INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO RELATÓRIO DE ESTÁ GIO BRUNO NET O DE CARVAL HO RELATÓRIO PARA A INSERÇÃO NA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENGENHEIROS TÉCNICOS DEZEMBRO/2010 Gesp.007.03 DSE Ficha de Identificação Nome: Bruno Neto de Carvalho Morada: Rua D. Sancho I, nº 9 Localidade: 6300-548 Guarda Telefone: 965307048 Nome da Instituição: DSE, Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda Morada: Quinta da Torre- Parque industrial da Guarda- apartado 1039 Localidade: 6301-908 Guarda Telefone/fax: 271221904/271227657 Data de início de estágio: 02/11/2009 Data de fim de estágio: 02/05/2010 Nome do Tutor na Instituição: José António Furtado Figueiredo Gomes Grau académico: Mestre Nome do orientador: Carlos Aquino Monteiro Relatório de estágio i DSE Resumo O estágio era até pouco considerado como curricular fazendo parte do conteúdo programático escolar sendo considerado como uma disciplina e avaliado como tal. Hoje em dia, com a implantação do processo de Bolonha o estágio passou a ser considerado extra-curricular, tendo como principal função, a inserção do recém-licenciado na ANET - Associação Nacional de Engenheiros Técnicos. Introdução Muito para além da incorporação na ANET, o estágio tem como principal papel, a introdução do estagiário no mundo do trabalho, fazendo sentir as dificuldades e responsabilidades mas também, o espírito de camaradagem e de colaboração, que implica a vida profissional. Ao longo do qual se deverá pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante o seu percurso académico aplicando em muitas situações conceitos teóricos a casos práticos. No final deverá ser elaborado um relatório que será entregue e avaliado por um júri constituído por três de ex-professores do estagiário sendo um deles, o seu orientador de estágio. Este relatório tem como objectivo fundamental a descrição de todas as actividades do estagiário desenvolvidas na empresa DSE, Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda, no período compreendido entre 3 de Novembro de 2009 a 2 de Maio de 2010. Neste relatório procura-se, de forma clara e objectiva, apresentar toda a informação utilizada e as tarefas realizadas durante o período de estágio. Este relatório encontra-se dividido em quatro capítulos, sendo estes: Relatório de estágio ii DSE Capítulo I – Local de estágio, no qual se pretende fazer uma descrição da empresa constando assim com um breve historial da empresa, a constituição da sua direcção, as instalações e a descrição dos seus diferentes departamentos. Capítulo II – O estágio. Aqui serão apresentados os trabalhos realizados pelo estagiário ao longo do seu estágio, fazendo principal referência a um deles para o método de execução. No entanto, os resultados e conclusões de todos estes trabalhos serão apresentados para efeito de comparação entre as diferentes situações Capítulo III – Aplicação do RCCTE (Regulamento de comportamentos das características térmicas dos edifícios Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril). Neste capítulo pretende-se fazer uma pequena descrição deste regulamento, descrever a sua composição e métodos de aplicação. Capítulo IV – Conclusões. Neste último capítulo serão descritas as principais dificuldades sentidas pelo estagiário, assim como algumas impressões finais sobre o estágio. Relatório de estágio iii DSE Agradecimentos Quero agradecer a todos aqueles que de uma forma ou de outra me ajudaram a elaborar este relatório; a todos eles o muito obrigado. Os meus agradecimentos particulares vão em especial aos meus pais e avó, por todo o apoio, amor e confiança que me têm prestado ao longo da vida. À minha namorada por todo o apoio e ajuda que me tem prestado ao longo destes anos, pois esteve sempre presente a dar-me força, para conseguir atingir os meus objectivos. A todos os professores desta Instituição pelos conhecimentos transmitidos, em especial ao Eng.º Furtado Gomes por me ter ajudado e orientado no decurso do estágio; assim como ao Eng.º Carlos Aquino pela sua disponibilidade e orientação na elaboração do presente documento. A todos os amigos que conheci nesta cidade, e todos aqueles que apesar de longe de mim sempre me apoiaram e suportaram nos meus momentos difíceis. Em especial ao Bruno, ao Perdigão e ao Estefânio. A todas as pessoas da A.R.L que me ajudaram e apoiaram ao longo deste estágio. . Relatório de estágio iv DSE ÍNDICE CAPITULO I - LOCAL DE ESTÁGIO 1 1.1 – Descrição da Organização 1 1.2 – Departamentos do Grupo – A.R.L. 3 CAPITULO II - O ESTÁGIO 7 2.1 – Actividades desenvolvidas 7 CAPITULO III – APLICAÇÃO DO RCCTE 10 3.1 – Introdução 10 3.2 - Disposições transitórias 14 3.2.1 – Condições interiores de referência 14 3.2.2 – Valores limites das necessidades nominais de aquecimento, de arrefecimento e de preparação de águas quentes sanitárias: 15 3.2.3 – Conversão de energia útil para energia primária 3.3 – Metodologia de cálculo 17 18 3.3.1 – Espaços com requisitos de conforto térmico. 18 3.3.2 – Zonamento climático. 18 3.4 – Método de cálculo das necessidades de aquecimento 20 3.4.1 – Justificação da metodologia de cálculo 20 3.4.2 – Perdas de calor por condução através da envolvente. 21 3.4.3– Perdas de calor por zona correntes para o exterior. 21 3.4.4 – Perdas de calor de paredes ou pavimentos em contacto com o solo. 24 3.4.5 – Perdas de calor por condução através das pontes térmicas. 27 3.4.6 – Perdas de calor por renovação do ar. 39 3.4.7 – Ganhos térmicos úteis na estação de aquecimento. 43 3.4.8 – Ganhos térmicos brutos resultantes de fontes internas. 44 3.4.9 – Ganhos térmicos brutos através dos vãos envidraçados. 44 3.5 – Procedimento de cálculo das necessidades de arrefecimento 50 3.5.1 – Justificação do procedimento de cálculo 50 3.5.2 – Ganhos de calor pela envolvente opaca. 51 3.5.3 – Ganhos de calor por ventilação 52 3.5.4 – Ganhos de calor pelos envidraçados 52 3.5.5 – Ganhos interiores 56 3.6 – Métodos de cálculo das necessidades de energia para preparação de águas quentes 57 3.6.1 – Energia dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS (Qa) 57 3.6.2 – Eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS (ɳa) 59 3.6.3 – Contribuição de sistemas solares de preparação de AQS (Esolar) 60 3.6.4 – Contribuição de outros sistemas de preparação de AQS (Eren) 60 Relatório de estágio v DSE 3.7 – Inércia térmica interior It 3.7.1– Cálculo da inércia térmica 60 61 3.8 – Fichas para licenciamento 62 3.9 – Requisitos mínimos de qualidade térmica para a envolvente dos edifícios 62 3.9.1 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis 62 3.9.2 – Zonas não correntes da envolvente 63 3.9.3 – Factor solar máximo admissível 63 4 – Certificação energética 64 4.1 – Certificado Energético 64 4.2 – Classes de eficiência energética 65 CAPITULO IV – CONCLUSÃO 66 BIBLIOGRAFIA ANEXOS Relatório de estágio vi DSE Índice de quadros: Quadro 1 – Lista de alguns projectos das várias especialidades desenvolvidos pela DSE .................................... 5 Quadro 2 – Lista de alguns projectos da verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, desenvolvidos pela DSE ................................................................................................................................... 6 Quadro 3 – Valores de Rph ............................................................................................................................. 41 Quadro 4 – Ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento (qi) .................................. 44 Quadro 5 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de aquecimento.................................................................................................................................................... 45 Quadro 6 – Factor de orientação que depende do octante para o qual o elemento da envolvente está orientado (X). ................................................................................................................................................................. 45 Quadro 7– Fracção envidraçada (Fg) ............................................................................................................... 48 Quadro 8 – Factores solares g ....................................................................................................................... 49 Quadro 9– Valores médios da temperatura do ar exterior e da intensidade da radiação solar para a estação convencional de arrefecimento (Junho a Setembro) .......................................................................................... 51 Quadro 10 – Coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento da envolvente opaca exterior (α) ........ 52 Quadro 11 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de aquecimento ( Gsul) ........................................................................................................................................ 53 Quadro 12 – Fracção de correcção da selectividade angular (FW) .................................................................... 55 Quadro 13 – Factor solar de vãos com protecção solar 100% activada e vidro incolor corrente (g┴) ................. 56 Quadro 14 – Número convencional de ocupantes de referência de cada fracção autónoma ................................ 58 Quadro 15 – Número anual de dias de consumo de AQS ................................................................................. 58 Quadro 16 – Valores de referência para a eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS............... 59 Quadro 17 – Classes de Inércia ........................................................................................................................ 61 Quadro 18 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis ........................................................... 62 Quadro 19 – Factores solares máximos admissíveis ......................................................................................... 63 Relatório de estágio vii DSE Índice de tabelas: Tabela 1- Fórmulas para calcular Ni ............................................................................................................... 15 Tabela 2- Valores de Nv .................................................................................................................................. 15 Tabela 3– Eficiência nominal dos equipamentos .............................................................................................. 17 Tabela 4– Coeficiente τ ................................................................................................................................... 23 Tabela 5- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico............................. 25 Tabela 6- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral ............ 26 Tabela 7- Valores de Ψ em paredes em contacto com o terreno ........................................................................ 27 Tabela 8– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ai ....................................................................................... 28 Tabela 9 – Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ae ...................................................................................... 28 Tabela 10– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ar ..................................................................................... 29 Tabela 11– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.1................................................................................... 29 Tabela 12– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.2................................................................................... 30 Tabela 13– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.1 .................................................................................. 30 Tabela 14– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.2 .................................................................................. 31 Tabela 15– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.1................................................................................... 31 Tabela 16– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.2................................................................................... 32 Tabela 17– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ci ........................................................................ 32 Tabela 18– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ce ........................................................................ 32 Tabela 19– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Cr ........................................................................ 33 Tabela 20– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Di ...................................................................................... 34 Tabela 21– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação De ..................................................................................... 34 Tabela 22– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Dr ..................................................................................... 35 Tabela 23– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para as situações Ei, Ee, Er ...................................................... 36 Tabela 24– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fi ....................................................................................... 36 Tabela 25– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fe ...................................................................................... 36 Tabela 26– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fr ....................................................................................... 36 Tabela 27– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Gi, Ge, Gr ....................................................................... 37 Tabela 28– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Hi, He, Hr ....................................................................... 38 Tabela 29- Valores do factor de sombreamento por elementos horizontais (F0)-Situação de Inverno ................. 46 Tabela 30- Valores do factor de sombreamento do horizonte (Fh)- situação de Inverno ..................................... 46 Tabela 31- Valores do factor de sombreamento por elementos verticais (Ff) - Situação de Inverno .................... 47 Tabela 32- Factor de sombreamento dos elementos horizontais (Fo) – situação de Verão.................................. 54 Tabela 33– Factor de sombreamento dos elementos verticais (Ff) – situação de verão ....................................... 55 Relatório de estágio viii DSE Índice de figuras: Figura 1 – Instalações do Grupo A.R.L .............................................................................................................. 1 Figura 2 – Organograma da empresa A.R.L ....................................................................................................... 2 Figura 3 – Zonamento Climático de Portugal ................................................................................................... 19 Figura 4 – Perdas para o solo pela envolvente em geral .................................................................................... 24 Figura 5 – Perdas de calor dos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico ........................ 25 Figura 6 – Perdas de calor de pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral ......... 26 Figura 7 – Perdas de calor de paredes em contacto com o terreno ..................................................................... 26 Figura 8 – Isolamento pelo interior .................................................................................................................. 28 Figura 9 – Isolamento pelo exterior.................................................................................................................. 28 Figura 10 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 29 Figura 11 –- Isolamento pelo interior ............................................................................................................... 29 Figura 12 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 30 Figura 13 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 30 Figura 14 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 30 Figura 15 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 31 Figura 16 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 31 Figura 17 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 32 Figura 18 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 32 Figura 19 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 33 Figura 20 – Isolamento pelo interior da parede de fachada e pelo exterior da cobertura ..................................... 33 Figura 21 – Isolamento contínuo pelo exterior ................................................................................................. 34 Figura 22 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar da parede de fachada e isolamento pelo exterior da cobertura ......................................................................................................................................................... 34 Figura 23 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 35 Figura 24 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 35 Figura 25 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ................................................. 35 Figura 26 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 36 Figura 27 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 36 Figura 28 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar ............................................................................. 36 Figura 29 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 37 Figura 30 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 37 Figura 31 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ................................................. 37 Figura 32 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 38 Figura 33 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 38 Figura 34 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ................................................. 38 Figura 35 – Gráfico para o calculo de Rph mecânico........................................................................................ 42 Figura 36 – Ângulo de horizonte (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado ............................... 46 Relatório de estágio ix DSE Figura 37 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado situação de inverno............................................................................................................................................................ 47 Figura 38 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado sitação de verão ....................................................................................................................................................................... 54 Figura 39 – Classes enegéticas......................................................................................................................... 65 Relatório de estágio x DSE CAPÍTULO I - LOCAL DE ESTÁGIO 1.1 – Descrição da Organização António Rodrigues Leão, fundou, com apenas 20 anos em 1957, a antecessora da actual A.R.L. Construções S.A. Trinta anos mais tarde, adiciona à empresa o comércio de materiais de construção e construção para venda. Em 1987 surgiu a empresa António Rodrigues Leão, Lda, dedicada à construção civil e obras públicas. Sentiu-se nesta altura a necessidade em separar as actividades: industrial e comercial. Esta designação manteve-se até 2003, altura em que nasceram quatro firmas cisão entre a actividade da construção e da promoção imobiliária, passando a sociedade por quotas em sociedade anónima A.R.L. Construções S.A. e criação de sociedade anónima para a actividade de promoção imobiliária A.R.L. Imobiliária S.A. e aquisição da empresa de projecto e consultoria DSE, Lda. Em 2007, deu início a construção das novas instalações na zona industrial da Guarda com a constituição de escritórios, estaleiro, oficinas, etc, que terminaram no final do ano 2008, dando lugar à sua inauguração. A sua sede funciona desde então, nessas novas instalações do grupo A.R.L. A seguir apresenta-se como figura 1, uma fotografia das novas instalações, tirada pelo estagiário. Figura 1-Instalações do Grupo A.R.L Relatório de estágio 1 DSE A direcção do grupo A.R.L. é constituída por: António Rodrigues Leão – Presidente do Conselho de Administração da A.R.L. Imobiliária S.A, Engenheiro Jorge Leão – Administrador – responsável pelos departamentos comercial e de produção. Engenheiro Furtado Gomes – Administrador – responsável pelos departamentos de avaliação/qualidade e administrativo. Na figura 2, apresenta-se o organograma da empresa A.R.L. Organograma da empresa A.R.L Figura 2-Organograma da empresa Relatório de estágio 2 DSE 1.2 – Departamentos do Grupo – A.R.L O Grupo A.R.L é constituído pelos seguintes departamentos: - A.R.L. Imobiliária S.A. A A.R.L. Imobiliária S.A. aposta fortemente na satisfação dos seus clientes e, consequentemente, em elevados padrões de qualidade nos projectos que desenvolve. Criada há cerca de cinco anos, a A.R.L. Imobiliária S.A, nasceu com a especificidade de fazer mesmo o papel de imobiliária, desenvolvendo tarefas de compra e venda de imóveis. Assim, a A.R.L. Construções S.A. faz apenas contratos de empreitada, enquanto a A.R.L. Imobiliária S.A. se dedica a vender e promover os seus próprios apartamentos, não estando no projecto ter a componente de mediadora. Até ao momento a A.R.L. Imobiliária S.A. investiu apenas na cidade da Guarda, mas está nos seus horizontes partir para outras cidades vizinhas, especialmente para as capitais de distrito como Castelo Branco e Viseu que são os pólos aglutinadores da população. - A.R.L. Materiais de Construção A A.R.L. Materiais de Construção S.A., é uma empresa com tradição e credibilidade na área dos materiais de construção e decoração, coloca à disposição dos clientes um espaço criado a pensar na qualidade dos acabamentos dos edifícios. Relatório de estágio 3 DSE - A.R.L. Construções A A.R.L. Construções S.A., dedica-se à construção civil e obras públicas, com os trabalhos mais relevantes na área da construção de edifícios. Neste contexto, efectua uma selecção e formação rigorosa dos seus Recursos Humanos, uma escolha ponderada dos seus fornecedores e dos materiais a aplicar em obra, sempre com o objectivo de cumprir critérios de elevada qualidade de forma a garantir uma satisfação total dos clientes. Conscientes de que têm dimensão, capacidade, conhecimento e reconhecimento suficientes para traçar o próprio caminho, não abdicando dos valores consolidados ao longo de décadas de trabalho competente, como a ética, o rigor, a solidez, a responsabilidade social e ambiental, mas também a aposta em termos de modernidade, ambição e força construtiva, assegurando assim uma posição de liderança no competitivo sector da construção civil e obras públicas. - D.S.E. O gabinete DSE - Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda., foi adquirido em 1996 e desde então tem desenvolvido a sua actividade em projectos, estudos de engenharia, consultoria nas áreas de construção, acústica e higrotérmica, bem como na avaliação imobiliária. Fruto da evolução do mercado, a DSE Lda. tem vindo a posicionar-se de forma a prestar um serviço mais alargado no domínio dos estudos e projectos de engenharia, contando com uma equipa profissional e dinâmica assim como com a colaboração de técnicos externos à empresa, a DSE tem vindo a elaborar projectos nas diversas especialidades da engenharia, especializando-se nos últimos anos na certificação energética. Relatório de estágio 4 DSE Foi neste departamento do grupo A.R.L. que o estagiário foi desenvolvendo o seu estágio, colocando-o por esta razão em destaque neste capítulo em relação aos outros departamentos do grupo A.R.L. Como referido anteriormente, a DSE tem vindo desde há muito, com o rigor e o profissionalismo dos seus técnicos, a elaborar projectos nas diversas áreas da construção civil. No seguinte quadro 1 apresentam-se alguns dos projectos elaborados pela DSE Quadro 1 – lista de alguns dos projectos das várias especialidades, desenvolvidos pela DSE DESCRIÇÃO DO PROJECTO Projecto de estbabilidade e betão armado - Muro de conteção de terras Recup. e Ampliação de Imóvel para Comércio-Serviços e Habitação Lar João Bravo Adaptação da Casa Seixas a Edificio dos Paços do Concelho Loteamento Castelões Construção de Moradia Reabilitação Estrutural da Garagem do Edifício dos Bombeiros Voluntários Colégio Educativo do Mondego Egiquímica Concepção e Construção da ETAR na PLIE Remodelação do Pavilhão Cruz & Areal Especialidades Creche de Schoenstatt Construção de um Armazém Projecto de Segurança Contra Risco de Incêndio Arranjo Urbanístico da Rua da Republica e da Rua Silva Gouveia Pormenores Construtivos da Biblioteca Municipal de Celorico da Beira Projecto de Segurança Contra Risco de Incêndio Projecto de Redes de àguas e Esgotos Projecto de Instalações Sanitária Públicas Projecto de Especialidades de Armazém e Comércio Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Especialidades Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Arquitectura / Especialidades Requalificação da EB1 de Arganil - Projecto Acústica Construção de Parque Radical - Projecto Estabilidade Recuperação do Antigo Quartel da GNR - Projecto de Especialidades Ampliação de Edifício para Lar de Idosos - Projecto Especialidades Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Especialidades Reabilitação e Ampliação de Edifícios para Turismo Espaço Rural Recuperação e Ampliação de Edifício Remodelação de Apartamento Edifício de Habitação Construção do Centro de Actividades Ocupacionais - Telas Finais Construção de Mediateca (Tipologia 1) Construção de Mediateca (Tipologia 2) Relatório de estágio LOCAL S. João da Pesqueira Guarda Arrifana-Guarda Pinhel Vila Nova Famalicão Malta-Pinhel S. João da Pesqueira Porto da Carne Guarda Guarda - Gata Ervosa - Trofa Aveiro Qt.ª da Torre - Parque Industrial - Guarda Loteamento Sete Bicas - Alfarazes Pinhel Câmara Municipal de Celorico da Beira Parque Infantil da Guarda Av. Alexandre Herculano - Guarda Praça Luis de Camões - Guarda Viseu Cadafaz - Celorico da Beira Videmonte Arganil Belmonte Penamacor Torroselo Gulifar - Guarda Aldeia do Bispo - Sabugal Malhada Sorda - Almeida Lisboa Oeiras Fornos de Algodres Angola Angola 5 DSE A certificação energética tem vindo a ocupar um lugar de elevada importância neste gabinete. No quadro 2 apresentam-se alguns projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE elaborados pela D.S. E. Quadro 2 – Lista de alguns dos projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, desenvolvidos pela DSE DESCRIÇÃO DO PROJECTO LOCAL Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Souto - Guarda Construção de Edifício - Projecto RCCTE Sabugal Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE João Antão - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Melo - Gouveia Construção de Edifício de Habitação Colectiva - Projecto RCCTE Guarda Reconstrução e Ampliação de Edifício - Projecto RCCTE Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Sobral Pichorro Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Reconstrução e Ampliação de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Toito - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Guarda Reconstrução e Ampliação de Edifício para Centro Náutico - Projecto RCCTE Barca D' Alva Reconstrução e Alteração de uma Moradia - Projecto RCCTE Pousade - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Lameirinhas - Guarda Construção de Edifício para Lar de Idosos - Projecto RCCTE Freches - Trancoso Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Vila Soeiro - Fornos de Algodres Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Alfaiates - Sabugal Ampliação de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Martim Pêga - Sabugal Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Alteração de Edifício - Projecto RCCTE V. Cortez do Mondego - Guarda Construção de um Edifício para Centro de Dia - Projecto RCCTE Miuzela - Almeida Alteração e Ampliação de Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Açores - Celorico da Beira Ampliação e Alteração de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Guarda Construção de um Quiosque - Projecto RCCTE Guarda Alteração de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Monteiros - Guarda Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE Miuzela - Almeida Construção de Moradia Multifamiliar - Projecto RCCTE Manteigas Construção de Armazém - Projecto RCCTE Sabugal Ampliação do Quartel dos Bombeiros Voluntários do Soito - Projecto RCCTE Soito Reconstrução e Ampliação de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE Pinzio - Pinhel Alteração e Ampliação de Edificio de Habitação - Projecto RCCTE Rapa - Celorico da Beira Alteração e Ampliação de Edificio - Projecto RCCTE Trinta - Guarda Construção de Edifício - Projecto RCCTE Bairro da Luz - Guarda Relatório de estágio 6 DSE CAPÍTULO II - O ESTÁGIO 2.1 – Actividades desenvolvidas Este estágio focou-se principalmente na área da certificação energética em particular na elaboração de projectos de térmica. Durante o estágio, foram desenvolvidas capacidades de interpretação de projectos das várias especialidades, alargou o seu vocabulário a nível de termos técnicos, aprofundou os seus conhecimentos na área dos materiais de construção (especialmente na suas características como isolantes térmicos), e em softwares como o AutoCad, Design Review, Soltherm e programas do Microsoft Office (Word e Excel), Ao longo do estágio, foi realizado: a) a preparação de dados para a realização de projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, para construção de edifícios unifamiliares, sociais e de serviços, destacando-se o a identificação dos dados geográficos; o a interpretação e medições do projecto de arquitectura; o a interpretação e medições do projecto de estabilidade; o a análise de espaços e elementos do edifício afectados pelo ganho e perda de energia; o a criação de possíveis soluções a adoptar; o a realização dos cálculos necessários; o a introdução em folhas de calculo, das soluções obtidas; o a analise e interpretação dos resultado; o a elaboração de desenhos de identificação e de pormenores; o o ajustamento de uma memória descritiva tipo . Relatório de estágio 7 DSE b) a preparação de dados para a certificação energética de edifícios já existentes. Isto é: o a identificação e medições em obra dos elementos do edifício afectados pelo ganho e perda de energia; o a verificação dos matérias utilizados na envolvente; o a verificação dos equipamentos de ventilação e de produção das AQS (águas quente sanitárias), o a verificação dos elementos responsáveis pelo sombreamento dos envidraçados; o a introdução em folhas de calculo elaboradas para edifícios existentes, dos dados recolhidos em obra; o a analise e interpretação dos resultados. Sendo todos estes dados e resultados, rigorosamente analisados e corrigidos, pelo engenheiro José António Furtado Gomes. Como referido anteriormente, o estagiário preparou então dados para a elaboração de projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, sendo este, ao todo em número de 14 e identificados a seguir por ordem de processo. É de referir que a identidade dos requerentes não será divulgada por questão de privacidade Ampliação de uma habitação unifamiliar – Vila Soeiro – Guarda Construção de edifício unifamiliar – Manteigas Construção de uma oficina social – Vila Cortez do Mondego – Guarda Construção de uma moradia unifamiliar - Açores – Celorico da Beira Reabilitação de uma moradia unifamiliar – São Vicente – Guarda Construção de uma moradia unifamiliar – Manteigas Ampliação de uma habitação unifamiliar – Muizela – Almeida Ampliação de uma habitação multifamiliar (dois T3) – Manteigas Construção de um edifício para comércio e habitação – Covilhã Ampliação de um quartel de bombeiros – Soito – Sabugal Reconstrução e ampliação de uma moradia unifamiliar – Pinzio – Pinhel Alteração e ampliação de edifício de habitação – Rapa – Celorico da Beira Relatório de estágio 8 DSE Alteração de edifício para sede de associação juvenil – Trinta – Guarda Construção de um centro de convívio – Bairro da Luz – Guarda A estes projectos acrescenta-se ainda a preparação de dados para emissão de certificados energéticos relativamente a oito fracções localizadas no lote 2 da quinta das 7 bicas. Face à impossibilidade de apresentar todos os projectos realizados ao longo deste estágio, optou-se por fazer um resumo descritivo no capítulo III, das condições de aplicação do RCCTE e dos diversos passos para a execução de um projecto de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE. Como exemplo, será apresentado em ANEXO I deste relatório, um projecto relativo à alteração e ampliação de um edifício de habitação e em ANEXO II o seu respectivo certificado energético. Relatório de estágio 9 DSE CAPÍTULO III – APLICAÇÃO DO RCCTE Regulamento das características e comportamento térmico dos edifícios 3.1 – Introdução O novo Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, RCCTE, Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, permite: contabilizar de forma mais realista os consumos energéticos admitindo que uma parte significativa dos edifícios será dotada de equipamentos de aquecimento e de ar condicionado; fixar maiores exigências de qualidade da envolvente dos edifícios; fixar as condições ambientais de referência considerando: temperatura interior; ventilação para renovação de ar e garantia de qualidade do ar; ser actualizado periodicamente uma vez que os requisitos específicos podem ser alterados, sempre que se considere oportuno, por portarias; ser aplicado à fase de licenciamento de forma a garantir que os projectos que recebam licença de construção satisfaçam integralmente os requisitos deste regulamento. Assim: aumenta as penalizações (pecuniárias e profissionais); aumenta as exigências de formação profissional dos técnicos. No contexto internacional é consensual a necessidade de melhorar a qualidade dos edifícios (reduzir os seus consumos e a emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa), Relatório de estágio 10 DSE assim, este regulamento está de acordo com os compromissos assumidos por Portugal quando assinou o tratado de Quioto (redução das emissões de todos os sectores consumidores de energia, incluindo o residencial). Esta legislação obedece aos objectivos da União Europeia que publicou, em Janeiro de 2003, a directiva 2002/91/CE relativa ao desempenho energético dos edifícios e que: Impõe aos estados membros o estabelecimento e actualização periódica de regulamentos para melhorar o comportamento térmico dos edifícios novos e reabilitados; Obriga a contabilizar as necessidades de energia para as águas quentes sanitárias com o objectivo de favorecer a penetração de sistemas colectores solares ou alternativas renováveis; Exigências de conforto térmico (aquecimento e arrefecimento); Exigências de ventilação (qualidade do ar interior); Necessidades de água quente sanitária; Minimizar as situações patológicas nos elementos de construção devidas à ocorrência Sem dispêndio excessivo de energia de condensações superficiais e internas (durabilidade dos elementos de construção e qualidade do ar). Este regulamento aplica-se a: novos edifícios de habitação; novos edifícios de serviços sem sistemas de climatização centralizados; cada fracção autónoma (cada uma das partes dotada de contador individual de energia, separada do resto do edifício por uma barreira física contínua e cujo direito de propriedade ou fruição seja transmissível autonomamente) e apenas aos espaços para os quais se exige condições interiores de conforto; Relatório de estágio 11 DSE remodelações / alterações na envolvente ou nas instalações de água quente sanitária (custo > 25% do valor do edifício); às ampliações dos edifícios existentes, exclusivamente na nova área construída. Não se aplica a: edifícios ou fracções autónomas destinadas a serviços, a construir ou a renovar, que se destinem a estar frequentemente abertos ao exterior e não sejam aquecidos nem climatizados; locais de culto; edifícios para fins industriais, afectos ao processo de produção; garagens; armazéns; oficinas; edifícios agrícolas não residenciais; intervenções de remodelação / recuperação / ampliação de edifícios classificados ou em zonas históricas, sempre que se verifiquem incompatibilidades com este regulamento. Relatório de estágio 12 DSE Competência para o licenciamento Entidade ou técnico acreditado pelo sistema nacional de certificação de energia de edifícios declaração de conformidade regulamentar do projecto do edifício/fracção Entidades licenciadoras – exigir a demonstração do cumprimento do RCCTE licença de construção licença de utilização É necessário entregar à entidade licenciadora aquando da apresentação da demonstração do cumprimento do Regulamento: - Ficha de sumário de demonstração da conformidade regulamentar do edifício face ao RCCTE (Ficha 1 do Anexo VIII, do RCCTE); - Levantamento dimensional e descrição das soluções construtivas (Ficha 2 do Anexo VIII, do RCCTE); - Cálculo de Nic, Nvc, Nac e Ntc; Onde: Nic – necessidades nominais de aquecimento Niv – necessidade nominais de arrefecimento Nac – necessidade para a preparação de águas quentes sanitárias Ntc – necessidades nominais anuais globais de energia primária - Ficha de comprovação de Satisfação dos Requisitos Mínimos (Ficha 3 do Anexo VIII, do RCCTE); Relatório de estágio 13 DSE - Pormenores construtivos de todas as situações de ponte térmica, nomeadamente: Ligação Fachada / Pavimento térreo; Ligação Fachada / Pavimento exterior ou sobre locais não aquecidos; Ligação Fachada / Pavimento intermédio; Ligação Fachada / Cobertura inclinada ou terraço; Ligação Fachada / Varanda; Ligação entre 2 Paredes Verticais; Ligação Fachada / Caixa de Estore; Ligação Fachada / Padieira / Ombreira / Peitoril - Termo de responsabilidade do técnico responsável pelo projecto; - Declaração de conformidade regulamentar emitida por técnico ou empresa acreditada. Responsabilidade pelo projecto e pela execução Responsabilidade pela demonstração de conformidade de projecto com o RCCTE e pela execução da construção Arquitecto (AO) Engenheiro (OE) Eng.Técnico (ANET) 3.2 – Disposições transitórias Estas disposições estabelecem limite e condições de referencia para cumprir com o regulamento e se ter o dito conforto térmico interior. 3.2.1 – Condições interiores de referência - estação de Aquecimento: temperatura interior 20ºC; - estação de Arrefecimento: temperatura interior 25ºC; Humidade relativa 50%; - taxas para a renovação de ar 0,6 RPH; - consumo de água quente sanitária em edifícios de habitação 40l/pessoa/dia (a 60ºC). Relatório de estágio 14 DSE 3.2.2 – Valores limites das necessidades nominais de aquecimento, de arrefecimento e de preparação de águas quentes sanitárias as necessidades de aquecimento máximas Ni, dependem do graus dias – GD, retirado do quadro III.1 do RCCTE, consoante o concelho onde se encontra o edifício e factor de forma que deve ser calculado pela seguinte expressão: = ∑ Na tabela 1 apresentam-se as expressões para o cálculo das necessidades de aquecimento máximas dependendo do valor do factor de forma obtido. Tabela 1- Fórmulas para calcular Ni Ni (KWh/m2.ano) FF ≤ 0.5 4.5 + 0.0395 x GD 0.5 ≤ FF ≤ 1 4.5 + (0.021 + 0.037 x FF) x GD 1 < FF ≤ 1.5 [4.5 + (0.021 + 0.037 x FF) x GD] x (1.2 – 0.2 x FF) FF > 1.5 4.05 + 0.06885 x GD as necessidade de arrefecimento máximas - N , depende fundamentalmente da zona climática em que se encontra o edifício e estão definidas na tabela 2 Tabela 2- Valores de Nv Nv (KWh/m2.ano) Norte 16 Sul 22 Norte 18 Sul 32 Norte 26 Sul 32 Zona V1 Zona V2 Zona V3 Relatório de estágio Açores 21 Madeira 23 15 DSE as necessidades para a preparação de aguas quentes sanitárias máximas, devem ser calculadas pela seguinte expressão: , = × × (kwh/m² ano) onde: é o consumo médio diário de referência de AQS é o número anual de dias de consumo de AQS as necessidades nominais anuais globais de energia primária são obtidas pela expressão: = 0,1 × ɳ × + 0,1 × × ɳ + × (kgep/m² ano) onde: é o factos de conversão energia útil para primária η é a eficiência nominal dos equipamentos utilizados pelos sistemas de aquecimento e arrefecimento. Estas devem ser inferior ao limite máximo necessidades nominais anuais globais de energia primária resultante da expressão: ≤ = 0,9 × (0,01 + 0,01 + 0,15 ) Quando o edifício não tiver previsto um sistema de aquecimento, de arrefecimento ambiente ou de aquecimento de águas sanitárias, considera-se para o cálculo de Ntc que: - Sistema de aquecimento será obtido por resistência eléctrica; - Sistema de arrefecimento será uma máquina frigorífica com eficiência (COP) de 3; - Sistema de produção de AQS será um termoacumulador eléctrico com 50mm de isolamento térmico, em edifícios sem alimentação a gás, ou um esquentador a gás natural ou GPL, quando estiver previsto o respectivo abastecimento. Valores dos requisitos mínimos e de referência das propriedades térmicas da envolvente Requisitos mínimos de qualidade (definidos nos nº 1 a 3 do Anexo IX, do RCCTE) se t > 0,7 (ao elemento da envolvente interior aplicam-se os requisitos mínimos relativos à envolvente exterior); Requisitos mínimos de referência que dispensam da verificação detalhada do RCCTE as moradias com Au≤Amv (definidos nos nº 4 do Anexo IX). Relatório de estágio 16 DSE 3.2.3 – Conversão de energia útil para energia primária Utilizar-se-ão os seguintes factores de conversão Fpu entre energia útil e energia primária: - Electricidade: Fpu = 0,290 Kgep/kWh; - Combustíveis sólidos, líquidos e gasosos: Fpu = 0,086 Kgep/kWh. Estes valores deverão ser afectados pela eficiência nominal dos equipamentos utilizados pelos sistemas de aquecimento e de arrefecimento, e , sob condições nominais de funcionamento, podendo ser adoptados, à falta de dados mais precisos, os valores da tabela 3: Tabela 3– Eficiência nominal dos equipamentos Relatório de estágio Resistência eléctrica 1,00 Caldeira a combustível gasoso 0,87 Caldeira a combustível líquido 0,80 Caldeira a combustível sólido 0,60 Bomba de calor (aquecimento) 4,00 Bomba de calor (arrefecimento) 3,00 Máquina frigorífica (ciclo de compressão) 3,00 Máquina frigorífica (ciclo de absorção) 0,80 17 DSE 3.3 – Metodologia de cálculo 3.3.1 – Espaços com requisitos de conforto térmico Consideram-se todos os espaços úteis interiores dos edifícios sujeitos à aplicação nominal das condições de referência. Espaços aos quais não se aplicam as condições de referência e que não podem ser incluídos nos cálculos de Nic, Nvc e Ntc ou seja espaços considerados não úteis (locais não aquecidos). - Sótãos e caves não habitadas, acessíveis ou não; - Circulações comuns (interiores ou exteriores); - Varandas e marquises fechadas, estufas ou solários adjacentes aos espaços úteis; - Garagens, armazéns, arrecadações e similares. 3.3.2 – Zonamento climático O país esta dividido da seguinte forma: Região Norte: Todas a zonas de Portugal continental excepto pertencentes a região Sul as -Região Sul: Sul do rio Tejo. Lisboa, Verão: V1, V2: V3 Inverno: I1, I2, I3 Odivelas, Cascais, Amadora, Loures, V. Franca de Xira, Azambuja, Cartaxo e Santarém, Na figura 3 seguinte, apresentam-se dois mapas do país divididos pelas zonas climáticas de inverno e verão respectivamente. Relatório de estágio 18 DSE Figura 3- Zonamento Climático de Portugal Os dados climáticos de referência de Inverno e de Verão são os seguintes: Nº Graus Dias de Aquecimento (na base de 20ºC), GD (ºC.dias) Inverno Duração da estação de aquecimento, M (meses) Energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a sul, Gsul Temperatura exterior de projecto (ºC) Verão Amplitude térmica média diária do mês mais quente (ºC) Valores médios da temperatura do ar exterior, ϴm (ºC) Intensidade da radiação solar para cada orientação, Ir (kWh/m) - Há alterações, em função da altitude das localidades, relativamente ao Zonamento do território e aos dados climáticos de referência. - Há um Zonamento climático específico para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Relatório de estágio 19 DSE - Nos concelhos de Pombal, Leiria e Alcobaça, as localidades situadas numa faixa litoral de dez quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática I1 e apresentam os seguintes valores: - GD: 1500 ºC.dia; - Duração da estação de aquecimento: 6 meses. - Nos concelhos de Pombal e Santiago do Cacém, as localidades situadas numa faixa litoral de 1quinze quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática V1 e apresentam os seguintes valores: - Temperatura exterior de projecto: 31 ºC.dia; - Amplitude térmica média diária do mês mais quente: 10ºC. - No concelho de Alcácer do Sal, as localidades situadas numa faixa litoral de dez quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática V2 e apresentam os seguintes valores: - Temperatura exterior de projecto: 33 ºC.dia; - Amplitude térmica média diária do mês mais quente: 13ºC. 3.4 – Método de cálculo das necessidades de aquecimento 3.4.1 – Justificação da metodologia de cálculo Relativamente ao valor de Nic: Não representa consumos reais, pois os seus ocupantes podem impor condições diferentes das de referência; Constitui uma forma objectiva de comparar o comportamento térmico de edifícios ou fracções autónomas; Quanto maior for o seu valor, mais frio será o edifício no Inverno, ou mais energia será necessário fornecer para o aquecer até uma temperatura confortável. Relatório de estágio 20 DSE O método de cálculo está definido de acordo com a Env ISO 13790 e considera que todo o edifício ou fracção autónoma será mantido permanentemente à mesma temperatura de referência (20°). Necessidades nominais de aquecimento Nic, resulta do quociente entre, o somatório das perdas de calor por condução através da envolvente (Qt) com as perdas de calor resultantes das renovações de ar (Qv), menos os ganhos úteis (Qqu) e a área da fracção autónoma, como representado na seguinte expressão: = ( + − ) 3.4.2 – Perdas de calor por condução através da envolvente As perdas de calor pela envolvente resultam de todas as perdas através de elementos físicos do edifício e são calculadas pela seguinte expressão: Q =Q +Q +Q +Q onde: Qext são as perdas por zonas correntes das paredes, envidraçados, coberturas, e pavimentos em contacto com o exterior; Qlna são as perdas por zonas das paredes, pavimentos e envidraçados em contacto com locais não aquecidos; Qpe são as perdas por paredes e pavimentos em contacto com solo; Qpt são as perdas de calor pelas pontes térmicas. 3.4.3 – Perdas de calor por zona correntes para o exterior A) Elementos em contacto com o exterior Todos os elementos em contacto com o exterior terão perdas de calor calculadas da seguinte forma: Q Relatório de estágio = 0.024 × U × A × GD 21 DSE onde: A é a área do elemento em contacto com o exterior medida pelo interior do edifício. GD é o número de graus dias retirado do quadro III.1 do RCCTE. U é coeficiente de transmissão térmica de um elemento – representa a quantidade de calor que atravessa perpendicularmente, um elemento de faces planas e paralelas, por unidade de tempo e de superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário (°C) entre os ambientes que separa. = 1 R R é a resistência térmica de um material ou elemento construtivo. R =R + e + λ R+ R +R onde: Rsi - resistência térmica superficial interior, Rse - resistência térmica superficial exterior, Rar - resistência térmica do espaço de ar, e espessura da camada de elementos homogéneos λ - Coeficiente de condutibilidade térmica (W/m°C), característica dos materiais de construção que representa a quantidade de calor que atravessa perpendicularmente um metro desse material, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário (°C). Este valor pode ser fornecido pelo fabricante ou retirado ITE- 50 do Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Relatório de estágio 22 DSE B) Perdas de calor por condução para locais não aquecidos Q = 0.024 × U × A × GD × τ (kwh) São considerados locais não aquecidos armazéns, arrecadações, garagens, sótãos não habitados, escadas e corredores de acesso etc. O coeficiente τ é determinado através da tabela 4 para o qual se necessita saber o tipo de local não aquecido de que se trata e do quociente entre Ai (área do elemento que separa o espaço útil do espaço não útil) e Au (área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior). Tabela 4– Coeficiente τ Ai – área do elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útil; Au – área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior. Relatório de estágio 23 DSE A envolvente de separação destes espaços com os espaços aquecidos deverá satisfazer obrigatoriamente os requisitos mínimos definidos no Anexo IX (Umax e factor solar). Os valores indicados aplicam-se a desvãos não habitados de coberturas inclinadas acessíveis ou não. Se forem acessíveis estes podem ter, quer não ter, qualquer uso quer ser utilizados como arrecadações os espaços técnicos. As características da ventilação baseiam-se nas definições que constam no Anexo II. Nota: sempre que τ > 0,7 ao elemento que separa o espaço útil do espaço não útil aplicam-se os requisitos mínimos definidos no Anexo IX para os elementos exteriores (ver art. 16°) 3.4.4 – Perdas de calor de paredes ou pavimentos em contacto com o solo As perdas de calor para o solo através de paredes ou do pavimento variam consoante certos parâmetros, sendo estes a diferença de nível entre a face superior do pavimento e a cota do terreno exterior podendo esta diferença ser positiva ou negativa. Outro factor que influencia estas perdas, é a existência ou não de isolamento térmico no elemento de separação entre o interior e o solo. No caso concreto de este elemento ser uma parede, o valor do coeficiente de transmissão térmica desta mesma, será também um agente condicionador das ditas perdas. Na figura 4 apresenta-se um esquema representativo das perdas para solo pela envolvente em geral. Figura 4 – Perdas para o solo pela envolvente em geral Estas perdas são calculadas pela seguinte expressão: Q = 0.024 × L × GD (kwh) onde: Relatório de estágio 24 DSE Lpe – perdas unitárias de calor. Lpe = ∑ Ψ × B (W/°C) Ψ – Coeficiente de transmissão térmica linear (W/m.°C), retirado da tabela 5 para pavimentos com isolamento térmico, a tabela 6 para pavimentos sem isolamento térmico e da tabela 5 para parede em contacto com o terreno. Estes valores dependem, para as paredes, do coeficiente de transmissão térmica e da diferença de cotas entre o pavimento e o solo natural exterior. No caso dos pavimentos Ψ depende da existência ou não de isolamento térmico e diferença de cotas entre o pavimento e o solo natural exterior. Bj – Desenvolvimento do elemento em contacto com p terreno medido pelo interior A. Pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico Na figura 5 encontram-se ilustradas as perdas efectuadas pelos pavimentos em contacto com o terreno, e no seguinte quadro 5 os respectivos coeficientes das perdas. Figura 5- Perdas de calor dos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico Tabela 5- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico Relatório de estágio z (m) < -6.00 Ψ (W/m.ᵒC) 0 -6.00 a -1.25 0.50 -1.20 a 0 1.50 0.05 a 1.50 2.50 25 DSE B. Pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral Figura 6 – Perdas de calor de pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral Tabela 6- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral z (m) - 1.20 a 0.00 0.05 a 1.50 Ψ (W/m.ᵒC) Resistência térmica do isolante – R (m2.ᵒC/W) 0.30 < R < 0.5 R ≥ 0.5 1.40 1.20 2.00 1.80 C. Paredes em contacto com o terreno Figura 7 – Perdas de calor de paredes em contacto com o terreno Relatório de estágio 26 DSE Tabela 7- Valores de Ψ em paredes em contacto com o terreno Ψ (W/m.ᵒC) z (m) Coeficiente de transmissão térmica da parede U (W/m2.ᵒC) 0.40 0.64 1.00 1.20 1.50 1.80 a a a a a a 0.64 0.99 1.19 1.49 1.79 2.00 < - 6.00 1.55 1.90 2.25 2.45 2.65 2.75 -6.00 a -3.05 1.35 1.65 1.90 1.05 2.25 2.50 - 3.00 a -1.05 0.80 1.10 1.30 1.45 1.65 1.75 -1.00 a 0.00 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 3.4.5 – Perdas de calor por condução através das pontes térmicas As perdas de calor através das pontes térmicas devem ser calculadas através da seguinte expressão: Qpt = 0,024 x Lpt x GD (kwh) onde: Lpt são as perdas lineares e unitárias de calor por °C de diferença de temperatura entre os ambientes interior e exterior) através das pontes térmicas serão calculadas, em cada momento pela seguinte fórmula: ∑ Ψj x Bj (w/°C) Dependendo Ψ do tipo de ligação entre os elementos podendo ser estes: A- Ligação da fachada com pavimentos térreos; B- Ligação da fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos ou exteriores; C- Ligação da fachada com pavimentos intermédios; D- Ligação da fachada com cobertura inclinada ou terraço; E- Ligação da fachada com varanda; F- Ligação entre duas paredes; G- Ligação da fachada com caixa de estores; H- Ligação da fachada com padieira, ombreira, ou peitoril. Relatório de estágio 27 DSE Sendo ainda cada tipo classificado por: i - isolamento pelo interior. e - isolamento pelo exterior. r - isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar das paredes duplas. Os valores de Ψ são obtidos através das tabelas apresentadas a seguir. A. Ligação de fachada com pavimentos térreos Tabela 8– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ai ep z (m) (m) 0.15 0.20 ≥ 0.25 0 a + 0.40 0.50 0.55 0.65 > + 0.40 0.65 0.75 0. 5 Figura 8 - Isolamento pelo interior Tabela 9– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ae d z (m) (m) <0 de 0 a 0.60 > 0.60 0 a + 0.40 0.60 0.30 0.15 > + 0.40 0.80 0.45 0.25 Figura 9 - Isolamento pelo exterior Relatório de estágio 28 DSE Tabela 10– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ar ep z (m) (m) 0.15 0.20 ≥0.25 0 a + 0.40 0.45 0.50 0.60 > + 0.40 0.60 0.70 0.80 Figura 10- Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas Nota: Quando o pavimento térreo não tem isolamento térmico, os valores de Ψ das tabelas 6, 7 e 8 agravam-se em 50%. B. Ligação de fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos ou exteriores Tabela 11– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.1 ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.55 0.65 0.75 0.60 0.15m < em* < 0.30m * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. Figura 11 - Isolamento pelo interior Relatório de estágio 29 DSE Tabela 12– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.2 ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.20 0.25 0.30 0.35 0.15m < em* < 0.30m * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. Figura 12 - Isolamento pelo interior Tabela 13– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.1 em* d (m) (m) 0<d=0.30 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.40 0.45 0.50 0.55 * Se não for de betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. Figura 2 - Isolamento pelo exterior Figura 13 - Isolamento pelo exterior Tabela 14– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.2 em* d (m) 0<d≤0.30 (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.45 0.50 0.55 0.60 * Se não for de betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. Figura 14 - Isolamento pelo exterior Relatório de estágio 30 DSE Tabela 15– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.1 ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.60 0.65 0.70 0.80 Figura 15 - Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas Tabela 16– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.2 ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.50 0.55 0.60 0.70 Figura 16 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas Relatório de estágio 31 DSE C. Ligação de fachada com pavimentos intermédios Tabela 17– Valores de Ψsup e Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ci ep em* (m) Figura 17 - Isolamento pelo interior (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.15 a 0.22 0.35 0.40 0.45 0.55 0.22 a 0.30 0.30 0.35 0.40 0.50 ≥0.30 0.25 0.30 0.35 0.45 * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Nota: Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf Tabela 18– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ce 0.15m <em*<0.30m Ψsup = Ψinf = 0.10 W/m.ᵒC * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Figura 18 - Isolamento pelo exterior Nota: Ψsup = Ψinf Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf Relatório de estágio 32 DSE Tabela 19– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Cr ep em* m) (m) ≥0.30 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.15 0.20 0.25 0.30 * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Figura 19 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas Nota: Ψsup = Ψinf Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf D. Ligação de fachada com cobertura inclinada ou terraço Tabela 20– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Di ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0 3 5 0.65 0.75 0.85 0.90 Figura 20 - Isolamento pelo interior da parede de fachada e pelo exterior da cobertura 0.15m < em*<0.30m * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Relatório de estágio 33 DSE Tabela 21– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação De ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.35 0.45 0.50 0.55 0.15m < em*<0.30m Figura 21 - Isolamento contínuo pelo exterior * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Para isolamento não contínuo pelo exterior considerar os valores Ψ da tabela 22. Tabela 22– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Dr ep (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.50 0.60 0.70 0.75 Figura 22 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar da parede de fachada e isolamento pelo exterior da cobertura Relatório de estágio 34 DSE E. Ligação da fachada com varanda Figura 23 - Isolamento pelo interior Tabela 23– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para as situações Ei, Ee, Er ep em* (m) (m) 0.15 0.20 0.25 ≥0.35 0.15 a 0.22 0.40 0.45 0.50 0.55 0.22 a 0.30 0.35 0.40 0.45 0.50 ≥0.30 0.30 0.35 0.40 0.45 Figura 24 - Isolamento pelo exterior *Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22 m. Figura 25 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas Nota: Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf Relatório de estágio 35 DSE F. Ligação entre duas paredes verticais Tabela 24– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fi em* (m) ≤0.22 ≥0.22 0.20 0.25 * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Figura 26 - Isolamento pelo interior Tabela 25– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fe em* (m) ≤0.22 ≥0.22 0.10 0.15 * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Figura 27 - Isolamento pelo exterior Tabela 26– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fr em* (m) ≥0.22 0.20 * Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura superior a 0.22m. Figura 28 - Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar Relatório de estágio 36 DSE G. Ligação da fachada com caixa de estore Tabela 27 – Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Gi, Ge, Gr Figura 29 - Isolamento pelo interior Situação Ψ Isolamento pelo interior 0 W/m.ᵒC Isolamento pelo exterior 0 W/m.ᵒC Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas 0 W/m.ᵒC Nota: A resistência térmica de isolante da caixa de estore R, deve ser maior ou igual a 0.5 m2ᵒC/W. Figura 30 - Isolamento pelo exterior No caso da caixa de estore apresentar uma configuração diferente da apresentada considerar Ψ=1W/mᵒC. Figura 31 - Isolamento repartido ou isolante na caixade-ar de paredes duplas Relatório de estágio 37 DSE H. Ligação da fachada com, ombreira ou peitoril Figura 32 - Isolamento pelo interior Tabela 28– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Hi, He, Hr Situação Figura33 - Isolamento pelo exterior Ψ Isolamento pelo interior 0 W/m.ᵒC Isolamento pelo exterior 0 W/m.ᵒC Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas 0 W/m.ᵒC Nota: Se não houver contacto do isolante térmico com a caixilharia considerar o valor de Ψ=0.2W/mᵒC. Em paredes duplas considera-se que há continuidade do isolante térmico quando este for complanar com a caixilharia. Figura 34 - Isolamento pelo exterior Relatório de estágio 38 DSE 3.4.6 – Perdas de calor por renovação do ar. A necessidade de ventilar os espaços interiores de um edifício, está directamente associada ao conforto higrotérmico dos seus ocupantes. Através do metabolismo dos ocupantes, as actividades desenvolvidas, os equipamentos instalados, o ar interior, degrada-se na sua qualidade. Esta pode ser manifestada por cheiros, irritações, alergias, saturação, humidades e condensações etc. Esta necessidade de ventilar, para além do desconforto descrito, está na origem de diversas patologias na envolvente interior dos edifícios, provocadas pelo ar “saturado” interior, como bolores e fungos e a própria degradação dos materiais. As renovações de ar implicam assim uma perda de calor do interior edifício ou fracção para o exterior. A Energia necessária para compensar estas perdas durante toda a estação de aquecimento é calculada pela seguinte expressão: Q = 0.024 × (0.34 Rph × Ap × Pd) × GD(kwh) onde: Ap é a área da fracção autónoma Pd é o pé direito médio ponderado GD é o número de graus dias Rph é o número de renovações horárias do ar interior (h-1) Se o edifício dispuser de sistemas mecânicos de ventilação teremos de adicionar a energia dispendida para compensar as perdas por renovação de ar, a energia dispendida pelos ventiladores Ev, calculada pela seguinte expressão: Ev = Pv x 24 x 0,03 M onde: Pv é soma das potências eléctricas de todos os ventiladores (W) M é duração média da estação convencional de aquecimento (meses) Relatório de estágio 39 DSE Ventilação natural O cálculo da taxa de renovação horária nominal Rph, baseia-se na hipótese de que o edifício ou fracção possui características para garantirem um valor mínimo de Rph = 0,6h-1. Sempre que o edifício esteja em conformidade com a norma NP 1037-1 consideramos Rph = 0,6 h-1. Para os edifícios que não estejam em conformidade com a norma NP 1037-1 determinar-se-á a sua classe de exposição recorrendo ao quadro 1 e tendo em consideração a: 1. Região na qual se encontra o edifício em estudo: 1.1. Região A - Todo o território nacional com excepção dos locais pertencentes a região B 1.2. Região B - Regiões autónomas dos Açores e Madeira e as localidades situadas numa faixa de 5 km de largura junto à costa e os locais de altitude superiores a 600m 2. Rugosidade do terreno: 2.1. Rugosidade I – Edifícios no interior de uma zona urbana 2.2. Rugosidade II – Edifícios situados na periferia de uma zona urbana ou numa zona rural 2.3. Rugosidade III – Edifícios situados em zonas muito expostas 3. Altitude acima do solo (medida do solo até a meio da altura do envidraçado) podendo ser assim: 3.1. Menor que 10m 3.2. De 10m a 18m 3.3. De 18 a 28m 3.4. Superior a 28m Relatório de estágio 40 DSE Uma vez determinada a classe de exposição do edifício, a classe de permeabilidade ao ar das caixilharias e consoante a existência ou não de dispositivos de admissão na fachada e de caixa de estore, retiramos do Quadro 3 o valor Rph. Por exemplo, para uma moradia situada em plena cidade da Guarda, com dois pisos, a uma altitude de 920m, com caixa de estore e caixilharia de classe 1, o valor de Rph será determinado seguido os passos do quadro 3: Quadro 3 – valores de Rph A este valor será acrescido 0,1 se a área de envidraçados do edifício em estudo for superior a 15 % da sua área útil. No caso de todas portas do edifício estarem bem vedadas por aplicação de borrachas ou equivalente em todo o seu perímetro, o valor retirado do Quadro IV.1 poderá ser diminuído de 0,05. Relatório de estágio 41 DSE Ventilação mecânica A taxa de renovação horária é calculada com base no caudal de ventilação médio que será o maior entre o caudal insuflado (Vins) e caudal extraído de edifício (Vev). Mesmo em presença de ventilação mecânica, a ventilação natural continua a estar presente. Para se desprezar a ventilação natural é necessário que a diferença entre o caudal insuflado e o caudal extraído mecanicamente seja superior a: Edifícios com exposição 1 0,10h-1 Edifícios com exposição 2 0,25h-1 Edifícios com exposição 3 ou 4 0,50h-1 Se não for desprezável, o valor de Rph passa a ser calcula pela seguinte expressão: ℎ= + A partir do gráfico representado na figura 30 e fazendo a intersecção entre a classe de exposição e a taxa, obtida pelo quociente entre, a diferença do volume insuflado com o volume extraído e o volume total da fracção ( )/ , retira-se o valor de / . Figura 3 – Gráfico para o cálculo de Rph mecânico Relatório de estágio 42 DSE 3.4.7 – Ganhos térmicos úteis na estação de aquecimento. Os ganhos térmicos têm duas origens: associados a fontes internas de calor Qi brutos ganhos térmicos Qg = Qi + Qs Associados ao aproveitamento da radiação solar Qs Os ganhos térmicos úteis = × onde: η é o factor de utilização dos ganhos térmicos, definido em função da inércia térmica do edifício, que a capacidade que os materiais possuem de armazenar calor, e do parâmetro ϒ que é igual ao quociente entre os ganhos térmicos brutos e as necessidades brutas de aquecimento, podendo ser obtido, consoante a situação pela seguintes expressões. η= η= ϒ ϒ ; se ϒ≠1 ; se ϒ= 1 com: a = 1,8 para edifícios com inércia térmica fraca, a = 2,6 para edifícios com inércia térmica média, a = 4,2 para edifícios com inércia térmica forte, e o parâmetro ϒ é obtido pela seguinte expressão : ϒ = Relatório de estágio 43 DSE 3.4.8 – Ganhos térmicos brutos resultantes de fontes internas. Estes ganhos incluem todas as fontes de calor situadas no espaço a aquecer, excluindo o sistema de aquecimento: Metabolismo dos ocupantes. Calor dissipado nos equipamentos e nos dispositivos de iluminação, determinados pela seguinte expressão. × × × 0,720 (KWh) Em que: qi - ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento (W/m2), numa base de 24 horas por dia, todos os dias do ano, e constam no quadro 4, a seguir identificado. Quadro 4- Ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento (qi) 3.4.9 – Ganhos térmicos brutos através dos vãos envidraçados Estes ganhos térmicos associados ao aproveitamento da radiação solar podem ser determinados a partir da seguinte expressão. = ∑ × onde: Gsul - Valor médio mensal da energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a Sul retirado do seguinte quadro 5. Relatório de estágio 44 DSE Quadro 5 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de aquecimento Zona climática de inverno I1 I2 I3 Energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a Sul na estação de aquecimento GSul (kWh/m2.mês) Continente 108 Açores 70 Madeira 100 Continente 93 Açores 50 Madeira 80 Continente 90 Açores 50 Madeira 80 X é o Factor de orientação que depende do octante para o qual o elemento da envolvente está orientado e é dado pelo quadro 6. Quadro 6 – Factor de orientação que depende do octante para o qual o elemento da envolvente está orientado (X). Asnj é a área efectiva colectora da radiação solar das superfícies n com a orientação j Asnj = A x Fs x Fg x Fw x g onde: Fs é o factor de obstrução calculado pela seguinte expressão Fs = Fh + Fo + Ff Relatório de estágio 45 DSE com: Fh – factor de sombreamento do horizonte, retirado da tabela 33 para a estação de aquecimento (se não houver informação suficiente para a determinação do ângulo de horizonte, pode-se admitir 45° para edifícios em meios urbanos e 20° para edifícios isolados). Tabela 29- Valores do factor de sombreamento do horizonte (Fh)- situação de Inverno Figura 36 – Ângulo de horizonte (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado Fo – factor de sombreamento dos elementos horizontais sobrepostos aos envidraçados (palas, varandas, beirado do próprio edifício, etc), retirado da tabela 34 para a estação de aquecimento. Tabela 28- Valores do factor de sombreamento por elementos horizontais (F0)-Situação de Inverno Relatório de estágio 46 DSE Figura 37 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado situação de inverno Ff – factor de sombreamento dos elementos verticais adjacentes aos envidraçados (muros de vedação, paredes do próprio edifícios), retirado da tabela 35 para a estação de aquecimento. Tabela 29- Valores do factor de sombreamento por elementos verticais (Ff) - Situação de Inverno Deve-se sempre verificar que: Relatório de estágio × ℎ× × ≥ 0,27 e × < 0,9 47 DSE Fg - Fracção envidraçada, é o quociente entre a área de envidraçado e a área total do vão, podendo ser determinada a partir do quadro 7 consoante a tipo de caixilharia e a existência ou não de quadricula Quadro 7– Fracção envidraçada (Fg) Fw - Fracção de correcção da selectividade angular, traduz a redução dos ganhos pela variação das propriedades do vidro com o ângulo de incidência da radiação solar directa e toma geralmente o valor de 0,9, para a estação convencional de aquecimento e para vidros correntes simples ou duplos. g - Factor solar dos vãos envidraçados, é a relação entre a energia solar transmitida para o interior através do vão envidraçado em relação à radiação incidente na direcção normal ao envidraçado. Salvo certas excepções caso se trate de um edifício destinado a habitação, deve-se pelo menos considerar a existência de cortinas interiores muito transparentes de cor clara, assumindo um valor de 0,7 para vidros simples incolor e de 0,63 para vidro duplo incolor. Para outras situações pode-se recorrer ao quadro 8. Relatório de estágio 48 DSE Quadro 8 – Factores solares Relatório de estágio g 49 DSE 3.5 – Procedimento de cálculo das necessidades de arrefecimento 3.5.1 – Justificação do procedimento de cálculo As necessidades nominais de arrefecimento representam a energia útil que é necessário retirar de uma fracção autónoma para a manter permanentemente a uma temperatura de referência, durante a estação convencional de arrefecimento (Junho a Setembro). Relativamente ao valor das necessidades nominais de arrefecimento Nvc: não representa consumos reais, pois os ocupantes podem impor condições diferentes das de referência; constitui uma forma objectiva de comparar o comportamento térmico de edifícios ou fracções autónomas; quanto maior for o seu valor, mais quente será a fracção no Verão ou mais energia será necessário consumir para a arrefecer até uma temperatura confortável. Na estação de arrefecimento, o cálculo preciso dos balanços energéticos, dada a natureza altamente dinâmica dos fenómenos em causa, só é possível recorrendo a meios de simulação dinâmica detalhada. Esta metodologia é exigida na aplicação do regulamento dos sistemas de climatização (RSECE), mas a sua complexidade não se justifica para o RCCTE. Assim, o RCCTE utiliza uma metodologia simplificada, validada a nível europeu e que produz resultados adequados aos objectivos pretendidos. Esta metodologia é complementar à utilizada na determinação dos ganhos úteis na estação de aquecimento. Assim as necessidades nominais de arrefecimento serão obtidas através da seguinte expressão. = Relatório de estágio × (1 − ) 50 DSE Em que: são os ganhos totais brutos da fracção autónoma determinados pelo somatório entre a os ganhos de calor pela envolvente opaca (Q1), os ganhos pela ventilação (Q2), os ganhos pelos envidraçados (Q3) e os ganhos interiores (Q4). Como representado pela seguinte expressão = 1+ 2+ 3+ 4 3.5.2 – Ganhos de calor pela envolvente opaca. - Carga individual devido à envolvente por combinação da diferença de temperatura interior e exterior e incidência de radiação solar. Integrando os ganhos instantâneos ao longo dos quatro meses (122 dias) aos ganhos pela envolvente opaca exterior, temos: = 2,928 × × ×( − )+ × × ℎ Com: (ϴm- ϴ i) - Temperatura média do ar na estação convencional de arrefecimento. Ir - Intensidade média da radiação total incidente em cada orientação e que constam no quadro 9. Quadro 9 – Valores médios da temperatura do ar exterior e da intensidade da radiação solar para a estação convencional de arrefecimento (Junho a Setembro) Relatório de estágio 51 DSE he é a condutância térmica superficial exterior do elemento da envolvente exterior e que se admite tomar o valor de 25 W/m2.ºC. α é o coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento da envolvente opaca exterior e que consta do quadro 10. Quadro 10 – Coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento da envolvente opaca exterior (α) Côr da protecção Clara Média Escura α 0.4 0.5 0.8 Branco Côr Castanho Creme Vermelho Escuro Verde escuro Amarelo Verde Claro Azul vivo Laranja Azul Claro Azul escuro Vermelho claro preto 3.5.3 – Ganhos de calor por ventilação A metodologia para a determinação destes ganhos é igual à adoptada para a estação de aquecimento. Mas, como a temperatura média exterior durante a estação de arrefecimento é sempre inferior à temperatura interior de referência, a ventilação é, em média, uma perda, pelo que será contabilizada na folha de cálculo FCV1.a. 3 = 2,928 × (0,34 × × × ) ×( ) 3.5.4 – Ganhos de calor pelos envidraçados Para a determinação destes ganhos adopta-se a mesma metodologia definida para a estação de aquecimento. Assim, = ∑ onde: Relatório de estágio 52 DSE Gsul é o valor médio mensal da energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a sul e é retirado do quadro 11. Quadro 11 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de aquecimento Zona climática de inverno I1 I2 I3 . Energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a Sul na estação de aquecimento GSul (kWh/m2.mês) Continente 108 Açores 70 Madeira 100 Continente 93 Açores 50 Madeira 80 Continente 90 Açores 50 Madeira 80 Asnj é a área efectiva colectora da radiação solar das superfícies n com orientação j, calculada pela seguinte expressão. Asnj = A x Fs x Fg x Fw x g onde: A é a Área do envidraçado Fs é o factor de obstrução, determinado através da seguinte expressão. Fs = Fh + Fo + Ff Fh é o factor de sombreamento do horizonte, considerado igual a 1 para a estação de arrefecimento. Relatório de estágio 53 DSE Fo é o factor de sombreamento dos elementos horizontais sobrepostos aos envidraçados (palas, varandas, beirado do próprio edifício, etc), retirado da tabela 36 para a estação de arrefecimento. Tabela 30- Factor de sombreamento dos elementos horizontais (Fo) – situação de Verão Figura 38 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado situação de verão Ff – factor de sombreamento dos elementos verticais adjacentes aos envidraçados (muros de vedação, paredes do próprio edifícios), retirado da tabela 37 para a estação de arrefecimento. Relatório de estágio 54 DSE Tabela 33– Factor de sombreamento dos elementos verticais (Ff) – situação de verão Deve-se sempre verificar que: × ℎ× × ≥ 0,27 e × < 0,90 Fg - Fracção envidraçada, é o quociente entre a área de envidraçado e a área total do vão, podendo ser determinada a partir do já referido quadro 5 da pagina 48, consoante a tipo de caixilharia e a existência ou não de quadricula. Fw - Fracção de correcção da selectividade angular, traduz a redução dos ganhos pela variação das propriedades do vidro com o ângulo de incidência da radiação solar directa e o seu valor e retirado do quadro 12. Quadro 12 – Fracção de correcção da selectividade angular (FW) g - O factor solar do envidraçado deve ser calculado com os dispositivos de sombreamento móveis activados a 70%, ou seja, o factor solar do vão envidraçado será igual a 30% do factor solar do vidro mais 70% do factor solar do vão envidraçado com a protecção solar activada e cujos valores constam do Quadro 13. Relatório de estágio 55 DSE Quadro 13 – Factor solar de vãos com protecção solar 100% activada e vidro incolor corrente (g┴) Este Quadro considera o factor solar de vãos envidraçados dotados dos dispositivos de protecção solar mais usuais e nos quais são utilizados vidros incolores correntes. Caso sejam aplicados vidros especiais, o factor solar desses vãos deve ser obtido pelas equações seguintes: Vidro simples – g = g ' × g v , ; Vidro duplo – g = g ' × g v , 3.5.5 – Ganhos interiores A metodologia para a determinação destes ganhos é igual à adoptada para a estação de aquecimento e consta da folha de cálculo V1.d, obtendo-se pela expressão seguinte. Q = 2,928 x q x A Relatório de estágio 56 DSE 3.6 – Métodos de cálculo das necessidades de energia para preparação de águas quentes As necessidades anuais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias (AQS) são calculadas pela expressão: = ɳ − − Qa é a energia útil dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS; ɳa é a eficiência de conversão desses sistemas de preparação de AQS; Esolar é a contribuição de sistemas de colectores solares para aquecimento de AQS; Eren é a contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis (solar, fotovoltaica, biomassa, eólica, geotérmica, etc.) para preparação de AQS, bem como de quaisquer formas de recuperação de calor de equipamentos ou fluidos residuais. 3.6.1 – Energia dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS (Qa) A determinação da energia dispendida com estes sistemas convencionais será obtida da seguinte forma: = × ×∆ × MAQS - Consumo médio diário de referência de AQS (I) Nos edifícios residenciais, este consumo será obtido pela expressão: = 40 Relatório de estágio × ° 57 DSE O número convencional de ocupantes de referência de cada fracção autónoma é definido no quadro 14. Quadro 14– Número convencional de ocupantes de referência de cada fracção autónoma Nos edifícios de serviços, admite-se que são pequenos consumidores de AQS pelo que MAQS=100 litros. Serão aceites outros valores desde que devidamente justificados. ∆T – aumento de temperatura necessário à preparação das AQS e toma o valor de referência de 45°C (considera-se que a água da rede pública é disponibilizada a uma temperatura média de 15°C e que deve ser aquecida à temperatura de 60°C); nd – número anual de dias de consumo de AQS, depende do período convencional de utilização e é indicado no quadro 15. Quadro 15 - Número anual de dias de consumo de AQS Relatório de estágio 58 DSE 3.6.2 – Eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS (ɳa) Este valor será definido pelos fabricantes com base em ensaios normalizados, mas, na ausência de informação mais precisa podem ser utilizados os valores de referência do quadro 16. Quadro 1 - Valores de referência para a eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS -os valores devem ser diminuídos de 0,10, se as redes de distribuição de água quente internas à fracção autónoma não forem isoladas com pelo menos 10mm de isolamento térmico (ou resistência térmica equivalente da tubagem respectiva); -para outros sistemas (ex.: sistemas centralizados comuns a várias fracções autónomas de um mesmo edifício, recurso a redes urbanas de aquecimento, ...) a eficiência deve ser calculada e demonstrada caso a caso pelo projectista; -caso não esteja definido, em projecto, o sistema de preparação das AQS, considera-se que a fracção autónoma vai dispor de um termoacumulador eléctrico com 5cm de isolamento térmico (ɳa = 0,90) em edifícios sem alimentação de gás, ou um esquentador a gás (ɳa = 0,50) quando estiver previsto o respectivo abastecimento. Relatório de estágio 59 DSE 3.6.3 – Contribuição de sistemas solares de preparação de AQS (Esolar) Este valor deverá ser calculado utilizando o programa SOLTERM do INETI. Considerando parâmetros como o tipo de sistema a utilizar, a localização do edifício (cidade ou vila), a área de colectores necessária tendo em atenção que o regulamento nos obriga a ter 1 m² de painéis solar por cada habitante do edifício. Será ainda de ter em conta a inclinação dos painéis em função do local onde serão instalados e o azimute ou seja o ângulo que os painéis deverão fazer com o Sul. O rendimento deste sistema também será influenciado pelo rendimento do sistema de apoio e pelas características de consumo. 3.6.4 – Contribuição de outros sistemas de preparação de AQS (Eren) A contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis para preparação de AQS, bem como de quaisquer formas de recuperação de calor de equipamentos ou fluidos residuais, deverá ser calculada com base num método devidamente justificado, reconhecido e aceite pela entidade licenciadora. 3.7 – Inércia térmica interior It A inércia térmica de uma fracção autónoma é função da sua capacidade de armazenamento de calor e depende da massa superficial útil de cada um dos elementos de construção. A massa superficial útil, Msi, de cada elemento de construção depende: da localização do elemento no edifício; da constituição do elemento construtivo; da posição do isolamento térmico. Pode-se considerar os seguintes casos: Relatório de estágio 60 DSE A) Elementos da envolvente exterior, elementos em contacto com outra fracção ou com espaços não úteis não devem exceder o valor limite de 150 kg/m2 relativo a sua massa superficial útil. Para os elementos da envolvente da fracção em estudo que apresentem um revestimento superficial interior com 0,14 m2.ºC/W < Rt < 0,5 m2.ºC/W, a massa superficial útil Msi definida no quadro anterior deverá ser reduzida de 50% do valor calculado. B) Elementos em contacto com o solo não devem exceder o valor limite de 150 kg/m2 relativo a sua massa superficial útil. C) Elementos interiores (Paredes e pavimentos) não devem exceder o valor limite de 300 kg/m2 relativo a sua massa superficial útil. Para os elementos interiores que apresentem um revestimento superficial com Rt > 0,14 m2.ºC/W, numa ou em duas faces, a massa superficial útil, Msi, definida no quadro anterior deverá ser multiplicada por 0,75 0u 0,50, respectivamente. 3.7.1– Cálculo da inércia térmica A massa superficial útil por metro quadrado de área útil de pavimento, It, calcula-se da seguinte forma: It = ∑Msi × Si Ap × ri Definem-se assim 3 classes de inércia identificadas no quadro 17. Quadro 17– Classes de Inércia Relatório de estágio 61 DSE 3.8 – Fichas para licenciamento Para requerer a licença de construção e de utilização, deve ser preenchido para cada edifício um conjunto de fichas que estão definidas no RCCTE. Licença de Construção – Fichas 1 a 3; Licença de Utilização – Ficha 4; Licença de Construção para Habitações Uni familiares abrangidas pelo art. 10º - Ficha 1 (pag.1) e Ficha 3. 3.9 – Requisitos mínimos de qualidade térmica para a envolvente dos edifícios 3.9.1 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis Nenhum elemento da envolvente de um edifício pode apresentar uma solução construtiva cujo coeficiente de transmissão térmica em zona corrente, U, seja superior ao correspondente valor apresentado no quadro 18. Quadro 18 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis Relatório de estágio 62 DSE 3.9.2 – Zonas não correntes da envolvente Todas as zona de qualquer elemento da envolvente opaca, incluindo zonas de ponte térmica plana (pilares, vigas, caixas de estores,) terão que apresentar uma solução construtiva cujo coeficiente de transmissão térmica (U), calculado de forma unidimensional na direcção normal à envolvente, que obedeça às seguintes condições: ≤2× ≤ ℎ ó . . 3.9.3 – Factor solar máximo admissível Nenhum vão envidraçado da envolvente de qualquer edifício, com Atotal > 5% Ap e não orientado a norte ( entre NE e NO), pode apresentar um factor solar correspondente ao vão envidraçado com o respectivo dispositivo de protecção 100% activo que exceda os valores apresentados no quadro 19. Quadro 19– Factores solares máximos admissíveis Nota: Após análise das diferentes características e condições relativas a cada projecto, os dados obtidos serão introduzidos nas folhas de cálculo adaptadas para a verificação da conformidade com o RCCTE. Relatório de estágio 63 DSE 4 – Certificação energética 4.1 – Certificado Energético A partir de 1 Janeiro de 2009, o CERTIFICADO ENERGÉCTICO passou a ser obrigatório para efectuar contratos de promessa compra e venda e contratos de arrendamento de todas as fracções de habitação. O certificado é emitido por um perito qualificado no âmbito do SCE – Sistema de Certificação de Edifícios, contém diversas informações tais como, a identificação do imóvel e do PQ – Perito Qualificado, etiqueta de desempenho energético, validade do certificado, descrição sucinta do imóvel, descrição das soluções adoptadas, valores de referência regulamentares (para que os consumidores possam comparar e avaliar o desempenho energético do edifício), resumo/síntese de eventuais medidas de melhoria propostas, entre outros campos que são específicos do edifício considerado. Os Peritos Qualificados são individualmente responsáveis pela condução do processo de certificação dos edifícios, sendo os agentes que, no terreno, asseguram a operacionalidade do SCE. Têm como principais responsabilidades: Verificar da correcta aplicação dos regulamentos técnicos (RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, RCCTE, Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, e do RSECE – Regulamento dos Sistemas Energético de Climatização em Edifico Decreto de Lei nª 79/2006 de 4 de Abril); Avaliar o desempenho energético e da qualidade do ar interior Propor, quando aplicável, medidas de melhoria na sequência das avaliações de desempenho que realizou; Emitir e registar as declarações e/ou certificados que atestem a conformidade regulamentar do edifício e o desempenho energético e da QAI do mesmo, juntamente com eventuais medidas de melhoria propostas; Verificar ou realizar inspecções periódicas a caldeiras e a sistemas e equipamentos de ar condicionado, nos termos do RSECE. Relatório de estágio 64 DSE Em anexo II apresenta-se um certificado energético relativo a uma moradia para a qual o estagiário elaborou o projecto de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE apresentado em anexo I. 4.2 – Classes de eficiência energética Concretamente em relação à classificação do edifício, esta segue uma escala pré-definida de 7+2 classes (A+, A, B, B-, C, D, E, F e G), em que a classe A+ corresponde a um edifício com melhor desempenho energético, e a classe G corresponde a um edifício de pior desempenho energético. Na etiqueta de desempenho energético está graficamente representado esse gradiente de classes, juntamente com a indicação, numa seta de cor preta, da classe do edifício ou fracção em causa. Nos edifícios novos (com pedido de licença de construção após entrada em vigor do SCE), as classes energéticas variam apenas entre as classes A+ e B-. Os edifícios existentes poderão ter qualquer classe (de A a G), como ilustrado na seguinte figura 39. Figura 39 – Classes energéticas Relatório de estágio 65 DSE CAPÍTULO IV – CONCLUSÃO O fosso entre a vida académica e profissional é realmente grande. Apesar de eu não ter sentido muito as dificuldades de inserção e adaptação, elas existem e são acrescidas com o sentimento de responsabilidade imposto no dia-a-dia. Os conhecimentos adquiridos nas aulas, embora necessários, relevam-se muitas vezes insuficientes para a resolução de novos problemas e situações pontuais. A dificuldade de interpretação e análise de projectos, o desconhecimento de certos termos técnicos, materiais e práticas utilizadas, resultaram muitas vezes num verdadeiro trabalho de investigação. A maior dificuldade foi sem dúvida a transposição da experiência vivida ao longo deste estágio para o papel. Ou seja, a elaboração deste relatório. Contudo com empenho, dedicação e interesse, essas dificuldades transformam-se num hábito quotidiano e tornam-se benéficas para o nosso enriquecimento profissional. Os objectivos previstos com este estágio foram alcançados, ou seja o mundo do trabalho foi sentido, vivido e assimilado com muito gosto por parte do estagiário. Relatório de estágio 66 INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO A NEXOS BRUNO NET O DE CARVAL HO RELATÓRIO PARA A INSERÇÃO NA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENGENHEIROS TÉCNICOS DEZEMBRO/2010 Gesp.007.03 DSE ANEXO I Projecto de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE. Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA UNIFAMILIAR ANEXO B ÁREA DE PAVIMENTO/PÉ-DIREITO CAVE 3 COMPARTIMENTOS Escadas Patamar Corredor I.S 1 Quarto Quarto I.S 2 (Privativa) Quarto Quarto I.S 3 (Privativa) Arrumos Hall de entrada I.S 4 Sala de Estar Sala de Refeições Cozinha Totais: CAVE 2 CAVE 1 R/Ch Aréa P.D. Área x PD Aréa P.D. Área x PD Aréa P.D. Área x PD Aréa P.D. Área x PD 3,00 8,60 4,00 2,00 12,00 17,20 8,75 3,15 3,00 3,00 26,25 9,45 7,65 3,00 22,95 7,50 2,60 19,50 9,50 7,00 21,50 26,00 5,45 19,25 30,60 6,10 5,40 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 28,50 21,00 64,50 78,00 16,35 57,75 91,80 18,30 16,20 15,10 4,40 25,35 38,90 25,40 2,60 2,60 2,60 2,60 2,60 39,26 11,44 65,91 101,14 66,04 11,60 Área total de pavimento: Pé direito médio: 29,20 2 278,60 m 2,81 m 11,90 35,70 138,45 415,35 116,65 303,29 PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA UNIFAMILIAR ANEXO D CARACTERÍSTICAS DOS ENVIDRAÇADOS ÁREA EFECTIVA DE ENVIDRAÇADOS ORIENTADA A SUL DIMENSÕES Ref Orientação Factor de orientação Altura X Comp. (m) (m) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 N N N N E E S S W W E E E E S S W W 0,27 0,27 0,27 0,27 0,56 0,56 1,00 1,00 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 1,00 1,00 0,56 0,56 0,50 0,50 1,00 1,00 1,50 0,80 3,00 3,00 0,80 1,00 1,50 1,50 0,80 1,50 2,00 2,00 1,50 0,80 Área (m2) 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,65 2,00 2,00 1,10 8,60 2,00 2,00 1,10 1,10 2,00 2,00 1,10 1,10 0,55 0,55 1,10 1,10 1,65 1,32 6,00 6,00 0,88 8,60 3,00 3,00 0,88 1,65 4,00 4,00 1,65 0,88 Total: 46,81 Fh Fo TOTAL: Ff Fh∙Fo∙Ff X∙Fh∙Fo∙Ff Fo∙Ff Fs > 0,05 Ap m2 a Inv Ver a Inv Ver 45 45 45 45 45 45 0 0 45 45 45 45 45 45 0 0 45 45 1,00 1,00 1,00 1,00 0,58 0,58 1,00 1,00 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 1,00 1,00 0,58 0,58 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 > 60 > 60 25 25 25 20 50 50 25 10 8 8 8 8 45,4 45,4 8 8 1,00 1,00 1,00 1,00 0,87 0,89 0,54 0,54 0,87 0,94 0,96 0,96 0,96 0,96 0,59 0,59 0,96 0,96 0,94 0,94 0,98 0,98 0,79 0,83 0,54 0,54 0,79 0,92 0,94 0,94 0,94 0,94 0,55 0,55 0,94 0,94 3,30 20,00 11,50 12,01 46,81 m2 b 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 50 30 20 15 0 0 0 0 30 40 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 40 Inv Ver Inv Ver Inv Ver Inv Ver Inv 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,88 0,88 0,88 0,88 1,00 1,00 0,94 0,93 1,00 1,00 1,00 1,00 0,50 0,52 0,54 0,54 0,50 0,55 0,56 0,56 0,56 0,56 0,59 0,59 0,55 0,55 0,94 0,94 0,98 0,98 0,79 0,83 0,54 0,54 0,79 0,92 0,83 0,83 0,83 0,83 0,55 0,55 0,88 0,87 0,27 0,27 0,27 0,27 0,28 0,29 0,54 0,54 0,28 0,31 0,31 0,31 0,31 0,31 0,59 0,59 0,31 0,31 0,25 0,25 0,27 0,27 0,44 0,46 0,54 0,54 0,44 0,52 0,46 0,46 0,46 0,46 0,55 0,55 0,49 0,49 1,00 1,00 1,00 1,00 0,87 0,89 0,54 0,54 0,87 0,94 0,96 0,96 0,96 0,96 0,59 0,59 0,96 0,96 0,94 0,94 0,98 0,98 0,79 0,83 0,54 0,54 0,79 0,92 0,83 0,83 0,83 0,83 0,55 0,55 0,88 0,87 0,90 0,90 0,90 0,90 0,50 0,52 0,54 0,54 0,50 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,59 0,59 0,52 0,52 Fw Ver a) a) a) a) a) a) a) a) a) a) a) FRACÇÃO ENVIDRAÇADA 1,00 1,00 0,90 0,90 0,79 0,83 0,54 0,54 0,79 0,90 0,83 0,83 0,83 0,83 0,55 0,55 0,88 0,87 b) b) a) a) a) Inv Ver 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,80 0,80 0,80 0,80 0,85 0,85 0,75 0,75 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,75 0,75 0,85 0,85 Fg 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 (a) Limitação de Fo × Ff ≤ 0,9 (b) Limitação de X x Fh x Fo × Ff 0,27 N S E W FACTOR DE SELECTIVIDADE FACTOR DE OBSTRUÇÃO - Fs ÁREAS EFECTIVAS POR ORIENTAÇÕES 2 2 Orientação Aquec. (m ) Arref. (m ) N NE E SE S SW W NW TOTAL: 0,240 0,352 0,998 1,149 3,342 1,166 1,030 2,494 5,610 5,161 FACTORES SOLARES ÁREA EFECTIVA g┴ Ae (m2) Inv Ver Inv Ver 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,50 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,50 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,040 0,040 0,080 0,080 0,138 0,115 0,967 0,967 0,074 0,735 0,262 0,262 0,077 0,144 0,704 0,704 0,144 0,077 0,063 0,063 0,113 0,113 0,158 0,133 0,347 0,347 0,085 2,138 0,302 0,302 0,088 0,166 0,236 0,236 0,177 0,094 Total: 5,610 5,161 m2 relatório_energético -------------------------------------------------------------------------------SolTerm 5.0 Licenciado a D.S.E. Lda () Estimativa de desempenho de sistema solar térmico -------------------------------------------------------------------------------Campo de colectores -------------------------------------------------------------------------------Modelo de colector: Velux CLI S08 4000 Tipo: Plano 4 módulos (5,6 m²) Inclinação 19° - Azimute 2° Coeficientes de perdas térmicas: a1= 4,177 W/m²/K a2= 0,004 W/m²/K² Rendimento óptico: 79,7% Modificador de ângulo: a 0° 5° 10° 15° 20° 25° 30° 35° 40° 1,00 1,00 1,00 1,00 0,99 0,99 0,98 0,97 0,96 a 45° 50° 55° 60° 65° 70° 75° 80° 85° 90° 0,95 0,93 0,91 0,87 0,83 0,76 0,64 0,40 0,00 0,00 -------------------------------------------------------------------------------Permutador -------------------------------------------------------------------------------Interno ao depósito, tipo serpentina, com eficácia 55% Caudal no grupo painel/permutador: 42,2 l/m² por hora (=0,07 l/s) -------------------------------------------------------------------------------Depósito -------------------------------------------------------------------------------Modelo: típico 300 l Volume: 300 l Área externa: 3,60 m² Material: médio condutor de calor Posição vertical Deflectores interiores Coeficiente de perdas térmicas: 2,74 W/K Um conjunto depósito/permutador -------------------------------------------------------------------------------Tubagens -------------------------------------------------------------------------------Comprimento total: 30,0 m Percurso no exterior: 5,4 m com protecção mecânica Diâmetro interno: 25,0 mm Espessura do tubo metálico: 3,0 mm Espessura do isolamento: 33,0 mm Condutividade térmica do metal: 380 W/m/K Condutividade térmica do isolamento: 0,030 W/m/K -------------------------------------------------------------------------------Página 1 relatório_energético Carga térmica: segunda a sexta -------------------------------------------------------------------------------RCCTE 5 ocupantes Temperatura nominal de consumo: 60°C (N.B. existem válvulas misturadoras) Temperaturas de abastecimento ao depósito (°C): Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Dez 7 8 8 9 11 13 15 8 Perfis de consumo (l) hora Jan Fev Dez 01 Ago Set Out Nov 15 14 11 9 Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 02 03 04 05 06 07 08 09 10 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 13 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 14 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 18 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 19 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 40 11 12 40 40 15 16 17 40 40 20 21 22 23 24 diário 200 -------------------------------------------------------------------------------Página 2 relatório_energético Carga térmica: fim-de-semana -------------------------------------------------------------------------------RCCTE 5 ocupantes Temperatura nominal de consumo: 60°C (N.B. existem válvulas misturadoras) Temperaturas de abastecimento ao depósito (°C): Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Dez 7 8 8 9 11 13 15 8 Perfis de consumo (l) hora Jan Fev Dez 01 Ago Set Out Nov 15 14 11 9 Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 02 03 04 05 06 07 08 09 10 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 13 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 14 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 18 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 19 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 40 11 12 40 40 15 16 17 40 40 20 21 22 23 24 diário 200 Página 3 relatório_energético -------------------------------------------------------------------------------Localização, posição e envolvente do sistema -------------------------------------------------------------------------------Concelho de Manteigas Coordenadas nominais: 40,4°N, 7,5°W TRY para RCCTE/STE e SOLTERM (fonte: INETI - versão 2004) Obstruções do horizonte: 3°(por defeito) Orientação do painel: inclinação 19° - azimute 2° -------------------------------------------------------------------------------Balanço energético mensal e anual -------------------------------------------------------------------------------Rad.Horiz. Rad.Inclin. Desperdiçado Fornecido Carga Apoio kWh/m² kWh/m² kWh kWh kWh kWh Janeiro 56 79 , 169 382 213 Fevereiro 74 95 , 183 339 156 Março 111 129 , 253 375 122 Abril 150 162 , 292 356 64 Maio 186 190 1, 302 353 52 Junho 198 197 3, 303 328 25 Julho 227 229 14, 320 324 4 Agosto 204 217 13, 319 324 5 Setembro 139 159 1, 293 321 28 Outubro 101 128 , 260 353 94 Novembro 65 90 , 188 356 167 Dezembro 53 76 , 158 375 217 ---------------------------------------------------------------------Anual 1566 1752 32, 3039 4186 1147 Fracção solar: 72,6% Rendimento global anual do sistema: 31% colector] Produtividade: 543 kWh/[m² N.B. 'Fornecido' é designado 'E solar' nos Regulamentos Energéticos (DLs 78,79,80/06) Página 4 FICHA Nº 1 REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS (RCCTE) Demonstração da Conformidade Regulamentar para Emissão de Licença ou Autorização de Construção (Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 12º) Câmara Municipal de Manteigas Edifício Moradia unifamiliar Localização Nº de Fracções Autónomas 1 (ou corpos 1 ) Para cada Fracção Autónoma ou corpo, incluir: Ficha 2 - Levantamento Dimensional Ficha 3 - Comprovação de Satisfação dos Requisitos Mínimos Fichas FCIV e FCV (Anexos IV e V do RCCTE) Técnico Responsável: Nome Inscrito na: Ordem dos Arquitectos, com o nº Ordem dos Engenheiros, com o nº os Assoc. Nac. dos Eng. Técnicos, com o nº Data Guarda, …. de …………... de 20.. Anexos: 1. Declaração de reconhecimento de capacidade profissional para aplicação do RCCTE, emitida pela Ordem dos Arquitectos, da Ordem dos Engenheiros ou da ANET. 2. Termo de responsabilidade do Técnico Responsável, nos termos do disposto na alínea e) do nº 2 do artigo 12º do RCCTE. 3. Declaração de conformidade regulamentar subscrita por perito qualificado, no âmbito do SCE, nos termos do disposto na alínea f) do nº 2 do artigo 12º do RCCTE. (pag 1 de 2) * Se houver duas ou mais fracções autónomas (FA) exactamente iguais, é suficiente elaborar um único conjunto de Fichas para cada grupo de FA iguais. * Em alternativa, pode ser submetida uma única Ficha 3, comum para todas as Fracções Autónomas de um mesmo edifício, mesmo que haja mais do que uma FA distinta. FICHA Nº 1 (cont.) REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS (RCCTE) Demonstração da Conformidade Regulamentar para Emissão de Licença ou Autorização de Construção (Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 12º) I3 Zona Climática Graus-dias: 3000 ºC·dia Fracção Autónoma Nº (m ) (RPH) Moradia 278,60 0,95 Ap 2 Taxa Ren. V1 NORTE Duração Aquec. Nic 2 Ni 2 (kWh/m ·ano) (kWh/m ·ano) 122,68 124,14 Altitude 8 Nvc 2 Temp. Verão Meses Nv 2 Nac 2 (kWh/m ·ano) (kWh/m ·ano) (kWh/m ·ano) 2,40 16,00 5,82 (pag 2 de 2) 783 m 19 ºC Na 2 (Quadro III.9) Ntc 2 Nt 2 (kWh/m ·ano) (kgep/m ·ano) (kgep/m ·ano) 21,22 1,84 4,13 FICHA Nº 2 REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS LEVANTAMENTO DIMENSIONAL (Nos termos do artigo 12º, nº 2, alínea b)) (PARA UMA ÚNICA FRACÇÃO AUTÓNOMA) (ou para um corpo de um edifício) Edifício/FA Moradia unifamiliar Área útil de pavimento: 278,6 m 2 Pé-Direito Médio (ponderado): Elementos Correntes da Envolvente A 2 (m ) PAREDES Exteriores Pe 1 Pe 2 Pi Interiores U 2 (W/m ºC) 62,90 9,40 72,30 0,44 0,76 126,47 14,30 27,40 0,37 0,36 1,45 Comp. (m) (W/m ºC) PAVIMENTOS 0,05m < Z < 1,50m Z < - 3,00m 9,65 3,65 1,8 0 PAREDES -3,00m < Z < -1,05m 14,65 0,8 Pontes térmicas PONTES TÉRMICAS PLANAS Ptpe 1 Ptpe 2 16,13 8,13 Total 192,43 m Elementos em contacto com o Solo PAVIMENTOS Sobre exterior Sobre área não-útil Lpi 1 Lpi 2 Total 2,81241924 0,62 0,72 Comp. (m) (W/m ºC) 9,65 60,58 0,45 0,30 25,20 0,65 Peitoril/padieira 44,68 33,74 23,70 25,70 0,50 0,35 0,00 0,20 LIGAÇÃO ENTRE DUAS PAREDES 20,80 0,20 FACHADA COM PAVIMENTO: Térreo Intermédios Sobre locais não aquec. COBERTURAS Terraço Lce Desvão não-ventilado Lci ventilado Inclinadas Sobre área não-útil Total ou exteriores 21,30 0,47 FACHADA COM: Cobertura 112,80 0,37 134,10 COEFICIENTE DE ABSORÇÃO PAREDE COBERTURA 0,4 0,4 Varanda Caixa de estores FICHA Nº 2 (cont.) REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS LEVANTAMENTO DIMENSIONAL (Nos termos do artigo 12º, nº 2, alínea b)) (PARA UMA ÚNICA FRACÇÃO AUTÓNOMA) (ou para um corpo de um edifício) 2 PAREDES ÁREAS (m ) POR ORIENTAÇÃO (descrição sumária e valor U) N Paredes exteriores 1 Paredes exteriores 2 pontes térmicas planas1 pontes térmicas planas2(C.Estores) portas 10,95 9,90 0,50 1,14 1,80 NE 51,36 E SE 29,75 S 8,18 2,64 1,05 3,24 3,30 11,50 20,00 SW W 34,41 4,40 6,40 1,11 VÃOS ENVIDRAÇADOS (especificar incluindo o tipo de protecção solar e valor Sv envidraçados com estores envidraçados sem estores ENVIDRAÇADOS HORIZONTAIS: 0 m2 3,41 8,60 NW FICHA Nº 3 REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS (RCCTE) Demontração de Satisfação dos Requisitos Mínimos para a Envolvente de Edifícios (Nos termos da alínea d) do nº 2 do artigo 12º) Edifício Moradia unifamiliar Fracção Autónoma Moradia unifamiliar Inércia térmica FORTE a) U máximo Valores máximos regulamentares: Fachadas exteriores 1,45 Coberturas exteriores 0,90 Paredes interiores 1,90 Pavimentos interiores 1,20 Coberturas interiores 0,90 Pontes térmicas 1,45 b) Factores Solares dos Envidraçados Tipo de protecção solar Tipo de protecção solar Tipo de protecção solar Tipo de protecção solar Soluções adoptadas: 0,37/0,36 0,47 1,45 0,56/0,63 0,37 0,62/0,72 2 W/m ºC 2 W/m ºC W/m2 ºC W/m2 ºC W/m2 ºC W/m2 ºC Valores máximos regulamentares: Estores exteriores de réguas 0,56 Vidro colorido na massa sem protecção 0,56 2 W/m ºC 2 W/m ºC W/m2 ºC W/m2 ºC W/m2 ºC W/m2 ºC Soluções adoptadas - Verão: 0,07 0,50 c) Pontes térmicas planas Ptpe 1 Ptpe 2 Valores máximos regulamentares: 0,74 W/m2 ºC 2 0,74 W/m ºC Soluções adoptadas: 0,62 0,72 W/m2 ºC 2 W/m ºC Juntar pormenores construtivos definidores de todas as situações de potencial ponte térmica: Caixas de estore (se existirem) Ligações entre paredes e vigas Ligações entre paredes e pilares Ligações entre paredes e lajes de pavimento Ligações entre paredes e lajes de cobertura Paredes e pavimentos enterrados Montagem de caixilharia Técnico responsável: Nome Data Assinatura W/m2 ºC W/m2 ºC W/m2 ºC 2 W/m ºC Folha de cálculo FC IV.1a Perdas associadas à envolvente exterior Paredes exteriores Área 2 Pe 1 Pe 2 Porta exterior Ptpe 1 Ptpe 2 U U·A 2 (m ) (W/m ºC (W/ºC) 126,47 14,30 1,8 16,13 8,13 0,37 0,36 3,50 0,62 0,72 46,79 5,15 6,30 10,00 5,85 0,00 0,00 0,00 74,10 TOTAL Pavimentos exteriores Coberturas exteriores Lce Área U U·A (m 2) (W/m 2ºC (W/ºC) TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 Área U U·A (m 2) (W/m 2ºC (W/ºC) 21,30 0,47 10,01 0,00 0,00 0,00 0,00 10,01 TOTAL Paredes e Pavimentos em contacto com o Solo Pavimentos contacto com solo Z < -6,00m Pavimentos contacto com solo 0,05m < Z < 1,50m Paredes contacto com solo -3,00m < Z < -1,05m Perímetro Pontes Térmicas Lineares Ligações entre: Fachada com os Pavimentos térreos - A Fachada com Pavimentos - B Fachada com Pavimentos intermédios - C Fachada com Cobertura inclinada ou Terraço - D Fachada com Varanda - E Duas Paredes verticais - F Fachada com Caixa de estore - G Fachada com Padieira, Ombreira ou Peitoril - H Outras Comp. B(m) (W/m ºC) W/ºC) 9,65 18,3 14,65 1,80 0,00 0,80 TOTAL 17,37 0,00 11,72 29,09 (m) (W/m ºC) W/ºC) 9,65 25,20 60,58 44,68 33,74 20,80 23,70 25,70 0,45 0,65 0,30 0,50 0,35 0,20 0,00 0,20 TOTAL 4,34 16,38 18,17 22,34 11,81 4,16 0,00 5,14 0,00 82,35 TOTAL 195,55 (W/ºC) Folha de cálculo FC IV.1b Perdas associadas à envolvente interior Paredes em contacto com espaços não-úteis ou edifícios adjacentes Pi - Garagem Porta interior - Garagem Pi - Arrumos Porta interior - Arrumos Pi - Lavandaria Área 2 U·A· U 2 (m ) (W/m ºC (-) (W/ºC) 12,65 1,76 3,90 1,76 10,85 1,45 2,00 1,45 2,00 1,45 0,8 0,8 0,7 0,7 0,7 14,67 2,82 3,96 2,46 11,01 0,00 0,00 34,93 TOTAL Pavimentos sobre espaços não úteis Lpi 1 - Arrumos Lpi1 - Lavandaria Lpi2 Coberturas interiores (tectos sobre espaços não-úteis) Lci U·A· Área U (m 2) (W/m2ºC (-) (W/ºC) 56,40 6,50 9,40 0,44 0,44 0,76 0,7 0,7 0,8 TOTAL 17,37 2,00 5,72 25,09 U·A· Área U (m 2) (W/m2ºC (-) (W/ºC) 112,80 0,37 0,8 33,39 0,00 0,00 0,00 33,39 TOTAL Vãos envidraçados em contacto com espaços não-úteis Pontes térmicas (apenas para paredes de separação para espaços não-úteis com 0,7) Ligação para garagem Área 2 (m ) 2 TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 (W/ºC) · (-) 2,6 0,5 0,8 - Zonas comuns em edifícios com mais de uma Fracção Autónoma; - Sótãos não-habitados. (W/ºC) (W/m ºC) (W/ºC) Incluir ogrigatóriamente os elementos que separam a Fracção Autónoma dos seguintes espaços: - Garagens, armazéns, lojas e espaços não-úteis similares; (-) Comp. B (m) Perdas pela envolvente interior da Fracção Autónoma - Edifícios anexos; U·A· U (W/m ºC TOTAL 0,00 0,94 0,00 0,00 0,94 TOTAL 94,34 Folha de cálculo FC IV.1c Perdas associadas aos vãos envidaçados exteriores Vãos envidraçados exteriores Área U U·A (m2) (W/m2ºC (W/ºC) 38,21 8,60 1,4 2,7 53,49 23,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Verticais: Vãos com estores Vãos sem estores Horizontais: TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 76,71 Folha de cálculo FC IV.1d Perdas associadas à renovação de ar Área Útil de pavimento (Ap) Pé-direito médio Volume interior (V) 278,6 x 2,8124192 = (m2) 783,54 (m3) (m) VENTILAÇÃO NATURAL (S ou N) NÃO (s/c 1, 2 ou 3) SC (S ou N) SIM (1, 2, 3 ou 4) 2 Aberturas auto-reguladas ? (S ou N) NÃO Área de envidraçados > 15% Ap ? (S ou N) SIM Portas exteriores bem vedadas ? (S ou N) SIM Cumpre NP 1037-1 ? se SIM: RPH = 0,6 Se NÃO: Classe da Caixilharia Taxa de Renovação Caixas de estore ? Classe de exposição nominal: Rph = 0,95 Ver Quadro IV.1 VENTILAÇÃO MECÂNICA (excluir exaustor de cozinha) Caudal de insuflação 3 Vins - (m /h) 0 Vf = Caudal extraído Diferença entre Vins e Vev Infiltrações Recuperador de Calor Taxa de Renovação nominal 3 Vev - (m /h) 0 (m3/h) 0 (Vx) 0,000 (S ou N) NÃO (mínimo: 0,6) Consumo de electricidade para os ventiladores Volume Taxa de Renovação nominal TOTAL / 0 V= 0,00 (volume int) (RPH) se SIM: = 0 se NÃO: = 0 0 [(Vf + Vx)/ V )] (1 - ) 0 (Ev = Pv 24 0,03 M (kWh)) 783,540 x 0,95 x 0,34 = 253,08 (W/ºC) Folha de cálculo FC IV.1e Ganhos úteis na estação de aquecimento (Inverno) Ganhos Solares: Orientação do Tipo vão (simples ou envidraçado duplo) Área Factor de orientação Factor Solar do vidro A (m2) X(-) g (-) Factor de Obstrução Fracção Factor de Área Efectiva envidraçada Sel. Angular Fs(-) F g (-) F w (-) Ae (m 2) 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,040 0,040 0,080 0,080 0,138 0,115 0,967 0,967 0,074 0,735 0,262 0,262 0,077 0,144 0,704 0,704 0,144 0,077 Fh·F o·F f N N N N E E S S W W E E E E S S W W Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo Duplo 0,55 0,55 1,10 1,10 1,65 1,32 6,00 6,00 0,88 8,60 3,00 3,00 0,88 1,65 4,00 4,00 1,65 0,88 0,27 0,27 0,27 0,27 0,56 0,56 1,00 1,00 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 1,00 1,00 0,56 0,56 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,5 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,90 0,90 0,90 0,90 0,50 0,52 0,54 0,54 0,50 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,59 0,59 0,52 0,52 Área Efectiva Total equivalente na orientação SUL (m 2) 5,610 x Radiação incidente num envidraçado a Sul (Gsul) na Zona: I3 2 (kWh/m ·mês) - do Quadro 8 (Anexo III) Duração da Estação de Aquecimento 90 x 8 = 4039,2 (meses) Ganhos Solares Brutos (kWh/ano) Ganhos Internos: Ganhos internos médios (Quadro IV.3) 4 x 8 x 278,6 x 0,72 = 6418,9 Duração da Estação de Aquecimento Área Útil de pavimento Ganhos Internos Brutos (W/m 2) (meses) (m 2) (kWh/ano) Ganhos Totais Úteis: 10458,1 44617,4 Ganhos Solares Brutos + Ganhos Internos Nec. Brutas de Aquecimento (da FC IV.2) Inércia do edifício: FORTE Factor de Utilização dos Ganhos Solares 0,234 ( Ganhos Solares Brutos + Ganhos Internos Ganhos Totais Úteis 0,998 x 10458,1 = (kWh/ano) 10440 Folha de cálculo FC IV.1f Valor máximo das necessidades de aquecimento (Ni) FACTOR DE FORMA Das FC IV.1a e 1c: (Áreas) Paredes Exteriores Coberturas Exteriores Pavimentos Exteriores Envidraçados Exteriores m 2 166,83 21,30 0,00 46,81 Da FC IV.1b: (Áreas equivalentes A · Paredes Interiores Coberturas Interiores Pavimentos Interiores Envidraçados Interiores 23,09 90,24 51,55 0,00 Área Total: 399,82 / 783,54 = 0,510 Volume (da (FC IV.1d) FF Graus-Dia no Local (ºC dia) 3000 Ni = 4,5 + 0,0395 GD Ni = 4,5 + (0,021 + 0,037 FF) GD para FF 0,5 para 0,5 < FF Ni = [4,5 + (0,021 + 0,037 FF) GD] (1,2 - 0,2 FF) Ni = 4,05 + 0,06885 GD para 1 < FF 1,5 para FF > 1,5 Nec. Nom. De Aquec. Máximas - Ni (kWh/m2·ano) 124,14 1 Folha de cálculo FC IV.2 Cálculo do indicador (Nic) (W/ºC) Perdas térmicas associadas a: Envolvente Exterior (da FC IV.1a) 195,55 Envolvente Interior (da FC IV.1b) 94,34 Vãos Envidraçados (da FC IV.1c) 76,71 Renovação de Ar (da FC IV.1d) 253,08 = Coeficiente Global de Perdas (W/ºC) 619,69 x Graus-Dia no Local (ºC·dia) 3000 x 0,024 = Necessidades Brutas de Aquecimento (kWh/ano) 44617 + Energ. eléctr. necessária aos ventil. (kWh/ano) 0 Ganhos Totais Úteis (da FC IV.1e) (kWh/ano) 10440 = Necessidades de Aquecimento (kWh/ano) 34177 / Área Útil de pavimento (m2) 278,6 = Nec. Nominais de Aquecimento - Nic 2 (kWh/m ·ano) 122,68 < Nec. Nom. De Aquec. Máximas - Ni 2 (kWh/m ·ano) 124,14 Folha de cálculo FC V.1a Perdas Perdas associadas às paredes exteriores (U·A) (FC IV.1a) Perdas associadas aos pavimentos exteriores (U·A) (FC IV.1a) Perdas associadas às coberturas exteriores (U·A) (FC IV.1a) Perdas associadas aos envidraçados exteriores (U·A) (FC IV.1c) Perdas associadas à renovação de ar (FC IV.1d) Perdas específicas totais (Q1a) Temperatura interior de referência Temperatura média do ar exterior na estação de arrefecimento (Quadro III.9) Diferença de temperatura interior-exterior Perdas específicas totais (Q1a) Perdas térmicas totais (Q1b) 74,10 + 0,00 + 10,01 + 76,71 + 253,08 = 413,91 (W/ºC) 25 (ºC) 19 = 6 x 413,91 x 2,928 = 7271,53 (ºC) (W/ºC) (W/ºC) (W/ºC) (W/ºC) (W/ºC) (ºC) (W/ºC) (kWh) Folha de cálculo FC V.1b Perdas associadas a coberturas e envidraçados exteriores Perdas associadas às coberturas exteriores Coberturas exteriores Área U U·A (m2) (W/m2ºC (W/ºC) Lce 0 0 0 0 21,3 0 0 0 0 0,47 0 0 0 0 TOTAL 10,01 0,00 0,00 0,00 0,00 10,01 Perdas associadas aos envidraçados exteriores Envidraçados exteriores Área 2 U U·A 2 (m ) (W/m ºC (W/ºC) Vãos com estores Vãos sem estores 0 0 0 0 0 0 38,21 8,6 0 0 0 0 0 0 1,4 2,7 0 0 0 0 0 0 53,49 23,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 76,71 Verticais: Horizontais: Nota - O valor de U das coberturas a usar nesta ficha corresponde à situação de Verão. Folha de cálculo FC V.1e Ganhos internos Ganhos internos médios (W/m2) (Quadro IV.3) Área útil de pavimento (m2) Ganhos internos totais 4 x 278,6 x 2,928 = 3262,96 (kWh) Folha de cálculo FC V.1f Ganhos totais na estação de arrefecimento (Verão) Ganhos solares pelos vãos envidraçados exteriores (FC V.1d) 2043,54 (kWh) Ganhos solares pela envolvente opaca exterior (FC V.1c) (kWh) Ganhos internos (FC V.1e) 520,24 + 3262,96 = 5826,74 Ganhos térmicos totais (kWh) (kWh) Folha de cálculo FC V.1g Valor das necessidades nominais de arrefecimento (Nvc) Ganhos térmicos totais (FC V.1f) Perdas térmicas totais (FC V.1a) 5826,74 / 7271,53 = 0,80 Inércia do edifício FORTE 1 Factor de utilização dos ganhos solares, Necessidades nominais de arrefecimento - Nvc 0,89 = 0,11 x 5826,74 = 667,64 + 0 = 667,64 / 278,6 = 2,40 Necessidades nominais de arref. máximas - Nv 16 Ganhos térmicos totais (FC V.1e) Necessidades brutas de arrefecimento Consumo dos ventiladores (se houver, exaustor da cozinha excluído) TOTAL Área útil de pavimento (m2) (kWh) (kWh/ano) (Ev = Pv 24 0,03 4 (kWh)) (kWh/ano) (kWh/m2 ano) (kWh/m2 ano) Folha Anexa 1 CALCULO DAS NECESSIDADES DE ENERGIA PARA PREPARAÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA - Nac Consumo percapita de referência de AQS em edifícios de habitação a 60ºC 40 x Nº de ocupantes (Quadro VI.1) 5 = 200 Consumo médio diário de referência de AQS - M AQS (litros/dia) (litros/dia) x 4187 x Aumento de temperatura necessário para preparar as AQS - DT 45 (ºC) Número anual de dias de consumo de AQS - nd (Quadro VI.2) x 365 (dias) / Energia útil dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS - Qa Eficiência de conversão do sistema de preparação de AQS - s 3600000 = 3820,64 (kWh/ano) / 0,82 = Energia total dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS Contribuição de sistemas de colectores solares para o aquecimento de AQS - E solar Contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis - E ren 4659,31 (kWh/ano) 3039 (kWh/ano) 0 (kWh/ano) = 1620,31 / Área útil do pavimento - Ap 278,60 (m2) = Necessidades de Energia para preparação de AQS - N ac 5,82 (kWh/m2 ano) Limite máximo das necessidades de energia para preparação da AQS - N a 21,22 (kWh/m2 ano) Folha Anexa 2 CALCULO DAS NECESSIDADESNOMINAIS ANUAIS GLOBAIS DE Ntc ENERGIA PRIMÁRIA - Necessidades Nominais de Aquecimento - N ic Eficiência de conversão do sistema de aquecimento - i Factor de conversão Fpu entre energia útil e energia primária Necessidades Nominais de Arrefecimento - N vc Eficiência de conversão do sistema de arrefecimento - i Factor de conversão Fpu entre energia útil e energia primária Necessidades de Energia para preparação de AQS - Nac Factor de conversão Fpu entre energia útil e energia primária 0,1 x 122,68 / 0,8 x 0,086 + 0,1 x 2,40 / 3 x 0,29 + 5,82 x 0,086 = 2 (kWh/m ano) (kgep/kWh) (kWh/m2 ano) (kgep/kWh) (kWh/m2 ano) (kgep/kWh) Cálculo das necessidades nominais anuais globais de energia primária - Ntc 1,84 (kgep/m2 ano) Limite máximo das necessidades anuais globais de energia primária - Nt 4,13 (kgep/m2 ano) PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA UNIFAMILIAR ANEXO E DETERMINAÇÃO DA INÉRCIA TÉRMICA DO EDIFÍCIO (kg/m ) (m ) Factor de correcção r 150 150 138 118 126,47 14,30 16,13 8,13 1 1 1 1 18970,5 2145 2225,94 959,34 108 27,40 1 2959,2 0 0 0 13 150 112,80 21,30 1 1 1466,4 3195 0 0 Lajes de pavimento Lpi 1 Lpi 2 146 150 62,90 9,40 1 1 9183,4 1410 0 0 Paredes enterradas Pent 138 89,13 1 12299,94 0 0 0 Pavimentos enterrados Lpt 150 20,60 1 3090 0 0 0 Pavimentos interiores Pavimento intermédio corrente Pavimento intermédio escadas 300 300 124,00 15,00 1 1 37200 4500 0 0 Paredes interiores Paredes divisórias 176 162,8 1 28652,8 0 0 0 Elemento de construção (Descrição do elemento) Paredes da envolvente externa Pe 1 Pe 2 Ptpe 1 Ptpe 2 Paredes da envolvente interior Pi Massa superficial total 2 (kg/m ) Mint 2 Msi (kg/m ) Si 2 2 Msi·Si·r Obs. (kg) Lajes de tecto Lci Lce Total da massa superfícial útil (kg): 128258 / Área útil do pavimento Ap: 278,6 (m 2) (Indicar Ap na Folha prep.) = Massa superficial útil por m2 de área de pavimento It : Classe de Inércia Térmica: 460 FORTE 2 (kg/m ) (Ver Quadro VII.6) DSE PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE MORADIA UNIFAMILIAR PROJECTOS DE ENGENHARIA PROJECTO DE VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE REGULAMENTAR COM O RCCTE Projecto nº P……………….. MANTEIGAS DATA DSE TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DA VERIFICAÇÃO DO REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO TÉRMICO DOS EDIFÍCIOS ………………………………………………………………………………………, morador na Rua…………………………….., freguesia ……………., concelho …………….., portador do B.I. …………….. arquivo de identificação da ………………, com o nº de contribuinte …………….., portador da cédula profissional nº………….. , declara para efeitos do nº 1 do artigo 10º do Decreto-lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei nº 60/2007 de 4 de Setembro e ao serviço da empresa D.S.E. - Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda, que o projecto de verificação da conformidade regulamentar com o Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, de que é autor, relativo à obra de construção de uma moradia unifamiliar, localizada na rua …………………………………………………….em Manteigas, cujo licenciamento foi requerido pelo Sr. …………………………….., observa as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente o Decreto-Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, que aprova o Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios. Guarda, …….. de ……………… de 20.. O técnico responsável, ……………………………….. (engenheiro civil) DSE PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE MORADIA UNIFAMILIAR MANTEIGAS DATA Projecto nº P……………….. MEMÓRIA DESCRITIVA DSE MEMÓRIA DESCRITIVA 1. INTRODUÇÃO 2. LOCALIZAÇÃO 3. DESCRIÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO 4. IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS NÃO ÚTEIS 5. ÁREA UTIL DE PAVIMENTO E PÉ DIREITO MÉDIO 6. EQUIPAMENTO DE CLIMATIZAÇÃO 7. VENTILAÇÃO 8. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA (AQS) 9. CARACTERIZAÇÃO DA ENVOLVENTE OPACA 9.1. ENVOLVENTE EXTERIOR 9.2. ENVOLVENTE INTERIOR 9.3. PORMENORES DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS 10. PONTES TÉRMICAS LINEARES 10.1. ELEMENTOS EM CONTACTO COM O SOLO 10.2. PONTES TÉRMICAS LINEARES EXTERIORES 10.3. PONTES TÉRMICAS LINEARES INTERIORES 11. ENVIDRAÇADOS 11.1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS 11.2. FACTORES SOLARES 12. PORTAS 13. DEFINIÇÃO GEOMÉTRICA E CÁLCULO DA INÉRCIA TÉRMICA 14. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS MÍNIMOS 14.1. COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA SUPERFICIAIS DA ENVOLVENTE OPACA 14.2. FACTORES SOLARES DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS 15. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS 15.1. GANHOS INTERNOS 15.2. FACTORES DE UTILIZAÇÃO DOS GANHOS SOLARES E INTERNOS 15.3. VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS ENERGÉTICOS 15.4. PREENCHIMENTO DAS FOLHAS DE CÁLCULO 16. CLASSE ENERGÉTICA E CONCLUSÕES DSE MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA 1. INTRODUÇÃO A presente memória refere-se ao Projecto de Comportamento Térmico de um edifício destinado a habitação unifamiliar, localizado no, concelho da Manteigas. Na elaboração do presente projecto foi cumprida a legislação em vigor, nomeadamente o RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios – Decreto-Lei nº 80/2006 de 4 de Abril. O processo de verificação que será aplicado consiste em demonstrar através dos procedimentos de cálculo padronizados, que o edifício em análise, cumpre as limitações impostas às necessidades nominais de energia útil para aquecimento, arrefecimento, produção de água quente sanitária ou correspondentes necessidades nominais globais de energia primária. Paralelamente, para além dos limites anteriores, será também efectuada a verificação dos requisitos mínimos de qualidade térmica dos edifícios relativos aos coeficientes de transmissão térmica superficiais máximos da envolvente opaca e aos factores solares dos vãos envidraçados horizontais e verticais. No presente processo de verificação da conformidade regulamentar serão numa primeira fase definidos os parâmetros climáticos do local de implantação do edifício, uma descrição sumária do mesmo, uma caracterização das condições de ventilação interior do edifício e do sistema considerado para a produção de água quente e climatização do edifício. Serão ainda definidos os parâmetros térmicos e geométricos necessários à aplicação do RCCTE e a caracterização da envolvente exterior e interior do edifício (zonas opacas e envidraçados). Numa segunda fase será verificado o cumprimento dos requisitos mínimos de qualidade térmica e dos restantes requisitos energéticos, destinados a limitar as necessidades energéticas de aquecimento, arrefecimento e produção de águas quentes sanitárias, bem como balizar as necessidades globais de energia primária do edifício em estudo. No final será determinada a classe energética da fracção autónoma em análise e realçados os aspectos considerados fundamentais para o cumprimento das diversas disposições regulamentares. 2. LOCALIZAÇÃO O edifício em causa é constituído por uma única fracção autónoma, com quatro pisos, localiza-se na periferia de uma zona urbana e está implantado a uma altitude de 783 m. Na figura 1 apresenta-se a implantação do edifício, relação com os edifícios envolventes e a respectiva orientação. A zona não se encontra abrangida por rede de gás canalizado. Nos desenhos em anexo, com vista a uma correcta justificação dos valores apresentados, apresentam-se ainda as plantas, alçados e cortes do edifício que será objecto da presente verificação. Na zona envolvente do edifício localizam-se a poente diversas construções com alturas variáveis, das quais não existe um levantamento das respectivas cérceas. Por outro lado, está prevista a construção de moradias unifamiliares nos lotes vizinhos situados a Nascente e Poente. Por este motivo, com excepção da fachada Sul para a qual devido à forte pendente do terreno não se prevê a existência de qualquer obstrução de Horizonte, foram adoptados para as restantes orientações os factores de sombreamento do horizonte propostos no ponto 4.3.3. do Anexo IV do RCCTE tendo em conta à existência de informação mais detalhada relativamente aos possíveis obstáculos existentes na DSE envolvente (ângulo de horizonte de 45º atendendo ao facto do edifício se situar em zona urbana ou 20º para a situação de edifícios isolados). Figura 1 – Implantação do edifício. QUADRO I CARACTERÍSTICAS DA LOCALIZAÇÃO Opção Morada Código Postal Localidade Freguesia Concelho 6260 Manteigas Manteigas Santa Maria MANTEIGAS Zona Norte/Sul Norte Tipo de edifício Orientação fundamental do edifício Número de pisos Tipologia da fracção autónoma Edifício unifamiliar Tipo de localização Altitude do local (m) Coordenadas geodésicas Zona abrangida por gás canalizado Dados Observações Definição de zona climática (RCCTE - Anexo III) NORTE - ESTE - SUL- OESTE 4 Habitação T4 Periferia de uma zona urbana 783 Latitude: 40,406569 Longitude: -7,531372 Não Residencial Rugosidade I (RCCTE - Quadro IV.2) Cota de implantação Coordenadas em formato decimal DSE De acordo com o RCCTE, nos quadros seguintes apresentam-se as zonas climáticas de Inverno e Verão em que se insere o edifício para efeitos de verificação da conformidade regulamentar. QUADRO II DADOS CLIMÁTICOS NO PERÍODO DE AQUECIMENTO PARA O LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO Zona climática Necessidade de correcção pela altitude (z > 400m e z 600m) Número de Graus-Dia (ºC·dias) Duração da estação de aquecimento I3 Quadro III.1 Não Quadro III.2 3000 Quadro III.1 8 Quadro III.1 90 Quadro III.8 (meses) Energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a Sul 2 GSul (kWh/m ·mês) QUADRO III DADOS CLIMÁTICOS NO PERÍODO DE ARREFECIMENTO PARA O LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO V1 Zona climática (Região Norte) Quadro III.1 Necessidade de correcção pela altitude Não Quadro III.3 Valores médios da temperatura do ar exterior atm (Junho a Setembro) 19 Quadro III.9 200 300 420 430 380 430 420 300 730 Quadro III.9 (ºC) Intensidade da radiação solar para a estação convencional de arrefecimento (Junho a Setembro) 2 Ir (kWh/m ) N NE E SE S SW W NW Horiz. DSE 3. DESCRIÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO O edifício objecto deste estudo destina-se a habitação unifamiliar de tipologia T4, situa-se na periferia de uma zona urbana, não sendo abrangida por rede de gás natural e é formado por um único corpo com quatro pisos. Dado que o edifício se situa num terreno com elevada pendente, o alçado Norte encontrase enterrado em três dos seus pisos, enquanto que os alçados Este e Oeste apenas se encontram parcialmente enterrados de acordo com a proposta de arranjos exteriores do projecto de arquitectura. O primeiro piso do edifício é ocupado integralmente com uma garagem e o segundo piso com um grande espaço de arrumos e uma zona de tratamento de roupa. O terceiro e quarto piso destinam-se fundamentalmente à habitação e foram apenas estes considerados como zona habitável. O quarto piso está ao nível do Rés-do-Chão do arruamento principal pelo que todo o edifício se desenvolve em semi-caves atendendo à forte pendente do terreno de implantação do edifício. A habitação é formada por um hall de entrada, sala de estar, sala de refeições e cozinha no quarto piso (R/Chão) e por quatro quartos, três instalações sanitárias e um compartimento de arrumos no terceiro piso (1º Cave). Como espaços não úteis do edifício foram considerados a garagem do primeiro piso, a lavandaria e o espaço de arrumos do segundo piso e o desvão de cobertura. Este edifício possui como elementos de sombreamento, para além dos edifícios vizinhos já existentes ou que se prevêem construir a médio prazo a poente e nascente, o beirado do próprio edifício, varandas do alçado Sul e muros de contenção de terras adjacentes ao edifício. A estrutura do edifício é formada por lajes aligeiradas do tipo pré-esforçado, com blocos de aligeiramento em betão leve, assentes em pilares e paredes resistentes em betão armado. As alvenarias apenas desempenham funções de enchimento na definição dos diversos compartimentos, apresentando os seus paramentos exteriores coincidentes com uma das faces dos elementos estruturais. No edifício o isolamento térmico das paredes exteriores consiste na colocação de um isolamento térmico na caixa de ar, enquanto que a correcção das pontes térmicas planas (elementos estruturais) é realizada fundamentalmente pelo interior com o revestimento dos elementos estruturais mediante a aplicação de placas de poliestireno extrudido e um pano de alvenaria de tijolo cerâmico furado. As coberturas do edifício são formadas por lajes aligeiradas semelhantes às dos pisos, sobre as quais se aplicam os sistemas de isolamento térmico e camadas de revestimento, tal como será mais adiante referido. A solução adoptada para o pavimento térreo consiste basicamente num enrocamento seguido de uma camada de massame de betão armado com uma espessura mínima de 0,10 m de espessura, prevendo-se a aplicação de um isolamento térmico perímetral uma vez que afecta de forma significativa as zonas habitáveis. O pavimento será acabado com uma camada de betão leve em enchimento e regularização para posterior aplicação dos revestimentos previstos para a garagem. A ventilação processa-se de forma natural e a inércia térmica do edifício é forte. Como sistema de aquecimento e de produção de águas quentes sanitárias está prevista a instalação de uma caldeira mural com exaustão natural alimentada a gasóleo. DSE 4. IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS NÃO ÚTEIS Tal como já foi referido, foram identificados no edifício em análise como espaços não úteis, ou simplesmente não aquecidos nos termos do previsto no RCCTE, a garagem do primeiro piso, a lavandaria e o espaço de arrumos do segundo piso e o desvão de cobertura. A caracterização destes locais será importante na definição do parâmetro que traduz a redução das perdas térmicas para locais não aquecidos, o qual regulamentarmente depende do tipo de espaço não útil e da relação entre a área do elementos de separação entre o espaço útil e o espaço não útil em análise (Ai) e a área dos elementos da envolvente exterior do espaço não útil (Au), tal como indicado na Tabela IV.1 do RCCTE. A determinação destes coeficientes é fundamental na verificação dos requisitos mínimos dos elementos da envolvente interior, uma vez que os elementos da envolvente que separam espaços úteis de espaços não úteis com valores de superiores a 0,7 deverão apresentar coeficientes de transmissão térmica inferiores aos valores máximos declarados para a envolvente exterior. Apresenta-se no quadro IV a identificação dos valores que serviram de base à determinação do parâmetro de cada um dos espaços não úteis. QUADRO IV DETERMINAÇÃO DO PARAMETRO (Tabela IV.1 do RCCTE) Ai Au (m2) (m2) DESVÃO ACESSÍVEL DA COBERTURA, NÃO VENTILADO 120,50 TRATAMENTO DE ROUPA LOCAL Ai/Au 174,40 0,69 0,80 10,86 5,40 2,01 0,70 ARRUMOS 79,00 73,05 1,05 0,70 GARAGEM 9,35 78,44 0,12 0,80 5. ÁREA ÚTIL DE PAVIMENTO E PÉ DIREITO 5.1. ÁREA ÚTIL DE PAVIMENTO A área útil de pavimento foi quantificada tendo em conta o limite interior de cada um dos compartimentos e espaços interiores, tendo-se obtido os valores indicados no Anexo B, onde se apresenta de forma detalhada as diversas áreas correspondentes a cada compartimento ou espaço interior da fracção autónoma. 5.2. PÉ-DIREITO LIVRE O pé-direito livre da fracção autónoma foi determinado tendo em conta os valores médios registados para os diversos compartimentos e/ou pisos do edifício, tendo-se obtido os valores indicados no Anexo B, onde se apresenta de forma detalhada os diversos pédireitos correspondentes a cada compartimento ou espaço interior da fracção autónoma. DSE 6. EQUIPAMENTO DE CLIMATIZAÇÃO O sistema de aquecimento previsto para o edifício encontra-se referenciado no quadro V. QUADRO V CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SISTEMAS DE AQUECIMENTO DA FRACÇÃO AUTÓNOMA LOCAL Habitação TIPO DE EQUIPAMENTO Grupo térmico para aquecimento ambiente e produção de águas quentes sanitárias com acumulação (tipo Laia GTF Confort), com uma potência térmica de 25 kW, eficiência a 30% da carga nominal de 91,3%, alimentada a gasóleo e interligada a diversos radiadores distribuídos pelas várias divisões que compõem a fracção (sala de estar, sala de refeições, quartos, cozinha, circulações e instalações sanitárias) através de tubagens de cobre isoladas com espuma elastomérica com 19 mm de espessura, sendo o fluido de transporte água e controlo processado através de válvulas termostáticas. Eficiência i 0,913 Factor de conversão (FPUI) 0,086 kgep/kWh Potência 22,09 kW Uma vez que não foram definidos, quer pelo promotor, quer pelo responsável do projecto de arquitectura, quais os equipamentos de climatização a utilizar na situação de arrefecimento, assumiu-se a solução referida no quadro seguinte (coincidente com o equipamento previsto por defeito no nº 6 do artigo 15º do RCCTE). QUADRO VI CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SISTEMAS DE ARREFECIMENTO DAS FRACÇÕES AUTÓNOMAS LOCAL HABITAÇÃO TIPO DE EQUIPAMENTO Máquina Frigorífica (bomba de calor) Eficiência (COP) v 3 Factor de conversão (FPUI) 0,290 kgep/kWh Potência 25 Kw DSE 7. VENTILAÇÃO Para determinar o valor convencional do número de renovações horárias do ar interior (Rph), será necessário caracterizar ou definir previamente diversos aspectos associados à localização e características do edifício, em especial dos envidraçados, dispositivos a eles associados e equipamentos mecânicos de extracção ou insuflação de ar. A fracção autónoma em causa não está em conformidade com a NP 1037-1: Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 1: Edifícios de habitação. Ventilação natural, já que o edifício não dispõe de dispositivos de admissão de ar auto-reguláveis que garantam os caudais nominais aí especificados para os compartimentos, considerando uma gama de pressões de 10 a 200 Pa, não está prevista a colocação de dispositivos que garantam a passagem de ar dos compartimentos principais para os compartimentos de serviço, e está previsto pelo promotor a instalação de extractores mecânicos na cozinha e eventualmente nas instalações sanitárias, como forma a garantir a renovação do ar interior no edifício por ventilação. A ventilação é processada de forma natural, sem quaisquer dispositivos de admissão de ar na fachada. Para a determinação das características da ventilação natural com vista à determinação de eventuais caudais de infiltração, foram considerados os seguintes parâmetros, tendo em conta as características efectivas do edifício e sua localização. QUADRO VII VENTILAÇÃO NATURAL Características gerais da localização Interior de uma zona urbana Zona de localização do edifício B Rugosidade aerodinâmica do terreno Altura dos envidraçados da fracção autónoma acima do solo Classe de exposição ao vento das fachadas (Quadro IV.2) Existência de aberturas auto-reguláveis nas fachadas (admissão de ar): Existência de caixas de estore que permitam a infiltração de ar Classificação da caixilharia relativamente à permeabilidade ao ar das caixilharias de acordo com a norma EN 12207 A área de envidraçados excede 15% da área útil de pavimento As portas exteriores do edifício ou para locais não úteis estão bem vedadas por aplicação de borrachas (ou de elementos equivalentes) em todo o perímetro?: Renovações por hora (Rph): II < 10 m Exp 2 Não Sim Classe 3 Sim (17,19%) Sim 1,10 h-1 Atendendo a que os dispositivos de ventilação mecânica que eventualmente venham a ser instalados no interior da habitação para favorecer a renovação do ar não possuem um funcionamento permanente ou semi-permanente, os mesmos não foram considerados para efeitos de ventilação mecânica. Por este motivo os parâmetros considerados para os dispositivos de ventilação mecânica de extracção ou insuflação de ar foram os que constam do quadro VIII. DSE QUADRO VIII VENTILAÇÃO MECÂNICA Características Habitação Potência dos ventiladores 0W Caudal insuflado 0 m /h Caudal extraído 0 m /h V 783,54 3 3 -1 Vf/V 0h Vx/V 0h -1 8. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA (AQS) Com vista à quantificação da energia útil dispendida com o sistema de preparação das águas quentes sanitárias (A.Q.S.), foi considerado um consumo percapita de referência para a água a 60ºC em edifício de habitação de 40 litros /dia pessoa (ver alínea c) do artigo 14º do RCCTE) e um aumento de 45 ºC para elevar a temperatura da água fria até aos 60ºC (temperatura a considerar das as A.Q.S.). O número de dias de consumo, uma vez que se trata de uma habitação, foi considerado de 365 dias No quadro seguinte apresentam-se as características básicas do sistema de preparação de AQS a considerar para a fracção. QUADRO IX QUADRO RESUMO DO SISTEMA CONVENCIONAL DE PREPARAÇÃO DE AQS Situação Sistema de preparação de AQS Número de ocupantes da fracção Características Grupo térmico ventilado para aquecimento ambiente e produção de águas quentes sanitárias com acumulação (tipo Laia GTF Confort), com uma potência térmica de 22,09 kW, eficiência a 30% da carga nominal de 91,3%, alimentada a gasóleo Dispõe de acumulação de água quente sanitária, em que o aquecimento se processa através do recurso a um permutador de calor em serpentina cónica, aliado a um quadro de controlo electrónico com termóstato de regulação, termómetro de controlo e sensor de caudal. As redes de tubagem de distribuição de AQS são isoladas. 5 Sim Rede bem isolada (espessura de isolamento > 10mm) Espuma elastómera à base de borracha sintética com 13 mm de espessura Eficiência do sistema de apoio 0,913 Factor de conversão (FPUA) 0,086 DSE Como sistema complementar na preparação de AQS recorreu-se a um sistema solar cujas características são apresentadas no quadro IX. QUADRO IX QUADRO RESUMO DOS SISTEMAS SOLARES DE PREPARAÇÃO DE AQS Características Colectores solares Sistema solar térmico individual de circulação forçada, composto por 4 colectores solares planos do tipo VELUX CLI S08 4000, perfazendo uma área total de 5,6 m2, instalado na cobertura inclinada com azimute 2º e inclinação de 19º, não existindo obstruções assinaláveis do horizonte. O depósito de acumulação possui 300 litros de capacidade com permutador de calor em serpentina, localizado no interior da fracção e instalado na posição vertical, construído em aço vitrificado e possuindo isolamento térmico em espuma rígida de poliuretano com espessura de pelo menos 50 mm. O controlo do sistema é efectuado por um comando diferencial ligado a sondas de temperatura NTC. Os painéis têm certificação “Solar Keymark”, o instalador dos mesmos é acreditado pela DGGE e existe contrato de manutenção do sistema por um período mínimo de 6 anos. Quantidade 4 MODÚLOS Área efectiva 5,6 m² ( 5 habitantes convencionais ) Localização dos painéis Cobertura inclinada orientada a Sul Azimute -2º Inclinação 19º Sombreamentos existentes Sombreamento de horizonte dos colectores de 3º pelo facto de não existirem obstruções relativamente ao local onde está prevista a instalação dos colectores solares. Esolar (Solterm) 3.039 kW Eren (outras fontes renováveis) n.a. A instalação dos colectores não possui no caso concreto um grande impacto em termos arquitectónicos e construtivos, aspecto que de certa forma poderá ser reforçado pelo facto da área a aplicar de colectores ser quase marginal relativamente à área total da cobertura do edifício e a sua colocação recair num local onde os mesmos não sejam facilmente perceptíveis dos arruamentos vizinhos. No Anexo C são apresentados os relatórios relativos à estimativa de desempenho do sistema solar térmico a prever no edifício. A configuração do sistema solar deverá ser efectuado de acordo com o esquema apresentado na figura seguinte. DSE Figura 2 – Esquema geral do sistema solar de preparação de AQS De referir que o valor da contribuição do sistema solar proposto apenas poderá ser contabilizado para efeitos do RCCTE, se os sistemas ou equipamentos forem certificados de acordo com as normas e legislação em vigor nomeadamente pela “Certif” ou “Solar Keymark”, sejam instalados por instaladores acreditados pela Direcção Geral de Geologia e Energia, e existir uma garantia de manutenção de pelo menos 6 anos. Não foram consideradas para a fracção quaisquer outras fontes de energias renováveis para preparação de AQS ou condicionamento ambiente. 9. CARACTERIZAÇÃO DA ENVOLVENTE OPACA Em termos construtivos a envolvente opaca do edifício apresenta soluções com distintas características, as quais se indicam no anexo à presente memória. Toda a envolvente opaca do edifício apresenta cor clara. 9.1 ENVOLVENTE EXTERIOR a) Paredes exteriores As paredes exteriores Pe1 são do tipo duplo, com dois panos de alvenaria simples de tijolo cerâmico furado com 15 e 11 cm de espessura cada uma delas, com resistências térmicas de 0,39 e 0,27 m2ºC/W respectivamente. O espaço entre as duas paredes possui uma largura de 0,10m e é preenchido parcialmente na espessura de 60 mm por placas de poliestireno extrudido XPS, com um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, fixas ao pano interior. As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face interior com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC, assim como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face exterior com uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC (ver ficha 1). DSE As paredes exteriores Pe2 são do tipo duplo, com dois panos de alvenaria simples de tijolo cerâmico furado com 15 e 11 cm de espessura cada uma delas, com resistências térmicas de 0,39 e 0,27 m2ºC/W respectivamente. O espaço entre as duas paredes possui uma largura de 0,10m e é preenchido parcialmente na espessura de 60 mm por placas de poliestireno extrudido XPS, com um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, fixas ao pano interior. As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face interior com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC, assim como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face exterior com uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC. No exterior será ainda aplicado um revestimento exterior em painéis fenólicos de forma a constituir uma fachada com um espaço de ar fortemente ventilado entre o reboco e os painéis (ver ficha 2). As pontes térmicas planas resultam fundamentalmente da existência de elementos estruturais (pilares e talões de vigas) e caixas de estores e tal como se encontra referenciado nas fichas 3 e 4. Correcção das pontes térmicas da parede exterior onde se situam os elementos estruturais com uma espessura de 0,25m e um coeficiente de condutividade térmica de 2,00 W/mºC, realizada mediante o revestimento desses elementos pela face interior com a execução de uma parede de alvenaria de tijolo cerâmico furado com 0,07m de espessura e aplicação de chapas de poliestireno extrudido com uma espessura de 40 mm entre o elemento estrutural e a parede de alvenaria de tijolo, com um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC,. As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face interior com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC, assim como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face exterior com uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC (ver ficha 3). Na ficha 4 apresenta-se a configuração da caixa de estore a incorporar no edifício, para as quais se prevê recorrer a um modelo pré-fabricado em betão moldado, revestido pelo interior da caixa com chapas de 40mm de poliestireno extrudido XPS, com um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, fixadas mecanicamente ou coladas ao suporte e revestido pela face interior do edifício com estuque tradicional, com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC (ver ficha 4). b) Pavimentos sobre o exterior Não existem no edifício pavimentos sobre o exterior. c) Coberturas exteriores A cobertura exterior Lce é formada por uma laje estrutural aligeirada do tipo pré-esforçado, com uma espessura média de 0,20m, blocos cerâmicos vazados, nervuras e camada de compressão em betão armado, possuindo uma resistência térmica de 0,23 m2ºC/W. Sobre a laje será aplicada uma camada de argamassa de regularização e de seguida placas de poliestireno extrudido XPS, com 60 mm de espessura e um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, sobre as quais se deverá aplicar um filme de polietileno para protecção do isolamento térmico. Como revestimentos será executada uma camada de argamassa levemente armada com uma espessura média de 0,05m e um coeficiente de condutividade térmica de 1,80 W/mºC sobre a qual será aplicado o revestimento final em ladrilhos cerâmicos ou madeira (coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC). A face inferior da laje será estucada com estuque tradicional, com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC (ver ficha 5). DSE 9.2. ENVOLVENTE INTERIOR a) Paredes interiores As paredes da envolvente interior da fracção autónoma situam-se na separação da habitação com os locais não aquecidos, sendo formadas por um pano simples de alvenaria de tijolo cerâmico furado, com espessura de 0,15m. As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face interior com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC, assim como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face do local não aquecido com uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC (ver ficha 6). Na parede interior não se verifica a existência de pontes térmicas planas. b) Pavimentos interiores Os pavimentos interiores decorreram fundamentalmente da necessidade de isolar a zona habitacional dos arrumos da segunda cave. O pavimento interior Lpi1 é formado por uma laje estrutural aligeirada do tipo préesforçado, com 0,20m de espessura média, com blocos cerâmicos vazados, nervuras e camada de compressão em betão armado, possuindo uma resistência térmica de 0,25 m2ºC/W. Sobre a laje será aplicada uma camada de argamassa de regularização e de seguida placas de poliestireno extrudido XPS, com 40 mm de espessura e um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, sobre as quais se deverá aplicar um filme de polietileno para protecção do isolamento térmico. Como revestimentos será executada uma camada de argamassa levemente armada com uma espessura média de 0,05m e um coeficiente de condutividade térmica de 1,80 W/mºC sobre a qual será aplicado o revestimento final em ladrilhos cerâmicos ou madeira (coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC). A face inferior da laje ser rebocada com argamassa de cimento e areia pela face exterior com uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC (ver ficha 7). No acesso à garagem verificou-se a necessidade de isolar a laje de escadas (situada sobre local não aquecido – garagem), tendo-se recorrido a uma solução Lpi2 em tudo semelhante à do pavimento em geral. Assim, as escadas de acesso à garagem serão em betão armado, com um coeficiente de condutividade térmica de 2,00 W/mºC e espessura média de 0,22m incluindo revestimentos superiores. A face inferior da laje de escadas será revestida com painéis compostos formados por placas de gesso cartonado com uma espessura aproximada de 15mm e um coeficiente de condutividade térmica de 0,25 W/mºC, com a interposição de placas de poliestireno extrudido, com 40 mm de espessura e um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, entre estes painéis e a laje de betão armado (ver ficha 8). c) Coberturas interiores A cobertura interior Lci é formada por uma laje estrutural aligeirada do tipo pré-esforçado, com uma espessura média de 0,20m, blocos cerâmicos vazados, nervuras e camada de compressão em betão armado, possuindo uma resistência térmica de 0,23 m2ºC/W. Sobre a laje será aplicada uma camada de argamassa de regularização e base do revestimento final, com uma espessura média de 0,05m e um coeficiente de condutividade térmica de 1,80 W/mºC sobre a qual será aplicado o revestimento final em ladrilhos cerâmicos (coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC). Na face inferior da laje será aplicado DSE um tecto falso em placas laminadas de gesso cartonado com uma espessura aproximada de 15mm e um coeficiente de condutividade térmica de 0,25 W/mºC, confinando um espaço de ar com 0,20m de espessura. Sobre os painéis de gesso cartonado será aplicada uma manta de lã mineral com 80mm de espessura e um coeficiente de condutividade térmica de 0,04 W/mºC (ver ficha 9). d) Envidraçados interiores Não existem no edifício envidraçados interiores. 9.3. PORMENORES DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS A fim de facilitar a análise das soluções construtivas, assim como dos valores de base adoptados, apresentam-se fichas individuais de cada uma das soluções construtivas com referência a características dimensionais e propriedades térmicas consideradas. No final indica-se a resistência térmica global dos diversos elementos da envolvente e o respectivo coeficiente de transmissão térmica, tendo em conta o sentido do fluxo (elementos horizontais). Para a determinação da inércia térmica do edifício, apresenta-se ainda uma coluna de observações, quais as massas superficiais consideradas para as diversas camadas que constituem cada elemento da envolvente. Praticamente todos os valores de base considerados foram obtidos a partir da Informação Técnica de Edifícios ITE 50, publicada pelo LNEC, de diversas outras referências bibliográficas sobre esta matéria e de catálogos de fabricantes. 10. PONTES TÉRMICAS LINEARES 10.1. ELEMENTOS EM CONTACTO COM O SOLO As paredes enterradas são do tipo duplo com pelo exterior 20 cm de betão armado, uma caixa de ar de 80 mm de espessura ocupada por placas de poliestireno extrudido com 40 mm de espessura e um pano interior de tijolo cerâmico furado com 7cm de espessura. A face interior da parede será estucada, rebocada ou revestida de acordo com indicações do projecto de arquitectura (ver ficha 10). Os pavimentos térreos decorram fundamentalmente da necessidade de isolar a zona habitacional do terreno natural. O pavimento será formado uma camada enrocamentocom uma espessura média de o,20 a o,25m, sobre a qual se aplica uma betonilha de regularização e de seguida uma camada de betão armado com rede electrosoldada com espessura de 0,10 m, seguida do assentamento de placas de poliestireno extrudido (XPS) com30mm de espessura e sobre as quais se aplicará uma camada de betonilha levemente armada com uma espessura média de 0,05m. Finalmente será aplicado o revestimento final em ladrilhos cerâmicos (ver ficha 11). No Quadro X são apresentados os valores adoptados para os coeficientes de transmissão térmica linear para elementos em contacto com o terreno em função da diferença de nível entre a face superior do pavimento e a cota do terreno exterior. DSE QUADRO X COEFICIENTES DE PERDAS LINEARES DE PAREDES E PAVIMENTOS EM CONTACTO COM O SOLO Descrição da configuração Esquema adoptado Coeficiente de transmissão térmica linear () Ptl1 Parede em contacto com o terreno sem isolamento Cota do terreno em relação ao pavimento: -3,00 < Z < -1,05 m = 0,80 W/mºC Tabela IV.2.2 do RCCTE Ptl2 Pavimento em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral = 1,80 W/mºC Tabela IV.2.1a do RCCTE Cota do terreno em relação ao pavimento: 0,05< Z <1,50 Ptl3 Pavimento em contacto com o terreno sem isolamento =0 W/mºC Tabela IV.2.1a do RCCTE Cota do terreno em relação ao pavimento: Z < - 3,00 m 10.2. PONTES TÉRMICAS LINEARES EXTERIORES Para atender à não unidireccionalidade dos fluxos de calor através dos elementos superficiais referidos nos pontos anteriores, são quantificados no Quadro XI os valores dos coeficientes de transmissão térmica linear para as situações verificadas no edifício em análise. DSE QUADRO XI COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA DAS PONTES TÉRMICAS LINEARES Descrição da configuração Esquema adoptado Coeficiente de transmissão térmica linear () = 0,45 W/mºC Ar Tabela Ar. do RCCTE Ligação da fachada com pavimentos térreos ep = 0,15m – Espessura da laje sobre Isolamento da parede dupla localizado na caixa de ar Como isolamento térmico perimetral na face inferior da laje sobre terreno terreno com revestimentos = 0,65 W/mºC Br Tabela Br.1 do RCCTE Ligação da fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos ou exteriores ep =0,20m – Espessura da laje com Isolamento da parede dupla localizado na caixa de ar Isolamento térmico colocado Na face superior da laje Cr revestimentos = 0,30W/mºC Tabela Cr do RCCTE Ligação da fachada com pavimentos intermédios Isolamento da parede dupla localizado na caixa de ar ep = 0,20m – Espessura da laje em > 0,30m – Espessura da parede = 0,50W/mºC Dr Ligação da fachada com cobertura inclinada ou terraço Isolamento da parede dupla localizado na caixa de ar Tabela Dr do RCCTE ep = 0,20m – Espessura da laje Isolamento térmico colocado na face superior da laje DSE QUADRO XI (cont.) COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA DAS PONTES TÉRMICAS LINEARES Descrição da configuração Er Ligação da fachada com varanda Isolamento da parede dupla localizado na caixa de ar Esquema adoptado Coeficiente de transmissão térmica linear () = 0,35 W/mºC Tabela Er do RCCTE Parede com espessura ≥30 m Pavimento com espessura =0,20m Fr = 0,20 W/mºC Ligação entre duas paredes verticais Isolamento da parede dupla localizado na caixa de ar Gr Ligação da fachada com caixa de estore Hr Ligação da fachada com padieira, ombreira ou peitoril Isolamento da parede dupla localizado na caixa de ar Tabela Fr do RCCTE Parede com espessura superior a 0,22 m =0 W/mºC Resistência térmica do isolante a caixa de estore superior a 0,5 m2ºC/W = 0 W/mºC ou = 0,2 W/mºC (considera-se que apenas não existe continuidade do isolamento térmico na zona dos peitoris, soleiras e torsas) DSE 10.3. PONTES TÉRMICAS LINEARES INTERIORES Para atender à não unidireccionalidade dos fluxos de calor através dos elementos superficiais referidos nos pontos anteriores, são também considerados os valores dos coeficientes de transmissão térmica linear para as situações verificadas no interior edifício em análise, nomeadamente no que se refere à paredes interiores que confinam com espaços não úteis em que > 0,7 (garagem), tendo-se considerado no caso concreto o valor = 0,50. 11. ENVIDRAÇADOS O edifício possui vãos envidraçados, os quais se encontram numerados e identificados nas figuras 3 a 5, em função dos pisos em que se localizam. N W E S 8 7 6 9 10 5 Pe 4 2 1 3 Figura 3 – Planta identificativa dos vãos – Rés de chão DSE N W E S 15 14 16 17 13 18 12 10 11 Figura 4 – Planta identificativa dos vãos – 1ª Cave N W E S 10 Figura 5 – Planta identificativa dos vãos – 2ª Cave DSE 11.1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS No quadro seguinte apresentam-se as principais características dos envidraçados previstos para o edifício, relativamente às quais se teve em linha de conta o tipo de vidro utilizado, o tipo de caixilharia, a existência ou não de quadrícula nas superfícies envidraçadas, o tipo de dispositivos de oclusão nocturna e a sua maior ou menor obstrução ao ar, bem como o coeficiente de transmissão térmica adoptado para os envidraçados. Todos os dados tiveram por base as indicações do projecto de arquitectura. No Anexo D apresentam-se individualmente as características dimensionais dos diversos vãos, respectivas orientações (factores de orientação) e factores de obstrução, bem como o cálculo da área efectiva dos vãos. Os elementos em causa serviram de base para o preenchimento das folhas de cálculo FC IV.1e e FC V.1d. Para a definição da fracção envidraçada considerada para os envidraçados do edifício (Fg) foram adoptados os valores constantes do Quadro IV.5 do RCCTE. O factor de correcção dos ganhos solares devidos à variação das propriedades do vidro com o ângulo de incidência da radiação solar directa (Fw) assume para os vidros duplos coloridos o valor de 0,9 para o cálculo das necessidades nominais de aquecimento, enquanto que para o período de arrefecimento, o factor de correcção Fw assume para vidro duplo os valores do quadro V.3 do RCCTE a seguir indicados em função da orientação dos envidraçados, o qual se reproduz de seguida. QUADRO XIII FACTOR DE CORRECÇÃO Fw DOS GANHOS SOLARES DEVIDOS À VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO VIDRO COM O ÂNGULO DE INCIDÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR DIRECTA Orientação N NE/NW E/W SE/SW S Fw 0,80 0,85 0,85 0,85 0,75 DSE QUADRO XII QUADRO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS E RESPECTIVAS PROTECÇÕES SOLARES Identificação / localização dos vãos VÃOS SEM PROTECÇÃO (VÃO 10) VÃOS EM GERAL DA HABITAÇÃO (VÃOS 1 a 9 e 11 a 18) Características dos vidros Características da caixilho Tipo de abertur a da caixilha ria Existência de quadrícula nas superfícies envidraçadas Fracção envidraçada Tipo de protecção solar (tipo/posição/cor) Tipo de obstrução ao ar Coeficiente de transmissão térmica Vidro duplo colorido na massa (6+16+5 mm) Caixilharia simples em PVC com rotura térmica Fixo e oscilobatente Não 0,65 Sem protecção interior ou exterior n.a. Uw = 2,70 W/m ºC Vidro duplo incolor com vidro de baixa emissividade (*) (6+16+5 mm) Caixilharia simples em PVC com rotura térmica Fixo e oscilobatente 0,65 Cortinas interiores muito transparentes de cor clara com estore exterior em alumínio cor média Baixa permeabilidade Uwdn = 1,40 W/m ºC Não 2 (*) Foi considerado para efeito de simulação um vidro SGG Climaplus 6(16)5 formado por um vidro exterior SGG Planilux e um vidro interior de baixa emissividade SGG Planitherm Futur N. 2 DSE 11.2. FACTORES SOLARES No Quadro XIV indicam-se os factores solares que serviram de base para o cálculo dos ganhos solares do edifício, nomeadamente do vidro sem protecção solar e dos vãos com vidro incolor corrente com a protecção solar activa a 100%. QUADRO XIV FACTORES SOLARES CONSIDERADOS Tipo de envidraçado e protecção solar Factor solar Observações Vidro duplo incolor de baixa emissividade sem protecção solar (vidro 6 mm + caixa de ar 16mm + vidro 5 mm) gv= 0,61 (*) Dados do fabricante Vidro duplo incolor sem protecção solar (vidro 6 mm + caixa de ar 16mm + vidro 5 mm) gv= 0,75 Quadro IV.4 do RCCTE Vidro duplo colorido na massa e incolor sem protecção solar (vidro 6 mm + caixa de ar 16mm + vidro 5 mm) gv= 0,50 Quadro IV.4 do RCCTE Cortina interiores muito transparentes de cor clara em envidraçado duplo de vidro incolor g’=0,63 Persianas exteriores em réguas de alumínio de cor média em envidraçado duplo de vidro incolor g’=0,07 Quadro V.4 do RCCTE (*) Foi considerado para efeito de simulação um vidro SGG Climaplus 6(16)5 formado por um vidro exterior SGG Planilix e um vidro interior de baixa emissividade SGG Planitherm Futur N. Em conformidade com o disposto na secção 2.3 do Anexo V do RCCTE, no Quadro XV apresentam-se no quadro XV os factores solares a considerar nos períodos de aquecimento e arrefecimento, bem como o respectivo cálculo. QUADRO XV FACTORES SOLARES REGULAMENTARES Locais VÃOS EM GERAL (VÃOS 1 a 9 e 11 a 18) VÃOS SEM PROTECÇÃO (VÃO 10) Situação Factor solar 0,07 0,61 0,06 0,75 Protecções solares 100% activas g Estação convencional de aquecimento g Inverno 0,63 0,61 0,51 0,75 Estação convencional de arrefecimento g Verão 0,3 0,61 0,7 0,06 0,22 Protecções solares 100% activas g 0,50 Estação convencional de aquecimento g Inverno 0,50 Estação convencional de arrefecimento g Verão 0,50 Observações Secção 4.3.2. do Anexo IV Secção 2.3 do Anexo V Tabela IV 4.1 Quadro V.4 Secção 4.3.2. do Anexo IV Secção 2.3 do Anexo V Tabela IV 4.1 Quadro V.4 DSE Para as habitações admite-se que na estação de aquecimento os dispositivos de oclusão estão totalmente abertos durante o período de Sol (maximização da captação solar) considerando-se apenas a existência de uma cortina transparente de cor clara, pelo que será este o único dispositivo de protecção solar a considerar para o cálculo do factor solar destes envidraçados. No período convencional de arrefecimento considerou-se que os dispositivos de sombreamento estão activados a 70%, ou seja o factor solar será dado pela soma de 30% do factor solar do vidro sem protecção, com 70% do factor solar com as protecções 100% activadas. 12. PORTAS A porta exterior de acesso à habitação é em madeira maciça , pelo que em termos térmicos se atribuiu um coeficiente de transmissão térmico de U=3,5 W/m2ºC, sendo consideradas na envolvente opaca exterior. Idênticas considerações poderiam ser efectuadas para as portas interiores existentes na separação da habitação com os locais não aquecidos referidos no ponto 4. Nestes casos a porta é do tipo pré-fabricado, engradada, aligeirada, com folheado e sem qualquer tipo de envidraçado, tendo-se considerado também neste caso um coeficiente de transmissão térmica de 2,0 W/m2ºC. 13. DEFINIÇÃO GEOMÉTRICA E CÁLCULO DA INÉRCIA TÉRMICA A inércia térmica interior do edifício traduz a capacidade do mesmo para armazenar calor, dependendo fundamentalmente da massa de cada um dos elementos de construção em contacto com o espaço útil da habitação, da localização da camada de isolamento térmico e da eventual presença de revestimentos com uma resistência térmica (R) superior a 0,14 m2 ºC/W. No Anexo E apresenta-se de forma sistemática a definição geométrica utilizada para a determinação da massa superficial útil para a habitação em análise, bem como a quantificação da inércia térmica interior. 14. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS MÍNIMOS 14.1. COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA SUPERFICIAIS DA ENVOLVENTE OPACA Nenhum dos elementos opacos da envolvente exterior ou interior (excluindo as portas não envidraçadas exteriores e interiores), quer para zonas correntes quer para pontes térmicas planas, tem um coeficiente de transmissão térmica superficial superior aos valores máximos admissíveis listados no Quadro IX.1 do RCCTE. No quadro XVII apresenta-se a verificação deste requisito para as diversas soluções técnicas definidas para a envolvente, concluindo-se que todas elas possuem coeficientes inferiores aos máximos admissíveis. Como em termos regulamentares, nenhuma zona considerada não corrente da envolvente opaca (pontes térmicas planas) poderá ter um coeficiente de transmissão térmica superior ao valor máximo admissível definido pelo quadro IX.1 do RCCTE ou ao dobro do coeficiente DSE de transmissão dos elementos opacos homólogos vizinhos em zona corrente, apresenta-se no quadro XVIII a verificação deste requisito. QUADRO XVII VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS MÍNIMOS DE QUALIDADE TÉRMICA PARA A ENVOLVENTE DO EDIFÍCIO Ref Pe1 Coeficiente de transmissão térmica Solução adoptada Envolvente vertical opaca exterior Valores máximos regulamentares 2 Zona I3: U = 1,45 W/m ºC 2 Zona I3: U = 1,45 W/m ºC 2 Zona I3: U = 1,90 W/m ºC U = 0,37 W/m ºC 2 (parede exterior corrente) Pe2 Envolvente vertical opaca exterior U = 0,36 W/m ºC 2 (parede exterior com painéis fenólicos) Pi Lce Lpi1 Lpi2 Lci Envolvente vertical opaca interior U = 1,45 W/m ºC 2 (zona corrente) 2 Envolvente horizontal opaca exterior U = 0,47 W/m ºC (cobertura em terraço) (fluxo ascendente) Envolvente horizontal opaca interior U = 0,58 W/m ºC (pavimento sobre arrumos) (fluxo descendente) Envolvente horizontal opaca interior U = 0,63 W/m ºC (escadas para a garagem) (fluxo descendente) Envolvente horizontal opaca interior U = 0,37 W/m ºC (desvão da cobertura) (fluxo ascendente) 2 Zona I3: U = 0,90 W/m ºC 2 2 Zona I3: U = 1,20 W/m ºC 2 2 Zona I3: U = 1,20 W/m ºC 2 2 Zona I3: U = 0,90 W/m ºC (*) (*) Requisitos de envolvente exterior. QUADRO XVIII VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS PARA ZONAS NÃO CORRENTES DA ENVOLVENTE Ref Ptpe1 Solução adoptada Envolv. vertical opaca exterior Coeficiente de transmissão térmica 2 2 U = 0,62W/m ºC (correcção de ponte térmica) Ptpe2 14.2. Envolv. vertical opaca exterior (caixa de estores) Valores máximos regulamentares Zona I3: U = 1,45 W/m ºC 2 (2×Uzona corrente) = 2×0,37 = 0,74 W/m ºC 2 U = 0,72 W/m2ºC Zona I3: U = 1,45 W/m ºC 2 (2×Uzona corrente) = 2×0,37 = 0,74 W/m ºC FACTORES SOLARES DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS No Quadro XVIII efectua-se a comparação dos factores solares dos diversos tipos de envidraçados com as protecções solares activadas a 100% com os valores máximos e de referência indicadas no RCCTE de acordo com as indicações mencionadas. DSE Este requisito aplica-se a todos os vãos envidraçados com uma área total superior a 5% da área útil de pavimento do espaço que servem, desde que não orientados entre noroeste e nordeste. QUADRO XVIII VERIFICAÇÃO DOS FACTORES SOLARES MÁXIMOS COM AS PROTECÇÕES ACTIVADAS A 100% (PERÍODO CONVENCIONAL DE ARREFECIMENTO) Compartimentos Factor solar dos vãos envidraçados Factor solar máximo admissível (*) (Quadro IX.2 do RCCTE) VÃOS EM GERAL 0,06 (VÃOS 1 a 9 e 11 a 18) VÃOS SEM PROTECÇÃO (VÃO 10) 0,56 Zona Climática: V1 Inércia Forte (Quadro IX.2 do RCCTE) 0,50 0,56 Zona Climática: V1 Inércia Forte Valores de referência 0,25 Zona Climática: V1 (Quadro IX.4 do RCCTE) 0,25 Zona Climática: V1 (Quadro IX.4 do RCCTE) (*) Aplicável a todos os envidraçados orientados entre NW e NE (orientação a Sul) com Aenv> 5% Ap, onde Ap é a área de pavimento do compartimento que servem. Os valores adoptados para o factor solar são inferiores ao factor solar máximo admissível para a zona climática em que o edifício se insere (g = 0,56) segundo o RCCTE para a Zona V1 e inércia térmica forte. 15. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS 15.1. GANHOS INTERNOS Para a determinação dos ganhos de calor internos resultantes de fontes de calor internas associadas à presença dos ocupantes e ao calor dissipado pelos equipamentos não associados directamente ao aquecimento do edifício e dispositivos de iluminação, recorreuse aos valores regulamentares dos ganhos internos médios por unidade de área útil de pavimento qi (W/m2). Para o edifício em causa, considerou-se o valor regulamentar qi = 4 W/m2, numa base de 24 horas por dia, todos os dias do ano para as habitações. 15.2. FACTOR DE UTILIZAÇÃO DOS GANHOS SOLARES E INTERNOS Como nem todos os ganhos térmicos (solares e internos) são efectivamente aproveitados para elevar a temperatura no interior do edifício durante o período de aquecimento ou constituem uma fonte de energia calorífica que necessita de ser removida para o exterior do edifício durante o período de arrefecimento, proceder-se-á em cada um dos casos à determinação do factor de utilização dos ganhos solares , parâmetro que depende fundamentalmente da capacidade de armazenamento de energia do edifício (Inércia térmica) e da relação entre os ganhos totais brutos e as perdas térmicas totais, tal como se indica na secção 4.4 do Anexo IV do RCCTE. DSE 15.3. VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS ENERGÉTICOS De acordo com o disposto no RCCTE, a verificação da conformidade regulamentar obriga a que se verifique a satisfação simultânea de requisitos energéticos referentes às estações de aquecimento, arrefecimento, preparação de águas quentes sanitárias e relativamente às necessidades globais de energia primária, comparando os valores de cálculo das necessidades de energia com os valores máximos indicados no artigo 15º do RCCTE . Após o cálculo da fracção autónoma descrita anteriormente complementada com a definição geométrica e caracterização de cada uma das fracções pertencentes ao edifício, obtiveram-se os dados referidos na Ficha Nº 1 anexa para cada uma dessas fracções. 15.4. PREENCHIMENTO DAS FOLHAS DE CÁLCULO Como o edifício não se encontra em nenhum dos casos indicados no ponto 9 do artigo 2º do Decreto-Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, será verificado o cumprimento dos requisitos energéticos através do preenchimento das fichas 1 a 3 e das folhas de cálculo dos valores das necessidades nominais de energia do edifício Nic, Nvc, Nac e Ntc. 16. CLASSE ENERGÉTICA E CONCLUSÕES Atendendo aos valores obtidos para as necessidades globais anuais nominais específicas de energia primária Ntc e Nt, obteve-se para o edifício em análise a Classe de Eficiência Energética: A A verificação relativa ao valor das necessidades nominais de energia útil para aquecimento revelou-se como o factor mais decisivo na presente verificação da conformidade regulamentar, obrigando a prever espessuras de isolamento térmico da ordem dos 40 a 80 mm, de acordo com os pormenores do Anexo A. Também foi prevista a instalação de vedantes de borracha ou equivalentes em todas as portas exteriores. Características dos vãos envidraçados previstos para o edifício e respectivas protecções solares, de acordo com as características referidas na presente memória (ponto 11), nomeadamente o recurso a vidros coloridos e de baixa emissividade.. Os envidraçados considerados para o edifício terão caixilhos em PVC, com uma classificação 3 relativamente à permeabilidade ao ar das caixilharias de acordo com a norma EN 12207, de forma a garantir-se um menor valor da taxa de renovação do ar interior e minorar o efeito das perdas de calor pelos envidraçados. O desvão da cobertura foi considerado como não ventilado em termos das perdas de calor para locais não aquecidos. Admitiu-se a continuidade do isolamento térmico situado nas ombreiras dos vãos com a caixilharia de PVC, de acordo com desenho de pormenor em anexo. Instalação de um sistema solar térmico para preparação das AQS com as características referidas na presente memória (ponto 8). O isolamento térmico da rede de água quente com espuma elastomérica com pelo menos 13mm de espessura. DSE O tipo de equipamentos e instalações previstas para condicionamento do ambiente interior com as características referidas na presente memória (ponto 6). Estas medidas permitiram reduzir significativamente o valor das perdas de calor durante o período convencional de aquecimento de forma a contrariar o peso exageradamente negativo que as pontes térmicas lineares assumem no desempenho energético do edifício. Relativamente o período de arrefecimento o edifício não apresenta problemas de verificação regulamentares significativos atendendo às protecções solares consideradas. Também as necessidades de água quente sanitária não apresentam qualquer problema devido ao significativo contributo do sistema solar adoptado para preparação das AQS. Nas páginas seguintes apresentam-se as fichas resultantes do cálculo térmico, a análise energética da contribuição dos sistemas solares, bem como as peças desenhadas com a definição da envolvente considerada para o estudo térmico de cada uma das fracções pertencentes ao edifício em causa e pormenores construtivos. Guarda, ….. de …………. de 20.. O técnico responsável, ………………………………... (engenheiro civil) DSE ANEXO A CARACTERIZAÇÃO DA ENVOLVENTE DSE ENVOLVENTE EXTERIOR FICHA 1 ELEMENTO VERTICAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE EXTERIOR PAREDES EXTERIORES Designação: Pe1 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. Material e R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) 0,57 0,03 1 Estuque tradicional 0,015 2 Alvenaria de tijolo furado 0,11 3 Poliestireno extrudido (XPS) 0,06 4 Espaço de ar não ventilado 5 6 m Referência 2 (kg/m ) 18 ITE 50 (LNEC) 0,27 ITE 50 (LNEC) 140 1,62 ITE 50 (LNEC) 2 0,04 0,18 ITE 50 (LNEC) Alvenaria de tijolo furado 0,15 0,39 ITE 50 (LNEC) 170 Reboco de areia e cimento 0,015 0,01 ITE 50 (LNEC) 28 0,13 DL 80/2006 0,04 DL 80/2006 0,037 1,30 Resistências superficiais Interior (Rsi): Exterior (Rse): 2 Parede exterior corrente. M: 358 Mint: 158 2 R total (m ºC/W): 2,67 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 0,37 ri : 150 1 DSE ENVOLVENTE EXTERIOR FICHA 2 ELEMENTO VERTICAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE EXTERIOR PAREDES EXTERIORES Designação: Pe 2 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. Material e R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) 0,57 0,03 1 Estuque tradicional 0,015 2 Alvenaria de tijolo furado 0,11 3 Poliestireno extrudido (XPS) 0,06 4 Espaço de ar não ventilado 5 m Referência 2 (kg/m ) 18 ITE 50 (LNEC) 0,27 ITE 50 (LNEC) 140 1,62 ITE 50 (LNEC) 2 0,04 0,18 ITE 50 (LNEC) Alvenaria de tijolo furado 0,15 0,39 ITE 50 (LNEC) 170 6 Reboco de areia e cimento 0,015 0,01 ITE 50 (LNEC) 28 7 Fachada ventilada 7 Painéis de resina fenólica 0,13 DL 80/2006 0,13 DL 80/2006 0,037 1,30 Resistências superficiais Interior (Rsi): Exterior (Rse): 2 M: 378 Mint: 158 2 R total (m ºC/W): 2,76 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 0,36 ri : Parede exterior revestida com painéis fenólicos. 150 1 DSE ENVOLVENTE EXTERIOR FICHA 3 ELEMENTO VERTICAL PONTE TÉRMICA PLANA DA ENVOLVENTE EXTERIOR PAREDES EXTERIORES Designação: Ptpe1 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. Material E R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) 0,57 0,03 1 Estuque tradicional 0,015 2 Alvenaria de tijolo furado 0,07 3 Poliestireno expandido (XPS) 0,04 4 Betão armado 5 Reboco de areia e cimento m Referência 2 (kg/m ) 18 ITE 50 (LNEC) 0,19 ITE 50 (LNEC) 120 0,037 1,08 ITE 50 (LNEC) 1 0,25 2,00 0,12 ITE 50 (LNEC) 625 0,015 1,30 0,01 ITE 50 (LNEC) 28 0,13 DL 80/2006 0,04 DL 80/2006 Resistências superficiais Interior (Rsi): Exterior (Rse): 2 M: 792 Mint: 138 2 R total (m ºC/W): 1,60 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 0,62 ri : Ponte térmica plana na parede Pe – Zona com elementos estruturais. 138 1 DSE ENVOLVENTE EXTERIOR FICHA 4 ELEMENTO VERTICAL PONTE TÉRMICA PLANA DA ENVOLVENTE EXTERIOR PAREDES EXTERIORES Designação: Ptpe2 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. Material e R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) m Referência 2 (kg/m ) 1 Estuque tradicional 0,015 0,57 0,03 18 2 Betão armado 0,04 2,00 0,02 ITE 50 (LNEC) 100 3 Poliestireno extrudido (XPS) 0,04 0,037 1,08 ITE 50 (LNEC) 1 0,13 DL 80/2006 M: 119 0,13 DL 80/2006 ITE 50 (LNEC) Resistências superficiais Interior (Rsi): Exterior (Rse = Rsi): 2 Mint:118 2 R total (m ºC/W): 1,39 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 0,72 ri : Ponte térmica plana nas paredes Pe 1 e Pe2 – Caixa de estore. 118 1 DSE ENVOLVENTE EXTERIOR FICHA 5 ELEMENTO HORIZONTAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE EXTERIOR Laje de cobertura exterior Designação: Lce 2 Orientação 3 4 Área (m ) N 5 NE EXT E SE S SW W 2 INT 1 NW Total: Ref. Material e R 2 m Referência 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) (kg/m ) 1,30 0,01 ITE 50 (LNEC) 28 0,23 ITE 50 (LNEC) 250 ITE 50 (LNEC) 2 1 Argamassa de cimento e areia 0,015 2 Laje aligeirada betão armado 0,20 3 Poliestireno extrudido (XPS) 0,06 0,037 1,62 4 Argamassa de cimento e areia 0,05 1,80 0,03 ITE 50 (LNEC) 100 5 Ladrilho cerâmico 0,02 1,30 0,02 ITE 50 (LNEC) 46 Interior (Rsi): 0,17 DL 80/2006 M: 426 Exterior (Rse = Rsi): 0,04 DL 80/2006 Mint: 278 Resistências superficiais R total (m2 ºC/W): 2,12 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 0,47 ri : Laje de cobertura em terraço (entrada e varanda Sul). 2 150 1 DSE ENVOLVENTE INTERIOR FICHA 6 ELEMENTO VERTICAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR PAREDES INTERIORES Designação: Pi 2 Orientação Área (m ) N 3 NE 1 E 2 SE S SW LNA W INT NW Total: Ref. Material e R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) 0,57 0,03 1 Estuque tradicional 0,015 2 Alvenaria de tijolo furado 0,15 3 Reboco de areia e cimento 0,015 1,30 m Referência 2 (kg/m ) 18 ITE 50 (LNEC) 0,39 ITE 50 (LNEC) 170 0,01 ITE 50 (LNEC) 28 0,13 DL 80/2006 0,13 DL 80/2006 Resistências superficiais Interior (Rsi): Exterior (Rse = Rsi): 2 Parede interior corrente. M: 216 Mint: 108 2 R total (m ºC/W): 0,69 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 1,45 ri : 108 1 DSE ENVOLVENTE INTERIOR FICHA 7 ELEMENTO HORIZONTAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR PAVIMENTOS INTERIORES Designação: Lpi1 2 Orientação 3 2 1 Área (m ) N INT NE E SE S SW W 4 NW LNA 5 Total: Ref. Material e R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) m Referência 2 (kg/m ) 1 Ladrilho cerâmico 0,02 1,30 0,02 46 2 Argamassa de cimento e areia 0,05 1,80 0,03 ITE 50 (LNEC) 100 3 Poliestireno extrudido (XPS) 0,06 0,037 1,62 ITE 50 (LNEC) 2 4 Laje aligeirada betão armado 0,20 5 Argamassa de cimento e areia 0,015 ITE 50 (LNEC) 0,25 ITE 50 (LNEC) 250 0,01 ITE 50 (LNEC) 28 Interior (Rsi): 0,17 DL 80/2006 M: 426 Exterior (Rse = Rsi): 0,17 DL 80/2006 Mint:146 1,30 Resistências superficiais Laje de pavimento sobre arrumos. R total (m2 ºC/W): 2,27 Msi (kg/m ): 2 U (W/m2 ºC): 0,44 ri : 146 1 DSE ENVOLVENTE INTERIOR FICHA 8 ELEMENTO HORIZONTAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR PAVIMENTOS INTERIORES Designação: Lpi2 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. e Material R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) m Referência 2 (kg/m ) 1 Painéis de gesso cartonado 0,015 0,25 0,06 ITE 50 (LNEC) 13 2 Poliestireno extrudido (XPS) 0,03 0,037 0,81 ITE 50 (LNEC) 1 3 Laje de betão armado 0,22 (*) 2,00 0,11 ITE 50 (LNEC) 550 Interior (Rsi): 0,17 DL 80/2006 M: 564 Exterior (Rse = Rsi): 0,17 DL 80/2006 Mint: 550 Resistências superficiais R total (m2 ºC/W): 1,32 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 0,76 ri : Laje de escadas no acesso à garagem. (*) Espessura média incluindo revestimentos. 2 150 1 DSE ENVOLVENTE INTERIOR FICHA 9 ELEMENTO HORIZONTAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR COBERTURA INTERIOR Designação: Lci 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. Material e R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) 1 Placas de gesso cartonado 0,015 0,25 0,06 2 Lã mineral 0,08 0,04 2,00 3 Espaço de ar 0,20 0,16 4 Laje aligeirada betão armado 0,20 5 Argamassa de cimento e areia 0,05 6 Ladrilho cerâmico 0,02 m Referência 2 (kg/m ) 13 ITE 50 (LNEC) ITE 50 (LNEC) 5 0,23 Fabricante 250 1,80 0,03 ITE 50 (LNEC) 100 1,30 0,02 ITE 50 (LNEC) 46 0,10 DL 80/2006 0,10 DL 80/2006 Resistências superficiais Interior (Rsi): Exterior (Rse = Rsi): 2 M: 414 Mint: 13 2 R total (m ºC/W): 2,70 Msi (kg/m ): 13 U (W/m2 ºC): 0,37 ri : 1 Cobertura sob desvão de cobertura não habitável. DSE ENVOLVENTE EXTERIOR FICHA 10 ELEMENTO HORIZONTAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR Parede enterrada Designação: Pent 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. Material e R 2 m Referência 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) 0,57 0,04 ITE 50 (LNEC) 24 0,19 ITE 50 (LNEC) 120 1,08 ITE 50 (LNEC) 1 1 Estuque projectao 0,02 2 Alvenaria de tijolo furado 0,07 3 Poliestireno extrudido (XPS) 0,04 4 Espaço de ar não ventilado 0,04 5 Betão armado 0,20 0,037 (kg/m ) 0,18 ITE 50 (LNEC) 0,10 ITE 50 (LNEC) Interior (Rsi): 0,13 DL 80/2006 M: Exterior (Rse): - DL 80/2006 Mint: 2,00 500 Resistências superficiais Parede enterrada. R total (m2 ºC/W): 1,72 Msi (kg/m ): 2 U (W/m2 ºC): 0,58 ri : 144 1 DSE ENVOLVENTE EXTERIOR FICHA 11 ELEMENTO HORIZONTAL ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR Pavimento enterrada Designação: Lpt 2 Orientação Área (m ) N NE E SE S SW W NW Total: Ref. Material e R 2 (m) W/m ºC (m ºC/W) m Referência 2 (kg/m ) 1 Ladrilho cerâmico 0,02 1,3 0,02 46 2 Betonilha 0,06 1,80 0,03 ITE 50 (LNEC) 120 3 Poliestireno exturdido (XPS) 0,04 0,037 1,08 ITE 50 (LNEC) 1 4 Betão armado 0,10 2,00 0,05 ITE 50 (LNEC) 250 5 Material de impermeabilização 0,006 0,23 0.03 ITE 50 (LNEC) 6 6 Betonilha de regularização 0,02 1,80 0,01 ITE 50 (LNEC) 40 7 Enrocamento (gravilha) 0,20 2,00 0,1 ITE 50 (LNEC) 0,17 DL 80/2006 - DL 80/2006 ITE 50 (LNEC) 370 Resistências superficiais Interior (Rsi): Exterior (Rse): 2 Pavimento sobre terreno natural. M: 833 Mint: 166 2 R total (m ºC/W): 1,49 Msi (kg/m ): U (W/m2 ºC): 0,67 ri : 150 1 DSE ANEXO B ÁREAS DE PAVIMENTO DSE ANEXO C RELATÓRIOS RELATIVOS À ESTIMATIVA DE DESEMPENHO DOS SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS A PREVER NO EDIFÍCIO DSE ANEXO D CARACTERÍSTICAS DOS ENVIDRAÇADOS DSE ANEXO E DETERMINAÇÃO DA INÉRCIA TÉRMICA DO EDIFÍCIO DSE PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE MORADIA UNIFAMILIAR MANTEIGAS DATA Projecto nº P……………. FOLHAS DE CÁLCULO DSE PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE MORADIA UNIFAMILIAR MANTEIGAS DATA Projecto nº P……………. PEÇAS DESENHADAS DSE ANEXO II Certificado Energético