MISSIONÁRIOS BRASILEIROS QUE ESTAVAM NO NEPAL DURANTE O TREMOR No momento em que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o Nepal neste sábado (25), muitos brasileiros estavam no país. O tremor foi o mais violento dos últimos 80 anos no Nepal e deixou mais de 5 mil mortos. Alguns brasileiros já fizeram contato com as famílias e estão em segurança, mas outros permanecem desaparecidos. Um tremor secundário de 6,7, que ocorreu a 10 km de profundidade, também foi sentido no Everest, onde provocou novas avalanches. O Itamaraty afirmou que já recebeu informações sobre 183 brasileiros que estavam no Nepal durante o terremoto. Nenhum deles sofreu ferimentos, segundo as informações mais recentes do governo federal. A Embaixada do Brasil em Katmandu "segue mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros que se encontram no país", informou o ministério. Um centro de atendimento a brasileiros também foi estabelecido no aeroporto da capital do Nepal. Dentro os brasileiros que se encontravam no Nepal durante o terremoto há um grupo muito especial para nós evangéliscos e para nós da IBMNJ que são os missionários enviados por diversas agencias de missões, entre estes estão os obreiros do MCM – do projeto “As Meninas dos Olhos de Deus”. E em especial temos o casal Marcelo e Kelly e seu o bebe Pedro, pelos quais temos orado. O Missionário Marcelo já esteve em nossa igreja divulgando o trabalho das Meninas dos Olhos de Deus e todos mês nos envia cartas informando sobre o trabalho. Veja alguns dos missionários brasileiros que foram encontrados entres os sobreviventes: Mogiana e a família querem voltar do Nepal (Foto: Renata Rubilar/arquivo pessoal) Kelly, Marcelo e Pedro Bevilacqua Uma família de Mogi das Cruzes está empenhada em conseguir recursos para trazer do Nepal um casal e seu filho recém-nascido. Kelly Piñeiro Bevilacqua, de 42 anos, vive no país desde 2009 com o marido Marcelo. Há 15 dias, ela deu à luz um menino, que ganhou o nome de Pedro. “Eles estão voltando por causa do Pedro, meu sobrinho", conta a irmã de Kelly, a jornalista Renata Rubilar. Kelly e Pedro são missionários. Antenor vive no Nepal há 8 anos (Foto: Benedito Santos/Arquivo Pessoal) Antenor Aparecido dos Santos O missionário Antenor Aparecido dos Santos, de Mogi das Cruzes (SP), vive no Nepal há 8 anos. Por causa do terremoto, está isolado em uma área de montanhas com um grupo de fiéis, mas passa bem e conseguiu entrar em contato com a família. Ele disse aos familiares que prefere ficar para ajudar as pessoas. "Vou doar quase todas as minhas roupas para as pessoas, principalmente para os detentos de uma prisão que desmoronou na capital", disse. Beatriz El-Bainy A moradora de Cabo Frio (RJ) Beatriz El-Bainy está no Nepal desde 25 de fevereiro em missões evangélicas. No Facebook, ela relatou dificuldades de se comunicar com o Brasil, mas afirmou estar bem e ajudando como socorrista. A jovem e outros quatro integrantes do grupo estão abrigados na embaixada brasileira. De acordo com a mãe da jovem, Hellenice Marques El-Bainy, a missão de Beatriz tem témino previsto para novembro. Daniel é voluntário em um orfanato em Katmandu (Foto: Arquivo pessoal) Daniel Faria Ribeiro A família de Daniel Faria Ribeiro, de 31 anos, ficou aliviada após receber notícias do paulista que trabalha como voluntário num orfanato de Katmandu. O pai, Julio Cesar Ribeiro, que mora em Sorocaba (SP), conta que o filho foi morar na Ásia em janeiro e, desde quinta-feira (23), não tinha feito contato. Agora, sabe-se que ele está bem. Debora e as crianças no Nepal (Foto: Arquivo pessoal ) Débora de Souza A família de Débora de Souza, de 19 anos, contou os momentos de angústia vividos pela jovem durante o tremor em Katmandu. Débora viajou para o Nepal no dia 25 de fevereiro deste ano com um grupo de quatro jovens da igreja Batista Missionária da Lagoinha, para participar de um projeto social desenvolvido pela instituição. “A casa onde funcionava o projeto social foi interditada e todo o grupo levado para um abrigo. Na noite de sábado eles compraram algumas lonas e dormiram na rua mesmo” disse a mãe da garota, Maria de Lourdes. Casal vive sob uma tenda no Nepal (Foto: Julio Cesar Vertullo / Arquivo Pessoal) Everson Gonçalves Santos Everson Gonçalves Santos, de 45 anos, que vive com a esposa Daniela Moura Santos, de 39, e a filha Laura Santos, de 6, em Katmandu. Segundo Julio Vertullo, que é pastor em uma igreja em Suzano e cunhado de Everson, "eles [família] estão vivendo sob tendas na rua, pois ainda têm medo de entrar em casa. Eles entram, recolhem alguma coisa e logo saem. Um arquiteto ficou de ir ao imóvel para fazer uma vistoria para saber se é seguro ficar lá". O pastor diz que ele não tem planos de retornar ao Brasil, por enquanto. "Eles planejam uma saída para o Camboja", explica. Vertullo diz ainda que os fieis da igreja em Suzano estão enviando ajuda à família. "Além da dificuldade em torno da destruição no país, o preço das coisas, das mercadorias, subiu muito nos mercados. Estamos enviado recursos financeiros para eles", explicou. Missionária de Piracicaba no Nepal (Foto: Reprodução/Facebook) Loani Rossi A piracicabana Loani Rossi, de 32 anos, está em Katmandu desde fevereiro como missionária de um projeto que resgata crianças do comércio sexual. Apesar do terremoto, ela avisou que pretende ficar no Nepal para seguir trabalhando. Ela disse ao G1 por meio de rede social na internet que o trabalho humanitário "lhe dá vida", mas afirmou também que as cenas do último sábado (25), dia do terremoto, não saem de sua cabeça. "Queria que tudo não passasse de um pesadelo, mas na verdade é bem real". Lucas Júnior O missionário goiano Lucas Júnior, de 53 anos, que participa de projetos sociais na Ásia relatou o medo que teve ao presenciar o terremoto que atingiu o Nepal. “Fomos para uma igreja que temos aqui e que fica no 3º andar. Logo depois que iniciou o culto lá, a terra tremeu. Foi uma experiência terrível”, disse. Lucas já mora na Ásia há 12 anos, ajudando crianças e adolescentes em situação de risco. Agora, com a tragédia, ele explica que está ajudando os moradores que perderam suas casas, pertences e, muitas vezes, familiares. "Tem chegado alguns recursos na nossa organização e isso tem suprido [as necessidades]", ressaltou. Marcelo Fernandes O missionário baiano Marcelo Fernandes, que mora com a mulher e dois filhos em Katmandu, capital do Nepal, disse que está vivendo de forma improvisada na garagem de casa após o terremoto de sábado (25). Parte da casa dele foi destruída pelo tremor. A garagem é a única estrutura segura onde a família pode se abrigar