Título: Carne bovina: Informa prevê crescimento de 3% no consumo per capita neste ano Veiculo: Fnp / Online Seção: INFORMA ECONOMICS FNP NA MÍDIA Centimetragem: 19,0 Página: Online Data: 28/06/2012 Valor: R$ 836,75 Carne bovina: Informa prevê crescimento de 3% no consumo per capita neste ano FNP - SP - INFORMA ECONOMICS FNP NA MÍDIA - 28/06/2012 O aumento da população e do poder de compra dos consumidores deve elevar o consumo de carne bovina em 3% neste ano, para 33 quilos per capita. No caso da carne de frango, o crescimento deve ser de 4% para 49,2 quilos per capita, segundo a consultoria em agronegócios Informa Economics FNP no Anuário da Pecuária Brasileira de 2012 (AnualPec 2012). Consideradas todas as carnes (bovina, frango e suína), o consumo médio per capita deve passar de 95,3 quilos em 2011 para 97,5 quilos para 2012 no Brasil. "O acelerado crescimento do consumo de proteínas animais não se deve apenas ao aumento da população mundial. O fator mais importante é o surgimento de um grande contingente populacional, que ascendeu em termos econômicos e tem melhores condições de acesso a esses alimentos", diz o diretor técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz, em nota. Ele explica que, com base em dados do BNP Paribas, no Brasil, por exemplo, estima-se em 60 milhões o número de habitantes que saiu da classe D para as mais privilegiadas. Em 2006, 34% da população se encaixava no estrato definido como classe C; em 2011, o porcentual foi de 54%. Conforme o AnualPec 2012, as pessoas com renda de até US$ 7/dia que têm aumento de renda elevam seus gastos em produtos alimentícios. "Quanto maior a renda, maior o consumo de carnes e de produtos mais caros, principalmente dos cortes de primeira. Na mesma situação, a compra de linguiças e mortadela diminui, da mesma forma que os cortes bovinos de segunda e as carnes de aves", afirma a professora da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), Maria Stella B. Lemos de Melo Saab, no estudo. Mudança na cadeia de produção - As alterações nos hábitos dos consumidores é sentida em toda a cadeia produtiva. Eles estão mais atentos a sistemas de rastreabilidade, marcas e rótulos. De acordo com a gerente técnica da Informa Economics FNP, Nadia Alcantara, também em nota, os produtores foram "forçados" a se preocupar mais com questões relacionadas a manejo, genética, alimentação, custos de produção e preços de venda. E a indústria precisa apresentar ao comprador um produto com vantagens em relação ao dos concorrentes. "O crescimento significativo da participação do food service no consumo global requer um rearranjo das estruturas de distribuição e também maiores investimentos em tecnologia", diz Ferraz, da Informa Economics FNP. "Os alimentos têm de ser oferecidos em porções menores e adequados a um público exigente", completa o diretor técnico. De acordo com o especialista, especificamente no caso das indústrias menores, o atendimento a segmentos específicos do mercado pode ser um caminho para a sobrevivência e até para a expansão. Ele acredita que empresas menores têm mais facilidade para adotar um relacionamento mais próximo e aberto com seus fornecedores e são mais flexíveis em termos de produção. Mas, em geral, têm mais dificuldade na mobilização de recursos para investir em novos produtos, diferente das maiores, que adotam estratégias de marketing para a carne bovina. Ainda na avaliação de Ferraz, dificilmente os participantes do mercado conseguirão se manter alheios às mudanças e "terão de se adaptar à nova realidade e desenvolver linhas de produtos de maior valor agregado". Fonte: Agência Estado Compartilhe: Page 1 / 2 Page 2 / 2