Eleições Triénio 2007-2010 A escolha dos novos Órgãos Sociais Com o aproximar da data das eleições para os novos corpos sociais da Ordem dos Farmacêuticos, foi solicitado aos representantes das várias candidaturas que se apresentam a sufrágio um conjunto de respostas sobre as suas motivações e projectos. Ao longo das próximas páginas poderá ficar a conhecer as respectivas opiniões e formular a sua escolha para o próximo dia 21 de Junho N o dia 21 de Junho de 2007 os farmacêuticos vão escolher um novo conjunto de representantes da profissão. As eleições para o triénio 2007-2010 envolvem, simultaneamente, a escolha de novo Bastonário e Órgãos Nacionais da Ordem dos Farmacêuticos – Assembleia Geral, Vogais da Direcção Nacional e Conselho Jurisdicional Nacional –, dos Órgãos Regionais de Coimbra, Lisboa e Porto – Assembleia Regional, Direcção Regional, Conselho Jurisdicional Regional e Conselho Fiscal Regional – e dos Conselhos dos Colégios de Especialidade da Ordem dos Farmacêuticos – Análises Clínicas, Assuntos Regulamentares, Farmácia Hospitalar e Indústria Farmacêutica. Ao todo apresentam-se a sufrágio mais de uma centena de colegas distribuídos pelas diversas listas candidatas aos vários órgãos sociais da Ordem dos Farmacêuticos. A nível nacional, a instituição será, pela primeira vez na sua história, liderada por uma Bastonária: Filomena Cabeça, pela Lista A, ou Irene Silveira, pela Lista B. As escolhas a nível regional também recaem sobre duas listas em Coimbra – encabeçadas por Francisco Batel Marques, na Lista E, e por António Rodrigues Antunes, na Lista F, – e em Lisboa – António Marques da Costa, pela Lista I, e João Pedro Pissarra Mendonça, pela Lista J. Na Secção Regional do Porto apresentaram-se três listas candidatas aos órgãos regionais – Franklim Mar- ques, na Lista M, por José Mingocho Correia, na Lista N, e por Florentina de Menezes Nogueira, na Lista O. De igual modo, decorrerá também a eleição dos Conselhos dos Colégios da Especialidade da Ordem dos Farmacêuticos, embora nestes casos se apresentem a sufrágio listas únicas – no Colégio de Análises Clínicas a Lista A é presidida por Franklim Marques; no Colégio de Assuntos Regulamentares a Lista A é encabeçada por Manuela Machado; no Colégio de Farmácia Hospitalar a Lista A é liderada por Olga Freitas; e no Colégio de Indústria Farmacêutica a Lista A presidida por Nuno Moreira –, sendo todas elas continuidade dos actuais Colégios de Especialidade. Tal como foi mencionado nas Circulares Eleitorais enviadas a todos os farmacêuticos, apenas poderão participar na escolha dos novos representantes, e fazer parte Questões colocadas às candidatas a Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos 1. Qual a sua motivação para avançar com uma candidatura a Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos? 2. Quais os princípios que nortearam a composição da equipa que apresenta? 3. Qual a sua opinião sobre as propostas incluídas no programa do actual Governo e sobre o Orçamento de Estado para 2007, nomeadamente no que ao sector da saúde diz respeito? 4. Quais os principais problemas que se colocam à profissão farmacêutica e que intervenções são essenciais para os enfrentar? 5. O mandato que agora termina conclui a regulamentação do Estatuto da OF, aprovado em 2001. Qual a avaliação que faz da implementação da Revalidação da Carteira Profissional e da acreditação de licenciaturas? ROF 77 6 6. Quais as prioridades que defende para a Ordem dos Farmacêuticos durante o triénio 2007-2010? 7. Quais as áreas profissionais que merecem uma maior atenção e porquê? 8. Quais as linhas mestras do seu programa de candidatura e que propostas concretas tem para apresentar aos farmacêuticos? dos Cadernos Eleitorais, os membros da Ordem dos Farmacêuticos que até ao dia 11 de Maio de 2007 tinham as quotas referentes ao 1.º trimestre de 2007 regularizadas. Para exercer o direito de voto, a Ordem dos Farmacêuticos disponibiliza dois métodos distintos para escrutínio dos novos Órgãos Nacionais e Regionais: por correspondência, seguindo as Instruções de Voto que acompanham os Boletins de Voto enviados aos eleitores, ou presencialmente, na Sede e Secções Regionais da Ordem dos Farmacêuticos. A votação para os Conselhos dos Colégios de Especialidade é restrita aos respectivos membros, podendo também ser efectuada por correspondência ou presencialmente na Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, em Lisboa. Questões aos cabeças de lista Como forma de dar a conhecer aos membros da Ordem dos Farmacêuticos todas as candidaturas aos órgãos sociais da instituição, a Revista da Ordem dos Farmacêuticos solicitou, de forma paritária, a resposta a um mesmo conjunto de questões às duas candidatas a Bastonária e também aos candidatos à Presidência das Secções Regionais Ordem dos Farmacêuticos. Aos candidatos a Presidentes dos Conselhos dos Colégios de Especialidade da Ordem dos Farmacêuticos foi pedido um breve depoimento sobre os projectos que apresentam a sufrágio. A todas as candidaturas foram assim asseguradas as mesmas condições para apresentação dos seus pressupostos eleitorais, tendo sido transmitidos exactamente os mesmos critérios de publicação. As respostas, ilustrações e legendas são da exclusiva responsabilidade de cada candidatura no formato em que a remeteram. Questões colocadas aos candidatos a Presidente das Secções Regionais da Ordem dos Farmacêuticos 1. Qual a sua motivação para avançar com uma candidatura à presidência da Secção Regional? 2. Que propostas tem para apresentar aos farmacêuticos ao nível dessa Secção Regional? 3. Que contributo apresentará essa Secção Regional para a profissão a nível nacional? Listas e Candidatos Bastonário e Órgãos Nacionais Lista A Lista B Mesa da Assembleia Geral Nacional José Manuel Correia Neves Sousa Lobo – Presidente Pedro José Soares Cruz – 1.º Secretário Armando Cerezo Granadeiro Vicente – 2. Secretário Mesa da Assembleia Geral Nacional António Proença Mário Augusto da Cunha – Presidente Paulo Jorge Pereira Viana Arriscado – 1.º Secretário Maria Adelina Coelho da Costa Peça Amaral Gomes – 2.º Secretário Bastonária Maria Filomena Leal Cabeça Bastonária Maria Irene Oliveira Costa Bettencourt Noronha da Silveira Vogais da Direcção Nacional António Carlos da Silva Cardoso Helena Maria Martinho Lopes Cláudio Joaquim Fausto D. de Almeida Ferreira Vogais da Direcção Nacional Elisabete Mariana Martins Mota Faria Carlos Alberto do Couto Marques Pedro Alexandre de Matos Barosa Conselho Jurisdicional Nacional Ana Maria Lino Pinheiro Crispim José Joaquim Roque Diamantino Fernando Aires Miranda Conselho Jurisdicional Nacional Fernando Jorge dos Ramos Maria Aurora Carranho Mafalda Maria de Fátima Silva Neutel Aresta Guerreiro ROF 77 7 Eleições Secção Regional de Coimbra Lista E Lista F Mesa da Assembleia Regional de Coimbra Maria Margarida Duarte Ramos Caramona – Presidente Rute Isabel Ramos Cavaco Salvador – 1.º Secretário Paulo João Pires dos Santos Soares – 2.º Secretário Mesa da Assembleia Regional de Coimbra Maria Helena da Silva da Costa Neves Correia Amado – Presidente Edite Maria Relvas das Neves Teixeira de Lemos – 1.º Secretário Maria José Saraiva de Almeida – 2.º Secretário Presidente da Direcção Regional de Coimbra Francisco Jorge Batel Marques Presidente da Direcção Regional de Coimbra António Rodrigues Antunes Vogais da Direcção Regional de Coimbra Paulo António Seco Moreira da Fonseca Maria Angelina Esteves Martins Maria Mafalda Godinho Tomaz Ana Costança Senos Fonseca Picado Vogais Direcção Regional de Coimbra Isabel Maria dos Santos Sá Morais Rodrigues Videira Lopes Maria Celene da Silva Sousa Sargento Joana Gaspar Matos de Almeida Coragem Gonçalo Moniz Macedo Conselho Jurisdicional Regional de Coimbra Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira Maria Natália Pereira Valinha José António Lopes Feio Conselho Jurisdicional Regional de Coimbra Maria Carmelina da Rocha Gonçalves Maria João Coelho Tavares Madeira Grilo Marina dos Santos Pinto Leal Conselho Fiscal Regional de Coimbra Humberto Antunes Gameiro César Augusto Morais de Pinho Vladimiro Jorge da Cruz Rodrigues da Silva Conselho Fiscal Regional de Coimbra Carlos Veríssimo Poças Santos Teresa Maria Batista Ramalho Paulo Jorge da Silva Monteiro Secção Regional de Lisboa ROF 77 8 Lista I Lista J Mesa da Assembleia Regional de Lisboa Francisco José Guerreiro Gomes – Presidente Artur Guevara Fialho – 1.º Secretário Maria da Graça Pardelhas Almeida Brazão Santos – 2.º Secretário Mesa da Assembleia Regional de Lisboa Isaura de Almeida Gonçalves Martinho – Presidente José Marcelino Galvão Castello-Branco Gouveia Marques – 1.º Secretário Joana de Almeida Simão da Cruz – 2.º Secretário Presidente da Direcção Regional de Lisboa António José Teixeira Marques da Costa Presidente da Direcção Regional de Lisboa João Pedro Pissarra Mendonça Vogais da Direcção Regional de Lisboa João Luís Vaz de Paiva João Paulo Cristóvão Martins Maria Gabriela Onofre Lopes Moura Plácido Maria Júlia Gabriel Caramujo Vogais da Direcção Regional de Lisboa Paula Cristina Simões Velasco Coelho Maria Amélia de Jesus Ribeiro Correia Frade Maria José Sequeira Leitão de Justo José Mário Ribeiro da Silva dos Santos Miranda Conselho Jurisdicional Regional de Lisboa Maria Eugénia Trindade Santiago Aranda da Silva Ana Cristina dos Santos Moreira Ana Paula Marques Esteves Santos Amorim Conselho Jurisdicional Regional de Lisboa Maria Augusta Mendonça Santos Soares Jorge Manuel da Silva Barbosa Jorge Manuel Gonçalves Martinho Conselho Fiscal Regional de Lisboa Francisco José dos Santos Braz de Castro Carminda Maria Bento Martins Henrique José Mateus Santos Conselho Fiscal Regional de Lisboa Manuel Eduardo Albuquerque Teixeira de Figueiredo João Maria de Tovar Chaves Helena Maria Silvestre Vieira Fetal Secção Regional do Porto Lista M Lista N Lista O Mesa da Assembleia Regional do Porto António da Rocha e Costa – Presidente Pedro Miguel Barata de Silva Coelho – 1.º Secretário Maria Inês Paupério Ribeirinho Machado de Azevedo Nicolau – 2.º Secretário Mesa da Assembleia Regional do Porto Maria Clara Pereira de Sá Miranda – Presidente Maria Cláudia de Sousa F. Cunha da Mota – 1.º Secretário Gustavo José Lima Rosa dos Santos Vidal – 2.º Secretário Mesa da Assembleia Regional do Porto Maria Eduarda Carvalho Ferreira – Presidente Bruno Filipe Carmelino Cardoso Sarmento – 1.º Secretário Lúcia Conceição Alves Mota Rio Marques – 2.º Secretário Presidente da Direcção Regional do Porto Agostinho Franklim Pinto Marques Presidente da Direcção Regional do Porto José Alberto Mingocho Pinto Correia Presidente da Direcção Regional do Porto Maria Florentina Pereira de Menezes Nogueira Vogais da Direcção Regional do Porto Susana Maria Gonçalves Fraga Susana da Silva Quelhas Sampaio Maia Hélvio Manuel Gonçalves Bastos João Manuel Chaves Ribeiro Vogais da Direcção Regional do Porto João Alberto de Castro Correia da Silva José Augusto de Castro Silveira Ferreira Pedro Manuel Lourenço Campos Mary Conception Fecha Duro Vogais da Direcção Regional do Porto Fernando Jorge Marques Gonçalves Maria de Fátima de Sousa e Silva Teófilo Cardoso de Vasconcelos Sérgio Javier Marques Soares Conselho Jurisdicional Regional do Porto Natércia Aurora Almeida Teixeira Maria Luísa Lobo Graça Nuno Jorge Almeida Ferreira Guimarães Conselho Jurisdicional Regional do Porto Maria Elisa de Barbosa Sousa Monteiro Emília Rosa da Silva Patrício Alexandra Maria Nobre Moreira Conselho Jurisdicional Regional do Porto Maria Manuela Pinto dos Santos Silva Hélder Bruno Freitas da Silva Joana Vicente dos Santos Menezes Lopes Conselho Fiscal Regional do Porto João Carlos Figueiredo de Sousa Vera Marisa Freitas Costa João Paulo Lobo de Sena Carneiro Conselho Fiscal Regional do Porto Joaquim Filipe Teixeira dos Santos Cigarro João Jorge de Castro Barbosa Miguel Ângelo dos Santos Silva Soares Conselho Fiscal Regional do Porto Paulo Miguel Rebimbas Horta Carinha Maria Angela Gonçalves Rocha de Aragão Zilda Manuela Moreira Pinto Conselhos dos Colégios de Especialidade Farmácia Hospitalar Lista A Lista A Agostinho Franklim Pinto Marques – Presidente António Rocha e Costa Maria Helena Farrajota de Sousa Viegas Rui Manuel Amaro Pinto Luísa Maria Rebelo de Almeida Espinhaço Nelson do Amaral Pina Tiago Sónia Raquel Mota Faria Olga Manuela Meireles de Freitas – Presidente Elisa Nunes Rodrigues Dinis Jorge da Silva Ana Cristina Vicente Seabra Cardoso Teles Maria Helena Alves Farinha Martins Regina Maria Mendes F.D. Lourenço Maria da Piedade de Jesus Monteiro Vicente Ana Maria Pita Bernardes M.G. Ferreira Assuntos Regulamentares Indústria Farmacêutica Lista A Lista A Manuela Paula Machado Dionísio – Presidente Ana Isabel Reis Sobral Dina Teresa Gomes Duarte Caldeira Fernanda Maria Gonçalves Aragão Aleixo Maria Antonieta Alves Malho Lucas dos Santos Nuno Alexandre Serra Martins Pedro José dos Santos Pedroso Pinheiro de Freitas José Nuno Guimarães Marinho Moreira – Presidente Paulo Jorge Correia de Oliveira Aguiar Maria José Toscano Fonseca Maria João Ribeiro Tavares Maria Paula Azevedo Teixeira Paulo Alexandre de Araújo Loureiro Amaral Paulo Manuel Candeias Farinha Roberto 77 ROF Análises Clínicas 9 Eleições Bastonário e Órgãos Nacionais da Ordem dos Farmacêuticos LISTA A – Uma Ordem para intervir LISTA A, com candidatos a presidentes das Secções Regionais e alguns dos mandatários desta Lista na apresentação pública da candidatura FILOMENA CABEÇA 1. Esta candidatura surge no contexto e motivação ajustados à situação actual da profissão farmacêutica. Não é uma expressão de ambição pessoal, surgindo antes do sentido de responsabilidade e coerência de uma equipa que se reviu num novo quadro de intervenção da Ordem dos Farmacêuticos. Assumo com empenho este desafio de representar um projecto que tem uma equipa coesa, com propostas concretas e com inovação e dinâmica para a nossa profissão. Apostamos na coerência, credibilidade e mobilização. Candidatamo-nos a um mandato de futuro, considerando as eleições de 21 de Junho como a primeira etapa de uma vitória para todos os farmacêuticos. ROF 77 10 2. A representação dos farmacêuticos portugueses exige que sejam convocados os mais qualificados e competentes, com a garra e energia essenciais aos desafios da profissão. A equipa que apresentamos tem claras mais-valias e destaca- dos colegas de todas as áreas da profissão, representativos de todo o País, com a diversidade, qualidade e competência inquestionáveis. Somos consequentes e apoiamos candidaturas em todas as secções regionais (Lista E: Coimbra; Lista I: Lisboa e Lista N: Porto). 3. O programa da saúde do actual Governo é, de forma alargada, um programa coincidente com muitas das propostas dos farmacêuticos. De facto, os farmacêuticos portugueses são aliados de reformas estruturais (prescrição por DCI, revisão de comparticipações, prescrição electrónica, Plano Nacional de Saúde, qualidade em saúde, reorganização cuidados primários, revisão de convenções, novas carreiras hospitalares, ganhos em saúde) Curiosamente, as grandes divergências políticas aparecem em medidas que não constam do programa eleito pelos Portugueses (MNSRM fora de farmácias, liberalização de farmácias, aumento de custos para os doentes), cujo impacto é negativo no sistema de saúde e equidade dos cidadãos. Há uma preocupante deriva em função de metas contabilísticas, sem cuidar do seu efeito perverso no médio prazo para a saúde de todos os portugueses. O próprio OE para 2007 mantém na saúde uma pressão no racionamento dos meios e recursos ao invés de apostar em medidas estruturantes e decisivas para a sustentabilidade do SNS. Apesar dos bons resultados financeiros que se apregoam, não está assegurada a eficiência e racionalidade do sistema de saúde e existem sérias ameaças de degradação da qualidade dos cuidados prestados. O OE impõe também medidas desproporcionadas de sacrifícios na área do medicamento, com penalização substancial das farmácias e distribuição farmacêutica. É necessária uma nova agenda na saúde que coloque os cidadãos como beneficiários, os profissionais de saúde como parceiros, apresente medidas estruturais e assuma o SNS como peça essencial no sistema de saúde. 4. A profissão farmacêutica tem pela frente um conjunto de desa- 5. A profissão farmacêutica tem trilhado um caminho de vanguarda nestas matérias. A acreditação de licenciaturas colocou em diálogo ensino e profissão com novas ambições comuns. Temos agora de trabalhar nas adaptações do Processo de Bolonha e reforçar este relacionamento entre os profissionais e a universidades, no âmbito pré e pós-graduado. A Revalidação da Carteira Profissional coloca farmacêuticos portugueses na liderança de um percurso inevitável nas sociedades desenvolvidas. Temos de trabalhar no reforço do processo com uma reavaliação positiva orientada pelos fundamentos e objectivos estruturais, com referência a padrões internacionais. É essencial maior inclusão para todos os farmacêuticos, melhorar a acessibilidade (económica e geo- Filomena Cabeça no acto de apresentação da sua candidatura a Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos gráfica) e maior celeridade nas respostas. Começamos a ver interesse, e algumas iniciativas similares, por parte de outras profissões regulamentadas. Os farmacêuticos continuarão orgulhar-se de serem os únicos com a transparência de demonstrar publicamente a sua actualização profissional. Este é um caminho de futuro, apesar das dificuldades inerentes a esta revolução profissional, com milhares de farmacêuticos comprometidos e activos neste processo. O esforço individual, e mesmo sacrifício, de todos os farmacêuticos merece assim ser recompensado com a consolidação e a melhoria deste processo. Não contem connosco para injustiçar os muitos que têm trabalhado arduamente ou beneficiar os poucos que procuram divisões ou o comodismo e com uma visão retrógrada da profissão. 6. A Ordem dos Farmacêuticos tem de reforçar intervenções externas e internas. Externamente a profissão tem de aparecer mais, ser mais decisiva e influente. Temos de falar directamente para a sociedade e demonstrar o muito que os farmacêuticos representam para o sistema de saúde. Naturalmente que esta intervenção não substitui a continuidade de um intenso trabalho de diálogo institucional com todos os decisores políticos e parceiros da saúde. Internamente temos de repensar a forma como nos organizamos e como envolvemos toda a profissão nas respostas necessárias. Os re- presentantes têm de ser os primeiros a mobilizar e envolver os farmacêuticos para a primeira linha do debate em saúde no nosso país. Para tal temos um conjunto de propostas concretas que ganham uma dimensão própria em cada área de actividade. Não nos limitamos a apresentar propostas vagas e dispersas (ou populistas), pois temos uma visão de conjunto para toda a profissão e áreas de actividade. Apostamos na modernidade e na vanguarda de uma profissão que, reconhecendo os méritos e sucessos do passado, tem de colocar os dois pés no futuro. Temos de repensar a forma como as especializações contribuem para a diferenciação em toda a profissão. Temos de reagir, mas também de agir e ter respostas no médio prazo. Por exemplo, com o projecto “farmacêuticos 2020” pretendemos, em 2010, antecipar uma década em relação ao posicionamento da profissão. 7. Há fortes tensões no âmbito da farmácia comunitária que exigirão respostas imediatas no início do mandato 2007-2010. É pública a intenção de propor alterações para as quais a Ordem terá de emitir uma posição consistente e desenvolver mecanismos de resposta imediata, sem abdicar da frontalidade ou incómodo perante medidas negativas. Mas também propostas que contrariem tendências negativas na saúde e apostem mais nos farmacêuticos: a indefinição nas análises clínicas sem um rumo cla- 77 ROF fios que são dificuldades e oportunidades. A profissão tem sido fustigada com um conjunto de críticas injustas e sem aderência à excelente reputação dos farmacêuticos na sociedade. As medidas anunciadas (como a liberalização das farmácias) não demonstram sequer uma vantagem objectiva, não defendem o interesse público ou vantagens para o Estado e doentes. Baseiam-se em preconceitos de suposta modernidade, contrários à sua posição oficial da maioria dos países europeus. Este “ataque” cego é prejudicial para o País e contará sempre com a viva oposição dos farmacêuticos. Não é apenas contra os farmacêuticos: é um ataque à qualidade dos cuidados de saúde e aos interesses dos doentes. Contudo, os momentos de tensão são também adequados para novas propostas e soluções. Temos de dar a volta por cima, apresentar soluções e exigir o reconhecimento que merecemos. Vamos trabalhar na redefinição da farmácia comunitária, na reconfiguração de convenções em análises clínicas, na reorganização dos cuidados primários e hospitalares e nas novas carreiras públicas, entre outros temas decisivos. Manteremos o hábito histórico dos farmacêuticos: fazer parte da solução! 11 Eleições Resumo Curricular cêuticos (PAGEF) e o Curso Avançado de Liderança da Universidade Católica, bem como uma pós-graduação em Gestão de Instituições de Saúde (PADIS) da AESE – Escola de Direcção e Negócios. A candidatura à Direcção Nacional pela Lista A fica completa com uma equipa coesa de farmacêuticos com sólidas competências técnico-científicas e elevada experiência de representação: Filomena Cabeça A Dra. Filomena Cabeça é membro da actual Direcção da Ordem dos Farmacêuticos, pelo segundo mandato consecutivo. Foi também Presidente do Conselho do Colégio da Especialidade em Farmácia Hospitalar e vogal da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos. Licenciada pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e especialista em Farmácia Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos, é actualmente Directora dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, sendo igualmente membro da Comissão de Farmácia Terapêutica, Comissão de Antibióticos, VicePresidente da Comissão de Ética e consultora da Comissão de Controlo de Infecção Hospitalar. Ao nível pós-graduado, detém sólida formação em Gestão e Liderança, através da realização do Programa Avançado de Gestão para Farma- ROF 77 12 ro à mercê da verticalização económica, o atraso na implementação da Carreira Farmacêutica ou a falta de acesso de farmacêuticos em funções hospitalares para as quais são necessários e qualificados, a valorização e visibilidade farmacêutica na indústria e distribuição ou nas áreas regulamentares e o ensino e investigação, a par com análises relevantes para a saúde pública (bromatológicas, hidrológicas e toxicológicas). Não pouparemos esforços para representar todos os farmacêuticos, procurando a oportunidade e o momento adequado para a visibilidade da profissão. A Dra. Helena Martinho é a actual Presidente do Grupo Profissional de Farmácia de Oficina e vogal da Direcção da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos. Com diversas experiências profissionais, nomeadamente como docente e farmacêutica hospitalar, é actualmente Directora Técnica e proprietária da Farmácia Central de Almeirim. Licenciou-se pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa onde desempenhou também funções de assistente. A sua forte intervenção em Farmácia Comunitária envolveu também a sua participação em diversos projectos profissionais de que se destacam as funções de membro e monitora do Grupo de Boas Práticas de Farmácia. Universidade de Lisboa e especialista em Análises Clínicas pela Ordem dos Farmacêuticos, tem desempenhado diversas funções diferenciadas no âmbito de laboratórios de análises clínicas. Actualmente é Director Técnico do Laboratório Joaquim Chaves e membro do Conselho Científico da Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos (ANL). Com especialização em Biologia Molecular em Itália, é também autor e coautor de mais de 100 trabalhos científicos publicados, leccionando em curso de especialização e pósgraduação em Análises Clínicas. O Dr. Carlos Cardoso é actualmente vogal da Direcção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos possuindo vasta experiência em Análises Clínicas. Licenciado pela Faculdade de Farmácia da O Dr. Joaquim Fausto é membro da actual Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, sendo também o Presidente do Conselho para a Qualificação e Admissão. É igualmente responsável pelo pelouro do Marketing Farmacêutico. Para além de experiência autárquica, acumula uma larga experiência associativa no sector farmacêutico e pertenceu ao Grupo Profissional de Distribuição Grossista durante três mandatos a convite dos Bastonários, Dr. João Silveira e Dr. Aranda da Silva. Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia do Porto, onde desempenhou também funções de monitor. Possui também o MBA em Marketing da Escola de Gestão Empresarial do Porto. Actualmente desempenha funções de administração no sector da distribuição farmacêutica. 8. As propostas que apresentamos aos farmacêuticos centram-se em 8 convergências estratégicas cuja aposta e reforço é vital para a profissão: coesão farmacêutica, novo exercício farmacêutico, regulação profissional, notoriedade farmacêutica, visibilidade da OF, representação profissional, diferenciação profissional e envolvimento dos jovens farmacêuticos. Articulamos estes princípios com acções concretas e direccionadas para a farmácia comunitária, as análises clínicas, a farmácia hospitalar, a indústria farmacêutica, os assuntos regulamentares, a distribuição farmacêutica, o ensino e investigação, o marketing farmacêutico e as análises alimentares, hidrológicas e toxicológicas, sem descurar áreas emergentes onde o farmacêutico pode, e deve, afirmar-se. Partimos da necessidade de planear, discutir e decidir sobre muitos aspectos da nossa profissão para reinventar a forma como nos posicionamos na sociedade. A exaustividade desta abordagem será distribuída a todos os farmacêuticos e pública em www. filomenacabeca.com. Em suma, temos uma ambição muito clara para a profissão: “uma Ordem para intervir”! Eleições Bastonário e Órgãos Nacionais da Ordem dos Farmacêuticos LISTA B – Pela Mudança! Dra. Florentina Menezes (candidata a Presidente da SRP – Lista O), Dr. Carlos Marques (candidato a vogal da D. Nacional – Lista B), Prof. Irene Silveira (candidata a Bastonária Lista B), Dra. Elisabete Faria (Candidata a vogal da D. Nacional – Lista B), Dr. João Mendonça (candidato a Presidente da SRL -– Lista J) e Dr. António Antunes (candidato a Presidente da SRC – Lista F) IRENE SILVEIRA ROF 77 14 1. A minha motivação principal é querer levar à MUDANÇA da nossa Ordem. A decisão de me candidatar foi o culminar de um processo de maturação e de reflexão, durante o qual avaliei o contributo e a mais valia que posso aportar ao prestígio da Ordem enquanto organismo regulador do exercício da profissão farmacêutica. Estou convicta de que os cargos que tenho vindo a desempenhar ao longo da minha vida profissional, me capacitaram com um conjunto de competências, experiências e saberes que, neste momento, considero ser meu dever colocar à disposição da classe. A decisão foi naturalmente temperada pelo apoio e pelo estímulo que tenho vindo a receber de muitos colegas, pelos quais nutro grande respeito e consideração, e que, tal como eu, consideram que este é o momento de renovar a nossa Ordem, não só de pessoas mas, acima de tudo de ideias, de projectos e de acção. Neste momento da minha vida tenho total disponibilidade física, mental e temporal para dedicar à causa Farmacêutica. Não procuro promoção pessoal e não me movem interesses económicos, pois discordo inteiramente de uma eventual remuneração do cargo de Bastonário. Faço-o porque quero deixar o meu contributo. Quero canalizar as minhas energias para o reforço do prestígio da classe profissional de que tanto me orgulho. Tenho um projecto! Tenho a convicção de ser a pessoa certa para liderar este projecto. 2. Em primeiro lugar a sinergia resultante do arrojo dos colegas mais jovens associado ao prestígio, reconhecimento e idoneidade profissional dos “outros” colegas, características que se espelharão na sua actuação em prol do reconhecimento institucional da Classe. Em segundo lugar, a integração de elementos das diversas áreas do exercício profissional, para que todas as experiências e todos os saberes da profissão estejam representados, assegurando uma abordagem completa dos problemas da classe. Em terceiro lugar, a necessária convergência de ideias e de princípios no que respeita à visão que temos do papel do farmacêutico na sociedade, e do papel que a Ordem deve desempenhar na regulação do exercício profissional, para podermos prosseguir um trabalho coerente e consolidado nas nossas convicções. A minha equipa partilha os mesmos Valores e defende os mesmos princípios e ideais. Defendemos a CAUSA COMUM e não interesses pessoais de qualquer espécie. Uma equipa que não desiste dos nossos direitos e ainda menos abdica das nossas responsabilidades. 3. O Orçamento de Estado para 2007 reflecte, naturalmente, a proposta de execução orçamental que sustenta as propostas do Governo, concretamente na área da saúde. Neste sentido, é um orçamento coerente com as propostas mas onde infelizmente se privilegiam os factores económicos em detrimento dos factores inerentes à qualidade de serviço prestado aos doentes. Mas, curiosamente, ou talvez não, muitas medidas que têm sido levadas à prática não constavam do programa do governo. São exemplos a dispensa de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias e a própria modificação da Lei da propriedade de Farmácia. Mas, mais do que criticar as opções do Governo em matéria de saúde, considero mais relevante neste momento encetar um conjunto de acções que insiram o Farmacêutico no seio de alguns dos projectos de maior relevo na área da saúde. 4. A profissão farmacêutica está a ser confrontada com problemas em várias frentes. Uns são mais visíveis do que outros, mas os problemas afectam todos em todas as áreas. O que há são áreas mais visíveis por terem um maior número de colegas a desenvolver actividade profissional. A profissão farmacêutica é uma profissão com uma história, que Irene Silveira candidata-se ao cargo de Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos merece ser reconhecida e considerada por parte dos parceiros institucionais, e da própria sociedade civil, o que nem sempre tem acontecido. A questão fulcral prende-se, justamente, com o reconhecimento público da imprescindibilidade do papel do Farmacêutico. É este, a meu ver, o maior combate a travar. Em qualquer das áreas em que o farmacêutico exerce a sua actividade, numa intervenção quase sempre reconhecida como de excelência, importa que o reconhecimento individual, que quase sempre permanece na sombra, se transforme num reconhecimento público, assumido, e aglutinador da própria classe. Lutarei, pois, pela visibilidade do trabalho de todos os farmacêuticos. De qualquer forma, mais do que identificar problemas e tentar resolvê-los, importa, sobretudo, e no que à Ordem dos Farmacêuticos diz respeito, enquanto Instituição com poderes delegados pelo Estado no caso da profissão farmacêutica, delinear uma estratégia que vá ao encontro das necessidades sentidas pela população e pelo Sistema de Saúde. Assim, torna-se cada vez mais importante que o Farmacêutico, enquanto profissional de saúde, esteja preparado para desempenhar novos serviços diferenciados e em diferentes áreas de intervenção, sempre orientadas para a satisfação das necessidades do doente. 5. Defendo a importância da formação contínua na valorização das nossas competências, mas muitos dos módulos de formação “que dão créditos” para responder ao sistema implementado para revalidação da carteira profissional, pouco ou nada contribuem para essa valorização. O princípio subjacente ao processo – o de condicionar o exercício da profissão ao desenvolvimento de um conjunto de actividades formativas – poderia ter sido considerado interessante, mas a verdade é que, na prática, a regulamentação do processo veio pôr a nu todas as fragilidades do sistema aprovado, numa perversão dos seus objectivos e princípios. De facto, o regulamento em vigor revela, por parte da Ordem, uma atitude paternalista e desconfiada relativamente aos farmacêuticos, que eu não posso admitir, desvalorizando o papel e a intervenção e experiência diária dos farmacêuticos, e a actualização de conhecimentos que todos sentem obrigação de fazer para o exercício diário e consciente das suas funções. Basta, aliás, atentarmos a todos os inquéritos e estudos que têm vindo a ser publicados nos últimos anos, e que invariavelmente reconhecem o desempenho profissional de excelência do farmacêutico, para 77 ROF Não posso, a este respeito, deixar de salientar o Plano Nacional de Saúde 2004 – 2010, no qual estão vertidos os pressupostos de um conjunto de linhas de acção que o Governo lançou, e que considero tratar-se de um documento chave na política de saúde do nosso país. Na concepção e execução das linhas estratégicas deste Plano considero que o Farmacêutico não pode ficar de fora, como tem acontecido até agora. Concretamente nas áreas dos Cuidados Continuados e dos Cuidados Primários de Saúde a integração do Farmacêutico é uma mais-valia fundamental, pela qual pretendo bater-me. Em resumo podemos dizer que todas as propostas incluídas no programa do Governo e no Orçamento de Estado para 2007 que garantam um papel de relevo do Farmacêutico no Sistema de Saúde e um papel central do Farmacêutico em todo o circuito do medicamento, e respeitem os 14 direitos dos doentes previstos na carta europeia sob o mesmo título (medidas preventivas, de acesso, de informação entre outras) têm a nossa total concordância e apoio. Todas aquelas que contrariem os pressupostos anteriormente descritos terão a nossa discordância e uma firme oposição. Os constitucionalistas de 1976 escreveram, no artigo 64.º, “todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover”. Nós zelaremos pela sua defesa e promoção. Uma última palavra para expressar a nossa vontade de maior acção e intervenção, com proporcional visibilidade da Ordem, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, que se inicia em 1 de Julho próximo. 15 Eleições percebermos que os farmacêuticos são profissionais conscientes, informados e actualizados técnica e cientificamente. E sem necessidade de “coleccionar” um conjunto de créditos para sustentar um sistema que, temos que o dizer, acaba por servir mais as inúmeras empresas de formação que têm florescido nos últimos tempos do que os membros da Ordem. Não posso esquecer, ainda, a enorme dificuldade que este sistema coloca a todos os nossos colegas que, num trabalho diário de excelência louvável, exercem as suas funções, em aldeias e vilas recônditas, nas quais não existem ofertas formativas. Já em relação ao processo de acreditação da licenciatura, considero que foi uma mais-valia. Todos os processos, que assentam na auto-avaliação permitem um compromisso interiorizado no processo de melhoria. Foi isso que aconteceu. Mas, todos os processos de melhoria são contínuos… e o caminho faz-se caminhando. ROF 77 16 6. As prioridades serão apresentadas no âmbito da nossa candidatura. Nesta entrevista focar-me-ei na nossa intervenção na sociedade e no seio da Ordem. Todas as acções a empreender visam concretizar o nosso contributo para a consolidação da Ordem PARA TODOS os farmacêuticos. Considero fundamental assegurar a presença do farmacêutico no circuito do medicamento. Intervir junto das autoridades para que a legislação a publicar se reveja na prática farmacêutica qualificada e não em conceitos neoliberais de economia pura. Para os jovens Farmacêuticos, cuja intervenção crítica e inovadora é uma mais-valia que pretendendo aglutinar, promover e incrementar actividades que vão ao encontro das suas expectativas. Para os Farmacêuticos que se afastaram da Ordem, tudo faremos para que se revejam e identifiquem com as novas estruturas e as novas estratégias. Pretendo promover e fomentar a aproximação aos membros, com especial atenção aos do interior do País. A Lista B conta com os apoios da Prof. Odete Ferreira e do Prof. Carvalho Guerra, primeiro Bastonário da OF A actual sede da Ordem, mais do que um edifício, é um local com uma enorme carga histórica para os Farmacêuticos. Não queremos perder este local. Ele faz parte da nossa memória colectiva. A nossa profissão precisa, mais que nunca, de alicerçar o seu desempenho nos valores éticos e deontológicos que regulam o exercício da profissão. 7. Todas as áreas são igualmente merecedoras da maior atenção. Pretendo assumir-me como Bastonária de TODOS os farmacêuticos, por isso nenhuma área será discriminada. Apesar de estar consciente da representatividade que algumas áreas profissionais têm para a profissão farmacêutica, nomeadamente as que directa ou indirectamente se relacionam com o medicamento, não posso, porque não quero e, sobretudo, não devo diferenciar, positiva ou negativamente, nenhum colega. Os Farmacêuticos conhecem-me, como membro eleito dos órgãos da nossa Ordem e como professora universitária ao longo de algumas décadas e sabem que podem contar comigo para dedicar toda a minha atenção, dedicação e esforço à profissão, doseada pelas circunstâncias que, no seu devido tempo, se vierem a manifestar necessárias, independentemente da área profissional a que digam respeito. Mas, podem confiar que não desisto nem desarmo. Lutarei pela união de todos, pelos interesses da classe e a todos defenderei por igual. 8. O meu programa centrar-se-á na Gestão eficiente dos recursos existentes, a nível interno e no seio da sociedade. Como profissionais de Saúde temos que ser capazes de optimizar a utilização dos recursos e ir bem mais além da garantia dos mínimos de qualidade exigida. O doente tem direito a um serviço de qualidade e será nele que focaremos uma parte das nossas linhas programáticas. Não virados para dentro, mas abertos à sociedade da qual somos parte integrante potenciando a visibilidade da qualidade da nossa intervenção. Em Saúde, recursos desperdiçados não são uma simples questão económica, são antes de mais uma questão ética e iremos trabalhar para associar a Qualidade à adequação de eficiência dos serviços. Em todas as áreas em que intervimos ou poderemos vir a intervir. Dentro da Ordem e fora dela. A percepção desta Qualidade, passa também pela transparência de informação. Convido os colegas à leitura dos documentos que lhes endereçaremos e sobretudo incentivando à intervenção activa no acto eleitoral que se aproxima. De qualquer forma não quero concluir esta entrevista, sem antes lamentar que este artigo da nossa revista, tenha sido sujeito à imposição e espartilho de uma grelha de questões sob a falácia da equidade. Resumo Curricular Professora Catedrática da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra; Vice-Reitora da Universidade de Coimbra (1998-2003); Senadora da Universidade de Coimbra e Vogal da Secção de Investigação da Universidade de Coimbra; Coordenadora a nível nacional para a área de Farmácia na implementação do processo de Bolonha nos cursos de Ciências Farmacêuticas (2004), assessorando a Sra. Ministra do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação; Presidente da Comissão Científica de Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (2006); Vogal da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES) dos cursos de Ciências Veterinárias e Nutrição; Directora do Laboratório de Investigação de Bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra; Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Farmácia Universidade de Coimbra (2004- 2006); Presidente do Conselho Pedagógico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (1983/1986) e (1990/96); Presidente de Assembleia de Representantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (1985/1986); Vice-Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (1986-1988); Vice - Presidente (1991 -1992) do Conselho Científico da F.F. Publicações Autora e co-autora de 130 artigos científicos e “abstrats” em revistas nacionais e estrangeiras; Publicou 2 livros: Vitaminas e Minerais em Alimentos Infantis (babys foods); Guia do Potencial Científico e Tecnológico, da Universidade de Coimbra; Participação em reuniões científicas: Apresentou em congressos nacionais e estrangeiros 90 comunicações científicas; proferiu trinta conferências em Seminários e Congressos Nacionais e Internacionais; Actividade Docente na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra: Coordenadora do novo modelo estágio de pré-licenciatura em Ciências Farmacêuticas. Regência das disciplinas: Bromatologia e Análises Bromatológicas I e II; Hidrologia e Análises Hidrológicas; Nutrição e Dietética; Higiene e Saúde Pública; Tecnologia dos Alimentos e Controlo de Medicamentos em Alimentos. Actividade Profissional na Ordem dos Farmacêuticos Presidente da Mesa da Assembleia-geral da Ordem dos Farmacêuticos (desde 2001); Presidente da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos (1994 a 2000); Vogal da Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos (1994 a 2000); Coordenação da aquisição da actual sede da Secção Regional da Ordem dos Farmacêuticos de Coimbra, bem como do projecto de renovação dessas instalações. Este edifício, propriedade da Ordem dos Farmacêuticos foi inaugurado em 2000 e constitui um meio de operacional de reuniões dos farmacêuticos com a dignidade que estes merecem. Reconhecimento de Mérito Académica numerária de Academia Ibero-Americana de Farmácia; Académica correspondente da Real Academia de Farmácia de Espanha; National Delegate of Federation of European Chemical Societie. Food Chemistry Division; Member representative of Portugal in the International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC); Condecorada com a Gram-Cruz da Ordem de Mérito Pedro Álvares Cabral, S. Paulo, Brasil. 77 ROF Irene Silveira Universidade de Coimbra (1991 e 1992); Coordenadora do grupo de Investigação de Bromatologia do Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra sob o patrocínio da Fundação para a Ciência e Tecnologia; Vogal do Centro de Investigação em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia (CIMAGO) 2005; Participante no projecto europeu “EC-Flair Concerted Action nº 8” in Vitro Toxicological Studies and Real Time Analysis of Residues in Food”; Responsável Científica Portuguesa de Acções-Integradas Luso-Espanholas com várias Faculdades de Farmácia; Dirigiu e dirige projectos de Investigação com a Indústria Farmacêutica e Indústria Agro-Alimentares; Orientação Científica de trabalhos científicos visando a obtenção de grau de doutor; Orientação de trabalhos no âmbito de tese de diversas licenciaturas; de trabalhos de investigação conducentes a provas de aptidão pedagógicas e capacidade científica; de trabalhos de investigação de estudantes dos últimos anos de licenciatura em Ciências Farmacêuticas quer do País, quer do estrangeiro (programa Erasmus e Sócrates); Investigação Científica em curso: Desenvolvimento e/ou aplicação de novas metodologias analíticas na investigação de xenobióticos nefastos para a saúde humana; Resíduos de fármacos (anabolizantes, hormona e ß-agonistas e antibióticos) em alimentos e líquidos biológicos; Resíduos de pesticidas organofosforados e organoclorados em alimentos; Estudos de micotoxinas (aflatoxinas, ocratoxinas e fumonisinas ) em alimentos e líquidos biológicos; Avaliação da qualidade e segurança de produtos alimentares; Estudos de avaliação qualitativa de nutracêuticos. 17 Eleições Secção Regional de Coimbra LISTA E – Uma Ordem para intervir d) Financiamento da saúde e sistema remuneratório dos profissionais; e) Transparência da Autoridade Reguladora do Medicamento (INFARMED); Reforma dos cuidados de saúde primários e serviços farmacêuticos; f) Rede de cuidados continuados e serviços farmacêuticos; g) Inclusividade dos Farmacêuticos no Plano Nacional de Saúde; h) Acompanhamento da actividade da Entidade Reguladora da Saúde (ERS); i) Acompanhamento das políticas de saúde, particularmente nas suas implicações no contrato cidadãos/estado, decorrente da Constituição da República. FRANCISCO BATEL MARQUES 1. Candidatamo-nos porque entendemos que a acessibilidade, a equidade no acesso, a eficiência técnica e a eficiência económica não se alcançam hoje, em qualquer sistema de saúde, sem o concurso dos Farmacêuticos. Candidatamo-nos porque entendemos ser necessário centrar a profissão na prestação de serviços, orientada para a obtenção mensurável de ganhos em saúde. ROF 77 2. a) Promover e reforçar a capacidade técnico-científica dos Farmacêuticos em todos os níveis da sua actividade; b) Rever, com vista ao seu aperfeiçoamento, o actual sistema de Qualificação e Acreditação, sem comprometer o papel regulador da Ordem dos Farmacêuticos; c) Garantir a adequação da oferta formativa em exercício aos mais elevados padrões de qualidade científica e pedagógica; d) Garantir a adequação da oferta formativa em exercício às necessidades de melhoria contínua do desempenho profissional; e) Investir na diferenciação profissional, designadamente no domínio das especializações conducentes à verificação de necessidades do sistema de saúde; f) Propor, justificadamente, a criação e a regulamentação de quadros de competências para os Farmacêuticos no Sistema de Saúde em função das áreas de desempenho; g) Propor e apoiar a criação de carreiras profissionais autónomas e diferenciadas em correspondência às áreas de especialidade; h) Manter contactos regulares e periódicos com a Administração em Saúde para trocas de informações, discussão e resolução de questões relevantes nas áreas de actividade farmacêutica, política do medicamento e políticas de saúde em geral; i) Manter contactos regulares com as Direcções Políticas Distritais Francisco Batel Marques encabeça a candidatura da Lista E aos Órgãos da Secção Regional de Coimbra dos partidos políticos com representação parlamentar, na área de influência da Secção Regional, para partilha de informação, apresentação e discussão de temas específicos à Classe e à sua actividade bem como da saúde em geral; j) Reforçar a sensibilização dos Colegas para o cumprimento do Código Deontológico. Ao nível das políticas e saúde e do medicamento intervir nas seguintes áreas: a) Salvaguarda da independência e da responsabilidade técnico-científica e profissional dos farmacêuticos na rede de acesso ao medicamento; b) Organização e desempenho do Sistema Nacional de Farmacovigilância; c) Organização da função Avaliação de Tecnologias de Saúde (com foco específico no medicamento) no âmbito do Serviço Nacional de Saúde; 3. A Classe Farmacêutica situa-se, actualmente, no epicentro de mudanças e de reformas do sistema português de saúde e do serviço nacional de saúde, também elas decorrentes de alterações profundas da sociedade em que vivemos. A natureza e os objectivos de tais processos fazem com que hoje o papel da Ordem seja (talvez como nunca o foi), mais do que importante, decisivo e insubstituível para a profissão de Farmacêutico. Daqui que uma decisão de candidatura, no actual contexto político, se tenha de constituir num acto cuidadosamente ponderado, cuja fundamentação seja, sob os pontos de vista profissional, técnico-científico e político, suficientemente robusta para a justificar e lhe conferir zonas de êxito no termo do mandato. Não se pode tratar – nem encarar –, por conseguinte, qualquer candidatura apenas como uma decisão de efeitos práticos imediatos, mas sim como a primeira etapa de um trajecto que se antecipa muito difícil nos seus pontos de partida (2007) e que comporta, à luz do presente, muitas áreas de indefinição nos seus pontos de chegada (2010). 18 Rof77_nosso_1.indd 18 07/06/05 20:56:27 Secção Regional de Coimbra LISTA F – Por uma Secção renovada dústria farmacêutica, distribuição, farmácia de oficina e análises clínicas. Divulgar as actividades e os rastreios promovidos pelos farmacêuticos à sociedade civil, de forma a que esta olhe para o farmacêutico como um parceiro imprescindível. 1. Para concretizar um projecto de mudança, aceitei o convite que me foi feito pela Professora Irene Silveira, de forma a encabeçar a lista à Secção Regional de Coimbra. A minha motivação baseia-se na concretização deste projecto, capaz de consolidar a autoridade técnica e científica que é devida aos farmacêuticos. Desenvolver várias acções descentralizadas de forma a motivar os sócios da região centro a participar activamente, com ideias, transformando estas em soluções para enfrentar os graves problemas que o sector atravessa nas diferentes áreas farmacêuticas. Para poder desenvolver um projecto de mudança, a minha candidatura é apoiada por uma equipa multidisciplinar, formada por profissionais de várias áreas farmacêuticas com independência laboral, abrangendo uma faixa etária alargada. 2. Resolver os graves problemas que a classe enfrenta, nomeadamente o distanciamento entre a ordem e o poder político. Unir uma classe que se encontra distante da sua Ordem, desligada do debate de ideias. Defender a revalidação da carteira profissional, valorizando a actividade profissional diária, com- A Lista F, candidata aos Órgãos da Secção Regional de Coimbra é liderada por António Rodrigues Antunes plementando esta, com formação contínua orientada para cada área específica do sector. Acabar com a ineficácia de diálogo e a ausência de intervenção farmacêutica no sistema de saúde. Minimizar as consequências da liberalização da propriedade de farmácia, quer para os farmacêuticos quer para a população em geral. Lutar por uma adequada integração de jovens farmacêuticos na vida activa, cujo nível de formação e o potencial científico é imprescindível para a classe e população. Garantir que os farmacêuticos sejam os mais qualificados para exercer a Direcção Técnica da in- 3. Objectivamente, o meu contributo passará por reafirmar um conjunto de factores que são de crucial relevância para projectar uma Ordem dos Farmacêuticos coesa, moderna, inserida no contexto europeu onde deve ser admirada pelos seus pares, pela sua abertura ao diálogo e pelo seu dinamismo, melhorando o seu prestígio na exigência de Boas Práticas, pugnando pelo escrupuloso cumprimento de regras deontológicas e garantir, com exigência legal, a presença do farmacêutico em todo o circuito do medicamento. Apoiarei a direcção nacional, com toda a minha experiência na área empresarial, na concretização de um protocolo com a maior instituição de crédito europeia, de forma a proporcionar aos jovens farmacêuticos a aquisição da sua farmácia e ou qualquer empresa na área do medicamento, com taxas altamente reduzidas e sem garantias acrescidas às da empresa em aquisição. De referir que este protocolo já está contractualizado. 77 ROF ANTÓNIO RODRIGUES ANTUNES 19 Eleições Secção Regional de Lisboa LISTA I – Uma Ordem para intervir ANTÓNIO MARQUES DA COSTA 1. O sentido de dever em tomar parte activa no desenvolvimento da nossa profissão e da sociedade. É algo que faz parte do nosso íntimo: o prazer de construir algo, de tomar parte activa na sociedade, de influenciar a mudança. O período crítico de transformação a que a nossa profissão estará sujeita, fruto das alterações legislativas que nos foram impostas, torna o desafio maior, mas a necessidade de ponderação firmeza e pragmatismo. A existência de um trabalho começado que merece ser terminado. ROF 77 20 2. Somos coerentes com as propostas subjacentes e o trabalho realizado no mandato que termina. No passado como no presente penso que é importante uma sintonia entre Bastonário, Direcção Nacional e Direcção Regional. Tal sintonia está assegurada com a Colega Filomena Cabeça como bastonária (lista A). Também no passado defendemos que a porta de contacto dos Farmacêuticos com a sua Ordem é estatutariamente através das Secções Regionais. Nesses termos propomo-nos “escancarar esta porta de par em par”, assegurando que ela funciona como um caminho de duas vias, i.e. de e para os farmacêuticos. Uma parte importante deste interface é a oferta de iniciativas creditadas para efeitos da revalidação da Carteira Profissional. As iniciativas realizadas e os comentários recebidos dos colegas, indiciam-nos que estamos no caminho certo. Assim sendo devemos incentivar e aprofundar tais iniciativas. A Nova Sede (Nacional e Regional), uma expectativa antiga da regional, é um trabalho começado com grande mérito e visão por direcções anteriores, para a qual contribuímos no mandato que termina. Propomo-nos concluir este António Marques da Costa lidera a Lista I, candidata aos Orgãos Sociais da Secção Regional de Lisboa projecto com pragmatismo elegendo a funcionalidade, as condições de trabalho e dignidade, como drivers da decisão. 3. Os estatutos prevêem a presença por inerência do presidente das Regionais na Direcção Nacional. Tal disposição pretende assegurar proximidade e representatividade das regiões na DN. Naturalmente propomo-nos satisfazer tal requisito. Mas os desafios para a profissão são muitos no próximo mandato e a lista A, da Colega Filomena Cabeça tem uma identificação de problemas e respostas com as quais nos revemos. O conhecimento e experiência política e profissional dos membros dos membros da Lista candidata à S R Lx, e do seu presidente, António Marques da Costa, serão colocados ao serviço ao serviço da formulação de uma estratégia e de uma acção que marcará o desempenho da DN Mas existem posições e contributos próprios. O sistema de revalidação da Carteira Profissional deve ser entendido, em nossa opinião, como um instrumento de afirmação e diferenciação da profissão preferencialmente inclusivo, dos colegas e utilizado também como um instrumento de incentivo à participação dos Farmacêuticos na vida activa das suas estruturas representativas. O futuro passa por aproveitar a experiência e comentários e sugestões acumuladas ao longo deste período, como aliás estava previsto pela direcção cessante, sem abdicar de princípios estratégicos e sem renegar o trabalho efectuado, antes aperfeiçoando-o. Secção Regional de Lisboa LISTA J – Lisboa pela Mudança 1. A Professora Irene Silveira convidou-me para encabeçar a lista da Secção Regional Lisboa. Foi com entusiasmo que aceitei o desafio. Partilhamos a mesma motivação de mudança e união da classe. A equipa que constituímos em conjunto é de excelência, de profissionais independentes e das diferentes áreas profissionais. Temos trabalhado em conjunto, dum modo muito produtivo e coeso, pelo que acredito estarmos em condições únicas para agir em conformidade com o que os Farmacêuticos precisam que a sua Ordem faça por eles. Num passado recente houve em Portugal, alterações muito significativas no sector da cadeia do medicamento. Muito se alterou. Muito se irá ainda alterar. O papel do Farmacêutico está completamente modificado. Este é o momento para esse papel ser reforçado. A Ordem terá que ser mais corporativa relativamente aos seus profissionais, protegendo-os, regulando-os e balizando dum modo activo os novos “gestores” desta cadeia, relativamente à influência destes sobre os colegas. Uma das mais-valias desta lista é que a maioria dos colegas que a integram não são funcionários dependentes de terceiros ou até do Ministério da Saúde, são profissionais que exercem a sua profissão dum modo independente e autónomo. 2. Queremos um alinhamento claro com o programa europeu de defesa do consumidor, pelo que daremos importância estratégica à informação, a ser dada aos doentes sobre o modo de tomar, indicação dos medicamentos e duração dos tratamentos. Garantiremos que os farmacêuticos continuem a ser os mais qualificados, para exercer a Direcção Técnica, da Indústria às Análises Clínicas. O tratado de Bolonha ao diminuir o tempo de contacto da formação pré-graduada traz novidades a que temos que estar atentos por essa Europa já existem Direcções Técnicas exercidas por não Farmacêuticos. Tornaremos o Far macêutico mais “transparente” para a comunidade. Divulgação à Comunidade do que A Lista J é liderada por João Pedro Mendonça, é um Farmacêucandidato à presidência da Secção Regional de Lisboa tico, em que é especialista, o incentivar a uso descontrolado que sabe e quais as mais-valias da do medicamento. sua acção. Incentivaremos e promoveremos 3. Não basta SER é preciso reuniões pluridisciplinares entre PARECER! A Ordem e os Farmacêuprofissionais de Saúde, para uma ticos têm que ser falados, ouvidos adequada inserção na rede de e vistos. A Ordem e os Farmacêucuidados continuados a que perticos têm que ter uma atitude actitencemos. va e uma imagem condigna. Vamos ter iniciativas lideradas pelas SecInterviremos na tomada de decições Regionais não só para os Farsão de Farmácias nos Hospitais macêuticos, mas para as PopulaA Farmácia no Hospital não é um ções. O que é inédito. Um dos modelo de garantia de informação Pactos da Lista liderada pela Proessencial aos doentes. Não é um fessora Irene, é que actuaremos modelo de proximidade. Pode dedum modo uno e coeso. sequilibrar o equilíbrio ténue que permite a existência das FarmáGarantiremos a acção Farmacêucias de bairro onde a informação tica presencial em todo o circuito sobre medicamentos e cuidados do medicamento farmacêuticos são hoje adequadaIremos “promover” o Farmacêutico, mente prestados. informando as populações e pressionando os dirigentes políticos, Garantiremos a não banalização de modo a que todos os doentes do medicamento possam colocar presencialmente A segurança no uso do medicaqualquer questão relacionada com mento é um aspecto fulcral para medicamentos sujeitos ou não a o qual as populações têm que ser receita médica obrigatória, de uso mais alertadas. Avançaremos humano ou animal ao Farmacêutico, com Campanhas de sensibilizaque se exige presente e disponível. ção para os riscos associados Pretendemos a presença do Faraos medicamentos na Internet. macêutico em todos os locais de Terão de ser discutidas e decidimedicamentos não sujeitos a redas medidas de controlo do “posceita médica. sível desconto”, pois este pode 77 ROF JOÃO PEDRO MENDONÇA 21 Rof77_nosso_1.indd 21 07/06/05 20:56:05 Eleições Secção Regional do Porto LISTA M – Mais e Melhor FRANKLIM MARQUES 1. Somos um grupo de farmacêuticos preocupados com a actual situação de apatia generalizada e o sentimento de impotência face às contínuas mudanças e investidas que podem de algum modo condicionar ou limitar o exercício profissional do farmacêutico. Grassa a ideia de que as Ordens Profissionais são organizações corporativistas e arcaicas, sem qualquer utilidade nos campos profissional e social e como tal perfeitamente dispensáveis. Cremos, contudo, que continuam a ter um papel de considerável importância na defesa das competências individuais e colectivas dos seus membros, constituindo-se como o último reduto da ética e da deontologia profissionais. A resposta da Ordem a estas dificuldades anteriormente enunciadas terá de ser efectiva e clara, actuando em tempo útil, no sentido de pugnar pela defesa dos interesses dos seus membros, não esquecendo o fim último da sua existência, o interesse público e dos utentes que tão superiormente servem. A lista, por nós constituída, é uma lista homogénea e equilibrada, abrangendo diferentes faixas etárias e áreas de actividade que acredita ser capaz de mobilizar não só os membros da Secção Regional do Porto, mas também todos aqueles que de alguma maneira não se sentem representados pela Ordem. Acreditamos ser capazes de preencher as lacunas existentes, actuando mais e melhor, fazendo emergir a Ordem como uma instituição da qual nos orgulhemos, reconhecida pelos seus pares e pela qual valha a pena dizer “presente”. ROF 77 2. A existência de Secções Regionais é justificada pela necessidade de descentralização dos Serviços da Ordem dos Farmacêuticos, apresentando como mais-valia significativa o factor proximidade relativa- mente aos seus membros e às instituições locais ou regionais, com quem a Ordem tem ou pode estabelecer relações com beneficio para ambas as partes. Seguindo este princípio basilar, a lista que lidero procurará estabelecer, a nível regional, Vera Costa, Helvio Bastos, Susana Fraga, Susana contactos, protocolos Quelhas, Luísa Graça, Rocha e Costa, Franklim ou acordos com as en- Marques, Nuno Guimarães, Natércia Teixeira, tidades ou instituições João Paulo Carneiro, João Ribeiro, João Carlos locais ou de proximida- Figueiredo, Pedro Barata, Inês Ribeirinho de, ligadas ao ensino e à saúde, nomeadamenprofissional e, como tal, terá de ser te as Universidades, a Administração apoiada e estimulada. Regional de Saúde, outros organisPara nós, a dignidade e a utilidade mos representativos de farmacêuefectiva da formação contínua está, ticos (sindicatos, cooperativas, denão nos créditos a ela atribuída ou legações de Associações de nas diferentes metodologias utilizadas Farmacêuticos) ou de outras profisna sua creditação ou no tempo dissões. pendido, mas na utilidade teórica e/ A proximidade e a disponibilidade ou prática da mesma como suporte para os membros da Ordem, ravalioso no dia a dia profissional, isto zão primeira da sua existência, é, em suma, na Qualidade da mestem de ser mais real e mais efecma. Uma FORMAÇÃO de QUALIDADE, tiva. A Ordem tem de saber esserá o que nos propomos a oferecer cutar e ter tempo para os seus aos membros da Secção Regional da membros. O desinteresse dos Ordem dos Farmacêuticos do Porto, farmacêuticos pela sua Ordem, a custos simbólicos. como se pode constatar pela fraca participação na vida desta Ins3. A independência e a imparcialitituição pode e deve ser revertido, dade da nossa lista face aos Órgãos criando condições que facilitem o acesso e a desburocratização dos Nacionais permitir-nos-á maior liseus Serviços. berdade para sermos escutados Uma Secção Regional PELOS SEUS pelos corpos sociais que forem eleiMEMBROS E PARA OS SEUS tos e particularmente por quem for MEMBROS! eleito como Bastonário. Dedicaremos ainda os maiores esEnquanto membros da Direcção da forços no sentido de promover a Secção Regional, na medida em profissão na Sociedade, valorizandoque possamos influenciar as deci-a nas suas múltiplas vertentes, dansões da Direcção Nacional, tentado ênfase à defesa e ao reconheciremos por todos os meios defender mento profissional e social das suas e pugnar pela defesa das nossas competências e da sua mais-valia, ideias e propostas e promover a enquanto agentes da Saúde Públidignidade profissional do farmaca. cêutico. Ao defendermos, a nível A formação continuada – que deve regional, a competência, o exercíser mais sentida como necessidacio profissional e cada um dos farde do que como obrigação – consmacêuticos como um profissional titui um dos grandes alicerces da liberal estamos a defender o farvalorização e do reconhecimento macêutico a nível Nacional. 22 Rof77_nosso_1.indd 22 07/06/05 20:55:46 Secção Regional do Porto LISTA N – Por uma Ordem renovada, interventiva e participada José Mingocho lidera a Lista N, candidata aos Órgãos da Secção Regional do Porto 1. Com uma equipa RENOVADA que permita dar continuidade ao trabalho realizado, promovendo uma clara abertura e o envolvimento dos farmacêuticos inscritos nesta secção. Os farmacêuticos inscritos na Secção Regional do Porto podem contar com dinamismo e inovação, através de actividades e propostas novas na sua área geográfica. Temos uma equipa jovem de qualidade e com a ambição de colocar a Ordem ao serviço dos seus membros e das causas farmacêuticas. 2. Uma Ordem PARTICIPADA, é o nosso maior desafio. A mobilização de todos os colegas e propostas direccionadas para diferentes áreas de actividade farmacêutica. Precisamos de uma união forte para vencer os desafios que se colocam. Apenas através da dinâmica e promoção de ambiente favorável vamos alcançar a partici- pação necessária para impor uma visão farmacêutica na saúde. Queremos também apostar na participação dos jovens farmacêuticos na vida da Secção e no envolvimento geral de todos os farmacêuticos para responder aos desafios que se avizinham. Procuraremos dinamizar actividades e iniciativas da Ordem em todos os distritos que representamos e discriminar positivamente o trabalho perisitente dos farmacêuticos nos locais isolados como únicos profissionais de saúde inteiramente disponíveis para a população carenciada. 3. Uma Secção Regional INTERVENTIVA, de dentro para fora, com medidas concretas que valorizem o papel do farmacêutico e que sejam representativas da identidade dos farmacêuticos do Norte do País. A população exige-nos responsabilidade e intervenção para que continuemos a merecer a sua confiança. Os doentes precisam de farmcêuticos que lhes prestem bons cuidados de saúde. O País precisa do contributo dos farmacêuticos e a Região Norte precisa de maior atenção face aos problemas que a política de saúde lhe vem colocando. Queremos ser uma voz interventiva e presente ao lado dos cidadãos na dignificação da profissão farmacêutica. Manteremos um diálogo próximo e produtivo com as entidades de saúde dos distritos que representamos, actuaremos em defesa da dignidade dos farmacêuticos e não deixaremos de intervir na denúncia de situações lesivas dos interesses dos farmacêuticos e do acesso de doentes a cuidados de saúde com qualidade. Queremos exigir mais e melhor na afirmação dos farmacêuticos como profissionais de saúde e para isso reforçaremos a intervenção da Secção Regional do Porto na vida interna da Ordem e no espaço social do Norte do País. Acreditamos que os farmacêuticos merecem mais e temos as condições para o alcançar. 77 ROF JOSÉ MINGOCHO 23 Eleições Secção Regional do Porto LISTA O – “O” de Oportunidade para fazer melhor! FLORENTINA NOGUEIRA 1. Em primeiro lugar, deixe-me saudar os milhares de colegas que compõem a Ordem no Norte, não apenas no Porto e que na maior parte, estão desavindos, desinteressados, alheados e desunidos, mas fundamentalmente preocupados com o rumo da Ordem e que pensam que algo tem que ser feito para mudar esta situação. Apenas estas razões bastariam para me candidatar. São os farmacêuticos e a defesa pelos seus interesses de classe que me motivam. Nada mais! Pouco me interessam os cargos. Apenas me servem porque com eles posso contribuir para transformar o modo como podemos influenciar políticas positivas para os farmacêuticos. Contribuiu também o facto de, em conjunto com outros colegas, que pensam como eu, e que liderados pela Prof.ª Irene Silveira, resolveram empenhar-se na renovação dos órgãos dirigentes – de um modo sério – e dar voz a milhares de farmacêuticos que não se revêem, quer nas actuais políticas da Ordem, quer nos membros que a compõem. ROF 77 24 2. As respostas são muitas e variadas, porque muitos e variados são os problemas que vamos herdar. Primeiro que tudo pôr ordem na casa; segundo, analisar prioridades de actuação e trabalhar de acordo com elas. Quero que a sede da Ordem no Porto seja a sala de visitas e de trabalho, dos farmacêuticos de todas as áreas. Reuniões; colóquios; palestras serão ali e não em hotéis Quero dar-lhe uso, muito uso, promovendo reuniões interdisciplinares entre profissionais de saúde acrescidas de outras que contribuam para uma aproximação maior entre farmacêuticos e população. Quero usar a sede regional para exposições de arte e convidar Florentina de Menezes Nogueira, candidata da Lista O à Presidência da Secção Regional do Porto membros e não membros a expor os seus trabalhos. Quero que a direcção da Secção do Porto e os seus funcionários, em colaboração estreita com os serviços e a direcção nacional dêem respostas céleres a todos os assuntos profissionais incluindo assuntos dos colégios das especialidades. Quero uma secção descentralizada e desburocratizada. Quero ouvir os meus pares e não agir de cátedra, sendo certo que quando as decisões estão tomadas, elas fazem parte do todo farmacêutico e são para implementar com vigor. Quero que a sociedade civil do norte e não apenas do Porto, reconheça cada vez mais a importância da nossa profissão e a defesa que diariamente fazemos de um sistema de saúde de qualidade. Quero, à semelhança das propostas da lista nacional que integramos, da Prof.ª Irene Silveira, criar a figura do delegado local, de modo a criar uma rede de informação farmacêutica, estruturada e funcional, capaz de agir coesa quando necessário. Quero atrair os jovens farmacêuticos para a dinamização da Ordem; Quero apoiá-los e às associações de estudantes em tudo o que pudermos. Quero incentivar formações específicas para o Norte no âmbito de cada especialidade e fazê-las não apenas no Porto, mas descentralizá-las por Braga; Viana do Castelo; Bragança e Vila Real. 3. No que diz respeito a essa matéria, os candidatos da Secção Regional do Porto já deram o seu contributo, ao participarem activamente na elaboração do programa nacional da Dra. Irene Silveira. Esse programa, antes e depois de sufragado, deixa de ser propriedade seja de quem for e é o programa dos candidatos da Lista que apoia Irene Silveira. Eleições Conselhos dos Colégios de Especialidade Lista A – Análises Clínicas FRANKLIM MARQUES As Análises Clínicas constituem a segunda grande opção profissional dos farmacêuticos, sendo o respectivo Colégio da Especialidade o órgão da Ordem que congrega em si todos os titulares dessa Especialidade, atribuídos por esta Ordem A lista que se propõe dirigir o destino das Análises Clínicas para o próximo triénio emana e é proposta pelo anterior Conselho do Colégio. Trata-se de uma lista que conjuga a experiência, uma vez que alguns dos membros são provenientes do anterior Conselho, a irreverência e o espírito inovador da juventude, ao incluir quatro novos membros. Apesar destas diferenças de experiências e de idade, a lista proposta aparece como uma promessa de coerência e de vontade de fazer algo de bom em prol das análises clínicas, mudando o que é de mudar e mantendo o que de bom tem acontecido até ao momento. Entre as principais propostas desta lista destacam-se: Informatizar o Plano de Estágios em Análises Clínicas para todos os que desejarem vir a ser especialistas pela Ordem dos Farmacêuticos. Com este procedimento aumentamos, além do mais, a envolvência do Responsável pelo Estágio, revertendo numa melhoria da preparação do candidato; Estreitar as ligações com faculdades no sentido de assegurar a proximidade relativamente ao ensino das Análises Clínicas nas escolas; Participar na Formação Contínua através da organização de Congressos, Jornadas, Cursos e Formação à Distância; Impulsionar as relações com o exterior, nomeadamente com AEFA, proporcionando um intercâmbio com maisvalias relativo à formação em análises clínicas; Participar nas JIB’S representando o nosso país num encontro internacional de reconhecido mérito científico; Organizar o 1.º Congresso Ibérico a ter lugar em Vilamoura já no decurso do próximo ano. Franklim Marques, candidato à presidência do Colégio de Análises Clínicas Assessorar a Direcção Nacional em todos os assuntos que envolvam o exercício de Análises Clínicas, independentemente desta actividade ser desenvolvida no sector privado ou no sector público. Lista A – Assuntos Regulamentares MANUELA MACHADO ROF 77 26 O sistema de saúde nacional apresenta-se num momento crítico de reforma. Os últimos dois anos pautaram-se por fortes alterações regulamentares e processuais que afectaram a área da saúde em toda a sua extensão. Apesar da grande tentativa de harmonização regulamentar europeia, verifica-se cada mais que a área regulamentar é uma área fortemente estratégica de impacto nacional, tanto ao nível empresarial como ao nível da autoridade. Os profissionais de assuntos regulamentares são hoje mais do que nunca desafiados diariamente, intervindo de forma activa e determinante em processos que garantem: a protecção da saúde pública, a disponibilização de terapêuticas que permitem o tratamento de doentes com patologias graves e a implementação de medidas que permitem a sustentabilidade do sistema de saúde. Com forte espírito de missão estes profissionais partilham responsabilidades no serviço que prestam à sociedade. A lista que se recandidata ao Colégio da Especialidade de Assuntos Regulamentares da Ordem dos Farmacêuticos tem como firme aspiração dar continuidade ao projecManuela Machado, candidata à presidência do Colégio to de excelência de Assuntos Regulamentares profissional iniciado nos mandatos nas necessidades reais do doente. anteriores, contribuindo para um sisPara isso contamos com a colaboração tema de regulação nacional de qualide todos os profissionais em geral e dade, adaptado aos avanços da tecnoos especialistas em particular. logia e da ciência, sempre centrado Lista A – Farmácia Hospitalar OLGA FREITAS Entre os membros que se candidatam ao Conselho do Colégio de Especialidade em Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos existe uma forte motivação para continuar a realizar um bom trabalho em prol do farmacêutico hospitalar, reflexo dos incentivos manifestados pelos colegas, para a continuação do trabalho desenvolvido. A lista que se apresenta a sufrágio é composta por alguns elementos que transitam do anterior Conselho e por algumas caras novas que irão contribuir para a dinamização das iniciativas do Colégio de Farmácia Hospitalar. Acresce ainda uma grande vontade de envolver os farmacêuticos hospitalares em áreas emergentes que deverão ser abraçadas pelos profissionais desta área. Procurando manter-se em sintonia com as expectativas dos profissionais, este Conselho deverá espelhar a atitude pró-activa dos farmacêuticos hospitalares. Uma palavra para as centenas de colegas que acompanham as iniciativas deste Colégio, demonstrando a coesão necessária para enfrentar os principais desafios que se colocam à profissão. Olga Freitas, candidata à presidência do Colégio de Farmácia Hospitalar Lista A – Indústria Farmacêutica O Colégio de Especialidade em Indústria Farmacêutica apresenta-se ao sufrágio dos colegas com objectivos de manter e promover uma linha de actuação muito própria. No último triénio, além das nossas Reuniões Anuais, iniciamos um conjunto de acções de formação/ informação com temas de interesse geral para os farmacêuticos e em particular para os colegas de indústria, abordando temas como a Recolha de Mercado no Auditório do INFARMED, O Medicamento e a Cadeia do Frio na Torre da Aguilha. No próximo triénio pretendemos aumentar o número destas intervenções bem como manter o nível científico das nossas Reuniões Anuais. A acção do Colégio de Indústria não se esgota nestas actividades, todos os anos um número crescente de colegas submete-se a exame para a obtenção do Título de Especialista em Indústria Farmacêutica e um cada vez maior número de entidades solicita a nossa presença para esclarecimentos sobre as saídas profissionais em indústria farmacêutica, é com a mesma força de vontade de representar os colegas de indústria, cada vez mais e melhor, que nos apresentamos para este novo triénio, com o mesmo espírito de serviço, missão e renovação. 77 Nuno Moreira, candidato à presidência do Colégio de Indústria Farmacêutica ROF NUNO MOREIRA 27