| sustentabilidade |
A economia
da partilha
A tendência global que está a mudar a forma
como pensamos, vivemos e negociamos
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| destaque |
Estamos a testemunhar,
em todo o mundo, o surgimento
de uma nova economia sustentável,
com exemplos reais de como
comunidades, empresas
e indivíduos estão a organizar
as suas vidas em torno da partilha
de recursos.
Texto de Benita Matofska
[perita em economia da partilha, fundadora e partilhadora
chefe das plataformas The People who Share e Compare and Share]
E
xistem no mundo bens
inativos no valor de 3,5
biliões de libras1, desde
espaços inutilizados a
bancos de automóvel vazios. Se
juntarmos a este facto o afastamento cultural do hiperconsumo
e da necessidade de ter posses,
em direção a uma economia com
base no acesso, construída em
torno da partilha de recursos e facilitada pela tecnologia, a que se
soma um interesse renovado da
comunidade, temos os ingredientes para a maior mudança social
desde a Revolução Industrial.
Pedem-me frequentemente
que defina a economia da partilha. Decidi que era tempo de
dar a resposta definitiva por escrito. É necessária uma definição
inequívoca, não só para efeitos
de clareza e para permitir uma
discussão com sentido, mas também para oferecer um objetivo e
direção precisos para todos aqueles que trabalham no sentido de
permitir, criar e promover a economia da partilha. Além disso,
se esta economia sustentável se
mover do nicho para o quantum,
é necessária uma mensagem clara para popularizar o movimento
crescente que mudará a forma
como pensamos, vivemos e negociamos.
A economia da partilha é um
sistema socioeconómico baseado na partilha de bens físicos e
humanos. Inclui a criação, produção, distribuição, comercialização
e consumo partilhados de bens e
serviços por diferentes pessoas e
organizações. Embora esteja ainda na sua “infância”, conhecida
apenas através de um conjunto
de serviços e empresas em fase
de arranque que permitem trocas
peer-to-peer com o uso da tecnologia, este é apenas o começo.
No seu potencial máximo, a economia da partilha é um sistema
socioeconómico novo e alternativo que integra a partilha e a colaboração como núcleo – em todos
os aspetos da vida económica e
social.
A economia da partilha engloba os seguintes aspetos: troca,
intercâmbio, compra coletiva,
consumo colaborativo, propriedade partilhada, valor partilhado, cooperativas, cocriação, reciclagem, reutilização, redistribuição, troca de bens usados, arrendamento, empréstimo, modelos com base na subscrição,
peer-to-peer, economia colaborativa, economia circular, economia pay-as-you-use, wikinomics, empréstimo peer-to-peer,
microfinanciamento, microempreendedorismo, crédito mútuo,
redes sociais, The Mesh, empresas sociais, futurologia, democracia, freakonomics, crowdfunding, crowdsourcing, cradle-to-cradle, fonte aberta, abertura
de dados e conteúdos gerados
pelo utilizador (UGC).
Em 2010, após a humilde experiência de partilhar uma plataforma com Desmond Tutu e
Bob Geldof no Congresso “One
Young World” (e depois de vinte
anos de trabalho em televisão),
prometi que a minha próxima
ambição seria encontrar uma solução para as crises globais mais
urgentes. Após três meses de
noites sem dormir, em que a palavra “partilha” ecoava na minha
mente, acordei uma manhã com
1. The People who Share, 2013.
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a frase que iria alterar o rumo da
minha vida – “o que há de errado
no mundo é a falta de partilha”.
O mais entusiasmante desta ideia
é que esta falta pode ser compensada se encontrarmos uma forma
de aproveitar o potencial ilimitado
de partilha.
E foi assim que começou a minha vida enquanto fundadora da
The People who Share, a campanha global para a criação de
uma economia da partilha, iniciativa pioneira responsável pelo
Dia Global da Partilha (que este
ano teve lugar no dia 1 de junho).
O movimento expandiu-se por
todo o mundo e tem agora um alcance de setenta milhões de pessoas em 192 países. Não poderíamos ter imaginado, quando divulgámos pela primeira vez a hashtag
#sharingeconomy no Twitter, em
2011, que o setor se tornaria tão
popular de forma tão rápida.
Embora o crescimento nesta
área seja evidente, a clareza na
definição é essencial, não só para
que quem trabalha neste espaço
possa traçar os seus objetivos,
mas também para construir um
sistema socioeconómico global
robusto e sustentável.
A economia da partilha é um
sistema económico sustentável,
que engloba dez elementos essenciais:
1. Pessoas:
As pessoas são o centro da economia da partilha. É uma economia popular, o que significa que
as pessoas são cidadãos ativos e
que participam nas suas comunidades e na sociedade em geral. As pessoas são também os
fornecedores de bens e serviços;
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em atividades produtivas e motiva-as a fazê-lo. Na economia da
partilha, os desperdícios têm valor,
são vistos apenas como um recurso no local errado. A economia da
partilha permite que os desperdícios sejam aproveitados onde forem necessários e valorizados.
são os criadores, colaboradores,
produtores, coprodutores, distribuidores e redistribuidores. Na
economia da partilha, as pessoas
criam, colaboram, produzem e
distribuem em peer-to-peer e de
pessoa para pessoa (P2P). Os
participantes da economia da
partilha são indivíduos, comunidades, empresas, organizações e
associações.
2. Produção:
Na economia da partilha, as pessoas, organizações e comunidades, como participantes ativos
que são, produzem ou coproduzem bens e serviços colaborativamente, coletivamente ou cooperativamente. A produção é aberta
e acessível a todos que desejarem
produzir.
3. Valor e sistemas
de troca:
A economia da partilha é uma
economia híbrida em que existem várias formas de troca,
incentivo e criação de valor.
O sistema engloba moedas alternativas, moedas locais, bancos
de tempo, investimento social e
capital social. É baseado nas recompensas materiais, imateriais
ou sociais e incentiva a utilização
mais eficiente dos recursos. Este
sistema híbrido de incentivo permite que as pessoas se envolvam
4. Distribuição
Na economia da partilha os recursos são distribuídos e redistribuídos através de um sistema
eficiente e equitativo. Os recursos
inativos são realocados ou trocados com quem necessita dos
mesmos, criando um sistema
circular ou um ciclo fechado eficiente e equitativo. A reciclagem,
a reutilização e a partilha do ciclo
de vida dos produtos são caraterísticas comuns na economia da
partilha. O sistema emprega tecnologia para redistribuir ou trocar
bens inutilizados ou “adormecidos”, gerando valor para as pessoas, comunidades e empresas.
Os modelos de propriedade
partilhada como cooperativas,
compras coletivas e consumo
colaborativo são caraterísticos da economia da partilha,
promovendo uma distribuição
justa dos bens, que beneficie
a sociedade como um todo.
O acesso é promovido e preferido
em detrimento da propriedade, e
encarado como propriedade distribuída ou partilhada.
O car sharing – partilha de
automóveis, por exemplo, pagando conforme o uso, é vista como
preferível e mais inteligente em
comparação com o custo, o encargo, o desperdício de recursos e
o potencial de inatividade da propriedade.
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5. Planeta:
A economia da partilha coloca
tanto as pessoas como o planeta no centro do sistema económico. A criação de valor, a produção e a distribuição operam
em sinergia ou harmonia com
os recursos naturais disponíveis, e não à custa do planeta.
os seus cidadãos, económica e socialmente, e permite a redistribuição de poder económico e social.
Estas duas facetas baseiam-se
num sistema de governação e de
tomada de decisões aberto, partilhado, distribuído e democrático.
Este ecossistema robusto facilita
a abertura e partilha de opor-
o car sharing, a troca peer-to-peer
e um vasto leque de formas de
partilha de recursos. As leis, políticas, estruturas e infraestruturas
criam um sistema de confiança,
com os seguros, as garantias, as
avaliações sociais e o capital de
reputação na vanguarda.
As pessoas são o centro da economia da partilha.
É uma economia popular, o que significa que
as pessoas são cidadãos ativos e que participam nas
suas comunidades e na sociedade em geral
A economia da partilha é inerentemente sustentável, porque
o sistema é concebido para a
sustentabilidade e não para a
obsolescência. A conceção dos
produtos, por exemplo, não só
é baseada na disponibilidade ou
reutilização de recursos, como
também promove modelos com
um impacte positivo no planeta.
Ou seja, em vez levar a cabo a
simples redução das emissões de
carbono para atenuar o impacte
negativo, a economia da partilha
cria bens e serviços que afetam
positivamente o ambiente natural, tais como os modelos de
economia circular ou os modelos
C2C2 – por exemplo, um par de
ténis feitos com materiais recicláveis que possuem sementes
implantadas nas solas biodegradáveis; à medida que os ténis se
desgastam, as plantas crescem.
6. Poder:
A economia da partilha capacita
tunidades e o acesso ao poder.
O poder é partilhado ou distribuído e a infraestrutura permite aos
cidadãos o acesso ao poder e à
tomada de decisões. Os sistemas
que permitem e promovem a remuneração justa e que reduzem a
desigualdade e a pobreza – como
o comércio justo – são apoiados e
preferidos. Isto serve de incentivo
às pessoas, que se tornam agentes económicos ou microempreendedores, que assinam contratos vinculativos entre si ou que
efetuam trocas peer-to-peer.
7. Direito partilhado:
Na economia da partilha, o mecanismo de criação de leis é democrático, público e acessível. As
regras, políticas, leis e normas são
criadas através de um sistema
democrático que permite e incentiva a participação em massa
a todos os níveis. As leis e políticas permitem, apoiam e incentivam as práticas de partilha, como
8. Comunicações:
Na economia da partilha, a informação e o conhecimento são
partilhados, abertos e acessíveis.
As boas comunicações abertas
são essenciais ao fluxo, eficiência
e sustentabilidade deste sistema
económico. Um dos princípios
fundamentais da economia da
partilha diz que as comunicações são distribuídas e o conhecimento é vastamente acessível,
fácil de obter e pode ser utilizado por diferentes indivíduos, comunidades e organizações, de
imensas formas e com os mais
variados propósitos. A tecnologia e as redes sociais permitem
o fluxo de comunicação e auxiliam a partilha de informação.
O foco das comunicações na economia da partilha é a promoção
da mensagem: “Partilhe Mais”.
9. Cultura:
A economia da partilha promove
uma cultura baseada no “nós”,
2. C2C: Modelo de design de produtos e sistemas cradle to cradle
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onde toda a comunidade e o bem
maior são tidos em consideração.
A saúde, a felicidade, a confiança
e a sustentabilidade são algumas
das caraterísticas a assinalar.
A partilha é vista como um
atributo positivo, as pessoas
que partilham são enaltecidas,
incentivadas e capacitadas. Um
estilo de vida partilhável é preferido e defendido. A cultura de
partilha estende-se a todos os
setores, geografias, condições
económicas, sexos, religiões e
etnias. A diversidade é celebrada e as colaborações entre diferentes grupos são aplaudidas e
incentivadas. A partilha de recursos faz parte da estrutura e
do ecossistema da sociedade de
disruptiva, o empreendedorismo
de partilha, o empreendedorismo criativo, o intraempreendedorismo e o microempreendedorismo são também comuns.
10. Futuro:
A economia da partilha é um
sistema económico robusto e
sustentável, construído em torno de uma visão a longo prazo,
considerando sempre o impacte
e as consequências futuras das
ações no presente. Ao ter em
conta as consequências a longo prazo, a futurologia e uma
perspetiva ampla, a economia
da partilha apresenta-se como
um sistema económico estável
e sustentável. O pensamento
Existem agora mais de sete mil
iniciativas de economia da partilha no mundo3, desde peer-to-peer a alugueres de casas como
a Airbnb ou a HouseTrip, clubes
de car sharing como a Zipcar,
empresas de ridesharing como a
Liftshare e até o nosso ponto de
comparação de mercado da economia da partilha – www.compareandshare.com –, que tem o
objetivo de propagar esta nova
economia à população em geral.
O diretório global da economia da
partilha (Global Sharing Economy
Directory) da Compare and Share
lista mais de sete mil iniciativas,
ordenadas por categoria e distribuição geográfica, demonstrando
que esta nova economia está lon-
A economia da partilha promove uma cultura
baseada no “nós”, onde toda a comunidade
e o bem maior são tidos em consideração
partilha. As externalidades são
sempre tidas em consideração
e integradas. A cultura de negócios é baseada na utilização mais
eficiente de recursos e na cultura
colaborativa de negócios. Negócios conscientes, sociais, sustentáveis, éticos, empresas sociais e
negócios como força do bem são
também caraterísticas da economia da partilha. Os modelos de
negócio predominantes na economia da partilha são: modelos
baseados no acesso, subscrição,
aluguer e modelos colaborativos
e entre peer-to-peer. A inovação
sistemático e a necessidade
de uma abordagem sistémica
à mudança são fundamentais
para o sucesso da economia da
partilha.
Mas estes dez pilares não são
apenas um sonho hippie, irrealista e inalcançável, ou uma visão
idealista. O que estamos a testemunhar, em todo o mundo, é o
surgimento desta nova economia
sustentável com exemplos reais
de como comunidades, empresas
e indivíduos estão a organizar as
suas vidas em torno da partilha de
recursos.
3. Compare and Share, Global Sharing Economy Directory.
4. Fast Company, 2011.
5. The People who Share, 2013.
6. The State of the Sharing Economy; The People who Share, 2013.
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ge de ser um sonho inalcançável.
Nas avaliações do volume de
mercado da economia da partilha surgem muitos valores entre
os 110 mil milhões de libras4 até
à casa dos biliões de libras, se o
montante estimado do potencial inativo exceder os 3,5 biliões de libras5. No Reino Unido,
65% dos adultos participou na
economia da partilha, rendendo
essa participação cerca de 4,6
mil milhões de libras6, enquanto nos Estados Unidos, 52%
dos norte-americanos arrendou,
pediu emprestado ou alugou
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itens que anteriormente teria
possuído, com 83% a afirmarem que o fariam, se fosse fácil7.
A atividade na economia da partilha está a crescer por toda a Europa. Na Holanda, 84,1% dos cidadãos de Amesterdão afirmam
que participariam na economia
da partilha8, enquanto a Europa
representa 38,7% do mercado
global de car sharing9.
O crescimento da economia da
partilha é evidente, embora falte
uma avaliação exaustiva do mercado global. Em resposta a esta
lacuna – e em colaboração com
a New Economics Foundation –,
vamos levar a cabo o estudo mais
exaustivo relativo ao valor da
economia da partilha até à data.
O valor de mercado, neste caso,
ultrapassa amplamente os cálculos tradicionais de contributo para
o PIB, visto que os valores social e
ambiental da economia da partilha são significativos – desde a redução de emissões de carbono à
maximização de recursos, criação
de coesão social e comunidades
felizes e saudáveis.
A Shareable – a maior publicação online de conteúdo sobre a
economia da partilha, fundada
por Neal Gorenflo – observou
um crescimento ano a ano no
setor. Lisa Gansky, autora de The
Mesh, documenta como estão
a despontar novos modelos de
negócio, concebidos em torno
do acesso e não da propriedade,
onde as pessoas são produtoras
e fornecedoras de bens e serviços
– deixando de estar dependen-
tes das grandes corporações. As
grandes corporações estão também a reconhecer esta oportunidade de mercado e a entrar no
espaço. Desde os hotéis Mariott e
a sua parceria com a Liquidspace
– arrendando cantos inutilizados
de hotéis a empreendedores –,
até ao Walmart, nos Estados Unidos, que faz entregas online através de crowdsourcing com clientes
na loja; ou a M&S no Reino Unido
que, com a iniciativa Shwopping,
reciclou milhões de peças de roupa ao mover-se para um sistema
de circuito mais fechado. A economia da partilha tem, inclusive,
o seu próprio analista – Jeremiah
Owyang, fundador da plataforma
Crowd Companies, que documenta e examina o crescimento
do setor.
Economistas e académicos por
todo o mundo declaram a economia da partilha como o maior
acontecimento desde a Revolução Industrial; e a imprensa
global destaca a “nova e imensa
economia da partilha [em que]
a tecnologia reduz os custos das
transações, tornando a partilha
de bens mais fácil e barata do que
nunca – sendo assim possível a
uma escala muito maior”. O jornal The Economist de 9 de março
de 2013 e a revista Forbes registam um crescimento de 25% na
economia da partilha em 2013.
Não restam dúvidas de que esta
nova economia é a economia do
futuro. Visto que quanto mais
partilhamos, mais felizes somos10,
é este o futuro que defendo.
BIBLIOGRAFIA
Compare and Share, Global Sharing Economy
Directory – There are now over 7,000 Sharing Economy initiatives in the world. Disponível em http://
www.compareandshare.com/sharing-economy-directory/.
Fast Company (2011) e MIT Sloan Management
– The Sharing Economy is valued at £110 billion. Disponível em http://mitsloanexperts.mit.edu/mit-sloan-grad-on-the-sharing-economy-the-next-big-trend-in-social-commerce/.
Forbes Magazine claims 25% growth in the Sharing
Economy in 2013, 23 de janeiro de 2013.
Inquérito da ShareNL em 2013 – 84,1% of citizens
in Amsterdam say they would participate in the Sharing
Economy. Disponível em http://www.collaborativeconsumption.com/2013/08/20/what-is-the-consumer-potential-of-collaborative-consumption-answers-from-amsterdam/.
Inquérito da Sunrun em 2013 – 52% of Americans
have rented, borrowed or leased items they would have
previously owned with 83% saying they would do so
if it were easy. Disponível em http://www.sunrun.
com/why-sunrun/about/news/press-releases/
new-survey-reveals-disownership-is-the-new-normal/.
Huge new sharing economy [where] technology
has reduced transaction costs making sharing assets cheaper and easier than ever – and therefore
possible on a much larger scale. In The Economist, 9
de março de 2013.
The Great Sharing Economy Report, Cooperatives UK, 2011 – The more we share, the happier we
become.
The People who Share, 2013 – There are £3.5 trillion worth of idle assets in the world.
The State of the Sharing Economy Report, The
People who Share 2013 – In the UK, 65% of adults
have engaged with the Sharing Economy earning some
£4.6 billion. Disponível em www.stateofthesharingeconomy.com.
Universidade de Berkeley – Europe claims 38.7%
of the worldwide car sharing market. Estudo sobre car
7. Inquérito da Sunrun em 2012.
8. Inquérito da ShareNL em 2013.
9. Estudo sobre car sharing da Universidade de Berkeley, 2013.
10. The Great Sharing Economy, Cooperatives UK, 2011.
sharing da Universidade de Berkeley, 2013.
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