As so c i aç ão d os A n tigos F u n cionár ios do S is t em a Int eg r ado Ban e r j
F undada e m 1 4 d e ju lh o d e 1 9 8 3 - Ano X X V - N o. 11 - N ov em br o de 20 1 5
Com Juscelino Kubitschek
e Louis Armstrong
Com Oscarito
O Centenário de um
Artista Notável!
Com Luís Carlos Miele
Com Ronald Golias e Ankito
Com Dercy Gonçalves e
Edayr Badaró
Macunaima
Com Moacyr Franco
Grande Otélo
nuscritos, livros de autoria do ator, letras
de músicas compostas por ele e parceiros,
discos de vinil, prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas) recebidos durante
a sua carreira, roteiros de cinema, correspondências, poemas, obras de arte etc...
Todo esse material encontra-se disponível
pela WEB (www.ctac.gov.br/otelo/frameset.
asp?Seçao=bienio).
Grande Otelo morreu em 1993 de um
ataque cardíaco fulminante quando viajava
para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes.
Grande
Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata (Uberlândia/
MG – 18.10.1915 / Paris – 26.11.1993) foi
ator, escritor e compositor. Grande artista
dos cassinos cariocas e
do chamado Teatro de
Revista. Participou de
diversos filmes brasileiros de sucesso, entre
Sobre o assunto leia a biografia escrita por
os quais as comédias
Sérgio Cabral sobre o grande artista.
da Atlântida nas décadas de 40 e 50 que estrelou em parceria com
o cômico Oscarito além
da versão cinematográfica de “Macunaíma”
realizada em 1969, fora “Rio 40 Graus” e o
“Assalto ao Trem Pagador”.
Atuou, também, a partir dos anos 60,
em várias telenovelas da TV Globo como “Uma
Rosa com Amor”, entre outras. Participou da
“Escolinha do Professor Raimundo” no início
dos anos 90.
O acervo de Grande Otelo, que hoje
pertence à Fundação Nacional da Arte (FUNARTE), encontrava-se há vários anos em um
apartamento da Tijuca, guardado em caixas
de papelão, nas quais foram descobertos ma-
N o v e m b ro 2015
2
60 Anos de um golpe frustrado.
Tentativa após as Eleições de 1955
Antecedentes
Na madrugada de 5 de agosto de 1954, o
jornalista Carlos Lacerda, da Tribuna da Imprensa, ferrenho adversário de Getúlio Vargas,
sofre uma tentativa de assassinato, ao chegar
em sua residência na rua Toneleros, em Copacabana, ficando levemente ferido. Seu acompanhante, Major da Aeron[autica Rubens Vaz,
não teria a mesma sorte, pois foi mortalmente
ferido.
As investigações apontam Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do Presidente,
como responsável direto pelo atentado. É claro, no entanto, que isso seria cumprimento de
ordens superiores. Esse crime que ficou conhecido como o atentado da rua Toneleros, é
decisivo para que a campanha contra Vargas
aumentasse, além de ganhar mais adeptos.
Nada ficou provado, nem definido contra o
Presidente, sobre sua participação no incidente. Todavia, instalou-se um ambiente político
insustentável, que evoluiu para um clima de
dramaticidade, não havendo o que pudesse apontar
para uma solução, a não ser
a renúncia de Vargas, principal objetivo de seus opositores.
Getúlio já havia dito
que somente morto sairia
do Palácio do Catete. E foi
o que aconteceu. Às 8;30 h
da manhã de 24 de agosto
de 1954, suicidou-se com
um tiro a queima roupa. O
impacto provocado por esse
gesto fez com que a situação se invertesse radicalmente, pois a população voltou-se contra
seus opositores, agora algozes, obrigando inN o v e m b ro 2015
clusive Lacerda
a se ausentar do
país, pois era o
“principal
responsável”
pela
morte do Presidente. Passado o trauma emocional, a situação
voltou à “normalidade”. Assume então o poder
o Vice-Presidente João Café Filho, que montou
uma equipe composta basicamente por políticos, empresários e militares, claramente opostos a gestão anterior.
Eleições de 03/10/1955
As eleições, constitucionalmente programa-
das para 03 de outubro foram confirmadas,
mas setores mais radicais da UDN, lideradas
pelo já novamente em cena Carlos Lacerda,
tentaram impugnar a chapa JK (Juscelino Kubitshek) e Jango (João Goulart), por temerem
a volta do Varguismo, o que não conseguiram.
Nessa eleição, foi instituída a cédula única, confeccionada pela Justiça Eleitoral,
com os nomes dos candidatos. Nela, o
eleitor marcava um “X” no campo situado ao lado do nome do candidato de
sua preferência. Anteriormente, eram os
próprios partidos que confeccionavam e
distribuíam as cédulas e diferentemente
do que ocorre atualmente, não havia eleições com dois turnos (modalidade instituída pela Constituição de 1988). Vencia
o candidato que obtivesse o maior número de votos.
A vitória da chapa - PTB PSD - levou
seus adversários a passarem a defender
o impedimento da posse dos eleitos, alegando
que não haviam atingido a maioria absoluta
dos votos.
3
(Continua na página 4)
(Continuação da página 3)
No início de novembro daquele ano, a cri-
se evoluiu rapidamente, quando o coronel Jurandir Mamede criticou duramente os eleitos,
pronunciando-se abertamente contra a posse
programada para janeiro de 56. Em matéria
publicada em 10 de novembro, em seu jornal,
Lacerda pontificava: “É preciso que fique claro,
muito claro, que os senhores Juscelino Kubitchsek e João Goulart, não devem tomar posse, não podem tomar posse, e não vão tomar
posse”.
Café Filho afastou-se do governo, por motivos de saúde, assumindo interinamente Carlos Luz, presidente da Câmara de Deputados,
e sabidamente próximo ao esquema udenista,
além de apoiado por um grupo de militares, deflagrando uma situação de quase conflito interno, em 11 de novembro daquele ano. Acontece
que um outro grupo de militares, esse legalista, liderados pelo então Ministro da Guerra,
Henrique Dufles Teixeira Lott, venceu os oposicionistas, através de tensas mas produtivas
articulações ocorridas naquela ocasião.
Carlos Luz foi destituído da presidência, dando
lugar a Nereu Ramos, que ocupou o cargo até
31 de janeiro de 1956, quando ascenderam ao
poder Juscelino Kubitschek e João Goulart.
Conclusão:
Havia no Brasil, bem como em outros países, a
partir da segunda metade do século passado,
duas vertentes ideológicas e que, atualmente,
estão praticamente desaparecidas. Uma, chamada de esquerda, era defendida por aqueles
que acreditavam que um sistema de governo
ideal era aquele instituído pela Rússia, a partir da revolução de 1917, e que deu origem a
URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Tal regime, acreditavam, instituía um
controle geral do estado, que se propunha, em
tese, a melhorar as condições de vida das classes mais carentes, através de medidas assistenciais. Outra corrente, chamada de direita,
tradicional, defendia a livre iniciativa, característica principal do capitalismo, que era considerada pelos “esquerdistas” como retrógada,
reacionária e selvagem, e cujo modelo era e é
N o v e m b ro 2015
Abertura da 1ª urna de votos das Eleições de 1955
os Estados Unidos.
O que houve na eleição de 1955 é que alguns
militares, e seus seguidores de “direita”, acreditavam que a posse de Juscelino e Jango, abriria caminho para a instalação de um governo
com características socializantes, ou seja de
“esquerda”. Isso, principalmente pela presença
de João Goulart, tido como “comunista”, embora fosse um rico latifundiário.
Mas, como já foi citado, houve um grupo de
militares que garantiram a posse dos eleitos.
Não quer dizer com isso, que eles fossem “esquerdistas”. Eles eram simplesmente legalistas
e disciplinados.
Venha deleitar-se com a música
clássica.
No dia 24 de novembro de 2015 –
terça feira – às 15:00h teremos:
- Concerto número 1 para Piano e Orquestra – Tchaikovsky
- Sinfonia número 7 de
Bethoven
A duração do espetáculo será de +/- 90
minutos.
4
Livros em Fatias
O velho arquiteto – Olavo Bilac
O velho Afonso, após uma vida laborio-
sa, aos 70 anos estava praticamente inválido.
A sua vista obscurecera-se, tremiam-lhe as
mãos, trôpego nas pernas. Viúvo e não podendo sobreviver sozinho foi viver na companhia
do filho único, casado, advogado de prestigio.
Ele sabia que a nora não o veria com bons
olhos. Seria um estorvo, um hospede indesejável, em contraste com seus hábitos de elegância e luxo.
Sabia disso, mas prometera a si mesmo
incomodá-la o menos possível. Viveria no seu
quarto, saía apenas para o almoço e jantar
e para andar pelo jardim no cair da tarde.
Ainda assim sentia-se constrangido, temia a
nora, receava desagradar-lhe.
Na mesa, sentindo o peso do seu olhar,
mais trêmulo ficava. Um dia chegou a derramar a colher de sopa sobre a barba e o guardanapo. A nora ao vê-lo assim com a barba
grisalha embebida de sopa e fios de macarrão, torceu o rosto num gesto de nojo e ordenou que daquele dia
em diante ele fosse
servido na mesa da
copa.
O velho, cuja
única alegria era
conversar com o filho e o netinho na
hora das refeições,
viu-se
completamente isolado. Sozinho diante dos
N o v e m b ro 2015
pratos, quase não comia. Os criados o maltratavam, servia bife inteiro que ele não tinha
força para partir. Um dia quis tentar, mãos
trêmulas falseou o golpe esbarrou na borda
do prato a porcelana partiu-se com um ruído
forte que a nora ouviu. Conteve a sua fúria na
presença do marido mas à noite fez servir o
jantar em pratos de barro ordinário comprados na quitanda.
Muito admirado ficou o Marquinhos
quando viu o avô comer naqueles pratos vermelhos e grossos. Tomou um
deles e foi perguntar ao criado que tipo de
louça era aquela. São pratos
de barro que
sua mãe mandou comprar para seu avô. Por
que? Indagou o guri. Porque vovó está velho e
quebra a louça fina.
No outro dia o pai advogado encontrou o filho no jardim amassando um pouco de lama.
Que porcaria é essa meu filho? Pai eu estou
amassando o barro para fazer um prato igual
aquele do vovó, para você comer quando ficar
velho igual ao vovô.
Ele então chamou a mulher e mostrou-lhe o filho fazendo o prato que eles teriam de
comer quando fossem velhos como o vovô.
O impacto foi terrível. No dia imediato ela própria quem foi buscar o velho para a mesa comum.
5
CONTO
O GRUPO
(continuação do número anterior)
A VINÇANÇA - I
Fomos trabalhar no IPERJ - Instituto de
Previdência do Estado do Rio de Janeiro, ficava
na Av. Presidente Vargas esquina com Rua Dos
Andradas. Não sei nem se o órgão ainda existe, o prédio continua lá, todo imponente com
sua estrutura envidraçada. Mas sim, apareceu
uma oportunidade de ganharmos uma graninha extra. O Sistema de pagamento de pensões
do Estado era todo manual e queriam passar
para o computador, informatizar se constituía
na grande novidade da época. Pediram ajuda
ao BANERJ, ( O IPERJ era o maior acionista
estadual do nosso banco) e meu nome foi indicado. O serviço foi feito à noite, Ivan e Casse fizeram parte da equipe, o ano era 1970 e trabalhamos nesse bico por dois anos. Durante esse
período Ivan conheceu uma de suas “coroas”,
cuja filha estava necessitando muito trabalhar
para poder continuar seus estudos. Ivan sempre teve um enorme coração, vivia querendo
ajudar o mundo, ainda mais quando se tratava de estudar, problema que bem conheceu
em sua infância nordestina. Prometeu a sua nova amada, fazer
tudo que pudesse pela jovem
filha de uns 18 anos. Fomos ao Diretor da área de
processamento de dados, e
conseguimos que a menina
fizesse parte de nossa equipe, sem custo, para treinar
e aprender perfurar cartões no
equipamento IBM-029. A moça vinha, diariamente, de Campo Grande, de trem,
para praticar no setor de informática durante
o horário noturno. Seu ingresso no prédio foi
negociado, de maneira informal, junto ao chefe
do setor de Portaria, pelo diretor da área. Nessa época, no Estado, iniciava um novo governo
e a recém empossada diretora administrativa
do Iperj, Marina sobrenome qualquer, assumiu
com mãos de ferro a repartição. Nós não éra-
N o v e m b ro 2015
mos funcionários da casa,
e nada tínhamos a ver com
as mudanças que ela estava implantando, apenas
ouvíamos, o tempo todo, o pessoal reclamar
de arbitrariedades, perseguições, rígidos controles, enfim, a mulher queria transformar a
repartição num verdadeiro quartel militar. Até
que aconteceu o fato na portaria. Às 19 horas
de uma Sexta-Feira, Dona Marina, como era
chamada, vinha saindo do elevador privativo,
rodeada de puxa sacos, quando a afilhada de
Ivan ia chegando no prédio para seu treinamento diário. A diretora, quase gritando : - Quem é a
moça que vai ingressando na casa a essa hora?
E o porteiro de serviço : - Ela é estagiária da
diretoria de informática. - Quem autorizou esse
estágio no horário noturno? - Foi o diretor da
área. Nessa hora Ivan também chegava e assistiu a tudo, Dona Marina, sempre falando muito
alto, se dirigiu à moça. - Minha filha, isso aqui
é uma repartição pública, não é a casa de mãe
Joana não, ninguém pode ingressar à noite
sem ser funcionário ou estar devidamente credenciada para isso, faça o favor de
se retirar imediatamente. A moça saiu
chorando. Ivan a acompanhou até sua
casa. Nesse dia ele não trabalhou e jurou vingar-se. Aqui vai um conselho a
todos. Nunca queiram ter um alagoano
desejando se vingar de vocês. Que o diga
o Sr. Fernando Collor com relação ao seu
irmão, já falecido, Pedro Collor. Nesse ponto
da história cabe informar um fato acontecido
dois anos antes, em 1968. O prédio do Iperj
pegou fogo, tendo sido atingidos 3 dos 20 andares, que queimaram totalmente, seis meses
após a inauguração do edifício. Era o mais moderno e bonito da administração estadual do
Rio de Janeiro.
José Renato B. Jourdan
Diretor de Planejamento da AAFBanerj
6
(continua no próximo número)
Notas
Sociais
Em Outubro, Guilherme Teixeira, fun-
cionário da AAFBanerj completou idade e
comemorou a data na companhia dos Diretores com bolo, velinha e salgadinhos. Parabéns Guilherme!
Que você possa
comemorar muitos anos de vida
com saúde ao
lado de sua família.
O campeoníssimo surfista Luiz Bernar-
O dia 03 de novembro registrou a come-
moração dos aniversários de nossos Diretores Ana Lúcia de Gouvêa, Edson da Costa
Leal e do funcionário Sirley Leal Barbosa.
Após a Reunião da Diretoria receberam os
parabéns de todos os presentes e degustaram um pequeno lanche com direito a salgadinhos, refrigerantes e um belo bolo com
direito a velinha. A todos a AAFBanerj formula votos de muita saúde e que comemorem essa data por muitos e muitos anos.
do, neto do nosso Vice Presidente Paulo Mario
e filho de Bebel
e Luiz Eduardo
Barcellos
completou dez anos
com uma esplendorosa festa onde
recebeu os amigos e parentes.
A AAFBanerj lhe
deseja um futuro
pleno de vitórias
no esporte que
escolheu e muito
sucesso em sua
vida.
Nomenclatura
Setembro é um mês que engana muito. Começa que tem
um nome impróprio. Setembro principia por “sete”, mas não
é o sétimo mês do ano. É o nono. A rigor, portanto, setembro
deveria chamar-se novembro, da mesma forma que novembro,
que é o décimo primeiro, deveria ter o nome de “onzembro”.
Por aí, já estão vendo como anda tudo atrapalhado e, assim,
é natural que ninguém se entenda. Mas no fim dá certo. Sete
continua a ser o número dos mentirosos e setembro é o mês
em que se festeja a independência do Brasil.
N o v e m b ro 2015
7
Barão de Itararé
Al moço d e C o n f r a t e r n i z a ç ã o
d a A A F Ba n e r j
Além de degustarem o delicioso bufê do “Da Silva”, 43 associados puderam rever ami-
gos e colegas, como já se tornou tradição em um dos nossos Espaços de Convivência.
Venha você também participar do próximo almoço, ano que vem, com a nova administração. Temos certeza de que irá adorar.
N o v e m b ro 2015
8
No
dia 13 de novembro a nova administração da AAFBanerj para o triênio 2016/2018, abaixo relacionada, foi eleita por aclamação. Após a votação
foi servido um lanche aos presentes.
Conselho Deliberativo:
Efetivos:
Abdala Akil Filho
Samuel Rodrigues Gontijo
Valter Brito Mendes da Costa
Paulo Ricardo Pimentel do Vabo
Gilson das Neves Pereira
Maria Emilia Ribeiro de Santana Lopes
Paulo Gustavo Medeiros Leitão
Carlos Alberto Alves Brum
Walter Pacheco Monken
José Cândido Céa Neto
Diretoria Executiva:
Presidente: Angelo Conte
Vice Presidente: Gerson Barg
Diretores:
Administrativo: João Maria Pereira de
Carvalho
Administrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro
de Castro
Social: Elza Soares Linhares
Suplentes:
Luiz Antonio de Oliveira Souza
Rair Dias de Souza
Reinaldo Mansur
Marcelo Baptista Quintanilha
Maria Theodora Guedes Olyntho
Patrimônio: Paulo Mario Corrêa Cardoso
Conselho Fiscal:
Apoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho
Efetivos:
Paulo Lober
Gilson Braga Bessa
Walter Teixeira Pinto
e Silva
Suplentes:
Marco Antonio Barbosa
Paulo Sergio dos Santos Pinto
Planejamento: José Renato Baptista Jourdan
Financeiro: Edson da Costa Leal
Financeiro Adjunto: Décio de Oliveira Gomes
Cultural: Elizabeth Scheidegger Ferrão
Cultural Adjunto: Rui Antonio Duarte de
Magalhães
Apoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos
Monteiro Bastos
N o v e m b ro 2015
Apoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do Amaral
Diretor: Roberto Percinoto
9
ATESTADO DE VIDA
Um Filme de Perversões
Quando
estreou, em 30 de junho de
1960, o filme “Psicose” de Alfred Hichcook,
foi considerado “um tropeço numa memorável carreira”. Mas o filme, ao contrário,
obteve um enorme sucesso,
elevando-se à categoria de
clássico que contém uma das
mais aterrorizantes e belas
cenas de suspense do cinema,
a do assassinato de Marion
Crane (Janet Leight) durante
o banho. A reboque, Psicose
tornou o pervertido Norman
Bates (vivido por Anthony Perkins) o mais
carismático psicopata das telas.
Não há como desgrudar o olho da tela
diante da ambígua figura de Norman Bates.
Na aparência, ele é o simplório zelador de
um motel. Na prática é um maluco de carteirinha que veste as roupas da mãe para
matar.
Uma curiosidade: a atriz Janet Leight
foi substituída por uma dublê nas cenas de
nudez por imposição do ciumento marido
Tony Curtis. A verdade é que o filme criou
um precioso ensaio
sobre voyeurismo e
perversão em preto
e branco, protagonizados por um ator
um tanto esquisitão.
Perkins confessaria
mais tarde ter perdido a virgindade
somente aos trinta
e sete anos, isto é,
uma década depois
do sucesso do filme.
N o v e m b ro 2015
O INSS exige o atestado de vida
anualmente como condição para
o pagamento das aposentadorias.
Desta forma, lembramos aos associados que deverão dirigir-se à Agência do
Banco Itaú ou do Banco do Brasil onde mantém conta corrente e apresentar, a qualquer
um dos caixas, o cartão de sua conta e um
documento de identidade pleiteando o recadastramento.
Caso o Banco do Brasil não faça o recadastramento você deverá dirigir-se a uma
agência do INSS.
A Agência Bonsucesso
Reúne Seus
Ex Funcionários
No
dia 04
de dezembro de
2015, às 12:30h
no Restaurante
Graça da Vila situado na Rua do
Catete, 133 – Catete – você terá a oportunidade de rever seus colegas e amigos. Informações complementares poderão ser prestadas pelo Carlos Melo
– 99347-5906 ou 98774-0665.
10
H omenagem
LUIS CARLOS MIELE
Elis com Miele e Boscoli no teatro da Praia.
Com esse show, segundo a crítica , Elis deu um
salto. O prédio em Ipanema onde se instalava o
teatro estava em final de construção, eram treze
andares inacabados e eu e Ronaldo instalamos
precariamente o nosso escritório na cobertura
para poder acompanhar de perto detalhes do
acabamento do teatro. Caixas de cerveja serviam de cadeiras, tampa de mesa em cima de
cavaletes, fios de telefone de trinta metros vinham de andares de baixo, enfim uma zorra,
subindo no elevador de serviço no meio de operários, sacos de cimento e tijolos. Toca o telefone, monsieur Miele está? Aqui é da presidência
da Air France. Como não devia nada a Air France estranhei mas a secretária insistiu que o Sr.
Joseph Halfin presidente da Cia. queria conversar com os senhores Miele e Boscoli. E foi
logo dizendo que era fã de Elis Regina,
tinha boas referencias do nosso projeto e que gostaria de nos contratar
para fazer o show de encerramento do premio Moliere, aos laureados do ano em teatro e cinema n
Brasil. Ainda um pouco assustado,
pergunto como iremos nos encontrar e aí começa uma das aventuras
mais absurdas da dupla Miele e Boscoli. Acertado o encontro para o dia
seguinte, Ronaldo olhava o mar e propôs
uma intrigante questão – Miele se eu soltar uma
galinha daqui de cima ela voa até a praia? Claro
que não Ronaldo, Galinha não sabe voar. Claro
que voa Miele galinha é pássaro. Voa não voa,
cravaram mil pratas numa aposta e o contra-regra apoiava Ronaldo, voa sim chefia, já trabalhei numa granja. No dia do encontro com o
presidente ia ser decidida a parada, o Office boy
foi encarregado de comprar uma galinha viva
N o v e m b ro 2015
na quitanda. Entrementes chega o presidente,
horrorizado subindo no elevador de serviço em
companhia de um operário descalço com um
saco de cimento na cabeça. Desceu do elevador assustado, tentando tirar a poeira daquele
terno caríssimo, recusou com elegance o café
da garrafa térmica e passamos a discutir os detalhes do evento. Eis que chega a galinha embrulhada num papel de jornal e como era um
assunto da maior seriedade pedimos licença ao
monsieur e fomos para o parapeito da cobertura
para a prova dos nove. A essa altura Mr. Joseph
Halfin não suportou a curiosidade e foi ao nosso encontro. Mr. Halfin estamos decidindo uma
aposta, o sr. acha que Galinha voa? Não tenho
a menor ideia senhores. O contra-regra jogou
a galinha, voar não voou mas deu um mergulho fatal até a marquise sob aplausos
dos operários que não contavam com
aquela canja inesperada. Até o dia seguinte não tinha a menor ideia que Mr.
Halfin tinha tido a nosso respeito, mas
finalmente recebemos uma passagem
da ponte aérea para ultimar os últimos
detalhes. Na chegada ao luxuoso escritório da Air France, elevador exclusivo da
presidência, a recepcionista nos conduziu
ao elegantíssimo salão com as paredes decoradas com a foto do Arco do Triunfo e fechamos o contrato. Monsieur Halfin- Senhor Miele,
o senhor tem pressa? Absolutamente, estou às
suas ordens em São Paulo para tratar do show
do Moliere na Record. Senhor Miele, apresento meu amigo Mr.William Thompson presidente
do Banco da Inglaterra. Peço que o senhor repita para ele a historia da galinha pois durante o
(continua na página 12)
11
(continuação da página 11)
nosso jantar de ontem ele
me chamou de mentiroso
dizendo que era impossível
aquilo ter acontecido numa
reunião de negócios sobre
a realização do espetáculo
do premio mais importante do teatro brasileiro.
Bem a historia aconteceu, o show também e foi
um enorme sucesso. Creio que Joseph Halfin
acreditou que aquela insanidade fizesse parte
do processo criativo dos brasileiros, o fato é que
levou em consideração o nosso trabalho, tanto
que eu permaneci como mestre de cerimônias
do premio Moliere durante dez anos. Mas sem a
galinha, é claro
Trecho do livro e sua autoria Poeira de Estrelas
GALINHA VÕA?
Cartas
do Leitor
BANERJ
CLUBE
Você
que possui o Seguro Banerj Clube,
deve ficar atento ao novo procedimento
com relação ao resgate em caso de sinistro.
Não há mais atendimento na Avenida Almirante Barroso no Centro do Rio, já que o
mesmo agora é feito somente pelo telefone:
4004-4444 (São Paulo). Recomenda-se que
o segurado tenha separado o número da apólice e o nome do beneficiário, pois em vários
casos o Banco Itaú não tem localizado esses
documentos e isso tem causado problemas
para os beneficiários.
Agenda
genda
Dia
ia 06/12/2015 - de 12h às 16h
Festa das Crianças na Casa de Festas Mansão
dos Sonhos - Grajaú - RJ
Dia
ia 19/12/2015 - de 19h às 00h
Festa de Final de Ano - Clube de Aeronáutica
Do associado Mauro Henrique Braga:
“Senhores, me emocionou a homenagem
ao Orlando Silva a quem tive a oportunidade de conviver, inclusive
em sua residência na Rua
Rodolfo Dantas em Copacabana.
Estou enviando uma foto tirada em 1955,
que foi carinhosamente
autografada
por ele. Muito
simples e amigo. Abraços.
N o v e m b ro 2015
EXPEDIENTE
Publicação da AAFBanerj
Diretoria Executiva:
Presidente: Roberto Percinoto
Vice-Presidente: Paulo Mario Corrêa Cardozo
Diretores:
Administrativo: Lucilia Coelho Bastos
Administrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de Castro
Social e Patrimonio: Elza Soares Linhares
Jurídico: Ana Lucia de Gouvêa
Financeiro: Edson da Costa Leal
Financeiro Adjunto: Décio de Oliveira Gomes
Comunicação: Gerson Barg
Cultural: Rui Antônio Duarte de Magalhães
Apoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho e Silva
Apoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos M. Bastos
Apoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do Amaral
Planejamento: José Renato Baptista Jourdan
Diretor: Angelo Conte
Conselho Deliberativo:
Presidente: Rair Dias de Sousa
Conselho Fiscal:
Presidente: Paulo Lober
PRODUÇÃO: AAFBanerj
Sede Própria: Av. Nilo Peçanha, 50/Gr.309
/Centro/Rio de Janeiro/RJ - 20020-100
www.aafbanerj.org.br
E-mail: [email protected]
Tele FAX: 0xx (21) 2220-2566/2220-2319/2220-2843 / 22404115.
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Capa: Centenário de Grande Otelo
Capa
12
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