INTERCÂMBIO
TROCANDO
EXPERIÊNCIAS
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Viagens técnicas ao exterior permitem a
produtores e fazendeiros buscar conhecimento
de padrão internacional. Numa via de mão
dupla, o Brasil recebe estrangeiros que querem
aprender com nossa agricultura
Público da Eima Internacional, em Bolonha, na Itália, uma das feiras no roteiro da agência AgroMundi
O
Colheitadeira na Farm Progess Show, em Chicago, nos Estados Unidos: destino certo para o agronegócio
s protagonistas do
agronegócio, no Brasil e no mundo, estão
descobrindo as vantagens de
compartilhar conhecimento em
suas áreas de atuação. As viagens técnicas, que levam grupos
de produtores ou fazendeiros
para roteiros fora do Brasil, são
um exemplo de uma modalidade de turismo cada vez mais em
alta. “Vivemos o ‘boom’ das viagens técnicas no agrobusiness”,
afirma Frank Partington, proprietário da AgroMundi, agência de
turismo voltada ao agronegócio.
“É um mercado que cresce mais
de 30% ao ano”, ressalta. Os
programas abrangem visitas às
principais feiras do setor, congressos, instituições de pesquisas e propriedades rurais que
possuem alta produtividade em
lavouras de grãos e na criação
de animais.
Feiras agrícolas como a
Farm Progress Show, um dos
maiores eventos mundiais de
tecno­logia rural, realizada nos
Estados Unidos, ou ainda a Eima
Internacional, em Bolonha, na
Itália, ou a Agritechnica, maior
feira de tecnologia agrícola do
mundo, na Alemanha, são os
principais chamarizes para esse
tipo de viagem. “Normalmente,
levamos às feiras e agregamos
ao roteiro fazendas próximas,
ao menos duas, e centros de
estudos nas cidades em que
acontece o evento, seja qual
for o continente”, explica Partington. Referências mundiais
na criação de bovinos e ovinos,
a Austrália e a Nova Zelândia
também entraram para rota de
lugares a se visitar, assim como
a China, em virtude da crescente produção de soja.
Segundo a AgroMundi, o investimento parte de R$ 10 mil,
3
MARIO MIZUNO
INTERCÂMBIO
O Brasil também
começa a receber
grupos de
fazendeiros
de fora do
País,
especialmente
da
Ucrânia, que
visitam de manaus
a foz do iguaçu
Frank Partington, criador da pioneira AgroMundi: mercado em alta
com as visitações, hospedagens agrícolas que presenteavam
e traslados inclusos, além de
seus clientes com este tipo
tradutores, guias técnicos e de
de viagem, agora os próprios
suporte. As viagens têm duração
produtores e fazendeiros têm
de 5 a 15 dias. Os grupos são
buscado sozinhos roteiros variaem média formados por 25 a dos e criado grupos de viagens.
45 participantes.
“Há um grande intercâmbio de
Se antes eram as grandes ideias, um crescimento do círempresas, fornecedoras de in- culo de amizade, o que natusumos, produtos químicos, ou
ralmente traz bastante troca de
fabricantes de equipamentos informações e diferentes visões
Brasileiros que participaram do programa Rice Tour, nos Estados Unidos
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de trabalho”, acrescenta Partington. Ainda de acordo com ele,
o Brasil também recebe grupos de fora, especialmente da
Ucrânia, que buscam destinos
como Manaus, Foz do Iguaçu e
Rio de Janeiro. “Temos atrativos
para isso. Nossa agricultura é
de ponta. E vivemos só o começo de uma era de grandes
intercâmbios”, finaliza. 
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EXPERIÊNCIAS - Agromundi – Viagens e Negócios