Natasha Banoub, Enfermeira Registrada (RN), Enfermeira Certificada em Cuidados Críticos
(CCRN), Enfermeira de Recursos de UTI/Unidade Coronária (ICU/CCU), Charlton Memorial
Hospital
Período de Serviço: mais de 10 anos
Cidade natal: Swansea
Hobbies e interesses: Arte, ficar com seus três filhos, frequentar a faculdade de formação em
enfermagem
Natasha Banoub enquanto criança gostava de arte e considerou seguir arte na faculdade antes de
decidir estudar enfermagem. “Fui a primeira pessoa da minha família a ir para a faculdade, e eu
precisava trabalhar para ajudar a pagar os meus estudos, por isso tive que ser prática,” declarou
Banoub. “Eu gostava de trabalhar com pessoas e realmente adorava ciências e senti que
enfermagem era o melhor caminho para mim.” Banoub disse que não se arrepende de sua
escolha - após formar-se na Bristol Community College e na Universidade de MassachusettsDartmouth, ela passou a dedicar-se com afinco ao emprego que ama. “É um privilégio imenso
ser enfermeira e cuidar da vida das pessoas,” disse ela. Em 2013, Banoub encontrou uma
maneira de aliar arte e enfermagem criando o fundo Heart Strings (Cordas do coração). Ela
vende suas obras de arte e os rendimentos são usados para comprar “produtos extras” para os
pacientes da ICU/CCU, para ajudar a tornar mais confortável o período de internamento.
Recentemente, Banoub conversou com a The Wave sobre seu trabalho e sobre o Heart Strings:
Como você começou a trabalhar no Southcoast?
Eu cresci em Fall River e, depois de me formar na faculdade de enfermagem, trabalhei na
ICU/CCU do Southcoast por três anos. Mais tarde, tornei- me coordenadora de doadores de
órgãos e enfermeira itinerante, visitando mais de 30 hospitais diferentes em Massachusetts,
Colorado e Connecticut, antes de voltar para casa para trabalhar no Charlton. Eu tive
oportunidades maravilhosas de trabalhar em muitas unidades de terapia intensiva diferentes, e
depois de visitar mais de 30 hospitais diferentes, posso lhe dizer que Charlton é um lugar
maravilhoso de se trabalhar. Eu realmente sinto que tenho minha própria família, além de uma
"família no trabalho". É assim que meus colegas de trabalho e eu descreveríamos a nossa
unidade. Além disso, eu gosto muito de trabalhar na comunidade onde fui criada.
O que é mais gratificante em seu trabalho?
A terapia intensiva é muito desafiadora. Nós cuidamos de pessoas que estão muito doentes e que
possuem muitas necessidades, e podemos fazer uma grande diferença na vida delas no curto
período de tempo que cuidamos delas. Nós desenvolvemos uma relação com o paciente, mas
muitas vezes os pacientes também são incapazes de participarem do seu plano de tratamento.
Nesse caso, trabalhamos em estreita colaboração com seus familiares. Você pode fazer uma
diferença enorme para uma família pela forma como trata o membro querido que tem uma
doença crítica.
Como você redescobriu seu amor pela arte?
Eu amo ser enfermeira e sei que este é o caminho que devia seguir, mas enquanto em segundo
plano, senti que eu era uma artista. Em 2012, fiz uma aula com uma amiga que é life coach
(treinadora para a vida), e ela fez-me uma pergunta: “O que você é secretamente?” A primeira
coisa que me veio à mente foi: “Sou artista”. Desse momento em diante, peguei minhas tintas e
voltei a pintar. Minha mãe foi uma das pessoas que mais me apoiaram. Ela sugeriu que eu
compilasse um calendário de todas as minhas pinturas, que retratam paisagens, em sua maioria.
Ainda me faltava coragem, mas pensei que poderia ser uma forma para que eu aliasse minha arte
com a enfermagem e os cuidados, as três coisas mais importantes para mim.
O que é Heart Strings?
Eu comecei a vender um calendário em 2013 para ajudar o Heart Strings, que é um fundo que
enfermeiras, técnicos e todos os que trabalham em ICU e CCU podem usar se desejarem fazer
alguma coisa a mais para os pacientes ou seus familiares. Acho que eu não teria tido coragem de
apenas vender as minhas obras, mas considerando que isso iria contribuir com algo realmente
importante para mim é que me apaixonei por essa iniciativa. A enfermagem deu-me coragem de
revelar-me como artista.
Quanto o Heart Strings angariou e como o dinheiro é utilizado?
Vendemos 200 calendários em 2013 e angariamos $1.840 até o momento. Todos colaboraram
muito. Todos nós na unidade possuímos um orçamento individual, e utilizamos o dinheiro de
formas variadas para beneficiar os pacientes, queiram eles um jornal ou um café especial da loja
de presentes. Só queremos oferecer a eles uma forma agradável de passarem o tempo e fazer com
que sintam que realmente estão sendo bem tratados. É para isso que o dinheiro é destinado, só
para tornar seu período de internação um pouquinho mais ameno.
Qual tem sido o retorno?
Na minha opinião, o programa por si só tem gerado mais solidariedade na unidade e estimulado
as pessoas a fazer muito mais. Um exemplo incrível disso é uma paciente que contou a uma
colega minha de trabalho que um de seus sonhos era ter um “dia de spa”, pois ela nunca tinha
tido a oportunidade antes. Vários funcionários reuniram seus recursos para comprar um cupompresente de um dia de spa, mas quando eles foram comprar o cupom, a empresa ouviu a história
dessa paciente e o doou. Então nós nem tivemos que tirar o dinheiro do fundo Heart Strings.
Quais são os planos para o Heart Strings?
Estou planeando transformar uma das minhas pinturas em cartões de anotação e vendê-los este
ano. Também adoraria colaborar com outros artistas do Southcoast, talvez para um calendário de
2015.
Download

Natasha Banoub, Enfermeira Registrada (RN), Enfermeira