1 11
O PROFESSOR E SUA VALORIZAd­O PROFISSIONALï
ROSA, Simone Medianeirað
; VESTENA, Rosemar de Fatimañ
;
ïTrabalho de Pesquisa _UNIFRA.
ðAcadrmica do Curso de Pedagogia do Centro Universitirio Franciscano (UNIFRA), Santa Maria,
RS, Brasil.
ñProfessora do Curso de Pedagogia do Centro Universitirio Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, R
RESUMO
A desvalorizao
m
o do trabalho do professor pum fato muito freqente na sociedade brasileira. Muitas
vezes seus compromissos atendem tambp
m, competr
ncias bi
sicas que deveriam ser trabalhadas pela
famt
lia e pela sociedade de modo geral. Pouco se tem avano
ado na melhora de seu ambiente de
trabalho, na delimitao
m
o de seus afazeres e no poder aquisitivo de seus sali
rios. A repercussm
o deste
descaso reflete na qualidade do ensino e aprendizagem e tambp
m no mercado de trabalho.
Considerando o papel fundamental destes profissionais no contexto educacional brasileiro, torna-se
vi
lido investigar como estes percebem sua profissm
o na atualidade. A presente pesquisa pdescritiva
com uma abordagem qualitativa. Foi utilizada uma entrevista semi estruturada para oito professores
da rede p~blica de ensino. Os resultados apontam para quest}es relevantes quanto as concepo
}es dos
professores com relao
m
o ao seu papel e valorizao
m
o profissional.
Palavras-Chave: Professor. Valorizao
m
o profissional. Qualificao
m
o.
1 INTRODUd­O
Percebe-se que a profissm
o, professor, tem perdurado ao longo dos anos permeando os
avano
os sociais e tecnolygicos. Surgiram formas diferentes de vr
-la e vivencii
-la. Para determinados
contextos histyricos e sociais, perpassa muito mais como um ato de benevolr
ncia do que de uma
experir
ncia profissional. O professor, na atualidade, tem exercido muitas vezes a funo
m
o de educar
pertinente aos familiares do que de ser realmente, mediador do conhecimento. Muitas vezes lhes
faltam materiais para desenvolver sua pri
tica e, principalmente, incentivos de m~ltiplas partes da
sociedade que inclui governos, alunos e ambiente de trabalho. A exemplificar as pp
ssimas condio
}es
de trabalho e os sali
rios que lhes sm
o oferecidos.
2 11
Ciente da desvalorizao
m
o e crise de identidade profissional em que a maioria dos professores
sm
o acometidos objetiva-se pesquisar como estes educadores percebem a profissm
o professor.
Especificamente, resgatar a importk
ncia desta profissm
o e tambp
m levantar os fatores que vem
contribuindo para a desvalorizao
m
o do professor, evidenciando qual po papel do professor na escola e
na comunidade.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizada a pesquisa descritiva com uma abordagem
qualitativa e os participantes sm
o oito professores da rede p~blica. A coleta de dados se efetivou por
meio de uma entrevista semi-estruturada.
Este trabalho pcomposto por uma introduo
m
o, seguido de um referencial teyrico, em que se
procura contextualizar qual p o papel do professor e sua valorizao
m
o profissional. Apys a
metodologia, apresentam-se as ani
lises dos dados coletados acerca da manifestao
m
o dos professores
sobre a profissm
o e, por ~ltimo, as considerao
}es finais. Estas re~nem algumas respostas ao problema
levantado, bem como, contribuio
}es e reflex}es acerca do tema trabalhado.
2 REFERENCIAL TEÏRICO
A preseno
a do professor na sociedade p conhecida hi muito tempo. Porp
m, seu
reconhecimento enquanto profissm
o e sua valorizao
m
o social ainda tr
m muito que avano
ar. Podemos
perceber na educao
m
o brasileira, a preseno
a do professor, desde os primyrdios do descobrimento do
Brasil pelos portugueses, com o trabalho dos padres Jesut
tas junto aos t
ndios. Conforme Xavier
(1994), estes eram representantes da Companhia de Jesus, comandados pelo Padre Manoel de
Nybrega. Desembarcaram no territyrio brasileiro, em maro
o de 1549 os quais permanecem atp1759,
quando foram expulsos de todas as col{nias portuguesas por decism
o de Marqur
s de Pombal, primeiro
ministro de Portugal.
Com Marqur
s de Pombal, a partir de 1772 foi implantado o ensino p~blico oficial no Pat
s e,
nomeados professores pela coroa. Foram estabelecidos planos de estudo e inspeo
m
o, que segundo
Aranha (2006, p. 176):
Em 1772, Pombal instituiu o subst
dio literi
rio, imposto destinado a projetar as reformas, o
que valia tambp
m para o Brasil. Dessa forma, os professores eram selecionados e pagos pelo
estado, tornando-se funcioni
rios p~blicos. Embora a escola fosse leiga em sua
administrao
m
o, continuava obrigatyrio o ensino da religim
o catylica e havia severo controle
sobre a bibliografia utilizada.
3 11
Apys avano
os e retrocessos perpassando as diferentes Leis de Diretrizes e Bases da educao
m
o
Brasileira (LDB) 4024/61, 5692/71 e 9394/96, mesmo a constituio
m
o nacional de 1988, em vigor. Os
avano
os em relao
m
o ao papel e valorizao
m
o do professor ainda sm
o muito lentos.
A funo
m
o principal que traz o professor jescola deveria ser de mediador do conhecimento,
porp
m existem outras demandas que o professor vem assumindo e, que deveriam ser atribuio
}es da
sociedade. O espao
o de sala de aula tem sido alvo de ao
}es que nm
o sm
o desempenhadas como se
deveriam ser, pelas instituio
}es p~blicas e pelos familiares, tais como: Resolver problemas de
violr
ncia domp
stica, de sa~de, de higiene e, mesmo ter contato com frustrao
}es, limites e valores
necessi
rios para a convivr
ncia tanto no n~cleo familiar quanto social. Estas demandas pressionam o
professor a resolverem problemas em quatro horas semanais e, na maioria das vezes, sem recursos
humanos com qualificao
m
o ou se quer uma equipe de apoio na escola.
Conforme Facci (2004, p.21):
O professor pencarado como o vilm
o das mazelas que povoam o espao
o escolar tais como: o
descompasso entre a teoria e a pri
tica, o fracasso escolar, os problemas de indisciplina e, atp
mesmo de violr
ncia, dificuldades de aprendizagem entre outras problemi
ticas enfrentadas
na escola.
Nm
o se quer desta maneira desincumbir do professor a responsabilidade de aspectos
importantes na relao
m
o ensino e aprendizagem, tais como a de buscar as melhores condio
}es posst
veis
para o sucesso escolar dos educandos envolvidos jique segundo Aranha (1996, p. 21): ³
O papel de
todos os educadores nm
o psomente de transmitir o patrim{nio cultural, mas tambp
m de participar da
formao
m
o do homem e do cidadm
o.́ Deixou de ser o transmissor de conhecimento e passou a ser o
mediador, conhecendo e fazendo parte da vida de seus alunos, se tornando uma referr
ncia pessoal e
tambp
m social, com caractert
sticas diferentes.
Porp
m, as demandas tanto pessoais quanto profissionais estm
o em demasia se considerarmos
o reconhecimento e apoio social para com a pessoa e profissm
o professor.
Segundo Morais (1995, p. 51):
[...] Sala de aula. Ela ocupa, em nossa tradio
m
o escolar, o lugar onde se desenvolve a
escolaridade. Independente da p
poca ou da escola os problemas existem e o professor seri
sempre o sujeito desta histyria, em que mesmo ganhando pouco ou sem tempo atppara
cuidar de sua vida particular em sua maioria tende a lutar atppara fazer com que seus
alunos tenham uma educao
m
o digna, a altura dos seus sonhos.
A escola nm
o pode prioritariamente, ser um espao
o para resolver problemas sociais e, sim
4 11
ensinar e aprender Matemi
tica, Portugur
s, Cir
ncias, Histyria, Geografia, Arte e demais componentes
e atividades que compreende o currt
culo destes escolares, fornecendo aos estudantes, maneiras
vii
veis para um melhor aprendizado que repercutirina sua vida e na sociedade. Para Nyvoa (2006,
p.33):
Os professores nunca viram seu conhecimento espect
fico devidamente reconhecido. Mesmo
quando se insiste na importk
ncia da sua missm
o, a tendr
ncia psempre para considerar que
lhes basta dominarem bem a matp
ria que ensinam e possut
rem um certo jeito para comunicar
e par lidar com os alunos. O resto pdispensi
vel. Tais posio
}es conduzem a, inevitavelmente
ao desprestt
gio da profissm
o, cujo o saber nm
o tem qualquer valor de troca de mercado.
Ainda sm
o poucos os investimentos que estm
o sendo feitos na educao
m
o e na valorizao
m
o do
profissional no Brasil. Muitos pat
ses adotam a escolarizao
m
o em tempo integral o que aumenta o nt
vel
de conhecimento dos alunos. No entanto surge a questm
o da sobrecarga do professor para que ocorra
tal feito.
Quando se fala em uma educao
m
o de qualidade para nossos educandos nm
o se tem como
desvincular as condio
}es de trabalho do professor, bem como, a sua preparao
m
o profissional,
considerando que trabalha em duas escolas em hori
rios inversos, tem uma famt
lia e, junto a isto,
tambp
m tem trabalhos para corrigir. Entm
o como achar tempo para a formao
m
o continuada?
Abandonar um turno e diminuir suas despesas bi
sicas? Ou nm
o fazr
-la. Atsurge outro
questionamento: se nm
o buscar uma formao
m
o continuada como vai conseguir lidar com os problemas
com que se deparam em sala de aula, considerando que para alcano
armos um nt
vel mais elevado na
educao
m
o precisamos estar sempre atualizados?
Conforme Aranha (1996. p.15): ³
pa educao
m
o, portanto que mantp
m viva a memyria de um
povo e dicondio
}es para a sua sobrevivr
ncia. Por isso dizemos que a educao
m
o puma instk
ncia
mediadora que torna posst
vel a reciprocidade entre indivt
duo e sociedade.́
Pode-se dizer que no decorrer dos tempos a educao
m
o possui um propysito, porp
m faltam
incentivos para que tal se desenvolva, em que os profissionais saibam o que estm
o fazendo e para que
estejam fazendo, sabendo defender o que praticam, tornando-se pessoas ativas e crt
ticas.
Diante da realidade profissional do professor, necessita-se desencadear reflex}es e ao
}es na
sociedade para que o professor possa viver a sua condio
m
o humana com dignidade e justio
a. Este tem
direito jvida privada porque muitas vezes nm
o consegue separar o trabalho da vida pessoal. eo outro
de nys. Para Arroyo (2000), o fato de levar muito trabalho para casa, foge dos afazeres reais de uma
profissm
o, fazendo, assim com que tenham problemas de sa~de e conseguintemente prejut
zos tambp
m
ao governo considerando que este professor estiafastado de sua pri
tica.
5 11
Para Tardif e Lessard (2007 p.113):
[...] professores se engajam a fundo num trabalho que chega a tomar um tempo consideri
vel,
atpmesmo invadindo sua vida particular, as noites, os fins de semana, sem falar das
atividades de durao
m
o mais longa, como cursos de aperfeio
oamento, de formao
m
o espect
fica,
atividades para escolares ou sindicais, das associao
}es profissionais, dos clubes esportivos
para jovens, etc.
A longa jornada de trabalho dos docentes em atividade escolar, pode desencadear problemas
de sa~de e desgaste ft
sico, prejudicando assim a sua pri
tica educativa, acarretando em uma
desmotivao
m
o chegando ao ponto deste profissional se afastar das salas de aula.
Ser professor pode ter vi
rios significados, e as respostas independeride onde este professor
atua, para escolares pobres, da classe mp
dia ou rica, seu objetivo primeiro peducar e libertar, pois
com amor e dedicao
m
o, caractert
sticas que nm
o faltam jeste profissional a pri
tica educativa pode se
desenvolver em qualquer realidade. Para Freire ( 1987, p. 37) : ³A realidade social, objetiva, que nm
o
existe por acaso, mas como produto da ao
m
o dos homens, tambp
m nm
o se transforma por acaso. Se os
homens sm
o os produtores desta realidade e se esta, na inversm
o da pri
xis, se volta sobre eles e os
condiciona, transformar a realidade opressora ptarefa histyrica, ptarefa dos homens.´
Entm
o, para que a profissm
o professor nm
o esvazie, Libk
neo (2000, p.84) salienta que
³
necessita-se de melhores sali
rios, condio
}es de trabalho, melhor qualificao
m
o, estabilidade das
equipes nas escolas, servindo tambp
m para reconfigurar o papel deste professor.´
Os professores apesar de todos os fatores anteriormente mencionados com relao
m
o a sua
profissm
o que poderiam levi
-los a frustrarem-se e desistirem da profissm
o, ao contri
rio,
historicamente
vem
demonstrando
muita luta e persistr
ncia por maior valorizao
m
o e
reconhecimento.
3 METODOLOGIA
Como metodologia utilizou-se o mp
todo de pesquisa descritiva com abordagem qualitativa que
segundo Minayo (2003, p.10) p
:
[...] aquela que incorpora a questm
o do significado e da intencionalidade como inerentes aos
atos, j
s relao
}es e j
s estruturas sociais. O estudo qualitativo pretende apreender a totalidade
coletada visando, em ~ltima instk
ncia, atingir o conhecimento de um fen{meno histyrico que
psignificativo em sua singularidade.
6 11
Para realizao
m
o desta pesquisa foi utilizada uma entrevista semi-estruturada aplicada aos
professores em exerct
cio docente nas escolas p~blicas municipais e estaduais da educao
m
o bi
sica de
diferentes realidades sociais. Os sujeitos da pesquisa foram oito professores dos anos iniciais de
escolas da rede municipal e Estadual de ensino, da cidade de Santa Maria - RS.
As entrevistas foram registradas em um ³
dii
rio de campo.́ Foi garantido aos participantes
que apys a ani
lise dos dados, os mesmos serm
o incinerados. Tambp
m serm
o ocultados seus nomes e,
por este motivo, passarm
o a ser identificadas as da escola municipal como: AM, BM, CM e DM e as da
escola estadual como: AE, BE, CE e DE.
O conte~do das entrevistas dos professores foram analisados por meio da tp
cnica de ani
lise
textual discursiva fundamentada em Moraes e Galiazzi (2000).
4 ANÈLISE DOS DADOS
Apys a entrevista constatou-se que os docentes sm
o do sexo feminino, com uma mp
dia de
idade que varia de 29 a 52 anos. Com uma formao
m
o que envolve especializao
m
o em gestm
o
educacional, Graduao
m
o em Histyria, Pedagogia, Geografia pys graduados em Psicopedagoga, Gestm
o
educacional, Geografia, Informi
tica, Histyria e Pesquisa e em Metodologia do Ensino Religioso.
Encontra-se em exerct
cio na docr
ncia, variando de 5 a 33 anos.
A seguir foram destacados os principais depoimentos para cada proposio
m
o pesquisada na
tabela 1.
TEMAS NORTEADORES DA
PESQUISA
Para vocra palavra professor
lembra:
O professor para a sociedade p
:
Ao professor estifaltando para
qualificar sua ao
mo docente:
DEPOIMENTOS DOS PROFESSORES
BM - Profissm
o.
AM - Trabalho e luta, porque tudo pconseguido com luta.
Lembra sacrift
cio, vocao
m
o.
DM - Mestre, orientador, si
bio, amigo e autoridade.
BE - Um oft
cio importante e necessi
rio para todas as demais
profiss}es; que pamado por muitos, mas sem este profissional o
futuro nm
o tem esperano
a.
BM- Algup
m que proporciona saberes envolvendo diversas i
reas
do conhecimento.
AM - Nm
o preconhecido, ptratado como um empregado pelos
pais.
CE- Desvalorizado, coitado.
BE- Valorizao
m
o, qualificao
m
o e apoio psicolygico em funo
m
o dos
transtornos no cotidiano.
AE- Valorizao
m
o e reconhecimento pelo trabalho realizado.
AM- Mais tempo para planejamento.
BM- Mais comprometimento tanto dele quanto da famt
lia.
DM- Mais tempo, pois pimposst
vel buscar uma qualificao
m
o
7 11
Para a valorizao
mo do magistp
rio
necessitar-se-ia:
Para melhorar a qualidade de
ensino e o desempenho dos
estudantes brasileiros nas
avaliao
}es nacionais e
internacionais necessita-se:
estando quarenta horas frente ao aluno.
CE- Melhor sali
rio, para buscar qualificao
m
o e melhorar sua
auto-estima.
AM- Investir em sali
rios, hori
rios de planejamento e programas
de sa~de do professor.
BM- Melhores condio
}es de trabalho e mais incentivos nos meios
de comunicao
m
o em relao
m
o aos professores.
DM- Moralizar as ao
}es das polt
ticas p~blicas, pois o magistp
rio,
hoje pum ³
joguete´nas mm
os de partidi
rios. Tudo psypromessa.
AM- Ter mais condio
}es de trabalho nas escolas p~blicas como
pessoas que fizessem reforo
o com alunos fracos.
BM- Mais comprometimento da famt
lia, valores, assiduidade,
respeito e tambp
m do professor.
CM- O currt
culo estar adequado a cada realidade.
Os docentes BM e BE a serem questionados sobre o que lembra ser professor deixam
transparecer que a palavra professor lembra ser uma profissm
o.
Ao analisar as respostas da professora DM, percebe-se na questm
o 1 que a palavra professor lhe
remete ao mesmo tempo o fato de ser mestre, a autoridade, amigo e orientador. Uma vism
o um pouco
mais romk
ntica sobre a profissm
o. Jia professora AM, estimais focada as quest}es de categoria
devido as lutas histyricas para o reconhecimento e valorizao
m
o profissional e social, sabendo que esta
luta perdura a alguns anos.
Quando as professoras foram questionadas acerca do papel do professor para a sociedade, vem a
confirmar o fato da necessidade de valorizao
m
o por parte da mesma, bem como afirma a professora
AE ao dizer que pela sociedade pconsiderada desvalorizada.
Assim seguiram-se todos os demais depoimentos com exceo
m
o da professora BM. Pode-se
dizer que, segundo Libk
neo (2000, p.90), ³
e dift
cil os professores assumirem os requisitos
profissionais e p
ticos da profissm
o com os baixos sali
rios, com a preparao
m
o profissional deficiente,
com a baixa auto-estima que toma conta da sua personalidade.́
As professoras ao se manifestarem sobre o que estifaltando para qualificar jsua ao
m
o
docente, deixam evidente conforme a docente AE, a formao
m
o continuada pessencial para que
continue sendo professora, pois acredita que sem formao
m
o nm
o se pode suprir as exigr
ncias da
sociedade que vem mudando a cada dia, portanto para Libk
neo (2000, p. 83), ³
A formao
m
o de
qualidade dos alunos depende da formao
m
o dos professores.́ A questm
o da qualificao
m
o quase sempre
vem associada jquestm
o salarial e j
s condio
}es de trabalho.
A educadora CE, ao se referir ao que se necessitaria para a valorizao
m
o do magistp
rio contempla em
sua resposta a questm
o da desvalorizao
m
o, bem como, a predisposio
m
o por estar sempre aprendendo,
fato indispensi
vel para a pri
tica educativa.
Com relao
m
o a formao
m
o continuada, a professora AM deixa transparecer nas entrelinhas das
8 11
suas respostas, que nm
o esti sendo ativa. Talvez pela falta de tempo, pela frustrao
m
o para com sua
profissm
o ou atpmesmo por se sentir experiente o suficiente para ensinar com os conhecimentos que
jiadquiriu. Porp
m, para contrabalano
ar o que se pode pensar sobre tal, ela fala sobre a situao
m
o da
sa~de do professor, que a caba prejudicada com sua longa jornada de trabalho levando em
considerao
m
o a fala de Tardif e Lessard (2007 p.113) quando diz:
[...] professores se engajam a fundo num trabalho que chega a tomar um tempo consideri
vel,
atpmesmo invadindo sua vida particular, as noites, os fins de semana, sem falar das
atividades de durao
m
o mais longa, como cursos de aperfeio
oamento, de formao
m
o espect
fica,
atividades para escolares ou sindicais, das associao
}es profissionais, dos clubes esportivos
para jovens, etc.
Quanto aos posicionamentos das docentes com relao
m
o a melhora da qualidade de ensino e o
desempenho dos estudantes brasileiros nas avaliao
}es nacionais e internacionais,
um dos fatores
importantes a serem evidenciados nos depoimentos da professora, CM sinalizam para a melhora do
ensino, por meio do currt
culo escolar adequado com a realidade dos alunos. Isto nos remete
novamente a questm
o da formao
m
o continuada que possibilita aos professores atuantes, na pri
tica
escolar, estarem cientes e atualizados dos acontecimentos do mundo. Alinhando-se a este pensamento
Libk
neo (2000, p.77) salienta:
O professorado, diante das novas realidades e da complexidade dos saberes envolvidos
presentemente na sua formao
m
o profissional, precisaria da sua formao
m
o teyrica mais
aprofundada, capacidade operativa nas exigr
ncias da profissm
o, propysitos p
ticos para lidar
com a diversidade cultural e a difereno
a, alp
m, obviamente, da indispensi
vel correo
m
o nos
sali
rios, nas condio
}es de trabalho e de exerct
cio profissional.
A formao
m
o continuada se tornou uma grande aliada da pri
tica educativa, considerando que
vivemos em um mundo que estimudando a cada segundo, sem contar que um professor preparado
trabalha com muito mais prazer passando confiano
a aos dicentes.
5 CONSIDERAd®ES FINAIS
Percebe-se que a profissm
o professor vem sendo paulatinamente assumida pela sociedade
brasileira, muito embora ainda fica-se a desejar. Isto se nota tanto por aspectos histyricos, sociais e
legais, bem como, veio a se confirmar na vism
o de alguns professores entrevistados.
As ani
lises realizadas nos dados levantados dos professores pesquisados nos permitiram a
9 11
elaborao
m
o das seguintes considerao
}es, que estm
o vinculadas ao ato ser e fazer docente:
A relevk
ncia dos professores se perceberem e, serem reconhecidos pela sociedade, como
profissionais da educao
m
o;
A necessidade de conscientizao
m
o e investimentos na valorizao
m
o e qualificao
m
o profissional
dos docentes;
A melhora dos sali
rios e condio
}es de trabalho;
Maior comprometimento com a educao
m
o de todos os envolvidos no processo;
Acrescido de amor, cuidado e dedicao
m
o, alp
m das quest}es pedagygicas que envolvem a ao
m
o
docente.
Assim o professor continuarisendo um profissional de grande referr
ncia e importk
ncia para
sociedade, em que suas ao
}es tr
m efeito direto na qualidade de vida de todos os envolvidos.
Apys analisar os depoimentos, bem como as bibliografias abordadas ao longo do trabalho,
podemos observar que a valorizao
m
o do profissional, professor, pessencial para a melhora da
educao
m
o brasileira, considerando que este trabalho deste profissional po alicerce de todas as
profiss}es existentes.
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O PROFESSOR E SUA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL¹ ROSA