral ÍNDICE 1. Objectivos da Rede e Contexto Territorial .......................................................................14 1.1 Tipologia da Rede segundo o Regulamento Específico das RUCI (RERUCI)... 15 1.2 Entidade Líder do Projecto ........................................................................................ 16 1.3 Quantitativos Demográficos para cumprimento do RERUCI.............................. 16 1.4 Rede de cidades âncora e outros aglomerados - objectivos de partida da criação da rede ........................................................................................................................ 17 2. Enquadramento nas Políticas de Desenvolvimento Territorial – Sustentação Estratégica Supra – Local ............................................................................................................20 3. 2.1 Política de Cidades Polis XXI...................................................................................... 20 2.2 Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território (PNPOT) ........ 24 2.3 Planos Sectoriais ........................................................................................................... 26 2.4 Programa Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro .... 29 2.5 Estudos Estratégicos Regionais.................................................................................. 31 A Rede Urbana do Pinhal Litoral........................................................................................39 3.1 O historial de cooperação regional ........................................................................ 40 3.2 Análise sócio-demográfica........................................................................................ 43 3.2.1 Dinâmica Populacional ......................................................................................... 43 3.2.2 Educação e Formação ......................................................................................... 46 3.3 Análise territorial ........................................................................................................... 48 3.3.1 Caracterização biofísica ....................................................................................... 48 3.3.2 Património Cultural.................................................................................................. 49 3.4 Análise económica ..................................................................................................... 52 3.5 Acessibilidades regionais e transportes................................................................... 62 3.6 Equipamentos de Utilização Colectiva................................................................... 64 3.7 Ambiente e qualidade de vida ................................................................................ 66 3.8 Análise SWOT ................................................................................................................ 67 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 7 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 3.9 Elementos e factores diferenciadores em que se apoia a definição da estratégia .................................................................................................................................... 68 4. Estratégia para a Rede Urbana para a Competitividade e Inovação do Pinhal Litoral .............................................................................................................................................72 5. 6. 4.1 Introdução..................................................................................................................... 72 4.2 Conceitos e Paradigmas de Desenvolvimento..................................................... 74 4.3 Boas práticas e exemplos inspiradores.................................................................... 77 4.4 Foco Temático e Foco Territorial............................................................................... 80 4.5 Visão Estratégica para a Rede Urbana do Pinhal Litoral .................................... 81 4.6 Linhas de orientação estratégica ............................................................................ 83 4.7 Actores e Membros da Rede .................................................................................... 85 Carteira de Projectos ..........................................................................................................86 5.1 Projectos Mobilizadores .............................................................................................. 87 5.2 Relação da Carteira de Projectos com outros instrumentos de política......... 89 Efeito Multiplicador do Programa Estratégico .................................................................91 6.1 Participação dos Parceiros Privados na execução do Programa Estratégico 91 6.2 Desenvolvimento Económico ................................................................................... 92 6.2.1 Situação actual ....................................................................................................... 92 6.2.2 Programa de Incentivos à Modernização da Economia – PRIME ................ 93 6.2.3 Objectivos ................................................................................................................. 99 6.2.4 Tipologias de Incentivos....................................................................................... 100 6.2.5 Avaliação do investimento previsto para colmatar as necessidades detectadas ........................................................................................................................... 103 7. Descrição dos procedimentos de preparação do Programa Estratégico................108 7.1 Etapa I. Definição de uma Estratégia Comum de Desenvolvimento ............ 108 7.2 Etapa II. Mobilização da rede de actores........................................................... 110 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 8 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 7.3 Etapa III. Desenvolvimento da carteira de projectos/operações................... 111 7.4 Etapa IV. Desenvolvimento e entrega da componente técnica da candidatura.............................................................................................................................. 111 8. Potencial e Coerência do Programa Estratégico .........................................................113 8.1 Pertinência da Rede de Cidades para a Cooperação.................................... 113 8.2 Carácter inovador da metodologia de trabalho............................................... 115 8.3 Potencial dinamizador das acções propostas .................................................... 116 8.4 Maturação da reflexão e rapidez de arranque das acções........................... 116 8.5 Custos da operação face às metas objecto de compromisso....................... 117 9. Indicadores, Metas de Realização, Resultados Esperados .........................................119 9.1 Indicadores de Realização...................................................................................... 119 9.2 Indicadores de Sucesso e Metas de Realização ................................................ 120 9.3 Indicadores de Resultado ........................................................................................ 122 10. Plano de monitorização do Programa Estratégico e do funcionamento da Rede Urbana.........................................................................................................................................123 10.1 Organização da rede urbana ................................................................................ 123 10.2 Responsabilidades dos parceiros e da AMPL ...................................................... 124 10.3 Estrutura de Implementação do Programa Estratégico.................................... 125 11. Plano de Divulgação e Comunicação ..........................................................................127 11.1 Missão e Objectivos................................................................................................... 127 11.2 Públicos-Alvo............................................................................................................... 128 11.3 Imagem........................................................................................................................ 129 11.4 Acções de Comunicação....................................................................................... 130 11.5 Obrigações de Informação e Publicidade dos Beneficiários .......................... 132 11.6 Entidade Responsável pela Execução ................................................................. 132 11.7 Dotação Orçamental Prevista................................................................................ 133 11.8 Modalidades de avaliação das medidas de informação e divulgação ..... 133 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 9 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 12. Anexo .................................................................................................................................134 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. O território do Pinhal Litoral.......................................................................................... 18 Figura 2. A rede de cidades - âncora do Pinhal Litoral ......................................................... 18 Figura 3. Política de cidades Polis XXI – Configuração geral................................................ 21 Figura 4. Modelo Territorial – Sistema Urbano e Acessibilidades. ......................................... 26 Figura 5. Objectivos para o número de turistas estrangeiros na Região Centro e respectiva receita gerada (2006 – 2015). ................................................................................. 29 Figura 6. Síntese do Diagnóstico Sub-regional ......................................................................... 31 Figura 7. A rede urbana do Pinhal Litoral.................................................................................. 39 Figura 8. Imagem da ADAE.......................................................................................................... 42 Figura 9. Imagem do Projecto Leiria Região Digital................................................................ 42 Figura 10. Pirâmide etária do Pinhal Litoral............................................................................... 45 Figura 11. Mapa da NUT III Pinhal Litoral.................................................................................... 48 Figura 12. Plano da bacia hidrográfica do Rio Lis................................................................... 49 Figura 13. População empregada por conta de outrem, por sectores de actividade, 2006................................................................................................................................................... 54 Figura 14. Empresas (N.º) por actividade económica no Pinhal Litoral (2006). ................ 55 Figura 15. Valor acrescentado bruto a preços de base e emprego e actividade económica no Pinhal Litoral, 2004.............................................................................................. 56 Figura 16. Empresas por actividades no sector dos Moldes associadas à CEFAMOL. .... 58 Figura 17. Distribuição do número de empresas de moldes por concelho, em 2005. .... 59 Figura 18. Distribuição dos trabalhadores das empresas de moldes por concelhos, em 2005................................................................................................................................................... 60 Figura 19. Mapa da rede de estradas e ferrovias existentes e projectadas para o Pinhal Litoral. ............................................................................................................................................... 63 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 10 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Figura 20. Explorações de suínos e bovinos na área de intervenção da SIMLIS, 2006. ... 66 Figura 21. As Regiões, as cidades e os factores de competitividade e atractividade... 69 Figura 22. Elementos de uma rede urbana. ............................................................................. 72 Figura 23. Tipologia das Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação............ 73 Figura 24. Níveis de definição do Programa Estratégico....................................................... 74 Figura 25. Interaçções de primeira ordem para a criação de uma economia baseada no conhecimento. ......................................................................................................................... 76 Figura 26. Foco temático e domínios de intervenção. .......................................................... 81 Figura 27. Síntese da Visão proposta. ........................................................................................ 83 Figura 28. Grau de Envolvimento dos Parceiros. ..................................................................... 91 Figura 29. Apoios do PRIME na Região do Pinhal Litoral, por número, montante de incentivo e montante de investimento. .................................................................................... 94 Figura 30. Distribuição do investimento e incentivo do PRIME por concelho. .................. 96 Figura 31. Logótipo. ..................................................................................................................... 129 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1. População das vilas e cidades e dos concelhos da NUT III Pinhal Litoral em 2006 ................................................................................................................................................... 17 Tabela 2. Política de Cidades Polis XXI: caracterização do instrumento de política “Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação”. ................................................... 23 Tabela 3. Orientações estratégicas definidas no PNPOT para os sistemas urbanos que abrangem a área de intervenção Pinhal Litoral..................................................................... 25 Tabela 4. Síntese dos pilares e factores de sustentação da estratégia de desenvolvimento da Comunidade Urbana de Leiria. ........................................................... 36 Tabela 5. População e área das vilas e cidades e dos concelhos da NUT III Pinhal Litoral ........................................................................................................................................................... 44 Tabela 6. Densidade populacional e índice de envelhecimento no Pinhal Litoral, 2006. ........................................................................................................................................................... 46 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 11 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 7. Variação da taxa de analfabetismo na Região Centro e no Pinhal Litoral (1991 – 2001).................................................................................................................................... 46 Tabela 8. Distribuição da população residente por nível de ensino, em 2001................. 47 Tabela 9. Principal património edificado da Vila da Batalha. ............................................. 50 Tabela 10. Principal património edificado da Cidade de Leiria.......................................... 51 Tabela 11. Principal património edificado da Cidade da Marinha Grande..................... 51 Tabela 12. Principal património edificado da Cidade de Pombal ..................................... 52 Tabela 13. Principal património edificado da Vila de Porto de Mós. ................................. 52 Tabela 14. Indicadores do Produto Interno Bruto, em 2006. ................................................. 53 Tabela 15. Taxa de Actividade e Taxa de Desemprego, no Pinhal Litoral. ....................... 53 Tabela 16. Estruturas de apoio às especialidades económicas e industriais do Pinhal Litoral. ............................................................................................................................................... 57 Tabela 17. Evolução da distribuição do número de empresas de moldes por concelho entre 2000 e 2005. .......................................................................................................................... 59 Tabela 18. Evolução da distribuição do número de trabalhadores de moldes por concelho entre 2000 e 2005. ....................................................................................................... 59 Tabela 19. Espaços de localização e suporte à actividadee económica regional. ...... 61 Tabela 20. Análise SWOT da Rede Urbana do Pinhal Litoral................................................. 67 Tabela 21: Carteira de Projectos. ............................................................................................... 87 Tabela 22. Matriz de impactos das linhas estratégicas sobre os documentos de orientação estratégica nacional. .............................................................................................. 90 Tabela 23. Avaliação das Necessidades em Sistemas de Incentivos para o desenvolvimento económico da Área de Intervenção. .................................................... 102 Tabela 24. Investimento médio por tipologia de incentivo. ............................................... 104 Tabela 25. Investimento médio estimado na área de intervenção por tipologia de incentivo. ....................................................................................................................................... 105 Tabela 26: Investimentos Privados, projectados para a Área de Intervenção. ............. 106 Tabela 27: Custos do Programa Estratégico - Quadro Síntese........................................... 117 Tabela 28. Correlação tipologia operação prec«vista no RERUCI e projectos da RUCI do Pinhal Litoral. ........................................................................................................................... 119 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 12 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 29. Bateria de indicadores para monitorização e métricas de sucesso............. 120 Tabela 31: Bateria de indicadores de resultado. .................................................................. 122 Tabela 32: Cronograma da Comunicação. .......................................................................... 131 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 13 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 1. Objectivos da Rede e Contexto Territorial Entende-se por “Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação” (RUCI), uma parceria correspondente a um processo estruturado de cooperação entre municípios, entidades públicas e entidades privadas, que se propõem a elaborar e implementar em conjunto um Programa Estratégico de desenvolvimento urbano centrado nos factores territoriais de competitividade e inovação. Esta tipologia de redes inscreve-se no Eixo 2 – Desenvolvimento das Cidades e dos Sistemas Urbanos do Programa Operacional Regional do Centro, tendo por objectivos:1 - Qualificar e integrar os distintos espaços de cada cidade; - Fortalecer e diferenciar o capital humano, institucional, cultural e económico de cada cidade; - Qualificar e intensificar a integração da cidade na região envolvente; - Inovar nas soluções para a qualificação urbana. São objectivos específicos deste instrumento: - Apoiar a afirmação das cidades enquanto nós de redes de inovação e competitividade de âmbito nacional ou internacional; - Promover o reforço das funções económicas superiores das cidades, através da obtenção em rede de limiares e sinergias para a qualificação das infra-estruturas tecnológicas e o desenvolvimento de factores de atracção de actividades inovadoras e competitivas; - Estimular a cooperação entre cidades portuguesas para a valorização partilhada de recursos, potencialidades e conhecimento, valorizando os factores de diferenciação; - Promover a inserção das cidades em redes internacionais e afirmar a sua imagem internacional; - Optimizar o potencial das infra-estruturas e equipamentos, numa perspectiva de rede. 1 RERUCI – Parte 1 – Enquadramento. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 14 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral O projecto de RUCI que agora se apresenta, tem uma abrangência territorial englobando os cinco concelhos da NUT III Pinhal Litoral. Para além de já existir uma forte cooperação entre os municípios que englobam esta rede, as actividades económicas deste território, tal como o património natural e construído, assumem uma importância crucial, sendo um elemento de continuidade, capaz de potenciar complementaridades entre os concelhos. Assim, garante-se através de uma abordagem macro, a força do enfoque territorial e temático da RUCI do Pinhal Litoral. 1.1 Tipologia da Rede segundo o Regulamento Específico das RUCI (RERUCI) O Programa Estratégico elaborado para o Pinhal Litoral corresponde a uma estratégia de “Consolidação de dinâmicas colectivas de desenvolvimento urbano centradas na inovação e no conhecimento, na promoção das condições de atracção e fixação de actividades inovadoras, recursos humanos qualificados e profissionais criativos”.2 A RUCI do Pinhal Litoral apresenta-se como uma “Rede de cidades cooperando numa base territorial na formulação e concretização de uma estratégia comum de reforço dos factores de criatividade e de promoção do conhecimento, inovação e internacionalização, tendo por objectivo o seu reposicionamento nacional e internacional.” (RERUCI). Neste sentido o Programa Estratégico visa a “Consolidação de dinâmicas colectivas de desenvolvimento urbano centradas na inovação e no conhecimento, na promoção das condições de atracção e fixação de actividades inovadoras, recursos humanos qualificados e profissionais criativos.” 2 RERUCI – Artigo 6º AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 15 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 1.2 Entidade Líder do Projecto A entidade líder do projecto, responsável pelo encaminhamento e implementação dos projectos, é a Associação de Municípios do Pinhal Litoral (AMPL). Esta estrutura administrativa, criada em Novembro de 2007, englobando os cinco municípios da NUT III Pinhal Litoral, tem como principal objectivo o desenvolvimento integrado deste território através da mobilização de diferentes agentes e da gestão eficiente de fundos de financiamento, nomeadamente, no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). 1.3 Quantitativos Demográficos para cumprimento do RERUCI A elegibilidade de uma rede urbana depende do cumprimento dos requisitos definidos no âmbito do Instrumento de Política “Redes Urbanas para a Competitividade e inovação, ou seja, os centros urbanos estruturantes do modelo territorial definido no PNPOT, com as respectivas adaptações introduzidas a nível regional pelos PROT. Deste modo, uma rede urbana elegível terá de incluir pelo menos três aglomerados urbanos com estatuto de “cidade” e que, a rede, no seu conjunto, atinja, pelo menos, os 30 mil habitantes. 3 A Tabela 1 indica a população por concelho e nas respectivas sedes, tal como a dimensão territorial de cada concelho. 3 RERUCI - R.E. Art. 5º, alíneas 3 a) e b). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 16 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 1. População das vilas e cidades e dos concelhos da NUT III Pinhal Litoral em 2006 Batalha Leiria Marinha Grande Pombal Porto de Mós TOTAL Pop. Vila/cidade 7500 42785 28372 10031 6200 94888 Estatuto Vila Cidade Cidade Cidade Vila REDE Fonte: Instituto Nacional de Estatística Anuário Estatístico do INE para a Região Centro 2006 Ancorado num trabalho de pré-identificação territorial e de mobilização dos municípios, a RUCI projectada para o Pinhal Litoral, engloba as cidades e vilas de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós. Desta forma, a rede em questão respeita as condições referidas anteriormente, pelo facto de incluir três cidades e dois aglomerados urbanos de menor escala, e em conjunto atingem mais de 30 mil habitantes, como se pode observar no quadro apresentado, onde a cidade de Leiria por si só, tem uma população de 42.785 habitantes. 1.4 Rede de cidades âncora e outros aglomerados - objectivos de partida da criação da rede Apesar da dispersão populacional no território do Pinhal Litoral, é notória a concentração em volta dos principais núcleos urbanos notável, principalmente o eixo Leiria – Marinha Grande, tal como se verifica na Figura seguinte que ilustra o território do Pinhal Litoral. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 17 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Figura 1. O território do Pinhal Litoral Fonte: Plano Estratégico e de Acção – Pinhal Litoral (adaptado). Desta forma, as sedes dos cinco concelhos que constituem o território do Pinhal Litoral, na sua nomenclatura de Sub-região NUT III, foram identificadas para a criação da RUCI do Pinhal Litoral, tal como é demonstrado na Figura 2: Figura 2. A rede de cidades - âncora do Pinhal Litoral Fonte: SPI AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 18 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Este esquema de rede foi definido consoante a posição geográfica de cada sede de concelho no território do Pinhal Litoral, e os seus principais canais de comunicação ou acessibilidades, que ligam estes aglomerados. O foco temático da criação e desenvolvimento desta Rede Urbana, é, em primeiro lugar o desenvolvimento económico local, para que a economia do território se torna mais competitiva e inovadora, ligada em rede através dos núcleos urbanos que constituem a rede. Estamos perante um território onde se destacam: - A grande presença de indústrias e empresas (na sua maioria PME) em sectores de especialidade com grande potencial de desenvolvimento; - Uma rede de cooperação intermunicipal já bastante desenvolvida na candidatura e na implementação de projectos comuns, entre os municípios do distrito de Leiria, e nomeadamente no âmbito desta rede, os municípios que integram o Pinhal Litoral (sub-região NUT III); - Uma grande diversidade paisagística, com um grande potencial turístico em grande parte das suas vertentes. Desta forma, através deste Programa Estratégico, pretende-se mobilizar todos os actores deste território, nomeadamente a sua rede urbana, para cooperarem em rede e promover o seu desenvolvimento, através de um conjunto de projectos de cooperação. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 19 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 2. Enquadramento nas Políticas de Desenvolvimento Territorial – Sustentação Estratégica Supra – Local 2.1 Política de Cidades Polis XXI A “Política de Cidades POLIS XXI” tem como objectivo principal o relançamento de uma “Política de Cidades forte e coerente” associada a medidas inovadoras de financiamento e de modelos adequados de gestão e governação. Trata-se de uma política que estabelece uma visão mais ampla à dimensão intra-urbana, através da criação de “redes urbanas”, espaços de coesão social, competitividade económica e qualidade ambiental. O “POLIS XXI” baseia-se em instrumentos de política e fontes de financiamento complementares, garantindo a concretização da ambição e dos objectivos por ela prosseguidos, no quadro dos domínios de intervenção definidos para esse efeito. Para uma melhor compreensão sobre a tipologia de espaço abrangida para estes efeitos, a Error! Reference source not found. demonstra quais são os territórios - alvo, quais as dimensões de intervenção e seus instrumentos de política, e quais as fontes de financiamento elegíveis. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 20 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Figura 3. Política de cidades Polis XXI – Configuração geral. Fonte: MAOTDR - SEOTC, Política de Cidades Polis XXI (2007). Tendo em conta a Figura 3, no âmbito de uma candidatura a uma rede urbana para a competitividade e a inovação para a sub-região NUT III Pinhal Litoral, destaca-se a segunda coluna referente à “Cidade/rede de cidades”,. A criação da RUCI do Pinhal Litoral consolida um longo percurso de cooperação entre cinco concelhos, cujas sedes correspondem a três cidades – Leiria, Marinha Grande e Pombal e duas vilas – Batalha e Porto de Mós. Esta candidatura é assim a formalização de uma rede de cooperação natural em torno de objectivos comuns de desenvolvimento. De uma forma transversal, a presente candidatura responde às quatro principais ambições para uma política de cidades bem-sucedida: Afirmação das cidades como territórios de inovação e competitividade, através da valorização dos aspectos diferenciadores presentes neste território e que favorecem a criatividade e a inovação, ancorada numa rede de aglomerados urbanos mais abertos ao exterior AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 21 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral e competitivos, tirando partido de sinergias e complementaridades entre diferentes sectores económicos existentes e potenciais; Afirmação das cidades como territórios de cidadania e coesão social, considerando o longo historial de cooperação e partilha de objectivos comuns entre estes aglomerados que, em temáticas como o desenvolvimento de espaços de baixa densidade, são já geridos em rede; Afirmação das cidades como territórios de qualidade de ambiente e de vida, desafio que se assume na integra nesta candidatura e cuja materialização passa pela valorização das complementaridades entre aglomerados, entre espaços urbanos e envolvente natural com um valor exemplar (Serra de Aire, Zonas costeira e ribeirinha) e pela afirmação de conceitos de sustentabilidade de forma transversal a diferentes domínios de actuação; Afirmação das cidades como territórios bem planeados e governados que, de forma transversal procura assegurar a implementação dos três pontos anteriores, e que no caso do Pinhal Litoral é assegurado como já referido anteriormente pelo historial de cooperação na gestão e planeamento de objectivos e fins comuns (veja-se o exemplo do processo de negociação da subvenção global do Programa Operacional Regional do Centro). Em síntese, no âmbito da sub-região Pinhal Litoral, a nível industrial, uma das mais desenvolvidas do país, cada aglomerado urbano representa um pólo dinamizador importante enquanto espaço de serviços e apoio estrutural às áreas e unidades empresariais existentes e futuras. É com esta base de cooperação duradoura que se construiu esta candidatura, tirando partido da Política de Cidades que aliás, já tem os primeiros projectos aprovados neste território, com as Parcerias para a Regeneração Urbana da Cidade de Leiria. Relativamente às dimensões de intervenção, destaca-se a “competitividade e diferenciação” que, assumindo as cidades como nós de redes de inovação e competitividade de âmbito nacional e internacional, apoia as estratégias de AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 22 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral afirmação nacional e internacional, a criação de equipamentos urbanos e infraestruturas diferenciadoras em termos de inserção em redes nacionais e internacionais, e a cooperação entre as cidades para a valorização partilhada de recursos, potencialidades e conhecimento. A Tabela 2 explica em mais pormenor, quais as acções a desenvolver no âmbito das redes urbanas para a competitividade e inovação. Tabela 2. Política de Cidades Polis XXI: caracterização do instrumento de política “Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação”. Instrumento de Política REDES URBANAS PARA A COMPETITIVIDADE E A INOVAÇÃO Âmbito territorial Centros urbanos estruturantes do modelo territorial do PNPOT, com as adaptações introduzidas a nível regional pelos PROT Tipologia de acções Programas Estratégicos de cooperação que visem o reforço da competitividade e da projecção nacional e internacional da cidade ou da rede de cidades e que sejam coerentes com o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT). Estes Programas Estratégicos incluem o seguinte tipo de projectos: Criação de equipamentos urbanos e de infra-estruturas relevantes para a inserção diferenciada das cidades em redes nacionais e internacionais; Acções de cooperação em grande escala com cidades estrangeiras e de promoção da imagem internacional; Criação de estruturas de cooperação urbana de apoio à troca de conhecimentos e à inovação; • Projectos de valorização de recursos partilhados e de marketing territorial das cidades. Procedimento concursal Concursos regionais Concursos nacionais (para redes urbanas de âmbito inter-regional) Candidatura 1. Acções preparatórias: linhas gerais de um Programa Estratégico para uma rede de actores urbanos ou uma rede de cidades. 2. Programas Estratégicos integrando projectos estruturantes a desenvolver no quadro de uma estratégia cooperativa de reforço dos factores de competitividade, inovação e internacionalização de cidades ou redes de cidades. Beneficiários Actores (municípios, instituições de ensino superior, centros de I&D, empresas associações empresariais, etc.) envolvidos numa estratégia partilhada de competitividade, inovação e internacionalização de cidades ou redes de cidades. Compromissos e avaliação O Governo definirá uma lista de indicadores de realização e de resultados, competindo às parcerias locais seleccionar aqueles relativamente aos quais pretende comprometerse e fixar as respectivas metas. Os compromissos assumidos e a coerência das acções relativamente às metas definidas serão critérios fundamentais de selecção das candidaturas. Metas até 2015 Programa Operacional 31 Cidades envolvidas em redes e/ou com programas estratégicos para a competitividade, inovação e internacionalização. Programas operacionais regionais Fonte: MAOTDR GSEOTC, Política de Cidades Polis XXI (2007). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 23 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 2.2 Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território (PNPOT) O Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território (PNPOT) define um modelo territorial para os sistemas urbanos com quatro aspectos fundamentais, que coincidem em grande medida com as orientações definidas no POLIS XXI : um espaço sustentável e bem ordenado; uma economia competitiva, integrada e aberta; um território equitativo em termos de desenvolvimento e bem-estar; uma sociedade criativa com sentido de cidadania. No PNPOT existem orientações e recomendações concretas para a área abrangida pela Rede Urbana do Pinhal Litoral, das quais se destacam as seguintes opções para o desenvolvimento territorial: “Reforçar as dinâmicas industriais que valorizem competências em sectores de alto valor acrescentado e susceptíveis de elevados ganhos de produtividade; Promover a estrutura policêntrica dos sistemas urbanos do litoral, reforçando os eixos urbanos centrados em Leiria - Marinha Grande e Coimbra - Figueira da Foz e a constelação urbana de Aveiro Fomentar o desenvolvimento do eixo de ensino, ciência e inovação tecnológica de Aveiro – Coimbra -Leiria como elemento fundamental para sustentar dinâmicas de competitividade e inovação territorial Favorecer o reordenamento industrial, sobretudo nas áreas do Pinhal Litoral e do Baixo Vouga, no sentido de criar espaços de localização empresarial que contribuam para o reforço da estrutura policêntrica do sistema urbano e que promovam factores potenciadores da inovação e do desenvolvimento tecnológico; Promover a valorização integrada dos recursos do litoral e gerir a pressão urbano-turística na zona costeira, de forma a assegurar a AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 24 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral exploração sustentável dos recursos naturais, a qualificação da paisagem e a adequada prevenção dos riscos; Valorizar os recursos hídricos e concluir os projectos de despoluição integrada das bacias do Liz, do Mondego e do Vouga e ainda da Ria de Aveiro. Em termos nacionais valoriza-se o papel estratégico do polígono Leiria – Coimbra – Aveiro – Viseu, para a afirmação internacional de Portugal. Para estes efeitos, recomenda-se a estruturação dos sistemas urbanos sub-regionais, de forma a constituir pólos de competitividade regional e a promoção de redes de cidades e subsistemas urbanos locais policêntricos que, numa perspectiva de complementaridade e especialização, permitam a qualificação dos serviços prestados à população e às actividades económicas (destaque para o caso do Plano Estratégico de Acção para o território do Pinhal Litoral e, à posteriori, a presente candidatura para o desenvolvimento da rede urbana de inovação e competitividade). A Tabela 3 mostra as orientações estratégicas definidas no PNPOT e a Figura 4 mostra o modelo territorial (sistema urbano e acessibilidades). Tabela 3. Orientações estratégicas definidas no PNPOT para os sistemas urbanos que abrangem a área de intervenção Pinhal Litoral. • Promover a estrutura policêntrica dos sistemas urbanos do Litoral, reforçando os eixos urbanos centrados em Leiria – Marinha Grande, Coimbra – Fig. da Foz e constelação urbana de Aveiro. • Promover a cooperação interurbana de proximidade para criar a escala e a integração funcional necessárias ao desenvolvimento e sofisticação dos serviços e valorizar o novo quadro de acessibilidades para concorrer com as actividades terciárias instaladas em Lisboa e no Porto. • Fomentar o desenvolvimento do eixo de ensino, ciência e inovação tecnológica de Aveiro – Coimbra – Leiria como elemento fundamental para sustentar dinâmicas de competitividade e inovação territorial. • Sustentar o dinamismo de Viseu, reforçando a sua articulação com cidades do Centro Litoral (entre elas, Leiria e Pombal), e valorizar o seu papel estratégico para a estruturação de um eixo de desenvolvimento que se prolongue para o interior até à Guarda. Fonte: Relatório PNPOT (2007). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 25 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Figura 4. Modelo Territorial – Sistema Urbano e Acessibilidades. Fonte: PNPOT (2007). 2.3 Planos Sectoriais No âmbito dos instrumentos de política de desenvolvimento de âmbito nacional com relevância para temática desenvolvida na rede urbana para a competitividade e a inovação do Pinhal Litoral, destacam-se, para além do Programa Nacional da Política AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 26 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral do Ordenamento do Território, a Estratégia de Lisboa, o Plano Tecnológico e o Plano Estratégico Nacional do Turismo. Os programas e planos de âmbito nacional aqui mencionados contêm, tal como a Política de Cidades Polis XXI, recomendações e objectivos fundamentais, abrangendo linhas de orientação para as várias áreas e temáticas económicas e sociais, que contribuem para um programa estratégico bemsucedido, e que se enquadram na sub-região Pinhal Litoral. O plano de desenvolvimento estratégico da União Europeia, conhecido como Estratégia de Lisboa, ou Agenda de Lisboa, envolve em termos nacionais, no âmbito do Plano Tecnológico, quatro temáticas de grande importância, ou seja, quatro Objectivos Estratégicos com recomendações para o desenvolvimento, entre os quais: a “Competitividade e Empreendedorismo”, e a “Investigação, o Desenvolvimento e a Inovação”. No âmbito da “Competitividade e Empreendedorismo”, existem quatro grandes reformas definidas na Estratégia de Lisboa, a dinamização do investimento empresarial, o estímulo ao empreendedorismo e ao desenvolvimento competitivo das Pequenas e Médias Empresas (PME), o estabelecimento de parcerias em clusters para o reforço do tecido empresarial, e a melhoria da competitividade externa, com reflexo num mais forte acesso a mercados e no aumento das exportações. Assim, para o território em destaque, no âmbito da dinamização do investimento empresarial, destaca-se como medida a “implementação de soluções de micro credito e micro capital de risco, de modo a proporcionar às empresas e empreendedores um mix adequado de financiamento (...) e apoiando a concretização de projectos com forte conteúdo de inovação, negócios de pequena dimensão e iniciativas empresariais de interesse regional”. Nas medidas destinadas à melhoria das condições para o desenvolvimento competitivo das PME e do Empreendedorismo, destaca-se a “criação das primeiras Áreas de Localização Empresarial (ALE)” e a “promoção e divulgação de boas práticas para apoio à sua utilização por desenvolvimento parte das do Índice PME, nomeadamente Português de através Benchmarking”. da expansão Relativamente e ao estabelecimento de parcerias e dinamização de clusters, reforçando a sua competitividade internacional, destaca-se como medida o “Fomento da Cooperação Empresarial” e o “reforço do cluster do Turismo por via do desenvolvimento da atractividade e competitividade de produtos turísticos compósitos e sustentáveis, AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 27 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral através da dinamização de parcerias entre entidades públicas e privadas na engenharia do produto e no seu acesso e colaboração nos mercados”. Finalmente, as medidas ligadas à melhoria da competitividade externa, são medidas ligadas ao desenvolvimento nacional e da projecção internacional de Portugal. O Plano Tecnológico tem várias medidas e programas concretos, dos quais alguns são de grande interesse para a criação de uma rede urbana de competitividade e inovação para o Pinhal Litoral, no eixo estratégico da Inovação. Neste âmbito, destaca-se a Plataforma de Protecção e Comercialização de Direitos de Propriedade Industrial, a Criação de uma Rede Nacional de Serviços dinamizada a partir dos Centros Tecnológicos, a Criação de uma “Via Verde” para a Inovação nas decisões públicas, a Dinamização de Pólos de Competitividade Regional, o Estimulo à Consultoria e a Formação para as PME, a Extensão e Criação de Capacidades de Clusterização de Sectores Relevantes da Economia, a Plataforma Inovar (Inovação, Exportação e Competitividade), Projectos de Inovação em Turismo (I&D aplicados), a Promoção de uma Política de Cidades (RURCI) e a Promoção de Turismo da Natureza. Finalmente, o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), engloba também as medidas concretas ligadas ao turismo, mencionadas anteriormente no âmbito do Plano Tecnológico, e que reiteram a prioridade de criar uma estratégia turística para o Pinhal Litoral, no âmbito da rede urbana. A visão definida no PENT para o Turismo nacional, salienta que Portugal é um dos destinos de maior crescimento na Europa, alavancando numa proposta de valor suportada em características distintivas e inovadoras do país. O desenvolvimento do Turismo deve ser baseado na qualificação e competitividade da oferta, alavancando na excelência ambiental/urbanística, na formação dos recursos humanos e na dinâmica/modernização empresarial e das entidades públicas. Finalmente, a importância crescente na economia, constituindo-se como um dos motores do desenvolvimento social, económico e ambiental, a nível regional e nacional. No PENT também está definido que os elementos que qualificam os fundamentos estratégicos para a proposta de valor de Portugal nos conceitos “autenticidade moderna”, “segurança” e “qualidade competitiva”. Estes pontos AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 28 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral deverão ser tidos em conta na elaboração da estratégia para o aproveitamento dos potenciais turísticos no território do Pinhal Litoral. Para a Região Centro, onde se situa o território Pinhal Litoral, o PENT prevê que os objectivos de crescimento turístico para toda a região até 2015 ambicionam entre 2,2 a 2,3 milhões de dormidas de estrangeiros, crescendo a uma taxa média anual de 7,3%, e um aumento anual do número de turistas de 6,2% (Figura 5). Figura 5. Objectivos para o número de turistas estrangeiros na Região Centro e respectiva receita gerada (2006 – 2015). Fonte: PENT (2007). Também está previsto o crescimento do número de turistas em valor para toda a região Centro, e prevê-se o cross-selling com as regiões vizinhas, Lisboa, Porto e Norte. Especial ênfase e atenção são dadas aos produtos de Touring e Turismo de Natureza. Para a contribuição e para o alcance destes resultados para o total da Região Centro, a candidatura para a rede urbana de competitividade e inovação do Pinhal Litoral poderá acelerar e reforçar a elaboração de estratégias turísticas regionais. 2.4 Programa Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro Entre os principais objectivos do Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-C), destaca-se em primeiro lugar o potencial de internacionalização do sistema urbano da Região Centro, com relevo para a AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 29 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral capitalidade terciária da Cidade de Coimbra, e para o potencial exportador dos sistemas produtivos regionais, entre eles, o Pinhal Litoral. Para promover a atractividade regional, o PROT-C defende por um lado a criação de unidades que promovam o dinamismo empresarial existente a partir das relações com instituições do Sistema Científico e Tecnológico que colmatem as carências internas na produção de conhecimento, e por outro a criação de estruturas com capacidade para aproveitar as vantagens associadas a grandes investimentos. Além disso propõese a compatibilização do modelo de urbanização e de industrialização rural difusa com a preservação e valorização do potencial de desenvolvimento das actividades agro-pecuárias e do turismo e com a salvaguarda dos valores ambientais, patrimoniais e paisagísticos. Refere também a necessidade de adequação dos suportes infraestruturais (vias, esgoto, água, telecomunicações, gás), do controlo da urbanização e industrialização dispersa, e a importância dos pontos de ligação da malha capilar, aos nós do sistema arterial rodoviário e à qualificação urbana dos eixos das estradas nacionais continuamente urbanizados. Um dos pontos mais importantes é o favorecimento do reordenamento industrial, destacando-se na sub-região do Pinhal Litoral a forte presença industrial (moldes, plástico, química, cerâmica e metalomecânica ligeira)com impacto directo no Produto Interno Bruto, no Valor Acrescentado Bruto, nos indicadores de emprego e nas exportações regionais. A nível da organização territorial, tal como no PNPOT, dá-se destaque ao sistema urbano Leiria – Marinha Grande, e à criação de uma rede urbana (para a competitividade e invocação), alargando este sistema às outras sedes de concelho do território. Ainda a nível das redes e estruturas territoriais, destaca-se a posição do Pinhal Litoral face à Área Metropolitana de Lisboa, com a necessidade de reforçar a importância urbana e funcional de Leiria, não só como sede de concelho mais populosa do Pinhal Litoral, como também à sua localização estratégica. Para dinamizar as redes e estruturas territoriais, o PROT defende a necessidade de estruturação do aglomerado urbano de Leiria (com a articulação entre vias arteriais e locais rodoviárias; articulando com a nova gare da Rede de Alta Velocidade (RAVE)) com as opções urbanísticas e de ordenamento do sistema urbano polarizado por Leiria/Marinha Grande. Destaca-se AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 30 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral a ligação IP1/IC1 e as pressões sobre a urbanização litoral a partir dos nós de conexão entre as redes arteriais e as capilaridades locais e supra - locais (Estradas Nacionais). Recomenda-se também a reciclagem da infra-estrutura de suporte à urbanização e à industrialização difusa, e do reforço das polaridades ao longo da Estrada Nacional 1 (EN1). 2.5 Estudos Estratégicos Regionais Figura 6. Síntese do Diagnóstico Sub-regional Fonte: Plano Estratégico e de Acção-Pinhal Litoral. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 31 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral O Plano Estratégico e de Acção para o Pinhal Litoral (PEA-PL) contém, para além de um diagnóstico detalhado sobre o território em questão (Figura 6), que serviu de base para a elaboração do Diagnóstico ao território da rede, as grandes orientações estratégicas para a Região do Pinhal Litoral. Em síntese, definem-se quatro grandes orientações estratégicas: Um território atractivo e urbanizado e com grandes vantagens locativas, onde se destaca o corredor urbano-industrial do Litoral, como ponto a favor da atractividade e fixação populacional que contribuiu para a emergência de uma rede urbana desenvolvida e robusta, e que é hoje um dos maiores pilares da organização e da dinamização territorial do Pinhal Litoral. Um território líder em diversas fileiras industriais e com propensão para a inovação e internacionalização relevando as principais actividades industriais do território, o know-how industrial local no desenvolvimento da indústria de moldes, em sintonia com a emergência da indústria das matérias plásticas e a exploração e transformação da pedra para construção civil e a produção de cerâmica estrutural, utilitária e decorativa. Um território com valores patrimoniais relevantes e crescente apetência para o turismo, dando ênfase ao património cultural (exemplo do Mosteiro da Batalha, inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO) e valores patrimoniais naturais, histórico - monumentais e culturais oferecendo assim a oportunidade para o desenvolvimento de um grande leque de actividades e produtos turísticos. Um território que ainda carece de um esforço continuado no investimento, com destaque para as diversas fragilidades que têm de ser estudadas para se poder utilizar todos os potenciais para o desenvolvimento do território. Isto concerne o investimento em infraestruturas viárias e acessibilidades, à questão do saneamento básico, a produção energética através de energias renováveis, a espaços de acolhimento de empresas, AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral um ordenamento do território mais Página | 32 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral organizado, uma programação de equipamentos colectivos mais eficiente, tal como o reforço da competitividade económica e territorial da região e a preparação de recursos humanos qualificados para tal. Relativamente à visão estratégica territorializada, estão definidas no PEA-PL visões específicas para cada concelho do Pinhal Litoral. Para o Concelho da Batalha, a aposta passa pelo desenvolvimento como pólo turístico, industrial e residencial de excelência. A situação actual do Concelho é de um considerável dinamismo tanto a nível de crescimento da população como na oferta de serviços e comércio na sede concelhia, com o restante território municipal a afirmar-se na actividade agro-florestal. Dever-se-á apostar no turismo a afirmação da Batalha como pólo turístico de projecção nacional e internacional (dá-se destaque ao mosteiro da Batalha, património mundial da UNESCO), acompanhado com o esforço de valorização urbanística e comercial da vila, e a sua dotação com alojamento turístico de grande qualidade. No quadro industrial, destaca-se o aproveitamento dos potenciais de competitividade das cadeias de valor da cerâmica industrial e das rochas ornamentais e industrias, tendo como aposta a crescente integração do sector com o denominado cluster do Habitat, incluindo um reforço das ligações com a construção e com o desenvolvimento de novos produtos para a casa, incorporando design, inovação tecnológica e qualidade. Para o Concelho de Leiria, a ideia-chave é a valorização da sua capitalidade num quadro de concertação interurbana, de robustecimento da base económica e de qualificação urbano-industrial. Leiria é o principal pólo de concentração populacional do Pinhal Litoral, com cerca de 43 mil habitantes num raio de cinco quilómetros a partir do núcleo urbano. Trata-se também de um dos aglomerados de maior dinamismo demográfico e económico da Região Centro. Na visão para o Concelho de Leiria, é definido o fortalecimento da sua capitalidade regional que deve ser forjado num quadro de concertação interurbana com os restantes centros urbanos do Pinhal Litoral. e o robustecimento da base económica, através do melhor aproveitamento do já dinâmico tecido empresarial e industrial, num quadro de globalização e competitividade. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 33 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Para o Concelho da Marinha Grande, a ideia-chave é afirmar o Concelho como pólo de excelência de inovação e tecnologia. O centro urbano, cuja génese e desenvolvimento têm estado intimamente ligados à indústria, tem registado um crescimento notável nos últimos dez anos, tendo-se preservado um valioso património no domínio da arqueologia industrial. Paralelamente, existe um crescimento significativo de actividades terciárias, oferendo boas perspectivas para a expansão dos serviços de apoio à produção. A visão para o Concelho aposta na valorização como pólo de excelência de inovação e tecnologia, aproveitando as grandes unidades industriais e as infra-estruturas de apoio às indústrias e empresas (Centimfe, Cefamol, Crisform, Open, entre outras). Dá-se importância ao aprofundamento do conceito de marca regional certificada, Marinha Grande Mglass, essencial de ser acompanhada através de apostas no design, certificação de qualidade, internacionalização, criação de redes de distribuição alargadas e procura de maior eficiência energética. Importa também salientar as condições existentes no eixo Leiria/Marinha Grande para a criação de um tecnopólo, TECNOPOLIS, onde se podem concentrar diversas actividades e competências avançadas e de alta tecnologia, bem como um espaço de divulgação científica e tecnológica. Para o Concelho de Pombal, a ideia-chave da estratégia é a valorização de Pombal como concelho de indústria e logística, charneira entre o Litoral e o Interior e porta dos lazeres activos e de natureza da Serra do Sicó. O Concelho de Pombal possui não só uma dimensão demográfica significativa, como também um património rico(ex. Castelo de Pombal). A actividade económica sustenta-se principalmente na indústria envolvente a Pombal, e nas actividades agrícolas e agro-florestais. A visão para o Concelho sustenta-se na localização estratégica do concelho para uma maior diversificação, mais inovação tecnológica e internacionalização. Destaca-se a aposta no turismo, urbano e rural, acompanhada pela preservação ambiental dos recursos naturais e paisagísticos, recuperação de pedreiras e valorização da Mata Nacional do Urso e das principais linhas de água. Outros aspectos mencionados são a promoção da renovação e requalificação urbanística, principalmente do centro histórico da cidade, e a preservação do papel da agricultura e da floresta, aproveitando os trechos de ruralidade do concelho, como factor de equilíbrio e flexibilidade no mercado de trabalho. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 34 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Finalmente, para o Concelho de Porto de Mós, definiu-se como ideia-chave a valorização como pólo das indústrias e cultura da pedra e do barro, e como porta dos lazeres activos e de natureza do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros. Em termos de situação actual, o Concelho teve um notável crescimento urbano e industrial no noroeste do seu território, desempenhando uma função de charneira na ligação dos sistemas urbanos da Alta Estremadura e do Oeste. O Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros abrange a generalidade do restante território municipal. A visão estratégica para o Concelho é o aprofundamento da Vila e do Concelho no contexto do sistema territorial da Alta Estremadura, em particular, no eixo Leiria/Batalha/Porto de Mós, valorizando as suas potencialidades e especificidades, evitando fenómenos de peri-urbanização face a Leiria. Dá se destaque também à implementação de acções de valorização urbana e ambiental, que deve constituir uma mais-valia para o desenvolvimento integrado e sustentado da Vila e do Concelho. Outro ponto prioritário será o desenvolvimento industrial, solucionando as limitações existentes a nível de ordenamento do solo industrial, qualificando estes espaços com serviços a empresas, lojas de empresa e sua gestão integrada, e através de uma parceira entre a Câmara Municipal e o NERLEI (Associação Empresarial da Região de Leiria). Em termos de apostas empresariais, dá se ênfase à extracção e transformação de rochas ornamentais e industriais e à diversificação do têxtil na área de Mira de Aire. A nível do turismo, apostar nas potencialidades do território pela sua localização no Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, a nível de turismo de natureza e aventura. Finalmente, destaca-se ainda a recuperação e valorização do património paisagístico e ambiental, e a preservação do papel da agricultura e da floresta como factor de equilíbrio e flexibilidade no mercado de trabalho. Tal como o PEA-PL, o Plano Estratégico e de Acção para o território da, Comunidade Urbana de Leiria (PEA-ComUrbLeiria), organização administrativa entretanto extinta, contem, para além de um diagnóstico detalhado sobre o território, as grandes linhas de orientação estratégica para o território de estudo. No entanto, abrange, para além dos concelhos que constituem a sub-região NUT III Pinhal Litoral, os concelhos de Alvaiázere, Ansião e Ourém, concelhos que, em conjunto com os restantes cinco do Pinhal Litoral, constituíam a antiga Comunidade Urbana de Leiria. Trata-se portanto, de uma estratégia e visão mais abrangente, tendo em conta as características locais dos outros concelhos. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 35 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral No que respeita as linhas de orientação estratégica definidas neste plano, destaca-se a Comunidade Urbana de Leiria como território dinâmico e atractivo, com grande diversidade económica e com uma assinalável tradição de internacionalização e inovação. É caracterizada como área de grande centralidade geográfica, numa posição de intermediação entre Lisboa e Porto, servida pelas principais infra-estruturas de acessibilidades e transportes do país e, inserida no corredor urbano - industrial do Litoral, tendo desde cedo favorecido a atractividade e fixação populacional e que contribuiu para a emergência de uma rede urbana desenvolvida e robusta, hoje um dos maiores pilares da organização e dinamização territorial da Comunidade Urbana de Leiria. Tabela 4. Síntese dos pilares e factores de sustentação da estratégia de desenvolvimento da Comunidade Urbana de Leiria. Pilares de sustentação Factores Posição geográfica Centralidade Geográfica, Papel de intermediação regional, Acessibilidades vantajosas Dinamismo industrial e empresarial Tradição industrial, Dinamismo empresarial e forte internacionalização, Forte associativismo industrial, Oferta significativa de infraestruturas e equipamentos de apoio à actividade industrial e empresarial, Capacidade de Inovação tecnológica e de formação, Existência de “clusters” produtivos sustentáveis e aprofundáveis, Disponibilidade de factores endógenos de produção Robustez urbana Rede consolidada de cidades médias, Proximidade entre os vários centros urbanos Valia dos recursos patrimoniais e turísticos Património Natural, Património arqueológico, histórico e construído, Património etnográfico e cultural, Pólos de Significativa atractividade turística Disponibilidade dos recursos humanos Em quantidade significativa, Com qualidade aceitável Visibilidade externa dos ícones identitários Grandes referenciais patrimoniais, Grandes personalidades Fonte: Plano Estratégico e de Acção para o Território da Comunidade urbana de Leiria, Março 2007. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 36 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Destaca-se, tal como no PEA-PL, as potencialidades regionais no sector industrial/empresarial e a crescente apetência para o turismo, nas suas diversas modalidades, também anteriormente mencionada (Tabela 4). No que diz respeito às fragilidades do território, também se destaca a necessidade de aperfeiçoar e reforçar as acessibilidades inter e intra regionais, o saneamento básico, a produção de energias renováveis, os espaços de acolhimento de empresas, os equipamentos colectivos e, finalmente, a necessidade do reforço da competitividade económica e territorial da região, preparando os recursos humanos disponíveis e mobilizáveis para uma estratégia de desenvolvimento da comunidade urbana. Na visão estratégica para a comunidade urbana, mencionada no Plano Estratégico e de Acção para o território da, Comunidade Urbana de Leiria (PEA-ComUrbLeiria) o território apresenta um espectro de vantagens locativas/comparativas, de recursos endógenos, de dinâmicas territoriais, demográficas, económicas e sociais, suficientemente fortes e capazes de ancorar um processo de desenvolvimento com trajectórias de competitividade, inovação, sustentabilidade, coesão e bem-estar. As orientações e os recursos financeiros consignados para o próximo período de programação constituem uma oportunidade decisiva para apoiar e concertar iniciativas estruturantes e necessárias ao processo de desenvolvimento do território. Importa aproveitar com eficácia e eficiência os potenciais endógenos e recursos financeiros para desenvolver o território como espaço coeso, competitivo, solidário, sustentável, qualificado e de bem-estar, fundado num quadro de valorização de recursos e patrimónios, de aprofundamento de articulações funcionais, de robustecimento da base económica, de garantia de emprego e formação, de crescente inovação e internacionalização, de atracção estratégica e selectiva de investimento, de promoção da cidadania e de uma governância moderna. Neste âmbito, estão definidos três linhas de rumo: Incrementar a competitividade económica (modernizar e robustecer as actividades industriais e de serviços, afirmar e valorizar as actividades turísticas, desenvolver as actividades agrícolas), Valorizar o potencial humano e o desenvolvimento social (incremento da formação e empregabilidade dos recursos humanos; reforço de AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 37 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral equipamentos e respostas sociais; valorizar e promover a cultura e o património regional) Valorizar o território numa óptica de sustentabilidade (melhoria da mobilidade e logística; qualificação ambiental; requalificação urbana). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 38 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 3. A Rede Urbana do Pinhal Litoral Constituída com base no tecido urbano da Subregião, a RUCI do Pinhal Litoral apresenta um forte potencial, pela sua posição de charneira entre Lisboa e Porto, os dois principais centros económicos do país, e pela capacidade instalada de fazer face a novos ciclos de desenvolvimento económico, fruto do empreendedorismo inato e da complementaridade estrutural dos centros urbanos existentes (Figura 7). Figura 7. A rede urbana do Pinhal Litoral. Apesar do padrão urbano tendencialmente disperso, a concentração populacional nas sedes de Concelho é notável, principalmente em volta do eixo urbano - industrial Leiria – Marinha Grande, e em Pombal. A concentração do capital social nas cidades e vilas da rede é um factor de maximização da sua competitividade e inovação. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 39 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Complementarmente às três cidades, mas com uma relação de complementaridade clara com a sede distrital, as vilas da Batalha e Porto de Mós têm também registado aumentos populacionais. Tal como será reforçado a posteriori neste documento (no ponto 3.2 do presente documento), Leiria, Marinha Grande e Pombal têm estatuto de cidade, sendo a Batalha e Porto de Mós os dois aglomerados de menor escala, mas dos quais depende em igual medida o equilíbrio do território da Rede. Desta forma, as cinco sedes de concelho do Pinhal Litoral, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, são os aglomerados urbanos identificados para a criação da Rede Urbana para a competitividade e inovação, tal como é demonstrado na figura anterior. 3.1 O historial de cooperação regional Os municípios que constituem a sub-região NUT III Pinhal Litoral têm já um longo historial de cooperação, no âmbito de parcerias comerciais e de desenvolvimento comum, em diversas áreas, como o desenvolvimento económico, a educação e formação profissional, a aposta em novas tecnologias de informação e do conhecimento e o desenvolvimento territorial entre muitos outros sectores. Um exemplo concreto foi no ano da criação das áreas metropolitanas e comunidades urbanas a nível nacional, quando todos os municípios da comunidade urbana de Leiria, decidiram em conjunto mudar o seu nome para Área Metropolitana de Leiria (AMLEI), extinta em finais de 2007 quando foi criada a Associação de Municípios do Pinhal Litoral (AMPL). Esta nova estrutura, que compreende os municípios da NUT III Pinhal Litoral, tem como objectivo principal o melhor aproveitamento de fundos estruturais para o desenvolvimento da sub-região, tal como a criação de parceiras multi-municipais para alcançar estes objectivos. Destacam-se de seguida exemplos de estratégias de desenvolvimento, parcerias multi-municipais e cooperação já definidas ou em curso, entre actores e agentes territoriais no Pinhal Litoral. Em 2005, um conjunto de entidades públicas e privadas do Pinhal Litoral, entre elas a Associação de Municípios da Alta Estremadura (AMAE), o Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE), o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), a Associação Nacional de Indústria de Moldes (CEFAMOL), a AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 40 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e a Agência de Inovação (ADI), juntaram-se para criar uma Rede Regional de Inovação, Desenvolvimento e Tecnologia4, com o objectivo de ligar formalmente os “nós” de Inovação e desenvolvimento da região, ampliando a visibilidade da capacidade de Inovação Regional. Os objectivos desta rede incluem a promoção da criação de um “Ambiente de Inovação” na Região, o estímulo do contacto regular entre os agentes de inovação da região, o incremento da atracção de novos agentes de inovação à região e o estímulo de integração em Rede, numa perspectiva de actuação concentrada na ERA – European Research Area e, por fim, aproximar a comunidade científica à comunidade empresarial da região. A Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura (ADAE) é uma agência de desenvolvimento regional e local, criada em 1994 e que tem como principal missão a gestão do desenvolvimento das zonas de baixa densidade, nomeadamente no que concerne à gestão do Fundo Europeu Agrícola para o Desenvolvimento Rural (FEADER). A ADAE e constituída por todos os municípios do Pinhal Litoral, à excepção de Pombal que, em matéria de gestão do espaço rural integra a Associação Terras de Sicó, pela Câmara Municipal de Ourém e por várias entidades públicas e privadas (AMAE, ACIL, ACISO, CEPAE, NERLEI e Região de Turismo Leiria - Fátima). É objectivo da ADAE potenciar e estimular os valores e as capacidades endógenas desta Região, com particular incidência nas zonas rurais dos diversos concelhos, tendo sempre presente a importância da participação da população local como interveniente no desenvolvimento local/regional5. A Figura 8 mostra a imagem do site da ADAE. Entre os diversos projectos materiais e imateriais já realizados ou em curso, desenvolvidos pela ADAE constam entre outros, o Plano Director de Ensino e Formação (2003), a Feira Internacional de Artesanato da Batalha - FIABA (2003), o Festival dos Ventos em Porto de Mós (2004), a Animação Turística no âmbito do Euro 2004 (2004), as Freguesias Ecológicas em Leiria (2004), o Roteiro Percursos Pedestres em inglês, Leiria (2004), a Criação de Qualidade Alimentar e Conforto (2005), o Roteiro Municipal da Batalha (2005), a Recuperação do Percurso e Estações da Via Sacra em Porto de Mós (2005) e a Fábrica da Calçada à Portuguesa em Porto de Mós (2005).Outros projectos 4 5 http://www.redeidt.com http://www.adae.pt AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 41 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral mais específicos dizem respeito à construção ou manutenção de equipamentos, espaços públicos e infra-estruturas. Figura 8. Imagem da ADAE. Fonte: www.adae.pt/ Um projecto que importa também assinalar é o Leiria Região Digital6 (Figura 9). Projecto financiado no anterior período de programação financeira, possibilitou a capacitação do território em matéria de tecnologias de informação e comunicação (TIC). A sua abrangência territorial envolveu os cinco municípios do Pinhal Litoral, Ourém, Alvaiázere e Ansião. Este projecto com forte impacto na disseminação das TIC, tem como resultado ainda em funcionamento o portal “Leiria Região Digital”, onde se encontra uma base de dados de informações úteis aos habitantes, turistas, empresas, potenciais investidores regionais e estudantes. O portal, projecto resultante de uma parceria entre a antiga AMLEI, Região de Turismo Leiria/Fátima, NERLEI, CENTIMFE, o Instituto Politécnico de Leiria e os oito municípios, está dividido em quatro categorias: Região, Negócios, Ensino e Turismo. Destaca-se ainda a rede de postos net presentes em todos os concelhos e os carros net que possibilitam o continuar do trabalho iniciado pelo projecto. Figura 9. Imagem do Projecto Leiria Região Digital. Fonte: http://www2.leiriaregiaodigital.pt 6 http://www2.leiriaregiaodigital.pt AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 42 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Finalmente, um ponto importante a acrescentar está relacionado com a capacidade de cooperar com o exterior, externalizando as dinâmicas de aproximação e complementaridades intra regionais. Numa análise breve a este potencial, verificou-se que, através das inúmeras geminações das cidades da rede com outras cidades, o espectro das propostas preconizadas nesta candidatura terá um impacto alargado a nível internacional. No âmbito da cooperação externa, as vilas e cidades do Pinhal Litoral têm acordos de cooperação e amizade com várias cidades em Portugal e no estrangeiro, promovendo intercâmbios universitários, turísticos e culturais, parcerias comerciais e organização de eventos. Destacando o exemplo de Leiria, no âmbito do Dia do Diálogo Intercultural (26 de Setembro), a cidade têm acordos de cooperação com Saint Maur des Fossés, em França, Olivenza, em Espanha, Rheine, na Alemanha, Halton, no Reino unido, Tukoshima, no Japão, Maringá, no Brasil, Tongling, na China, Nampula, em Moçambique, São Filipe, em Cabo Verde e Kwanza-Sul, em Angola. 3.2 Análise sócio-demográfica 3.2.1 Dinâmica Populacional Os últimos dados actualizados pelo INE a nível das estatísticas populacionais de Portugal, apontam que em 2005, o território do Pinhal Litoral tinha uma população residente de 265,745 habitantes, contra 250,990, dos dados dos Censos de 2001. Já durante a década de 90 a evolução demográfica do território caracterizou-se por um aumento populacional duas vezes superior ao registado no país (11,6 % no Pinhal Litoral, contra 4,6% a nível nacional), havendo especial destaque para os concelhos de Leiria e Batalha. Segundo os últimos dados de 2005, o Concelho de Leiria continua a ser o mais populoso de toda a área, com 127,035 habitantes, seguido de Pombal, com 59,471 habitantes e a Marinha Grande, com 38,428 habitantes. Os concelhos de Batalha e Porto de Mós são os menos populosos (Batalha: 15,789 habitantes e Porto de Mós: 25,022 habitantes) e as suas sedes têm estatuto de vila ao contrário das três anteriores, que têm estatuto de cidade. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 43 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral A Tabela 5 indica a dimensão territorial de cada concelho e a população por concelho e nos respectivos aglomerados sede. Tabela 5. População e área das vilas e cidades e dos concelhos da NUT III Pinhal Litoral Área concelhia Pop. Vila/cidade Leiria 564,66 km² 42785 Marinha Grande 181,37 km² 28372 Pombal 626,36 km² 10031 Batalha 103,56 km² 7500 Porto de Mós 264,88 km² 6200 Pop. Total concelho ¹ 127,035 38,428 59,471 15,789 25,022 Estatuto da sede de concelho Cidade Cidade Cidade Vila Vila Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE) Dados de 2006. ¹ - Dados para o ano de 2005 – Anuário Estatístico do INE para a Região Centro 2006 No que diz respeito à distribuição populacional pelo território, existem dois fenómenos complementares, ou seja, uma grande concentração nas áreas urbanas e suburbanas das maiores cidades (Leiria e Pombal), a par de padrões de urbanização dispersa (à excepção da Marinha Grande). Outro dado importante a referir neste contexto é o envelhecimento da população nesta sub-região, e neste caso, uma significativa população idosa, que não só decorre do aumento da esperança de vida, como também da queda das taxas de fecundidade e natalidade (PEA PL). Segundo os dados do Anuário Estatístico da Região Centro de 2006, a população residente no território do Pinhal Litoral, com 65 ou mais anos de idade, era de 46,739 habitantes. Destaca-se também que as principais faixas etárias, que estão em idade activa e que representam o maior peso para as estatísticas socioeconómicas da região, são os indivíduos que abrangem as idades entre os 25 e os 64 anos de idade. Destas faixas etárias, o território do Pinhal Litoral tem uma população de 145,796 habitantes (Figura 10). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 44 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Figura 10. Pirâmide etária do Pinhal Litoral. Fonte: Oliveira, E. ; INE (2002) O índice de envelhecimento (relação entre a população com 65 ou mais anos de idade, e as faixas etárias com 14 ou menos anos de idade) no território do Pinhal Litoral é, segundo os dados apresentados no anuário estatístico da região centro, de 112,8 ‰, ou seja, inferior à média da Região Centro (NUT II). O concelho com o maior valor deste indicador é Pombal, com 146,1 ‰, e Leiria, com 96,0 ‰, tem o menor valor registado (Tabela 6). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 45 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 6. Densidade populacional e índice de envelhecimento no Pinhal Litoral, 2006. Densidade Índice de populacional envelhecimento Hab/km2 (‰) Portugal (NUT I) 111,7 115,1 Região Centro (NUT II) 142,3 84,6 NUT III:Pinhal Litoral 112,8 52,7 Batalha 118,5 49,5 Leiria 96,0 77,4 Marinha Grande 114,9 39,0 Pombal 146,1 49,7 Porto de Mós 122,4 40,1 Fonte: INE – Anuário Estatístico Região Centro, Dados de 2006. Relativamente à densidade populacional, o Concelho de Leiria apresenta o valor mais elevado, com 77,4 habitantes por km2, e a Marinha Grande o valor mais baixo, com 39 habitantes por km2 (Tabela 6). 3.2.2 Educação e Formação Na NUT III do Pinhal Litoral, entre 1991 e 2001, registou-se uma diminuição de cerca de 3 pontos percentuais da taxa de analfabetismo, de 13,1% para 11%, o que demonstra uma quebra equivalente à da média da Região Centro, que também registou uma diminuição de 3% entre 1991 e 2001. Importa contudo salientar que a taxa de analfabetismo no território do Pinhal Litoral, é ligeiramente menor em comparação à média da Região Centro. Tanto a nível da Região Centro, como a nível da NUT III Pinhal Litoral, registou-se uma diminuição de 3% na taxa de analfabetismo entre 1991 e 2001 (Tabela 7). Tabela 7. Variação da taxa de analfabetismo na Região Centro e no Pinhal Litoral (1991 – 2001). Região Centro (NUT II) 2001 1991 11 14 NUT III:Pinhal Litoral 10,1 13,1 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação – 2001 (Resultados Definitivos) AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 46 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 8. Distribuição da população residente por nível de ensino, em 2001. Nenhum Básico Secundário Médio Superior Região Centro (NUT II) 363.302 1.430.392 324.136 13.510 217.057 NUT III:Pinhal Litoral 39.293 150.952 38.130 1.167 21.448 Batalha 2.348 9.717 1.913 36 988 Leiria 16.656 70.356 19.691 729 12.415 Marinha Grande 4.735 20.463 7.032 212 3.129 Pombal 11.865 34.604 6.375 127 3.328 Porto de Mós 3.689 15.812 3.119 63 1.588 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação – 2001 (Resultados Definitivos) No que se refere à distribuição da população por nível de ensino, é evidente a predominância do nível de instrução primária, seguido pelo nível secundário. O total de habitantes com instrução superior representa cerca de 8,5% do total da população do território, valor significativamente inferior à média nacional (11%), enquanto a população com instrução primária, representa cerca de 60,1% do Pinhal Litoral (Tabela 8). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 47 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 3.3 Análise territorial 3.3.1 Caracterização biofísica Figura 11. Mapa da NUT III Pinhal Litoral. Fonte: http://www.giase.min-edu.pt/ Com uma área de cerca de 1.743,7 km2, o território do Pinhal Litoral, sub-região estatística NUT III da Região Centro, possui uma grande diversidade paisagística. A sul, integra parte do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, na área do concelho de Porto de Mós, e a norte do território a Serra de Sicó, na área do concelho de Pombal. Estas duas serras, pelo seu valor ecológico e importância no equilíbrio e preservação ambiental, fazem parte da Rede Natura. A ocidente do território, em contraste com um interior montanhoso, destaca-se a zona costeira e a presença do Pinhal de Leiria. Em termos climáticos, o território do Pinhal Litoral encontra-se na denominada província climática “Atlântica Média” (Lautensach, 1999), com um clima ameno ao longo do ano e fraca amplitude térmica. Os principais cursos de água que atravessam o território são o Rio Lis e os seus afluentes, dos quais se destaca o Rio Lena (Figura 12). A forte presença da água foi desde sempre um factor determinante para a ocupação desta Região, uma vez que, sendo uma garantia de fertilidade, permitia a prática agrícola. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 48 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Figura 12. Plano da bacia hidrográfica do Rio Lis. Fonte: www.ccdrc.pt/. 3.3.2 Património Cultural A presença humana neste território é remota, pelo facto de existirem inúmeros exemplares de testemunhos históricos e património cultural. De acordo com a Lei 107/2001 de 8 de Setembro, integram o património cultural todos os bens que, sendo testemunhos com valor de civilização ou de cultura portadores de interesse cultural relevante, devam ser objecto de especial protecção e valorização. O interesse cultural relevante, dos bens que integram o património cultural, reflecte valores de memória, identidade, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade. Com base nesta definição, assume-se como principal fonte de informação a base de dados do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), nomeadamente através do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), da qual constam elementos patrimoniais que povoam o território da Rede Urbana do Pinhal Litoral. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 49 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Desta forma, encontra-se o principal património edificado na seguinte lista, classificada por concelho: Tabela 9. Principal património edificado da Vila da Batalha. Designação Mosteiro da Batalha // Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória Situação Actual Categoria de Protecção Categoria/Tipologia Classificado MN Monumento Nacional Arquitectura Religiosa / Mosteiro Igreja da Exaltação de Santa Cruz, matriz da Batalha // Igreja Matriz da Batalha Classificado MN Monumento Nacional Arquitectura Religiosa / Igreja Pelourinho da Batalha Classificado MN Monumento Nacional Capela de Santo Antão Classificado Edifício do século XVIII Classificado Igreja da Misericórdia da Batalha Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Religiosa / Igreja Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arqueologia / Viaduto Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Civil / Conjunto Edifício de Horácio Fernandes Santos Monteiro Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Civil / Edifício Campo Militar de Aljubarrota - núcleo 1, correspondente à 1.º posição do exército português // Campo Militar de Aljubarrota ou de São Jorge (núcleo da freguesia da Batalha, concelho da Batalha) Em Vias de Classificação Em Vias de Classificação (Homologado - MN Monumento Nacional) Mosteiro de Santa Maria da Vitória Viaduto conhecido por Ponte da Boutaca // Ponte de Boitaca Conjunto do Edifício solarengo, pertencente às famílias Salles Zuquet e Oliveira Simões // Solar da Quinta do Fidalgo IIM Imóvel de Interesse Municipal IIM Imóvel de Interesse Municipal Arquitectura Civil / Pelourinho Arquitectura Religiosa / Capela Arquitectura Civil / Edifício Fonte: IGESPAR /IPPAR (Setembro de 2008). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 50 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 10. Principal património edificado da Cidade de Leiria. Designação Situação Actual Categoria de Protecção Capela de São Pedro Classificado MN Monumento Nacional Castelo de Leiria Classificado MN Monumento Nacional Arquitectura Militar / Castelo Edifício do Mercado de Leiria ou de Sant'Ana // Edifício do Antigo Mercado de Leiria Em Vias de Classificação Em Vias de Classificação (Homologado - IIP Imóvel de Interesse Público) Arquitectura Civil / Mercado Capela de Nossa Senhora da Encarnação Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Religiosa / Capela Convento de Santo Agostinho e antigo Seminário Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Religiosa / Convento IIP Imóvel de Interesse Público IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Religiosa / Convento Arquitectura Religiosa / Convento Mercado de Santana Convento de Santo António dos Capuchos Igreja e Convento de São Francisco (restos) Classificado Classificado Categoria/Tipologia Arquitectura Religiosa / Capela Edifício do antigo Colégio do Dr. Correia Mateus Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Civil / Edifício Igreja de Nossa Senhora da Luz, paroquial de Maceira Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Religiosa / Igreja Em estudo - sem protecção Sem categoria de protecção definida Sem categoria/tipologia definida Maceira-Liz // Fábrica de cimento Maceira - Liz (nome actual) Empresa de Cimentos de Leiria, Lda. (Outubro de 1919) SECIL- Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (proprietário actual) serviços centrais: Av. das Forças Armadas, 125, 6º / 1600-079 Lisboa Fonte: IGESPAR /IPPAR (Setembro de 2008). Tabela 11. Principal património edificado da Cidade da Marinha Grande. Designação Situação Actual Categoria de Protecção Categoria/Tipologia Fábrica do Emílio Gallo. Em Vias de Classificação Em Vias de Classificação (Homologado - IIP Imóvel de Interesse Público) Arquitectura Civil / Fábrica Casa Taibner de Morais Santos Barosa, também denominada ''Palácio dos Barosa'' Classificado IIM Imóvel de Interesse Municipal Arquitectura Civil / Casa Edifício que foi residência de Guilherme e João Diogo Stephens // Museu do Vidro Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Civil / Edifício Fábrica Lusitana de Vidros "Angolana" // Fábrica "Angolana" Fábrica do Armindo Fonte: IGESPAR /IPPAR (Setembro de 2008). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 51 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 12. Principal património edificado da Cidade de Pombal Designação Situação Actual Categoria de Protecção Categoria/Tipologia Torre do Relógio Velho (Pombal) Classificado MN Monumento Nacional Arquitectura Civil / Torre Castelo de Pombal Classificado MN Monumento Nacional Arquitectura Militar / Castelo Em Vias de Classificação Casa Arte Nova (Pombal) Pelourinho de Pombal (encontra-se actualmente em fragmentos) Classificado Celeiro do Marquês de Pombal (antigo), ou ''Celeiro da Quinta da Gramela'' Classificado Em Vias de Classificação (Homologado - IIP Imóvel de Interesse Público) IIP Imóvel de Interesse Público IIP Imóvel de Interesse Público Arquitectura Civil / Casa Arquitectura Civil / Pelourinho Arquitectura Civil / Celeiro Fonte: IGESPAR /IPPAR (Setembro de 2008). Tabela 13. Principal património edificado da Vila de Porto de Mós. Designação Castelo de Porto de Mós (Freguesia de S. Pedro) Capela de São Jorge (Aljubarrota) Pelourinho de Porto de Mós Campo Militar de Aljubarrota - núcleo 2, correspondente à 2.º posição de defesa do exército português // Campo Militar de Aljubarrota ou de São Jorge (núcleo da freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós) Situação Actual Categoria de Protecção Categoria/Tipologia Classificado MN Monumento Nacional Arquitectura Militar / Castelo Classificado MN Monumento Nacional Classificado IIP Imóvel de Interesse Público Em Vias de Classificação Em Vias de Classificação (Homologado - MN Monumento Nacional) Arquitectura Religiosa / Capela Arquitectura Civil / Pelourinho Arquitectura Mista / Conjunto Fonte: IGESPAR /IPPAR (Setembro de 2008). 3.4 Análise económica A actividade económica no território do Pinhal Litoral é bastante diversificada, sendo a localização favorável em relação aos centros de decisão e aos eixos de mobilidade alguns dos factores que, a par do empreendedorismo inato, fazem com que os indicadores económicos estejam dentro da média nacional. A Tabela 14 apresentando o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, em valor monetário, e em percentagem, demonstra que, o PIB por habitante no Pinhal Litoral, é de 99.2 (Portugal=100). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 52 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 14. Indicadores do Produto Interno Bruto, em 2006. Produto interno bruto por habitante a preços correntes (Base 2000 - €) por Localização geográfica Produto interno bruto por habitante a preços correntes (Índice - Base 2000 - %) por Localização geográfica €(milhares) % Portugal 14,7 100 Centro 12,4 84,4 Pinhal Litoral 14,6 99,2 Fonte: INE Tendo em conta a taxa de actividade económica, os níveis são idênticos aos da média nacional, no entanto, conforme se ilustra a Tabela 15, a taxa de desemprego é bastante mais baixa. Tabela 15. Taxa de Actividade e Taxa de Desemprego, no Pinhal Litoral. Taxa de Actividade (%) Zona Geográfica 1991 Taxa de Desemprego (%) 2001 1991 2001 HM H M HM H M HM M HM M Portugal 44,6 54,3 35,5 48,2 54,8 42,0 6,1 8,9 6,8 8,7 Pinhal Litoral 42,8 54,3 31,9 48,5 55,8 41,5 3,5 6,0 3,7 5,4 Batalha 43,1 55,4 1,1 48,1 56,3 40,3 1,7 3,1 2,5 3,7 Leiria 44,2 55,4 33,6 50,4 57,0 44,1 3,6 6,1 3,7 5,3 Marinha Grande 46,0 55,5 36,9 51,6 57,2 46,2 5,0 8,5 4,9 6,5 Pombal 36,7 49,8 24,5 42,1 51,6 33,2 3,2 5,8 3,4 5,7 Porto de Mós 45,3 57,1 34,1 49,4 57,3 41,8 2,7 4,0 3,2 4,9 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação – 1991 e 2001. A nível dos concelhos, a taxa de desemprego mais elevada regista-se no Concelho da Marinha Grande, com 51,6%, e o valor mais baixo é registado em Pombal, cerca de 42,1%. As taxas de desemprego no território do Pinhal Litoral são significativamente mais baixas que a média nacional. Em 2001, a taxa de desemprego no Pinhal Litoral era de 3,7%, e a nível nacional 6,8%. Nos concelhos, a taxa de desemprego mais elevada é registada na Marinha Grande, com 4,9%, enquanto o concelho com a taxa de desemprego mais reduzida é a Batalha, com 2,5 % (Tabela 15). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 53 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Segundo os dados divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, em Fevereiro de 2006, houve 5,627 pedidos de emprego no Centro de Emprego de Leiria, dos quais 5,205 eram desempregados à procura de novo emprego. No Centro de Emprego da Marinha Grande estavam na mesma altura, 1,285 indivíduos inscritos, dos quais 1234 já tinham exercido actividade profissional anteriormente. Tendo em conta os sectores de actividade económica, o sector secundário (indústria) é o de maior peso em termos de influência económica no território do Pinhal Litoral. É dado especial destaque às actividades industriais ligadas ao sector dos moldes, de plásticos e do vidro e cristal, tal como a exploração e transformação de pedras calcárias utilizadas para a construção civil e cerâmica. As principais actividades concentram-se no eixo urbano e industrial Leiria – Marinha Grande. Importa salientar que a economia do território do Pinhal Litoral se caracteriza pela localização de um grande número de Pequenas e Médias Empresas (PME) sem uma forte tendência de especialização, apesar da aglomeração em torno de determinadas fileiras. A Figura 13 seguinte caracteriza a situação da população perante o Emprego, por conta de outrem, no Pinhal Litoral e em todo território nacional, mostrando a sua distribuição pelos sectores de actividade, em 2006 Este gráfico demonstra que no território do Pinhal Litoral, o sector secundário emprega cerca de 54% da população empregada por conta de outrem, o que significa que o Pinhal Litoral conseguiu contornar a tendência de terciarização que se tem verificado a nível nacional. Figura 13. População empregada por conta de outrem, por sectores de actividade, 2006. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 54 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Fonte: INE. A nível das actividades das empresas que actuam no Pinhal Litoral, em termos de números de empresas e sociedades por actividades económicas, destacam-se o Comércio por grosso e retalho (com mais de 9000 sociedades e empresas registadas), o sector das actividades imobiliárias e prestação de serviços a empresas (cerca de 5400 empresas) e as actividades ligadas à construção civil (com 5234 empresas). Na Figura 14, destaca-se o número de empresas no sector das indústrias transformadoras, com cerca de 3870 empresas e sociedades existentes no território. Figura 14. Empresas (N.º) por actividade económica no Pinhal Litoral (2006). Fonte: INE. A Figura 15 indica que as actividades de maior peso no Valor Acrescentado Bruto no Pinhal Litoral, são as actividades de serviços, seguida do sector industrial. O Valor acrescentado bruto para o sector terciário é de cerca de 1900 milhões de Euros (cerca de 60% do total das actividades), e emprega um total de cerca de 68,400 pessoas (cerca de 45% do total da população empregada), enquanto o sector secundário representa um Valor acrescentado bruto acima dos 1200 milhões de Euros (cerca de 49% do total das actividades), e emprega cerca de 61.100 pessoas (cerca de 41,5% do total da população empregada). Estes valores demonstram o peso AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 55 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral significativo do sector secundário no Pinhal Litoral, embora com valores mais baixos que o sector terciário, representa um peso bastante forte na economia deste território. Figura 15. Valor acrescentado bruto a preços de base e emprego e actividade económica no Pinhal Litoral, 2004. Fonte: INE. Relativamente ao sector primário, as actividades agrícolas apresentam níveis elevados de desenvolvimento (no âmbito de toda a Região Centro - Litoral), no entanto têm vindo a perder importância em termos de recursos humanos, devido à evolução tecnológica de técnicas de produção agrícola, e uma diminuição da agricultura de subsistência. O Valor acrescentado bruto no Pinhal Litoral, representa cerca de 80 milhões de Euros (2,5% do total das actividades), e este sector emprega cerca de 18,600 pessoas (12,6% do total da população empregada). Um aspecto a nível regional, onde é necessário apostar com mais intensidade, são as actividades no sector do Ensino Superior ligado às principais actividades económicas da região, e uma mais forte aposta na área da Investigação, Desenvolvimento e Inovação. Existe contudo uma oferta de infra-estruturas tecnológicas, que está de acordo com o padrão de especialização da região. A forte aposta na capacitação e robustecimento do tecido empresarial é visível numa rede de infra-estruturas de apoio forte e que promove a especialização regional em torno de sectores âncora. Na tabela Tabela 16 elencam-se os espaços que, numa lógica de rede, poderão alavancar novas iniciativas empresariais, com elevado grau de incorporação de novas tecnologias e cariz inovador. O Instituto Politécnico de Leiria, não estando presente na Tabela 16, é um organismo essencial para a AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 56 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral prossecução de uma estratégia forte de valorização da competitividade regional, tendo sido um parceiro presente em todas as iniciativas de desenvolvimento levadas a cabo a esta escala de intervenção. As escolas profissionais constituem-se como parceiros importantes na prossecução do desenvolvimento equilibrado da Região. Tabela 16. Estruturas de apoio às especialidades económicas e industriais do Pinhal Litoral. Nome da Infra-estrutura Localização Especialidade NERLEI Leiria Apoio integrado ao tecido empresarial da Região de Leiria CENTIMFE Marinha Grande CEFAMOL Marinha Grande Formação profissional na área da indústria de moldes. CRISFORM Marinha Grande Formação profissional na área da indústria do vidro. Leiria Formação Profissional OPEN Marinha Grande Incubação de empresas tecnológicas na área da indústria dos moldes. IDD Leiria Centro de Formação Profissional de Leiria Centro Empresarial da Marinha Grande Prestações de serviços a empresas, promoção de actividades na área da I&D, transferência tecnológica para indústria. Em cooperação com o IPL, incubação de empresas e apoio à formação de empresas de base tecnológica Marinha Grande Localização empresarial e apoio à constituição de negócios Fonte: SPI. O Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE), criado em 1991, é uma associação sem fins lucrativos, que conta com mais de 200 organizações associadas, entre elas empresas industriais e instituições públicas, como o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas), o INETI (Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial) e câmaras municipais, no apoio às especialidades industriais mencionadas. A NERLEI (Associação Empresarial da Região de Leiria), criada em 1985 como delegação da Associação Industrial Portuguesa, é actualmente uma Instituição de Utilidade Pública que acompanha os empresários de forma sistemática na resolução dos seus problemas, fortalecendo o tecido empresarial e promovendo o desenvolvimento sustentado da região de Leiria (www.nerlei.pt). Actualmente tem cerca de 670 associados, dos quais, 44% estão ligados ao sector da indústria, 31% ao sector dos serviços e 21 % no sector do comércio, e 4% aos sectores da construção e do turismo. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 57 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral A Associação Nacional da Indústria dos Moldes – CEFAMOL, criada em 1969, é uma associação sem fins lucrativos, com 125 associados, entre eles, empresas ligadas à fabricação de moldes para a indústria de plásticos. Desenvolve várias actividades com vista ao fortalecimento da cooperação neste sector, nomeadamente nas áreas da investigação tecnológica, formação técnico-profissional e troca de ideias através de conferências e seminários organizados pela associação (Figura 16). Figura 16. Empresas por actividades no sector dos Moldes associadas à CEFAMOL. Fonte: Cefamol. É importante salientar, que o sector dos moldes representa uma das actividades mais importantes da região, e também a nível nacional. Segundo os dados analisados para Plano Estratégico para o Sector dos Moldes, um estudo realizado em conjunto com a SPI, o CEFAMOL e o CENTIMFE (SPI ,2008), concluiu-se que a evolução do número de empresas por concelho entre 2000 e 2005 relativamente ao sector dos moldes foram registados nos concelhos da Marinha Grande e de Oliveira de Azeméis, com taxas de crescimento de 36% e 32% (Tabela 17), respectivamente. Com efeito, estes concelhos, conjuntamente com Leiria, são pólos estratégicos e acolhem cerca de 63% do número total de empresas do sector. (PE para o sector dos Moldes, SPI, 2008, p. 32). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 58 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 17. Evolução da distribuição do número de empresas de moldes por concelho entre 2000 e 2005. Região 2000 2005 Variação 2000/2005 Leiria 91 107 18% Marinha Grande 121 165 36% Oliveira de Azeméis 50 66 32% Resto do País 151 198 31% Total 413 536 30% Fonte: Quadros de Pessoal, Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, 2005. Distribuição espacial do número de empresas de moldes, em 2005 Leiria 20% Resto do País 37% Marinha Grande 31% Oliveira de Azeméis 12% Figura 17. Distribuição do número de empresas de moldes por concelho, em 2005. Fonte: Quadros de Pessoal, Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, 2005 O aumento do número de empresas do sector entre 2000 e 2005 foi acompanhado também por um aumento do número de trabalhadores. Analisando a evolução da distribuição dos trabalhadores do sector dos moldes por concelhos entre 2000 e 2005 (Tabela 18), verifica-se, à semelhança do número de empresas por concelho, que os concelhos que mais contribuíram para este aumento foram os concelhos de Oliveira de Azeméis e da Marinha Grande, com taxas de crescimento de 27% e 25% (Figura 17), respectivamente. (Plano Estratégico para o sector dos Moldes, SPI, 2008, p. 33) Tabela 18. Evolução da distribuição do número de trabalhadores de moldes por concelho entre 2000 e 2005. Região 2000 2005 Variação 2000/2005 Leiria 1062 1179 11% Marinha Grande 2169 2710 25% Oliveira de Azeméis 1731 2197 27% Resto do País 1749 2283 31% Total 6711 8369 25% Fonte: Quadros de Pessoal, Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, 2005 AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 59 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Realizando uma análise mais pormenorizada da distribuição dos trabalhadores do sector dos moldes por concelhos em 2005 (Figura 18), verificava-se que o pólo mais empregador era o Concelho da Marinha Grande, com mais de 30% do total (2710 trabalhadores). Seguiam-se Oliveira de Azeméis e Leiria com cerca de 26% (2197 trabalhadores) e 14% (1179 trabalhadores) do número total de trabalhadores, respectivamente. Figura 18. Distribuição dos trabalhadores das empresas de moldes por concelhos, em 2005. Fonte: Quadros de Pessoal, Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, 2005. O Centro de Formação Profissional para o Sector da Cristalaria (CRISFORM), é uma entidade de direito público, também sem fins lucrativos, que promove actividades de formação profissional para a valorização dos recursos humanos do sector da cristalaria e vidro. No que respeita a outros sectores de actividade económica, destaca-se, no sector terciário, a restauração e hotelaria e prestação de serviços e que, devidamente organizado, pode ser a âncora para a emergência do turismo como sector de destaque para a economia regional, uma vez que, como já referido anteriormente, existe um forte potencial associado a elementos arquitectónicos e paisagísticos da Região. A par das infra-estruturas de apoio apresentadas, é importante referir a existência de espaços de localização empresarial que, de acordo com o PEA-PL, perfazem cerca de 4mil hectares de área industrial existente e proposta para esta Região (Tabela 19). AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 60 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 19. Espaços de localização e suporte à actividadee económica regional. Concelho Espaços de suporte Zonas Industriais Jardoeira (existente), S. Mamede (em Plano de Pormenor), Reguengo do Fetal, Golpilheira e Santo Antão (propostas novas áreas no âmbito da revisão do PDM em curso) Espaços Feiras e Exposições: Exposalão Cova das Faias, Monte Redondo e Outros Batalha Leiria Marinha Grande Pombal Porto de Mós Zona Industriais: Casal da Lebre, Pêro Neto e Vieira de Leiria Espaços Feiras e Exposições: FAE – Feira de Actividades Económicas da Marinha Grande Zona Industriais: Formiga, Guia, Manuel da Mota e Pelariga Espaços Feiras e Exposições: Centro Municipal de Exposições de Pombal; Zona Industriais: Juncal, Mira d’ Aire e Porto de Mós. Espaços Feiras e Exposições: Centro de Actividades Económicas e de Serviços de Porto de Mós Fonte: PEA Pinhal Litoral. Para a avaliação da inovação empresarial recorreu-se à análise dos apoios do Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME)7, verificando-se quais os utilizados pelo tecido empresarial do território do Pinhal Litoral. De acordo com os dados disponíveis, datados de Agosto de 2007 no período 2000-2006, foram aprovados 289 projectos, correspondendo a um montante de investimento global de 392.592.554,7 € e a um valor de incentivos de 64.924.108 € (equivalente a 16,5% do global). Desde o ano 2000, houve projectos aprovados a um total de 19 programas de incentivo, para empresas e sociedades no território do Pinhal Litoral, dos quais se destacam 220 candidaturas ao SIPIE (apoio a pequenos projectos de investimento de criação ou desenvolvimento de micro ou pequenas empresas através do reforço da sua capacidade técnica e tecnológica e da modernização das suas estruturas), 124 candidaturas ao SIME ( projectos de investimento que visem o reforço da produtividade e da competitividade das empresas e a sua participação no 7 http://www.prime.min-economia.pt/. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 61 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral mercado global) e 84 candidaturas ao URBCOM (apoio a projectos que visem a modernização de actividades empresariais do comércio e de alguns serviços, e a qualificação dos espaços urbanos envolventes e a promoção do respectivo projecto global, quando integrados em áreas limitadas dos centros urbanos com características de elevada densidade comercial, centralidade, multifuncionalidade e desenvolvimento económico, patrimonial e social). Os dados mais pormenorizados sobre as candidaturas, investimentos e incentivos, tal como os montantes, serão desenvolvidos no capítulo 7.1.1 deste documento. 3.5 Acessibilidades regionais e transportes Estando localizado no litoral, num dos principais corredores estratégicos do país (nortesul), o território do Pinhal Litoral é actualmente atravessado por dois importantes eixos de mobilidade, a A1, e a A8/A17, complementados pelo itinerário complementar 2 (IC2) e pelos eixos IC8, IC9 e IC32, importantes canais de ligação inter e intraregional. Relativamente às ligações ferroviárias, o território do Pinhal Litoral é atravessado por duas linhas: a Linha do Norte que serve, a cidade de Pombal, e a Linha do Oeste que serve Leiria e Marinha Grande. Ambas as linhas são de atravessamento Norte – Sul (Figura 19). No que diz respeito ao transporte aéreo, existem para além de alguns aeródromos municipais, a base aérea de Monte Real, no concelho de Leiria, que actualmente é utilizada exclusivamente para fins militares. No entanto, está em discussão, a possibilidade de utilização civil, criando assim uma alternativa aos actuais aeroportos de Lisboa e Porto. Actualmente, em termos de transporte aéreo comercial de passageiros, a região está sob área de influência do aeroporto internacional de Lisboa, ligado à rede urbana do Pinhal Litoral através das auto-estradas que atravessam o território. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 62 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Figura 19. Mapa da rede de estradas e ferrovias existentes e projectadas para o Pinhal Litoral. Fonte: INE, PEA-PL (adaptado) (2007). As acessibilidades rodoviárias regionais ainda carecem de algum investimento, principalmente a nível de eixos Este – Oeste e itinerários complementares ainda não concluídos. Também se destaca como carência a melhoria de acessibilidades aos diferentes pólos industriais e empresariais, tal como melhores acessibilidades às autoestradas que atravessam o território e acessos sub-regionais. No que concerne as ligações ferroviárias, enquanto a influência da Linha do Norte se exerce apenas sobre Pombal, no território do Pinhal Litoral, a Linha do Oeste, que atravessa o território, é uma linha que tem vindo a sofrer de uma grande ausência de investimentos e tem perdido ao longo dos anos a sua influência tanto a nível do transporte de passageiros, como a nível do transporte de mercadorias. Relativamente a projectos ferroviários futuros, prevê-se que a futura rede de alta velocidade RAVE (eixo Lisboa - Porto) tenha impacto regional, extrapolando-se a AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 63 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral projectção de uma estação próxima de Leiria. Este projecto irá reforçar o papel da rede urbana do Pinhal Litoral no panorama económico nacional. Nos transportes rodoviários colectivos, a “Rodoviária do Tejo” assegura o transporte urbano da cidade de Leiria, que é complementado por um novo sistema de transporte público urbano, o Mobilis. Trata-se de um sistema de miniautocarros que fazem um percurso circular sistemático atravessando os pontos mais importantes da cidade de Leiria, e com uma frequência de 15 minutos. As ligações entre os aglomerados da rede urbana do Pinhal Litoral são também asseguradas pela Rodoviária do Tejo. Para fora da Região operam a Rede Nacional de Expressos e a Renex-Rede Nacional de Transportes Lda., estando as centrais deste serviço localizadas nas cidades de Leiria, Marinha Grande e Pombal. 3.6 Equipamentos de Utilização Colectiva Segundo os dados divulgados no PEA-PL, o território do Pinhal Litoral tem uma boa cobertura para a maioria das valências, geograficamente dispersas e estruturadas em função das respectivas hierarquias urbanas e regionais. Existem no entanto em diversos sectores, algumas insuficiências e a partir daí, necessidades de consolidação para algumas valências. No que diz respeito ao Ensino Superior, dá se destaque a três instituições, das quais duas são de ensino privado (ISLA em Leiria e ISDOM na Marinha Grande) e uma de ensino público (Instituto Politécnico de Leiria – IPL). As taxas de ocupação de vagas nos anos lectivos de 2005-2006 e 2006-2007 mostraram um aumento da procura, com um acréscimo de 78,4% para 83,4%. A nível nacional, o IPL ocupa o quinto lugar na hierarquia nacional com maior oferta de vagas no ano de 2007. Relativamente ao ensino pós-secundário não superior, existem iniciativas por parte do IPL, de formações e cursos técnicos, como cursos de especialização tecnológica (CET) e cursos promovidos ao abrigo de protocolos, em Leiria e na Marinha Grande. Além destes, existem em todo o território do Pinhal Litoral, três Centros de Formação Profissional, o Centro de Formação Profissional de Gestão Participada de Leiria, e o CENFIM e o CRISFORM na Marinha Grande, que estão ligados às especialidades industriais AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 64 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral regionais (metalúrgica, metalomecânica e cristalaria). Além destas, existem em todos os concelhos (à excepção de Porto de Mós) escolas profissionais regulamentadas e reconhecidas pelo Ministério da Educação. O ensino Pré-escolar, Básico e Secundário englobava um total de 45,566 alunos no ano lectivo de 2005 – 2006, num total de 504 estabelecimentos, tanto a nível público como a nível privado. A distribuição destes equipamentos, no que consta o PEA-PL, encontra-se perfeitamente articulada na hierarquia da rede urbana. O Sistema Nacional de Saúde está representado no Pinhal Litoral pela Administração Regional de Saúde do Centro (Sub-região de Leiria). Para além de 7 centros de saúde com 66 extensões, um Hospital Distrital (Stº. André) em Leiria, um Hospital de Nível 1 em pombal, dois hospitais particulares em Leiria e na Marinha Grande, o território do Pinhal Litoral está sob influência do Hospital Central de Coimbra. Ao nível do Desporto, houve nos últimos anos um grande investimento que garante o acesso geral da população a equipamentos desportivos. Destaca-se a existência do Estádio de Leiria (Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, construído no âmbito do mega evento desportivo Euro 2004, e apto para acolher competições e eventos internacionais) com capacidade de 25,000 lugares, e que oferece várias modalidades desportivas. Em Pombal, foram feitos investimentos recentes para uma Zona Desportiva, um complexo “multi-usos” com piscinas cobertas, um parque radical, um pavilhão gimnodesportivo, um pavilhão para actividades económicas e desportivas e dois campos municipais de minigolfe. No âmbito Cultural, existem no território do Pinhal Litoral vários equipamentos, entre os quais bibliotecas públicas, cineteatros, centros culturais e museus. Destaca-se o recém - renovado Teatro José Lúcio da Silva e os centros culturais do Pombal e de Leiria. Existe também uma variada oferta museológica, embora apenas dois estão integrados na rede nacional, a Rede Portuguesa de Museus. Haverá no entanto um reforço da oferta. Por fim, a nível cultural, destaca-se também a Expo Centro, com o Centro Municipal de Exposições de Pombal, e o Pavilhão Multiusos da Batalha. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 65 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 3.7 Ambiente e qualidade de vida Relativamente às questões ligadas ao ambiente, uma das maiores ameaças no território do Pinhal Litoral é a poluição, principalmente na bacia hidrográfica do Rio Lis. Estes problemas têm a sua génese nas actividades industriuais,com especial relevo para as actividades do sector primário, como é a produção animal (as suiniculturas são a maior problemática. A Figura 20 ilustra a concentração de exploração de bovinos e suínos na área de intervenção da SIMLIS, com especial incidência no Concelho de Leiria. Figura 20. Explorações de suínos e bovinos na área de intervenção da SIMLIS, 2006. Fonte: PEA-PL, SIMLIS, 2006 Em 1999 foi constituida a SIMLIS - Saneamento Integrado dos Municípios do Lis, S.A. à qual foi concessionada a exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis por um prazo de 30 anos. A resolução dos problemas de poluição da bacia do rio Lis e a revalorização ambiental deste importante recurso hídrico é o seu principal objectivo. A nível energético, o território do Pinhal Litoral possui também um forte potencial para o desenvolvimento de energias alternativas, como é o caso da energia eólica. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 66 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral No que diz respeito ao tratamento de resíduos, existem atrasos no cumprimento de metas europeias no território do Pinhal Litoral, relativamente à reciclagem e a um mais eficiente tratamento de resíduos, tendo de haver um continuado investimento neste domínio. 3.8 Análise SWOT O conhecimento da realidade da rede urbana, baseado na interpretação dos documentos e dos dados estatísticos disponíveis, e nos momentos de contacto com os agentes de desenvolvimento permite sistematizar matrizes de pontos fortes e áreas de melhoria, oportunidades e ameaças, com especial ênfase nas questões relacionadas com a cooperação e a promoção da rede urbana do Pinhal Litoral. Assim, a análise SWOT que a seguir se apresenta (Tabela 20) visa a melhor compreensão das especificidades da rede e do seu potencial de desenvolvimento , bem como as restrições a ter em conta na elaboração da estratégia de desenvolvimento. Tabela 20. Análise SWOT da Rede Urbana do Pinhal Litoral. Pontos Fortes Áreas de Melhoria Robustez da rede de núcleos urbanos, com os acréscimos populacionais a darem-se principalmente nas sedes de concelho, nos espaços suburbanos e periurbanos; Localização favorável, situando-se no corredor Persistência de fenómenos de mono especialização, reduzindo a competitividade de alguns centros urbanos e excessiva especialização nas actividades industriais e construção civil. urbano/industrial do litoral, equidistante dos dois principais centros de decisão do território nacional, áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, Individualismo empresarial e dimensão pequena Elevada densidade do tecido empresarial Gestão de estruturas de apoio À actividade acompanhado pela dimensão das empresas (pequenas e médias) com a consequente capacidade de resistência face a conjunturas económicas desfavoráveis; económica, ainda não respeita uma lógica de rede que permita a potenciação de complementaridades funcionais; Oferta diversificada de infra-estruturas tecnológicas (CENTIMFE; NERLEI; CEFAMOL; CRISFORM) de apoio aos sectores de actividade económica mais representativos, bem como a existência de novas iniciativas para a transferência de tecnologia (Incubadoras OPEN e D. Dinis); da maioria das empresas, tornando mais difícil o domínio das cadeias de valor e dos mercados de exportação; Falta de algumas acessibilidades intra rede. Organização do sistema de mobilidade multimodal; Povoamento disperso fora dos centros urbanos, tornando a infra-estruturação do território mais difícil. Actual oferta turística com padrões qualidade e organização ainda deficitários. de Declínio em alguns sectores de especialização Recursos humanos qualificados com uma elevada taxa empresarial de absorção do tecido (ex. vidro); Envelhecimento populacional em especial nos territórios rurais. Sistema de mobilidade multimodal, com eixos viários de grande importância a nível nacional (A1, A8/17, IC2/EN1), rede ferroviária e AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 67 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral possibilidade de estruturas de suporte do modo aéreo. Presença de Estruturas de ensino profissional e superior; Diversidade paisagística para actividades turísticas. Capacidade de atracção populacional e de investimentos Grande cooperação já existente e duradoura entre os municípios da sub-região. Oportunidades Ameaças Excelente potencial de desenvolvimento a Dificuldade nível regional, nacional e internacional, devido à localização favorável. em estabelecer parcerias efectivas entre as empresas da rede devido ao individualismo empresarial. Forte aposta em estratégias colaborativas Declínio industrial e empresarial, caso não haja apostas na inovação e competitividade empresarial. promovidas pela Administração central. Aposta na melhoria da qualificação de recursos humanos, através da promoção de diferentes modalidades de formação; Grande aposta na inovação e competitividade do tecido empresarial e industrial, com as vantagens de estarmos na presença de uma rede num estádio de desenvolvimento económico propício à absorção imediata de acções concretas neste domínio; A excessiva concentração populacional nas sedes de concelho pode ter impacto na qualidade de vida dos residentes; Abandono industrial devido à falta de disponibilidade de solo industrial. Declínio ambiental, devido à forte presença de indústrias e densidade populacional. Perda de importância no sector agrícola, Grande potencial de desenvolvimento do sector do turismo a nível nacional e na região centro, com a rede do Pinhal Litoral a posicionar-se em diferentes produtos turísticos. 3.9 nomeadamente na implementação de novas tecnologias, para tornar este sector mais economicamente viável, o que pode contribuir para a degradação das paisagens e consequente impacto no turismo natureza. Elementos e factores diferenciadores em que se apoia a definição da estratégia Considerando o exposto no documento do Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais a atractividade dos territórios tem sido frequentemente associada à disponibilização das amenidades e infra-estruturas como empresas (Figura 21). “As condições de vida num território não dependem apenas das amenidades e infra-estruturas, dependem também primordialmente da sua capacidade de inovar e das possibilidades de trabalho que oferece, que o mesmo é AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 68 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral dizer, das suas empresas e de outras instituições geradoras de conhecimento e de emprego, nomeadamente o qualificado.”8 Figura 21. As Regiões, as cidades e os factores de competitividade e atractividade. Fonte: DPP, Política de Cidades polis xxi - Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação, Razões para cooperar, Ideias a explorar” de 14 de Março de 2008 Numa perspectiva de diferenciação e distinção, não esquecendo a análise global apresentada anteriormente, a Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral apresenta os seguintes factores de relevo: Tradição de cooperação efectiva entre os vários actores urbanos da rede O grupo de actores que agora se comprometem na dinamização da rede urbana tem um longo historial de cooperação em torno de projectos comuns de desenvolvimento económico, social e territorial. As cidades de Leiria, Marinha Grande e Pombal e as vilas da Batalha 8 DPP, em “POLÍTICA DE CIDADES POLIS XXI - REDES URBANAS PARA A COMPETITIVIDADE E A INOVAÇÃO, Razões para cooperar, Ideias a explorar” de 14 de Março de 2008. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 69 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral e Pombal têm gerido em conjunto, anteriormente no âmbito da AMLEI, ComurbLEiria, Leiria Região Digital e actualmente através da ADAE e AMPL, questões estruturais do seu desenvolvimento integrado. Este factor é determinante para o sucesso da implementação do presente Programa Estratégico uma vez que se encontram em funcionamento várias equipas de trabalho que coordenam os projectos em rede. Contexto Económico Favorável à aposta num novo ciclo de desenvolvimento Considerando a singularidade do desenvolvimento industrial da aglomeração produtiva do Pinhal Litoral e a sua crescente integração como âncora em estratégias de âmbito regional e nacional (ex. PROTC e PNPOT), o desafio actual é a valorização da rede urbana de suporte e dos espaços complementares, para o robustecimento desta região como espaço integrado de acolhimento de pessoas e de investimentos, iniciando-se assim o processo de afirmação urbana face à área metropolitana de Lisboa. As preocupações com a qualidade dos espaços urbanos centrais, o seu posicionamento enquanto espaços de alavancagem dos espaços produtivos tradicionais e a integração dos novos paradigmas de desenvolvimento sustentável (sustainable communities, low carbon communities) são a base do novo ciclo de desenvolvimento. Potencial de internacionalização da rede Como elemento estrutural de uma das plataformas industriais mais relevantes do país, a rede urbana do Pinhal Litoral apresenta um forte potencial de internacionalização por via da presença de empresas e instituições com forte capacidade de penetração nos mercados, em sectores que actualmente ou potencialmente assentes na inovação. A par deste potencial de internacionalização da rede decorrente da já actual internacionalização do tecido produtivo, existem elementos patrimoniais de destaque, como é o caso do Mosteiro da Batalha (Monumento Nacional (MN), Dec. 10-1-1907, Dec. 16-6-1910, Zona Especial de Protecção (ZEP), Portaria nº 714/77, DR, 1ª série, nº 268 de 1911. Inscrito em 1983 na lista do Património Mundial da UNESCO.) AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 70 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Localização geoestratégica a nível nacional em relação às duas áreas metropolitanas e principais canais de mobilidade nacional A rede Urbana do Pinhal Litoral encontra-se equidistante dos dois principais centros de decisão nacionais, Lisboa e Porto, no denominado corredor urbano-industrial litoral e com condições que permitem a afirmação da rede como espaço urbano de excelência. Diversidade paisagística e fortes preocupações ambientais Apesar da tradição de cooperação, estamos na presença de uma rede urbana constituída por cidades e vilas com identidades individuais muito fortes e com fortes ligações ao território envolvente, em especial o património natural do qual depende em grande medida a aposta na actividade turística como alavanca complementar da economia urbana. O equilíbrio entre o crescimento/desenvolvimento industrial e o ambiente natural e urbano de suporte é uma aposta clara na rede urbana. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 71 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 4. Estratégia para a Rede Urbana para a Competitividade e Inovação do Pinhal Litoral 4.1 Introdução No sistema Urbano do Pinhal Litoral importa reforçar a posição face à conurbação metropolitana de Lisboa e contrariar o efeito “sombra”, fortalecendo a importância urbana e funcional de Leiria adaptado do PROT-C, Relatório do Modelo Territorial De acordo com o Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais (DPP)9 uma rede urbana orientada para a competitividade e a inovação deve, em geral, assentar num conjunto de elementos diferenciadores e que possam de alguma forma aumentar a probabilidade de alcançar os resultados esperados (Figura 22). Figura 22. Elementos de uma rede urbana. Fonte: DPP, Política de Cidades Polis XXI - Redes urbanas para a competitividade e a inovação, razões para cooperar, ideias a explorar” de 14 de Março de 2008. De acordo com as orientações do DPP e considerando a liderança da RUCI pela Associação de Municípios do Pinhal Litoral, estamos na presença de uma plataforma de colaboração consolidada e com resultados noutros instrumentos de gestão do desenvolvimento socioeconómico e territorial. Com base neste ponto de partida 9 Documento POLÍTICA DE CIDADES POLIS XXI - REDES URBANAS PARA A COMPETITIVIDADE E A INOVAÇÃO, Razões para cooperar, Ideias a explorar” de 14 de Março de 2008. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 72 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral favorável ao nível da cooperação, num quadro territorial dinâmico do ponto de vista económico e social e na transversalidade das temáticas de intervenção que, globalmente têm por objectivo o estímulo da competitividade económica da região com base nos seus factores distintivos, construiu-se uma estratégia integrada que se pode enquadrar na tipologia “Rede de Projecto Estratégico de Território” (Figura 23). “As redes urbanas centradas na construção de um projecto de território têm como vocação a definição de uma Visão comum e mobilizadora para o futuro da região e/ou redes de cidades, capaz de potenciar um “projecto de território”, entendido aqui como uma identidade (nova ou alterada) para o futuro da região e das cidades envolvidas.” Pag.14, DPP, Política de Cidades Polis XXI - Redes urbanas para a competitividade e a inovação, razões para cooperar, ideias a explorar” I. Rede de Projecto Estratégico de Território Figura 23. Tipologia das Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação. Fonte: DPP, Política de Cidades Polis XXI - Redes urbanas para a competitividade e a inovação, razões para cooperar, ideias a explorar” de 14 de MARÇO de 2008. O desenvolvimento da RUCI do Pinhal Litoral tem como principal objectivo a construção e implementação de uma estratégia de desenvolvimento adaptada à realidade regional, com uma aposta evidente na concertação de esforços entre diferentes actores, e alinhada com os novos modelos conceptuais e paradigmas de desenvolvimento urbano sustentável. A definição da visão e linhas de orientação do presente programa estratégico enfatiza as possibilidades de cooperação e parcerias com instituições de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) e com outras instituições, numa AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 73 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral perspectiva de fortalecimento do capital intelectual e incremento de uma economia baseada no conhecimento (Figura 24). Figura 24. Níveis de definição do Programa Estratégico. Fonte: SPI. A visão corresponde ao cenário de desenvolvimento futuro, o objectivo central que se define como linha condutora de toda a estratégia proposta para a rede Urbana do Pinhal Litoral. Da definição da visão decorre a identificação das linhas de orientação estratégica, correspondentes à sua objectivação, nas várias áreas de actuação, e das metas que se pretende alcançar através da concretização da presente candidatura. 4.2 Conceitos e Paradigmas de Desenvolvimento “It is impossible to discuss innovation processes and policies without reference to the interactions of local-regional, national and global actors and institutions”. Cooke, 2004 10 A RUCI do Pinhal Litoral tem por base o conjunto dos aglomerados urbanos que constituem a sub-região administrativa com o mesmo nome. Este facto permite-nos delinear uma estratégia de desenvolvimento da Rede baseada na conceptualização dos sistemas regionais de inovação, ou seja, na progressiva referência à escala 10 Cooke, P., 2004, Regional Innovation Systems, Clusters and Knowledge economy AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 74 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral regional como espaço de eleição para o desenvolvimento da competitividade e da inovação. Citando Oughton, Landabaso e Morgan, 2002,11 “a crescente competição e integração internacional fortalece a importância da dimensão regional porque existe um conjunto de dinâmicas económicas que ocorrem a essa escala. Se as empresas concorrem cada vez mais à escala global é importante que explorem todas as dinâmicas económicas, incluindo as que ocorrem à escala local e regional”. Do ponto de vista teórico a focagem na escala regional assenta em factores que sustentam os sistemas de inovação, como as relações inter-empresariais e sectoriais, a capacidade de aprendizagem e geração de conhecimento, a intensidade em IDI. O Pinhal Litoral é, a nível nacional, uma referência na afirmação da escala regional como capacitadora da inovação com base em factores distintivos. Um factor determinante é a relação entre governo/administração pública, empresas e educação/universidades, sistematizada no modelo triple helix da inovação (Etzkowitz and Leydesdorff, 1997, 2000; Leydesdorff, 2000) no qual é enfatizada a relação Administração–IndústriaUniversidade12. As características da atmosfera regional em domínios como a infra-estruturação, dimensão institucional e organizacional (empresas e sector público) determinam o potencial dos sistemas regionais de inovação. O território do Pinhal Litoral destaca-se, não só pela sua posição geoestratégica no corredor industrial e urbano do Litoral, como também pela presença de muitas empresas e indústrias especializadas, na sua grande maioria PME, apresentando indicadores de desenvolvimento acima da média nacional e uma população com níveis de empreendedorismo notórios. Para além da vertente empresarial e da aposta na capacitação tecnológica e de inovação do tecido empresarial, a existência de uma grande diversidade paisagística 11 Oughton, C., Landabaso, M., Morgan, K., 2002, The Regional Innovation Paradox: Innovation Policy and Industrial Policy 12 Etzkowitz, H. et Leydesdorff, L., 2000, The dynamics of innovation: from national systems and "mode 2" to a triple helix of university-industry-government relations. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 75 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral e de um contexto sócio-económico favorável torna esta rede num território de excelência para residir e trabalhar e para o turismo e lazer. A rede urbana do Pinhal Litoral tem demonstrado a sua capacidade de cooperação ao nível do desenvolvimento territorial, económico e social. A cooperação entre os seus centros urbanos é o ponto de partida para a criação de mais um projecto comum, a Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral e cuja viabilidade e continuidade é assegurada por diferentes estruturas de suporte instaladas no território do Pinhal Litoral, fruto da organização em rede e da prioritização dos objectivos comuns. Considerando o exposto é prioritário trabalhar num novo ciclo de desenvolvimento, com um tecido económico mais aberto aos desafios globais, com maior capacidade de inovação e com uma rede urbana que, fruto da presença de um tecido económico robusto, instituições de IDI, da envolvente natural e da proximidade aos centros de decisão, se afirma como espaço de alavancagem e robustecimento do capital social. Neste contexto, o desafio da economia baseada no conhecimento (Figura 25) assume-se de forma transversal às políticas de desenvolvimento, e mais especificamente ao programa estratégico agora desenhado para a RUCI do Pinhal Litoral. Figura 25. Interaçções de primeira ordem para a criação de uma economia baseada no conhecimento. Fonte: Loet Leydesdorff, The Knowledge-Based Economy and the Triple Helix Model http://www.leydesdorff.net AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 76 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Com base neste conceito importa garantir duas projecções funcionais da RUCI: - “Business and innovation friendly region”. O desafio deste conceito reside na criação de condições para que a Rede seja um elemento chave do, e para o, potencial e dinamismo económico. Assim, tirando partido dos factores distintivos já elencados, pretende-se promover a região como espaço de eleição para a localização empresarial e competitividade das actividades que aqui têm um espaço de interface privilegiado com as estruturas produtores de conhecimento passível de ser incorporado em novos produtos e sectores empresariais. - Destino turístico emergente. Alicerçado no conceito de comunidade sustentável13, tirando partido da internacionalização dos sectores empresariais da Região e da presença de elementos de elevado valor patrimonial (Mosteiro da Batalha - património da humanidade), a rede urbana do Pinhal Litoral pretende criar condições para a apropriação dos espaços e das vivências urbanas, tanto pela população residente como pela população flutuante que irá descobrir um novo destino de eleição. 4.3 Boas práticas e exemplos inspiradores A identificação de boas práticas e casos de sucesso de estratégias e projectos de desenvolvimento e de entidades a produzir conhecimento nos domínios de interesse estratégico, enquadra-se na lógica de benchmarking que se espera incentivar. Apresentam-se dois exemplos: 1. Opolskie Voivodeship; 2. Eindhoven, Leuven, Aachen triangle (ELAt). 13 http://www.ascskills.org.uk/ - “sustainable communities”, Exemplo mobilizador britânico. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 77 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Opolskie Voivodeship (Polónia) Com o mote “investors-friendly region”, a região qualificou-se e criou as condições para acolher investimentos num ambiente moderno e bem organizado, onde o crescimento económico caminha lado a lado com o respeito pelo ambiente e qualidade de vida. Entidade Gestora: Self-Government of the Opole Voivodeship. Programas: − Development strategy for the Opolskie Voivodeship – especifica os caminhos de desenvolvimento futuro das actividades principais, em harmonia com as directivas da UE. Em conjunto com os parceiros regionais, têm de ser feitos esforços consistentes para que a estratégia seja realmente implementada. “It depends on us to what extent we will be able to achieve them”; − Investor assistance centre for Opolskie Voivodeship (IAC) – local de primeiro contacto para os investidores que queiram apostar na região: http://www.coi.opolskie.pl/. − “A region of many opportunities” – quadro regional com elencagem das mais valias que se encontram em Opolskie; − Database of investment sites in the Opolskie Voivodeship – disponibilização online de contactos; − Board of the Opolskie Voivodeship – Apresentação dos responsáveis e contactos directos dos mesmos; − Marshal Office of Opolskie Voivodeship; − Information Office of the Opole Voivodeship in Brussels; − Information Office of Opole Voivodeship in Warsaw AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 78 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral ELAt – O triangulo transfronteiriço Eindhoven – Leuven – Aachen. Uma rede urbana envolvendo três cidades em três países (Países Baixos, Bélgica e Alemanha), no âmbito da competitividade, inovação e cooperação inter-regional para a economia do conhecimento. Acções: - As três regiões juntam-se para ter massa crítica suficiente, com o objectivo de desenvolver novos processos na troca de produção, troca e uso de conhecimentos, definidos no conceito triple-helix (mundo dos negócios, institutos do conhecimento e Administração). - Institucionalizar as interfaces e estimular criatividade organizacional e coesão regional. - Cooperação entre as três áreas terá impacto significativo nas regiões envolventes a estas em cada país. Aproximação: - Inovação (transformar conhecimento em bens económicos) é a força motora por detrás do futuro do desenvolvimento económico. - Combinação do conhecimento de cada vez maior importância. - Melhoria na I&D, e competitividade económica Resultados: - Cooperação transfronteiriça entre as três áreas base económica alargada, escala do conhecimento mais alargada escala urbana mais alargada potencial para o desenvolvimento de uma região entre as melhores na área tecnológica, tal como instituições do conhecimento (instituições de ensino superior e pesquisa) e actividades económicas concentradas na região. beneficio para as populações e industrias tecnológicas. Link: http://www.elat.org AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 79 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 4.4 Foco Temático e Foco Territorial De acordo com o descrito ao longo do trabalho a RUCI do Pinhal Litoral visa, de forma integrada, potenciar a competitividade da sub-região NUT III Pinhal Litoral, apostando no potencial instalado e valorizando novas actividades. Assim sendo o foco temático é a competitividade económica e a afirmação deste território como espaço de excelência não só do ponto de vista da actividade industrial, na qual se encontra num patamar de desenvolvimento importante urbana como espaço A rede tem como foco territorial os aglomerados urbanos da Sub-Região do Pinhal Litoral, ou seja, as sedes dos 5 municípios - Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós. O foco temático, constituído pelos domínios centrais da visão e que constituem a âncora/motor da rede é a competitividade económica baseada no estímulo à transferência de conhecimento entre tecido empresarial e entidades de suporte à IDI existentes na Rede. Isto é, por via do historial regional, importa assumir como foco temático a capacidade de iniciar um novo ciclo económico baseado nos paradigmas apontados anteriormente como os a seguir. Complementarmente a este enfoque estratégico, a valorização dos espaços como palcos para a inovação e para a internacionalização da rede através do desenvolvimento de projectos na vertente cultural e na melhoria da imagem urbana. A criação de eventos, o acompanhamento das tendências de design urbano, nomeadamente no que se refere à imagem dos centros urbanos, à promoção da mobilidade sustentável e o marketing da rede são alguns objectivos operacionais que contribuem para a competitividade e afirmação da RUCI do Pinhal como espaço. Assim, de acordo com a Figura 26, o foco temático macro é a competitividade económica baseada no conhecimento, havendo 4 domínios estratégicos de intervenção para o seu sucesso. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 80 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral COMPETITIVIDADE ECONÓMICA Foco temático Domínios de intervenção estratégicos Competitividade empresarial Domínios de intervenção complementar Cultura e Turismo IDI Valorização Territorial Figura 26. Foco temático e domínios de intervenção. Fonte. SPI. 4.5 Visão Estratégica para a Rede Urbana do Pinhal Litoral A rede urbana do Pinhal Litoral reúne todas as condições para ser a nível nacional uma referência de cooperação, desenvolvimento económico, dinamismo e empreendedorismo, um espaço de excelência para viver, para trabalhar e para visitar, valorizando neste ponto não só a sua posição geoestratégica e a sua vantagem em relação às actividades económicas existentes, como também a sua diversidade paisagística e o seu excelente historial de cooperação. Deste modo, deve estar associada a estas características, uma estratégia de dinamização e valorização desta cooperação, apostando nos actores existentes e tornando a região num espaço de excelência em matéria de inovação e competitividade empresarial. Reiterando o exposto, e aproveitando as capacidades existentes, a visão estratégica baseia-se nas seguintes premissas: Valorização do tecido económico e indústria local, com exemplos notáveis de empresas com projecção internacional, através da aposta na relação entre o tecido empresarial, as estruturas de ensino e investigação e as cidades/vilas, potenciando e premiando a inovação; Criação de espaços urbanos adaptados às exigências da população, valorizando elementos tangíveis e intangíveis existentes nas cidades, os espaços públicos, o dinamismo associativo, o tecido comercial e de serviços e o património cultural; AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 81 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Promoção da RUCI como espaço apelativo para trabalhar, residir, estudar e empreender; Aproveitamento do know-how industrial e empresarial único da região para torná-la mais competitiva, através da gestão e programação funcional conjunta da rede de infra-estruturas tecnológicas de apoio a indústrias e empresas. Utilizar a inovação para melhorar a qualidade dos produtos e fomentar parcerias em diversas áreas, nomeadamente as TIC. Desenvolver sistemas produtivos com base na identidade da região – turismo, especialidades industriais – design industrial, moldes, vidros, etc. Esta estratégia assenta na seguinte visão: A Rede Urbana para a Competitividade e Inovação do Pinhal Litoral deve assumir o seu papel de alavancagem da inovação e do desenvolvimento tecnológico. Uma Região na Economia do Conhecimento, maximizando a transferência de conhecimento ao serviço do tecido produtivo e dos espaços urbanos. Ter em 2012 uma imagem consolidada internacionalmente como região de referência na economia do conhecimento, ancorada no aumento das sinergias entre as instituições de ensino superior e IDI, neste território essencialmente representadas pelo Instituto Politécnico de Leiria e Centimfe) e os sectores empresariais existentes (representados por associações empresariais como o NERLEI, a CEFAMOL, a CRISFORM, a ADILPOM) e emergentes. A gestão em rede dos espaços de suporte à aposta na inovação empresarial e a melhoria da qualidade de vida através da criação de espaços urbanos mais inclusivos são os objectivos de base da presente visão. Assim sendo, a visão preconizada para a RUCI do Pinhal Litoral é a seguinte: AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 82 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Rede Urbana do Pinhal Litoral – Uma rede ao serviço do conhecimento. Apostar na aproximação entre as instituições de investigação e o tecido económico regional criando um ambiente facilitador da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, ampliando o potencial internacional do Eixo urbano industrial Leiria Marinha Grande a toda a rede urbana do Pinhal Litoral. Figura 27. Síntese da Visão proposta. Fonte: SPI. 4.6 Linhas de orientação estratégica O cumprimento da visão implica a existência de um contexto favorável, incluindo a afirmação de uma cultura regional integradora de desenvolvimento estratégico, que possa estender-se a todos os sectores da sociedade, em particular às empresas, instituições de ensino e formação, instituições de IDI e à administração pública. A visão estratégica para a rede urbana do Pinhal Litoral é suportada e afirmada em torno de três linhas estratégicas. Linha 1. Reforçar e dinamizar a competitividade industrial e empresarial da rede Esta linha estratégica da Competitividade Empresarial corresponde à dinamização do tecido económico existente no território do Pinhal Litoral, onde as vilas e cidades da rede urbana têm um papel fundamental no diálogo com os agentes territoriais e na implementação de parcerias com associações empresariais. Esta linha assenta na AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 83 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral criação e manutenção de plataformas de gestão do conhecimento, desenvolvimento e inovação nas fileiras estratégicas da região: a indústria do vidro, dos moldes e plásticos, da construção civil, da cerâmica e do turismo. Assenta também na promoção e gestão em rede dos equipamentos empresariais existentes (parques empresariais e tecnológicos), com ligações, em ambiente virtual, a Instituições de Ensino Superior e Unidades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação regionais. Para a concretização desta linha estratégica é necessária a cooperação entre os diversos grupos de actores, públicos e privados para a elaboração de manuais de boas - práticas no âmbito das especialidades industriais e empresariais existentes no território e incentivar a criação de projectos inovadores, projectos – piloto. Deve-se valorizar os espaços de incubação de empresas (IDD e Open), como elementos de “prolongamento” das instituições de Ensino Superior (IPL) e as unidades de IDI (IPL e Centimfe) e apoio à dinâmica económica (NERLEI, CRISFORM, CEFAMOL, ADILPM, ACILIS, ACIMG) como “prolongamento” do tecido empresarial da região. Finalmente, a realização de eventos de projecção internacional para a promoção de produtos e conceitos inovadores produzidos localmente, e para projecção da rede e das fileiras produtivas regionais no exterior, é outra das apostas a desenvolver nesta linha estratégica. Linha 2. Promover o turismo na rede urbana, pela sua diversidade e pelo seu potencial de excelência Tendo em conta a diversidade paisagística e o rico e vasto património cultural e natural de excelência do Pinhal Litoral, esta linha de orientação assenta numa estruturação mais organizada das actividades turísticas, tanto as já desenvolvidas, como aquelas que têm um forte potencial de sucesso e que carecem de investimentos necessários para o seu desenvolvimento. Neste caso, promove-se a criação de um plano de marketing turístico para a rede urbana, com todas as potenciais áreas turísticas a explorar: turismo cultural, turismo balnear, turismo empresarial, turismo rural, turismo desportivo e turismo sustentável. Para tal, é necessário o desenvolvimento de uma imagem de marca, promovendo o Pinhal Litoral como destino turístico de excelência e com várias formas de turismo a descobrir. Devem-se criar espaços de acolhimento inovadores, identificar as localizações chave e aferir o património passível de se recuperar, e incentivar potenciais investidores para AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 84 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral criar projectos turísticos na região. Neste caso, a gestão em rede é fundamental para determinar temas, identificar equipamentos âncora e potencialidades a explorar, tal como a organização de eventos de projecção internacional. Finalmente, a integração da rede urbana em redes internacionais de turismo temático também é um factor chave para promover o território. Linha 3. Valorizar as cidades e vilas da rede como âncoras - núcleos vibrantes da rede Esta linha de orientação assenta na promoção, dinamização e regeneração urbana, para tornar os pólos urbanos da rede, que funcionam como “centros de comando” desta, em espaços adaptados às novas exigências da população residente e dos novos residentes e turistas que queremos atrair. Desta forma, é necessário optimizar as acessibilidades aos centros urbanos e às infra-estruturas chave para o funcionamento da rede, garantir a sustentabilidade dos fluxos de pessoas e bens, optimizando as acessibilidades às áreas empresariais e outros aglomerados do território da rede urbana. Deve-se promover um plano de mobilidade intra-regional para a intermodalidade como forma de alcance da sustentabilidade, dando também neste caso, ênfase ao transporte colectivo. Para qualificar os pólos urbanos, propõe-se valorizar espaços âncora, com base na recuperação de edificado, como património cultural ou histórico, para acolher empresas e promover o já anteriormente referido turismo temático. 4.7 Actores e Membros da Rede A RUCI do Pinhal Litoral tem um vasto conjunto de actores que, em conjunto, se responsabilizam pela implementação do Programa Estratégico. A AMPL como entidade líder do Programa Estratégico, sendo paralelamente executora de vários projectos. São também executores e beneficiários directos o NERLEI, Centimfe, IPL, SIMLIS, ENERDURA, Turismo Leiria Fátima, Câmaras Municipais e Agência para a Promoção e Desenvolvimento dos Centros Urbanos. São também beneficiários, de forma indirecta, CEFAMOL, CRISFORM, AMLEI, Open, IDD e Adilpom. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 85 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 5. Carteira de Projectos A concretização da estratégia foi efectuada de modo transversal às três linhas estratégicas, tendo sido dada prioridade a iniciativas que se traduzam em inputs positivos no maior número de sectores e recursos estratégicos. O Programa Estratégico, constituído por uma carteira de projectos mobilizadores, dá resposta à necessidade de criação de condições para fomentar o desenvolvimento integrado deste território, tendo sido utilizados, como fonte de inspiração, alguns exemplos de boas práticas, nacionais e internacionais, devidamente documentados. O desenho da carteira de projectos teve por base: A competitividade baseada nos aspectos diferenciadores, determinou o desenho de projectos mobilizadores; A aposta em estratégias colaborativas e consórcio, através da mobilização de diferentes agentes no processo de criação da estratégia; A identidade e diferenciação foram a base para a definição da estratégia, e a fonte de inspiração para o Programa Estratégico, garantindo assim que o alinhamento das intervenções com o seu território de base o seu efeito demonstrador e multiplicador. Considerando os princípios descritos e a Estratégia proposta foi aprovada uma carteira de 20 projectos mobilizadores para a Rede Urbana do Pinhal Litoral. A Carteira de Projectos materializa a estratégia definida para a rede, propondo projectos mobilizadores alinhados as três linhas estratégicas e que demonstram uma coerência global no seu alinhamento com as Agendas do Potencial Humano, Factores de Competitividade, Valorização Territorial. Em cada um dos projectos mobilizadores propostos são identificados subprojectos, que se consideram essenciais ao sucesso e à correcta implementação da Rede Urbana do Pinhal Litoral. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 86 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 5.1 Projectos Mobilizadores O Programa Estratégico para a Rede Urbana do Pinhal Litoral é constituído pelos seguintes projectos: Tabela 21: Carteira de Projectos. PROJECTOS ID 1 2 3 3.1. 3.2. 4 5 5.1 5.2 5.3 6 7 7.1 7.2 7.3 7.4 8 8.1 8.2 9 10 11 NOME Plano de Marketing/branding regional e estratégia de internacionalização da rede Programa de Animação e Monitorização da rede PROMOTOR Tipo de projecto AMPL Âncora AMPL Âncora Rede Integrada de Competitividade e Inovação empresarial do Pinhal Litoral Gestão em Rede e Núcleos de Competências NERLEI Rede de Inovação "Engineering and Tooling" CENTIMFE Plataformas de Transferência de Conhecimento Âncora IPL Âncora Redes Municipais de Banda Larga AMPL (Leiria digital) Complementar Mobinet - net móvel AMPL (Leiria digital) Complementar Plataforma de suporte e difusão de conteúdos digitais AMPL (Leiria digital) Câmara Municipal da Batalha Complementar Rede Virtual de Turismo ERTLF Complementar Rota da Industria Histórica ERTLF Complementar Rota da Natureza ERTLF Complementar Rota do Património ERTLF Complementar Rede TIC Residência de Estudantes e Investigadores na Batalha Complementar Programa de Valorização do Turismo na Rede Eventos na Rede Bienal Internacional de Design Industrial "Promoting design inspired innovations" Festival Internacional de Cinema de Animação Plano Multimunicipal do Ambiente Sensores de alerta de descargas poluentes em linhas de água Sistema multimodal com viaturas movidas a combustíveis não fossilizados Projecto Intermunicipal para as alterações climáticas 12 12.1 Plano Intermunicipal para as alterações climáticas "Centros Eléctricos" - projecto-piloto de Postos de carregamento 12.2 de energia eléctrica para veículos Rede de Pistas cicláveis 13 14 Normalização da sinalética, esplanadas, publicidade, e Mobiliário Urbano 15 Requalificação de espaços envolventes ao Mosteiro da Batalha AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Câmara Municipal da Marinha grande AMPL Complementar SIMLIS Complementar AMPL Complementar AMPL Complementar ENERDURA Complementar ENERDURA Complementar Câmara Municipal de Porto de Mós Agência para o Desenvolvimento dos Centros Históricos Câmara Municipal da Batalha Âncora Complementar Complementar Complementar Página | 87 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Neste programa estratégico é proposta uma carteira de quinze projectos, numa lógica de complementaridade e de aposta transversal na prossecução da visão e linhas de orientação estratégica. Assumem-se como projectos âncora da RUCI do Pinhal Litoral, pela imprescindibilidade na prossecução do sucesso de implementação da estratégia, os Projectos Rede Integrada de Competitividade e Inovação empresarial do Pinhal Litoral (P3) e Plataformas de Transferência de Conhecimento (P4). Estes dois projectos, vocacionados para a capacitação do tecido económico da Rede, capitalizando factores distintivos como a presença de entidades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI), Ensino Superior e de uma forte capacidade empreendedora apoiada por estruturas de suporte à Actividade Económica, têm como promotores as entidades mais representativas na RUCI, nestes domínios, que em estreita colaboração com a AMPL, garantirão a implementação das actividades e a monitorização dos impactos. Os projectos âncora possuem um elevado grau de maturação, uma vez que se constituem como projectos de continuidade da Rede, alavancados por projectos já em execução e/ou projectados para implementação a curto prazo. No primeiro caso afirmam-se, entre outros, a Rede Regional de Inovação, Desenvolvimento e Tecnologia já existente, fruto de uma parceria entre o Centimfe, a Cefamol, o IPL, a ADI, entre outros agentes públicos e privados, e a OTIC – Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento, que deu origem ao Centro de Transferência e Valorização do Conhecimento criado no âmbito dos novos Estatutos do IPL. No segundo caso de projectos a implementar a curto prazo o destaque principal é o Pólo de Competitividade e Tecnologia, promovido pelo Centimfe. Em termos globais, a carteira de projecto proposta prevê o seguinte plano anual de investimento: AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 88 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 22. Plano Anual de investimento estimado. P 1 2 Total 2009 2010 2011 250.000 € 100.000 € 100.000 € 50.000 € 2012 500.000 € 165.000 € 115.000 € 110.000 € 110.000 € 3.1. 1.500.000 € 382.500 € 372.500 € 372.500 € 372.500 € 3.2. 600.000 € 150.000 € 150.000 € 150.000 € 150.000 € 90.000 € 90.000 € p4 500.000 € 160.000 € 160.000 € 5.1. 300.000 € 150.000 € 150.000 € 5.2. 507.000 € 126.750 € 126.750 € 126.750 € 126.750 € 81.150 € 81.150 € 5.3. 404.600 € 161.150 € 81.150 € 1.000.000 € 500000 500000 7.1 250.000 € 113.000 € 109.000 € 14.000 € 14.000 € 7.2. 250.000 € 7.3. 200.000 € 140.000 € 105.000 € 90.000 € 75.000 € 10.000 € 10000 10.000 € 10000 7.4 250.000 € 132.500 € 72.500 € 22.500 € 22.500 € 8.1 300.000 € 300.000 € 8.2. 300.000 € 300.000 € 100.000 € 100000 6 9 10 11 12.1 12.2 13 14 15 750.000 € 35.000 € 357.500 € 357.500 € 3.250.000 € 1.250.000 € 1.000.000 € 1.000.000 € 100.000 € 100.000 € 500.000 € 470000 10.000 € 10.000 € 10.000 € 1.250.000 € 1.250.000 € 1.500.000 € 1500000 600.000 € 300.000 € 300.000 € 7.990.900 € 3.769.400 € 2.404.400 € 996.900 € 15.161.600 € No ficheiro “RUCI_CarteiradeProjectos_PinhalLitoral.pdf”, descrevem-se os Projectos Mobilizadores propostos, elencando, para cada um deles os objectivos, uma descrição sucinta, as actividades a desenvolver, as entidades envolvidas, duração, estimativa orçamental e métricas do sucesso de implementação. 5.2 Relação da Carteira de Projectos com outros instrumentos de política Não obstante a transversalidade dos projectos em relação à concretização do Programa Estratégico, é importante estruturar uma matriz onde se identifica o contributo da rede proposta para o modelo territorial do PNPOT e a convergência com as suas orientações estratégicas, objectivos e medidas. Procura-se ainda AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 89 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral demonstrar a articulação dos temas de cooperação com propostas sectoriais para as cidades envolvidas. Apresentam-se dois níveis de impacto: “forte” indica que a execução de um projecto é importante para a concretização dos correspondentes objectivos estratégicos e operacionais, podendo a sua não execução comprometer os mesmos; “médio” indica que não sendo determinante para a concretização da prioridade estratégica, a execução do projecto em causa seria facilitadora e aliada da sua concretização. Tabela 23. Matriz de impactos das linhas estratégicas sobre os documentos de orientação estratégica nacional. ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS LINHAS ESTRATÉGICAS Linha 1: Reforçar e dinamizar a competitividade industrial e empresarial da rede Linha 2: Promover o turismo na rede urbana, pela sua diversidade e pelo seu potencial de excelência Linha 3 – Valorizar as cidades e vilas da rede como âncoras – núcleos vibrantes da rede Política de Cidades Polis XXI Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território (PNPOT) Estratégia de Lisboa Plano Tecnológico Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROTC Plano Estratégico e de Acção para o Pinhal Litoral (PEAPL) Forte Médio AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 90 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 6. Efeito Multiplicador do Programa Estratégico 6.1 Participação dos Parceiros Privados na execução do Programa Estratégico Os parceiros privados foram envolvidos de forma directa na participação do Programa Estratégico. Participaram em reuniões individuais e seminários de grupo com a AMLEI ou com a SPI. A preparação dos projectos teve em linha de conta as necessidades identificadas e os papéis desempenhados por cada parceiro, de forma a evitar duplicações e sobreposições. A população local foi chamada a participar nos procedimentos de montagem do Programa Estratégico, bem como as associações económicas e demais actores urbanos, garantindo-se assim uma identidade comunitária, representativa das necessidades do sector económico e da população em geral. O Figura 28 explicita o grau de envolvimento dos diferentes parceiros na Rede Urbana para a Competitividade e Inovação. Rede Urbana para a Competitividade e Inovação CCDR-C AMPL LÍDER DO PROGRAMA ESTRATÉGICO INVESTIMENTO: 6.261.600 € PROMOTORES PÚBLICOS E PRIVADOS SEM FINS LUCRATIVOS PRIVADOS COM FINS LUCRATIVOS INVESTIMENTO Publico: 6.100.000 € Privado: 2.800.000€ SISTEMA DE INCENTIVOS Figura 28. Grau de Envolvimento dos Parceiros. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 91 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 6.2 Desenvolvimento Económico A generalidade dos projectos propostos visa o incremento da competitividade e inovação na rede de cidades. A concretização deste Programa Estratégico propiciará uma nova vivência urbana à área de intervenção da rede, alavancando iniciativas individuais de criação e revitalização de actividades económicas. A articulação urbana que se pretende entre as cidades irá permitir uma interacção de fluxos de compradores, investidores, visitantes que potenciarão a competitividade das cidades de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, e mais especificamente do tecido económico localizado nas áreas de intervenção. Deste modo, o Programa Estratégico irá ter um efeito multiplicador significativo, alavancando a actividade empresarial e o auto-emprego na área de intervenção. Caso o Programa Estratégico seja implementado, é expectável que em 2011 a área de intervenção e toda as Cidades abrangidas na Rede sofram alterações significativas nas suas dimensões físicas e ambiental, económica, social e cultural. 6.2.1 Situação actual Com um tecido empresarial historicamente caracterizado pelo dinamismo, a Área de Intervenção da Rede Urbana do Pinhal Litoral encontra-se numa situação avançada no que se refere à inovação e cooperação empresarial. Enquanto território demograficamente em crescimento, assiste-se paralelamente a uma capacidade empreendedora notável, principalmente no que se refere ao sector secundário. Como referido anteriormente, destaca-se as actividades industriais ligadas ao sector dos moldes, de plásticos e do vidro e cristal, tal como a exploração e transformação de pedras calcárias utilizadas para a construção civil e cerâmica. O sector empresarial caracteriza-se pela localização de um grande número de PME´s, ligadas aos ramos do comércio, restauração, actividades financeiras e serviços a empresas, construção. O sector primário apesar de apresentar níveis elevados de desenvolvimento (no âmbito de toda a Região Centro - Litoral), têm vindo a perder importância em termos de recursos humanos, devido à evolução tecnológica de técnicas de produção agrícola, e uma diminuição da agricultura de subsistência. Nas áreas da inovação e da ciência e tecnologia, existe ainda um percurso significativo a percorrer. A capacidade de dar resposta às novas exigências de mercado é essencial para o sucesso das estratégias delineadas para a NUT Pinhal AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 92 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Litoral e que preconizam a inovação como alavanca de desenvolvimento. Tanto o sector privado como o público têm vindo a posicionar-se através apresentação de projectos que visam a modernização e a inovação empresarial e da criação de “mecanismos” de apoio à mudança. 6.2.2 Programa de Incentivos à Modernização da Economia – PRIME Tendo por base a análise dos apoios do Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME, verifica-se quais os utilizados pelo tecido empresarial do território do Pinhal Litoral. De acordo com os dados disponíveis, datados de Agosto de 2007 no período 2000-2006, foram aprovados 289 projectos, correspondendo a um montante de investimento global de 392.592.554,7 € e a um valor de incentivos de 64.924.108 € (equivalente a 16,5% do global) (Figura 29). INCENTIVOS POR TIPOLOGIA DE APOIO (em €) AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 93 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Nº DE PROJECTOS POR TIPOLOGIA DE APOIO INVESTIMENTO POR TIPOLOGIA DE APOIO Figura 29. Apoios do PRIME na Região do Pinhal Litoral, por número, montante de incentivo e montante de investimento. Fonte: Prime, Agosto de 2007. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 94 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral De acordo com as figuras anteriores, houve desde o ano 2000, projectos aprovados a um total de 19 programas de incentivo, para empresas e sociedades no território do Pinhal Litoral, dos quais se destacam 220 candidaturas ao SIPIE (apoio a pequenos projectos de investimento de criação ou desenvolvimento de micro ou pequenas empresas através do reforço da sua capacidade técnica e tecnológica e da modernização das suas estruturas), 124 candidaturas ao SIME ( projectos de investimento que visem o reforço da produtividade e da competitividade das empresas e a sua participação no mercado global), 84 candidaturas ao URBCOM (apoio a projectos que visem a modernização de actividades empresariais do comércio e de alguns serviços, e a qualificação dos espaços urbanos envolventes e a promoção do respectivo projecto global, quando integrados em áreas limitadas dos centros urbanos com características de elevada densidade comercial, centralidade, multifuncionalidade e desenvolvimento económico, patrimonial e social), 52 candidaturas a acções de Formação Profissional e 20 candidaturas ao SIED (Apoio a projectos que visem dinamizar a participação das pequenas e médias empresas na economia digital, actuando ao nível do reforço das capacidades técnica e tecnológica e da modernização das estruturas organizacionais, incluindo práticas de gestão modernas, e facilitando a inserção no mercado global e a passagem a estádios superiores de inserção na economia digital). Em termos de montantes de Investimentos e Incentivos, destaca-se, tal como é demonstrado nos três primeiros gráficos da figura 33, o SIME, para o qual foram investidos mais de 673 milhões de euros para o total dos cinco concelhos do Pinhal Litoral, e mais de 147 milhões de euros em termos de incentivos. Uma análise feita por concelho revela uma forte heterogeneidade na afectação dos investimentos, destacando-se o Concelho Leiria, com um total de 280 projectos aprovados, seguido pelo concelho da Marinha Grande, com 133 projectos aprovados. (Figura 30). No entanto, importa salientar que em termos de investimentos e incentivos, o concelho da Marinha Grande obteve a maioria dos montantes de investimento e incentivo, (44% do total dos incentivos e 45% do total dos investimentos), nomeadamente para o SIME, para projectos de internacionalização e para projectos de parcerias empresariais, onde foram utilizados as maiores quantias de investimento e incentivo. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 95 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Nº DE PROJECTOS POR CONCELHO INCENTIVO POR CONCELHO INVESTIMENTO POR CONCELHO Figura 30. Distribuição do investimento e incentivo do PRIME por concelho. Fonte: Prime, Agosto de 2007. Necessidades do Sector Económico A contínua necessidade da Rede Urbana do Pinhal Litoral se reinventar faz com seja necessário enfrentar os desafios actuais e futuros em termos de qualidade, inovação e capacitação digital, colmatando necessidades nos seguintes níveis: – Reforço das capacidades de comercialização, marketing, distribuição e logística; – Criação e ou adequação da infra-estrutura interna de suporte com vista à inserção na Economia Digital; – Desenvolvimento de acções de formação profissional; AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 96 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral – Definição e implementação de planos de igualdade com contributos efectivos para a conciliação da vida profissional com a vida familiar, bem como a facilitação do mercado de trabalho inclusivo. Sectorialmente, é necessário investir nas seguintes áreas de melhoria: • Sector Primário (CAE A) 14: – Valorização das empresas de produção, transformação e comercialização agrícola, em Modo de Produção Biológico; – Promoção do processo de modernização e capacitação das empresas do sector agrícola e agro-alimentar, através do aumento da eficiência da actividades produtivas, do reforço do desempenho empresarial e da orientação para o mercado; – Incentivos ao desenvolvimento dos regimes de qualidade certificada enquanto factores dinamizadores de criação de valor, incentivando a participação dos agricultores nestes regimes; – Aumento do acesso aos mercados através de ganhos de escala e melhoria da promoção dos produtos; – Incentivo à instalação de novos agricultores, melhorando, entre outras componentes, a formação profissional e o sistema e acompanhamento. • Sector Secundário (CAE B a C) 15: – Incentivos ao investimento que vise o reforço da produtividade e da competitividade das empresas e a sua participação no mercado global, e que incluam investimentos corpóreos e incorpóreos; – Estimular o investimento em factores dinâmicos de competitividade (internacionalização; eficiência energética; certificação da qualidade, segurança e gestão ambiental; qualificação de recursos humanos); – Apoio a projectos de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT) que visem o reforço da produtividade, competitividade e inserção no mercado global das empresas, através da realização de actividades de investigação industrial e/ou desenvolvimento pré-concorrencial; 14 CAE A - Agricultura, produção animal, caça, floresta. 15 CAE B - Indústrias extractivas; CAE C: Indústrias transformadoras. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 97 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral – Incentivos à fixação de novas iniciativas empresariais, com elevado grau de incorporação de novas tecnologias e cariz inovador; – Fortalecimento da cooperação, nomeadamente nas áreas da investigação tecnológica e formação técnico-profissional; – Estimular a actividade inventiva, a criatividade e a inovação, por parte das empresas, dos empreeendedores, dos inventores e designers independentes e das instituições. • Sector Terciário (CAE G a U) 16: – Apoio a projectos turísticos com elevado potencial de crescimento, efeitos indutores, externalidades, inovação e excelência, que incidam particularmente sobre o aproveitamento e valorização do património classificado, o turismo de natureza e sustentável e a animação turística; – Realização de obras na fachada dos estabelecimentos e obras de adaptação necessárias à alteração do layout e de redimensionamento do interior do estabelecimento, incluindo as destinadas à melhoria das condições de segurança, higiene e saúde; – Aquisição ou alteração de toldos e reclamos luminosos; – Aquisição de equipamentos de exposição, visando a melhoria da imagem e animação dos estabelecimentos e a adequada identificação, localização e apresentação de produtos; – Aquisição de máquinas e equipamentos (incluindo software/hardware), introdução de tecnologias de informação e comunicação, investimentos em serviços pós-venda e outros que se mostrem essenciais ao exercício da actividade; – Despesas com acções de marketing no ponto de venda, incluindo vitrinismo; – Desenvolvimento de acções de promoção e animação comercial. 16 CAE G a U: G - Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico; H - Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares); I - Transportes, Armazenagem e Comunicações; J - Actividades Financeiras; K - Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas; L - Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória; M – Educação; N - Saúde e Acção Social; O - Outras Actividades de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais; P Famílias com Empregados Domésticos; Q - Organismos Internacionais e outras Instituições Extra-Territoriais; R - Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas; S - Outras actividades de serviços; T - Actividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e actividades de produção das famílias para uso próprio; U - Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 98 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 6.2.3 Objectivos Para o sucesso da economia local e da pujança do sector privado, e tendo em consideração que o ponto de partida é favorável, é decisivo intervir no sentido de: − Aumentar a qualificação do capital humano quer seja pelo incremento da formação contínua dos quadros técnicos quer seja pelo aumento da capacidade de atracção de quadros superiores; − Reforçar a capacidade competitiva das empresas do Pinhal Litoral e consolidar o tecido industrial e empresarial existente, através da modernização e da inovação empresarial; − Criar e estimular um ambiente estruturado de apoio à actividade económica, reforçando as estruturas existentes – e.g. Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE), NERLEI (Associação Empresarial da Região de Leiria), Associação Nacional da Indústria dos Moldes (CEFAMOL), Centro de Formação Profissional para o Sector da Cristalaria (CRISFORM), Centro de Formação Profissional de Leiria, Centro Empresarial da Marinha Grande, OPEN, IDD, ADILPOM, e outras entidades presentes no território. − Aumentar os factores qualitativos da competitividade empresarial, privilegiando os investimentos ligados à inovação, ao empreendedorismo e aos factores mais imateriais da competitividade; − Focalizar em investimentos que visam o acréscimo de produtividade e de competitividade das empresas e a promoção de novos potenciais de crescimento económico, favorecendo o desenvolvimento territorial e a internacionalização da economia; − Fomentar a cooperação através do incentivo aos investimentos assentes num funcionamento em rede; − Promover o respeito pelos princípios da igualdade de género e da igualdade de oportunidades. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 99 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 6.2.4 Tipologias de Incentivos “Os sistemas de incentivos ao investimento das empresas são um dos instrumentos fundamentais das políticas públicas de dinamização económica, designadamente em matéria da promoção da inovação e do desenvolvimento regional. Tendo em conta o actual estádio de desenvolvimento da economia portuguesa e a sua inserção no mosaico competitivo internacional, os incentivos ao investimento empresarial devem visar o acréscimo de produtividade e de competitividade das empresas e a melhoria do nosso perfil de especialização, favorecendo o desenvolvimento territorial e a internacionalização da economia e priorizando o apoio a projectos de investimento em actividades de produção de bens e serviços transaccionáveis ou internacionalizáveis.” (Decreto-Lei nº 287/2007 de 17 de Agosto de 200717). Atendendo ao Enquadramento Nacional dos Sistemas de Incentivos ao Investimento nas Empresas e à situação de partida das Cidades da Rede e da Área de Intervenção, assume-se a necessidade de haver enquadramento para as seguintes tipologias de projectos de investimento: − Actividades de I&D nas empresas, incluindo as de demonstração e as actividades de valorização de resultados nas empresas, estimulando a cooperação em consórcio com instituições do sistema científico e tecnológico e com outras empresas e entidades; − Inovação produtiva: i) produção de novos bens e serviços no País ou melhoria significativa da produção actual através da transferência e aplicação de conhecimento; ii) expansão de capacidades de produção em sectores de alto conteúdo tecnológico ou com procuras internacionais dinâmicas; iii) inovação de processo, organizacional e de marketing; iv) investimentos estruturantes de grande dimensão inseridos no regime contratual; v) empreendedorismo qualificado, privilegiando a criação de empresas de base tecnológica ou em actividades de alto valor acrescentado; 17 Emitido pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional aprova o enquadramento nacional dos sistemas de incentivos ao investimento das empresas, que define as condições e as regras a observar pelos sistemas de incentivos ao investimento nas empresas aplicáveis no território do continente durante o período de 2007 a 2013. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 100 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral − Desenvolvimento de factores dinâmicos de competitividade nas PME, designadamente nos domínios de organização e gestão, concepção, desenvolvimento e engenharia de produtos e processos, presença na economia digital, eficiência energética, ambiente, certificação de sistemas de qualidade, gestão da inovação, segurança, saúde e responsabilidade social, moda e design, marcas, internacionalização, inserção e qualificação de recursos humanos, bem como a implantação de planos de igualdade com contributos efectivos para a conciliação da vida profissional com a vida familiar e pessoal; − Investimentos de criação, modernização, requalificação, racionalização ou reestruturação de empresas. Embora não enquadrados no Decreto-Lei nº 287/2007 de 17 de Agosto de 2007, importa ainda canalizar incentivos para as seguintes tipologias de investimento cuja necessidade na área de intervenção é notória: − Incentivos de natureza fiscal; − Incentivos ao emprego e à formação profissional; − Aquisição de terrenos e instalações; − Compra de imóveis; − Construção ou obras de adaptação de edifícios; − Trespasses e direitos de utilização de espaços; − Aquisição de bens em estado de uso; − Publicidade corrente. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 101 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 24. Avaliação das Necessidades em Sistemas de Incentivos para o desenvolvimento económico da Área de Intervenção. ÂMBITO SECTORIAL DOS PROJECTOS18 Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (CAE A) ÂMBITO TERRITORIAL Área de Intervenção e Zonas Rurais (abastecimento da área de intervenção) TIPO DE OPERAÇÃO PREVISTAS − − − − − − − − − − Indústria (CAE B a C) Área de Intervenção e Zonas Industriais − − − − − − − − − − Comércio e Serviços − − Área de Intervenção − (CAE G a U) − − − − − − − − Investimentos para a produção primária de produtos agrícolas; Investimentos na componente da transformação e comercialização de produtos agrícolas; Instalação, formação e qualificação profissional dos jovens agricultores; Investimentos materiais de pequena dimensão, de natureza pontual e não inseridos em planos de investimento; Operações de aquisição de dimensão crítica através da concentração, fusão e reestruturação empresarial, procurando soluções colectivas que levem à diminuição de custos e a um melhor acesso aos mercados; Pedidos de apoio relativos à alteração de modos de produção agrícola e à protecção da biodiversidade doméstica. Formulação de pedidos de patentes, modelos de utilidade e desenhos ou modelos, nacionais; Melhoria das capacidades de desenvolvimento de produtos, processos e serviços, designadamente pela criação ou reforço das capacidades laboratoriais; Introdução de novos modelos ou novas filosofias de organização do trabalho, reforço das capacidades de gestão, introdução de TIC, redesenho e melhorias de Layout, acções de Benchmarking; Investimentos associados à aquisição de serviços de consultoria e de apoio à inovação bem como à certificação, no âmbito do SPQ, de sistemas de gestão da investigação, desenvolvimento e inovação (IDI); Expansão de capacidades de produção em actividades de alto conteúdo tecnológico ou com procuras internacionais dinâmicas; Matérias-primas e componentes necessárias para a construção de instalações piloto ou experimentais e ou de demonstração e para a construção de protótipos; Aquisição de serviços a terceiros, incluindo assistência técnica, científica e consultoria; Criação e ou adequação da infra-estrutura interna de suporte com vista à inserção da PME na Economia Digital; Reforço das capacidades de comercialização, marketing, distribuição e logística; Definição e implementação de planos de igualdade com contributos efectivos para a conciliação da vida profissional com a vida familiar, bem como a facilitação do mercado de trabalho inclusivo. Criação e ou adequação da infra-estrutura interna de suporte com vista à inserção da PME na Economia Digital; Reforço das capacidades de comercialização, marketing, distribuição e logística; Definição e implementação de planos de igualdade com contributos efectivos para a conciliação da vida profissional com a vida familiar, bem como a facilitação do mercado de trabalho inclusivo; Realização de obras na fachada dos estabelecimentos e obras de adaptação ou necessárias à alteração do layout e de redimensionamento do interior do estabelecimento, incluindo as destinadas à melhoria das condições de segurança, higiene e saúde; Aquisição ou alteração de toldos e reclamos luminosos; Aquisição de equipamentos de exposição, visando a melhoria da imagem e animação dos estabelecimentos e a adequada identificação, localização e apresentação de produtos; Aquisição de máquinas e equipamentos (incluindo software/hardware), introdução de tecnologias de informação e comunicação, investimentos em serviços pós-venda e outros que se mostrem essenciais ao exercício da actividade; Despesas com acções de marketing no ponto de venda, incluindo vitrinismo; Elaboração do processo de candidatura, de estudos, diagnósticos e projectos de arquitectura, engenharia e design; Matérias-primas e componentes necessárias para a construção de instalações piloto ou experimentais e ou de demonstração e para a construção de protótipos; Aquisição de marcas, patentes e alvarás; Intervenção de técnicos oficiais de contas ou revisores oficiais de contas; Custos do estudo global; Custos de acções de promoção e animação comercial; Custos com a formação profissional. 18 De acordo com a Classificação Portuguesa das Actividades Económicas, (CAE), revista pelo Decreto-Lei n.º 197/2003, de 27 de Agosto. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 102 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Podem beneficiar dos apoios previstos nos sistemas de incentivos as empresas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica, incluindo, para além das sociedades comerciais, outro tipo de organização empresarial, designadamente agrupamentos complementares de empresas e, ainda, entidades sem fins lucrativos que prestem serviços de carácter inovador, visando a promoção e acompanhamento de projectos em PME nas diversas áreas que integram os sistemas de incentivos. As empresas e estruturas associativas para beneficiarem dos incentivos devem situar-se na área de intervenção do PRU e integrar-se nos objectivos definidos no Programa Estratégico, demonstrar que se encontram asseguradas as fontes de financiamento e ter viabilidade técnica. Os apoios previstos nos sistemas de incentivos às empresas devem considerar como factor de majoração: − O contributo para a competitividade da economia local e regional, definido em função do seu enquadramento na estratégia de desenvolvimento económico em que se insere; − O contributo para a coesão económica territorial, definido em função do seu impacte no território onde se localiza o projecto; − 6.2.5 A valia do projecto para a competitividade da empresa/promotor. Avaliação do investimento previsto para colmatar as necessidades detectadas A dificuldade em prever com exactidão quais serão os investimentos protagonizados pelos agentes privados durante o período de implementação do Programa Estratégico determinou a construção de um cenário provável com base no comportamento destes agentes no anterior período de programação financeira (nomeadamente no âmbito do PRIME). No que se refere às Medidas e Sistemas de Incentivos que integraram o PRIME no período 2000-2006, de acordo com os dados disponíveis, datados de Outubro de 2008, foram aprovados 625 projectos, correspondendo a um valor de investimento na ordem dos 783.027.121,48 €, equivalente a um investimento médio por projecto na ordem do 1.252.843 €. A extrapolação temporal aponta para um investimento médio anual de 111.861.017 €, considerando o horizonte temporal de sete anos do PRIME. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 103 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Com a transposição deste comportamento para o período 2007-2013, estima-se que no horizonte temporal de implementação da Rede Urbana do Pinhal Litoral - quatro anos, haja um investimento de 522.018.081 €, mantendo-se um volume de investimento médio anual, de cerca de 111.861.017 €. Embora se possa encontrar um investimento médio global, este será diferenciado consoante o tipo de medida a que se refere. Tomando ainda como exemplo o comportamento dos investimentos realizados entre 2000-2006, a Tabela 25 demonstra a disparidade do volume médio de investimentos: Tabela 25. Investimento médio por tipologia de incentivo. TIPOLOGIA DE INCENTIVOS INVESTIMENTO DEMTEC FORMAÇÃO PROFISSIONAL IDEIA IE ASSOCIATIVAS IE TFQ INTERNACIONALIZAÇÃO NITEC PARCERIAS EMPRESARIAIS PIFC QUADROS SIED SIME SIME I&T SIME INT. SIPIE SIUPI SIVETUR URBCOM URBCOM UAC 2.933.421,00 € 10.196.054,68 € 338.707,17 € 4.897.406,95 € 4.158.782,26 € 23.300.488,60 € 4.669.682,13 € 12.476.704,38 € 689.968,75 € 583.186,21 € 2.711.392,50 € 673.003.434,92 € 3.591.506,97 € 1.481.749,29 € 26.844.441,73 € 497.462,43 € 419.287,00 € 8.541.372,51 € 1.692.072,00 € Nº PROJECTO APROVADOS 4 52 2 18 11 8 14 3 17 8 20 124 3 20 220 13 1 84 3 VOLUME MÉDIO DE INVESTIMENTO 733.355,25 € 196.077,97 € 169.353,59 € 272.078,16 € 378.071,11 € 2.912.561,08 € 333.548,72 € 4.158.901,46 € 40.586,40 € 72.898,28 € 135.569,63 € 5.427.447,06 € 1.197.168,99 € 74.087,46 € 122.020,19 € 38.266,34 € 419.287,00 € 101.683,01 € 564.024,00 € Fonte: PRIME, Outubro 2008. Deste modo, através de uma análise das dinâmicas económicas presentes na Área de Intervenção da rede (comércio, serviços e turismo) e da necessidade de alargar os efeitos esperados de uma RUCI à sua área envolvente, abarcando lógicas económicas concelhias, é possível identificar alguns investimentos que irão ocorrer a curto prazo. Considerando o espectro de empresas existentes na NUT III Pinhal Litoral, de acordo com a informação disponibilizada no Anuário Estatístico da Região Centro – 2006, e considerando apenas as actividades cruciais para a dinamização da Rede Urbana, apresentam-se na Tabela 26 as seguintes estimativas de investimento: AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 104 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 26. Investimento médio estimado na área de intervenção por tipologia de incentivo. Número de Valor de Empresas Previsão de nº de investimento SECTOR DE Tipologia de (data de promotores a investir com privado global na ACTIVIDADE investimento/incentivo (exemplo referência: actividade efectiva ou área de (CAE) de referência) 2006) novos investidores intervenção (estimativa) ESTIMATIVA TENDO COMO BASE TERRITORIAL OS 5 CONCELHOS A+B Agricultura, produção animal, caça, floresta; Indústrias extractivas FORMAÇÃO PROFISSIONAL 1 563 empresas 1.563 * 0,10 = 156 empresas com investimento 156 * 196.077,97 € = 30.646.986,71 € SIME C - Indústrias transformadoras 220 empresas =220 * 0,3= 66 empresas com investimento 66 * 1.000.000 € = 120.339.125,71 € 66.000.000 € ESTIMATIVA TENDO COMO BASE TERRITORIAL OS 5 CENTROS URBANOS G - Comércio 10 692 * 0,2 = =2.138 * 0,1= 213 empresas por grosso e a 2.138 URBCOM com investimento retalho empresas 233 * 101.683€ = I - Alojamento, 980 * 0,2 = 196 =196 * 0,1= 20 empresas 23.692.139 € restauração e empresas com investimento similares Fonte: SPI. No que se refere ao sector primário, considerando a actual relevância do sector secundário e o exíguo peso do sector primário no Território, perspectivam-se investimentos em 10% das empresas agrícolas e/ou indústrias extractivas existentes. No entanto, além dos investimentos em formação profissional, assume-se também a necessidade de promover acções ao nível da modernização empresarial e criação de novas unidades agrícolas. No sector da indústria transformadora, considerando-se um investimento médio de 1.000.000 €, e tendo em linha de conta a conjuntura económica nacional pouco favorável mas, assumindo-se a mobilização dos agentes privados como prioridade de intervenção, propõe-se um cenário em que aproximadamente 30% das empresas industriais presentes no Território recorrem a um sistema de incentivo por impulso da RUCI - Pinhal Litoral. A ancoragem do Programa Estratégico, ao nível dos sectores G e I, apenas se perspectiva ao nível dos 5 centros urbanos. Pressupondo-se que estes centros urbanos AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 105 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral apenas representam 20% das empresas dos sectores G e I do Pinhal Litoral, estamos perante um universo de 2.334 empresas. Considerando a adesão ao URBCOM entre 2000-2006 (cerca de 4%), e perspectivando uma adesão superior devido às intervenções da RUCI, assume-se que 233 empresas recorrerão a acções de modernização comercial, com um investimento médio de 101.683 €. DESTE MODO, E DE ACORDO COM OS VALORES EXTRAPOLADOS NA TABELA ANTERIOR, O VALOR GLOBAL DO INVESTIMENTO PREVISTO, CONSIDERANDO AS TIPOLOGIAS DE INCENTIVO JÁ DESCRITAS É DE 120.339.125,71 €, CORRESPONDENTES A 455 PROJECTOS. DEVE-SE AINDA PREVER, QUE A INTERVENÇÃO DA REDE URBANA DO PINHAL LITORAL, SEJA CAPAZ DE ANCORAR UM AUMENTO DE 1% NO NÚMERO DE EMPRESAS PRESENTES NO PINHAL LITORAL – 332 NOVAS EMPRESAS ENTRE 2009-2012. CASO CADA UMA DAS NOVAS EMPRESAS FAÇA UM INVESTIMENTO DE CAPITAL SOCIAL NA ORDEM DOS 5.000 €, ESTIMA-SE UM INVESTIMENTO TOTAL DE 1.660.000 €. Alguns dos municípios da Rede Urbana do Pinhal Litoral apontam, desde já, algumas manifestações de interesse em investir, por parte de empresas privadas localizadas no território da RUCI (Tabela 27). Tabela 27: Investimentos Privados, projectados para a Área de Intervenção. NOME BENEFICIÁRIO DESCRIÇÃO Envolve a criação de uma zona desportiva, e requalificação da margem do Rio Lena Centro de acolhimento de eventos ensino & investigação – workshops internacionais Construção de uma Residência “Sénior”, com relação de complementaridade com futura estância termal (turismo da saúde de países nórdicos) LOCALIZAÇÃO INVESTFORMA – HOTEL Privado EXPOSALÃO Privado RESIDÊNCIA “SÉNIOR” Privado ESTÂNCIA TERMAL DAS BRANCAS Parceria públicoprivada - Batalha CENTRO DERMOESTÉTICA Privado - Batalha Privado - Batalha - Batalha Com Residência para estágios estudantes estrangeiros / intercâmbios Batalha Privado - Batalha MÁRMORES CENTRAL Privado - Porto de Mós COOPERATIVA AGRÍCOLA DE PORTO DE MÓS Privado - Porto de Mós HOTEL Privado Em construção Porto de Mós QUINTA DOS SENTIDOS “BICHO DA TERRA” RECREAÇÃO DA BATALHA DE ALJUBARROTA ESCOLA INTERNACIONAL DE CANTARIA UNIDADE ESPECIALIZADA ALZHEIMER / PARKINSON Fundação Batalha de Aljubarrota Parceria com Ministério Educação Batalha Batalha Batalha Fonte: Câmaras da AMPL, Setembro 2008. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 106 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Alcançar este grau de alavancagem depende da capacidade de mobilização e da gestão dos contactos directos com os parceiros e com demais agentes regionais. O comprometimento com esta meta é um desafio que se coloca desde já, a par da avalização e monitorização da implementação dos projectos. A Unidade de Direcção do Programa terá um papel de destaque neste processo de desenvolvimento económico alavancado pela actual carteira de projectos. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 107 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 7. Descrição dos procedimentos de preparação do Programa Estratégico A elaboração do Programa Estratégico que se apresenta teve por base o desenvolvimento das seguintes Etapas: Etapa I. Definição de uma Estratégia Comum de Desenvolvimento Etapa II. Mobilização da Rede de Actores Etapa III. Desenvolvimento da Carteira de Projectos/Operações Etapa IV. Desenvolvimento e entrega da componente técnica da candidatura 7.1 Etapa I. Definição de uma Estratégia Comum de Desenvolvimento Tarefa 1.1. Análise de informação relevante Esta tarefa permitiu aos elementos da equipa técnica entrar em contacto directo com as realidades territoriais, culturais, económicas e sociais, através da: – Realização de uma reunião com os presidentes das câmaras municipais que integram a rede urbana do Pinhal Litoral e com representantes da Associação de Municípios do Pinhal Litoral. Foram apresentados os objectivos e o âmbito da criação da rede urbana, foram explicados que tipos de projectos podem e devem integrar a rede e foi pedido a cada município, a entrega de propostas de âmbito municipal e supra-municipal para incluir no Programa Estratégico. – Visita a locais relevantes para a estruturação do Programa Estratégico, de acordo com as áreas temáticas pré-identificadas, e recolha de dados relevantes. Nesta fase foi ainda analisada toda a informação fornecida pela Associação de Municípios do Pinhal Litoral sobre as temáticas relevantes para o projecto: – Âmbito regional: • Plano de Acção Comunidade Urbana de Leiria – Março 2007; AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 108 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral • Plano estratégico e de acção para o território do Pinhal Litoral – Outubro 2007; • – Plano Regional de Ordenamento do Território – 2007; Concelho de Leiria: • Estudo de localização de zonas industriais no Concelho de Leiria – Março 2003; • Avaliação dos impactos dos centros comerciais na Cidade de Leiria – Outubro 2005; • Plano de Marketing Territorial - revitalização comercial do centro histórico de Leiria – Setembro 2007; • Estudo de Enquadramento Estratégico – Leiria Histórica, uma nova urbanidade – Abril 2008; • Projecto Mobilidade Sustentável para o Município de Leiria: relatório 1 – diagnóstico e princípios - orientadores de intervenção - Janeiro 2008; • Plano Director Municipal de Leiria - estudos da revisão – 2001; • Plano de Urbanização da Cidade de Leiria – 2001/2002. Tarefa 1.2. Definição de objectivos e prioridades Após o reconhecimento da realidade territorial e uma análise das propostas entregues pelos representantes dos municípios e da AMPL, foram aferidos os objectivos estratégicos da Rede Urbana a criar, com eventuais ajustes à matriz temática proposta para o desenvolvimento da Rede, tendo em consideração, nomeadamente, o exposto nos pontos 1), 5) e 6) do artigo 6º e no artigo 8º do Regulamento Específico Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação (RERUCI). Neste momento os representantes de cada município e da AMPL reuniram, para discutir quais os projectos propostos podem e devem estar incluídos na rede. Tarefa 1.3 Definição dos efeitos esperados Nesta tarefa foram identificados os indicadores dos domínios em que se pretende actuar, havendo já uma abordagem às metas de realização e resultados, de forma a AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 109 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral no futuro ser possível aferir o sucesso do programa de acção. Foi também iniciada a elaboração do Plano de Monitorização do Programa Estratégico considerando o desempenho e o relacionamento preferencial dos actores e as complementaridades a valorizar para o sucesso da operação. 7.2 Etapa II. Mobilização da rede de actores Tarefa 2.1. Identificação dos potenciais actores a envolver Identificada a tipologia da Rede Urbana (art. 3º do RERUCI) e do Programa Estratégico (art. 6º do RERUCI) foi importante definir o líder do Programa Estratégico e os actores que poderão e deverão ser envolvidos na implementação da estratégia. Com o apoio dos municípios da rede foi definido o conjunto de actores cujo envolvimento neste processo é relevante. Assim, para além dos municípios, a quem cabe tomar a iniciativa de organizar a Rede Urbana e liderar a preparação do Programa Estratégico, a tipologia de actores urbanos a envolver é variada, incluindo: − Empresas do território do Pinhal Litoral, e as Associações empresariais; − Instituições de ensino superior e centros de I&D; − Serviços da administração central e outras entidades do sector público; − Operadores de serviços públicos, nomeadamente no domínio dos transportes das tecnologias de informação e comunicação; − Agências e associações de desenvolvimento regional e local; − Fundações, organizações não governamentais e outras associações cujo objecto social seja relevante para a inovação e a competitividade urbana. Tarefa 2.2. Envolvimento dos actores e discussão do Programa Estratégico Uma vez definido o leque de actores com ligações directas ou indirectas à estratégia comum de desenvolvimento, os mesmos foram abordados no sentido de conseguir envolvê-los na definição de projectos concretos que se integrem na Carteira de Projectos da Rede Urbana. Esta abordagem foi feita através da realização de reuniões presenciais, conjuntas ou individuais, em que a estratégia comum de desenvolvimento foi apresentada e discutida, e em que puderam ser recolhidos contributos para a definição final do AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 110 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Programa Estratégico, tendo por base as operações elegíveis (artigo 8º do RERUCI), e manifestações de interesse para a participação no mesmo. Para além da participação na elaboração do Programa Estratégico e do compromisso com o conjunto dos seus objectivos, cada actor urbano teve como desafio pré-identificar o seu contributo concreto e relevante para a sua execução. Esse contributo concreto serviu de base para a etapa seguinte, na qual se desenvolveu cada um dos projectos. 7.3 Etapa III. Desenvolvimento da carteira de projectos/operações Tarefa 3.1. Desenvolvimento das fichas de projectos/operações Tendo em vista corporizar a estratégia de intervenção construída, e alcançar o conjunto de efeitos esperados em termos de metas de resultado e realização, foi proposta uma carteira de projectos, alinhada com as opções estratégicas adoptadas e que teve também por base a listagem de projectos identificados pelas autarquias como essenciais ao sucesso do Programa Estratégico. Foram identificados os projectos concretos de cooperação, as formas organizativas para o seu desenvolvimento e a explicitação da relação destes projectos com outros instrumentos de política com incidência nas cidades que integram a Rede Urbana. Para cada projecto procurou-se envolver os actores urbanos mais relevantes para a sua concretização, com base no trabalho executado na etapa anterior. Este envolvimento foi formalizado com a elaboração de um Pacto para a Competitividade e a Inovação Urbana. Conforme referido anteriormente, para além da participação na elaboração do Programa Estratégico e do compromisso com o conjunto dos seus objectivos, cada parceiro teve de definir um contributo concreto e relevante para a sua execução. Também neste caso, sempre que aplicável, a definição do projecto terá em considerações boas práticas adquiridas em experiências noutras cidades, tanto em Portugal, como no exterior. 7.4 Etapa IV. Desenvolvimento e entrega da componente técnica da candidatura Tarefa 4.1. Desenvolvimento dos conteúdos adicionais a incluir na componente técnica da candidatura AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 111 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral A submissão da candidatura pressupõe o desenvolvimento de outros conteúdos não incluídos nas etapas anteriores. Desta forma foram desenvolvidos, os seguintes documentos: − Descrição dos procedimentos de preparação do Programa Estratégico que permita avaliar a participação dos diferentes actores, bem como o seu comprometimento com a implementação das acções previstas e respectivos resultados; − Organização da Rede Urbana e estrutura de implementação do Programa Estratégico; − Plano de monitorização do Programa Estratégico e do funcionamento da Rede Urbana (que considere o desempenho e o relacionamento dos actores e as dificuldades de execução física dos projectos e identifique complementaridades que importe valorizar para o sucesso da operação); − Plano de divulgação e comunicação. Tarefa 4.2. Apresentação e entrega da componente técnica da candidatura Nesta tarefa ficou concluída a versão final da componente técnica da candidatura, e a documentação técnica desenvolvida. Tarefa 4.3.Formalização do Pacto para a Competitividade e a Inovação Urbanas A preparação do Programa Estratégico culminou com a formalização de um Pacto de cooperação entre os municípios do Pinhal Litoral e demais actores envolvidos, onde foram identificadas as responsabilidades e o compromisso de cada actor com os objectivos e metas a atingir. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 112 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 8. Potencial e Coerência do Programa Estratégico 8.1 Pertinência da Rede de Cidades para a Cooperação “Na prática, as redes traduzem-se na cooperação entre actores de uma mesma cidade/território ou de diferentes cidades/territórios, podendo ser de âmbito subregional, regional, nacional ou internacional, e envolver domínios mais amplos, ou mais restritos, de cooperação.” (DPP, Política de Cidades POLIS XXI - Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação - Razões para cooperar, Ideias a explorar). A Rede Urbana do Pinhal Litoral corresponde a um processo participado, dinâmico e multi-sectorial, cujo objectivo principal consiste na gestão partilhada do território regional correspondente à NUT III do Pinhal Litoral. Esta rede, que congrega todos os municípios da NUT III com o mesmo nome, surge do interesse que os 5 Concelhos demonstraram em se unir para mais facilmente articularem investimentos de interesse intermunicipal, através, nomeadamente, da RUCI no âmbito da Politica de Cidades XXI. A preparação da presente candidatura visando incentivar a competitividade – sustentada em factores de inovação, dos municípios que integram a Região, e a consciencialização e mobilização das comunidades locais em torno de um objectivo comum. Todos os agentes que ao longo do processo de preparação da Rede Urbana do Pinhal Litoral se comprometem a colaborar para o sucesso do projecto e para o reforço da competitividade regional, reforçando as competências regionais na garantia de um desenvolvimento equilibrado, impedindo a atomização de projectos e garantindo com o interesse supra municipal das acções durante toda a sua execução. É na conjugação de esforços da NUT III Pinhal Litoral numa lógica de rede e de valorização de complementaridades, que se irá desenvolver a Rede Urbana do Pinhal Litoral. Este processo cooperativo dos Municípios do Pinhal Litoral e demais agentes privados, advém da consciencialização dos benefícios inerentes à constituição da Rede Urbana do Pinhal Litoral, nomeadamente: – Dos ganhos ao nível da captação de meios e de dimensão, traduzidos em economias de escala e de variedade; AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 113 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Da optimização e concertação da estratégia prevista para o território do – Pinhal Litoral, maximizando complementaridades e minimizando impactos negativos; Do provimento de determinados bens públicos através de economias de – escala e da melhoria dos processos de aprendizagem, por via da troca de informação e acesso partilhado a novas tecnologias; – Fomento de uma cultura de cooperação e do capital social regional; – Do bom funcionamento e do sucesso da rede melhora-se a imagem do território aumentando a atractividade de talentos, de investimentos e de empresas e outras instituições relevantes para a inovação e para a economia. A existência de elementos comuns ou complementares às diversas cidades – que evidenciem o valor acrescentado da cooperação e permitam perspectivar sinergias em rede. A existência de dinâmicas de desenvolvimento no domínio das temáticas – propostas. Neste contexto, importa salientar que, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros nº 25/2006 de 10 de Março de 2006, que aprova as orientações fundamentais para a elaboração do Quadro de Referência Estratégico Nacional e Programas Operacionais para o período 2007-2013, “(...) à medida que o nível de infraestruturação do território vai sendo mais significativo e que o País vai ficando melhor dotado de alguns equipamentos essenciais, justifica-se deslocar o centro das prioridades para projectos cada vez mais integrados e estruturantes às escalas supra municipal, regional e nacional.”. Refira-se ainda que o QREN incentiva a consolidação de uma malha de nível subregional, através de um forte envolvimento das Associações de Municípios ao nível de NUTS III na governação e na gestão do QREN, contribuindo para uma desconcentração de actividades de gestão assente numa base territorial estável. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 114 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Os Municípios que integram este projecto assumem em conjunto o desafio da Rede Urbana do Pinhal Litoral e garantem o empenho activo, em conjunto com outros actores da Região, no alcance de um novo patamar qualitativo, apoiado num Programa Estratégico estruturado e planeado que projecta metas regionais e locais em convergência com as determinadas à escala nacional. 8.2 Carácter inovador da metodologia de trabalho A preparação da Rede Urbana do Pinhal Litoral corresponde a um processo participativo e de responsabilização global dos Municípios e dos agentes regionais envolvidos, cujo resultado, a médio prazo, será o potenciar e aumentar a competitividade e inovação regional. Neste contexto, o presente projecto é por si só um projecto inovador, pela mobilização de cinco concelhos, pelo número alargado de agentes que irá participar e responsabilizar e pela garantia de continuidade pós-projecto. O efeito multiplicador do projecto é alcançado pela escala de intervenção proposta e pela possibilidade de disseminação alargada do desenvolvimento económico. A metodologia de trabalho adoptada, como demonstrado anteriormente, contribui para a obtenção dos objectivos e resultados previstos no artigo 3º do Regulamento Específico – Política de Cidades – Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação, estando todos os actores comprometidos com os objectivos do Programa Estratégico e com acções concretas visando a sua prossecução. As reuniões presenciais permitiram o debate e a reflexão, em torno de uma estratégia comum de ideias e projectos inovadores. A valorização da participação dos agentes urbanos foi um dos pressupostos de partida, com vista a uma tomada de decisão tão próxima quanto possível da população local. A preparação da Rede Urbana do Pinhal Litoral permitiu: – Preparar e implementar um processo de desenvolvimento estratégico comum, entre cinco Municípios; – Impedir a atomização de projectos municipais; – Garantir o interesse supra municipal das acções durante toda a sua preparação; AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 115 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral – Estabelecer prioridades concretas, mensuráveis e realizáveis, considerando os problemas mais pertinentes; – Definir estratégias integradas e acções de intervenção concreta entre todos os parceiros; – Incentivar a cooperação e a formação de parcerias entre os agentes económicos e sociais, visando a resolução de problemas concretos. 8.3 Potencial dinamizador das acções propostas As intervenções propostas no âmbito desta operação têm um significativo efeito demonstrador e multiplicativo, sendo que se pretende que tenham continuidade pósprojecto, alargando o seu âmbito territorial a outras zonas da Região do Pinhal Litoral. As intervenções no espaço físico terão elevada qualidade ambiental, económica e urbana, sendo que se irão constituir como uma referência ao longo do tempo. As intervenções imateriais foram estruturadas, tendo em consideração a participação dos parceiros locais e as suas potencialidades e capacidades. Estes parceiros irão ter um envolvimento activo no projecto ao receberem uma contrapartida financeira, o que à partida é significativo do seu interesse nas acções e no assegurar da sua execução ao longo do tempo. Os processos de concertação e participação pública são uma constante na implementação de projectos e estudos regionais. A presença de vários parceiros/promotores dos projectos é demonstrativa da vontade de, em conjunto, se assumir o desenvolvimento da cidade e a promoção da qualidade de vida dos habitantes como objectivo prioritário. 8.4 Maturação da reflexão e rapidez de arranque das acções O Programa Estratégico da Rede Urbana do Pinhal Litoral, estrutura-se em torno de um conjunto de projectos, os quais têm naturalmente diferentes níveis de exigência, em termos de recursos organizacionais, humanos e financeiros, e diferentes períodos de AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 116 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral maturação, o Programa Estratégico é resultado de um processo de reflexão entre os diferentes constituintes da Rede, havendo um grau de maturação significativo na relevância, no interesse e na viabilidade dos projectos identificados para implementação no quadro de cooperação inter-urbana, alguns dos quais baseados e dando continuidade a projectos já existentes. A rapidez de arranque das operações é imediata, porque todos os projectos têm condições efectivas de começar no prazo de um ano após a apresentação da candidatura. Efectivamente, os projectos têm condições para cumprir as obrigações legais, nomeadamente existência de projectos de execução, de licença de contratos públicos, entre outros. 8.5 Custos da operação face às metas objecto de compromisso Sempre que possível e de acordo com informação existente, são apresentadas estimativas mais concretas, nomeadamente quando os projectos propostos se referem a obras com Projecto de Execução. Na Tabela 28 é apresentada uma síntese das estimativas orçamentais dos projectos propostos. Tabela 28: Custos do Programa Estratégico - Quadro Síntese. Descrição das projectos de investimento Nº de Designação ordem Plano de Marketing / branding regional e 1 estratégia de internacionalização da rede Programa de Animação e 2 Monitorização da Rede Rede de competitividade e 3 inovação do Pinhal Litoral Rede de inovação 4 “Engineering and Tooling” Plataforma de 5 transferência de conhecimento Redes Municipais de Banda 6 Larga 7 mobinet - net móvel Parceiro Executor NIF Natureza do Executor Início Previsto Conclusão Prevista (Público/Privado) dd/mm/aaaa dd/mm/aaaa Custo total sem IVA Custo total com IVA 508035546 Público 01/01/2009 01/01/2013 208.333 € 250.000 € 508035546 Público 01/01/2009 01/01/2013 416.667 € 500.000 € 502286296 Privado 01/01/2009 01/01/2013 1.250.000 € 1.500.000 € 502593822 Privado 01/01/2009 01/01/2013 500.000 € 600.000 € 506971244 Público 01/01/2009 01/01/2013 416.667 € 500.000 € 508035546 Público 01/01/2009 01/01/2011 285.714 € 300.000 € 508035546 Público 01/01/2009 01/01/2013 482.857 € 507.000 € AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 117 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 8 Plataforma de suporte e difusão de conteúdos digitais 508035546 Público 01/01/2009 01/01/2013 385.333 € 404.600 € 9 Residência de Estudantes e Investigadores 501290206 Público 01/01/2009 01/01/2011 952.381 € 1.000.000 € 10 Rede Virtual de Turismo 501435840 Público Em execução 01/01/2012 208.333 € 250.000 € Rota da Industria Histórica 501435840 Público 01/01/2009 01/01/2013 208.333 € 250.000 € 11 Rota da Natureza 501435840 Público 01/01/2009 01/01/2013 166.667 € 200.000 € 12 Rota do Património 501435840 Público 01/01/2009 01/01/2013 208.333 € 250.000 € 506776758 Público 01/01/2009 01/01/2010 208.333 € 300.000 € 508035546 Público 01/01/2009 01/01/2010 250.000 € 300.000 € 504864688 Privado 01/01/2009 01/01/2010 83.333 € 100.000 € 508035546 Público Em execução 01/01/2010 714.286 € 750.000 € 508035546 Público 01/01/2009 01/01/2013 3.095.328 € 3.250.000 € 505074737 Privado 01/01/2009 01/01/2010 2.708.333 € 100.000 € 505074737 Privado 01/01/2009 01/01/2013 476.190 € 500.000 € 505586401 Público 01/01/2009 01/01/2011 1.190.476 € 1.250.000 € 508093473 Privado 01/01/2009 01/01/2013 1.428.571 € 1.500.000 € 501290206 Público 01/01/2009 01/01/2010 571.429 € 600.000 € TOTAL INVESTIMENTO 11.517.857 € 15.161.600 € TOTAL FEDER (65%) 7.486.607 € 9.855.040 € TOTAL CONTRAPARTIDA NACIONAL (35%) 4.031.250 € 5.306.560 € 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 Bienal Internacional do Design Industrial Festival Internacional de Cinema de Animação Plano Multimunicipal do Ambiente Sensores de alerta de descargas poluentes em linhas de água Sistema multimodal com viaturas movidas a combustíveis não fossilizados Plano Intermunicipal para as alterações climáticas Centros Eléctricos Redes de pistas cicláveis e arranjo urbanístico Normalização da sinalética, esplanadas, publicidade e mobiliário urbano Requalificação de espaços envolventes ao mosteiro da Batalha Como se apresenta na tabela anterior, estima-se que a implementação da Operação Individual implique um montante orçamental na ordem dos 15.161.600 €, dos quais 10.061.600 € (66,36 % do total) estarão afectos a projectos de carácter material e cerca de 5.100.000 € a projectos de carácter intangível, essenciais à capacitação e dinamização do Programa Estratégico. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 118 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 9. Indicadores, Metas de Realização, Resultados Esperados 9.1 Indicadores de Realização Tendo em conta a tipologia de operações, que se enquadram no âmbito da realização de um Programa Estratégico para a criação de uma Rede Urbana para a Competitividade e Inovação, o seguinte quadro demonstra, a coerência da carteira de projectos elaborada para a Rede Urbana do Pinhal Litoral com a tipologia de projectos prevista no Regulamento Específico para a Política de Cidades – RUCI. Tabela 29. Correlação tipologia operação prec«vista no RERUCI e projectos da RUCI do Pinhal Litoral. TIPOLOGIA DE OPERAÇÕES (DE ACORDO COM O RERUCI) PROJECTO 1 Animação da rede das cidades P2, P8 2 Lançamento de estruturas de cooperação interurbana P1, P3, P4, P7, P8, P9, P10, P11, P12 3 Estabelecimento de redes entre equipamentos públicos P7, P9 4 Desenvolvimento de comunidades de utilização avançada de tecnologias e comunicação P3, P4, P5 5 Parcerias entre instituições de ensino superior e instituições de I&D P1, P3, P4 6 Organização de eventos de projecção internacional P8 7 Marketing Urbano P1, P7 8 Criação de espaços, centros comunitários e equipamentos P13, P14, P15 9 Investimentos necessários à viabilização da estratégia temática de cooperação P6, P15 10 Reforço e sustentabilidade dos fluxos de pessoas e bens P11, P12 Fonte: SPI, Outubro 2008. Este conjunto de indicadores permite estabelecer metas de realização e monitorizar o sucesso de implementação da referida estratégia. A monitorização dos resultados esperados será da responsabilidade da estrutura de apoio técnica, aquando do Plano de monitorização do Programa Estratégico. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 119 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 9.2 Indicadores de Sucesso e Metas de Realização De acordo com o conhecimento das dinâmicas locais e da estratégia que se pretende concretizar para a Rede Urbana do Pinhal Litoral, adianta-se aqui uma bateria de indicadores, destinada a estabelecer metas de realização e monitorizar o sucesso de implementação da referida estratégia. Sugere-se a construção do barómetro de monitorização, com os indicadores e métricas de sucesso apresentadas de seguida. Apresentam-se três níveis de impacto: “forte” indica que a execução de um projecto é crucial para a concretização dos correspondentes objectivos, podendo a sua não execução comprometer os mesmos; “médio” indica que não sendo determinante para a concretização do indicador, a execução do projecto em causa seria facilitadora e aliada da sua concretização; sem qualquer impacto, significa que o projecto não incide neste indicador. Tabela 30. Bateria de indicadores para monitorização e métricas de sucesso. INDICADORES 1. Aumento do Número de empresas Métrica de Sucesso P1 P2 P3 P4 P5 P6 (OBJECTIVO 2012) 5% 2. Aumento do volume de exportações 15% 3. Aumento do número de novos produtos 4. Aumento do índice de satisfação dos investidores 5. Aumento do número de empresas com processos de formação avançada e núcleos de inovação e desenvolvimento tecnológico 6. Aumento do número de parcerias entre empresas e entre empresas e unidades de produção de conhecimento 7. Protocolos com instituições IDI 20% 8. Crescimento do Número de turistas 9. Índice de satisfação dos munícipes e turistas 10. Aumento das receitas do sector do turismo 11. Crescimento da participação em eventos 20% 12. Número de eventos realizados 13. Melhoria da qualidade ambiental 14. Melhoria nos indicadores do ambiente nos centros urbanos 15. Vias pedonais criadas/ reabilitadas P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 20% 15% 10% - 10% 20% 20% 15% 20% - AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 120 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 16. Equipamento Urbano reabilitado 17. Paisagem Urbana melhorada – qualidade visual 18. Supressão de barreiras arquitectónicas 15% 15% “forte” “médio” Fonte: SPI, Outubro 2008. A monitorização dos resultados esperados será avaliada e acompanhada pela AMPL, que deverá aferir semestralmente as metas aferidas, reportando à Unidade de Direcção (UniDir) do Programa Estratégico. Após validação da informação pela UniDir, os resultados deverão ser disponibilizados na plataforma colaborativa e comunicada a aos promotores e parceiros dos projectos. Os indicadores de realização e de resultado definidos são particularmente relevantes para atestar o contributo deste projecto na concretização das metas europeias, de acordo com o artigo 9.º do REGULAMENTO (CE) N.O 1083/2006. De acordo com este regulamento, “A intervenção co-financiada pelos fundos incide nas prioridades da União Europeia de promoção da competitividade e criação de empregos, nomeadamente tendo em vista o cumprimento dos objectivos das Orientações Integradas para o Crescimento e o Emprego (2005-2008), que constam da Decisão 2005/600/CE do Conselho (1). Para este efeito, de acordo com as respectivas responsabilidades, a Comissão e os Estados-Membros devem assegurar que 60 % das despesas, no caso do Objectivo da Convergência, e 75 % das despesas, no caso do Objectivo da Competitividade Regional e do Emprego, para todos os EstadosMembros da União Europeia tal como constituída antes de 1 de Maio de 2004, se destinem às prioridades acima referidas” (ponto 3 do art.9 ª- Complementaridade, coerência, coordenação e conformidade). A generalidade dos projectos propostos irá visar a promoção do desenvolvimento da economia regional, a qualidade de vida das populações dos núcleos urbanos da rede, o ambiente e as actividades turísticas. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 121 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 9.3 Indicadores de Resultado De acordo com o Programa Estratégico definido para a Rede Urbana do Pinhal Litoral, apresenta-se a seguinte bateria de indicadores de resultado. Tabela 31: Bateria de indicadores de resultado. Indicador Unidade Quantidade População Residente Beneficiada nº 94.888 Investimento € 15.161.600 € Investimento/habitante € 159.78 € Fonte: SPI, Outubro 2008. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 122 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 10. Plano de monitorização do Programa Estratégico e do funcionamento da Rede Urbana 10.1 Organização da rede urbana No que respeita ao modelo de organização e gestão da parceria local para a Rede Urbana do Pinhal Litoral, é assumido o modus operandi subjacente ao perfil de gestão da Associação dos Municípios do Pinhal Litoral (AMPL), sendo esta a melhor forma de objectivar a transferência do modelo de governância interno da Associação, com vista à cabal execução dos objectivos programáticos, facilitando a concepção, monitorização e avaliação da Carteira de Projectos, bem como a elaboração do Programa Estratégico, quer pelas diversas entidades promotores, parceiros, comunidade local e entidades financiadoras. O modelo assentará assim numa Comissão representativa de todos os parceiros, liderada por uma personalidade que irá coordenar esta Unidade de Direcção, constituída no âmbito do modelo de organização da AMPL, como entidade de topo para a organização das parcerias e para a implementação e execução dos programas financiados no âmbito do QREN, coadjuvando na coordenação, acompanhamento e gestão dos Programas de Acção face às metas e objectivos estabelecidos. A Unidade de Direcção integrará, por conseguinte, como membros, representantes de cada parceiro, público ou privado, que formalmente participa na rede, nos termos dos protocolos assinados. O representante de cada parceiro local será indicado pela respectiva entidade, tendo que ter poder de decisão e deliberação. Pode ser atribuída uma função específica a um parceiro local, na organização e/ou na dinamização da rede. No âmbito da Unidade de Direcção será ainda criada uma comissão de acompanhamento onde estarão representados diferentes organismos da Administração Central, e outras entidades e pessoas individuais (investigadores, universidades, líderes de opinião etc.) que ajudarão a validar todos os programas e projectos, e, caso seja necessário, pedir pareceres específicos ou solicitar novos estudos. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 123 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Prevê-se que a periodicidade das reuniões da Unidade de Direcção seja mensal, de forma a serem discutidos todos os assuntos de interesse para a parceria, como: - Aprovação dos estudos e da Estratégia de Eficiência Colectiva; - Evolução da execução física e financeira das acções do programa de acção: - Avaliação das metas e objectivos estabelecidos; - Constrangimentos identificados na execução do Programa de Acção: - Propostas de decisão para melhoria de execução do Programa de Acção; - Avaliação da participação dos parceiros nos termos do protocolo; - Informações gerais e complementares. Mantendo a articulação com a estrutura técnica interna da AMPL, nomeadamente com os seus gabinetes e /ou departamentos, serão organizados Grupos de Trabalho Temáticos para a dinamização das acções preparatórias de elaboração da “Estratégia de Eficiência Colectiva” e o “Plano de Acção para a Rede Urbana”, a funcionarem em articulação directa com a Comissão, tendo por missão apoiá-la tecnicamente, dotada de competências que lhe permita assegurar, entre outras, as seguintes funções: gestão administrativa e financeira, incluindo a elaboração de relatórios de acompanhamento e execução; monitorização, avaliação e controle; apoio técnico aos parceiros na preparação dos dossiers de candidatura e pedidos de pagamento. 10.2 Responsabilidades dos parceiros e da AMPL A AMPL, como Entidade Promotora, assume a responsabilidade pela implementação da própria “Estratégia de Eficiência Colectiva e Programa de Acção”, e, em particular, na promoção dos projectos âncora e complementares, reforçando a execução das actividades daí decorrentes, herdando já um trabalho de parceria que vem de trás, com diversas actividades já desenvolvidas. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 124 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 10.3 As Estrutura de Implementação do Programa Estratégico entidades signatárias deste pacto acordam criar uma estrutura de acompanhamento e gestão do Programa, constituída por uma Unidade de Direcção, presidida por uma personalidade com experiência de gestão empresarial e de inovação, e por uma Comissão de Acompanhamento, com as seguintes funções. − A UniDir é a Associação de Municípios do Pinhal Litoral e assume-se como entidade líder do Programa Estratégico. É o órgão responsável pela implementação e gestão executiva do Programa Estratégico, sendo directamente responsável pela sua dinamização e implementação global e pela execução de alguns dos projectos que o integram. A UniDir do Programa Estratégico é presidida pela Drª Isabel Damasceno Campos Costa (cujo currículo consta em anexo ao presente documento)e assegura: o A coordenação global do Programa Estratégico; o O controlo do cumprimento das responsabilidades dos diversos parceiros assumidas neste Pacto; o A animação da Rede Urbana; o A procura de complementaridades e soluções inovadoras para potenciar os resultados dos projectos; o A articulação dos parceiros com outras entidades públicas e privadas que não integrem a Rede Urbana, mas que sejam relevantes para o sucesso da intervenção; o A articulação com as entidades nacionais e regionais responsáveis pela Política de Cidades. − Estrutura de Acompanhamento e Monitorização (EAM) – A EAM integra os cinco municípios da Associação de Municípios do Pinhal Litoral, a Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, os representantes dos Ministérios, que a nível nacional asseguram a pilotagem do Instrumento de Política “Redes Urbanas Para a Competitividade e a Inovação” no âmbito da Política de Cidades e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. A EAM tem por missão: AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 125 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral a) Garantir a adequada monitorização da implementação do Programa Estratégico; b) Apreciar periodicamente um relatório elaborado por um perito externo sobre a execução do Programa Estratégico e as condições de obtenção das metas fixadas; c) Propor, se for o caso, a suspensão de financiamento a projectos que não tenham condições para atingir as metas fixadas. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 126 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 11. Plano de Divulgação e Comunicação Este ponto refere-se às formas e meios pelos quais o projecto dará conhecimento de suas acções aos beneficiários, parceiros, público interno e sociedade em geral. Importa ainda definir os objectivos do Plano de Divulgação e Comunicação, a estratégia a desenvolver, a dotação orçamental prevista, o organismo responsável pela sua execução e os critérios de avaliação das acções desenvolvidas. O Plano de Divulgação e Comunicação espelha a vontade determinante de construir uma marca nova que projecte os seus benefícios no âmbito da Rede Urbana do Pinhal Litoral, apetecível pelos seus desígnios, socialmente empáticas pela proximidade de obra realizada e de mensuráveis contributos pela qualificação vivida pela população local. O Plano, assume-se como uma ferramenta dinâmica de participação e diálogo com os cidadãos e que pretende mobilizar os diferentes públicos-alvo, internos e externos, de potenciais beneficiários a stakeholders dos programas que lhes estão associados, reunindo a qualificação das competências, dos saberes e dos territórios, como factor competitivo. O Plano respeitará todos os procedimentos inerentes à informação e publicidade, definidas pelo Programa Mais Centro (Programa Operacional Regional do Centro (2007/2013), promovendo junto dos parceiros e dos cidadãos em geral a divulgação dos apoios. 11.1 Missão e Objectivos Este plano assume-se como um factor de intervenção relevante na Região do Pinhal Litoral e tem como missão a mobilização de todas as forças sociais, económicas e culturais da Região, no sentido da aceleração do seu processo de modernização turística e territorial, potenciando os recursos existentes e os produtos turísticos complementares. O Plano tem, como elemento distintivo de outros planos de comunicação, a dinâmica de aproximação às populações, com o intuito do desenvolvimento da Região do Pinhal Litoral. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 127 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral O presente Plano de Divulgação e Comunicação tem como objectivos estratégicos: • Promover uma ampla divulgação, com o intuito de tornar a Rede Urbana do Pinhal Litoral num projecto do domínio público; • Envolver a população local nos benefícios gerados pelos recursos disponibilizados pela Rede Urbana do Pinhal Litoral; • Informações e divulgação das actividades desenvolvidas e a desenvolver; • Assegurar que a informação transmitida seja clara e acessível a todos os públicos-alvo; • Garantir a presença da Rede Urbana do Pinhal Litoral na agenda mediática e informativa da Região Centro; • Garantir a utilização integrada e continuada das infra-estruturas. 11.2 Públicos-Alvo A definição dos públicos-alvo potencia uma comunicação mais específica, aumentando o grau de sucesso das acções a desenvolver. Os públicos-alvo percorrem, transversalmente, toda a sociedade e estruturam-se em três grandes categorias: 1. Público Institucional (beneficiários finais): • Os Municípios; • Outros actores urbanos, nomeadamente: − As empresas e associações empresariais; − As instituições de ensino superior e os centros de I&D; − Os serviços da administração central e outras entidades do sector público; − Os operadores de serviços públicos, nomeadamente no domínio dos transportes e das tecnologias de informação e comunicação; − As agências e associações de desenvolvimento regional e local; − As fundações, organizações não governamentais (ONG) e outras associações cujo objecto social seja relevante para a inovação e a competitividade. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 128 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 2. Público Mediático (meios de comunicação e líderes de opinião): • Meios de Comunicação e Jornalistas; • Líderes de Opinião de referência; • Escolas e alunos de escolas de comunicação, imagem e design; 3. Público em Geral: • População Residente e Visitante; • Turistas. Este quadro alargado de Públicos-alvo pretende fazer veicular a relevância, a pertinência e a oportunidade aberta pela aplicação estruturante deste projecto. 11.3 Imagem No âmbito dos trabalhos de preparação desta candidatura foi criada uma imagem para a Rede Urbana do Pinhal Litoral através da representação de uma identidade visual forte, consubstanciada num logótipo, para dar forma e visibilidade à missão do projecto e fosse um meio auxiliar de divulgação da informação a todos os potenciais interessados. Figura 31. Logótipo. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 129 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral A amplitude da comunicação e a sua eficácia reflectem-se, sobretudo, na selecção dos meios de comunicação, que não só necessitam de ter uma abrangência supramunicipal, como também devem estar adequados às especificidades que caracterizam as populações (níveis sócio-culturais, etários ou geográficos). Adaptado ao público da Rede Urbana do Pinhal Litoral, o Plano de Divulgação e Comunicação privilegia a informação clara, fiável e actualizada, a aproximação aos meios de comunicação local (rádio, jornais) e a preocupação de evitar o excesso de informação. 11.4 Acções de Comunicação Nesta fase enumeram-se as acções de comunicação, nomeadamente, um conjunto de acções que estão de acordo com os objectivos anteriormente definidos. Face ao exposto e considerando as especificidades e características dos diferentes destinatários, será desenvolvida uma estrutura de actuação segundo 3 fases de inserção na sociedade: • 1ª Fase – 2008-2009 (Curto Prazo) – Lançamento e Notoriedade: Promoção/Lançamento institucional da Rede Urbana do Pinhal Litoral. Esta fase tem como intuito promover e sensibilizar a sociedade civil e os restantes públicos específicos. • 2ª Fase – 2009-2011 (Médio Prazo) – Consolidação e Relançamento: Consolidação da notoriedade da Rede Urbana do Pinhal Litoral e seu relançamento para refrescamento dessa notoriedade. • 3ª Fase – 2010–2013 (Longo prazo) – Divulgação de Resultados e Monitorização: Monitorização do percurso da Rede Urbana do Pinhal Litoral e divulgação das actividades desenvolvidas (dados referentes à execução, incluindo-se a divulgação de projectos considerados como Boas Práticas de Sucesso), bem como o reajustamento comunicacional que se venha a provar necessário. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 130 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Tabela 32: Cronograma da Comunicação. FASES ACÇÕES 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Comunicação interpessoal Imagem Corporativa - Implementação Publicidade institucional Sítio Web Desdobráveis, flyers e cartazes Fase I Material de merchandising Sessão Pública de Apresentação Oficial da Rede Urbana do Pinhal Litoral Newsletter - Informática e Papel Conferências / Colóquios Newsletter - Informática e Papel Desdobráveis, flyers e cartazes Material Merchandising Fase II Stands em Exposições Empresariais Conferências Publicações Monitorização de Resultados Fase III Controlo e Difusão de Resultados As acções de comunicação propostas devem reger-se pelo compromisso de gerar um nível de procura qualificada compatível com os objectivos a que se propõe, induzindo uma imagem pública de confiança, colmatando todas as necessidades de informação. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 131 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 11.5 Obrigações de Informação e Publicidade dos Beneficiários A divulgação e a publicitação do apoio (co-financiamento) concedido no âmbito da Rede Urbana do Pinhal Litoral constituem uma responsabilidade das suas entidades beneficiárias, consagrada na legislação comunitária e nacional. Tal obrigação tem como principal objectivo informar os públicos-alvo da intervenção (inclui os beneficiários finais) e a opinião pública, em geral, sobre o papel desempenhado pela União Europeia, através dos fundos estruturais, e pelo Estado Português, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013, nos projectos e operações co-financiados e nos seus respectivos impactos e resultados. Neste contexto, os beneficiários devem respeitar as obrigações e procedimentos específicos em vigor no âmbito do Programa Operacional que co-financia, associarem-se aos esforços da sua Autoridade de Gestão na execução do seu Plano de Comunicação e disponibilizarem-se para colaborar em realizações informativas ou demonstrativas. 11.6 Entidade Responsável pela Execução Tendo em conta o disposto no Artigo 21º do Regulamento Especifico – Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação, o Plano de Divulgação e Comunicação a execução das medidas de informação e divulgação, estará a cargo da entidade gestora da Rede Urbana do Pinhal Litoral. Através da organização de acções de informação e publicidade destinadas ao público sobre o lançamento e as concretizações de cada projecto, realizadas por diferentes formas e métodos de comunicação. A equipa deverá comunicar de maneira pro-activa com os diversos públicos, ser conhecedora das oportunidades dos media existentes, das potencialidades de cada meio de comunicação e deverá monitorizar a execução do plano e se necessário, introduzir medidas correctivas. De acordo com a duração do Plano de Divulgação e Comunicação (4 anos), apesar de se listarem as grandes áreas de actuação e um conjunto de acções e meios para atingir os objectivos, prevê-se a necessidade de se apresentar anualmente a programação detalhada das acções que deverão ser planificadas. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 132 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral As acções a realizar devem cumprir as normas em vigor, nomeadamente a legislação nacional e comunitária em matéria de informação e publicidade. Todas as acções deverão estar identificadas com um logótipo próprio, cuja imagem associe o Programa de Acção ao Programa Operacional Centro “Mais Centro” e ao seu período de vigência. A entidade gestora da Rede Urbana do Pinhal Litoral compromete-se a respeitar e aplicar as obrigações e os procedimentos em vigor de informação e publicidade sobre a participação (co-financiamento) do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e do Programa Operacional do Centro 2007-2013 nas intervenções resultantes das disposições regulamentares comunitárias (Regulamentos CE nºs 1083/2006 e 1828/2006), bem como das normas e especificações técnicas instituídas pela Autoridade de Gestão, em vigor à data da sua aprovação. 11.7 Dotação Orçamental Prevista A dotação orçamental do Plano de Divulgação e Comunicação está prevista no Projecto 2, com um valor de 500.000€. 11.8 Modalidades de avaliação das medidas de informação e divulgação A avaliação da implementação do Plano de Divulgação e Comunicação deverá ter uma periodicidade anual, e deverá ser operacionalizada através da elaboração anual de relatórios de avaliação que apresentem os resultados alcançados, a nível quantitativo e qualitativo, permitindo assim, a posterior adopção de medidas correctivas. Para complementar os relatórios de avaliação periódicos, anualmente a entidade gestora da Rede Urbana do Pinhal Litoral deverá obter um feedback do trabalho realizado, nomeadamente das acções externas, através de uma sondagem de opinião pública para aferir o grau de conhecimento Programa de Acção em execução. Prevê-se ainda uma sondagem dirigida aos parceiros sobre os benefícios do Programa de Acção, através do website do projecto. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 133 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral 12. Anexo Curriculum da Presidente da Unidade de Direcção DADOS PESSOAIS Nome - Isabel Damasceno Campos Costa Idade - 52 anos Estado Civil - Casada Filhos – Duas filhas Naturalidade – Mirandela Residência – Leiria FORMAÇÃO ACADÉMICA: Licenciatura em Economia (ramo de Gestão) pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. ACTIVIDADE PROFISSIONAL ANTERIORMENTE EXERCIDA: Professora de Ensino Preparatório e Secundário; Responsável pelo Departamento de Recursos no Departamento Postal de Leiria (Empresa CTT); Responsável pela Área de Recursos em Leiria e em Coimbra (Empresa Portugal Telecom); Responsável pela Área Comercial – Direcção de Negócios Pessoais de Leiria (Empresa Portugal Telecom). OUTRAS ACTIVIDADES ANTERIORMENTE DESEMPENHADAS: Presidente da Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI); Membro do Conselho de Gestão de uma Empresa do Grupo Grão Pará; Secretária Geral do 2º Congresso de Leiria e Alta Estremadura; Membro da Assembleia de Freguesia de Leiria; Presidente da AMAE – Associação de Municípios da Alta Estremadura; AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 134 Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação do Pinhal Litoral Vice – Presidente do PSD FUNÇÕES ACTUALMENTE DESEMPENHADAS: Presidente da Câmara Municipal de Leiria; Vice-Presidente do Conselho Directivo da ANMP - Associação Nacional de Municípios Portugueses; Membro da Comissão Executiva da Região de Turismo de Leiria e Fátima; Presidente do Conselho de Administração dos SMAS – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria; Vogal da Direcção e Conselho de Decisão Leader +/ADAE – Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura; Presidente do Conselho Administrativo da AMLEI - Área Metropolitana de Leiria; Administradora da ENERDURA – Agência Regional de Energia da Alta Estremadura; Presidente do Conselho de Administração da Associação de Municípios do Pinhal Litoral. AMPL – Associação de Municípios do Pinhal Litoral Página | 135