ANO X N.º 88, ABRIL DE 2012 - MENSAL - PREÇO: 1€ DIRECTOR ANTÓNIO SOUSA PEREIRA Álvaro Marinho e Miguel Nunes Olímpicos do Barreiro Garantem em França «passaporte carimbado» para Londres ISANA 35 ANOS DE CARREIRA NA GALERIA MUNICIPAL DE ARTE «Pinta o Barreiro até te cansares» CONTEXTOS CONTEXTOS ABRIL DE 2012 «O Sonho Chamado Liberdade» apresentado na SFAL - Barreiro DAQUI A 20 ANOS CONTINUEM A CELEBRAR A LIBERDADE, A DEMOCRACIA E A SOLIDARIEDADE COMO PILARES DA VIDA HUMANA No dia 25 de Abril, no Café Bar da SFAL, 20 anos depois da 1ª edição, realizou-se o relançamento do livro “O Sonho Chamado Liberdade”, de António Sousa Pereira, com ilustrações de Fátima Romão. “A importância da publicação deste livro é fazer com que os meus filhos e os filhos dos outros saibam manter viva a Liberdade e daqui a 20 anos, continuem a celebrar a Liberdade, a Democracia e a Solidariedade como pilares da vida humana” – sublinhou o autor. Realizou-se no Café Bar da SFAL, o relançamento do livro “O Sonho Chamado Liberdade”, de António Sousa Pereira, com ilustrações de Fátima Romão. «Grândola, Vila Morena» foi o cântico que abriu a iniciativa, no decorrer da qual o autor, agradeceu à SFAL a cedência do espaço, a Fátima Romão, ilustradora da obra, que de novo, passados 20 anos voltou a estar presente no relançamento do livro. António Sousa Pereira, sublinhou a cola- boração das Juntas de Freguesia da Moita, da Baixa da Banheira, de Santo António da Charneca, de Santo André, do Lavradio, do Barreiro, de Coina e de Palhais, que permitiu a reedição. Foram cantadas músicas relativas ao 25 de Abril, por Luis Ramos e André, foram lidos poemas da obra e declamados poemas por Luciano Barata e outros amigos, entre as muitas dezenas de pessoas que marcaram presença. António Sousa Pereira, referiu que as principais causas da reedição deste livro foram, em primeiro lugar pelo facto de sentir Abril hoje da mesma forma que sentia Abril há 20 anos, por outro lado, referiu que o relançamento ocorre na SFAL, pois foi naquela Sociedade que há 20 anos o livro foi lançado na sua 1ª edfição. Salientou que naquela colectividade aprendeu a viver e a partilhar a vida com os ou- tros” e os valores do 25 de Abril. O livro “O Sonho Chamado Liberdade” foi dedicado à sua filha Marta que, recordou, pedia ao pai beijos com amor, mas António Sousa Pereira disse ter cometido “uma grande lacuna”, pois esta reedição do livro deveria ter sido dedicada à sua filha Marta, à sua filha Rita e ao seu filho Miguel, pois segundo afirmou – “a importância da publicação deste livro é fazer com que os meus filhos e os filhos dos outros saibam manter viva a Liberdade e daqui a 20 anos, continuem a celebrar a Liberdade, a Democracia e a Solidariedade como pilares da vida humana”, “O homem que não construa a sua vida com base nestes valores não está a contribuir para fazer um mundo melhor” – sublinhou António Sousa Pereira . JOANA RAPOSO 2 | Rostos | www.rostos.pt CONTEXTOS CONTEXTOS ABRIL DE 2012 Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro «NÃO DEVEMOS PERMITIR QUE O GLOBAL AFECTE A IDENTIDADE LOCAL» Para assinalar o «Dia Internacional do Livro e dos Direitos de Autor» realizou-se, ontem o fim da tarde, na Biblioteca Municipal do Barreiro, no âmbito da programação “Biblioteca ConVida”, a apresentação da brochura «Fundo Local – Bibliografia», que divulga a documentação escrita sobre o Barreiro e/ou por barreirenses. Foi igualmente apresentada a Sala da Biblioteca que será destinada aos utilizadores que pretendam ter para acesso a esta documentação. UM CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, no decorrer da sessão sublinhou que a realização da programação “Biblioteca ConVida” teve com principal objectivo o desenvolvimento de actividades diversificadas e atrair novos públicos. Referiu o autarca que a Biblioteca Municipal do Barreiro com as suas actividades também dá “um contributo para o desenvolvimento do concelho” e “para a “valorização da cultura”. NÃO PERMITIR QUE O GLOBAL AFECTE A IDENTIDADE LOCAL O presidente da Câmara Municipal do Barreiro salientou que num “tempo global e de internacionalização é preciso, cada vez mais, valorizar aquilo que é local”, referindo que “é preciso valorizar aquilo que é local” e “não permitir que o global afecte a identidade local”. “É necessário sublinhar o papel da cultura, a identidade de cada povo e valorizar o que é nosso” – sublinhou. BARREIRO TEM UMA HISTÓRIA DE GRANDE CRIAÇÃO Carlos Humberto, referiu que a edição da brochura «Fundo Local – Bibliografia», que divulga a documentação escrita sobre o Barreiro e/ou por barreirenses, visa promover o interesse pela vida cultural, literatura e artes criadas pelos cidadãos do Barreiro. “São muitos os cidadãos do Barreiro que escrevem e reflectem sobra a nossa terra, criam a partir da experiência de vida barreirense, em quantidade e qualidade” – sublinhou. “O Barreiro tem uma história de grande criação e intervenção ao nível desportivo, associativo, na economia e nas artes” – referiu o presidente da Câmara Municipal do Barreiro. “É importante valorizar o que somos” – acrescentou, referindo que a edição «Fundo Local – Bibliografia» - “é mais um passo”, recordando que este não é um trabalho concluído mas sim o começo de um caminho, de um processo de valorização “daquilo que é nosso”. REGISTAR AQUILO QUE VAI RESTAR DA NOSSA MEMÓRIA COLECTIVA António Sousa Pereira, Director do jornal «Rostos» convidado para apresentar o «Fundo Local – Bibliografia», referiu que a edição da brochura é o resulkatdo de “muitas horas de trabalho e muito amor” na sistematização de informação dispersa. “Esta edição significa o principio de uma estratégia de recolha de informação que vai contribuir para registar aquilo que vai restar da nossa memória colectiva” – sublinhou. Recordou que com a edição desta brochura a Biblioteca Municipal do Barreiro assume um papel importante como «Centro Documental», e, por outro lado, com a criação de uma sala onde toda a documentação, referenciada no «Fundo Local – Bibliografia», está disponível, e pode ser consultada, dá um passo importante nesta sua missão. Na sua intervenção recordou alguns nomes de barreirenses, com trabalhos editados que, no futuro, devem ser referenciados em actualizações do «Fundo Local – Bibliografia». Após a sessão de apresentação, realizou-se uma visita à nova Sala de Fundo Bibliográfico Local, encerrando a iniciativa, que marca o final do 1º ciclo da programação “Biblioteca ConVida”, com um agradável momento musical proporcionado pelo grupo Animae Vox. www.rostos.pt | Rostos | 3 PRETEXTOS PRETEXTOS ABRIL DE 2012 Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro As regras da arte de bem fazer teatro… na sociedade moderna Ana Samora, Rita Conduto, Sara Santinho e Susana Marques, estão magníficas na peça «As Regras da arte de bem viver na sociedade moderna», pela Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro. Gostei imenso da interpretação, especialmente pela forma como, perante um texto «vazio de emoções», conseguiram dar-lhe vida, autenticidade, gerando «diálogo» e vivacidade naquele «discurso narrativo» marcado por «estereótipos». No Teatro Municipal do Barreiro, está em cena a peça «As Regras da arte de bem viver na sociedade moderna», pela Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro, uma peça, de Jean-Luc Lagarce, com encenação de Carina Silva, com a brilhante interpretação de Ana Samora, Rita Conduto, Sara Santinho e Susana Marques. essa dimensão que liga o teatro à vida. O texto é uma sátira dos costumes. Um percurso sobre situações – do nascer ao morrer. Entre o nascer e morrer a vida é feita de regras. Tudo tem solução. Tudo são opções de «bem viver». Basta aprender e viver as regras, e tudo terá um final feliz! A peça é uma história sem história. O espectáculo começa na vida real, com as actrizes num gesto de «relações públicas» a abrir o caminho aos espectadores, quando se dirigem à sala. Os espectadores, desta forma, desde o primeiro momento são «convidados» a sentir que o teatro é a vida. As actrizes assumem aquele momento de abertura, com plena consciência que o espectáculo já começou, vivendo desde logo a interiorização das personagens. Um texto de difícil interpretação que obriga as actrizes a viver de forma intensa os seus papeis, sentindo por dentro das palavras, e, sublinhe-se, elas, fazem-no com grande elegância e de forma muito expressiva. São interpretações brilhantes, com domínio pleno dos personagens, que procuram transmitir, nos gestos e na repetição de palavras, um sentimento de «representação mecanizada», como quem vive «um ritual» de valores e de actos carregados de simbolismos. O guarda roupa está magnífico, sendo, ele mesmo, estruturante da dimensão estética, epocal e (con)textual que se vive em toda a peça. A cenografia está excelente, pela sua simplicidade, pela funcionalidade dos adereços, ali, todos os elementos são assumidos como continuidade do texto e contexto. O desenho de luz está perfeito, na contraluz, na criação de espaço cénicos dominantes, iluminando as actrizes, criando profundidade, limitando a Quero deixar aqui um beijo e os meus parabéns, à Ana Samora, Rita Conduto, Sara Santinho e Susana Marques, pois estiveram magnificas. Gostei imenso da vossa interpretação, especialmente pela forma como, perante um texto «vazio de emoções», conseguiram dar-lhe vida, autenticidade, gerando «diálogo» e vivacidade naquele «discurso narrativo» marcado por «estereótipos». Igualmente à Carina Silva, dou os parabéns, pela coragem de levar esta peça a cena, onde, pode afirmar-se, faz arte com perfeição, e abre caminho para cada um de nós pensar, como, de facto, a vida seria diferente se nos preocupássemos mais em viver com menos regras e colocar na vida mais amor e paixão. marcação ou, até, movendo a direcção do olhar dos espectadores para pontos de «referência» cénica. O envolvimento de espectadores – como actores reais – transporta o palco para a plateia, num cruzamento de acções dramáticas divertidas. As actrizes e os espectadores de forma dinâmica, estabelecem entre si uma interacção cénica que rompe o espaço de cena, alarga-o, reconstrói-o, dando ao espectáculo, de forma permanente, No final do espectáculo de novo, as actrizes «Relações Públicas» - despedem-se dos espectadores como quem transmite uma mensagem: a peça não acabou…ela vai continuar, lá fora, no mundo real. Elas, ali estão, de novo, autênticas sem mexer uma pestana, continuando impávidas e serenas a viver as personagens, até ao último minuto, com a saída do último espectador...só então cai o pano! Um destes dias, não perca. Vá ao Teatro Municipal do Barreiro. A Ana, Rita, Sara e Susana, acredite, esperam por si com um sorriso! Eu senti o sorriso delas! ANTÓNIO SOUSA PEREIRA FICHA TÉCNICA Director António Sousa Pereira | Redacção Claudio Delicado, Maria do Carmo Torres, Vanessa Sardinha | Colaboradores Permanentes Rui Nobre (Setúbal), Marta Pereira | Colunistas Manuela Fonseca, Ricardo Cardoso, Nuno Banza, António Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Estadão, Nuno Cavaco e Paulo Calhau | Departamento Relações Públicas Rita Sales Sousa Pereira | Departamento Gráfico Alexandra Antunes | Departamento Informático Miguel Pereira | Contabilidade Olga Silva | Editor e Propriedade António de Jesus Sousa Pereira | Redacção e Publicidade Rua Miguel Bombarda, 74 - Loja 24 - C. Comercial Bombarda 2830 - 355 Barreiro - Tel.: 212 066 758/212 066 779 - Fax: 212 066 778 - EMail: [email protected] - www.rostos.pt | Paginação: Rostos | Nº de Registo: 123940 | Nº de Dep. Legal: 174144-01 4 | Rostos | www.rostos.pt MEMBRO www.rostos.pt suplemento rostos CADERNO «ESSARTES» NA GALERIA DE ARTE DO BARREIRO Trabalhos dos alunos do curso de artes visuais Está a decorrer, a «ESSARTES» - exposição de artes visuais da Escola Secundária de Santo André, na Galeria Municipal de Arte do Barreiro, que pode ser visitada até ao próximo dia 19 de Maio. A exposição consiste em trabalhos dos alunos do curso de artes visuais de décimo, décimo primeiro e décimo segundo. A exposição de Artes visuais da Escola Secundária de Santo André - “ESSARTES” - na Galeria Municipal de Arte do Barreiro, foi inaugurada, com a presença dos alunos do curso cientifico-humanistico de artes visuais e também do presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto. Instituto dos Ferroviários do Barreiro recebe prémio da Fundação Vitor Baía no passatempo «Apresenta o que a tua Instituição tem de melhor» A Fundação Vítor Baía em parceria com a Fundação Portugal Telecom, promoveu um passatempo denominado “Apresenta o que a tua Instituição tem de melhor”, passatempo esse aberto a todas as Instituições Particulares de Solidariedade Social, com valência de Lar de Infância e Juventude, em território nacional. O Instituto dos Ferroviários participou e venceu este passatempo com a apresentação de um filme realizado no interior da Instituição que deu a conhecer não apenas os seus espaços, mas também os seus projectos e dinâmicas educativas. O filme está disponível nos vídeos do www. sapo.pt através da pesquisa “Instituto dos Ferroviários”. Foram, por isso, atribuídos os seguintes prémios: um computador portátil, uma impressora, um videoprojector e a respectiva tela de projecção, reforçando deste modo os equipamentos deste Lar de Jovens.” PUB WWW.ROSTOS.PT O SEU DIÁRIO DIGITAL BOAS FESTAS E FELIZ ANO 2012 www.rostos.pt | Rostos | 5 PERSPECTIVAS PRESPECTIVAS ABRIL DE 2012 Team Seth/EDP/ Barreiro de Marinho e Nunes termina Semana Olímpica Francesa 5ª posição com o passaporte carimbado para Londres Álvaro Marinho e Miguel Nunes realizaram a Semana Olímpica Francesa, 4ª etapa da ISAF World Cup que se disputou em Hyéres – França. O Team Seth / EDP / Barreiro competiu na Medal Race, onde apenas estão presentes as 10 melhores equipas da classificação geral do evento “Fomos para a água com a ambição de vencermos a regata. A Medal Race é uma regata mais curta e intensa do que o normal e como são poucos barcos no percurso, é difícil haver grandes separações entre os barcos. Largámos para a Medal Race com uma estratégia montada mas uma escolha menos feliz da afinação do barco fez com que ficássemos muito limitados de velocidade e foi difícil acompanhar o grupo da frente. Andámos sempre na cauda da frota e no final conseguimos recuperar distancia para esse grupo mas já foi tarde para conseguir passar alguns barcos e terminámos na décima e última posição.”- comentou o skipper do Team Seth / EDP / Barreiro, Álvaro Marinho. O Team Seth / EDP / Barreiro saiu de Hyéres com a quinta posição da classificação geral, afixando assim mais um resultado no TOP 5 nesta dura competição, o 8º em doze participações, números que enchem de orgulho Marinho e Nunes a poucos dias do inicio daquele que vai ser o 18º Campeonato do Mundo da dupla na classe 470. “Estamos super satisfeitos com o resultado obtido embora esse não fosse o nosso principal objectivo aqui. Estamos a testar novo material que nos possa ajudar a melhorar a velocidade com ventos médios e fortes, ventos previsíveis em Weymouth (local das regatas olímpicas), mas como este campeonato era selecção olímpica, optámos por usar o mesmo material que tínhamos usado no Troféu Princesa Sofia. Este resultado dá-nos também confiança e sinal positivo do sentido que estamos a trabalhar. Estamos a poucos dias de competir em mais um Campeonato do Mundo onde queremos andar no grupo da frente, e obviamente que o bom trabalho realizado aqui esta semana, dá-nos mais confiança para alcançar bons resultados no futuro! Queremos fazer um agradecimento especial ao Diogo Pereira, Seth, EDP, Câmara Municipal do Barreiro, Clube de Vela do Barreiro e Comité Olímpico de Portugal.” - acrescentaram Álvaro Marinho e Miguel Nunes. Os vencedores foram os Campeões do Mundo Mathew Belcher / Malcom Page (AUS), seguidos dos croatas medalhas de bronze no mundial de Perth 2011, Sime Fantela / Igor Marenic e dos irmãos Sven e Kalle Coster. Álvaro Marinho e Miguel Nunes do Team Seth / EDP / Barreiro sairam de Hyéres com o passaporte carimbado para Londres onde irão assim competir na sua quarta olimpíada consecutiva. Apresentada em Alhos Vedros – Moita A obra “truz, truz, salgueiro!” de Judite Faquinha A Junta de Freguesia de Alhos Vedros e a grãonauta, Associação Cultural promoveram, o lançamento do livro “truz, truz, Salgueiro!”, de Judite Faquinha. A obra é composta por um conjunto de poemas que reflectem um percurso de vida, um olhar sobre acontecimentos que fazem a história, são reflexões sobre amizade e sobre os ideais de vida. Judite Faquinha, nasceu em 1942, no Bairro das Arroteias, freguesia de Alhos Vedros, concelho da Moita. Foi no Movimento Associativo que descobriu os valores que nortearam sempre a sua vida, uma activista pela Liberdade e por um mundo melhor. Foi Delegada Sindical e integrou Comissões de Trabalhadores. A sua obra poética, agora editada, como sublinha Fernanda Gaspar, presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros – “revela-nos sonhos angústias, alegrias e tristeza. E como todas as pessoas, com o tempero dos dias, às vezes crédula, outras agreste, uma vezes doce, outras vezes nem tanto”. A obra “truz, truz, salgueiro!” dá a conhecer poemas de Judite Faquinha, que escreveu desde 1958 até 1998. 6 | Rostos | www.rostos.pt São poemas que reflectem um percurso de vida, um olhar sobre acontecimentos que fazem a história, são reflexões sobre amizade, sobre os ideais, irónicos, enérgicos, poemas que nos dizem: “Se boa árvore plantarmos/Belos frutos iremos colher/ Se todos unidos lutarmos/Será para vencer”. No Auditório da Sociedade “A Velhinha”, foram muitos amigos que marcaram presença para assistir à apresentação da obra de Judite Faquinha. A festa começou com a intervenção do cantor Toni Costa, que recordou Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais, e proporcionou um clima vivo, neste evento, integrado nas comemorações do 38 º aniversário do 25 de Abril, promovido pela Junta de Freguesia de Alhos Vedros. PERSPECTIVAS PRESPECTIVAS ABRIL DE 2012 Regina Janeiro, Vereadora da Câmara Municipal do Barreiro Sublinhou o papel do FCB na formação de jovens atletas Realizou-se no dia 11 de Abril, a Sessão Solene comemorativa do 101 º aniversário da fundação do Futebol Clube Barreirense. Regina Janeiro, vereadora da Câmara Municipal do Barreiro, responsável pela área do associativismo, sublinhou o esforço que o Futebol Clube Barreirense tem vindo a desenvolver para atingir “sustentabilidade financeira” e simultaneamente obter “resultados desportivos”. “A nossa obrigação é atingir o equilíbrio financeiro” – sublinhou Paulo Calhau, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do FCB. A Sessão Solene evocativa do 101º aniversário do Futebol Clube Barreirense realizou-se no Ginásio Sede do clube alvi rubro. Paulo Calhau, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, abriu a sessão e apresentou a mesa que presidiu que contou com a presença de Regina Janeiro, Vereadora da Câmara Municipal do Barreiro; António Martins, Presidente da Direcção do FCB; Sousa Marques, Presidente da Associação de Futebol de Setúbal; José Fernandes, da Associação de Basquetebol de Setúbal, e Manuela Fonseca, convidada especial, autora da peça «O Comboio da Pedra», que foi representada, após a sessão solene, pelo Grupo de Teatro da UTIB, com encenação de Luciano Barata. No decorrer da sessão foram entregues emblemas de prata, aos associados que completaram 25 anos de vida associativa, e emblemas de ouro aos que completaram 50 anos. UMA REFERÊNCIA AO NÍVEL NACIONAL José Fernandes, da Associação de Basquetebol de Setúbal, sublinhou que o Futebol Clube Barreirense “é um clube de referência a nível nacional” na modalidade e com um importante papel no seu desenvolvimento, endereçou votos para que o clube continue a manter o nível de êxitos que tem concretizado ao longo dos anos. Sousa Marques, Presidente da Associação de Futebol de Setúbal, recordou os muitos que ao longo de mais de 100 anos contribuíram para construir o Futebol Clube Barreirense, endereçou os votos para que o clube concretize com a maior brevidade o seu espaço desportivo em construção e sublinhou a importância da equipa alvi rubra com uma longa história no desporto nacional. DESENVOLVIMENTO CULTURAL E DESPORTIVO DO CONCELHO DO BARREIRO António Martins, presidente da Direcção do Futebol Clube Barreirense, salientou que a data de 11 de Abril – “tem um valor emocional para os barreirenses”, porque o Futebol Clube Barreirense – “é um exemplo para o Movimento Associativo e para a comunidade”. O dirigente referiu que o clube “é um espaço de amizade e solidariedade” e tem um papel de relevo no desenvolvimento de uma “estratégia de desenvolvimento cultural e desportivo” do concelho do Barreiro – “este é um espaço de aprendizagem ao serviço da comunidade”. António Martins, endereçou uma palavra de apreço a todos aqueles que ao longo dos anos contribuíram para construir os mais de cem anos de vida do clube. APRENDI A SOLIDARIEDADE E O DESPORTIVISMO Manuela Fonseca, autora da obra «O Comboio da Pedra», recordou os muitos momentos e alegrias que viveu no estádio a acompanhar os jogos do Futebol Clube Barreirense, evocou memórias de seus familiares que trabalharam para fazer a história do Barreirense. Recordou o que “aprendi no Ginásio” e a memória do Faia, um ídolo da sua juventude, referiu que aqui – “aprendi a solidariedade e o desportivismo”. “Não digo mais nada, este é um dos dias mais felizes da minha vida” – sublinhou. DETERMINAÇÃO E VONTADE DE VENCER Regina Janeiro, vereadora da Câmara Municipal do Barreiro, responsável pela área do Desporto, salientou que os 101 anos de vida significam falar de centenas de dirigentes, milhares de atletas, que fizeram do Futebol Clube Barreirense um clube – “importante ao nível do desporto e também ao nível social”. A autarca sublinhou que, o Barreirense, tal como a sociedade e cada um ao nível individual, sente os efeitos da actual situação do país – “são momento muito difíceis”. Regina Janeiro, salientou que os Corpos Sociais do FCB –“têm encarado com determinação e com vontade de vencer” a actual situação, “gerindo com grande coragem e determinação”. A autarca referiu o esforço que o Futebol Clube Barreirense tem vindo a desenvolver para atingir “sustentabilidade financeira” e simultaneamente obter “resultados desportivos”. CLUBES E AS ASSOCIAÇÕES SÃO PARCEIROS INDISPENSÁVEIS Regina Janeiro, recordou que “quer como autarca, que como mãe”, sinto o dia a dia deste clube. “Sinto a alegria com que os meus filhos vestem as camisolas vermelhas e brancas” – sublinhou. A autarca referiu o importante papel que o clube desempenha na formação de jovens atletas. “Os clubes e as associações são parceiros indispensáveis na construção de um Barreiro onde seja bom viver e visitar” – sublinhou Regina Janeiro. A NOSSA OBRIGAÇÃO É ATINGIR O EQUILÍBRIO FINANCEIRO Paulo Calhau, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, sublinhou a importância do clube atingir o equilíbrio financeiro, de forma a evitar que sejam os credores a decidir o futuro do Barreirense. “A nossa obrigação é atingir o equilíbrio financeiro” – sublinhou. O dirigente evocou memórias da história do clube, recorrendo a palavras de Alfredo Zarcos, de reflexões pessoais que editou, em artigos publicados no jornal «Rostos» e sublinhou o amor ao clube de Manuela Fonseca, escrevendo uma peça de teatro que marca uma epopeia, a construção de um sonho que é se transformou numa realidade. www.rostos.pt | Rostos | 7 MEMÓRIA MEMÓRIA ABRIL DE 2012 «PINTA O BARREIRO ATÉ TE CANSARES» Isana 35 anos de carreira na Galeria Municipal de Arte Na Galeria Municipal de Arte do Barreiro, está patente a exposição de Isana, assinalando 35 anos de carreira da artista barreirense. Isana, na abertura da sua exposição tem um texto onde recorda Augusto Valegas – “um saudoso amigo mostrou-me o caminho e eu caminhei…” Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, salientou que com esta exposição – “estamos a festejar o Barreiro ou a viver o Barreiro”. BIOGRAFIA Florinda Silva nasceu na Moita do Ribatejo em 1945 e reside no Barreiro. Frequentou durante dois anos a U.T.L. e participou em vários Seminários de Pintura em Porcelana com Prof. Vitorino. Mais tarde, assistiu a demonstrações de pintura e aguarela do mestre João Martins, tendo frequentado ainda um curso intensivo de pintura sobre seda natural na Suíça. Regina Janeiro, vereadora da Câmara Municipal do Barreiro deu as boas vindas a Isana, recordou que mantém com a artista uma estreita relação de amizade e, contida nas palavras, por razões emocionais, sublinhou: “Obrigado Isana por vires à Galeria e dares a conhecer o Barreiro”. ESTAMOS A FESTEJAR O BARREIRO Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, salientou que com esta exposição – “estamos a festejar o Barreiro ou a viver o Barreiro”. O autarca recordou que “todos vivemos esta terra” idependentemente de onde nascemos, todos nós “somos Barreiro”. Referiu que Florinda (Isana) dá o seu contributo com as suas obras de arte para revivermos sentimentos e olharmos o Barreiro com a sua sensibilidade. “Estão aqui as obras que assinalam 16 | Rostos | www.rostos.pt 35 anos de Florinda (Isana) no seu interesse pela cultura, mas também de intervenção civica” – sublinhou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro. Carlos Humberto, salientou que nos tempos difíceis que hoje vivemos – “é importante dar-lhe cor”, e, por outro lado, expressou a sua satisfação por encontrar aqui, na Galeria, um ramo de cravos – “os cravos de Abril, da Liberdade, da Democracia”. FIZ AQUILO QUE SEMPRE QUIS Isana, agradeceu a presença de todos os amigos que marcaram presença neste dia que assinala os seus 35 anos de actividade artística e evocou Augusto Valegas, um saudoso amigo que um dia lhe mostrou o caminho e lhe disse para “pintar o Barreiro até se cansar”. No decorrer da abertura da exposição foram projectadas imagens recordando o percuso de vida de Iasana, sublinhando que o seu pseudónimo – Isana, resulta da junção dos nomes de suas filhas ( Isabel e Ana). “Fiz aquilo que sempre quis, por isso fui e continuo a ser feliz” – afirma Isana. Dedica-se mais à Cerâmica, privilegiando a azulejaria, área em que dá livre expressão à sua sensibilidade, quer através de azulejos singulares quer através de painéis. Na sequência natural da sua atividade artística, junta-se a outros artistas e torna-se sócia fundadora da Artesfera – Associação de Artistas Plásticos do Barreiro. Em 1984, efetua a sua primeira exposição, na Moldarte, espaço onde expõe todos os anos. Em 1996 inaugura o seu próprio espaço de trabalho e exposição “A oficina da Isana”. Tendo exposto, praticamente, em todos os espaços e manifestações culturais da Margem Sul, desta destacam-se: 1999-Salão de Verão, Convento da Madre Deus da Verderena; Galeria Municipal do Barreiro; XX Exposição Nacional de Pintura em Porcelana; “Olhares” Hospital Ns.ª Sr.ª do Rosário, entre outras. TEXTO DE ABERTURA DA EXPOSIÇÃO Um saudoso amigo mostrou-me o caminho e eu caminhei Durante este percurso, dei formaçã na minha oficina, no antigo Nicola, na Universidade da Terceira Idade do Barreiro, em diversas Juntas de Freguesia, ensinei, aprendi, conheci gente, fiz amigos. Pintei em azulejo e loiça os nossos moinhos, pintei ruas e ruelas da nossa cidade, obras que hoje me orgulho de ter espalhadas pelo mundo, levadas por filhos do Barreiro que emigraram. Pintei na rua no dia da Criança, pintei Abril, pintei Maio, pintei amor, pintei saudade, pintei esperança, pintei Liberdade. Fui feliz. Obrigada, Augusto Valegas. ISANA