Entrevista a Professora da Educação Musical
Professora Rira Fonseca (Entr.P1)
Olá professora Rita, Bom dia.
Bom dia
Qual é a sua opinião sobre o projeto ou o trabalho desenvolvido?
Desde o início até ao fim? Acho que é bom, penso que houve uma boa adesão,
eles gostaram, foi um trabalho interessante, eles viram outra cultura, as músicas
eram diferentes. No 6º ano também trabalho música no mundo. Acho que foi
bom, eles cresceram, inclusiva estou sentir com os trabalhos que estão fazer
com eles, eles estão mais autónomos a nível dos instrumentos e tudo eles
próprio se organizam e deixo aquela turma como deixa-los e trabalham muito
bem. Eles vão se organizando, vão se fazendo e trabalha se muito bem, também
se calhar devido a este projeto também, eles terem visto cada um tem a sua
parte, isto tudo.
Dissestes que depois deste trabalho ficaram mais autónomos.
Sim, agora está com maior autonomia, eles já eram autónomos mas agora sinto
que eles estão responsáveis.
Sentiu que houve aprendizagens por parte dos alunos envolvidos neste
projeto? Se sim, poderá referi-las?
Penso que sim, houve aprendizagem que eu tento incuti-los desde no ano
passado, que todos são importantes, independentemente com instrumentos que
eles tocam, porque isto é outra coisa que eles achavam vem predefinidos que é
o xilofone que é bom, por exemplo xilofone que é bom e as clavas são mas,
o xilofone é o instrumento giro e as clavas que não serve, e eles com
trabalho que estava fazer eles tinha consciência que tudo foi importante
para um fim. Portanto é esse nível de aprendizagem. Também é muito
importante para eles perceberem cada um tem o seu papel e que só todos
voltassem para o mesmo lado é que conseguem fazer este tipo de
apresentação. Seguir cada um voltasse para o seu lado não e houve uma
preocupação de tu tocas assim, assa havia...E eu sentia antes da aula eles
andavam a tocar as músicas com flauta, que era para chegarem lá conseguiam
tocar, portanto isso também sentia. e pronto foi proporcionado no moodle para
eles lá trabalharem em casa se quisessem, isto eu não tenho noção se eles
tocaram em casa ou não.
Alguns que eu fiz entrevista disseram que sim, o moodle ajudou, por
exemplo aquela da 2ª canção que nós gravamos a Tatiana...
Sim
Eles conseguiram ver e imitar...
Sim, eles próprios estavam ali interessados e o facto das filmagens, nós
mostramos as filmagens, por exemplo, eles viram a postura deles e isto também
ajuda para verem uma alteração percebem que a postura deles tem ser
diferente, ou os outros gozam ou estão fazer uma figurinha. Portanto, aquele
facto de eles verem é importante também.
Pois, na primeira aula quando nós gravamos apresentei e eles reparam que
foi desafinado, cada um foi para o seu lado, mas depois concertamos.
Ajuda muito eles fazerem uma análise do trabalho
Como professora titular da educação musical, será que lhe foi possível
observar se as aprendizagens musicais desenvolvidas no âmbito deste
projeto?
Eu agora...vai ser tempo para tempo, uma coisa que eles aprenderam uma outra
cultura e outro tipo de música. Não muito estranho, não foi assim muito
diferente. Não tinha haver com a letra, aprende se com a letra mas reparamos
que eles rapidamente decoraram a letra. Portanto ali também está a motivação e
eles acharam graça, aqui outro facto que eles tinham consciência que foram os
únicos que entraram neste projeto. Portanto, estiveram benefício acrescido
perante outras turmas todas. Portanto, foi proporcionado uma outra atividade,
então e há que aproveitar e há que dizer. O facto de eles querem estar a
melhorar também viu um bocado, devia se ver, não sei. Eles estavam na
expectativa de verem os músicos. Quando chegaram os músicos, nós já
devemos estar bem. Vamos estar com os músicos, estamos bem. Portanto,
semana a semana tinha todos os dias apontado será que nesta semana é que
vinham. Aí eles sentiram que gostavam mais ter tido mais aulas, mais aulas com
os músicos só naquele momento, mas também foi uma grande motivação
saberem iam tocar com os outros músicos e os catarem, pessoa vindo de fora
e eles também eram importantes daquilo.
Também realçaram nas entrevistas e nos escritos que foi também uma
motivação forte para eles prepararem bem, de facto no último dia que
tivemos lá, já em cima do tempo para apresentar eles ficaram muito
concentradinhos....
claro...
Isto quer dizer que já vem de trás...
Não, pois, a concentração isto também o que também trabalho, quando nós
fazemos todas atividades que fazemos, quando eles estão com os instrumentos,
nós no fim estamos só sossegados, nós somos os artistas, o público não bateu
palmas, pois nós é que pretendemos bater, mas há sempre aqueles momentos
que tudo concentrado e tudo para aquele lado.
De que forma o processo de aprendizagem (a cultura sobre saio muito)
mas sobre artística a professora pode dizer em relação aos alunos?
Foi uma boa adesão, estavam curiosos para saber, até logo naquela parte
introdutória, o que era Timor, onde que era Timor, logo aí se viu que eles
estavam interessados em querer saber o que é que iam fazer, como é que era,
estavam entusiasmados. E acharam graça com outras músicas, que eles
também conseguem fazer na outra cultura.
Se calhar o que ajudou muito aqui na arte ou artística musical é que pus a
música na pauta para nós tocamos a eles visualizarem?
Eu isso não acho muito tenha sido relevante. Poder ser importante mas minha
perceção eles sabiam que tinham ali, tudo bem, mas rapidamente eles tentaram
memorizar de não necessitar daquilo. Estava ali, foi explicado, tocou se, e eles
então tentem decorar, não preocupados com partitura, está tocar no sito certo
olhando, mas estavam reocupados de tocar bem, mas não sei se foi muito
relevante, o facto não está na partitura, não consigo precisar isso, sem
importante.
Dissestes muito bem, eu acho que outra forma que eu trabalhei com eles é
o processo de memorização e imitação.
Exatamente.
Na voz e também na flauta porque a melodia era mesma...isto ficou na memoria
Exatamente, eles andavam de procurar a partitura quando o Adérito dizer que
agora vamos cantar esta música, eles andavam a procura a partitura,
efetivamente andavam. Mas fazer nos dela não, era relativo, a letra conseguiram
memorizar com facilidade, a nível da flauta estavam olhar se alguém com uma
moletazinha, ou a minha moleta ou a tua moleta, eu penso ai que eles precisam
mais desta moleta do que nas aulas como eu faço, ai precisa mais de uma
moleta porque sabiam que tinham uma apresentação, queriam fazer bem e que
não queriam falhar. Pois a uma exposição não é? O objetivo era isso, porque é
uma exposição, eles não queriam por exposto perante os outros de não fazer o
bem. Mas aquele receio não apareceu. Portanto têm maior consciência quando
levam a casa uma autorização ou um convite para os pais puderem vir assistir
com os outro familiares e a percebem que eu tenho fazer uma boa figura porque
eles estão olhar para mim, e os meus pais, os meus avos eles estão lá olhar
para mim, e eu tenho que fazer boa figura, estou trabalhar com as pessoas que
vieram de fora.
Foi uma atividade com sucesso, podemos dizer assim, mas considera
importante de haver este cruzamento com os músicos que vem de fora?
Muito, muito...para os miúdos, era muito importante.
Diz lá, porque?
Eu acho que muito importante os músicos, eles sentirem outras pessoas
diferente do seu habitat. Estão comigo, só mente comigo, mas vir outras
pessoas tem outro tipo de motivação. Há outra motivação, vem outras pessoas
de fora não conheço mas vem pessoas de fora, de trabalhar com as pessoas
que vem de fora, estão todos para o mesmo fim foi muito importante.
Eu penso que foi muito importante. Eu não falei cm eles sobre isso, isto só
mesmo a minha perceção, eles andavam atrás de mim para conhecerem as
pessoas, que estava ser motivador, que era importante, foi e foi facilitador de
aprendizagem.
É verdade muitas das minhas entrevistas realçaram esta parte de terem os
músicos de fora. Foi positivo, porque como disseste.
Estamos a tocar com músicos, porque na cabeça de eles está tocar com os
músicos.
Em geral o que é que podes dizer sobre a nossa apresentação?
Eu acho que correu bem, no fundo, no fundo, isto foi tudo apertado, só que
conseguiu montar no dia, só se conseguia ter no fundo, no fundo aquele
perceção final, penso que para futuro vai haver sempre a necessidade de fazer
uma ou duas aulas juntos, por a caso correu bem, isto devido a eles, se calhar
motivação e eles saberem o que estavam a fazer. Foi muito em cima os miúdos
estarem com pessoas estranhas, não é, a cantar, ali a tocar ali e não
abanicaram, eles sabiam o que é que tinham, mas penso que isto podia sido
importante. A nível de apresentação foi boa para aquilo que se tinha trabalhado
e foi boa, mas acho que foi tudo na boa. As pessoas gostaram, quem teve
assistir e eu também tinha esta perceção gostaram, colegas também vieram no
fim falar, não só ele as foram entrevistada não só eles tiveram lá mais, os outros
sentiu durante apresentação e isto é bom, porque cativou.
Os miúdos estavam lá, havia uma turma de 5º ano assistirem e os miúdos
estavam cativados, estavam gostar muito o que estavam ouvir, em silêncio a ver
as colegas fazerem aquilo. logo ai, quer dizer que está correr bem. se não
correu bem eles estavam assim um bocadinho....aquilo para eles estava muito
“mudioso” para eles.
Houve algumas feedback dos pais?
Houve pedidos para terem vídeos, portanto querem uma recordação do
momento. Houve pais pediram vídeo. Tive reunião no primeiro do período
ninguém freezou.
Então, diz lá algumas sugestões para o projeto no futuro?
Essa dos músicos estarem mais presentes eles sentirem durante a sua
aprendizagem estamos trabalhar todos para o mesmo fim eles não ficarem no
noção tudo bem e no dia e chega. ai acho que focou um bocadinho, que é eles
não podem ficar com este tipo de aprendizagem que é se nós juntarmos um dia
corre tudo bem...não nem sempre corre tudo bem...não corre sempre bem.
Portanto ali correu mas podia não ter corrido. acho que ai tem que ver um
bocadinho de melhoria. De resto, o espaço sempre exíguo é sempre muito
exíguo aqui, o espaço também sempre importante para eles. acho que tentei
preferia ali do que na biblioteca porque era um espaço muito mais intimista e
estavam ali todos, tudo muito mais próximo, não era familiar mas um bocadinho,
estamos aqui e isto também ajudou para correr bem, de facto estarem os
músicos na altura também ajudou aquilo. Estava mais “intimizádo”. Foi só uma
turma de 6º ano, houve um aluno de outra turma que estava na porta também
entrou, se calhar na biblioteca entravam mais e podia ser mais complicado por
adesão do público, não sei. isto é uma coisa que não saber. repara os que foram
já sabiam o que iam, por que a professora já tinha explicou o que que iam ver.
Portanto foram ali duma de respeito, ver nós que está aqui, foi uma única turma
que foi lá ver, portanto no fundo aquele espaço foi facilitar para aquele ter
sucesso.
Outa coisa que aconteceu é que nós repetimos a canção “mai fali eh” e
todos a cantar
Eu penso que é sempre importante, no fim houve uma maior aproximação das
pessoas que estavam assistir por que também sentiu, fizeram parte do
espetáculo. E só daquela forma que nós fizemos acontece naquela espaço
pequeno que nós fizemos. No espaço grande é difícil nós colocamos as pessoas
todas. também é possível, também se consegue colocar, agora ali como era
tudo familiar, toda a gente se desinibiu e toda a gente cantou, toda a gente
gostou e deu larga a todos, os miúdos e todos, toda agente ali participar sem
que tivesse preocupar com a letra, estou ler bem ou não, estou fazer bem ou
não, ninguém notou, portanto estamos ali todos para o mesmo.
Também observei aquilo e foi muito bom. A preparação dos trajes demorou
um bocadinho....
Os trajes foi um sucesso, isto foi outra motivação e eles estavam orgulhosos
com os fatos, foram almoçar com os fatos para o refeitório. Portanto, refeitório
implica hora de almoço, hora de almoço implica a escola está tudo andar ai a
movimentar se, não é, os colegas, não houve ai uma vergonha nem uma, houve
até uma exibição ou queriam mostras aos outros teriam fatos diferentes,
portanto isso é algo muito bom, foi ótimo, foi um sucesso 100% e eles andar
passear de fatos e nós relembramos que tenham cuidado com os fatos porque
eles não queriam tirar os fatos e estavam passear na escola demorou um
bocadinho.
Eu acho que foi uma integração ou intercâmbio das duas culturas,
portuguesa e timorense, não é, como a menina referiu-se disto, acho que
eram três falaram de isto, quando nós vestimos os fatos sentíamos que
não parecia-nos, parecia-nos timorenses, impressão que eu reparei, sendo
na escrita também, eles realçaram isto, isto que dizer que durante
aprendizagem a motivação, cativação que nós iniciamos.
Eu, ai não considero que seja um intercâmbio, eu ai considero que um assumir
outra cultura, não é troca, porque eles assumiram a cultura, eles não deram a
sua cultura mas por integrar numa outra cultura, não é interação de culturas,
olha, vamos entrar, estamos abrir a porta para uma outra cultura, uma das
vertentes foi, vamos vestir os trajes de outro país, não considero que houve uma
ação entre duas culturas.
Uma sugestão minha, só uma sugestão, eu também gostaria que esta
atividade, os alunos iam para a comunidade. É uma proposta também, por
exemplo nós temos uma comunidade timorenses que costuma celebrar dia
festivos junta a embaixada podemos fazer uma proposta e irmos lá cantar
com os trajes, pode ser para o futuro, não é?
Pode ser.
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Entervista a Prof. Rita Fonseca