Hoje, a saúde e a estética andam de mão-dada", avisam Daniel Dieb e Elen Shuba cuidados com a imagem pessoal há muito que deixaram de ser um fenómeno de moda ou uma característica de determinadas atividades profissionais, tornando-se fundamentais para o bem-estar dos homens e mulheres como um todo, aliando a saúde à estética e à componente psicológica. Uma noção que não é nova para Daniel Dieb, o fundador da In Time Clinic, e para a esposa, Elen Schuba, que oferecem serviços de Medicina Dentária, Medicina Estética, Cirurgia Plástica, Tratamentos Estéticos e Saúde & Bem-Estar de uma forma integrada e equilibrada com a satisfação dos clientes como meta final. Texto Daniel Pina Fotografia Daniel Pina e Arquiva Os da Guiné Bissau, Daniel Dieb veio para Portugal ainda criança e cedo Natural mostrou vontade em ter um percurso académico ligado ã saúde. Assim, licenciou-se na Faculdade de Medicina Porto/Hospital graduação Estados Espanha, Dentária da Universidade de S. João, seguindo-se e Reabilitações em Oclusão Unidos, Periodontologia e outras formações do uma pósOrais, nos e Implantes, em específicas. A intenção original era, contudo, tirar Cirurgia Plástica, mas acabou por mudar de ideias durante o curso. "Tentei sempre evoluir ao ponto de me conseguir satisfazer a mim mesmo e, por inerência, aos meus clientes", explica esta apetência pela aprendizagem contínua. Por sua vez, Elen Shuba é polaca de nascença mas fez todo o seu percurso de vida na Geórgia, que na altura fazia parte da União Soviética, onde tirou o curso de Medicina. Depois, especializou-se em Dermatologia, Cosmetologia e Medicina Estética, vertentes que foram introduzidas, em 2006, na In Time Clinic, a Clínica Dentária que Daniel Dieb tinha aberto em Portimão, em 1999. "O objetivo foi oferecer uma vasta gama de tratamentos e cuidado para o Bem-Estar da pessoa, inclusive pormenores como o sorriso e a qualidade da pele", indica, ao que o Diretor Clínico acrescenta. "Quando se faz um quadro, nâo se faz apenas um desenho. mas sim a moldura toda. Se tivéssemos optado apenas pelos dentes na estética, ficava a pecar o resto da face, e vice-versa". da importância Conscientes nos tempos modernos, da Medicina os dois Estética profissionais então, em cursos especializados, multiplicaram-se, pois o futuro passava pela investigação constante, pelo que a prestação de um serviço completo acabou por ser uma decisão natural. "Trabalhei nas primeiras alguns anos parafarmácias portuguesas de dermo-cosmética bons conhecimentos e obtive que me ajudaram imenso. Juntar as duas áreas foi um projeto inovador na época, só mais recentemente é que outras clinicas começaram a juntar tudo o que está relacionado com o sorriso (dentes, lábios, pele)", destaca Elen Shuba. De facto, se recuarmos até ao início da década de 90, só uma forte dor de dentes ou algum problema grave é que levava uma pessoa ao dentista e cuidados com a pele não faziam parte do dicionário Depois, deu-se o boom da estética dos portugueses. clinicas que comercializavam independentes, pelo que a In Time marcou a diferença com a suo postura integrada. "Os dentistas sabem de dentes e de lábios, a e surgiram inúmeras tratamentos medicina estética trata do resto da face, a cirurgia plástica lida com face e corpo e, conciliando-se as e a cirurgia plástica com uma área de Só com psicologia e acupunctura. quando as pessoas gostam de si mesmas é que conseguem dar mais amor aos outros", entende, justificando a adesão mais tardia dos portugueses a e estética bem-estar, com os maus trabalhos estes tratamentos que eram de comunicação social. 'Tudo isso assustava um pouco, mas a informação é cada vez maior e a internet é uma ferramenta divulgados meios pelos que ajuda a conhecer melhor a medicina estética". Continuando no campo da informação disponível, Daniel Dieb reconhece que ainda muita gente desconhece que é possível alterar-se o sorriso e o aspeto facial, ao que a esposa lembra o programa televisivo «Dr. Preciso de ajuda», no qual a In Time "Havia a ideia pré-concebida que, para se fazer qualquer coisa, nem que fosse encher os lábios, se tinha que ir a Lisboa e que não havia nada na província, no resto do país" Claro que um dos principais entraves a quem Clinic participou. realizar desejava elevados custos, algum tratamento eram os mas Daniel Dieb garante que es"Estabelecemos acordos que tão mais acessíveis. nos permitem oferecer tratamentos a valores mais se bem que os materiais sejam caros, dos médicos. No mas baixamos nos honorários reduzidos, é bem melhor", defende de que a percentagem entanto, continuam a não estar ao alcance do bolso de qualquer um", admite, acrescentando, todavia, que inúmeras situações podiam ser portugueses preocupados com estas questões ainda é reduzida. "Nos outros países, a estética está mais prevenidas desde tenra idade. "Se as pessoas se cuidassem um pouco quando são jovens, se calhar, difundida mas, aos poucos, o Algarve tem mostrado mais interesse, também por ser uma região onde se pensa mais no corpo, devido às praias e evitavam-se três vertentes, Daniel o resultado Dieb, concordando ao Verão ser mais extenso. Mesmo assim, há um em idades mais gastos superiores avançadas, ainda para mais estando nós numa região com muitas horas de sol. Nos dentes, por exemplo, podem-se fazer tratamentos ortodõnticos grande desconhecimento que impede as pessoas de tirarem proveito do que ofereceremos". logo em criança". Outro aspeto que Elen Shuba realça é que o stress do dia-a-dia é bastante superior no século XXI, o que Algarve, faz com que muitas mulheres não estejam satisfeitas com elas próprias. a bea medicina dentária "Aqui, tentamos leza na pessoa, congregando «cultivar» O sol que é uma das melhores e verificam Hoje, a saúde e a estética andam de mão-dada", avisa Elen Shuba. "Há diversos cremes e comprimidos que protegem as nossas células quando estamos a apanhar sol, mas ainda vemos turistas que, ao fim de um dia ou dois de estarem cá de férias, estão com escaldões pele", lamentam, terríveis e a perder a com um tom crítico. é o nosso O aspeto cartão-de-visita Um desenvolvimento positivo no campo da é que os cuidados com a imagem pessoal deixaram de ser um monopólio do sexo feminino, notando-se o aumento exponencial estética no virar do milénio de homens que fazem correções no seu corpo e rosto ou, de uma forma mais simples, se depilam e tratam "Foi um tabu que à partir do momento em que os artistas e desportistas começaram a aparecer na televisão e nas revistas a evidenciarem esses das unhas e das sobrancelhas. desapareceu Mesmo na publicidade se usa o homem no mesmo patamar que as mulheres", explica Daniel Dieb. "Para além disso, o cuidados. como sex-symbol cartão-de-visita, quer seja no emprego ou na sociedade, é o aspeto. Se apresentarmos um ar cuidado, verifica-se uma melhor aproximação nosso entre as pessoas. transmitir aos outros só é possível nos sentimos Acima de tudo, devemos um bem-estar próprio e isso quando olhamos para o espelho e bem com aquilo que vemos", reforça o médico. características do mas o problema é que as pessoas se esquecem muitas vezes de colocar protetor solar fora do Verão ou pensam que basta ficar ã sombra nas chegam aos 40 anos que a pele envelheceu, que já estão a horas de maior calor. "Depois, aparecer rugas. Isso pode tornar-se um problema mesmo em questões profissionais, porque cada vez se liga mais ao aspeto físico e ao sorriso bonito. Encontrar exterior o equilíbrio entre o mundo interior e que Elen Shuba dá aos seus ciente de que nem todas as mulheres é o conselho pacientes, podem ser uma Jennifer Lopez ou Cláudia Schiffer, podem ser um Brad Pitt ou David Beckman. "A nossa pele é o órgão mais exexternas, mas temos que posto às condicionantes nem todos os homens olhar para o pacote completo. Não se pode ter cuidado com uma coisa e descurar as outras", considera a entrevistada. "É importante ter a ajuda e do cirurgião plástico, porque há pormenores que as pessoas não gostam mesmo e há outras situações em que é necessária uma cirurgia reconstrutiva, como acontece nas mulheres que, por exemplo, tiveram cancro de mama". do psicólogo Daniel Dieb vai mais longe e diz que saúde, para de doença», é "Não é uma questão de pôr toda a gente bonita, porque a estética está na moda e toda a gente tem que fazer uma plástica ou pôr maminhas, há sim que trabalhar a parte além de se definir um bem-estar como «ausência físico e psíquico. da saúde", salienta. O especialista confirma igualmente que os homens menos jovens, designadamente os cinquentões para cima, buscam os serviços de estética, para tentar reproduzir a imagem de charme de George Clooney e afins. "Essa faixa etária viveu a Revolução do 25 de Abril, andou em lutas constantes para sobreviver e atingir determinado posto e, quando chegam a essa idade, percebem que andaram uma série de anos a trabalhar e que agora querem retirar algum prazer da vida" Nesse seguimento, as alterações da dentição tornarom-se, nos últimos tempos, procedimentos praticamente ba- nais, até porque, à medida que os anos avançam, a tendência seja porá se ter menos dentes, devido a maus cuidados. "Hoje, consegue-se ter a terceira ao nível de implantes, coroas, pontos, oral, sem necessidade das famosas até no mastigar da que incomodavam dentição, reabilitação placas comida", revela Daniel Dieb. Elen Shuba dá ainda o exemplo dos mulheres que não desejam ler mais filhos e que querem recuperar o corpo que tinham antes da gravidez, o que pode se alcançado através de cirurgias plásticas. Contudo, o casal alerta em exageros para o perigo das pessoas que entram e que querem corrigir tudo e mais alguma coisa. "A intenção da In Time Clinic não é criar bonecas melhoramentos insufláveis, estéticos equilibrados e dar beleza aos anos. Queremos dar um ar mais jovem mas natural, só que grande parte das mas sim fazer desenrasque depois", afirma Daniel Dieb. Já Elen Shuba destaca os avanços tecnológicos que geram resultados mais rápidos, como é exemplo o laser para tratamento carece apenas de varizes e derrames no rosto, que "Através da bio- de uma sessão. estimulação, fazemos uma colheita do sangue, colocamos numa centrifugadora, que separa o plasma e é injetado novamente na pele, de modo a regenerar mais depressa o tecido e o colagénio", descreve também Convém Elen. é lembrar que o corpo tem os seus aconselha não estando o médico, de pôr toda a gente bonita, na moda e toda a gente tem que fazer uma plástica trabalhar a parte da saúde". é que ele fique satisfeito, não è um negócio onde vale tudo. Eu gosto de me deitar à noite e pôr a cabeça na almofada sossegada" Uma preocupação pelo doente que não é partilhada por alguns concorrentes, nos quais impera a lógica do cifrão, depois, acontecem do ganhar e, que lodos conhedaqui a 10 anos, se calhar cemos. "Se pensarmos temos melhores resultados, a nível financeiro e de satisfação dos clientes", entende Daniel Dieb, com a esposa a comprovar esta mentalidade com toda a atenção pós-operatório dada aos utentes da In Time Clinic. "Damos um acompanhamento total, as pessoas têm os nossos contatos diretos para tirar qualquer dúvida e não se sentem ou pôr maminhas, há sim negativa", daí que tentem sempre explicar os contras e os potenciais perigos das intervenções. "Felizmente que as pessoas aceitam bem os nossos consideram, conselhos e compreendem que, afinal, estavam a ter uma ideia um bocado ridícula. Mesmo assim, já nos recusámos a fazer certas cirurgias, porque colocavam em risco a saúde. Há senhoras que dos lábios, querem fazer botox, preenchimento maças do rosto, mas tem que ser feito devagarinho, sublinha. O problema é que, normalmente, as pessoos desejam algo que não encaixa na sua moldura, um nariz ou uns lábios que viram numa revista mas que alternativa na medicina estética. "Se alguém que tem falta de dentes quer preencher os lábios, o mais correto é encaminhar para a medicina dentária porque, depois de colocar os dentes, os lábios preenchem-se de forma natural", revela Elen Shuba. Antes, porém, intervém a componente psicológica e a pessoa deve decidir se realmente deseja ou necessita de um tratamento, na opinião de Daniel Dieb. "Hâ quem pense que um tratamento estético é a solução de todos os problemas, o que nem sempre coincide com a realidade. Para não caírem depois numa frustração, convém primeiro tomarem noção das coisas abandonadas na cabeça", pelos seus médicos" Entretanto, que perdido invasivos quando se fala de tratamentos desta natureza e a cirurgia deve ser sempre a última muito dinheiro os acidentes porque a estética está limites se so objetivo ' é de casos preocupado isso pode levar o cliente a mudor de ideias. "O nos- . DANIEL DIEB: "Não é uma questão imagens que aparecem nas revistas extremos e isso tem uma influência com calma, em várias sessões", não funcionam no seu rosto. "Essa é mais uma vantagem de, aqui, podermos pegar no doente e cuidar dele da cabeça aos pés. Como trabalhamos em equipa, sabemos os tratamentos que conseguimos fazer de forma harmoniosa, não é cada um fazer à sua maneira e o próximo médico que se o o negócio tem seu carácter sazonal e os algarvios não se apenas com a imagem quando está a chegar o Natal ou alguma festividade importante, embora haja picos de maior atividade. O casal de médicos revela ainda que a crise não se tem notado muito na Medicina Estética e na Cirurpreocupam gia Plástica. Já na Medicina Dentária, há tratamenque são prolongados para facilitar os pagamentos. No entanto, e apesar dos 12 anos de su- -los cesso, a dupla não pensa em abrir mais clínicas. "Quando começamos a expandir o negócio, vende-se o nome, mas não as mãos, e só conseguimos controlar a qualidade da prestação do serviço se formos nós a fazê-lo", justifica Daniel Dieb 3