As so c i aç ão d os A n tigos F u n cionár ios do S is t em a Int eg r ado Ban e r j F undada e m 1 4 d e ju lh o d e 1 9 8 3 - Ano X X V - N o. 11 - N ov em br o de 20 1 5 Com Juscelino Kubitschek e Louis Armstrong Com Oscarito O Centenário de um Artista Notável! Com Luís Carlos Miele Com Ronald Golias e Ankito Com Dercy Gonçalves e Edayr Badaró Macunaima Com Moacyr Franco Grande Otélo nuscritos, livros de autoria do ator, letras de músicas compostas por ele e parceiros, discos de vinil, prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas) recebidos durante a sua carreira, roteiros de cinema, correspondências, poemas, obras de arte etc... Todo esse material encontra-se disponível pela WEB (www.ctac.gov.br/otelo/frameset. asp?Seçao=bienio). Grande Otelo morreu em 1993 de um ataque cardíaco fulminante quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes. Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata (Uberlândia/ MG – 18.10.1915 / Paris – 26.11.1993) foi ator, escritor e compositor. Grande artista dos cassinos cariocas e do chamado Teatro de Revista. Participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre Sobre o assunto leia a biografia escrita por os quais as comédias Sérgio Cabral sobre o grande artista. da Atlântida nas décadas de 40 e 50 que estrelou em parceria com o cômico Oscarito além da versão cinematográfica de “Macunaíma” realizada em 1969, fora “Rio 40 Graus” e o “Assalto ao Trem Pagador”. Atuou, também, a partir dos anos 60, em várias telenovelas da TV Globo como “Uma Rosa com Amor”, entre outras. Participou da “Escolinha do Professor Raimundo” no início dos anos 90. O acervo de Grande Otelo, que hoje pertence à Fundação Nacional da Arte (FUNARTE), encontrava-se há vários anos em um apartamento da Tijuca, guardado em caixas de papelão, nas quais foram descobertos ma- N o v e m b ro 2015 2 60 Anos de um golpe frustrado. Tentativa após as Eleições de 1955 Antecedentes Na madrugada de 5 de agosto de 1954, o jornalista Carlos Lacerda, da Tribuna da Imprensa, ferrenho adversário de Getúlio Vargas, sofre uma tentativa de assassinato, ao chegar em sua residência na rua Toneleros, em Copacabana, ficando levemente ferido. Seu acompanhante, Major da Aeron[autica Rubens Vaz, não teria a mesma sorte, pois foi mortalmente ferido. As investigações apontam Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do Presidente, como responsável direto pelo atentado. É claro, no entanto, que isso seria cumprimento de ordens superiores. Esse crime que ficou conhecido como o atentado da rua Toneleros, é decisivo para que a campanha contra Vargas aumentasse, além de ganhar mais adeptos. Nada ficou provado, nem definido contra o Presidente, sobre sua participação no incidente. Todavia, instalou-se um ambiente político insustentável, que evoluiu para um clima de dramaticidade, não havendo o que pudesse apontar para uma solução, a não ser a renúncia de Vargas, principal objetivo de seus opositores. Getúlio já havia dito que somente morto sairia do Palácio do Catete. E foi o que aconteceu. Às 8;30 h da manhã de 24 de agosto de 1954, suicidou-se com um tiro a queima roupa. O impacto provocado por esse gesto fez com que a situação se invertesse radicalmente, pois a população voltou-se contra seus opositores, agora algozes, obrigando inN o v e m b ro 2015 clusive Lacerda a se ausentar do país, pois era o “principal responsável” pela morte do Presidente. Passado o trauma emocional, a situação voltou à “normalidade”. Assume então o poder o Vice-Presidente João Café Filho, que montou uma equipe composta basicamente por políticos, empresários e militares, claramente opostos a gestão anterior. Eleições de 03/10/1955 As eleições, constitucionalmente programa- das para 03 de outubro foram confirmadas, mas setores mais radicais da UDN, lideradas pelo já novamente em cena Carlos Lacerda, tentaram impugnar a chapa JK (Juscelino Kubitshek) e Jango (João Goulart), por temerem a volta do Varguismo, o que não conseguiram. Nessa eleição, foi instituída a cédula única, confeccionada pela Justiça Eleitoral, com os nomes dos candidatos. Nela, o eleitor marcava um “X” no campo situado ao lado do nome do candidato de sua preferência. Anteriormente, eram os próprios partidos que confeccionavam e distribuíam as cédulas e diferentemente do que ocorre atualmente, não havia eleições com dois turnos (modalidade instituída pela Constituição de 1988). Vencia o candidato que obtivesse o maior número de votos. A vitória da chapa - PTB PSD - levou seus adversários a passarem a defender o impedimento da posse dos eleitos, alegando que não haviam atingido a maioria absoluta dos votos. 3 (Continua na página 4) (Continuação da página 3) No início de novembro daquele ano, a cri- se evoluiu rapidamente, quando o coronel Jurandir Mamede criticou duramente os eleitos, pronunciando-se abertamente contra a posse programada para janeiro de 56. Em matéria publicada em 10 de novembro, em seu jornal, Lacerda pontificava: “É preciso que fique claro, muito claro, que os senhores Juscelino Kubitchsek e João Goulart, não devem tomar posse, não podem tomar posse, e não vão tomar posse”. Café Filho afastou-se do governo, por motivos de saúde, assumindo interinamente Carlos Luz, presidente da Câmara de Deputados, e sabidamente próximo ao esquema udenista, além de apoiado por um grupo de militares, deflagrando uma situação de quase conflito interno, em 11 de novembro daquele ano. Acontece que um outro grupo de militares, esse legalista, liderados pelo então Ministro da Guerra, Henrique Dufles Teixeira Lott, venceu os oposicionistas, através de tensas mas produtivas articulações ocorridas naquela ocasião. Carlos Luz foi destituído da presidência, dando lugar a Nereu Ramos, que ocupou o cargo até 31 de janeiro de 1956, quando ascenderam ao poder Juscelino Kubitschek e João Goulart. Conclusão: Havia no Brasil, bem como em outros países, a partir da segunda metade do século passado, duas vertentes ideológicas e que, atualmente, estão praticamente desaparecidas. Uma, chamada de esquerda, era defendida por aqueles que acreditavam que um sistema de governo ideal era aquele instituído pela Rússia, a partir da revolução de 1917, e que deu origem a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Tal regime, acreditavam, instituía um controle geral do estado, que se propunha, em tese, a melhorar as condições de vida das classes mais carentes, através de medidas assistenciais. Outra corrente, chamada de direita, tradicional, defendia a livre iniciativa, característica principal do capitalismo, que era considerada pelos “esquerdistas” como retrógada, reacionária e selvagem, e cujo modelo era e é N o v e m b ro 2015 Abertura da 1ª urna de votos das Eleições de 1955 os Estados Unidos. O que houve na eleição de 1955 é que alguns militares, e seus seguidores de “direita”, acreditavam que a posse de Juscelino e Jango, abriria caminho para a instalação de um governo com características socializantes, ou seja de “esquerda”. Isso, principalmente pela presença de João Goulart, tido como “comunista”, embora fosse um rico latifundiário. Mas, como já foi citado, houve um grupo de militares que garantiram a posse dos eleitos. Não quer dizer com isso, que eles fossem “esquerdistas”. Eles eram simplesmente legalistas e disciplinados. Venha deleitar-se com a música clássica. No dia 24 de novembro de 2015 – terça feira – às 15:00h teremos: - Concerto número 1 para Piano e Orquestra – Tchaikovsky - Sinfonia número 7 de Bethoven A duração do espetáculo será de +/- 90 minutos. 4 Livros em Fatias O velho arquiteto – Olavo Bilac O velho Afonso, após uma vida laborio- sa, aos 70 anos estava praticamente inválido. A sua vista obscurecera-se, tremiam-lhe as mãos, trôpego nas pernas. Viúvo e não podendo sobreviver sozinho foi viver na companhia do filho único, casado, advogado de prestigio. Ele sabia que a nora não o veria com bons olhos. Seria um estorvo, um hospede indesejável, em contraste com seus hábitos de elegância e luxo. Sabia disso, mas prometera a si mesmo incomodá-la o menos possível. Viveria no seu quarto, saía apenas para o almoço e jantar e para andar pelo jardim no cair da tarde. Ainda assim sentia-se constrangido, temia a nora, receava desagradar-lhe. Na mesa, sentindo o peso do seu olhar, mais trêmulo ficava. Um dia chegou a derramar a colher de sopa sobre a barba e o guardanapo. A nora ao vê-lo assim com a barba grisalha embebida de sopa e fios de macarrão, torceu o rosto num gesto de nojo e ordenou que daquele dia em diante ele fosse servido na mesa da copa. O velho, cuja única alegria era conversar com o filho e o netinho na hora das refeições, viu-se completamente isolado. Sozinho diante dos N o v e m b ro 2015 pratos, quase não comia. Os criados o maltratavam, servia bife inteiro que ele não tinha força para partir. Um dia quis tentar, mãos trêmulas falseou o golpe esbarrou na borda do prato a porcelana partiu-se com um ruído forte que a nora ouviu. Conteve a sua fúria na presença do marido mas à noite fez servir o jantar em pratos de barro ordinário comprados na quitanda. Muito admirado ficou o Marquinhos quando viu o avô comer naqueles pratos vermelhos e grossos. Tomou um deles e foi perguntar ao criado que tipo de louça era aquela. São pratos de barro que sua mãe mandou comprar para seu avô. Por que? Indagou o guri. Porque vovó está velho e quebra a louça fina. No outro dia o pai advogado encontrou o filho no jardim amassando um pouco de lama. Que porcaria é essa meu filho? Pai eu estou amassando o barro para fazer um prato igual aquele do vovó, para você comer quando ficar velho igual ao vovô. Ele então chamou a mulher e mostrou-lhe o filho fazendo o prato que eles teriam de comer quando fossem velhos como o vovô. O impacto foi terrível. No dia imediato ela própria quem foi buscar o velho para a mesa comum. 5 CONTO O GRUPO (continuação do número anterior) A VINÇANÇA - I Fomos trabalhar no IPERJ - Instituto de Previdência do Estado do Rio de Janeiro, ficava na Av. Presidente Vargas esquina com Rua Dos Andradas. Não sei nem se o órgão ainda existe, o prédio continua lá, todo imponente com sua estrutura envidraçada. Mas sim, apareceu uma oportunidade de ganharmos uma graninha extra. O Sistema de pagamento de pensões do Estado era todo manual e queriam passar para o computador, informatizar se constituía na grande novidade da época. Pediram ajuda ao BANERJ, ( O IPERJ era o maior acionista estadual do nosso banco) e meu nome foi indicado. O serviço foi feito à noite, Ivan e Casse fizeram parte da equipe, o ano era 1970 e trabalhamos nesse bico por dois anos. Durante esse período Ivan conheceu uma de suas “coroas”, cuja filha estava necessitando muito trabalhar para poder continuar seus estudos. Ivan sempre teve um enorme coração, vivia querendo ajudar o mundo, ainda mais quando se tratava de estudar, problema que bem conheceu em sua infância nordestina. Prometeu a sua nova amada, fazer tudo que pudesse pela jovem filha de uns 18 anos. Fomos ao Diretor da área de processamento de dados, e conseguimos que a menina fizesse parte de nossa equipe, sem custo, para treinar e aprender perfurar cartões no equipamento IBM-029. A moça vinha, diariamente, de Campo Grande, de trem, para praticar no setor de informática durante o horário noturno. Seu ingresso no prédio foi negociado, de maneira informal, junto ao chefe do setor de Portaria, pelo diretor da área. Nessa época, no Estado, iniciava um novo governo e a recém empossada diretora administrativa do Iperj, Marina sobrenome qualquer, assumiu com mãos de ferro a repartição. Nós não éra- N o v e m b ro 2015 mos funcionários da casa, e nada tínhamos a ver com as mudanças que ela estava implantando, apenas ouvíamos, o tempo todo, o pessoal reclamar de arbitrariedades, perseguições, rígidos controles, enfim, a mulher queria transformar a repartição num verdadeiro quartel militar. Até que aconteceu o fato na portaria. Às 19 horas de uma Sexta-Feira, Dona Marina, como era chamada, vinha saindo do elevador privativo, rodeada de puxa sacos, quando a afilhada de Ivan ia chegando no prédio para seu treinamento diário. A diretora, quase gritando : - Quem é a moça que vai ingressando na casa a essa hora? E o porteiro de serviço : - Ela é estagiária da diretoria de informática. - Quem autorizou esse estágio no horário noturno? - Foi o diretor da área. Nessa hora Ivan também chegava e assistiu a tudo, Dona Marina, sempre falando muito alto, se dirigiu à moça. - Minha filha, isso aqui é uma repartição pública, não é a casa de mãe Joana não, ninguém pode ingressar à noite sem ser funcionário ou estar devidamente credenciada para isso, faça o favor de se retirar imediatamente. A moça saiu chorando. Ivan a acompanhou até sua casa. Nesse dia ele não trabalhou e jurou vingar-se. Aqui vai um conselho a todos. Nunca queiram ter um alagoano desejando se vingar de vocês. Que o diga o Sr. Fernando Collor com relação ao seu irmão, já falecido, Pedro Collor. Nesse ponto da história cabe informar um fato acontecido dois anos antes, em 1968. O prédio do Iperj pegou fogo, tendo sido atingidos 3 dos 20 andares, que queimaram totalmente, seis meses após a inauguração do edifício. Era o mais moderno e bonito da administração estadual do Rio de Janeiro. José Renato B. Jourdan Diretor de Planejamento da AAFBanerj 6 (continua no próximo número) Notas Sociais Em Outubro, Guilherme Teixeira, fun- cionário da AAFBanerj completou idade e comemorou a data na companhia dos Diretores com bolo, velinha e salgadinhos. Parabéns Guilherme! Que você possa comemorar muitos anos de vida com saúde ao lado de sua família. O campeoníssimo surfista Luiz Bernar- O dia 03 de novembro registrou a come- moração dos aniversários de nossos Diretores Ana Lúcia de Gouvêa, Edson da Costa Leal e do funcionário Sirley Leal Barbosa. Após a Reunião da Diretoria receberam os parabéns de todos os presentes e degustaram um pequeno lanche com direito a salgadinhos, refrigerantes e um belo bolo com direito a velinha. A todos a AAFBanerj formula votos de muita saúde e que comemorem essa data por muitos e muitos anos. do, neto do nosso Vice Presidente Paulo Mario e filho de Bebel e Luiz Eduardo Barcellos completou dez anos com uma esplendorosa festa onde recebeu os amigos e parentes. A AAFBanerj lhe deseja um futuro pleno de vitórias no esporte que escolheu e muito sucesso em sua vida. Nomenclatura Setembro é um mês que engana muito. Começa que tem um nome impróprio. Setembro principia por “sete”, mas não é o sétimo mês do ano. É o nono. A rigor, portanto, setembro deveria chamar-se novembro, da mesma forma que novembro, que é o décimo primeiro, deveria ter o nome de “onzembro”. Por aí, já estão vendo como anda tudo atrapalhado e, assim, é natural que ninguém se entenda. Mas no fim dá certo. Sete continua a ser o número dos mentirosos e setembro é o mês em que se festeja a independência do Brasil. N o v e m b ro 2015 7 Barão de Itararé Al moço d e C o n f r a t e r n i z a ç ã o d a A A F Ba n e r j Além de degustarem o delicioso bufê do “Da Silva”, 43 associados puderam rever ami- gos e colegas, como já se tornou tradição em um dos nossos Espaços de Convivência. Venha você também participar do próximo almoço, ano que vem, com a nova administração. Temos certeza de que irá adorar. N o v e m b ro 2015 8 No dia 13 de novembro a nova administração da AAFBanerj para o triênio 2016/2018, abaixo relacionada, foi eleita por aclamação. Após a votação foi servido um lanche aos presentes. Conselho Deliberativo: Efetivos: Abdala Akil Filho Samuel Rodrigues Gontijo Valter Brito Mendes da Costa Paulo Ricardo Pimentel do Vabo Gilson das Neves Pereira Maria Emilia Ribeiro de Santana Lopes Paulo Gustavo Medeiros Leitão Carlos Alberto Alves Brum Walter Pacheco Monken José Cândido Céa Neto Diretoria Executiva: Presidente: Angelo Conte Vice Presidente: Gerson Barg Diretores: Administrativo: João Maria Pereira de Carvalho Administrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de Castro Social: Elza Soares Linhares Suplentes: Luiz Antonio de Oliveira Souza Rair Dias de Souza Reinaldo Mansur Marcelo Baptista Quintanilha Maria Theodora Guedes Olyntho Patrimônio: Paulo Mario Corrêa Cardoso Conselho Fiscal: Apoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho Efetivos: Paulo Lober Gilson Braga Bessa Walter Teixeira Pinto e Silva Suplentes: Marco Antonio Barbosa Paulo Sergio dos Santos Pinto Planejamento: José Renato Baptista Jourdan Financeiro: Edson da Costa Leal Financeiro Adjunto: Décio de Oliveira Gomes Cultural: Elizabeth Scheidegger Ferrão Cultural Adjunto: Rui Antonio Duarte de Magalhães Apoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos Monteiro Bastos N o v e m b ro 2015 Apoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do Amaral Diretor: Roberto Percinoto 9 ATESTADO DE VIDA Um Filme de Perversões Quando estreou, em 30 de junho de 1960, o filme “Psicose” de Alfred Hichcook, foi considerado “um tropeço numa memorável carreira”. Mas o filme, ao contrário, obteve um enorme sucesso, elevando-se à categoria de clássico que contém uma das mais aterrorizantes e belas cenas de suspense do cinema, a do assassinato de Marion Crane (Janet Leight) durante o banho. A reboque, Psicose tornou o pervertido Norman Bates (vivido por Anthony Perkins) o mais carismático psicopata das telas. Não há como desgrudar o olho da tela diante da ambígua figura de Norman Bates. Na aparência, ele é o simplório zelador de um motel. Na prática é um maluco de carteirinha que veste as roupas da mãe para matar. Uma curiosidade: a atriz Janet Leight foi substituída por uma dublê nas cenas de nudez por imposição do ciumento marido Tony Curtis. A verdade é que o filme criou um precioso ensaio sobre voyeurismo e perversão em preto e branco, protagonizados por um ator um tanto esquisitão. Perkins confessaria mais tarde ter perdido a virgindade somente aos trinta e sete anos, isto é, uma década depois do sucesso do filme. N o v e m b ro 2015 O INSS exige o atestado de vida anualmente como condição para o pagamento das aposentadorias. Desta forma, lembramos aos associados que deverão dirigir-se à Agência do Banco Itaú ou do Banco do Brasil onde mantém conta corrente e apresentar, a qualquer um dos caixas, o cartão de sua conta e um documento de identidade pleiteando o recadastramento. Caso o Banco do Brasil não faça o recadastramento você deverá dirigir-se a uma agência do INSS. A Agência Bonsucesso Reúne Seus Ex Funcionários No dia 04 de dezembro de 2015, às 12:30h no Restaurante Graça da Vila situado na Rua do Catete, 133 – Catete – você terá a oportunidade de rever seus colegas e amigos. Informações complementares poderão ser prestadas pelo Carlos Melo – 99347-5906 ou 98774-0665. 10 H omenagem LUIS CARLOS MIELE Elis com Miele e Boscoli no teatro da Praia. Com esse show, segundo a crítica , Elis deu um salto. O prédio em Ipanema onde se instalava o teatro estava em final de construção, eram treze andares inacabados e eu e Ronaldo instalamos precariamente o nosso escritório na cobertura para poder acompanhar de perto detalhes do acabamento do teatro. Caixas de cerveja serviam de cadeiras, tampa de mesa em cima de cavaletes, fios de telefone de trinta metros vinham de andares de baixo, enfim uma zorra, subindo no elevador de serviço no meio de operários, sacos de cimento e tijolos. Toca o telefone, monsieur Miele está? Aqui é da presidência da Air France. Como não devia nada a Air France estranhei mas a secretária insistiu que o Sr. Joseph Halfin presidente da Cia. queria conversar com os senhores Miele e Boscoli. E foi logo dizendo que era fã de Elis Regina, tinha boas referencias do nosso projeto e que gostaria de nos contratar para fazer o show de encerramento do premio Moliere, aos laureados do ano em teatro e cinema n Brasil. Ainda um pouco assustado, pergunto como iremos nos encontrar e aí começa uma das aventuras mais absurdas da dupla Miele e Boscoli. Acertado o encontro para o dia seguinte, Ronaldo olhava o mar e propôs uma intrigante questão – Miele se eu soltar uma galinha daqui de cima ela voa até a praia? Claro que não Ronaldo, Galinha não sabe voar. Claro que voa Miele galinha é pássaro. Voa não voa, cravaram mil pratas numa aposta e o contra-regra apoiava Ronaldo, voa sim chefia, já trabalhei numa granja. No dia do encontro com o presidente ia ser decidida a parada, o Office boy foi encarregado de comprar uma galinha viva N o v e m b ro 2015 na quitanda. Entrementes chega o presidente, horrorizado subindo no elevador de serviço em companhia de um operário descalço com um saco de cimento na cabeça. Desceu do elevador assustado, tentando tirar a poeira daquele terno caríssimo, recusou com elegance o café da garrafa térmica e passamos a discutir os detalhes do evento. Eis que chega a galinha embrulhada num papel de jornal e como era um assunto da maior seriedade pedimos licença ao monsieur e fomos para o parapeito da cobertura para a prova dos nove. A essa altura Mr. Joseph Halfin não suportou a curiosidade e foi ao nosso encontro. Mr. Halfin estamos decidindo uma aposta, o sr. acha que Galinha voa? Não tenho a menor ideia senhores. O contra-regra jogou a galinha, voar não voou mas deu um mergulho fatal até a marquise sob aplausos dos operários que não contavam com aquela canja inesperada. Até o dia seguinte não tinha a menor ideia que Mr. Halfin tinha tido a nosso respeito, mas finalmente recebemos uma passagem da ponte aérea para ultimar os últimos detalhes. Na chegada ao luxuoso escritório da Air France, elevador exclusivo da presidência, a recepcionista nos conduziu ao elegantíssimo salão com as paredes decoradas com a foto do Arco do Triunfo e fechamos o contrato. Monsieur Halfin- Senhor Miele, o senhor tem pressa? Absolutamente, estou às suas ordens em São Paulo para tratar do show do Moliere na Record. Senhor Miele, apresento meu amigo Mr.William Thompson presidente do Banco da Inglaterra. Peço que o senhor repita para ele a historia da galinha pois durante o (continua na página 12) 11 (continuação da página 11) nosso jantar de ontem ele me chamou de mentiroso dizendo que era impossível aquilo ter acontecido numa reunião de negócios sobre a realização do espetáculo do premio mais importante do teatro brasileiro. Bem a historia aconteceu, o show também e foi um enorme sucesso. Creio que Joseph Halfin acreditou que aquela insanidade fizesse parte do processo criativo dos brasileiros, o fato é que levou em consideração o nosso trabalho, tanto que eu permaneci como mestre de cerimônias do premio Moliere durante dez anos. Mas sem a galinha, é claro Trecho do livro e sua autoria Poeira de Estrelas GALINHA VÕA? Cartas do Leitor BANERJ CLUBE Você que possui o Seguro Banerj Clube, deve ficar atento ao novo procedimento com relação ao resgate em caso de sinistro. Não há mais atendimento na Avenida Almirante Barroso no Centro do Rio, já que o mesmo agora é feito somente pelo telefone: 4004-4444 (São Paulo). Recomenda-se que o segurado tenha separado o número da apólice e o nome do beneficiário, pois em vários casos o Banco Itaú não tem localizado esses documentos e isso tem causado problemas para os beneficiários. Agenda genda Dia ia 06/12/2015 - de 12h às 16h Festa das Crianças na Casa de Festas Mansão dos Sonhos - Grajaú - RJ Dia ia 19/12/2015 - de 19h às 00h Festa de Final de Ano - Clube de Aeronáutica Do associado Mauro Henrique Braga: “Senhores, me emocionou a homenagem ao Orlando Silva a quem tive a oportunidade de conviver, inclusive em sua residência na Rua Rodolfo Dantas em Copacabana. Estou enviando uma foto tirada em 1955, que foi carinhosamente autografada por ele. Muito simples e amigo. Abraços. N o v e m b ro 2015 EXPEDIENTE Publicação da AAFBanerj Diretoria Executiva: Presidente: Roberto Percinoto Vice-Presidente: Paulo Mario Corrêa Cardozo Diretores: Administrativo: Lucilia Coelho Bastos Administrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de Castro Social e Patrimonio: Elza Soares Linhares Jurídico: Ana Lucia de Gouvêa Financeiro: Edson da Costa Leal Financeiro Adjunto: Décio de Oliveira Gomes Comunicação: Gerson Barg Cultural: Rui Antônio Duarte de Magalhães Apoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho e Silva Apoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos M. Bastos Apoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do Amaral Planejamento: José Renato Baptista Jourdan Diretor: Angelo Conte Conselho Deliberativo: Presidente: Rair Dias de Sousa Conselho Fiscal: Presidente: Paulo Lober PRODUÇÃO: AAFBanerj Sede Própria: Av. 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