Spartina densiflora (spartina)
Erva graminóide, rizomatosa, perene, presente nas lamas da maré baixa.
Nome cien fico: Spar na densiflora Brongon.
Nome vulgar: spar na
Família: Poaceae (Gramineae)
Estatuto em Portugal: espécie invasora (listada no anexo I do Decreto-Lei n° 565/99, de 21 Dezembro)
Nível de risco: 14 | Valor ob do de acordo com um protocolo adaptado do Australian Weed Risk
Assessment (Pheloung et al. 1999), segundo o qual valores acima de 6 significam que a espécie tem risco
de ter comportamento invasor no território Português | Actualizado em 30/09/2015.
Sinonímia: Chauvinia chilensis Steud., Spar na densiflora Brongn. var. typica St.-Yves subv. brongniar i
St.-Yves, Spar na densiflora Brongn. var. typica St.-Yves, nom inval., Spar na densiflora Brongn. var.
typical St.-Yves subv. pauper St.-Yves, Spar na juncea Willd. var. laxiflora St.Y.ves, Spar na juncea Willd.
var. montevidensis (Arechav.) St.-Yves, Spar na montevidensis Arechav., Spar na patagonica Speg.
Data de atualização: 05/10/2015
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Como reconhecer
Erva rizomatosa formando um tufo denso. Colmos de até
150 cm, glabros, robustos.
Folhas: enroladas, com 3-8 mm de largura quando
planas.
Aspeto geral da planta
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Flores: espiguetas com 1 (raramente 2) flor, com 7-10 mm,
esverdeadas, por sua vez reunidas em espigas geralmente sobrepostas e muito aplicadas ao eixo, lineares,
com 3-6 cm, agrupadas (2-15) em inflorescências eretas com 10-30 cm; glumas glabras ou puberulentas,
lanceoladas, com 1 nervura escábrida, a inferior com 1,5-4 mm, a superior com 7-14 mm.
Frutos: cariopses lineares.
Floração: junho a dezembro.
Espécies semelhantes
Spar na patens (Aiton) Muhl., frequente no mesmo po de habitats, tem alguma semelhança, mas forma
um tufo pouco denso, com rizoma rastejante; as folhas são mais largas (0,8-1,5 mm); as espiguetas são
menores que 7 mm, verde-amareladas ou violáceas, e reúnem-se em espigas lineares, um tanto
afastadas, por sua vez reunidas (2 a 6) em inflorescências com 10-16 cm.
Caracterís#cas que facilitam a invasão
Reproduz-se vegeta vamente através de fragmentos dos caules que enraízam facilmente.
Também se reproduz por via seminal; produz muitas sementes (cerca de 2000 sementes/planta) as quais
são dispersas pela água o que favorece a expansão da área invadida.
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
Área de distribuição na#va
América do sul (Chile).
Distribuição em Portugal
Portugal con nental (Algarve). Há algumas
referências para a sua distribuição mais a norte.
Para verificar localizações mais detalhadas desta
espécie, verifique o mapa interac vo online. Este
mapa ainda está incompleto - precisamos da sua
ajuda! Contribua submetendo registos de
localização da espécie onde a conhecer.
Outros locais onde a espécie é invasora
Europa (Espanha), oeste dos EUA (Califórnia), África (Marrocos).
Razão da introdução
Provavelmente acidental.
A mbientes preferenciais de invasão
Apresenta grande valência ecológica, adaptando-se a diferentes factores ambientais (salinidade,
inundação) e habitats.
Meio marí mo e lamas das marés baixas. Também surge em estuários.
Desenvolve-se em solos mal drenados ou locais perturbados onde se alteraram as condições de drenagem
ou os padrões de acumulação de sedimentos.
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IMPACTES
Impactes nos ecossistemas
Cresce rapidamente, formando populações muito densas e impenetráveis, que impedem a
desenvolvimento da vegetação na va.
Impactes económicos
Custos elevados na aplicação de medidas de controlo.
Habitats Rede Natura 2000 mais sujeitos a impactes
•
Estuários (1130);
•
Prados de Spar na (Spar nion mari mae) (1320);
•
Prados salgados atlân cos (Glauco-Puccinellietalia mari mae) (1330);
•
Prados salgados mediterrânicos (Juncetalia mari mae) (1410);
•
Matos halófitos mediterrânicos e termoatlân cos (Sarcocornetea fru cosi) (1420).
CONTROLO
O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área
invadida, iden ficação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de
intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será
fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de
forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.
As metodologias de controlo usadas em Spar na densiflora incluem:
Controlo 0sico
Arranque manual/mecânico: metodologia preferencial para áreas invadidas de pequena dimensão. Em
substratos mais compactados, o arranque deve ser realizado na época das chuvas de forma a facilitar a
remoção do sistema radicular. Deve garan r-se que não ficam rizomas ou fragmentos de maiores
dimensões no solo.
Corte: metodologia preferencial para áreas invadidas de maiores dimensões. Corte da parte área com
recurso a equipamento mecânico (por ex. motoroçadora).
Controlo químico
Aplicação foliar de herbicida. Pulverizar com herbicida (princípio a vo: glifosato em formulações
adaptadas a ambientes aquá cos) limitando a aplicação à espécie-alvo.
Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta
destas metodologias.
Para mais informações, visite a página www.invasoras.pt e/ou contacte-nos para [email protected].
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REFERÊNCIAS
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Ambiente y Medio Rural y Marino, Madrid, 146 pp.
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University of California Press, Berkeley, CA. pp. 295-299.
Global Invasive Species Database (2012) Spar na densiflora. Disponível: h_p://www.issg.org/database/species/ecology.asp?
si=1372&fr=1&sts=&lang=EN [Consultado 12/11/2012].
Marchante E, Freitas H, Marchante H (2008) Guia prá co para a iden ficação de plantas invasoras de Portugal Con nental.
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Pheloung, P.C., Williams, P.A., Halloy, S.R., 1999. A weed risk assessment model for use as a biosecurity tool evalua ng plant
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Zedler JB, Kercher S (2004) Causes and consequences of invasive plants in wetlands: Opportuni es, opportunists, and outcomes.
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