Entrevista exclusiva com Cleberson da banda Roupa Nova
UNIG: Por que o nome Roupa Nova? Cleberson: “Em primeiro lugar, um abraço para a galera toda. É o seguinte: muita gente pergunta o porquê do nome Roupa Nova. Nós já tinhamos um trabalho como grupo de baile. Um grupo que fazia vinhetas e um monte de jingles publicitárias para TV. E como nós demos uma Roupagem Nova a uma coisa que já existia, daí o nome Roupa Nova. Nós já tinhamos um trabalho que mudou”. UNIG: Para você, qual o segredo da harmonia do grupo? Cleberson: “Essa harmonia toda, que graças a Deus nós temos, não quer dizer que não tenha briga, aborrecimento. Se marido e mulher brigam, imagine seis marmanjos, cada um com seu ponto de vista. Porém, o ponto de vista pode ser individual, mas o ideal é de grupo. Nós temos um ideal de grupo que não nos dá vontade de sair para fazer um trabalho solo. O grupo ideal é sempre o Roupa Nova. Então, uma das coisas que nos mantém unidos é a gente não ter um líder, um cara só falando pelos seis. Sai uma briga federal, mas os seis tem que falar, e temos uma divisão por igual dos direitos autorais. Por exemplo, se for uma música minha com o Nando, os seis ganham igual. Se for uma música do Ricardo com o Kiko, os seis ganham igual”. UNIG: Todos compõem? Cleberson: “Todos, mas o Paulinho não se aventura muito porque ele quer mais é cantar, e o que ele canta já e suficiente. Mas é aquele negócio: se uma música é minha, a letra é do Ricardo, a voz é do Paulinho, a guitarra é do Kiko, e assim por diante. Então, cada um dá sua colaboração. Por isso nós achamos que dividir os direitos autorais por igual é importante para que não haja disparidade. E a gente grava o que a gente gosta. Nunca nos impuseram nada. É claro que se eu gravar uma coisa muito sofisticada, eu vou vender pra quem? Esse negócio de dizer que o artista não faz música pra vender é mentira. Todo mundo que trabalha com música, trabalha pra atingir o público. Vende sim. Agora, não se pode fazer coisas que não tenham qualidade. Tem que fazer o melhor possível, dar o melhor de si, mas sabendo que música é um comércio como outro qualquer. E é isso. A gente grava o que a gente gosta, o que nos agrada, e graças a Deus tem agradado nosso público também”. UNIG: Um recado para o jovem universitário, a respeito da pirataria. Cleberson: “Pirataria não é legal. Seria legal, já que gravadoras faliram, estão falindo e virando distribuidoras apenas, se houvesse uma forma do artista ou do autor receber alguma coisa por isso, ainda que fosse cinquenta centavos por música. A pessoa baixa, e é claro que cinquenta centavos não são nada. E não precisa baixar o CD inteiro. Baixa somente as músicas que ele mais gostar. Mas isso vai da consciência de cada um se tocar de que não deve fazer”. 
Download

Leia a entrevista exclusiva com Cleberson do Roupa Nova