CROP BIOTECH UPDATE
Outubro de 2013
NOTÍCIAS
Mundiais
A UE E A FAO AJUDAM SEIS PAÍSES A LOGRAR META DE DESENVOLVIMENTO
PARA O MILÊNIO COM RELAÇÃO À FOME
A União Europeia e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
formaram uma parceria para desenvolvimento agrícola para ajudar dois milhões de
pessoas em seis países. Os países que serão beneficiados incluem Burundi, Burquina
Faso, Gâmbia, Haiti, Madagáscar e Moçambique. Os recursos do projeto, de
aproximadamente €60 milhões, são provenientes da iniciativa de €1 bilhão da UE para
impulsionar o progresso das Metas de Desenvolvimento para o Milênio.
A iniciativa fortemente promove parcerias com agências da ONU, governos e a
sociedade civil com o fim de assegurar que as principais metas, incluindo melhoria de
nutrição e apoio a políticas agrícolas, possam ser logradas.
“Tão perto da expiração do prazo, quando ainda há tanto a fazer, este bom investimento
em agricultura permitirá à FAO aumentar seus esforços para erradicar a fome e fazer
ainda mais para ajudar os países a diminuir pela metade a proporção de pessoas que
passam fome até 2015”, disse José Graziano da Silva, Diretor-Geral da FAO, em um
evento especial sobre as Metas de Desenvolvimento para o Milênio durante a
Assembleia Geral da ONU.
Para
mais
informações
sobre
http://www.fao.org/news/story/en/item/198122/icode/.
DIA MUNDIAL DE ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEIS
SE
essa
CONCENTRA
notícia,
EM
SISTEMAS
visite
DE
Este ano, o foco da comemoração do Dia Mundial de Alimentação em 16 de outubro de
2013 é “Sistemas de Alimentação Sustentáveis para Segurança Alimentar e Nutrição”.
O sistema de alimentação é composto pelo meio ambiente, pessoas, instituições e
processos envolvidos na produção e comercialização agrícolas. Cada parte do sistema
de alimentação tem impacto sobre a disponibilidade e acessibilidade finais de alimentos
variados e nutritivos, bem como sobre a capacidade dos consumidores de seguir dietas
saudáveis.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO), em todo o mundo, cerca de 870 milhões pessoas sofrem de desnutrição crônica
em 2012. Para fazer frente à desnutrição, são necessárias ações integradas e
intervenções complementares na agricultura e no sistema alimentar, na gestão de
recursos naturais, na saúde pública e educação, e em domínios de política mais
amplas. O Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva, enfatizou em sua mensagem
do Dia Mundial de Alimentação que também precisaremos assegurar acesso a
alimentos durante o todo ano, eliminar desperdício de alimentos e desnutrição estrutural
em crianças, dobrando, ao mesmo tempo, a produção e lucros dos pequenos
produtores.
Leia mais sobre a comemoração do Dia Mundial de Alimentação em
http://www.fao.org/getinvolved/worldfoodday/en/. Assista ao vídeo com a mensagem do
Diretor
Geral
da
FAO
em
http://www.fao.org/news/audio-video/detailvideo/en/?uid=10119&wmode=1.
EQUIPE INTERNACIONAL DESCOBRE MECANISMO DE IMUNIDADE VEGETAL
NATURAL
Pesquisadores do Laboratório Sainsbury (The Sainsbury Laboratory) em Norwich (TSL),
em estreita colaboração com cientistas chineses da Universidade Tsinghua e da
Academia Chinesa de Ciências em Pequim descobriram, pela primeira vez, exatamente
como funciona um receptor imune que medeia a imunidade natural de plantas a
bactérias.
A equipe descobriu os mecanismos moleculares por meio dos quais um receptor
vegetal chave, denominado FLS2, reconhece a proteína bacteriana flagelina, necessária
à motilidade bacteriana. A flagelina se liga diretamente ao receptor FLS2, levando ao
recrutamento de um coreceptor vegetal necessário à ativação da resposta imune. A
pesquisa tem implicações importantes para o desenvolvimento de resistência a doenças
de amplo espectro em culturas. O cientista sênior do TSL, o Prof. Cyril Zipfel, disse:
“Esta informação abre possibilidades que terão benefícios para a produção mundial de
alimentos, pois nos proporciona o conhecimento para criar resistência exata em
culturas.”
Para mais dados sobre esta pesquisa, leia o informe à imprensa do TSL em:
http://www.tsl.ac.uk/czproct.html. Os resultados desse estudo publicado no periódico
Science
estão
disponíveis
em:
http://www.sciencemag.org/content/early/2013/10/09/science.1243825.
África
ANALISTAS: MILHO RESISTENTE À SECA TEM IMPACTO MENSURÁVEL SOBRE
A AGRICULTURA AFRICANA
Foi informado que o projeto de Milho Resistente à Seca para a África (DTMA), lançado
em 2006 e que tem por objetivo mitigar a seca e outras barreiras à produção na região,
apresentou resultados positivos para a agricultura africana. Análises econômicas
sugerem, também, que se forem amplamente adotadas, as sementes de milho
resistentes à seca poderão ajudar os produtores africanos a se haver com esses
impedimentos.
Entre os objetivos até agora logrados pelo projeto em termos de impacto mensurável
estão os seguintes:
 Foram liberadas na África 140 novas variedades de DTMA;
 Estudo de eficiência de impacto, indicando que vários países lograram seus
objetivos em termos de produção de sementes; o Zimbábue e o Quênia
conseguiram dobrar seus volumes anteriores previstos;
 110 empresas de semente africanas (72 pequenas nacionais, 18 regionais, 12
pequenas e médias empresas (SMEs) e 8 empresas internacionais) adotaram,
produziram e difundiram as novas variedades de DTM a produtores locais;
 Essas novas variedades foram plantadas em 1.230.000 glebas cultivadas; e
 Ao todo, três milhões de casas e 20 milhões de pessoas foram beneficiadas e
afetadas pela tecnologia.
Para mais informações, visite http://www.cgiar.org/consortium-news/partnerships-leadto-measurable-impacts-for-drought-tolerant-maze-for-africa/.
Américas
APHIS APROVA STATUS NÃO REGULADO DO MILHO HT, MILHO MACHO
ESTÉRIL E CANOLA HT
A Inspeção Sanitária Animal e Vegetal dos Estados Unidos desregulamentou três
eventos geneticamente modificados em milho e canola em três diretrizes separadas. O
evento de milho resistente a herbicida VCO-O1981-5 desenvolvido pela Genective foi
avaliado segundo a Avaliação de Risco de Praga Agrícola concluindo ser improvável
que represente risco de praga agrícola e não deve mais ficar sujeito a regulamentos. O
texto
completo
da
decisão
da
APHIS
pode
ser
visualizado
em
http://www.aphis.usda.gov/brs/aphisdocs/11_34201p_det.pdf.
O evento de milho macho estéril MON87427 desenvolvido pela Monsanto também
recebeu certificado de desregulamentação doa APHIS e o texto completo pode ser
visualizado em http://www.aphis.usda.gov/brs/aphisdocs/10_28101p_det.pdf.
De forma análoga, a canola resistente a glifosato MON88302 recebeu status de não
regulada da APHIS após avaliação de risco completa. Os dados completos podem ser
visualizados em http://www.aphis.usda.gov/brs/aphisdocs/11_34201p_det.pdf.
ESTUDO DA UC DAVIS OFERECE ESPERANÇA DE DETER O GREENING CÍTRICO
INCURÁVEL
Enquanto a devastadora doença Huanglongbing (HLB), ou greening cítrico, ameaça
acabar com a citricultura nos Estados Unidos, uma equipe de cientistas agrícola da
Universidade da Califórnia, em Davis (UC Davis) e do Departamento de Agricultura
Norte-Americano trabalha em um estudo de pesquisa que oferecerá nova esperança de
tratamento da doença. A HLB é causada por três espécies das bactérias Candidatus
Liberibacter, inclusive a Candidatus Liberibacter asiaticus, também denominada CaLas.
Essas bactérias são levadas de árvore a árvore por duas espécies do psilídeo cítrico,
um inseto alado que se prende ao lado inferior das folhas das árvores.
Em seu estudo, os pesquisadores estudaram quatro categorias de árvores cítricas
saudáveis e doentes para entender melhor como a HLB afeta as árvores durante os
primeiros estágios da infecção. Sua análise confirmou que, nas árvores infectadas, a
doença HLB provocava o acúmulo de amido nas folhas, bloqueando o transporte de
nutrientes pelo floema e diminuindo a fotossíntese. Constataram, também, que o
metabolismo normal da sacarose, açúcar também fundamental para a fotossíntese, foi
rompido. Os pesquisadores também descobriram que a HLB afetava a regulação de
hormônios como ácido salicílico, ácido jasmônico e etileno, que são “a espinha dorsal”
de resposta imune vegetal. Constataram, ademais, que as árvores infectadas
apresentavam alterações no metabolismo de aminoácidos importantes que servem de
reservatório do nitrogênio orgânico necessário para estimular a resposta imune em
várias plantas. A equipe prevê que suas descobertas conduzirão a novos testes para
detecção das bactérias e presença de HLB em árvores frutíferas. Também sugerem que
talvez seja possível desenvolver vários tratamentos de curto prazo para árvores
infectadas.
Para mais informações sobre esta pesquisa, leia o informe à imprensa disponível em
http://news.ucdavis.edu/search/news_detail.lasso?id=10701.
CIENTISTAS DESCOBREM PRIMEIRA ETAPA PARA REDUÇÃO DA NECESSIDADE
DE NITROGÊNIO DAS PLANTAS
Uma descoberta recente de uma equipe de pesquisadores da Universidade do Missouri
poderia ser o primeiro passo para ajudar plantas a usar menos nitrogênio. Gary Stacey,
professor de ciências agrícolas da Universidade de Missouri, descobriu que culturas,
como milho, ficam “confusas” ao serem confrontadas com bactérias invasivas, mas
benéficas, denominadas rizóbios. Quando as bactérias interagem corretamente com a
planta, as bactérias recebem um pouco de alimento da planta e, concomitantemente,
produzem nitrogênio necessário à maioria das plantas. No entanto, Stacey descobriu
que várias outras plantas reconhecem as bactérias, mas não tentam interagir de perto
com elas.
Stacey e sua equipe trataram milho, soja, tomates e outras plantas para ver como
respondiam ao serem expostas à sinalização química das bactérias rizóbio.
Constataram que as plantas realmente receberam a sinalização e, como os legumes, o
sistema imune normal da planta foi inibido. Contudo, soja, milho e essas outras plantas
não concluem a etapa extra de formar nódulos que permitem o desenvolvimento das
bactérias. “A descoberta importante foi que essas outras plantas não ignoraram
simplesmente as bactérias rizóbio. Elas as reconheceram, mas simplesmente ativaram
um mecanismo diferente. Nosso próximo passo é determinar como podemos fazer as
plantas compreenderem que se trata de uma relação benéfica e conseguir que ativem
um mecanismo diferente que produzirá os nódulos que atraem as bactérias em vez de
tentar combatê-las”, disse Stacey.
Para mais informações sobre esta pesquisa, leia o informe à imprensa em:
http://cafnrnews.com/2013/09/a-little-less-nitrogen/.
MILHO DOCE BT PODE REDUZIR O USO DE INSETICIDA
Um novo estudo publicado no Journal of Economic Entomology sugere que o milho
doce geneticamente modificado (GM) é mais seguro para trabalhadores rurais e melhor
para o meio ambiente, pois requer menos aplicações de pesticida do que o milho
convencional. O estudo analisou o desempenho do milho doce Bt comparando sua taxa
de infestação e comercialização com as de variedades geneticamente idênticas que não
tinham proteínas Bt.
Foram realizados ensaios com milho doce em 2010 e 2011 em Nova York, Minnesota,
Maryland, Ohio e Geórgia, locais que diferem quanto ao clima, práticas de
administração e pressão de pragas. Os autores descobriram que, no manejo de pragas
da lagarta da espiga do milho, o milho doce Bt constantemente apresentou melhor
desempenho do que suas contrapartes não Bt, mesmo os que foram borrifados com
inseticidas convencionais.
O Professor de entomologia da Universidade Cornell, Anthony Shelton, disse “Em vários
estados e no decorrer de vários anos, o milho doce Bt se saiu melhor e exigiu menos
aplicações para atender os padrões do mercado”. Acrescentou que os exemplos mais
espetaculares ocorreram em lotes de Nova York em 2010, quando o milho doce Bt
apresentou de 99 a 100 por cento espigas comerciáveis sem nenhuma aplicação, ao
passo que o milho não Bt, com oito aplicações de inseticidas convencionais, produziu
apenas 18 por cento de espigas comerciáveis, não muito melhor do que os 6 por cento
de espigas comerciáveis produzidas nos lotes que não receberam nenhuma aplicação.
Os autores preveem que produtores de milho poderiam auferir maiores lucros com o
milho doce Bt em razão de insumos menores e maior comercialidade, conservando
concomitantemente populações de insetos benéficos que mantêm à distância pragas
nocivas.
Para saber mais sobre este estudo, leia o artigo de notícias
http://www.entsoc.org/press-releases/bt-sweet-corn-can-reduce-insecticide-use.
em:
CIENTISTAS ACELERAM A MELHORIA DO TEOR DE VITAMINA A DA MANDIOCA
Cientistas da Universidade Nacional da Colômbia e do Centro Internacional de
Agricultura Tropical (CIAT) descobriam uma maneira de acelerar a melhoria do valor
nutricional da mandioca, particularmente da vitamina A, de oito para três anos. Ao
perceber que o teor de hereditariedade de carotenoides em raízes de mandioca é alto,
os pesquisadores introduziram uma modificação drástica no esquema de reprodução da
cultura denominado ferramenta de seleção recorrente cíclica rápida, o que resultou em
ganho de teor de carotenoides total na mandioca.
Os resultados apresentam outras implicações além do aumento do teor de vitamina A
na mandioca, pois os cientistas também podem aplicar este princípio de reprodução
rápida a outras características de alta hereditariedade em culturas. Por exemplo, a
resistência a doenças com alta hereditariedade poderia ser testada com mais rapidez.
Para mais informações, visite http://www.ciatnews.cgiar.org/2013/10/08/fast-trackingnutrition-a-magical-discovery/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=fasttracking-nutrition-a-magical-discovery. Veja relatório pormenorizado do estudo em
http://ciatblogs.cgiar.org/agbio/files/2013/10/rapid-cycling-carotenoids-cassava.pdf.
CIENTISTAS DA UC DAVIS DECODIFICARÃO O GENOMA DO ANCESTRAL DO
TRIGO DE PANIFICAÇÃO
A Universidade da Califórnia, em Davis, está liderando uma equipe internacional no
sequenciamento do genoma da goatgrass Aegilops tauschii, parente selvagem do trigo
de panificação comum responsável pela qualidade de panificação presente no trigo.
Também é altamente resistente ao sal, seca, alumínio, geada, pragas e várias doenças
do trigo. Os cientistas planejam identificar os genes que controlam importante tolerância
ambiental e características de resistência, e aprimorar a compreensão das causas
biológicas por trás dos tamanhos enormes de muitos genomas de plantas. O código do
A. tauschii também fornecerá aos geneticistas a referência extremamente necessária à
genômica e montagem do sequenciamento do trigo.
Para mais informações sobre esta pesquisa, leia o informe à imprensa da UC Davis
disponível em: http://news.ucdavis.edu/search/news_detail.lasso?id=10733.
FATORES EPIGENÉTICOS IDENTIFICADOS COMO
PREVENÇÃO DO BAIXO RENDIMENTO DO TRIGO
FUNDAMENTAIS
NA
Cientistas da Universidade de McGill, no Canadá, descobriram que, além de fatores
genéticos, fatores epigenéticos podem proporcionar ideias para evitar germinação na
pré-colheita (PHS) no trigo. A PHS apresenta repercussões econômicas tão importantes
para produtores no mundo todo que os cientistas trabalham para descobrir uma solução
para o problema há pelo menos duas décadas.
A equipe de pesquisa do Departamento de Ciências Agrícolas de McGill, liderado pelo
Prof. Jaswinder Singh, identificou um gene chave que atua como interruptor para
determinar de que maneira uma planta em particular responderá ou não à alta umidade
e excesso de chuva com germinação antecipada (por meio de PHS). Esse interruptor
está presente em um gene chave, ARGONAUTE4_9, na via “Metilação de DNA
dependente de RNA” (RdDM). A equipe fez a descoberta por meio de várias
ferramentas genômicas e moleculares para identificar genes ARGONAUTE4_9
específicos, e a seguir comparou o modo como esses genes são expressos em
variedades de trigo resistentes à PHS e variedades de trigo suscetíveis à PHS.
Veja
o
informe
à
imprensa
da
Universidade
de
McGill
http://www.mcgill.ca/medicine/channels/news/mcgill-discovery-should-save-wheatfarmers-millions-231037.
NOVA
SOJA
RESISTENTE
COMERCIALIZAÇÃO
A
INSETOS
EM
AVALIAÇÃO
em
PARA
A Dow AgroSciences desenvolveu uma nova soja resistente a insetos com duas
proteínas Bt com o fim de maximizar o controle de pragas de lepidópteros. Trata-se da
primeira variedade de soja com duas proteínas Bt que foram submetidas para
aprovação. A característica foi submetida a autoridades regulatórias para aprovação
nos principais países produtores de soja como parte do processo de autorização global.
A meta inicialmente é a comercialização na América do Sul.
Leia o artigo original em http://www.biofuelsdigest.com/biobased/2013/10/08/dowagrosciences-advancing-novel-insect-resistant-soyabean-trait/.
CIENTISTAS IDENTIFICAM GENES CHAVE PARA AUMENTAR TEOR DE ÓLEO EM
FOLHAS DE PLANTAS
Cientistas do Laboratório Nacional Brookhaven do Departamento de Energia dos
Estados Unidos identificaram os genes chave necessários à produção e acúmulo de
óleo em folhas de plantas e outros tecidos vegetais. Liderada pelo bioquímico
Changcheng Xu, a descoberta poderia ter implicações importantes no aumento do teor
de energia de alimentos agrícolas e insumos de biocombustíveis renováveis.
Normalmente, as plantas não armazenam muito óleo em suas folhas e outros tecidos
vegetais, pois o óleo é armazenado em sementes nas quais compostos com alta
densidade de energia proporcionam nutrição a embriões vegetais em desenvolvimento.
Os estudos de Xu visavam descobrir uma maneira de “reprogramar” as plantas de modo
que armazenassem óleo em suas formas mais abundantes de biomassa. Os cientistas
usaram diferentes técnicas genéticas para testar os efeitos da superexpressão ou
silenciamento de genes que permitem às células produzir certas enzimas participantes
da produção de óleo. Descobriram que a superexpressão do gene da enzima PDAT
resultou em aumento de 60 vezes da produção de óleo da folha, mas quando ativaram
uma proteína denominada oleosina em conjunto com a PDAT, observaram aumento de
130 vezes da produção de óleo da folha.
A equipe a seguir testou os efeitos da superexpressão dos genes de aumento de óleo
recém identificados (PDAT e oleosina) em plantas de teste que já apresentavam taxa
elevada de síntese de ácido graxo e observaram produção e acúmulo de óleo ainda
maior de 170 vezes em comparação com ponto no qual o óleo respondia por quase 10
por cento do peso seco da folha.
Para mais informações sobre esta pesquisa, leia o informe à imprensa disponível em:
http://www.bnl.gov/newsroom/news.php?a=11582.
DESCOBERTAS SURPRESAS NO GENOMA DECODIFICADO DO KIWI
Um novo estudo que decodificou o sequenciamento do DNA do kiwi concluiu que a fruta
apresenta muitas semelhanças genéticas entre seus 39.040 genes e outras espécies
vegetais, inclusive batatas e tomates. Uma das descobertas mais notáveis do estudo foi
a alta porcentagem de similaridades dentro do DNA do kiwi. Os dados revelaram a
ocorrência de duas tribulações incomuns há aproximadamente 27 e 80 milhões de anos
no processo de divisão celular, quando houve uma grande expansão de genes a partir
de toda uma cópia extra do genoma, seguida por grande perda de genes.
Zhangjun Fei, cientista do Instituto Boyce Thompson da Universidade de Cornell, diz
que o genoma do kiwi passou por dois eventos recentes de duplicação de todo o
genoma. Fei acrescenta, “A duplicação contribuiu para o acréscimo de membros
adicionais de famílias de genes que participam da regulação de características
importantes do kiwi, como metabolismo de vitamina C, flavonoides e carotenoide da
fruta”. Os cientistas compararam o kiwi com os genomas de outras espécies vegetais
representativas, inclusive tomate, arroz, uva e Arabidopsis, e descobriram
aproximadamente 8.000 genes comuns entre todas as cinco espécies. A comparação
revelou relações evolutivas importantes, inclusive os genes de desenvolvimento
relacionados ao crescimento, maturação, metabolismo de nutrientes e resistência a
doenças da fruta.
Para mais informações, leia o informe à imprensa do Cornell Chronicle disponível em
http://www.news.cornell.edu/stories/2013/10/surprises-discovered-decoded-kiwifruitgenome.
CIENTISTAS FITOSSANITÁRIOS REITERAM APOIO À BIOTECNOLOGIA
O Conselho da Sociedade Americana de Fitopatologia (APS) aperfeiçoou sua posição
sobre biotecnologia, com o recebimento por três pioneiros da biotecnologia agrícola do
Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize) deste ano. A APS é a maior
organização de cientistas fitossanitários do mundo, representando quase 5.000
membros de 90 países diferentes. Citando os enormes benefícios potenciais do manejo
de fitopatologias oferecidos por esta tecnologia, a APS reiterou seu apoio e oposição à
rotulagem obrigatória de alimentos derivados de plantas geneticamente modificadas
(GM).
George Abawi, Presidente da APS disse “A biotecnologia é hoje uma valiosa ferramenta
para melhorar a fitossanidade, segurança de alimentos e rações, e ganhos sustentáveis
de produtividade agrícola. Conforme discutido esta semana durante a Cúpula de
Borlaug e na premiação do Prêmio Mundial de Alimentação, a biotecnologia continuará
a ser parte extremamente importante das ferramentas de manejo fitossanitário”. Embora
apoie fortemente a regulamentação baseada na ciência e transparente de produtos
agrícolas, a APS há muito tempo se opõe à regulação de alimentos, rações e produtos
de fibra exclusivamente com base na tecnologia específica usada para criar esses
produtos.
Abawi acrescentou, “As provas científicas atuais respaldam a conclusão de que plantas
GM não apresentam maior risco de segurança do que as plantas tradicionalmente
cultivadas. Rotular GM poderia causar muita confusão aos consumidores e reduzir a
disponibilidade e uso desta tecnologia no manejo de fitopatologias”.
A Declaração de Posição sobre a Rotulagem Obrigatória de Plantas e Produtos
Agrícolas Derivados de Biotecnologia completa da APS está disponível em
http://www.apsnet.org/members/outreach/ppb/positionstatements/Pages/BiotechnologyP
ositionStatement.aspx.
CIENTISTAS ESTUDAM VIAS DE CONTROLE DO CRESCIMENTO DE PLANTAS
Cientistas do Laboratório de Sistemas Agrícolas, do Serviço de Pesquisa Agrícola, do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA ARS Sustainable Agricultural
Systems Laboratory) e do Conselho de Pesquisa Canadense estão analisando o
mecanismo celular que controla a taxa de crescimento, longevidade, captação de
nutrição e metabolismo de plantas experimentais por meio da via de “sinalização TOR”.
A via da TOR (alvo da rapamicina) é um sensor de nutrição-e-energia que tem
importante papel na mediação dos sinais que controlam o crescimento,
desenvolvimento e período de vida de leveduras, animais e seres humanos.
Estudos anteriores mostraram que em leveduras, ratos e seres humanos, a rapamicina
atua ligando-se a uma proteína denominada “FKBP12” (FK506 proteína de ligação 12),
mas não se liga eficazmente a proteínas relacionadas à FKBP12 no modelo de planta
Arabidopsis ou em outras plantas, provavelmente em razão de diferenças de estrutura
da proteína. A equipe de pesquisa desenvolveu então plantas transgênicas de
Arabidopsis que produziram a versão de levedura da proteína FKBP12 e linhagens
selecionadas para tratamento com rapamicina com o fim de monitorar as respostas das
plantas quanto aos níveis de crescimento, desenvolvimento, metabolismo e expressão
genética.
As plantas com o gene FKBP12 de levedura responderam à rapamicina com
crescimento mais lento, produzindo raízes e brotos mais curtos e vivendo mais tempo
do que suas contrapartes normais. Observaram, também, que os tratamentos com
rapamicina também afetaram a expressão genética, com desligamento ou “diminuição
da expressão” de genes associados à fotossíntese e crescimento celular. Por
conseguinte, as plantas transgênicas tratadas com rapamicina não responderam ao
aumento de luz e exibiram taxas de crescimento 10 vezes mais lentas do que as de
plantas naturais quando da intensificação da iluminação.
Para mais informações sobre esta pesquisa, leia o artigo publicado na edição de
outubro
de
2013
da
revista
Agricultural
Research
em
http://www.ars.usda.gov/is/AR/archive/oct13/plants1013.htm.
LAUREADO DO PRÊMIO MUNDIAL DE ALIMENTAÇÃO de 2013 DOA PRÊMIO A
ESTUDIOSAS DE CIÊNCIA AGRÍCOLA
O laureado do Prêmio Mundial de Alimentação de 2013 e o vice-presidente executivo da
Monsanto, o Dr. Robert Fraley, anunciou durante a premiação do Prêmio Mundial de
Alimentação que doará seu prêmio em dinheiro do Prêmio Mundial de Alimentação para
financiar estudiosas de cultivo e biotecnologia vegetal da Universidade de Illinois. As
estudantes integrarão a bolsa de estudos de Estudantes de Ciência Agrícola FraleyBorlaug que receberá recursos iniciais de US$250.000 de Fraley e da Monsanto.
“Os avanços que estão ocorrendo no cultivo, biotecnologia e agronomia visando
melhorar os rendimentos das culturas são realmente extraordinários - mas, nosso
trabalho não acabou”, disse Fraley. “Por meio do fundo de Estudantes Fraley-Borlaug,
estamos fazendo um investimento no futuro para dar vazão ao potencial da próxima
geração de mulheres cientistas que continuarão a impulsionar a inovação da produção
de alimentos segura e sustentável. As mulheres estão sub-representadas nesta
comunidade científica hoje, contudo, formam também a maioria dos pequenos
produtores em todo o mundo e estão em posição de ganhar mais com inovações atuais
e futuras em ciência agrícola”.
Fraley é ex-aluno da Universidade de Illinois e o Dr. Norman Borlaug é conhecido como
pai da Revolução Verde em razão de suas contribuições à melhoria da produção de
trigo que salvou mais de um bilhão de vidas.
Leia o artigo original em http://news.aces.illinois.edu/news/world-food-prize-laureate-drrobert-fraley-donate-award-support-advancement-women-plant-science.
Ásia e Pacífico
ESTUDO PROPORCIONA COMPREENSÃO SOBRE A BASE GENÉTICA DA
DOMESTICAÇÃO E DIVERSIDADE DO PEPINO
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas e
outros centros de pesquisa agrícola do país apresentaram um mapa da variação do
genoma do pepino. Os cientistas identificaram 112 varreduras de domesticação
putativos na cultura e uma dessas regiões contém um gene que participa da extinção do
amargor das frutas - uma característica de domesticação essencial do pepino.
Os cientistas também investigaram a base genômica de divergência entre as
populações cultivadas e descobriram uma variante genética natural que poderia ser
usada no cultivo de pepinos com maior valor nutricional. A história genômica da
evolução do pepino revelada por cientistas pode propiciar outras ideias para futura
reprodução respaldada pela genômica.
Acesse
o
artigo
completo
do
http://www.nature.com/ng/journal/vaop/ncurrent/full/ng.2801.html.
periódico
em
CIENTISTAS DA FCC DESENVOLVEM TRIGO TRANSGÊNICO
Sementes de trigo transgênico desenvolvidas por cientistas da Faculdade Cristã
Forman (FCC) no Paquistão foram entregues ao Sr. Makhdoom Hussain, Diretor do
Instituto de Pesquisa do Trigo do Instituto de Agricultura Ayub (AARI) Faisalabad para
verificação do desempenho em campo e multiplicação adicional de sementes. As
sementes de germoplasma de trigo são resultado de projeto iniciado em março de 2010
pelo Departamento de Ciências Biológicas da FCC intitulado “Desenvolvimento de trigo
transgênico para aumento da biodisponibilidade de Fe e Zn”. As sementes transgênicas
serão objeto de exame adicional no campo em condições controladas que atendam
todas as exigências das Diretrizes de Biossegurança. O propósito do projeto é introduzir
gene da fitase, que pode decompor fitatos, levando ao aumento da biodisponibilidade
de ferro e zinco.
A Pesquisa de Nutrição Nacional mais recente relata total carência de iodo, Vitamina A,
ferro e zinco particularmente entre as mulheres e crianças. A deficiência de ferro, de
acordo com a Organização Mundial de Saúde, é o distúrbio nutricional mais comum e
difundido do mundo.
A história completa está em http://www.fccollege.edu.pk/fcc-scientists-developtransgenic-wheat-with-increased-iron-and-zinc-bioavailability.
Europa
PRINCIPAL CIENTISTA DA UE APOIA RELATÓRIO DESABONADOR INSTANDO A
'REPENSAR' OGM
A principal assessora científica da União Europeia, Anne Glover, apoiou totalmente o
relatório publicado pelo Conselho Consultivo das Academias Europeias de Ciências
(EASAC). O Relatório concluiu “as graves consequências científicas, econômicas e
sociais da atual política para culturas GM da União Europeia”. Também diz que os
países europeus deveriam “repensar” sua rejeição generalizada da tecnologia. Glover
disse que endossou plenamente a declaração do EASAC.
“Não há provas de que as tecnologias de GM apresentam mais riscos do que as
tecnologias de cultivo convencionais e isso foi confirmado por milhares de projetos de
pesquisa. Em minha opinião, os consumidores podem acreditar na quantidade
avassaladora de provas que demonstram que a tecnologia de GM não oferece mais
riscos do que a tecnologia convencional de cultivo de plantas. O Relatório do EASAC é
uma importante contribuição para este debate, pois reflete a visão dos cientistas mais
eminentes da Europa.”
O estudo recebeu apoio das academias nacionais de todos os estados membros da UE,
além da Noruega e Suíça.
Detalhes desta notícia podem ser visualizados em http://www.euractiv.com/sciencepolicymaking/chief-eu-scientist-backs-damning-news-530693.
CIENTISTAS DESCOBREM GENES QUE PODEM PREVENIR A DOENÇA DE STB
NO TRIGO
Cientistas do Rothamsted Research, no Reino Unido, identificaram dois genes no trigo
cujas funções são ativar a resposta de defesa do trigo do gene fúngico anteriormente
descoberto, crucial nas respostas imunes iniciais do trigo a doenças como a mancha
salpicada por Septoria tritici (STB). A STB é uma das doenças mais importantes
economicamente do trigo causado pelo fungo Mycosphaerella graminicola (Mg), sendo
importante ameaça aos rendimentos das culturas no Reino Unido e no mundo.
Apesar do fato de o trigo ser uma cultura importante no Reino Unido e a STB uma
doença com prevalência alta, sabia-se muito pouco sobre o mecanismo que o trigo
pode ter desenvolvido para reconhecer o fungo invasor. Este estudo demonstra que o
trigo é mais parecido com o arroz, apresentando sistema de dois genes para
reconhecimento de quitina fúngico e obtenção da resposta imune. Além disso, esses
genes são capazes de conferir resistência contra STB na ausência do gene fúngico
interferente.
Veja informe à imprensa da Rothamsted Research em
http://www.rothamsted.ac.uk/wheat-defense-against-septoria-two-genes-front-line.
PATERSON LUTA COM VEEMÊNCIA PELO ARROZ DOURADO
Owen Paterson, Ministro de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino
Unido, expressou sua aversão aos oponentes de culturas geneticamente modificadas
que sabotaram o teste do Arroz Dourado, arroz GM enriquecido de vitamina A.
“É revoltante permitir que criancinhas fiquem cegas e morram por causa de impasse de
pequeno número de pessoas quanto a essa tecnologia”, disse à mídia durante uma
entrevista. “Sinto realmente sinto muito em relação a isso. Acho que o que estão
fazendo é absolutamente cruel”.
Paterson acredita que as culturas GM podem melhorar o meio ambiente e salvar vidas.
Ele diz que a regulamentação rigorosa de sua produção poderia torná-las mais seguras
do que os produtos convencionais.
“Há 17 milhões de produtores, cultivando 170 milhões de hectares que constituem 12%
da área cultivável do mundo, sete vezes a área do Reino Unido (com GM) e ninguém
jamais me trouxe um único caso de problema de saúde”, acrescentou ele.
Leia mais
paterson.
em
http://news.sky.com/story/1154170/gm-crop-opponents-are-wicked-
RELATÓRIO MOSTRA QUE A ESPANHA CONTINUA A EXPANSÃO DAS
PLANTAÇÕES DE MILHO EG
Um Relatório recente da Rede de Informações Globais (GAIN) liberado pelo Serviço
Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos forneceu
informações segundo as quais a Espanha permanece a principal produtora de milho
geneticamente modificado (EG) da União Europeia (UE). Os destaques do relatório
mostram que a Espanha continua a expansão de plantações de milho EG e, em
conjunto com Portugal, responde por mais de 90 por cento da área total dos 28 estados
membros da UE com plantação de MON810. A área plantada com milho EG na
Espanha em 2013 cresceu 17 por cento em comparação ao ano anterior, compensando
a diminuição de 12 por cento registrada em Portugal. O relatório também mencionou
que os produtores continuam muito interessados na aprovação do cultivo de variedades
de culturas resistentes a herbicidas e à seca.
Para mais informações, o Relatório da GAIN está disponível em:
http://gain.fas.usda.gov/Recent%20GAIN%20Publications/Iberian%20Peninsula%20GE
%20corn%20area%20increase%20driven%20by%20Spain%E2%80%99s%20higher%2
0pla_Madrid_Spain_9-25-2013.pdf.
PESQUISA
CIENTISTAS DESENVOLVEM BERINJELA RESISTENTE A EFSB UTILIZANDO O
GENE CRY1AA3
Com o objetivo de desenvolver berinjela resistente à broca-pequena-do-fruto (EFSB),
cientistas do Instituto Indiano de Pesquisa Vegetal e da Universidade Hindu Banaras
introduziram o gene cry1Aa3 na berinjela (cv. Kashi Taru) por meio de transformação
mediada por Agrobacterium tumefaciens.
Reação em cadeia da polimerase (PCR) e análises Southern blot confirmaram a
presença do gene cry1Aa3 nas plantas transformadas. Além disso, o teste ELISA
revelou a presença da proteína Cry1Aa3 nas folhas e frutos das plantas transgênicas. A
expressão da proteína Cry acarretou alta mortalidade de EFSB nos tecidos do broto e
do fruto das linhagens de berinjela transgênica. Os autores do estudo concluíram que o
uso dessas linhagens resistentes poderia diminuir a aplicação de pesticida para controle
da EFSB, contribuindo, assim, para um meio ambiente mais seguro.
Leia
o
resumo
do
estudo
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S026121941300152X.
em
CIENTISTAS DESENVOLVEM ERVILHA RESISTENTE A INSETO
Cientistas da Gottfried Wilhelm Leibniz Universität em Hannover, Alemanha, e da
Universidade de Ottawa, Canadá, relataram o desenvolvimento bem-sucedido de
ervilha geneticamente modificada que expressa o gene cry1Ac de resistência a inseto
por meio de transformação mediada pelo Agrobacterium. Análises moleculares
confirmaram a transformação, evidente até a geração T4. Análises adicionais indicaram
mortalidade larval total e diminuição significativa do dano causado por alimentação na
ervilha transgênica desenvolvida em comparação com sobrevivência larval e grande
dano por excesso de alimentação de 85 por cento em ervilhas não transformadas.
Leia
o
artigo
da
pesquisa
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1049964413002260.
em
CIENTISTAS DESENVOLVEM TOMATE RESISTENTE À SECA
Cientistas da Universidade Hindu Banaras e do Instituto Indiano de Pesquisa Vegetal
realizaram a engenharia genética de tomate expressando o gene ZAT12 que, como se
sabe, controla a expressão de vários genes ativados por estresse em plantas.
Resultados da hibridação em Southern blot revelaram a integração bem-sucedida do
gene ao genoma nuclear das linhagens de tomate transformado (To). RT-PCR também
confirmou a expressão do gene nas plantas da geração T2.
Das seis linhagens de tomate transgênicas desenvolvidas, cinco apresentaram
expressão máxima do gene após exposição a estresse por seca em uma semana. Esse
resultado foi compatível com o teor relativo de água, vazamento de eletrólito, índice de
cor de clorofila, nível de peróxido de hidrogênio e análises de atividade da catalase, que
também indicaram aumento dos níveis de tolerância à seca.
Leia
o
artigo
da
pesquisa
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0031942212004189.
em
ALÉM DA BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA
CIENTISTAS LIBERAM MONTAGEM DO GENOMA DO FREIXO
A equipe de pesquisadores da CLC bio e Queen Mary University de Londres (QMUL)
liberou uma montagem de genoma do freixo europeu, Fraxinus excelsior, como parte do
projeto Genoma do Freixo britânico. A liberação se deu quando populações de freixos
na Europa foram devastadas pelo fungo da murchidão do freixo, que se alastrou para a
Dinamarca e o Reino Unido em 2003 e 2012, respectivamente.
O Professor Sênior da QMUL, o Dr. Richard Buggs, disse, “Tivemos muita sorte de
realizar o sequenciamento de uma árvore proveniente de autopolinização, produzida
dez anos atrás por David Boshier, da Universidade de Oxford. A árvore é agora um
recurso inestimável, pois sua baixa heterozigosidade possibilita uma montagem de
genoma de qualidade mais alta do que teria sido possível com uma árvore mais
heterozigota”.
O projeto Genoma do Freixo Britânico (BATG) começou em janeiro de 2013. As
montagens mais recentes estão disponíveis para download no site do BATG:
http://www.ashgenome.org/. Para mais informações, leia o informe à imprensa em:
http://www.marketwatch.com/story/clc-bio-e-uk-scientists-ssemble-ash-tree-genome2013-09-26.
LEMBRETES DE DOCUMENTOS
40 CHANCES: FINDING HOPE IN A HUNGRY WORLD
O livro 40 Chances: Finding Hope in a Hungry World narra a jornada de Howard G.
Buffett como filantropo, fotógrafo e, mais importante, como um produtor com uma
compreensão profunda do que é preciso para produzir alimentos em condições difíceis.
De acordo com ele, cada um de nós tem 40 chances para lograr nossos objetivos na
vida. Em uma entrevista à National Public Radio (NPR) sobre o livro, Warren Buffett,
Howard G. Buffett e seu filho Howard W. Buffett discutiram advocacia, biocombustíveis,
organismos geneticamente modificados (OGMs), políticas de ajuda alimentar norteamericanas, e outros assuntos.
Para saber mais sobre o livro 40 Chances, visite o site http://www.40chances.com/. A
transcrição
da
entrevista
à
NPR
pode
ser
lida
em:
http://www.npr.org/blogs/thesalt/2013/10/24/240557784/buffett-family-puts-moneywhere-their-mouth-is-food-security.
SUPLEMENTO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
ESTUDO MOSTRA POTENCIAL DO TABACO MODIFICADO COMO FONTE DE
BIOCOMBUSTÍVEIS
Artigo
de
notícia:
http://www.basqueresearch.com/berria_irakurri.asp?Berri_Kod=4745&hizk=I#.Ul0MltKV
OCY.
Na Espanha, um pesquisador modificou geneticamente uma planta de tabaco de forma
que pudesse armazenar altos níveis de amido nas folhas e produzir grande quantidade
de açúcares fermentáveis para produção de biocombustível.
Em sua pesquisa para dissertação de Ph.D., Ruth Sanz-Barrio usou uma proteína
específica denominada tioredoxina f para regular o metabolismo de carboidratos e obter
aumento significativo da quantidade de amido nas folhas de tabaco, que poderia atingir
700 por cento em relação ao volume obtido de plantas-testemunhas não modificadas.
As folhas das plantas de tabaco geneticamente modificadas podiam liberar 500 por
cento mais açúcares fermentáveis do que era possível transformar em bioetanol.
Com base em um cálculo teórico, era possível obter até 40 litros de bioetanol por
tonelada de folhas frescas ou aumento de quase dez vezes do rendimento de bioetanol
em relação à planta-testemunha de tabaco. O tabaco não alimentar poderia
potencialmente substituir culturas alimentares como fonte alternativa de
biocombustíveis. O potencial de rendimento de amido do tabaco modificado estimado
poderia igualar o de culturas de cereais como cevada ou trigo.
O BRASIL QUADRUPLICARÁ A PRODUÇÃO DE ETANOL ATÉ 2035
Artigo de notícia: http://online.wsj.com/article/BT-CO-20131009-709482.html
O Brasil poderá quadruplicar o volume de etanol produzido de um hectare de cana-deaçúcar até 2030 ou 2035 com a liberação de novas variedades de cana-de-açúcar de
acordo com a empresa de consultoria Datagro.
O volume de etanol produzido por hectare deve atingir 20.000 litros até 2020 e 30.000
litros até 2030, em relação aos 7.000 litros atuais. As novas variedades de cana-deaçúcar, além de renderem mais, são resistentes à seca, a pragas e doenças, e são
mais bem adaptadas a novas áreas de cultivo de cana.
A demanda de etanol como aditivo de combustível de transporte aumentou no Brasil e
os produtores devem ser capazes de atender essa demanda crescente por meio de
aumentos de produtividade. O aumento previsto de produtividade por meio do uso de
novas variedades significaria custos menores, benefícios aos consumidores e maior
competitividade para o etanol de cana-de-açúcar.
REDESCOBERTAS PRAGAS POTENCIAIS DE FUTURAS CULTURAS PARA
PRODUÇÃO DE ETANOL
Artigo de notícia: http://rapidcityjournal.com/news/local/ethanol-research-may-moveinsects-to-pest-status/article_de6fe971-4ac7-53b3-9d81-3787cc679737.html
Cientistas da Universidade Estadual da Dakota do Sul descobriram um grupo de insetos
de gramado nativos com os quais antes ninguém se preocupava, mas que poderiam um
dia se tornar pragas significativas quando os produtores começarem a cultivar
gramíneas nativas para produção de insumo de etanol.
Pesquisa pelo Departamento de Ciência Agrícola da SDSU documentou insetos de
gramado anteriormente desconhecidos que se valem de gramíneas nativas norteamericanas, como espartina, switchgrass e cup plant. Os produtores de forragens da
SDSU têm explorado o ecossistema de pradaria nativo em busca de gramíneas que um
dia substituiriam culturas alimentares como milho e cana-de-açúcar como fontes de
matéria-prima da produção de etanol.
O futuro pode reservar oportunidades semelhantes para esses insetos de gramado
nativos, que por muitos anos tenderam a ser negligenciados, emergirem como pragas
significativas se as plantas que os abrigam se tornarem culturas cultivadas para
biocombustível. É isso que os pesquisadores estão prevendo em seus lotes
experimentais. Por exemplo, a traça da switchgrass, mosquito da switchgrass e outra
traça chamada eucosma giganteana podem reduzir a biomassa e o rendimento de
semente de suas plantas hospedeiras. A traça e o bicho da espartina podem ocasionar
reduções devastadoras da biomassa e fitossanidade da espartina. Os cientistas são
agora estimulados a estudar a interação desses insetos de gramado e seus
hospedeiros.
TRABALHO COM CULTURAS PERENES DE GRÃOS PARA IMPULSIONAR O USO
POTENCIAL DE BIOCOMBUSTÍVEIS
Artigo de notícia: http://finance-commerce.com/2013/10/perennial-potential-wheatgrassshows-promise-as-biofuel-food/
Cientistas da Universidade de Minnesota estão trabalhando para melhorar o rendimento
de grãos da cultura perene denominada grama-de-campo intermediária com o fim de
torná-la fonte economicamente mais atraente de alimento e biocombustível.
A grama-de-campo intermediária, que é relacionada ao trigo, centeio e cevada, tem
potencial para ser a primeira cultura perene a produzir tanto biomassa para energia
como grãos para alimentação, de acordo com Donald Wyse, professor de agronomia e
genética vegetal da U de M. Como fonte de biocombustível, grama-de-campo
intermediária é uma alternativa promissora para o clima do norte à switchgrass, cultura
da estação moderada. Essa planta produz muita biomassa, mas o atual rendimento de
grãos é baixo.
Wyse acredita que, embora a grama-de-campo intermediária se ajusta diretamente ao
fornecimento de insumos devido a seu potencial de biomassa, os fornecedores
pagariam mais pela biomassa se a cultura for competitiva em termos de rendimento de
grãos e retorno de investimento. Wyse e outros pesquisadores estão trabalhando para
melhorar o rendimento da grama-de-campo intermediária para permitir que concorra
com culturas anuais como o milho, a soja e o trigo. O atual foco é o desenvolvimento de
variedades que produzam sementes maiores e tenham maior rendimento de sementes.
“Precisamos fazer com que a parte dos grãos funcione, então a parte da biomassa pode
se seguir naturalmente, seja convertida em combustível líquido, queimada ou seja
ingerida por uma vaca”, disse Wyse.
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