Celso Furtado
• Nascido em Pombal – PB
• autodidatismo
Influências - eclética
• Positivismo experimentalista
• Marxismo – Karl Mannheim
• Keynes
• Raul Prebisch - CEPAL
• Antropologia norte-americana
• Influência de Paul Leroy-Beaullieu comparativismo
• A imbricação dos ramos do conhecimentohistória, antropologia
• Assim como na segunda metade do século XIX
se caracteriza pela transformação de uma
economia escravista de grandes plantações
em um sistema econômico baseado no
trabalho assalariado, a primeira metade do
século XX está marcada pela progressiva
emergência de um sistema cujo principal
centro dinâmico é o mercado interno.
Formação economica do Brasil - 1957
• Descortinar uma perspectiva o mais possível
ampla. Sem uma adequada profundidade
torna-se impossível captar as inter-relações e
cadeias de causalidades que constituem a
urdidura dos processos econômicos.
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Os nexos coloniais
Portugal
Inglaterra
Estados Unidos
• O problema é estrutural – como nos
constituímos
• O papel centralizador ocupado pela transferência
da família real (p. 94)
• Segundo Furtado, imputar a Inglaterra a
responsabilidade pela qual o Brasil não tenha se
transformado em uma nação moderna, como
fora os EUA, consiste em um erro. O autor
localiza na estrutura de classes e no modelo
econômico colonial a centralidade do problema.
Na colônia inexistia uma classe de comerciante
importante
• O papel produtivo ocupado pela colônia,
intimamente integrada nas econômicas
européias, das quais dependia. Não
constituía um sistema autônomo, sendo um
prolongamento
de
outros
maiores
[percepção do nexo] (p. 95)
• Se temos uma classe de grandes proprietários,
em uma sociedade escravista, dependemos
deste para darmos o salto
• A afirmação da produção cafeicultura
a crise produtiva no Norte e no Sul
Nos anos 1830 o café afirmava-se como o
principal produto de exportação, fazendo
surgir um novo núcleo de estabilidade na
região central próxima à capital, constituindose no verdadeiro centro de resistência à
desagregação (p. 97)
• A solução para o desenvolvimento no pósIndependência teria sido a expansão das
exportações. Fomentar a industrialização sem
que esta tivesse apoio de uma capacidade
para importar em expansão seria tentar o
impossível.
• Para Celso Furtado, independentemente de
se
considerar
que
não
haveria
industrialização porque possuíamos uma
classes de produtores rurais, é mister
reconhecer que o caminho passava pelo
aumento das exportações.
• O apogeu de café
• A centralidade do mesmo – ele lançara as bases para a
acumulação interna e, consequentemente, industrial
• A importância das crises cafeeiras – sustentação da
renda
• 1875 – o apogeu do café se contrasta com a
estagnação vivida no período anterior
• A construção do acesso de novos produtos no mercado
externo – uma conjuntura de concorrência e crise
(açúcar, algodão, fumo, couro, arroz e cacau)
• Inexistiam condições para o desenvolvimento
de um mercado interno, que só se torna viável
“quando o organismo econômico, que se
caracteriza por uma relativa autonomia
tecnológica”
• O café também produz uma nova classe
localizada nas proximidades da Corte.
• A importância do papel do Estado, capturado
para executar uma política. Uma classe com
identidade e projeto.
O impacto da crise de 1929
• A política de fomento da renda, implícita na
defesa dos interesses cafeeiros, era igualmente
responsável por um desequilíbrio que tendia a
aprofundar.
• A baixa se traduzia no aumento dos preços dos
artigos importados
• A política estimularia (ainda que não
intencionalmente) uma procura interna durante
a depressão. Criava-se maiores oportunidades
para o desenvolvimento do mercado interno.
• Diferenças mais substantivas entre Prado Jr. e
Furtado aparecem na avaliação do significado
da industrialização. Enquanto o primeiro não
dá maior importância ao fenômeno, já que
ressalta sua dependência de capitais
estrangeiros e sua incapacidade de mudar a
orientação da economia desde a colônia, o
segundo sublinha seu sentido transformador.
• Na compreensão de Furtado, o principal
estímulo para a industrialização ter-se-ia dado
mediante mesmo a políticas keynesianas já
que a política de defesa dos preços do café,
depois da crise de 1929, mantinha os níveis de
renda interna e somado a crise de divisas
fortes, impedia a importação de manufaturas.
• Aproveitava-se a capacidade já instalada no
país (industria têxtil, por exemplo) – surge
um mistério: como teria se efetuado o
aparecimento deste, por que?
• O crescimento da procura de bens de capital.
Em condições normais os países dependentes
encontram
dificuldades
de
verem
desenvolvidos estas industrias. A conjuntura
dos anos 1930 quebraram este círculo (p.
199)
• A PERGUNTA QUE PERSISTE
RACIOCINIO É O QUEM FAZ
NESSE
• Intelectual e técnico – as presenças nos
governos JK, Jânio e Jango
• A influência cepalina
dualidade
desenvolvimento
e
subdesenvolvimento
As distintas realidades europeia e latinoamericanas
a crítica ao liberalismo e ao livre comércio
O papel interventor do Estado para o desenvolvimento
de políticas de desenvolvimento regional – o
intervencionismo keynesiano
a importância do planejamento estatal
A orientação mais democrática do Estado – oposição
aos pensamentos de O. Vianna, Azevedo Amaral
• Os anos 50 e os debates entre
agroexportadores e os novos interesses
urbano-industriais
• O intervencionismo desenvolvimentista
• Furtado alinha-se aos que defendem a
importância do Estado na condução de
politicas de desenvolvimento
• A perspectiva de revolução em Furtado
• A análise da economia cafeeira, cuja expansão
produziu recursos e demanda de manufaturas, que
teria dado o empurrão inicial à industrialização no país.
• Segundo Furtado, tal evento em um país de atividade
tipicamente exportadora aconteceu através da
intervenção estatal.
• As crises econômicas assumem um importante papel.
Devido às políticas de valorização do café embora
tivessem como meta manter a produtividade e a
lucratividade dos grandes proprietários, também vão
manter os níveis de emprego
• A crise de 1929 e os problemas de
superprodução representam para Furtado o
impulso decisivo para o processo de
industrialização do Brasil. O setor industrial
alcançara neste momento um patamar de
acumulação suficiente para beneficiar-se dos
estímulos provenientes do restante da
economia, adiantando-se no processo de
formação de capital, justamente com os
demais setores ligados ao mercado interno
Caio Prado – parte 2
História e desenvolvimento
• – O Brasil de hoje, apesar de tudo novo e
propriamente contemporâneo possui formas
institucionais modernas, mas ainda tão
rudimentares quando vistas em profundidade
estão entrelaçadas com o seu passado.
• As bases dos sistema produtivo no Brasil
=> A organização de uma estrutura especifica da
agricultura – o sistema monocultor
=> A dimensão das unidades produtoras – a
grande propriedade ou o latifúndio
=> O tipo de trabalho que se estabelece – a
escravidão
• o estabelecimento das premissas históricas da
problemática do desenvolvimento brasileiro
• o sentido fundamental que condicionou a
nossa formação, evolução e maneira particular
de ser.
• Efetivamente a história brasileira
apresenta, no curso de seu
desenvolvimento,
desde
os
primórdios até os nossos dias,
acentuada continuidade
• “Não foi a colonização que empreendeu e
desenvolveu o aproveitamento da exploração
canavieira, e sim o contrário: é essa
exploração que deu origem à colonização e
ao Brasil [...].
• E sim é esta sociedade que se origina, dispõe
e organiza em função da finalidade precípua
de produzir açúcar e assim realizar um
negocio
A logica mercantil para o exterior
• Iniciada a desagregação do sistema
colonial pelos fatos assinalados, o
mais seguirá em sucessão continua
Os anos de 1880-40
A exogenia das transformações estruturais no
Brasil
•
O processo de desenvolvimento moderno
cujas premissas estão se estabelecem, será
sobretudo
induzido
e
condicionado
essencialmente por circunstâncias gerais
exógenas.
• Impelido
pelo
capitalismo
industrial, que receberá agora os
impulsos, as iniciativas e os estímulos
econômicos e culturais
•O que se desenrola nesse novo
cenário, o que de original de introduz
na evolução econômica brasileira é a
tendência para a sua transformação
qualitativa
• O considerável crescimento e modificação
quantitativa que as novas circunstancias
vigentes propiciam ao embora antigo e
profundamente implantado mecanismo
econômico do país levarão gradualmente à
sua transformação qualitativa. Contudo,
estes mesmos fatores intervirão na ação. “De
impulso ao crescimento e desenvolvimento
aquela ordem se faz em obstáculo ao mesmo
crescimento e desenvolvimento”.
•O país manterá sua estrutura, sua
lógica e economia voltada para a
exportação. A transformação se
verificará na ordem internacional em
que o país se enquadra.
•A integração entre a participação
externa e interna da intervenção
empresarial
“Há
como
uma
associação, ou melhor, integração
em conjunto”.
• As décadas pós-Primeira Guerra; as crises do
capitalismo; o desequilíbrio das contas
externas e interna
• A necessidade de diversificação das atividades
produtivas (p. 110)
• A Segunda Guerra Mundial e a “imposição” da
necessidade de uma substituição de
importações pela produção interna.
• Ocorre
aqui
um
processo
desconexo. O impulso à produção
industrial ocorre em detrimento dos
interesses exportadores em não em
razão de uma política articulada.
Isso significa que a sorte de um
interfere na do outro.
• Uma insuficiência de preparo tecnológico e de
quadros administrativos
• Ausência de um mercado que sirva de base
para a industria nacional.
O PAPEL DO MERCADO INTERNO
Aqui não é como peremptoriamente
se considera na teoria econômica
usual, isto é, paralelo ao externo e
situado no plano semelhantes. No
Brasil ele é função desse último.
Pode-se dizer que dele deriva. (p.
139)
• A sorte de nossa economia depende sempre
do mercado externo. Paradoxalmente, e por
isso contraditoriamente, “as insuficiências do
mercado externo também contribuem
indiretamente para o impulsionamento das
atividades produtivas voltadas para o
mercado interno”
• A Revolução Brasileira – seus dilemas e os
desafios para a sua concretização
• Os papéis dos atores sociais:
- Burguesia nacional
- Burguesia imperialista
- Trabalhadores do campo
- Operários
- camponeses
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