d importância das marcas na estratégiada empresa" Nuno Alberto Alves Rocha* Seráque o poder da Marca define que "somos aquilo que compramos" ou será que "compramosaquilo que queremosser"? Desdeo iate de 30 metros,passandopelo automóvel com aquelesestofos de pele que semprequisemos,até à garrafade vinho para o jantar de amigos,a minha questãoé: até que ponto o que adquirimosé efectivamenteuma necessidade criadaapenaspor nós e que poderia ser igualmentesatisfeitapor qualquerum dos milhões de produtosà disposiçãonuma ida ao hipermercadoou de um clique na Web? Porqueo é, muitas vezes,satisfeitaapenascom a comprade determinadamarcaem detrimentode outra? Cadavez é mais difícil captarnovos clientes,daí as empresaspreocuparem-secom a fidelizaçãodestesà marca, pelo compromisso,garantia,satisfaçãoe emoçõesque transmite, não tentandoconvenceralguém a preferir um produto em vez de outro, mas sim fazer com que alguém sinta necessidadede comprar o seu produto. E esseo poder do marketing como um 'Jogo da marca", dizendoao consumidoraquilo que ele quer ouvir, na alturaque necessita ouvir, de acordo com o seu ponto de vista já definido. Por exemplo: a Danone e a Nestlé ao que as pessoasnão queriam só iogurles, mas também beleza, elegânciae aperceberem-se saúdee criou conceitos como o Corpos Danone e o Svelíesseentre outros, preenchendo lacunas do mercado neste segmento com aceitação quase imediata do consumidor, impulsionada pela confiança e seriedade da marca institucional, que hâ largos anos acompanhaas famíliasportuguesas. Longe vai o tempo que se consumiapor pura necessidade.O cliente actual adquire algo sobretudopelo modo como isso o faz sentir e a marca é o fio condutor dessasensação pois isso conseguiriacom (por ex.: quem compraum pólo Lacoste,não procuraaquecer-se, outra peça de roupa sem gastartanto, mas o feeling de "usar o crocodilo ao peito" tem um impactono utilizador e nos que o rodeiamque vai muito além da função inicial da roupa). Em Portugal existem produtos de grande qualidade mas associadosa marcas subaproveitadas, sendoassim,para conseguirlibertar o verdadeiropotencial da marca e fazêla crescer, arrastandoconsigo as vendas e assim os lucros, o empresário deverá saber exactamentequal a ideia da marcaque pretendeprojectar,indo de encontroàs expectativasdo consumidor, associá-laa um produto de qualidade e despendero necessáriopara que a comunicaçãode marketing crie uma única impressão consistentee transparentedo seu constróiimagensde marcae a consistência negócio.De acordocom estaúltima característica, estanão deverá ser alteradapela empresa(exceptono caso limite de já não se apropriarao mercado),por outro lado, os stakeholdersda organização(empregados,gestores,presidente, clientes,fornecedores,investidorese até rivais) podem atribuir significadosdistintos à nossa marca mas esses,em última análise,devem-sefundir numa única identidadepercepcionada por todos.Neste sentido,a loimpressãoé Íundamental:ao ouvir o nome de uma empresa,ao ver um spot publicitário, ao visitar a nlpâg. web, ao entrar na fábrica ou estabelecimentoe falar com um elementoda organização,o consumidorformará um conjunto de juízos inicial acercado que esperar,o que influenciaráa suareceptividadee maneirade encarara compra. O consumidorfinge ser racional e ponderadona compra, mas não o é, em vez disso pelascampanhasde adquireos produtosque lhe sãomelhor incutidosde modo subconsciente marketing e pelo próprio poder intrínseco da marca. Deste modo, dar um significado diferenciadoa uma marca implica que tudo o que a ofganrzaçãofaz serve para apoiar essa imagem projectadano consumidor,logo, pode-se dizer que todos os elementosdessa organizaçãofazem parte do departamentode marketing de algum modo (quer pelo uniforme, atendimento,pela atitude,etc.). Em suma,ou toda a empresae capazde contar uma história em uníssonoou essase no mercadoe a marcanão passaráde um logotipo mais ou menoscriativo. Com desvanecerá isto deixo a sugestão:projecte e proteja a sua marca em cada representaçãoque faz do seu negóciono mercadopois não serápor acasoque estaé designadade bem intangível. Bonsnegócios! * Aluno finalista da Licenciaturaem Economiana Faculdadede Economia da Universidade de Coimbra