Tópico Especial
Barra Palatina
Palatal Arch
Resumo
Adilson Luiz
Ramos
Maurício T.
Sakima
A barra palatina (PB) tem sido utilizada
em muitas situações clínicas. Isto se deve
a sua fácil confecção, possibilidade de
controle tridimensional e variedade de
opções mecânicas.
Este artigo apresenta as aplicações mais
freqüentes deste aparelho. São comentadas e ilustradas a rotação, expansão,
torque, distalização e ancoragem . Além
disto, os momentos gerados em algumas
ativações são discutidos.
Introdução
Freqüentemente nos estágios finais da
fase de fechamento de espaços, os primeiros molares superiores tendem a apresentar desajustes de posicionamento em relação aos antagonistas, decorrente da rotação para mesial, provocada pelo momento de força do componente elástico
da retração na técnica do deslizamento.
Esta situação também pode estar presente quando elásticos intermaxilares de
Classe III são utilizados. Uma das maneiras apropriadas para prevenir este
desajuste, além do clássico aparelho extrabucal, é o emprego da barra palatina (BP)
nos primeiros molares superiores encaixa-
Unitermos:
Barra palatina;
Rotação dos molares;
Distalização; Expansão; Intrusão;
Ancoragem; Torque;
Acidentes com
aparelho ortodôntico.
da em tubos linguais soldados nas bandas destes dentes.
Este dispositivo vem sendo aplicado
na mecânica ortodôntica de forma crescente pela característica de fácil construção, possibilidade de controle tridimensional, ampla gama de opções de ativação
e aplicabilidade clínica.
Desde que GOSHGARIAN10 patenteou
a barra palatina (1972), poucos artigos
foram publicados sobre as possibilidades
clínicas deste dispositivo. BURSTONE,
KOENIG4 (1981), BALDINI, LUDER (1982)3
relataram as possibilidades mecânicas e
correspondentes modos de ativação.
CETLIN, TEN HOEVE(1983)8 recomendaram a barra palatina nos casos sem extrações e LAZZARA(1976) 11 e
WEISENBERG (1976)18 relataram os efeitos deste aparelho sobre as funções linguais. Em seu livro sobre o tratamento
da dentição mista, McNAMARA13 descreveu o uso da barra palatina soldada.
As principais aplicações da barra palatina são:
• Correção da rotação dos molares
• Correção da inclinação dos molares
(sentido mesiodistal).
Adilson Luis Ramos A
Maurício Tatsuei Sakima B
Ary dos Santos Pinto C
Lídia Parsekian Martins D
Dirceu B. Raveli E
A
B
C
D
E
Mestre pela USP - Bauru - Doutorando em Ortodontia pela UNESP - Araraquara, Professor de Ortodontia do Departamento de Odontologia da UEM - Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da AMO - ABO - Maringá.
Professor Assistente Doutor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Ortodontia de Araraquara - UNESP.
Professor Associado do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Ortodontia de Araraquara - UNESP.
Professora Assistente do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Ortodontia de Araraquara - UNESP.
Professor Associado do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Ortodontia de Araraquara - UNESP.
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• Distalização dos molares (associado a um sistema de ancoragem)
• Auxiliar de ancoragem
• Controle de erupção dos primeiros molares - intrusão relativa
• Expansão ou contração do segmento posterior superior
• Controle de torque dos molares.
Na fase do diagnóstico e planejamento, deve-se atentar para a posição
dos primeiros molares permanentes, que
se apresentam freqüentemente girados
para mesial, principalmente nos casos
de Classe II (LEMONS, HOLMES 1961).
Ao se corrigir esta rotação, torna-se possível a obtenção de 1 a 2 mm no perímetro do arco, além de uma parcial correção da Classe II. (FIG. 1)
Quando ANGLE2 estabeleceu sua
classificação, não determinou com mui-
ta precisão o detalhe de posicionamento dentário. Com relação a posição do
primeiro molar superior permanente,
ANDREWS1 descreveu três pontos de
contato para a oclusão normal.
1. A superfície distal da cúspide
distovestibular deve contactar a superfície mesial da cúspide mesiovestibular
do segundo molar inferior.
2. A cúspide mesiovestibular do
primeiro molar permanente deve
ocluir entre as cúspides mesiovestibular e distovestibular do primeiro
molar inferior.
3. A cúspide mesiolingual do primeiro molar superior deve ocluir na
fossa central do primeiro molar inferior.
Para que estes pontos sejam atingidos, os molares não deverão apresentar rotações. Numa vista oclusal,
alguns parâmetros tornam mais fácil a
tarefa de se identificar a rotação.
RICKETTS (1974)17 observa que para
uma oclusão ideal, uma linha que passa pelas cúspides mesiolingual e distovestibular do primeiro molar permanente, deve coincidir com a ponta da
cúspide do canino do lado oposto ou
até 4 mm por distal (FIG. 2). Na maioria dos casos de Classe II , esta linha
estará passando na área dos pré-molares, evidenciando a rotação do molar. Outro critério observado por
CETLIN 8, menciona a relação de
paralelismo que as superfícies vestibulares dos primeiros molares permanentes devem apresentar entre si (FIG. 3).
DAHLQUIST et al9 (1996) acreditam
que os molares possam estar em oclusão ideal um pouco aquém da posição
mencionada por RICKETTS17 e CETLIN8,
FIGURA 1 – Com a rotação dos molares torna-se possível
a obtenção de até 2mm de espaço.
FIGURA 2 – Segundo RICKETTS17, a linha que passa sobre a
ponta da cúspide DV e MP do primeiro molar superior deve coincidir ou passar até 4mm por distal da cúspide do canino oposto.
FIGURA 3 – CETLIN 8 observou que deve haver um
paralelismo entre as faces vestibulares dos primeiros molares, para que estejam bem posicionados.
FIGURA 4 – Rotação distal bilateral.
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já que num estudo recente constataram um pouco menos de paralelismo
e a linha de RICKETTS passando em
média 11mm por distal da ponta de
cúspide do canino. Porém, a amostra
era de indivíduos na fase da dentadura mista e não permanente como relatado por RICKETTS17 e CETLIN8.
Constatando-se a rotação dentária, a barra palatina oferece uma excelente capacidade de correção. A rotação pode ser corrigida simetricamente ou unilateralmente, o que demandará observação das resultantes mesiodistais (FIG. 4, 5, 6, 7).
Uma vez bem posicionados, os molares podem ser eficazmente estabilizados com a utilização da barra
palatina ajustada de forma passiva.
Esta unidade de ancoragem oferece
uma capacidade moderada podendo
ser utilizada na maioria dos casos com
extração para evitar a rotação, quando se procede a retração com cadeias
elastoméricas apoiadas sobre os molares. Entretanto, nos casos com ancoragem crítica, o aparelho extrabucal
deve ser associado.
A barra palatina também pode ser
utilizada como mantenedora de espaço, nos casos de perda precoce dos segundos molares decíduos.
CETLIN
(1992)
appud
13
McNAMARA descreveu ser possível a
distalização dos molares utilizandose a barra palatina com ativações unilaterais alternadas. Entretanto, para
um correto sistema de forças MELSEN
(1996)14 recomenda a utilização da
barra palatina estaticamente ativada.
A barra palatina estaticamente ativada apresenta o encaixe em somente
um dos lados, devendo o lado aposto
ser amarrado por vestibular. Deste
modo, a ativação não resultará em
momentos indesejáveis no lado a ser
distalizado (FIG. 8). Para maior segurança uma correta unidade de ancoragem deve ser planejada.
DAHLQUIST et al9 (1996) chamam a
atenção que se houver uma distribuição incorreta da ativação, o molar com
maior momento sofrerá mesialização.
PANHÓCA, LIMA15 recomendam o
controle de rotação do molar a ser
distalizado, mediante aplicação de uma
pequena ativação de rotação (50% em
relação ao lado oposto) (FIG. 9).
Quando as dobras de primeira ordem das presilhas são desiguais, haverão componentes de força mais expressivas para mesial ou distal de
acordo com a dobra. Por exemplo,
FIGURA 5 – Rotação mesial bilateral.
FIGURA 6 – Rotação distal unilateral com distalização no
lado oposto.
FIGURA 7 – Rotação mesial unilateral com mesialização
no lado oposto.
FIGURA 8 – Barra palatina estaticamente ativada para rotação e com distalização (sem momentos) do lado oposto, segundo MELSEN14 .
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num caso onde há o molar direito girado para mesial (em classe I) e o
molar esquerdo em Classe II, uma
dobra aguda no lado direito e manutenção da dobra passiva no lado
esquerdo, comporá um sistema que
corrigirá a rotação do lado direito,
bem como promoverá pequena distalização do lado esquerdo (exemplo
clínico II). A componente mesial no
lado a ser girado vai encontrar a ancoragem dos dentes do segmento anterior. Quando os dois molares estão
em Classe II, pode-se realizar alternadamente as ativações sobre a barra, associando-se um sistema de força (como um extrabucal) para que a
correção da Classe II ocorra bilateralmente de modo mais rápido do que
somente com um extrabucal isoladamente (exemplo clínico III).
Quando se deseja rotação e/ou
movimento mesial de um dos molares (ou ambos alternadamente associando-se a um sistema de ancoragem) o mesmo mecanismo pode ser
utilizado, somente invertendo-se a
direção da dobra da presilha, e controlando a ancoragem.
Devido ao sistema ser composto
por dois binários interligados, tornase fundamental a visualização da forma ativada, em posição neutra (i. e.,
posição de inserção e liberação dos
momentos), e da geometria de força
gerada, para que se possa associar
um sistema de ancoragem contra os
efeitos colaterais indesejados, ainda
que pequenos.
Torques linguais ou vestibulares
podem ser produzidos pela barra, observando-se a rotação da presilha em
relação ao encaixe lingual. O movimento resultante pode ser estimado
observando-se a colocação de um dos
lados e avaliação do lado oposto.
(FIG. 10, 11, 12, 13).
Pequenos graus de expansão do
arco dentário superior podem ser obtidos com a barra palatina, entretanto segundo McNAMARA13, quantidade acima de 2 mm, requerem outros
tipos de aparelhos para melhores resultados (FIG. 14).
Do mesmo modo a constricção do
arco pode ser obtida com a ativação
no sentido contrário (FIG. 15).
Aumentando-se simetricamente a
distância entre as presilhas da BP, resultará num movimento para vestibular de ambos os molares. Este efeito de expansão será acompanhado de
inclinação vestibular das coroas caso
FIGURA 9 – Compensação da ativação segundo PANHÓCA
e LIMA 15 .
FIGURA 10 – Torque lingual bilateral.
FIGURA 11 – Torque vestibular bilateral.
FIGURA 12 – Torque lingual unilateral com resultante de
extrusão no lado oposto.
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não se compense o momento de inclinação, mediante pequena torção das
presilhas em sentido contrário. Muitas
vezes a inclinação é desejada.
Da mesma forma, só que em sentido contrário, a diminuição da distância inter-molares pode ser conseguida
diminuindo a distância inter-presilhas. Os mesmos cuidados devem ser
tomados quanto a inclinação resultante lingual que tenderá a acontecer. Na
constricção, deve-se atentar para o
possível trauma sobre a mucosa do palato após a liberação da força. Este
trauma pode ser evitado afastando-se
um pouco mais a barra do palato.
A barra palatina compreende uma
maneira bem controlada de correção
da rotação e expansão unilateral dentária, já que podemos compor em bloco de ancoragem do lado oposto, dis-
tribuindo a resultante sobre os dentes
cruzados (exemplo clínico I e exemplo
clínico IV).
A extrusão dos molares pode ser
evitada e até mesmo contribuir para
uma intrusão. Segundo CETLIN appud
McNAMARA13, com a confecção de um
“looping” maior e direcionado para
mesial, permitirá a atuação da língua
distribuindo forças intrusivas sobre os
molares (FIG. 16) Entretanto,
LAZZARA11 avaliou a pressão lingual
sobre a barra em 11 jovens com padrão
vertical e observou apenas pequenas
forças distribuídas. E WEISEBERG18 demonstrou que a barra não afeta significantemente a posição da língua. Mas
clínicamente podemos lançar mão da
barra palatina para este controle vertical, que nos parece eficaz (exemplo
clínico III).
McNAMARA13 relata que a barra palatina transformou-se numa rotina em
sua clínica privada, tanto para pacientes em fase de dentadura mista, como
permanente. Além dos casos com e sem
extrações, os casos cirúrgicos também
se beneficiam dos efeitos deste aparelho. Entretanto, não recomenda para os
casos com Classe II e extração apenas
dos primeiros pré-molares superiores,
pois atrapalharia o fechamento adequado dos espaços. E também na maioria dos casos Classe III não cirúrgicos,
onde a camuflagem da má-oclusão necessita de uma movimentação um pouco mesial dos molares superiores .
Na correção da classe II subdivisão, uma ativação unilateral da barra com uma dobra de 2ª ordem compreende um auxiliar interessante
(FIG. 17A e 17B).
FIGURA 13 – Torque vestibular unilateral com intrusão no
lado oposto.
FIGURA 14 – Expansão do
vestibularização dos molares.
FIGURA 15 – Constricção do arco com pequena lingualização dos molares.
FIGURA 16 – A pressão da língua sobre o “looping” da
barra pode conter a extrusão, ou até provocar pequena
intrusão dos molares.
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arco
com
pequena
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A barra palatina pode ser removível ou soldada. O fio utilizado pode ser
0.8 ou 0.9 mm, que deve receber as
dobras nas extremidades para encaixe
e fixação com amarrilho ou elastômero,
no tubo palatino (FIG. 18A a 18K), ou
somente soldada sobre as bandas previamente adaptadas.
Várias marcas comercializam barras pré-fabricadas em alguns tamanhos, o que diminui o tempo de
adaptação. BURSTONE5,6 recomenda
a utilização de um fio de secção
FIGURA 17A – Ativação de 2a ordem.
FIGURA 17B – Resultado da ativação
de 2a ordem, quando todo bloco oposto está ancorado.
A
B
D
E
C
F
G
H
I
J
K
FIGURA 18 – A) Barra palatina, B) Encaixes linguais, C) Vista oclusal do posicionamento do tubo (encaixe) lingual, D) Barra palatina
passiva encaixada, E-H) Presilha fixada no tubo com amarrilho, I-K) Presilha fixada no tubo em elastômero.
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retangular, o que dispensaria a confecção de dobras para o encaixe no
acessório palatino. Também apresentou um excaixe próprio, o “hing cap”,
para facilitar a fixação das extremidades da barra7.
Quando não se dispõe da BP préfabricada, pode-se confeccioná-la facilmente utilizando-se o fio escolhido (0.8mm, 0.9mm ou TMA) e os alicates 139 (universal) e o conformador
de presilha (410).
Primeiramente confecciona-se o
“looping” de ajuste com o alicate
139. Em seguida realiza-se duas
dobras oblíquas para a adaptação
ao palato. Afastando-se aproximadamente 1 a 2mm da mucosa
palatina(FIG. 19), registra-se as marcações equivalentes aos tubos linguais. Em seguida confecciona-se
as presilhas, utilizando-se o alicate apropriado (410).
Após a BP estar pronta, deve-se
fazer com que fique passiva, ou seja,
com a inserção alternada das presilhas em cada lado. Ajusta-se a BP de
modo que a extremidade não encaixada fique paralela ao tubo, em seguida, insere-se a outra presilha e verifica-se se a oposta também está paralela, ou passiva. Esta conferência
somente é possível inserindo-se uma
presilha de cada vez, pois seria muito difícil determinar se a BP está passiva inserindo-se as duas presilhas
ao mesmo tempo.
Obtida a confecção da BP passiva,
segue-se para a ativação, conforme o
efeito clínico desejado .
Embora a determinação dos efeitos
precisos dos dois binários distribuídos
FIGURA 19 – Posicionamento da barra palatina 1 a 2 mm afastado do palato.
A
pela BP sejam complexos (pois envolvem a resistência periodontal, forças
antagonistas e adjacentes da oclusão,
outros dispositivos ortodônticos associados), alguns efeitos são mais previsíveis e simples de serem aplicados,
como ilustrados anteriormente.
Torna-se prudente visualizar as ativações sobre o modelo. As direções resultantes verticais, ântero-posteriores,
rotacionais e transversais devem estar
bem planejadas para construir um sistema controlado.
Quando da utilização de um aparelho encaixado, torna-se fundamental a imobilização prendendo-o com
elastômero ou fio de amarrilho
0,30mm. Desta forma haverá maior segurança.
O desprendimento da barra palatina poderá ocasionar intercorrências
desagradáveis como a deglutição, que
implicará na monitoração radiográfica até ser eliminada (FIG. 20A). Como
outra intercorrência menos grave e
mais freqü ente, poderá haver lesão da
mucosa gengival próxima ao tubo lingual (FIG. 20B).
Embora nem todas as possibilidades da BP tenham sido citadas, as
mais utilizadas foram descritas. E
o conhecimento da mecânica básica da BP como qualquer outro aparelho, permite que o clínico criativamente aplique em diversas situações desejadas.
B
FIGURA 20A e B – A) Radiografia da região ilíaca evidenciando uma barra palatina num caso de monitoração após
deglutição, B) Lesão gengival após desprendimento da presilha da barra palatina.
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81
EXEMPLO
CLÍNICO I
A
B
FIGURA 21 A,B – Fotos frente e perfil de um jovem com 13 anos, padrão vertical, apresentando biprotrusão e ausência de selamento labial.
A
B
C
FIGURA 22 A-C – Fotos Intrabucais denotando Classe II bilateral com apinhamento acentuado superior e inferior.
Mordida cruzada posterior unilateral esquerda e desvio da linha média inferior (1,5mm).
A
B
FIGURA 23 A,B – Para correção da mordida cruzada unilateral dentária, foi composta uma maior ancoragem do lado direito e
empregada a barra palatina ativada simetricamente para expansão.
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A
C
B
FIGURA 24 A-C – Aspectos intrabucais após a correção da mordida cruzada posterior.
A
B
C
FIGURA 25 A-C – Após a correção transversal procedeu-se a montagem do restante do aparelho, e seguiu-se uma mecânica de arco
segmentado, iniciando a retração inicial dos caninos com molas “T” (fio TMA .017x.025) mantendo-se a barra palatina como ancoragem.
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A
B
FIGURA 26 A,B – No arco inferior foi realizado intrusão do segmento anterior mediante uma mola de intrusão (como “cantilever”)
apoiada no segmento de fio anterior.
A
B
C
FIGURA 27 A-C – A retração dos segmentos ântero-superior e ântero-inferior foi obtida com molas “T”.
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A
B
FIGURA 28 A,B – Fotos de frente e perfil após o tratamento. A biprotrusão foi reduzida
bem como o selamento labial reestabelecido.
A
B
C
D
E
FIGURA 29 A-E – Vistas intrabucais finais.
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85
A
B
FIGURA 30 A,B – Fotos de frente e perfil, 5 anos após o tratamento.
A
B
C
D
E
F
FIGURA 31 A-F – Vista intrabucais 5 anos após o tratamento.
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86
EXEMPLO
CLÍNICO II
A
B
FIGURA 33 A,B – Fotos de frente e perfil de uma jovem com 16 anos.
A
B
C
FIGURA 33 A-C – Aspectos intrabucais demonstrando relação da Classe II 1/2 do lado direito e um pouco mais de 1/4 de Classe II do
lado esquerdo.
A
B
FIGURA 34 A,B – Vistas oclusais, denotando rotação mesial dos molares superiores, principalmente do 16.
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A
C
B
FIGURA 35 A-C – A correção das rotações dos molares, com conseqüente obtenção de espaços por mesial, foi obtida com a ativação
das presilhas da barra palatina.
A
B
C
FIGURA 36 A-C – Após a liberação das ativações houve pequena intrusão do 16, associada à correção da rotação, enquanto o 26
vestibularizou, junto à correção da rotação. Provavelmente decorrente de um desajuste do torque durante as reativações.
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88
A
B
FIGURA 39 A,B – A Classe II foi corrigida utilizando-se o espaço decorrente das rotações dos molares, e seguiu-se o alinhamento e
nivelamento dos arcos. Observe que o degrau entre o 16 e 15 foi gradualmente corrigido por uma dobra no fio.
A
B
C
FIGURA 38 A-C – Fase adiantada do nivelamento e alinhamento.
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A
B
FIGURA 39 A,B – Fotos frente e perfil no final do tratamento.
A
B
C
FIGURA 40 A-C – Aspectos intrabucais ao final do tratamento.
A
B
FIGURA 41 A,B – Vistas Oclusais ao final do tratamento.
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90
EXEMPLO
CLÍNICO III
A
B
FIGURA 42 A,B – Fotos de frente e perfil de um jovem com 10 anos, com padrão facial
vertical.
A
B
C
FIGURA 43 A-C – Vistas intrabucais evidenciando a mordida aberta anterior, Classe II e mordida cruzada posterior.
A
B
FIGURA 44 A,B – Aspectos oclusais demonstrando a atresia maxilar e a notória rotação mesial dos molares superiores.
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91
B
A
FIGURA 45 A,B – A expansão rápida da maxila, por meio de um aparelho tipo Haas modificado, foi o primeiro passo do tratamento.
A
B
FIGURA 46 A,B – Resultado da disjunção maxilar.
A
B
FIGURA 47 A,B – Após 4 meses de contenção com o próprio disjuntor, foi empregada a barra palatina que serviu como contenção,
bem como para correção das rotações dos molares.
A
B
C
FIGURA 48 A-C – Sem que tivesse sido utilizado qualquer aparelho recordatório, a mordida aberta apresentou redução. Provavelmente associado a melhora respiratória pós-expansão. Somado a isto, parece ter havido uma restrição vertical na área dos 1os
molares superiores.
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A
B
FIGURA 49 A,B – Aspecto facial frontal e lateral na fase intermediária do tratamento (4
meses expansão + 6 meses - Barra palatina).
A
B
FIGURA 50 A,B – Os braquetes foram colados e procedeu-se o início do alinhamento e nivelamento.
A
A
C
FIGURA 51 A-C – Estado atual, onde o paciente encontra-se numa fase intermediária do nivelamento demonstrando progresso na
correção vertical, bem como redução da Classe II.
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93
EXEMPLO
CLÍNICO IV
A
B
C
FIGURA 52 A-C – Fotos extrabucais iniciais de um jovem com 11 anos.
A
B
C
FIGURA 53 A-C – Fotos intrabucais demonstrando Classe II com falta de espaço para o 15.
A
B
FIGURA 54 A,B – Aspectos oclusais. Nota-se a completa falta de espaço para o 2º pré-molar superior (15), com rotação mesial do 1º
molar do mesmo lado.
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A
B
C
FIGURA 55 A-C – Inicialmente foi instalado a barra palatina para correção da rotação do 16. Observa-se a ativação de ambos os
lados (sendo mais para o lado que se deseja a correção da rotação).
A
B
C
FIGURA 56 A-C – Progresso da distalização e correção da rotação associando-se AEB e Barra Palatina.
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A
B
B
FIGURA 57 A,B – Foi empregada tração extrabucal cervical (16h/dia), associada à barra
palatina.
A
B
C
D
E
FIGURA 58 A-E – Progresso da distalização e correção da rotação associando-se AEB e Barra Palatina.
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96
A
B
C
D
E
F
FIGURA 60 A-F – Para mesialização do 1º pre-molar e sobrecorreção do molar, procedeu-se uma mecânica com mola de secção
aberta.
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A
B
C
FIGURA 60 A-C – Após a obtenção de espaço e num estágio avançado do nivelamento (fio 020) tracionou-se o 2º pré-molar por meio
de amarrilho preso a um botão colado.
A
B
C
FIGURA 61 A-G – Continuação página seguinte.
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D
E
F
G
FIGURA 61 A-G – Fase atual: Quando o pré-molar apresentou-se próximo ao arco, o botão foi substituido pelo braquete e incluíndo
no nivelamento e alinhamento.
EXEMPLO
CLÍNICO V
A
B
C
FIGURA 62 A-C – Utilização da barra palatina para correção unilateral de um 2º molar permanente, posicionando-o no lugar do 1º
(ausente). Todo o bloco oposto (do 15 ao 26) foi ancorado. A barra recebeu ativação para expansão e rotação do 17.
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99
Abstract
The palatal arch have been used
in many clinical situations. Its due
to their easier confecction,
tridimensional control possibility and
varity mecanical options.
This article presents the most
frequent application of that
appliance. The possibility of rotation,
expansion, torsion, distalization,
anchorage an intrusion are coments
and illustrated. Furthermore, the
moments gerated with some
ativations are discussed.
Uniterms:
Palatal arch; molar rotation,
Distalization; Expansion; Instrusion;
Anchorage; Torsion; Orthodontic
Appliance; Accidents.
Referências Bibliográficas
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