Jornal do Commercio - PE
15/09/2015 - 08:17
Pinga-Fogo
UPAs na mira da oposição De olho nos efeitos da crise no serviço das UPAs, um dos
legados do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o deputado estadual Silvio Costa
Filho (PTB, na foto) quer uma audiência pública com o Secretário de Saúde, José Iran
Costa Júnior, membros do Cremepe, MPPE, Sindicato dos Médicos. Entre as
Organizações Sociais da Saúde, ele solicitou especificamente um representante do Imip.
Jornal do Commercio - PE
15/09/2015 - 08:17
Psiquiatria pública sofre novo golpe
SAÚDE Comunidade Terapêutica de Olinda, único hospital psiquiátrico da cidade que
atende o SUS, amarga falta de repasse dos recursos para o atendimento de pacientes
Passados quase sete meses do anúncio do fechamento de leitos do Sistema Único de
Saúde (SUS) da Comunidade Terapêutica de Olinda (CTO), único hospital psiquiátrico
da cidade, a unidade continua a atender pessoas do município com transtornos mentais
graves que dependem da rede pública de saúde. Dos 135 pacientes que estão na CTO,
20 são olindenses que precisam do SUS e apresentam crises que exigem internação
psiquiátrica “Eles permanecem aqui porque não têm para onde ir. A reforma
psiquiátrica reduziu bastante o número de leitos e, por isso, boa parte dos pacientes
graves está desamparada”, diz o psiquiatra Feliciano Abdon de Araújo Lima, da CTO e
do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe). A situação é complicada,
inclusive, no Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano, no bairro da Tamarineira,
Zona Norte do Recife. No dia 1º, o Conselho Regional de Medicina solicitou a
interdição da instituição e deu um prazo de 30 dias para o hospital melhorar a situação
precária de funcionamento. No caso da CTO, um termo de compromisso assinado entre
as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde prevê o pagamento de uma diária que
custa R$ 66 por paciente. Segundo Feliciano, o hospital está há cinco meses sem
receber o pagamento, que equivale a pouco mais do que 30% do preço ideal de uma
diária para manter a pessoa com transtorno mental em internamento. “No mínimo, esse
valor deveria ser de R$ 208, mas conseguimos manter o acordo de R$ 66.Aquestão é
que nem isso recebemos.” A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) informa, em
nota, que está negociando diretamente com a CTO a regularização do repasse e garante
que a verba começa a ser desembolsada ainda este mês.Apreocupação de Feliciano
também se estende à possível falta de assistência psiquiátrica continuada aos pacientes
que serão transferidos dos leitos do SUS da Comunidade Terapêutica de Olinda para as
Residências Terapêuticas de Olinda e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). “São
unidades com um número insuficiente de profissionais de saúde. Nas residências
psiquiátricas, por exemplo, a capacidade de atendimento é de oito pessoas e geralmente
se ultrapassa esse número”, diz o psiquiatra. O irmão da artesã Socorro Gonçalves, 53
anos, está na CTO como paciente do SUS há quase quatro anos. “Há cerca de cinco
meses, foi transferido para uma residência terapêutica. Foi péssimo, pois até os
profissionais de serviços gerais ficavam encarregados dos cuidados com os pacientes.
Houve um dia em que meu irmão piorou e foi atendido num Caps. De lá, fugiu e passou
um dia desaparecido”, conta Socorro. Quando foi encontrado, voltou para a CTO.
“Sinto mais segurança porque sei que lá ele está bem cuidado”, conclui.
Jornal do Commercio - PE
15/09/2015 - 08:17
Um funeral para paciente vivo
Familiares de uma idosa que teria sido dada como morta pelo serviço social do Hospital
Getúlio Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, querem reparação
pelo erro e ameaçam entrar na Justiça. Moradora do município de Ferreiros, na Zona da
Mata pernambucana, Josefa Canuto Martin, 65 anos, está internada na unidade desde o
dia 4 de setembro para tratar um quadro de infecção pulmonar e a notícia de que teria
morrido foi dada ao filho, o padre Djailson Canuto, 33, na última sexta-feira (11). O
sacerdote contou à imprensa que, em choque pela morte da mãe, mobilizou toda a
família, inclusive seis irmãos que moram em outros Estados e compraram passagens
aéreas para vir ao enterro. Amigos também foram comunicados e a notícia da morte foi
replicada em 70 paróquias vizinhas a Ferreiros, onde um carro de som passava de cinco
em cinco minutos divulgando a hora da missa de corpo presente. Ele afirmou que
providencioua parte burocrática e chegou a comprar caixão e contratar o serviço
funerário para transportar o corpo. Quando a funerária chegou ao necrotério não havia
corpo. Djailson se dirigiu, então, ao serviço de Assistência Social, que teria lhe
informado de um possível erro, pois a mãe dele estava viva,e pedido desculpas. O padre
disse que a notícia provocou um transtorno psicológico, apesar da alegria de amãe estar
viva.
“Estamos indignados com o procedimento do hospital, com essa notícia dada de forma
errada que causou toda essa dimensão de transtornos na minha vida, de meus familiares
e das pessoas que convivem comigo”, declarou o padre à TV Jornal. A assessoria
jurídica da paróquia de Glória de Goitá, onde atua, está preparando a ação. Em nota, a
Secretaria Estadual de Saúde (SES) lamentou o caso e disse que vai tomar providências
para tentar esclarecer o ocorrido.
Diario de Pernambuco - PE
15/09/2015 - 08:05
HR pode assumir cirurgias de Parkinson
Com as cirurgias de mal de Parkinson interrompidas por falta de recursos, o Hospital
das Clínicas, da UFPE, estudará encaminhar pacientes à rede estadual. Atualmente, o
estado tem processo de licitação aberto para compra de equipamentos para cirurgias no
Hospital da Restauração, onde o serviço foi paralisado em maio e será retomado até
novembro.
O Hospital das Clínicas afirmou que não conhecia o serviço do HR. De 2004 a maio
deste ano, 147 pessoas foram operadas na Restauração. Trinta pessoas estão na fila do
HR, contra 25 no HC. “De cada cinco pacientes avaliados, um passa por cirurgia”,
ponderou o neurocirurgião Paulo Thadeu Brainer.
O serviço não é custeado pelo SUS e só é indicado após avaliação da progressão da
doença. A cirurgia não cura o Parkinson, mas pode minimizar sintomas como tremores
e rigidez no corpo e ajudar a reduzir as doses de medicamentos. Até 2014, a média de
tempo de espera no HR era de três meses. No HC, a última cirurgia foi realizada em
abril e não há previsão de retomada.
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15.09.2015 clipping eletrônico SES