MODOS E TEMPOS VERBAIS INDICATIVO – afirma, interroga ou nega um fato que ocorreu, ocorre ou ocorrerá. SUBJUNTIVO – exprime um fato como algo incerto, duvidoso, eventual ou mesmo irreal. IMPERATIVO – ordem, pedido, convite, exortação. presente expressa: Tempo – variação que indica o momento em que se verifica um fato. a) um fato atual que ocorre no momento da fala. Envio-te estas flores de Garanhuns. b) ações ou estados permanentes ou assim considerados. Os tempos do indicativo são: O cometa Halley passa pela Terra a cada 76 anos. c) ação habitual = frequentativo. É empregado no lugar do: Acordo cedo, faço a barba, vou ao banho, tomo café e saio. imperfeito ou mais-que-perfeito do subjuntivo. Se não passas no vestibular, hoje estavas tristes. futuro do subjuntivo. Se te esforças, vencerás. d) fatos passados para dar a eles vivacidade . “Os soldados encontram um homem de Cirne, chamado Simão, e forçam-no a levar a cruz de Jesus.” e) ação futura próxima, acompanha adjunto adverbial para ambiguidade Amanhã vamos passar o dia em Caruaru. 1 pretérito imperfeito – passado não concluído. c) no lugar do futuro do pretérito para exprimir um fato que seria consequência certa e imediata de outro que não ocorreu. a) indica ação simultânea com o passado. “Tivesse ele meio e isso virava um fazendão.”(M. Lobato) “Era noite quando o trem parou na Central.”(Graça Aranha) b) exprime ação passada, habitual ou repetida. d) substituir o presente do indicativo para conotar maior polidez. “Erguia-se com o sol, tomava do regador, ia dar de beber às flores.” (M.Assis) Queria que vocês parassem de falar. e) situar vagamente no tempo, contos, lendas, fábulas, etc. “Era uma vez um rei senhor de muitos povos e de muitas léguas de terras.” pretérito perfeito simples – indica ação que se realizou em certo momento do passado. “Sentei-me no chão, deitei-me na relva e me esqueci do mundo.” (José Lins do Rego) composto – ação passada repetida ou que se traduz até o presente. Tenho-lhe dado sempre bons conselhos. pretérito mais-que-perfeito – simples e composto têm o mesmo sentido. Exprime: a) fato passado anterior a outro igualmente passado. “Foi ao gabinete do marido que já devorara cinco ou seis jornais.” (Machado de Assis) b) fato situado no passado. “Nascera na Senzala, de mãe escrava...” (M. Lobato) c) passado em relação ao presente quando se deseja atenuar um pedido ou uma afirmação. “Tinha vindo para lhe pedir ajuda.” 2 d) no lugar do futuro do pretérito simples ou composto. “Um pouco mais de sol e fora brasa Sem Tabira dos lusos que fora.” (Gonçalves Dias) futuro do presente simples: a) fato certo ou provável posterior ao momento da fala. “Apaixonadamente eu me defenderei.” (M. de Assis) e) no lugar de imperfeito do subjuntivo. b) dúvida, incerteza, probabilidade, suposição Levantou-se no ar como se fora uma pluma. c) expressão de súplica, desejo, ordem. “Quem saberá o seu destino agora?” (G. Dias) Substitutos do futuro do presente simples “Honrarás pai e mãe.” d) fórmulas de polidez. “Poderei saber o nome do meu denunciante?” a) presente do indicativo do verbo HAVER + DE + INFINITIVO DO VERBO PRINCIPAL “Que rosas hei de colher?” b) presente do indicativo do verbo TER+DE+INFINITIVO do verbo principal Tenho de sair agora. e) nas afirmações condicionais quando se referem a fatos de realização provável. “Se não vieres logo, não acharás lugar.” c) presente do indicativo do verbo IR+INFINITIVO do verbo principal “Parece que vai sair o Santíssimo.” (M. de Assis) composto futuro do pretérito simples a) ação realizada antes de outra. “Quando voltares, já terei concluído o trabalho.” b) certeza de ação futura. Irmãos, se dentro de oito dias não tivermos voltado, vinde ao nosso encontro pois teremos concluído a nossa missão. c) possibilidade de um fato passado. Terá parado o maldito relógio?” (Graciliano Ramos) a) designa ações posteriores a fala. Afirmou que não voltaria ao trabalho. b) incerteza, probabilidade, dúvida, suposição sobre fatos passados. “Quando estava em Carpina, a que distância me encontraria do Recife?” c) forma polida de presente, desejo. Seríeis capazes, minhas senhoras, de amar um homem deste feitio.” (A. Nobre) 3 composto a) fato acontecido no passado, mediante certa condição. “Se José Lins do Rego fosse vivo, já teria derramado o coração num artigo.” (Manuel Bandeira) Subjuntivo Tempos do subjuntivo: 1. presente - usado quando o verbo da oração principal estiver no: a) presente do indicativo. b) possibilidade de um fato passado. “Camilo advertiu que teria sido mais natural chamá-lo ao escritório.” (M. Assis) c) incerteza sobre fatos passados em interrogativas. “Para onde teria ido?” (J.L.R.) “De que mundo misterioso teria vindo meu canário?” pretérito imperfeito - usado quando o verbo da oração principal estiver no: a) pretérito imperfeito do indicativo. Desejávamos que você estivesse bem. b) pretérito perfeito do indicativo. Desejei que tudo estivesse bem. Desejo que tudo corra bem. b) imperativo. Providencie para que tudo corra bem. c) futuro do presente. Providenciarei par que tudo corra bem. 3. pretérito perfeito – só existe na forma composta, expressando passado; ocorre quando o verbo da oração principal estiver no presente do indicativo. Desejo que você tenha passado bem. Acredito que tenham feito tudo direitinho. c) futuro do pretérito. Desejaria que tudo estivesse bem. 4. pretérito mais-que-perfeito – exprime uma ação que deveria ter ocorrido no passado, anterior a outro fato, também passado; ocorre quando o verbo da oração principal estiver no pretérito imperfeito do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo; também só existe na forma composta. 5. futuro – simples: expressa um fato eventual, hipotético; ocorre em orações dependentes, com orações principais que tenham verbo no presente ou no futuro Vou se quiser. (condição) Vou como quiser.(modo) Vou quando quiser.(tempo) Deseja que ela tivesse chegado ontem. composto: Ficaria feliz se elas houvessem chegado ontem. expressa um fato que será concluído no futuro, em relação a outro, também futuro. Ficarei feliz quando tu tiveres terminado isso. 4 Imperativo Há dois tipos de imperativo: o afirmativo e o negativo. O afirmativo possui formas próprias só para as segundas pessoas (tu – singular ; vós – plural). As outras são expressas pelas formas correspondentes do presente do subjuntivo. Tanto o afirmativo como o negativo podem exprimir: c) solicitação: -Você aí, Joãozinho, aproxime-se e escute também.(E.V.) d) súplica: Ó máquina, orai por nós. (Cassiano Ricardo) a) ordem: -Espera! – ordenou a moça, perfumando-se rapidamente.(L.F.Telles) b) conselho: -Olhe; um conselho: faça-se forte, faça-se homem. (R.P.) e) sugestão: O imperativo pode ser substituído: d) pelo imperfeito do subjuntivo. Pinte menos os lábios, e ficará mais discreta. -E se vocês fizessem menos barulho? a) por interjeição. -Silêncio! e) pelo infinitivo. b) pelo presente do indicativo. Não dobrar à direita. -Você aí, me faz um favor... c) pelo futuro do presente. f) pelo gerúndio. -Andando! Andando! O sinal já bateu. Não furtarás. FORMAS NOMINAIS São aquelas que não podem exprimir nem tempo, nem modo. gerúndio - apresenta o processo verbal em curso, desempenhando as funções exercidas pelo advérbio e pelo adjetivo. Distinguem-se pelas seguintes particularidades: Errando, aprende-se. Água fervendo. infinitivo – exprime o processo verbal em potência, aproximando-se, assim, do substantivo. “Viver é lutar” (G. Dias) particípio - exprime o resultado do processo verbal; exerce a função própria do adjetivo. Água oxigenada. Assunto encerrado. Namoro terminado. 5 INFINITIVO Emprega-se: O infinitivo pode ser: flexionado e não flexionado. a) quando o sujeito for próprio. Infinitivo flexionado – não há normas absolutas para o seu emprego. “Senhor abri-nos os olhos da alma para vermos e seguirmos os vossos passos.” (Mário Bandeira) Eu tinha medo de ver os outros sofrerem. Procura-se atender às exigências do bom gosto literário, à harmonia da frase e a clareza da expressão. c) quando equivaler a uma oração desenvolvida, mesmo que não tenha sujeito próprio. Irás à França para aprenderes melhor o francês. d) quando está na 3ª pessoa do plural, indicando indeterminação do sujeito. “Nunca se pôde saber donde saíra aquela criança, como chegara, até o terreiro sem darem por ela.” (J.Alencar) c) quando regido da preposição A, equivaler ao gerúndio. Jovens a pregar ideias de cunho religioso, não é comum hoje em dia. d) quando numa locução verbal tiver como auxiliar um dos seguintes verbos: poder, saber, dever, querer, ir, principiar, começar a, costumar a, cessar de, tornar a, etc. Podemos sair. Não sabemos resolver o problema. Devemos partir para França. b) quando se pretende evitar a duplicidade de sentido. Ele nos acompanhará para não atrairmos suspeitas. Infinitivo não flexionado – ocorre: a) quando não se refere a nenhum sujeito, sendo portanto impessoal. Estudar privilégio de poucos. “É belo e glorioso morrer pela pátria.” (Horácio) b) quando corresponder ao imperativo. Apresentar armas, ordenou o tenente. Obs.: quando um dos verbos citados, que funciona como auxiliar, se achar afastado do principal e se quer deixar em evidência o agente, empregar-se-á a forma flexionada. “Possas tu descendente maldito De uma tribo de nobre guerreiros Implorando cruéis forasteiros Seres presa de vis aimorés.” (Gonçalves Dias) 6 e) quando sujeito é um pronome pessoal átono, que serve, ao mesmo tempo, de complemento a um dos cinco verbos: ver, ouvir, deixar, fazer e mandar. Viu-os partir saudosos. Ela nos recebeu com muita alegria e mandou-nos assentar em umas esteiras. f) quando preposicionado, serve de complemento a substantivos ou a adjetivos. Os soldados estavam mais prontos a estragar as leis que a emendar os costumes. f) quando preposicionado, serve de complemento a substantivos ou a adjetivos. Os soldados estavam mais prontos a estragar as leis que a emendar os costumes. Obs.: nestes casos encontramos exemplos com a forma flexionada. Solicitamos aos Srs. a fineza de enviarem os documentos. Obs.: nestes casos encontramos exemplos com a forma flexionada. Solicitamos aos Srs. a fineza de enviarem os documentos. e)quando sujeito é um pronome pessoal átono, que serve, ao mesmo tempo, de complemento a um dos cinco verbos: ver, ouvir, deixar, fazer e mandar. Viu-os partir saudosos. Ela nos recebeu com muita alegria e mandou-nos assentar em umas esteiras. g) quando regido de preposição, tem sentido passivo e serve de complemento a adjetivos. Coisas boas de se dizer. Palavras agradáveis de se ouvir. Ossos duros de roer. h) se possui um sujeito que esteja em função complementar ao verbo regente. “Deixa os mortos sepultar os mortos.” (M.Bandeira) Deixai vir a mim as criancinhas. Obs.: se a voz for reflexiva, o infinitivo se flexiona. Vimos as ursas banharem-se nas águas de Netuno. 7