O que nos ensinam problemas matemáticos onde falha a intuição ou que apresentam enunciados mal formulados Paulo R. Trales Departamento de Análise, IM – UFF e-mail : [email protected] Mônica Debossam B. Azevedo Especialização em Matemática, IM – UFF e-mail : [email protected] RESUMO ao ensino do conteúdo programático ao qual esteja relacionado. Uma preocupação atual dos países mais avançados reside na melhoria e modernização dos processos de ensinoaprendizagem, com ênfase especial para a matemática. Há uma necessidade crescente em se preparar melhor cada criança e cada jovem para os desafios de competividade que o futuro trará para a pesquisa tecnológica. Nesse sentido, a utilização de novas estratégias para o aprimoramento continuado do professor de matemática deve ser tarefa imperiosa e constante. Apresentamos no presente estudo, uma dessas estratégias procurando ser « práticos », ou seja, trabalhando em questões matemáticas cotidianas onde falha a intuição, ou que apresentem enunciados mal formulados, e onde nenhuma dessas características seja detectada com facilidade. Esses tipos de problema conduzem, na maioria das vezes, a resultados errôneos e que criam dúvidas, mesmo quando o raciocínio matemático desenvolvido está correto. Procuramos daí extrair, então, ensinamentos tentando mostrar que quando um problema matemático nos induz a erros de forma sistemática, ao ser estudado em detalhes, pode, na verdade, se transformar num valioso instrumento didático e num forte aliado Referências [1]Calderón, A. P. « Reflexiones sobre el Aprendizaje y Enseñanza de la Matemática », XXXVI Reunión Anual Matemática Argentina, pp.80-88 (1986) [2]Eves, H. « Introdução à História da Matemática », Editora da UNICAMP, Campinas (1997) [3]Souza, Júlio César de Mello, « Matemática Divertida e Curiosa », Rio de Janeiro, Record (2000) [4]Tahan, M. « O Homem que Calculava », Editora Record, Rio de Janeiro (1989) [5]Trales, P.R. « A Universidade Vai à Escola », Revista do Decanato de Extensão da Universidade de Brasília, Edição Especial da SBPC, no. 7, pp. 3536 (2000) [6]Trales, P. R. « Sobre as Hipóteses e Conjecturas da Matemática », VII ENEM, UFRJ (2001) 460