Gerenciamento Organizacional - Compreensão Individual - lI Nilson Pimentel (*) Atualmente com a crise econômica que passa o mundo globalizado, que muito se fala, alguns tem conseguido acompanhar devidamente e, outros negam que exista tal crise ou continuam a vida como se nada estivesse alterando o status quo da ambiência competitiva em atuam as organizações, logo se veem em graves dificuldades. Ainda existem aquelas que, mesmo sendo grandes mega-organizações lhes falta o olhar estratégico do sétimo sentido. Vejam, por exemplo, algumas grandes empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) que desde 2012 ainda não conseguem ler as lições de mercado, brasileiro e internacional. As crises de ordem econômica sempre provocaram alterações na gestão e mudanças nas organizações, contudo poucas são aquelas que instituem mudanças (ou são forçadas a isso), pois toda mudança almeja certos benefícios a serem almejados, que podem surtir efeitos positivos ou negativos. Determinados especialistas autores declaram que as mudanças organizacionais induzidas ou não levam a resultados de situações de crescimento, tanto das estruturações estratégicas, quanto melhorias na gestão. O que se tem visto nas organizações são êxitos que integram soluções da gestão com um conjunto estruturante de mudanças com significativas participações do capital humano, na valorização do conhecimento e da meritocracia. Nesse aspecto, o gerenciamento tem papel fundamental em processos de mudanças nas organizações, visto ser o conhecimento e o foco estratégico a base do processo, principalmente na implementação das soluções futuras que irão influenciar em melhorias de qualidade, maior produtividade, as quais levam a desempenho superior das organizações em mercado. Em cenário de mudança organizacional se tem a implementação de novos métodos de gerenciamento, tecnologias projetadas, realinhamento do capital intelectual para que as organizações ocupem melhor posicionamento no mercado em que atuam, ou de outra forma, conquistar novas market-share ou novas oportunidades nos negócios. Entretanto, da minha percepção individual, mudanças (que melhorem ou não a gestão e as estruturas das organizações) podem causar ou provocar reações e emoções, as quais podem evocar sentimentos de apreensão, medo e otimismo. Ainda, as mudanças trazem outros fatores, como a ansiedade, a resistência, novo entusiasmo e motivação e, certamente, os desafios. O que se sabe em cenário de mudança é que o gerenciamento é o processo que comanda a decisão de reconhecer, criar e apontar os caminhos que a organização deva trilhar para alcançar os resultados preconizados. Nas organizações públicas os processos de mudanças independem de crise no cenário econômico, das necessidades e/ou das induções em função da melhoria de oferta dos serviços e produtos públicos, mas por desvirtuação do processo de estruturação organizacional, pois as mudanças ocorrem em função do poder político que esteja em gestão mandataria ou, seja por tempo determinado. Para os Professores Anderson e Ackerman “as organizações estão sujeitas a três tipos de mudanças ou alterações estruturais e gerenciais: o desafio do desenvolvimento econômico; mudança transacional e a mudança transformadora. Identificado assim, esses tipos, o desafio do desenvolvimento, significa fazer as atuais tarefas de forma melhor. As mudanças transacionais por sua vez, preveem realizar as atividades com uma cadeia de poder (liderança) diferente. E, finalmente, as mudanças transformadoras representam uma reestruturação completa da organização e da forma do gerenciamento, a partir de novas estratégias, produtos, processos, sistemas, ciclos, tecnologias, conhecimentos técnicos e culturais”. No século XXI, em tempos de profundas mudanças nos sistemas que governam o mundo dos negócios e nas relações sociais que governam as sociedades para competir e vencer nesses tempos de mudanças globais nos modelos de negócios, as pessoas e as empresas precisarão lidar melhor com esses conceitos de mudança. Reconhecer o tipo de transformação pela qual se está passando e buscar formas de se preparar para ela pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso dos gestores privados e públicos. E o simples conhecimento dessa realidade tende a ser de grande ajuda na hora de provar aos diversos mercados da organização a importância de implementar um projeto transformador. Visto pelo prisma estratégico das alterações globais que passa o mundo, o futuro das organizações, sejam elas instituições privadas ou públicas, tem ligação direta com os problemas que enfrentam os países com suas estruturas, em relação ao estágio atual do capitalismo moderno, no mundo. Tem-se que considerar as estruturas das organizações, ambiência em que atuam, como o sistema de comunicação com o mercado real e o virtual, seu funcionamento, é função do modo de produção em que está inserida. Porque o maior interesse, a configuração atual do capitalismo que está em processo de inflexão de mudanças que ainda não revela suas nuance, nem de politica macroeconômica, nem de mercado, ainda não se projetando as trilhas mais concretas para um futuro das organizações. Na concepção do articulista as organizações públicas estadual se encontram em processo de perdimento e desorganização estrutural orgânica e de capital humano, haja vista, ter perdido a essência da cadeia de poder. A desorganização orgânica institucional está a exigir mudanças e alterações no plano das competências dos segmentos de atuação, nas abrangências dessas competências, na reformulação e reordenamento do capital intelectual, na formatação da arquitetura estrutural das instituições do governo estadual, de modo que se restabeleça a governança da gestão. As sociedades consumistas de modo capitalista constatam em diversos mercados, real e virtual, que o aumento desmensurado da produção de determinadas mercadorias e o avanço tecnológico não se coadunam, necessariamente, com o desenvolvimento econômico dos países e do potencial humano em relação ao meio ambiente. Por outro lado, as grandes alterações que as organizações enfrentarão neste século XXI, mesmo assim, terão que construir os futuros novos paradigmas, que certamente provocarão as tendências e as novas proposições que levarão a outro despertar da humanidade, mas ainda estão em total descompasso com a realidade atual. (*) Economista, Engenheiro e Administrador de empresas, com pós-graduação: MBA in Management (FGV), Engenharia Econômica (UFRJ), Planejamento Estratégico (FGV), Consultoria Industrial (UNICAMP), Mestre em Economia (FGV), Doutorando na UNINI-Mx, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected].