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“O maior investimento que a Huawei
Portugal está a fazer é na área empresarial”
A Huawei pretende investir para ter uma unidade empresarial forte e dinâmica em Portugal e continuar
a crescer sustentadamente no nosso mercado. A área de data center é uma das mais importantes
na estratégia do fabricante, que quer posicionar-se como um coacher dos Parceiros ao nível do
desenvolvimento dos seus negócios
O
último CIO Forum da Huawei realizou-se
em Lisboa, no final do mês de outubro e
o IT Channel aproveitou a oportunidade
para conversar com Pedro Ferreira, country diretor
da Huawei Portugal, e Bruno Santo, Enterprise Director da subsidiária, sobre a visão e os planos para
o mercado português.
IT Channel – Quais têm sido as prioridades da
unidade empresarial da Huawei em Portugal?
Pedro Ferreira (P.F.) – Começámos a funcionar em
2012 e a nossa prioridade foi construir um ecossistema, no qual parte fundamental passa pelo Canal.
Identificámos os nossos Parceiros, que trabalhamos
ao nível da distribuição e da integração. Numa outra
fase privilegiámos a certificação. Neste momento, a
prioridade passa pelos verticais, depois pelos media
e pelo setor público, nomeadamente o governo central. No que diz respeito ao portfólio, estamos a dar
prioridade a unified communications. O data center
é uma área altamente estratégica para a Huawei,
transversalmente. Apresentamo-nos com um portfólio, nesta área, que é end-to-end. Vai desde a
infraestrutura até à solução completa – com plataforma de gestão e energia.
de negócio que, naturalmente, os nossos Parceiros
estão a endereçar.
necessidade do cliente, independentemente da sua
dimensão.
Que vantagens traz a Huawei às empresas?
P.F. – No campo das unified communications o
nosso portfólio vai desde uma solução completa,
end-to-end, de telepresença, como por exemplo
uma videoconferência autónoma, até à personal
Este é o aspeto que mais vos diferencia na
videoconference, na qual
área do data center?
dispomos de uma solução
P.F. – Até aparecermos no
altamente flexível, inovadora
mercado, tinha havido um
e competitiva. Por outro lado
ecossistema composto por
é muito prática, sendo autóuma série de players com sonoma até quatro pontos.
luções para o segmento emTambém nos distinguimos
presarial que se complemenpelos contentores de data
tavam entre si. A diferença
center. Nas redes, temos um
é que a Huawei realmente
portfólio vastíssimo no que
tem um portfólio vastíssimo,
diz respeito a CPEs empresaque nos permite endereçar a
riais convergentes, ou seja,
banca, os transportes, entre
que têm interfaces que vão
outros setores.
do fixo à fibra, 3G e 4G. A
grande vantagem é que a
Nesse caso, tratam-se de
Bruno Santo
Huawei não só tem a cagrandes empresas. E as
pacidade de endereçar as grandes contas, como
PMEs, o que representam?
também consegue de, cada vez que identifica uma
Bruno Santo (B.S.) – É um mercado muito interesoportunidade, desenhar soluções de acordo com a
sante e na verdade representa um grande volume
Os contentores de data center, enquanto
solução chave-na-mão, são uma solução que o
mercado português procura?
P.F. – O nosso setor não para e evolui diariamente.
Cada vez mais exige reinvenção. Atualmente, os
decisores, nas empresas, procuram cada vez mais
soluções com flexibilidade, dinâmica e inovação, que
lhes permitam crescer à medida que o negócio o
possibilita. A solução do contentor assenta perfeitamente no modelo de implement as you go.
A área de data center
está em forte expansão
e acreditamos que, em
Portugal, será uma
das áreas de grande
crescimento e na qual
nos vamos destacar a
nível tecnológico
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Em Portugal ainda não foi nenhum implementado,
mas existe procura e os clientes ficam muito agradados com a solução. Posso dizer que existem algumas oportunidades reais que podem ser concretizadas em 2016.
B.S. – Uma das grandes vantagens do nosso portfólio, que é muito extenso, é o facto de termos
apenas uma interface e, adicionalmente, a plataforma de gestão é a mesma para cada uma das
product lines, não havendo necessidade, por parte
do cliente final, de serem adquiridas segundas plataformas de gestão.
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Qual a área de negócio que mais tem crescido
dentro da Huawei?
B.S. – Uma das áreas em que temos estado a crescer
bastante é o WiFi, o que está relacionado com a
própria evolução tecnológica do país. A nossa vantagem em networking, no WiFi, no IT e em videoconferência é o facto de conseguirmos abranger o
cliente final com várias oportunidades. A área de
data center está em forte expansão e acreditamos
que, em Portugal, será uma das áreas de grande
crescimento e na qual nos vamos destacar a nível
tecnológico. Todo o nosso portfólio tem uma grande
componente de qualidade de produto e de inovação,
porque sabemos que temos de ser diferenciadores
e ter add value relativamente à nossa concorrência.
O valor acrescentado também advém da qualidade dos Parceiros. Como é que a Huawei os
apoia na sua própria evolução?
B.S. – Sendo o Parceiro um grande responsável
do nosso próprio sucesso, temos um programa de
Canal, de certificação e formação, de pré-venda
e venda. De momento, temos dez Parceiros a ter
formação na China, ou seja, temos formação local
e, com alguma regularidade, convidamos Parceiros
estratégicos a terem formação dedicada e especializada. Motivamos os nossos Parceiros para terem
a noção de que, além de terem abrangência geográfica, é importante terem especialização. Muitos
são focados apenas num tipo de tecnologia, uns em
vídeo, outros em networking e outros em IT. Temos
também Parceiros que detêm capacidades em todas
as áreas, mas a Huawei
tenta que exista uma especialização e certificação do
próprio Parceiro.
Pedro Ferreira e Bruno Santo, country director e enterprise director da Huawei Portugal
Como vê a Huawei o mercado português?
P.F. – Além da retoma, existe um drive muito grande
para a economia digital, para o machine to machine,
para a IoT. Se a Europa, e Portugal, necessariamente, não aproveitar esta oportunidade, todo o
setor empresarial vai ficar a perder. Qualquer empresa, independentemente do seu tamanho, tem
que transformar-se, não só
do ponto de vista processual
mas também do ponto de
vista de meios e plataformas.
Ao contrário de
outros players, que se
posicionam só como
um trusted adviser do
Canal, a Huawei é
muito mais que isso.
Acaba por ser um
Parceiro para a vida
P.F. – Ao contrário de outros
A economia digital é funplayers, que se posicionam
damental para as empresas
só como um trusted adviser
pequenas poderem evoluir e
do Canal, a Huawei é muito
chegar a outros mercados.
mais que isso. Acaba por ser
Entendemos que, a partir das
um Parceiro para a vida, um
nossas soluções e estratégia,
coacher do ponto de vista
somos o parceiro ideal para
do desenvolvimento do neque as empresas façam esse
gócio, também muitas das
caminho.
Pedro Ferreira
vezes no design das soluções. Além de sermos parAs smart cities também
ceiros de negócio, queremos ser um trusted partner. são um foco da Huawei. As autarquias estão
interessadas?
De quantos Parceiros dispõe atualmente a
P.F. – Os Parceiros têm que estar devidamente desHuawei?
pertos para podermos aproveitar essa oportunidade
B.S. – De momento temos cerca de 30 Parceiros. em conjunto. Os decisores das autarquias estão
Futuramente apresentaremos uma segunda fase da muito despertos para isso e também para propormaturidade de crescimento do Canal, no início do cionarem uma melhoria contínua na qualidade de
próximo ano. Neste momento, todos os Parceiros são vida dos seus cidadãos. Por outro lado, necessitam
authorized resellers. É uma evolução natural, porque reduzir custos e tornar a autarquia mais eficiente.
felizmente temos Parceiros para os quais a Huawei é
uma aposta.
A Comissão Europeia, atendendo ao que acontece
nos EUA e na Ásia, está a acelerar ao máximo este
caminho, para tentar recuperar o gap que existe
em relação a estas duas geografias. Portugal está
muito bem posicionado, porque existem uma série
de linhas disponíveis para apoiar essas iniciativas. Esperamos que os nossos Parceiros sejam os primeiros
a identificar esses leads.
B.S. – Um dos grandes fatores diferenciadores das
smart cities passará por dar mobilidade. Ter WiFi
na cidade será um começo. Mas é apenas uma
conectividade. Há também a questão da partilha
de informação entre todo o tipo de serviços que
uma autarquia poderá ter, para reduzir tempos de
resposta.
Quais os objetivos da Huawei para o mercado
empresarial em Portugal, em 2016?
P.F. – O maior investimento que a Huawei Portugal
está a fazer é na área empresarial. Também é a que
mais nos exige, porque queremos atingir o nosso milestone no menor tempo possível. Felizmente temos
já um ecossistema com Parceiros altamente qualificados e estamos cá para criar o valor, assessar o valor
e distribuir o valor.
À medida que a Huawei for crescendo, necessitará de mais parceiros?
B.S. – Não será propriamente uma necessidade. Os
Parceiros que apostaram na Huawei vão crescer connosco.
P.F. – Estamos satisfeitos com os Parceiros que temos
e não pretendemos crescer o Canal.
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Tem a palavra: Pedro Ferreira e Bruno Santo