AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica www.agrobio.pt COMUNICADO DE IMPRENSA Resposta da Direcção da AGROBIO ao Pedido de Parecer emitido pelo Gabinete de Planeamento e Políticas no dia 01.03.2012, relativo à derrogação das regras de produção animal – modo de produção biológico. Exma. Senhora M. I. Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território Profª. Doutora Assunção Cristas Praça do Comércio 1149-010 Lisboa Data: 15 Março 2012 N/Ref.ª: Direc. 15/3/12 Assunto: Seca extrema – Modo de Produção Biológico – Derrogação das regras de produção animal A AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, foi fundada há 27 anos por agricultores e consumidores. Esta é a matriz, e no fundo a relação perfeita entre quem produz alimentos e quem os consome. A situação agora em análise é do foro da produção animal, mas o destino do produto final é o consumidor de produtos biológicos. A produção agrícola em modo de produção biológico, para além da legislação e da certif icação que lhe está subjacente, funda-se na relação de confiança entre o agricultor e o consumidor. O agricultor biológico produz alimentos que oferecem todas as garantias ao consumidor de serem seguros, saudáveis e de alta qualidade. Esta relação é quebrada quando, apesar das circunstâncias, passamos a alimentar os animais com matérias primas e rações convencionais. O consumidor de produtos biológicos não pode ser defraudado, e o produto final tem de ser de facto biológico, certif icado e não alterada a sua qualidade apesar das circunstâncias. Se os animais forem alimentados com matérias primas convencionais a certificação em MPB deverá ser suspensa e o produto final não poderá ser considerado biológico. Apesar da situação de seca extrema, sabemos que existem rações bio no mercado nacional e internacional, que podem assim substituir a falta de matérias primas bio. Assim, deve ser previsto uma ajuda monetária aos agricultores bio para poderem adquirir estas rações que aumentarão os custos da exploração. Os alimentos convencionais disponíveis já são em grande medida produzidos com OGMs, o que não é permitido na produção bio e a sua presença leva à perda da certif icação bio. Outro aspecto, muito importante que foi referido por todos os nossos associados é que em caso nenhum devem cessar ou serem suspensas as ajudas financeiras já existentes, porque destas depende em grande medida a sustentabilidade e viabilidade das suas explorações. Com os melhores cumprimentos, Jaime Manuel Carvalho Ferreira Presidente da Direcção Associação Portuguesa de Agricultura Biológica Calçada da Tapada, 39 R/c D.tº. 1300-545 Lisboa. Portugal tel. 00351 213 641 354, fax. 00351 213 628 133; tm: 00351 91 223 7056 mail: [email protected] www.agrobio.pt