Área do Conhecimento: Ciências Classe: Pré-Escolar III, Turma “C”, Ano 2006 Tempo Estimado: 3 meses Produto Final: Insetário, Livro Informativo e Seminário Professora Bernadete Rocha da Silva Escola Municipal Francisca Aragão Silva Rio Branco – Acre (Brasil) Está localizada na zona urbana periférica da cidade de Rio Branco-AC; foi construida por meio de um mutirão comunitário e inaugurada em 15.03.88 para atender crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. 1999 – demolição da antiga estrutura em madeira e reconstrução da escola em alvenaria, com espaços adaptados e mais adequados para a Educação Infantil, sua clientela desde 1992. SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Objetiva oferecer ensino de boa qualidade aos alunos Busca a excelência no ensino, de forma criativa e eficaz, oportunizando o acesso das crianças ao conhecimento e aos bens culturais; o desenvolvimento da autonomia e também dos aspectos psicomotor e sócio-afetivo. Respeita as iniciativas dos servidores e das crianças. Há uma efetiva participação da maioria dos pais nas atividades da escola e no acompanhamento do processo de ensino e da aprendizagem dos alunos. Eles valorizam a escola; zelam pela integridade do prédio e são parceiros na efetivação de uma gestão participativa. Crianças de 6 anos que vivem em residências próximas à escola, nos bairros adjacentes, alguns com pouca estrutura de bens e serviços. Suas características: crianças curiosas por interagir e aprender mais sobre o ambiente que as cerca; boa capacidade de interação com a Professora e com os colegas, o que possibilita a discussão e a troca de informações; observadoras e atentas quando desafiadas a pensar sobre os conteúdos propostos para estudo. 1. DESENVOLVI O PROJETO “BICHOS ESQUISITOS”: Para ensinar a pesquisar, utilizando diversas fontes: livros, revistas e textos informativos de diferentes sites. Alimentar a curiosidade dos alunos e, a partir do seu modo próprio de pensar e de falar, possibilitar o acesso à linguagem científica, bem como a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita e o uso da leitura e da escrita para busca de informações e para registro. Por acreditar que as crianças, mesmo pequenas, são capazes de aprender e ampliar/construir conhecimentos, sem que para isso tenhamos que tratar esses conhecimentos superficialmente ou de maneira fragmentada. 2. O QUE EU QUERIA QUE MEUS ALUNOS APRENDESSEM: As características gerais dos insetos e o modo de vida dos 10 insetos selecionados para estudo (estrutura, habitat, alimentação, reprodução, ciclo de vida e como interagem no meio em que vivem). Procedimentos de observação e registro para a pesquisa. A classificação dos insetos selecionados para estudo e seus nomes científicos. Práticas de leitura para buscar informações e práticas de escrita para registro das aprendizagens e descobertas da pesquisa. 3. COMO FOI DESENVOLVIDO PASSO A PASSO: O projeto foi compartilhado com os alunos e fizemos o levantamento dos conhecimentos prévios sobre os insetos. Buscamos informações em livros e revistas, vídeos e também em textos informativos de sites sugeridos pelos alunos, sabendo os aspectos que deveríamos destacar (os que definimos para delimitar a pesquisa). Fizemos vários momentos de leitura de textos informativos (rodas de leitura e leitura pela Professora) 3. COMO FOI DESENVOLVIDO PASSO A PASSO: As informações eram colhidas dos alunos em anotações no quadro de giz e, por vezes, em rascunhos para compor o que denominamos as “fichas dos insetos”. A partir das fichas feitas com os alunos, nos reuníamos com a Bióloga Regiane Estevam para tirar dúvidas e complementar as informações obtidas na etapa anterior. Retornávamos para a sala de aula e, em exposições dialogadas, trabalhávamos os conteúdos das fichas referentes aos insetos selecionados para estudo. 3. COMO FOI DESENVOLVIDO PASSO A PASSO: Concomitantemente, iniciamos a coleta individual dos insetos, nas residências dos alunos, e em equipes, nas proximidades da escola. Os alunos eram orientados sobre os procedimentos para a coleta e sobre o uso dos equipamentos necessários. Registro dos insetos coletados (nome de quem havia coletado, a data e o local da coleta). Após o registro, os insetos eram colocados no isopor, com alfinetes, mantendo suas estruturas íntegras, para posterior secagem em temperatura adequada. Numa caixa preparada com a ajuda dos alunos, os insetos que passavam pelo processo de secagem eram colocados e classificados segundo a ordem que pertenciam (classificação científica trabalhada na escrita, confecção e ilustração do livro dos insetos, feito pelos alunos). 3. COMO FOI DESENVOLVIDO PASSO A PASSO: Os alunos escreveram o vocabulário do projeto: significado dos termos científicos que foram aprendidos e incorporados ao repertório. VIII Mostra de Conhecimentos: dividimos previamente a turma em dez grupos (um grupo para cada inseto estudado) e definimos um líder para cada grupo. Com as fichas dos insetos preparamos os cartazes e os alunos os desenhos para ilustrálos, bem como os espaços da sala de aula nos quais os grupos fariam suas exposições aos visitantes. 4. COMO AVALIEI AS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS: Por meio das várias atividades realizadas (principalmente de escrita) durante a execução do projeto, nas quais os alunos registravam o que haviam aprendido sobre o conteúdo trabalhado. Nas rodas de avaliação, no processo de execução do projeto e no final. Os alunos expressavam suas aprendizagens (falas a partir de perguntas específicas da Professora) e registrávamos tudo no “nosso diário” . Observamos e registramos o desempenho dos alunos na VIII Mostra de Conhecimentos no aspecto referente à exposição oral do que haviam aprendido. Em 2008 estamos executando o projeto na turma do Pré III “B” (6 anos), com as adequações necessárias, delimitando para estudo o inseto Aedes Aegypti, transmissor da dengue, doença ainda comum no Brasil. Projeto: Investigando o Conceito de Inseto na Pré-Escola (Levantamento sobre “Alfabetização Científica – conhecimento de inseto” para identificar lacunas no conhecimento de Ciências; os dados fornecidos através de desenhos e entrevistas serão utilizados na escrita de trabalho científico e futura elaboração de materiais didáticos). Pesquisador responsável: Professor Amauri Bartoszeck, Laboratório de Neurociência e Educação da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Curitiba – PR em parceria com a Professora Bernadete Rocha da Silva, Escola Municipal Francisca Aragão Silva, Rio Branco-AC. “Aguçar a curiosidade dos alunos pelas Ciências é um grande desafio para o Professor. O seu foco não deve estar nas atividades propostas e/ou na maneira de ensinar (embora estes sejam aspectos fundamentais no trabalho docente), mas na descoberta, no próprio CONHECIMENTO, no prazer de aprender (mesmo sabendo que há um caminho árduo a trilhar), e se apropriar dessa ferramenta indispensável para o crescimento pessoal e para o avanço da sociedade”. Esse é o meu desafio como Professora e proponho todos os dias a meus alunos enfrentá-lo comigo.