Angiotomografia
Coronária
Ana Paula Toniello Cardoso
Hospital Nove de Julho
S
Aterosclerose
S A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de
origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão
endotelial, e acomete principalmente a camada íntima de
artérias de médio e grande calibre.
S A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a
agressão ao endotélio, devido à uma série de fatores de risco
como hipertensão arterial, dislipidemia ou tabagismo.
Placas Ateroscleróticas
S As placas estáveis caracterizam-se por predomínio de
colágeno organizado em capa fibrosa espessa, escassas
células inflamatórias e núcleo lipídico e necrótico de
proporções menores.
S As placas instáveis apresentam atividade inflamatória
intensa, especialmente em suas bordas laterais, com grande
atividade proteolítica, núcleo lipídico e necrótico
proeminente e capa fibrótica tênue.
Manisfestação Clínica
S A ruptura desta capa expõe material lipídico altamente
trombogênico, levando à formação de um trombo
sobrejacente. Este processo também conhecido como
aterotrombose, é um dos principais determinantes das
manifestações clínicas da aterosclerose.
A dor torácica
S Durante décadas o público foi orientado para ficar atento
aos sinais de um “ataque cardíaco” e sobre os benefícios do
atendimento médico precoce.
S Ao mesmo tempo um maior número de indivíduos procura
o hospital por dores torácicas não relacionadas ao
comprometimento cardiovascular, e assim há um maior
consumo de tempo, trabalho, espaço hospitalar e dinheiro.
S
Am J Cardiol 1997; 80; 563-68.
Custo da Investigação
S A dor precordial aguda é a segunda maior causa de visita ao
pronto atendimento nos USA, totalizando cerca de mais de
6 milhões de consultas anualmente.
S Embora a doença coronária aguda seja somente
diagnosticada em 10 a 15% dos pacientes que se apresentam
com dor no peito, a grande maioria destes pacientes é
admitida no hospital para investigação e gera um custo
anual de 3 bilhões de dólares.
S
Circulation 2007; 115:1762-8.
Os casos subdiagnosticados
S E apesar do esforço para que haja uma melhor triagem dos
pacientes com Síndrome Coronariana Aguda, em torno de 5
% dos casos são subdiagnosticados.
S Estes pacientes têm um maior risco de eventos adversos
maiores, embora essa porcentagem seja baixa, tal fato é
inadmissível nos dias atuais.
S
CJEM 2008; 10: 373-82.
Angiotomografia Coronária
S O tratamento de pacientes que chegam ao pronto atendimento com:
- dor precordial aguda,
- marcadores enzimáticos negativos,
- eletrocardiograma sem alterações isquêmicas pode ser desafiador e
ineficaz.
S A TC coronária tem alta sensibilidade e especificidade para detecção
de doença arterial coronária significativa em pacientes com condições
estáveis e suspeita clínica.
ROMICAT-1 (Rule Out Myocardial
Infarction/Ischemia Using Computer
Assisted Tomography)
S Envolveu pacientes do departamento de emergência com
quadro sugestivo de síndrome coronariana.
S Mostrou que resultados normais de uma angiotomografia
coronária têm elevado valor preditivo negativo para
descartar doença coronária durante a internação hospitalar,
bem como a ocorrência de eventos adversos
cardiovasculares maiores pelos próximos 2 anos.
S
JACC Cardiovasc Imaging 2001: 4; 481-91.
Internação ou alta??
S Nota-se que 50 a 70% dos pacientes que são atendidos para
investigação de síndrome coronariana, apresentam risco
baixo a intermediário.
S Acredita-se que a angiotomografia coronária seja um
método seguro e eficiente para direcionar os pacientes para
internação ou alta hospitalar.
S
J Am Coll Cardiol 2011; 58: 1414-22
Tempo/Custo/Segurança
S Um estudo de Litt e colaboradores, publicado no New England em
abril de 2012 evidencia que 50% dos pacientes atendidos no
pronto socorro hospitalar com dor no peito e avaliados com
angiotomografia coronárias, podem ser liberados para casa, sem
necessidade de internação para investigação.
S Isso representa mais que o dobro de pacientes que recebem alta
após pesquisa de doença coronária pelos métodos diagnósticos
tradicionais.
S
N Engl J Med 2012; 366:
Lesão Grave na DA
Diretriz de utilização para cobertura
de procedimentos na saúde
suplementar
S Cobertura obrigatória quando preenchido pelo menos um
dos seguintes critérios:
S a. avaliação inicial de pacientes sintomáticos com
probabilidade pré-teste de 10 a 70% calculada segundo os
critérios de Diamond Forrester revisado1, como uma opção
aos outros métodos diagnósticos de doença arterial
coronariana;
S c. dor torácica aguda, em pacientes com TIMI RISK 1 e 2,
com sintomas compatíveis com síndrome coronariana
aguda ou equivalente anginoso e sem alterações isquêmicas
ao ECG e marcadores de necrose miocárdica;
S d. para descartar doença coronariana isquêmica, em
pacientes com diagnóstico estabelecido de insuficiência
cardíaca (IC) recente, onde permaneça dúvida sobre a
etiologia da IC mesmo após a realização de outros exames
complementares;
S e. em pacientes com quadro clínico e exames
complementares conflitantes, quando permanece dúvida
diagnóstica mesmo após a realização de exames funcionais
para avaliação de isquemia;
S f. pacientes com suspeita de coronárias anômalas.
Novos Tomógrafos
S Para a avaliação da placa de ateroma, o advento recente da
tomografia computadorizada de múltiplos detectores
(TCMD), permite a aquisição de imagens esclarecedoras a
respeito da circulação coronariana.
S Os tomógrafos atuais, com alta velocidade de rotação do aro
que com o conjunto do tubo emissor de raios X e os
detectores, são capazes de produzir imagens livres de
movimento do coração e das artérias coronárias.
Além da estenose
S As aplicações clínicas dessa tecnologia são focadas não
apenas na visualização do lúmen coronariano, como
também para a avaliação de:
S Placas ateroscleróticas que não geram estenose do vaso.
S Stents
S Pontes em pacientes revascularizados
S Anatomia geral do coração e grandes vasos
Obrigada
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Diagnóstico por imagem da insuficiência