Formação do Professor independência e iniciativa para atuar frente a influência televisiva Rosana Muniz de Medeiros – Universidade de Aveiro – UA – [email protected] Joana D’Arc Ferreira de Macedo – Universidade Federal de Alagoas - UFAL – [email protected] Tereza Tânia Cavalcante Silva –Universidade de Aveiro - UA – [email protected] Resumo O objeto principal deste estudo é apresentar uma reflexão sobre práticas na formação do professor com competência para afrontar os desafios impostos pela mídia televisiva quanto à sua influência no processo de aprendizagem infantil. Essa formação docente deverá contemplar uma educação para a mídia de maneira a não querer sacralizá-la nem satanizá-la. Segundo (Abrantes, 1995) “Para que as informações que a televisão fornece às crianças lhes sejam proveitosas, é necessário que aprendam a seleccionar o programa, a situar as emissões no seu contexto e a olhá-las criticamente. É a este nível que não se pode separar a função da televisão da escola: ambas podem perfeitamente caminhar lado a lado e complementar-se, tirando o máximo proveito da sua simbiose”. Essas ações só serão contempladas num contexto escolar quando o corpo docente receber uma formação da importância da educação para a mídia que transcenda a sala de aula e o currículo acadêmico. Tomando por base um estudo desenvolvido junto a crianças da rede municipal de ensino em Maceió-AL, observamos o efeito de um programa na aprendizagem infantil e a necessidade de uma formação específica do corpo docente para atuar frente a essa questão. Palavras-Chave: Formação de professor, educação para a mídia, aprendizagem televisiva. Abstract The object of this study is to present a reflection on practices in teacher education with competence to face the challenges posed by the television media as to its influence on children's learning process. This teacher training should include a media education so as not to want to demonize it or sanctified it. Second (Abrantes, 1995) "For the information that television provides children with them are profitable, they need to learn to select the program, to put emissions into context and look at them critically. At this level you can not separate the function of school television: both may well go hand in hand and complement each other, making the most of their symbiosis. "These actions will only be contemplated in a context when the school staff receive training in the importance of media education that transcends the classroom and academic curriculum. Based on a study conducted with children of municipal schools in Maceió-AL, we observed the effect of a program on children's learning and the need for specific training of staff to perform against this issue. Keywords: Teacher training, media education, television learning. Introdução As mudanças e alterações no mundo globalizado de forma exigente pressionam a educação para uma nova postura ou paradigma educativo. O que antes estava posto servia de modelo, hoje não se sustenta. De acordo com (Nóvoa et al., 1999) “os valores que sustentaram a produção contemporânea da profissão docente caíram em desuso, fruto da evolução social e da transformação dos sistemas educativos; os grandes ideais da era escolar necessitam de ser reexaminados, pois já não servem de norte à acção pedagógica e à profissão docente.” Ao pedagogo, profissional com domínio nas ciências da educação e na docência cabe assumir propostas para uma ação educativa voltadas cada vez mais à potencialização dos indivíduos, conscientes de que boa parte dos conhecimentos adquiridos pelos alunos não são provenientes de ações educativas, ou pelo menos, não são adquiridas nas escolas, atualmente são conhecimentos oriundos dos meios de comunicação de massa, onde a televisão e a internet despontam como um dos mais populares. Para (Abrantes, 1995) “os conhecimentos que os alunos adquirem na televisão são conhecimentos fortemente ligados à sua própria existência; no entanto, uma grande parte dessa informação é mal digerida ou perde-se, ou pior, pode perturbar a criança se o seu modo de utilização não estiver integrado. O que é preciso é discutir o que se viu. É preciso fazê-lo na escola”. (p. 148). Através de um estudo desenvolvido no âmbito do mestrado em ciências da educação, identificamos que crianças moradoras de bairro pobres são facilmente influenciadas e modelam seus comportamentos por meio de uma aprendizagem obtida em programas televisivos. Na questão da modelação através de programas televisivos ou modelação simbólica (Bandura, Azzi, & Polydoro, 2008) referenda que “uma fonte crescente e influente de aprendizagem social é a modelação simbólica global e variada que ocorre por meio da mídia eletrônica. Uma importante vantagem da modelação simbólica é que ela pode transmitir de forma simultânea uma variedade virtualmente ilimitada de informações para uma vasta população em locais bastante diversos.” (p. 20) O que não está assegurado nessa questão é o conteúdo das informações veiculadas por esses meios de comunicação de massa nem tampouco o seu valor ético e compromisso pedagógico formador. Essa, não é uma preocupação dos canais de televisão, pelo menos no Brasil, pois de acordo com (Pfromm, 2001) “no Brasil, distribuidores e programadores de televisão fazem muitas vezes uma espécie de seleção às avessas, oferecendo aos pequenos telespectadores uma programação na qual os maus desenhos animados, os maus programa com atores, a grosseria, a pobreza artística, a estultice, a gritaria, o material de baixa qualidade sob todos os aspectos constituem a regra geral e não a exceção”. (p. 154) Com essa constatação, cabe-nos questionar: até que ponto os cursos de formação de pedagogo/professor estão comprometidos em habilitar e capacitar seus alunos para atuar como agente neutralizador desse processo numa educação para os mídias? Em sua grande maioria, os cursos de Pedagogia no Brasil apresentam-se com a finalidade de formar o profissional de educação para atuar de forma crítica, reflexiva e transformadora no processo pedagógico. Desenvolver a formação para a ação docente na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na Educação Inclusiva e na Educação de Jovens e Adultos além de articular a formação para a docência com a pesquisa e a gestão no espaço educacional e em diferentes organizações sociais. O objetivo desse estudo é analisar a importância de uma educação para a mídia em valores éticos morais como proposta reflexiva aos cursos de Pedagogia oferecidos no Brasil. Pressupomos que essa ação não tem sido valorizada em sua especificidade nesses cursos. Nesse estudo buscou-se aporte em teóricos que transitam pelo tema televisão/aprendizagem e dando continuidade aprofundamos a pesquisa bibliográfica para fundamentar nossa postura frente à necessidade de habilitar o pedagogo/professor para atuar com a educação para a mídia. A relevância do tema escolhido prende-se a um repensar do momento atual, objetivando uma análise de valores sobre o profissional que sai do Ensino Superior para desenvolver suas atividades docentes junto a crianças, jovens e adultos. Metodologia do Estudo Nesse percurso desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica junto a teóricos que abordam o tema televisão e aprendizagem infantil em busca de pistas que pudessem contribuir com uma reflexão sobre o tema. Com base nessa reflexão aprofundamos a pesquisa bibliográfica para fundamentar nossa postura frente à necessidade de habilitar o pedagogo/professor para atuar com a educação para a mídia em valores éticos e morais. Restringimos a nossa abordagem de estudo aos cursos de pedagogia porque esses têm como objetivo principal desenvolver a formação para a ação docente na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na Educação Inclusiva e na Educação de Jovens e Adultos e porque concebemos a pedagogia contemporânea na mesma perspectiva de (Roza, 2008) sustentando que “a pedagogia contemporânea entende que o processo de construção do conhecimento remete à aprendizagem, a uma educação que visa a formação intelectual e cidadã do sujeito, efetivando-se no espaço pedagógico através de processos interativos de reflexão, de discussão e de permanentes questionamentos, de promoção de situações que permitam ao acadêmico mobilizar seus conhecimentos, ressignificá-los e contextualizá-los frente aos novos conhecimentos”. (p. 26) Com essa postura buscamos contribuir reflexivamente com intuito de provocar debates e reflexões sobre a importância de desenvolver uma educação para a mídia nos cursos de Pedagogia no Brasil como forma de capacitar os seus egressos para atuar de maneira consciente frente aos efeitos da televisão na aprendizagem infantil. Aprendizagem Infantil através da Televisão Para discorrer sobre a aprendizagem infantil através da televisão fazemos uso de uma citação de (Ferrés, 1996) quando diz que “a criança aprende por experimentação, por observação e por imitação. Tudo o que não aprende por experiência direta aprende por submissão a uma autoridade ou por imitação de modelos atraentes.” (p. 57) Sem dúvidas, tudo na televisão atraí, seduz e sem muitos esforços acaba provocando uma aprendizagem por imitação conseguindo maior alcance na infância por conta da vulnerabilidade ligada à sua imaturidade. O problema dessa aprendizagem fica por conta de um certo descompromisso com os trâmites pedagógicos na regra dos programas, a qual segundo (Medeiros, 2011) “a regra televisiva é não ter regra. Se a televisão atua combinando estratégias e fórmulas de sedução que a ela se prende através de imagens, sons, cores e um forte apelo emocional, da mensagem oculta só se ver os efeitos, pois fica muito mais fácil a predisposição das crianças em aceitar tudo o que é transmitido pela TV como verdade sem tempo para refletir sobre o que vê, ouve ou sente enquanto assiste a uma determinada programação.” (p. 42) O alcance desse meio de comunicação de massa facilita todo o processo. O aparelho de televisão deixou de ser considerado um simples aparelho eletrônico assumindo o papel de bem material indispensável e desde muito cedo as crianças aprendem a conviver familiarmente com eles. Em (Savater, 2006) encontramos um posicionamento nada favorável quanto a influência televisiva junto às crianças quando esse afirma que “não há nada tão educativamente subversivo como um televisor; longe de mergulhar as crianças na ignorância, como acreditam os ingénuos, fá-las aprender tudo desde o início, sem qualquer respeito pelos trâmites pedagógicos...” (p. 56) O que facilmente percebemos é que cada vez mais os gostos, as ações, os comportamentos e as atitudes das crianças e até dos jovens apresentam-se maciçamente padronizados. (Freire, 2006) corrobora com essa questão quando diz que “nas sociedades massificadas os indivíduos “pensam” e “agem” de acordo com as prescrições que recebe diariamente dos chamados meios de comunicação”. (p. 97) Em sua grande maioria os discursos acadêmicos educacionais voltam-se as necessidades de educar para uma cidadania crítica em que cada educando seja capaz de refletir sobre o que vêem e ouvem através dos meios de comunicação de massa, só assim, terá condições de filtrar as informações recebidas. Para (Lourenço, 2003) “formar um cidadão crítico é dar condições para que ele reflita sobre o que lhe é imposto (o que é apresentado como verdade absoluta) e possa optar pela transformação ou pela manutenção de suas práticas; é torná-lo co-participante desta realidade em transformação.” (p. 121) Na atualidade, já se percebe um certo senso comum na emissão de juízo moral sobre os efeitos da aprendizagem infantil obtida através dos programas televisivos e em sua grande maioria o que tem sido ressaltado é que a televisão modela comportamento, forma hábitos e valores sociais de acordo com os interesses de uma classe dominante. Em (Marx & Engels, 1978) podemos encontrar um posicionamento correlato quanto a interesses nessa divisão de classes quando diz que “toda a sociedade dividida em duas classes é necessariamente idealista: a elite esclarecida dita as normas, e a massa bruta deve segui-las sem discussão.” (p. 35) Quando passamos a analisar alguns programas exibidos nos canais de televisões brasileiros temos a convicção que a classe dominante se mantém com uma situação de alienação das massas, e necessita que estas permaneçam estagnadas, incapaz de pensar e reagir em questões de direitos sociais que permaneçam mais tempo entretidas em reality show, novelas que nas questões políticas de direitos sociais e fundamentais da cidadania. Segundo (Popper & Condry, 2007) com “à inércia das instituições políticas, incapazes de reagir com rapidez, a televisão tornou-se um poder incontrolado, e qualquer poder incontrolado contradiz com os princípios da democracia.” (p. 11) Nesse contexto encaminhamos nossas reflexões sobre a formação do professor em uma educação para a mídia acreditando ser esse o único caminho capaz de neutralizar seus efeitos e desenvolver uma capacidade crítica nos telespectadores. Formação de Professor Necessária para uma Educação Midiática Um dos grandes desafios impostos aos futuros pedagogos/professores em sua formação é reconhecer que o conhecimento não é adquirido em via única, ou pelo menos, não ocorre apenas na escola, provém de pontos e situações diversas, portanto, a aprendizagem se dá de forma individual. Segundo (Kronbauer & Simionato, 2008) “de uma formação recebida para trabalhar com públicos homogêneos, o professor passa a trabalhar com grupos cada vez mais heterogêneos,…” (p. 5-6) E é no campo de atuação, na sala de aula que os professores constatam o quanto seus alunos estão impregnados de conhecimentos dos meios de comunicação de massa, especialmente da televisão. É comum encontrarmos crianças e jovens utilizando cortes e cor de cabelos idêntico aos personagens das telenovelas, adotar vestimentas que os identifique e apresentar linguagem, comportamento igualmente idênticos as representações dos mesmos. Na sua grande maioria, nem sempre esse aprendizado corresponde a um modelo socialmente aceitável. Percebemos comportamentos de rebeldia, desinteresse e agressividade. Além de uma enorme apatia e até um certo desprezo quando as atividades educacionais encaminham-se à formação de valores e respeito ético/moral. Cabe a escola, portanto, ao professor a tarefa de conduzir para uma reflexão crítica esse aprendizado. Segundo (Mercado, 2000) “É papel da escola possibilitar o desenvolvimento da inteligência, criatividade e da capacidade de tomar decisões, com autonomia e independência; que oriente os seus alunos para que eles aprendam a aprender, adquirindo livre acesso às informações disponíveis através dos meios de comunicação...” (p. 71) Toda essa situação só vem comprovar a necessidade de uma educação para a mídia, a qual pode ser referendada em (Santos, 2003) que diz. “A educação para os media e a educação para a cidadania democrática convergem, pois, para a criação de um conjunto de valores que incluem a tolerância, a solidariedade, a compreensão, o respeito pelo outro e a multiculturalidade.” (p. 58) Diante dessas necessidades cabe a pergunta: Em que aspecto as Instituições de Ensino Superior estão capacitando seus alunos para atuar de maneira eficiente na educação para a mídia, ou qual o conceito de profissional pedagogo/professor para essas Instituições? Para (Sacristán, 1999) significa dizer que “o conceito de profissionalidade docente está em permanente elaboração, devendo ser analisado em função do momento histórico concreto e da realidade social que o conhecimento escolar pretende legitimar; em suma, tem de ser contextualizado”. (p. 65) É portanto, necessário reexaminar a prática de formação docente em sua especificidade. Ao que (Freire, 1993) complementa quando diz que “a melhora da qualidade da educação implica a formação permanente dos educadores. E a formação permanente se funda na prática de analisar a prática. (p. 72) É preciso pois analisar a prática que fundamenta essa formação. Esses cursos avançaram a largos passos em inovações e conhecimentos na atualidade, observa-se alunos em tenras idades utilizando as novas tecnologias – muitas dessas aprendidas nas escolas. O que está ausente nessa formação é um aprendizado voltado ao necessário olhar midiático e que esse olhar possa estar conectado aos valores éticos morais ao respeito a si e aos outros, a reflexão crítica sobre o que vê e o que ouve através dos ecrãs das TVs, da valorização de uma cultura local e do respeito a uma cidadania global. Ao que (Perrenoud, Thurler, Macedo, Machado, & Alessandrini, 2002) contribui nos dizendo que “A formação dos professores deveria ser orientada para uma aprendizagem por problemas para que os estudantes se confrontassem com experiência da sala de aula e trabalhassem a partir de suas observações, surpresas, sucessos e fracassos, medos e alegrias, bem como de suas dificuldades para controlar os processos de aprendizagem e as dinâmicas de grupos ou os comportamentos de alguns alunos”. (p. 22) É necessário que esse profissional desenvolva também esse olhar crítico reflexivo sobre os meios de comunicação. Em (Abrantes, 1995) encontramos a seguinte afirmação “para que as informações que a televisão fornece às crianças lhes sejam proveitosas, é necessário que aprendam a seleccionar o programa, a situar as emissões no seu contexto e a olhá-las criticamente. É a este nível que não se pode separar a função da televisão da escola: ambas podem perfeitamente caminhar lado a lado e complementar-se, tirando o máximo proveito da sua simbiose.” (p. 27) Para que isso ocorra, é necessário que o professor ouse investir num diferencial de atuação com competência necessária para desmistificar o que está oculto nas mensagens, nas publicidades, na programação jornalística, nas telenovelas, filmes etc. E tudo isso deve ser exercitado em sua formação. De acordo com (Perrenoud, 2000) “quando há um coletivo forte em nível de instituição, com um andamento de projeto, é relativamente fácil definir necessidades de formação conectadas ao projeto comum”. É preciso que as Instituições de Ensino Superior induzam uma formação inicial dos pedagogos com esse cariz reflexivo da educação para a mídia, pois, esse meio de comunicação tem sido um competente formador de opiniões. Considerações Finais O presente estudo, desenvolvido a partir de uma necessidade constatada em pesquisa anterior, revela que a formação do professor/pedagogo do ensino superior deve estar também conectada aos conhecimentos e aprendizagens desenvolvidas através dos meios de comunicação de massa. Urge que haja uma preparação adequada a nível de Instituição de Ensino Superior para que esse profissional obtenha uma formação de educação para a mídia que o capacite a atuar com a necessária competência que a profissão exige. O desafio proposto a esse profissional será o de desenvolver além do novos conhecimentos a autonomia em seus alunos, fomentar a criticidade reflexiva para interpretar o que está oculto nas entrelinhas das mensagens, das imagens e da verbalização em toda e qualquer programação assistida. Para (Nóvoa, et al., 1999) esse desafio tem o significado de que “os professores têm de reencontrar novos valores, que não reneguem as reminiscências mais positivas (e utópicas) do idealismo escolar, mas que permitam atribuir um sentido à acção presente”. Não podemos fechar os olhos a essa influência obtida através dos meios de comunicação de massa, não dá para fingir que as Instituições de Ensino Superiores não precisam adentrar a esse nível de questão. É fundamental que o professor absorva essa concepção que segundo (Carlsson & Feilitzen, 2002) “a educação para a mídia não pode, de acordo com os direitos da criança, basicamente objetivar apenas proteger as crianças de certos conteúdos da mídia, injetando nelas certos princípios e opiniões que lhes ensinem dissociar-se do seu mau conteúdo da mídia e selecionar o de boa qualidade. Tampouco deveria a educação para a mídia objetivar ensinar as crianças a desconstruir as mensagens e ver através do poder, isto é, compreender de quem e com quais objetivos as mensagens são transmitidas”. (p. 27) A educação para a mídia é uma necessidade, formar professores com competência necessária para atuar frente a essa influência é papel das Instituições formadoras. Cabe a estas, articular um projeto educacional de educação para a mídia, com definição de uma didática visando objetivos, pressupostos e as temáticas que junto aos interesses e expectativas do aluno será definida. É importante que a televisão possa fazer parte da sala de aula com tudo o que ela apresenta em sua programação diuturna e que os futuros professores aprendam a decodificar a sua mensagem na sua formação educativa para construção da aprendizagem de seus futuros educandos. Sem essa formação específica, o professor não terá condições de resolver problemas cuja complexidade excede sua competência. Referências Bibliográficas Abrantes, J. C. (1995). A imprensa, a rádio e a televisão na escola. In J. C. Abrantes, C. Coimbra & T. Fonseca (Eds.), A escola e os media 2 (1a ed.). Lisboa: Instituto de Inovação Educacional. Bandura, A., Azzi, R. G., & Polydoro, S. (2008). Teoria social cognitiva: conceitos básicos (R. C. Costa, Trans.). Porto Alegre: Artmed. Carlsson, U., & Feilitzen, o. C. v. (2002). A CRIANÇA E A MIDIA: Imagem, Educação, Participação. São Paulo: Cortez. Ferrés, J. (1996). TELEVISÃO E EDUCAÇÃO (B. A. Neves, Trans.). Porto Alegre: Artes Médicas. Freire, P. (1993). 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