SUMÁRIO 1 - ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS...................................................................... 4 Conceito de Organização................................................................................ 5 Princípios da Organização.............................................................................. 6 Tipos de Organização...................................................................................... 8 Recursos organizacionais............................................................................. 10 A abordagem sistêmica nas organizações empresariais............................11 2 - PROCESSO ADMINISTRATIVO...................................................................... 14 Administração: Conceito e Aplicação.......................................................... 15 Funções empresariais................................................................................... 18 O Processo administrativo............................................................................ 19 3 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.................................................................. 26 Tipos de estruturas organizacionais............................................................. 27 Departamentalização nas estruturas organizativas..................................... 29 Sistema de autoridade.................................................................................... 32 Gráficos de Organização................................................................................ 35 4 - ORGANIZAÇÕES COMERCIAIS..................................................................... 40 Constituição da empresa............................................................................... 41 Os tipos de firmas e as formas de sociedade comercial............................. 42 Classificação das empresas.......................................................................... 45 5 - TÉCNICAS COMERCIAIS................................................................................ 50 Organização comercial da empresa.............................................................. 51 Estudo do mercado: os processos de compra e venda.............................. 51 Propaganda, publicidade e promoção de vendas........................................ 53 O comercio e o mercado imobiliário ............................................................ 54 Comunicação empresarial............................................................................. 55 Processo de Marketing................................................................................... 56 Composição e estruturação da força de vendas.......................................... 57 Supervisão e controle de vendas.................................................................. 61 6 - AUXILIARES DO COMERCIO......................................................................... 64 Companhias de seguros................................................................................. 65 Estabelecimentos Financeiros....................................................................... 66 Bolsas.............................................................................................................. 67 Ações das S/As............................................................................................... 68 Outros serviços do comércio......................................................................... 68 7 - MERCADORIAS E TÍTULOS........................................................................... 72 Operações sobre mercadorias........................................................................ 73 Operações sobre títulos.................................................................................. 73 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 75 EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 3 1 ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 4 CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO Organização é o processo administrativo por meio do qual se estrutura um todo, um determinado sistema, seja ele empresa, instituição, entidade. E a organização que possibilita a criação (estruturação) de um organismo econômico (empresa), dotando-o de recursos materiais (equipamentos) e recursos humanos (pessoas). Este é, portanto, o conceito de organização, do ponto de vista da administração. Não se deve esquecer que, de um ponto de vista mais amplo, a organização deve estar presente onde quer que o homem esteja: no lar, na escola, no clube etc. Por outro lado, a vida moderna exige, cada vez mais, a adoção dos princípios e normas da administração e da organização para a sobrevivência das empresas. Objetivos da organização O principal objetivo da organização é obter o máximo rendimento de toda e qualquer atividade, tanto pela estruturação como pela indicação dos melhores métodos para a realização dos serviços. Vistos por este ângulo, os objetivos de uma empresa ou instituição determinam seus conceitos de sucesso. A organização tem objetivos específicos. A sociedade moderna solicita cada vez mais o exercício da organização, por isso é necessário que ela tenha e alcance objetivos socialmente úteis. Idalberto Chiavenato, em Introdução a Teoria Geral da Administração, dá-nos um bom exemplo da estreita ligação entre objetivos e sucesso: Há várias empresas que nos querem vender seus automóveis e sabonetes, e a mais bem-sucedida é aquela que nos consegue transformar em seus clientes, e obter lucro. Assim, receita de vendas e lucro são duas das possíveis medidas de sucesso que se pode imaginar para um tipo específico de organização - as empresas. Da mesma forma, pode-se dizer que um governo é bem-sucedido quando a população de seu país desfruta de boas condições de vida - quando, por exemplo, não ha doenças EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 5 e analfabetismo. Também é interessante que um país tenha equilíbrio em suas relações comerciais; dessa forma, pode-se dizer que a qualidade de vida da população e o estado da balança comercial são duas possíveis medidas de sucesso que podem caracterizar um outro tipo de organização - os países. Vimos dois exemplos nos quais os objetivos são diferentes. No primeiro, a preocupação é com o lucro, em razão da natureza da organização. No segundo, a preocupação maior é quanto à qualidade de vida da população e ao estado da balança comercial. Para realizar seus objetivos, as organizações devem preocupar-se, também, com os recursos disponíveis, pois não adianta lançar-se em grandes empreendimentos se não ha recursos. A organização pode ser de pequeno ou grande porte. Uma oficina, uma lanchonete, ainda que de limitadas proporções, podem ser exemplos de organização de pequeno porte. Um hospital, um órgão público, como um ministério, são exemplos de organização de grande porte. PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO Os princípios da organização são quatro: A. Divisão do trabalho B. Cooperação C. Imitação D. Coordenação A. Divisão do trabalho À medida que as instituições foram crescendo, aumentou também o nível de complexidade das tarefas e dos serviços. Dessa forma, surgiu a necessidade da divisão do trabalho, com vistas a melhorar a qualidade e a capacidade das instituições. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 6 A divisão do trabalho é o princípio por meio do qual as tarefas são distribuídas entre as pessoas em razão de sua especialização ou da decomposição de um serviço em várias fases. A necessidade da divisão do trabalho advém, principalmente, do fato de haver diferenças individuais que favorecem determinados tipos de trabalhos, bem como da impossibilidade de uma mesma pessoa realizar duas coisas ao mesmo tempo. Para uma empresa ou instituição funcionar eficientemente, é necessário ocorrer a distribuição de tarefas e responsabilidades. Quando a empresa age dessa forma, está criando seus departamentos e seções, portanto, o modelo de instituição que conhecemos modernamente adota a divisão do trabalho. B. Cooperação Cooperação é outro princípio da organização. É impossível uma organização funcionar sem o princípio de cooperação. É ele que impulsiona as pessoas a contribuírem para que as tarefas e os serviços sejam realizados. A cooperação é o princípio de organização por meio do qual as tarefas são distribuídas entre as pessoas de forma espontânea, a partir do interesse que elas têm em colaborar umas com as outras. C. Imitação Este princípio gera bons resultados na empresa, pois tem como base a demonstração. As pessoas assistem a demonstrações dos procedimentos que são esperados delas. A imitação é o princípio por meio do qual os serviços são demonstrados pelos encarregados aos seus subordinados para que saibam como proceder para realizar determinada tarefa. Não fosse o princípio da imitação, toda experiência profissional acumulada seria em vão e se estaria constantemente recomeçando. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 7 D. Coordenação A coordenação tem como finalidade harmonizar todo funcionamento da empresa. A coordenação deve estar presente em todos os serviços da empresa, bem como durante o desempenho do administrador, por meio de planejamento, organização, direção e controle das atividades administrativas. A coordenação é o princípio da organização mediante o qual as ações da empresa são integradas de forma a comporem um todo harmonioso. TIPOS DE ORGANIZAÇÃO Organização informal É um processo de organização em que os objetivos não são definidos de forma rígida e expressa, e que não dispõe de um conjunto de regras e procedimentos escritos determinantes de sua ação. Um time de futebol amador, um grupo de música, cinema, teatro, sem fins lucrativos, são exemplos de organizações informais. Organização formal É um processo de organização estruturado de acordo com normas e regulamentos escritos rígidos (manual) nos quais é estabelecida uma hierarquia de autoridade, e as responsabilidades são claramente definidas. As universidades, os hospitais, os clubes são exemplos de organizações formais. As organizações formais compõem-se de indivíduos que estão juntos para atingir objetivos específicos, com maiores rendimentos e menores dificuldades. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 8 Organização formal e burocracia Para coordenar suas atividades e alcançar seus objetivos, as organizações formais utilizam-se da burocracia, uma hierarquia, rigidamente estabelecida, de autoridade e de responsabilidade. A burocracia é identificada por cinco características: especialização, hierarquia de autoridade, tratamento impessoal, qualificações técnicas e indicação por mérito, regras e regulamentos escritos. De forma breve e sucinta, vamos ver cada uma dessas características. 1. Especialização – É a divisão do trabalho realizada de forma que cada pessoa se ocupe de uma tarefa previamente definida e a ela confiada. Assim, por exemplo, cada operário de uma linha de montagem pode ser encarregado de apertar um parafuso, colocar uma boneca na caixa etc. Charles Chaplin, conhecido cineasta, realiza no filme “Os Tempos Modernos” uma crítica especialização, que comumente leva o homem ao tédio, pois o trabalho é executado de forma alienada, mecânica, sem nenhum significado para a vida das pessoas. Essa crítica é hoje generalizada. Muitas pessoas se indagam se a excessiva especialização não prejudica também a própria eficiência da organização, uma vez que as pessoas, não se sentindo satisfeitas, podem deixar de produzir eficientemente. 2. Hierarquia de autoridade – É a divisão de responsabilidades. Cada posição dentro da hierarquia burocrática compreende direitos, deveres e responsabilidades. 3. Tratamento impessoal – Significa que os trabalhadores devem ser tratados de acordo com a posição que ocupam e por aquilo que realizam, ou seja, o tratamento não pode ser em função da pessoa. Em todas as organizações, as comunicações devem visar ao interesse da organização e não dos indivíduos. 4. Qualificações técnicas e indicação por mérito – Para cada cargo, deve ser selecionado o candidato que apresentar melhor qualificação para a posição. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 9 5. Regras e regulamentos escritos – Nas organizações formais, todos os comportamentos dos indivíduos estão prescritos em regulamentos formais, escritos. Os regulamentos dizem respeito não só ao comportamento dos indivíduos, mas também a vida da instituição. Para finalizar, podemos afirmar que, por mais rígida que seja a burocracia, sempre são estabelecidas relações informais. Essas relações, embora teoricamente desaconselhadas, são geralmente importantes na vida da organização. Nem sempre a organização formal é inteiramente eficaz em seus procedimentos, pela excessiva rigidez burocrática. Na pratica, alcançamos mais rapidamente nossos objetivos, em algumas situações, quando agimos um pouco mais informalmente, isto é, com maior flexibilidade. É importante que haja lugar para troca de experiências e idéias. RECURSOS ORGANIZACIONAIS Para realizar seus objetivos, as organizações devem preocupar-se também com os recursos disponíveis, pois não adianta se lançar em grandes empreendimentos se não há recursos. Os recursos empresariais são os meios de que dispõem as empresas para poderem funcionar e alcançar seus objetivos. Eles podem ser de propriedade da empresa (fazendo parte de seu patrimônio), alugados ou arrendados. Os principais recursos empresariais são: recursos físicos ou materiais, recursos financeiros, recursos humanos, recursos mercadológicos, recursos administrativos. 1. Recursos físicos ou materiais são todas as coisas físicas e materiais de que dispõe uma empresa. Edifícios, instalações, equipamentos, matérias-primas etc. constituem os recursos físicos de uma empresa. Normalmente, a gestão dos recursos físicos ou materiais cabe a administração da produção da empresa. 2. Recursos financeiros correspondem ao fator de produção denominado capital. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 10 Abrangem, porém, muito mais que o capital, pois envolvem a totalidade dos recursos financeiros da empresa, como o faturamento, o fluxo de caixa, os investimentos, as contas a receber etc. A gestão dos recursos financeiros cabe a administração financeira da empresa. 3. Recursos humanos correspondem ao fator de produção denominado trabalho. Sua abrangência, porém, é bem maior pois enquanto o trabalho focaliza apenas a mão de obra, os recursos humanos envolvem todas as pessoas na empresa, do presidente ao operário. A gestão dos recursos humanos cabe a administração de recursos humanos. 4. Recursos mercadológicos também chamados recursos comerciais, envolvem os meios mediante os quais a empresa faz fluir seus produtos ou serviços até o consumidor final. Pesquisa de mercado, vendas, promoção, propaganda e canais de distribuição são exemplos de recursos mercadológicos. A gestão dos recursos mercadológicos cabe a administração mercadológica ou administração de marketing. 5. Recursos administrativos correspondem ao fator de produção denominado empresa. Envolvem os meios de coordenação interna de todos os demais recursos empresariais, assegurando-lhes a integração necessária para o seu desempenho global. A gestão dos recursos administrativos cabe a administração geral. A ABORDAGEM SISTÊMICA NAS ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS A Teoria Geral dos Sistemas ensina-nos que um sistema é um “todo organizado e unido, composto por duas ou mais partes interdependentes, delimitado por fronteiras identificáveis do seu macrossistema ambiental”. O Sistema Solar, o corpo humano, um ecossistema ou uma organização são exemplos de interação dinâmica interdependente que caracterizam um sistema. Um sistema é composto por subsistemas ou componentes e está integrado num macrossistema. O todo formado por um sistema é superior a mera soma das partes que o constituem. Chama-se a esse conceito holismo, que resulta das sinergias estabelecidas entre os vários subsistemas. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 11 É preciso distinguir dois tipos de sistemas. Um sistema fechado não tem qualquer relação com o respectivo ambiente, enquanto um sistema aberto estabelece uma interrelação com aquilo que o rodeia. A maior parte, se não a totalidade, dos sistemas sociais corresponde a este segundo tipo. A descrição de sistema aberto é exatamente aplicável a uma organização empresarial. Uma empresa é um sistema criado pelo homem e mantém uma dinâmica interação com seu meio ambiente. Influi sobre o meio ambiente e recebe influências dele. E um sistema integrado por diversas partes relacionadas entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de alcançar uma série de objetivos, tanto da organização quanto de seus participantes. É fácil observar que esses conceitos correspondem à realidade das organizações. O que a aplicação dessa visão sistêmica trouxe de novo a Teoria da Gestão foi o fornecimento de um quadro global, no qual podem ser integrados quase todos os conhecimentos colhidos anteriormente, considerando agora também o ambiente no qual a organização se insere. Esta é a grande novidade, pois, até esse momento, as teorias de gestão que tinham sido propostas viam a empresa como um sistema fechado. Os principais subsistemas que compõem o sistema empresarial são: Subsistema de Objetivos e Valores: há em cada organização um subsistema de objetivos e valores. Sendo a empresa um subsistema da sociedade onde se insere, é natural que uma boa parte dos seus valores sejam determinados pelo contexto em que se insere. Esse subsistema inclui a cultura e os objetivos globais, de grupo ou individuais. Subsistema Técnico: é o subsistema que integra o conhecimento necessário ao desempenho do papel produtivo da empresa, bem como a tecnologia envolvida. Subsistema Psicossocial: compreende os fatores que influenciam o comportamento individual, como a motivação, as dinâmicas de grupo, a liderança, a comunicação ou as relações interpessoais. Subsistema de Estrutura: inclui os meios de divisão e coordenação da organização, estabelecendo as relações formais de autoridade, comunicação e trabalho. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 12 Subsistema de Gestão: envolve os outros quatro, estabelecendo os objetivos, planejando, desenhando a estrutura e implementando sistemas de controle. Figura 1: O sistema organizacional Assim, a organização deve ser vista como um sistema aberto, composto por um conjunto de subsistemas (ou processos) que trabalham coordenadamente como um único sistema global, para atingir os objetivos do negócio. As funções, os departamentos ou os serviços são subsistemas, cuja única razão de ser é contribuir para o processo-base da organização. A abordagem sistêmica estuda a empresa como um sistema (processos), focalizando a gestão na simplificação dos processos pelos quais os produtos são criados e na eliminação das tarefas que não tem valor agregado, permitindo que esta responda, de uma forma adequada, a crescente exigência por parte do cliente. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 13 2 PROCESSO ADMINISTRATIVO EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 14 ADMINISTRAÇÃO: CONCEITO E APLICAÇÃO A palavra administração origina-se do latim ad – na direção de, no sentido de... e minister – obediência, subordinação. Administrar significa, portanto, realizar tarefas mediante uma relação entre autoridade e responsabilidade, isto é, comando e obediência. Administrar é a arte e a ciência de preparar, organizar e dirigir os esforços humanos, aplicando-os a direção das forcas e a utilização dos materiais para benefício humano. Apesar dos diferentes tratamentos da Administração pelo tempo, ela permanece como forma de aprimorar os meios para atingir os melhores fins. Seja por meio da arte, seja da racionalização, seja do uso de ambas, a Administração propõe o desenvolvimento da melhor forma de agir para obter os resultados esperados. Segundo Stoner (1999, p.4): “A Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos.” O conceito de administração está, dessa forma, estreitamente relacionado ao próprio conceito de organização, pois não se pode pensar em empresas, organismos e instituições que não utilizem processos administrativos, uma vez que é por meio deles que se estruturam as organizações, levando-as a realizar seus objetivos. Na verdade, como diz Idalberto Chiavenato na obra Introdução a Teoria da Administração: O objeto de estudo da administração sempre foi a organização, inicialmente entendida como um conjunto de cargos e tarefas, mais além como um conjunto de órgãos e funções, desdobrando-se, posteriormente, em uma complexa gama até chegar a concepção de sistema. As mais recentes teorias administrativas têm por objetivo o estudo da organização como um sistema composto de subsistemas que interagem entre si e com o ambiente externo. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 15 A administração não é uma atividade mecânica, varia de empresa para empresa. Logo, o administrador terá de reavaliar seu papel, suas atividades, suas funções, cada vez que necessitar exercer cargos administrativos. O sucesso de um administrador esta correlacionado mais as características de sua personalidade, ao seu modo de agir e de resolver problemas do que propriamente ao conhecimento adquirido sobre administração. Por isso, Idalberto Chiavenato destaca três aspectos importantes para que o administrador possa executar eficazmente o processo administrativo: a habilidade técnica, a humana e a conceitual. Vamos analisá-las. 1. Habilidade técnica – consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários à realização de suas tarefas específicas, por meio de sua instrução, experiência e educação. 2. Habilidade humana – consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz. 3. Habilidade conceitual – consiste na compreensão global das complexidades da organização e no ajustamento do comportamento da pessoa na organização. Essa habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização. A necessidade de usar mais uma habilidade do que outra varia à medida que se sobe na escala hierárquica, de posições de supervisão a posições de alta direção. Assim, quando se exercem cargos mais elevados na organização, diminui a necessidade de habilidades técnicas e aumenta a necessidade de habilidade conceitual. A atividade administrativa pode ser exercida por profissionais de qualquer área: engenheiros, médicos, economistas, professores etc. Numa estrutura organizacional, qualquer profissional competente pode ser designado para ocupar cargos de supervisão, chefia, direção. A partir do momento em que for promovido, precisa, então, dedicar-se as responsabilidades que lhe exigirão conhecimentos e posturas novas e diferentes. Um bom administrador deve observar alguns fatores dos quais depende o sucesso EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 16 de seu trabalho. Estes são os seguintes: filosofia, objetivos, aptidões humanas, recursos ambientais, normas e estrutura. Conheça, de forma breve, essas características. 1. A filosofia da administração compreende a orientação que o administrador imprime ao seu trabalho. Mesmo quando ela não é expressa – existe de forma implícita, norteando o trabalho do administrador –, está presente nas respostas que o administrador dá a certas questões. 2. Os objetivos são diferentes para a organização, para os empregados e para a comunidade. A organização, por exemplo, interessam a produção de bens ou serviços e o lucro que essa atividade possa proporcionar-Ihe. Já aos empregados interessam, sobretudo, a sobrevivência e a realização pessoal. Para a comunidade, interessam os bens e os serviços, e a qualidade deles. Cabe ao administrador conciliar os objetivos dos vários grupos sociais. 3. As aptidões humanas são um fator fundamental para o desenvolvimento das empresas e instituições, pois delas depende, em grande parte, a realização dos planos estabelecidos pela organização. É importante o cuidado constante com o aperfeiçoamento dos trabalhadores, bem como a busca de sua satisfação pessoal. 4. Os recursos ambientais dizem respeito a instalações, equipamentos e demais recursos e serviços de apoio necessários ao alcance dos objetivos da organização, dos empregados e da comunidade. 5. As normas referem-se à seqüência em que as tarefas devem ser desenvolvidas, ou seja, cada atividade, cada trabalho deve ser executado mediante determinados passos previamente estabelecidos. É função do administrador promover pesquisas para verificar, em cada caso, qual a seqüência de etapas que conduz de forma mais eficiente aos objetivos. 6. A estrutura organizacional consiste em determinada distribuição das funções e responsabilidades administrativas dentro da organização. Por exemplo, a estrutura organizacional de uma universidade vai indicar as várias faculdades e institutos de que se compõe essa organização de Ensino Superior e, dentro de cada unidade, vai indicar os departamentos que a compõem, e assim por diante. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 17 Pode-se concluir que a administração, nos dias de hoje, é uma área de conhecimento humano imprescindível para o desenvolvimento da sociedade. Não se trata, entretanto, de uma atividade simples, ao contrário, é complexa e plena de desafios. Cada organização lida com problemas específicos, portanto o administrador deve estar preparado para antecipar e solucionar problemas, planejar a aplicação de recursos e desenvolver estratégias. FUNÇÕES EMPRESARIAIS Para atingir o objetivo estabelecido pela empresa, o administrador deve estar apto a utilizar os recursos humanos, materiais e financeiros numa ação ordenada das chamadas funções empresariais. Funções técnicas Referem-se às atividades de transformação de matérias-primas em produtos acabados, estando intimamente ligadas ao negócio em si. Uma imobiliária, por exemplo, tem por obrigação conhecer as diversas particularidades envolvidas na compra, na locação e na venda de imóveis. Funções comerciais Abrangem todas as etapas direcionadas à compreensão das necessidades/desejos do mercado, envolvendo, também, a análise da concorrência. Destinam-se a oferecer aquilo que os clientes almejam a preços competitivos. Funções financeiras Representam a habilidade de atrair recursos monetários e aplicá-los onde dêem maior retorno. É a gestão do capital. Funções de segurança EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 18 Estão ligadas a proteção do patrimônio, incluindo pessoas, máquinas, equipamentos, instalações prediais etc. Funções contábeis Tem a finalidade específica de, mediante demonstrativos formalizados, apresentar a situação do negócio. Compreendem inventários, balancetes, balanços etc. Funções administrativas Relacionam-se à estipulação de programas de ação empresarial, gerenciando os recursos a disposição. Abrangem todo o processo de definição de objetivos e metas, culminando com a determinação das responsabilidades, níveis de autoridade, liderança e instrumentos de acompanhamento e controle. O PROCESSO ADMINISTRATIVO As diversas funções do administrador, quando visualizadas como um todo para o alcance dos objetivos da empresa, constituem o processo administrativo. Este processo possui caráter extremamente dinâmico e contínuo, envolvendo as seguintes funções: A. Planejamento B. Organização C. Direção D. Controle Vamos abordar cada uma delas de forma prática e resumida. A. Planejamento O planejamento, na área administrativa, é a ação de especificar os objetivos a serem atingidos pela organização e determinar as formas de concretizá-los. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 19 A função básica do planejamento reside na importância de se definir linhas de atuação, sejam estas individuais, sejam coletivas, consoante os desempenhos capazes de gerar resultados positivos a um todo. Variáveis externas Como qualquer função no mundo dos negócios, o planejamento sofre influências de variáveis internas e externas. Vamos exemplificar com fatores atuantes no mercado imobiliário. a economia interfere diretamente na oferta e procura de bens imóveis; a tecnologia fornece condições inovadoras no ato de vender e na captação da informação; o governo cria taxas e impostos; a legislação impõe normas de procedimentos administrativos; o modismo provoca mutações nos comportamentos de consumo; os aspectos sociais ditam posturas coletivas; a demografia demonstra os níveis de crescimento populacional e o fluxo desta provoca transformações nos limites das cidades. Variáveis Internas O conhecimento da realidade interna da organização, isto é, sua situação no que se refere à condição do mercado, subsidia o processo decisório acerca do que se pretende atingir e qual o impacto do alcance de determinados objetivos nos negócios. Partindo do exposto, pode-se concluir o seguinte. O planejamento existe em função da própria razão de existência da empresa. O planejamento responde as indagações: o que fazer? onde fazer? como fazer? quanto fazer? quando fazer? quem vai fazer? e para quem fazer? O planejamento deve abranger toda a organização. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 20 Pressupostos do Planejamento O planejamento busca as ações a seguir. Eficiência: fazer as coisas com bom desempenho; está baseada em métodos, meios e procedimentos. Eficácia: fazer as coisas corretas, atingindo os resultados propostos. Efetividade: apresentar resultados positivos permanentes, generalizados por toda a empresa. Traduz-se pelas respostas eficientes e eficazes. Economicidade: nortear o trabalho com ausência de desperdício de recursos; está baseada na relação custo, benefício e viabilidade. Estrutura do planejamento A estrutura do planejamento em uma organização, quanto a sua abrangência, pode ser esta. Estratégico – Compreende as decisões que englobam a empresa como um todo. Está voltado para o estabelecimento de metas, objetivos e políticas da organização. Tende a ser mais complexo, exigindo um período relativamente longo para sua plena concretização. Tático – Compreende a procura por resultados eficientes e eficazes direcionados para um departamento da organização. É projetado para media prazo, muitas das vezes para um exercício anual. Operacional – Representa o próprio ato de “fazer”. Pode ser visualizado em setores, seções e até nos funcionários. É projetado para curto prazo, podendo envolver cada tarefa ou atividade isoladamente. Normalmente objetiva metas, programas, normas e procedimentos Período do Planejamento Quanto ao período o planejamento pode ser. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 21 Em longo prazo – Abrange períodos acima de cinco anos. Em médio prazo – Abrange períodos de dois a cinco anos. Em curto prazo – Abrange período de ate um ano. B. Organização É a ação de estruturar a empresa por meio da reunião de pessoas e da aquisição dos equipamentos necessários a consecução dos objetivos. Fazem parte da estrutura organizacional as normas de trabalho, o pessoal, os materiais e os equipamentos. Como atividade básica da administração, serve para estruturar todos os recursos, humanos ou não, visando ao alcance dos objetivos predeterminados. Quando a função administrativa é estabelecida de forma adequada, oportuniza: a organização das funções e responsabilidades; a identificação das tarefas necessárias; a clareza de informações e feedback aos empregados; a oferta dos recursos e dos materiais para realização das tarefas; a avaliação de dos desempenhos compatíveis com os objetivos; o agrupamento de pessoas para realização de tarefas inter-relacionadas; um sistema de motivação eficiente. C. Direção É a ação de fazer funcionar a organização, mediante coordenação de todo o trabalho e de seu acompanhamento. O papel da direção é acionar e dinamizar a empresa. Temos aqui a correção de desvios, o treinamento de pessoal, a reposição de materiais e a substituição ou o remanejamento de empregados, por exemplo. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 22 Esta função integra a forma pela qual as atividades das pessoas que trabalham na empresa vão ser desenvolvidas para que os objetivos propostos no planejamento sejam alcançados. A direção, como função administrativa, também interpreta os planos organizacionais, que podem ser globais, departamentais ou operacionais, dando os devidos encaminhamentos para sua plena execução. Assim, lida com as relações interpessoais em todos os níveis organizacionais, envolvendo todos os administradores e seus respectivos subordinados. Princípios da administração aplicados a direção. Unidade de comando – deve haver um superior a quem os subordinados prestam contas. Delegação – deve haver designação de tarefas, de autoridade e de responsabilidades. Para que este princípio tenha os resultados esperados, convém: Delegar a tarefa inteira, aumenta-se o nível de motivação e responsabilidade, além de facilitar o controle do desempenho. - Delegar a tarefa inteira, confiando na competência da pessoa e evitando interferências constantes; - Delegar a tarefa certa para a pessoa certa; - Delegar a tarefa junto com a responsabilidade e a autoridade para executá-la. Amplitude de controle – deve haver um limite quanto ao número de posições que podem ser eficientemente supervisionadas por um único indivíduo. Principio da coordenação ou das relações funcionais – deve haver uma ação globalizada e convergente, que harmonize e capitaliza todos os esforços individuais em benefício do objetivo comum. D. Controle É a ação que consiste na verificação sistemática do andamento das operações funcionais no intuito de localizar erros e/ou distorções em um instante que ainda possibilita EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 23 a aplicação de mecanismos corretivos capazes de reverter a condição adversa identificada. O controle deve ser efetuado no momento certo, funcionando como alternativa preventiva a ocorrência de performances diferenciadas daquilo que se planejou. A importância de se acompanhar o que está sendo feito não se resume, simplesmente, na ação de se identificar prováveis distúrbios no cotidiano organizacional, mas também propicia o contato com variáveis atuantes na empresa e no meio onde esta atua, capazes de provocar mudanças repentinas e inesperadas no fluxo dos acontecimentos. O controle pode ser usado para: padronizar o desempenho, mediante inspeção, supervisão, procedimentos escritos; proteger os bens da organização de roubos, desperdícios e abusos, por exigência de registros escritos, auditoria e divisão de responsabilidade; padronizar a qualidade de produtos ou serviços oferecidos pela empresa; restringir a autoridade que está sendo exercida pelas várias posições ou pelos níveis organizacionais; avaliar e dirigir o desempenho dos empregados, por meio de sistemas de avaliação do desempenho do pessoal, supervisão direta; atuar de forma preventiva para o atingimento dos objetivos da empresa, por meio da articulação de objetivos em um planejamento. Princípios gerais de administração aplicados ao controle Por meio de padrões, que representam o desempenho esperado, e critérios para estabelecer os resultados desejados, pode, na função de controle, aplicar-se os seguintes princípios administrativos. Garantia do objetivo — o controle deve contribuir para identificação dos desvios em tempo para permitir a ação corretiva. Definição dos padrões — a padronização norteia e facilita a aceitação por parte de quem executa as tarefas. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 24 Princípio da exceção — os esforços de controle, por parte do administrador, devem estar focado para os desvios e as exceções. Ação — o controle deve indicar providências que possam corrigir os desvios apontados ou verificados em relação aos planos. Conforme mostramos, o administrador, além dos conhecimentos técnicos, é um profissional que precisa ter qualidades humanas condizentes com a função de administrar, pois precisa lidar com pessoas que lhe estão subordinadas, precisa estar atento a acontecimentos passados e presentes e fazer previsões futuras. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 25 3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 26 TIPOS DE ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS Qualquer organização obedece a uma linha hierárquica, isto é, a existência de autoridades, deveres e obrigações – de diretores, chefes, encarregados, funcionários ou empregados. Todos esses aspectos delineados compõem a estrutura organizacional de uma empresa. Segundo Oliveira (1994, p. 90), em sua obra Sistemas, Organização e Métodos “Estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa.” Silva, em Organização e Técnica Comercial, afirma que a hierarquia vai desde a mais alta autoridade da empresa até o último subordinado, e que os tipos de organização estão relacionados à forma mediante a qual as organizações estão hierarquicamente organizadas. Assim, temos três tipos fundamentais de estrutura organizacional: organização linear; organização funcional e organização linha-staff. Vamos especificar cada uma delas. Organização linear A organização linear é baseada na hierarquia e na disciplina. Nela, a autoridade segue um caminho reto (vertical), desde o superior até o inferior. Cada elemento da organização esta subordinado ao chefe imediatamente superior, de modo que a hierarquia forma uma linha vertical. Por essa razão, a organização linear tem um formato igual ao de uma pirâmide. Graficamente, podemos representar as relações assim: EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 27 Esse tipo de organização oferece a desvantagem de se perder muito tempo na execução de tarefas ou serviços, já que os chefes são sobrecarregados com questões sem grande importância. As vantagens são a unidade de comando, isto é, o executor recebe ordens de um único encarregado, e a simplicidade de estruturação. A organização linear só pode ser adotada nas empresas de pequeno e médio porte. Organização funcional A organização funcional não se baseia na hierarquia, como a organização linear, e sim na especialização e na supervisão múltipla. Na organização funcional, cada pessoa se subordina a vários chefes simultaneamente, cada qual especializado em uma atividade funcional. Dessa forma, descentraliza-se o trabalho, e a ligação do funcionário com os chefes dá-se diretamente, o que implica a resolução do problema de forma mais rápida. As críticas mais freqüentes feitas a esse tipo de organização são as seguintes: dificuldade de coordenação, ineficiência no controle da disciplina, repartição de responsabilidade, choques de autoridade. Essas críticas são decorrentes da pluralidade de comandos, pois, nesse tipo de organização, o executor recebe ordens de vários encarregados. A organização funcional é mais indicada nas empresas que necessitam de trabalhos de especialistas. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 28 Organização linha-staff A organização linha-staff é um tipo misto de organização, pois reúne características dos dois tipos de organização já vistos (organização linear e organização funcional). Esse tipo de organização também é amplamente conhecido como organização de Estado-Maior. Na organização linha-staff, os órgãos de direção e gerencia estão apoiados por órgãos consultivos, fiscais, orientadores. As consultorias e assessorias formam linhas paralelas cuja função é orientar, aconselhar e recomendar o que deve ser feito em nível técnico, ao mesmo tempo em que a organização recebe orientação administrativa da direção. DEPARTAMENTALIZAÇÃO NAS ESTRUTURAS ORGANIZATIVAS É o processo de agrupar atividades em setores ou unidades de serviço, definidas segundo um dado critério, com vistas à melhor adequação da estrutura organizacional e sua dinâmica de ação. Para que a departamentalização se concretize, é necessário delinear a configuração organizacional que será usada para agrupar as várias atividades, levando-se em conta os seguintes aspectos: divisão do trabalho – compreende distribuição e especialização das tarefas entre várias pessoas. trabalho em equipe – pressupõe a participação com troca de informações entre as pessoas com relação a determinado assunto, favorecendo a interligação dos setores, independentemente dos cargos e títulos que elas possam ocupar na empresa. A departamentalização pode ser classificada da seguinte maneira. Departamentalização por função EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 29 A departamentalização funcional agrupa atividades semelhantes ou funções comuns, visando à formação de uma unidade funcional em que os indivíduos que executam funções semelhantes ficam reunidos. A maior vantagem da departamentalização por função é permitir uma especialização nas áreas técnicas, otimizando os recursos nessas áreas. Entretanto, o incentivo aos objetivos próprios da especialização deixa de lado os objetivos gerais da organização, sendo esta uma das grandes desvantagens da departamentalização funcional. Departamentalização por produto ou serviço Esse tipo de departamentalização é muito utilizado nas empresas onde os produtos e os serviços são muito diferenciados ou representam um volume significativo Permite, ainda, que a coordenação de funções ao nível da divisão de produto e serviços seja otimizada, possibilitando melhor análise e conhecimento sobre eles. A desvantagem é devida a duplicação de atividades, cujo custo pode exceder os benefícios, pois exige mais pessoal e recursos de material. Departamentalização por território Também conhecida como regional, de área ou geográfica. Nesse tipo de departamentalização, o agrupamento de atividades dá-se de acordo com as áreas geográficas onde estão localizadas as operações. Normalmente ocorre quando a organização opera em regiões diferentes, exigindo uma administração local. A maior vantagem deste tipo de departamentalização está no fato da administração local conhecer melhor as especificidades da região onde está estabelecida. A desvantagem é que esse tipo de departamentalização descentralizada pode, em alguns casos, apresentar limitação no seu campo de ação. Departamentalização por cliente EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 30 Esse tipo de departamentalização agrupa as atividades, focalizando um determinado uso de produto ou serviço aos clientes a quem se destinam. É normalmente utilizada nas empresas que trabalham com diferentes tipos de clientes, exigindo, assim, tratamento especializado e diferenciado. Podemos exemplificar com uma loja de departamentos que pode oferecer seções distintas de artigos para homens, mulheres, crianças, gestantes, bebês e adolescentes. A departamentalização por cliente permite conhecer melhor as necessidades e o modo de se tratar cada tipo de cliente. A grande desvantagem é a dificuldade de coordenação associada à constante substituição de recursos, já que, muitas vezes, o atendimento aos clientes é sazonal. Departamentalização por processo Os agrupamentos de atividades são estabelecidos por linhas de processo ou equipamento. É encontrada, freqüentemente, nas operações industriais de uma fábrica, por exemplo. Nesse tipo de departamentalização, a principal vantagem é a possibilidade de maior especialização e a rapidez com que flui a informação técnica. A desvantagem é a visão limitada dos funcionários em virtude da extrema especialização. Departamentalização por projeto As atividades são agrupadas por projeto e as pessoas recebem atribuições temporárias, pois um projeto possui cronograma próprio. É muito utilizada em organizações de pesquisa e de consultoria. Uma das principais vantagens é a possibilidade de empenho e desenvolvimento de responsabilidade da equipe de trabalho e o cumprimento dos prazos e orçamentos estabelecidos. Já a grande desvantagem apresentada é que; ao término, do projeto, as pessoas são deslocadas para outras atividades, havendo, assim, perda de parte do conhecimento técnico adquirido. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 31 Departamentalização matricial Aqui acontece a sobreposição de duas ou mais formas de departamentalização, compostas por pessoas de diversas especialidades, reunidas com o objetivo de realizar tarefas com características temporárias. Na maioria das vezes, essa sobreposição ocorre entre a estrutura funcional e a estrutura por projetos. Uma das maiores vantagens nesse tipo de departamentalização é a possibilidade de aprimoramento técnico da equipe de trabalho aliada a uma coordenação de atividades mais eficiente e coerente entre os especialistas envolvidos. Já uma das grandes desvantagens diz respeito à dupla subordinação que dificulta a clareza na definição de papéis e suas relações. Todos os tipos de departamentalização apresentam vantagens e desvantagens, cabendo a empresa buscar o processo em que a eficiência e a eficácia organizacional possam ser melhor conjugadas e implementadas. SISTEMA DE AUTORIDADE Em todas as estruturas organizativas existe uma cadeia de comando, com níveis de hierarquia, funções, direitos, responsabilidades e atribuições ordenadas, visando ao alcance dos objetivos e dos resultados a serem alcançados. Autoridade Pode ser definida como o poder de comandar e dirigir as pessoas, tomar decisões, em um sistema organizacional. Podemos considerá-la como o fundamento da responsabilidade. Enquanto o PODER em uma organização é a capacidade de afetar e controlar as ações e decisões dos subordinados (poder de posição) a AUTORIDADE é um direito formal e legítimo de tomar decisões, dar ordens e alocar recursos para alcançar objetivos. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 32 autoridade formal representa a autoridade delegada pelo superior hierárquico. autoridade informal é uma espécie de “autoridade adquirida” desenvolvida por meio das relações informais entre as pessoas da empresa. Tipos de Autoridade Deliberativa – estabelece as políticas e as diretrizes. Executiva – faz cumprir o que foi deliberado. Fiscal – verifica, acompanha e controla os resultados. Consultiva – oferece aconselhamento e apresenta sugestões. Técnica – orienta e fiscaliza as operações. Coordenadora – articula e harmoniza os esforços das áreas sob sua coordenação. Limitação de autoridade A autoridade de um administrador apresenta limitações de atuação, visto que esta é norteada pela missão e pelas metas da empresa e restringida por regras, regulamentos e procedimentos explícitos das diferentes unidades organizacionais que compõem a instituição. A autoridade também pode sofrer restrições por limitações de ordem física, biológica, técnica ou financeira Responsabilidade Em termos empresariais, responsabilidade é a obrigação de realização de uma tarefa ou atividade que tenha sido delegada por outrem, a quem também deve prestar contas sobre ela. Pode-se dizer que a responsabilidade é a contrapartida da autoridade e seu grau deve ser proporcional ao grau de autoridade recebido. Atribuição Relaciona-se ao recebimento da autoridade e da responsabilidade, conduzindo a EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 33 prestação de contas aos superiores na cadeia de comando. Delegação Refere-se à transferência da autoridade e da responsabilidade aos subordinados. Ao delegar autoridade para a tomada de decisão, alguns elementos devem ser considerados: Deve-se delegar a autoridade e atribuir responsabilidade por ações inteiras, aumentando-se o nível de motivação e responsabilidade, além de facilitar o controle do desempenho. Deve-se observar as diferenças individuais e delegar a “tarefa certa para a pessoa certa”. Deve-se delegar responsabilidade com a devida autoridade para executá-la. Centralização e descentralização O nível de centralização/descentralização de uma empresa relaciona-se ao quanto o poder decisório está concentrado no topo da organização ou disperso na sua base. Uma organização pode ser considerada centralizada quando o processo decisório ocorre nos níveis hierárquicos mais elevados. Já numa organização com estrutura descentralizada, os níveis mais baixos possuem autonomia para a tomada de decisões. Para que sejam ágeis e com boa comunicação, as decisões devem ficar mais próximas do campo de ação e da fonte de informação e esta é uma vantagem da descentralização. Por outro lado, na administração centralizada, observa-se uma maior uniformidade nos processes decisórios. Liderança Liderança é a capacidade de alguém exercer influência sobre indivíduos e grupos, conduzindo-os a um objetivo. A influência exercida pelo líder traduz-se na busca em atingir os propósitos, a missão e as estratégias estabelecidas pela empresa. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 34 A liderança decorre de uma serie de características essenciais come visão do futuro, autocontrole, coragem e valores, sendo sua função primordial a junção das forças e idéias para a realização de um bem comum pela motivação gerada no grupo em que sua influencia é exercida. Existem diversos tipos de liderança porém os principais são o autocrático, em que ocorre um autoritarismo maior e menos liberdade para a equipe, o liberal ou laissez-faire em que a equipe tem uma liberdade exagerada e o democrático, com uma liberdade controlada, discussão constante das idéias e apoio por parte do líder. É importante tragar uma relação líder-subordinado, baseada na empatia e no respeito, sem, no entanto, ultrapassar os limites da relação profissional. O liderado sente-se seguro e motivado quando vê o seu líder envolvido no projeto no qual ele está inserido, quando o líder conhece o negócio e transmite esse conhecimento para que o liderado possa desenvolver bem suas tarefas e quando o líder permite ao seu liderado que ele faça realmente seu trabalho, ou seja, permitindo que se comunique, participe e tome decisões. GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO Os gráficos de organização são ferramentas gráficas, utilizadas para apresentar a estrutura e os serviços de uma empresa, podendo ser classificadas em dois grandes tipos mais usuais: Organograma Fluxograma Organograma Organograma É a ferramenta gráfica que representa a estrutura de uma empresa, considerando a disposição, a interligação e a hierarquia existentes entre si, num determinado período. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 35 Características apresentadas por um organograma: Permitir a visualização da estrutura organizacional, ou seja, quais os órgãos de linha, (que dirigem e comandam) quais os de assessoramento, (que prestam orientações), quem está subordinado a quem, quais os órgãos que mantém ligações funcionais etc. Possibilitar a compreensão dos fluxos de autoridade, dos relacionamentos formais, de caráter hierárquico ou funcional. Demonstrar a importância dos órgãos em termos hierárquicos, assim como das atividades exercidas por meio de sua especialização. Tipos de Organogramas Clássico Circular, em Setores ou Setograma Radial ou Solar I – Organograma Clássico Nesse tipo de apresentação gráfica, os órgãos de direção, os administrativos e de execução são normalmente indicados por meio de retângulos e as relações de autoridade e de função são representadas por linhas. No alto da folha, deve constar o nome da organização. As linhas de autoridade são verticais e as de coordenação horizontais. Os agrupamentos devem ser representados. As linhas tracejadas ou pontilhadas necessitam ter a sua significação apresentada na legenda. Unidades de mesmo nível devem estar na mesma linha horizontal EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 36 II – Organograma Circular ou em Setores Sua construção se baseia em círculos concêntricos, representando os diversos níveis hierárquicos. A autoridade máxima é colocada no centro e, e os órgãos com menor nível hierárquico, vão sendo colocados na periferia. É um gráfico que apresenta pouca flexibilidade, exigindo a utilização de legendas. Ill – Organograma Radial ou Solar Representa a estrutura da empresa utilizando a configuração do sistema solar. A autoridade máxima encontra-se no centro do gráfico (sol) e os departamentos nas posições dos planetas; as divisões e os setores ou seções correspondem aos satélites. A compreensão desse gráfico fica comprometida quando aparecem dentro dessas ramificações os órgãos menores. Fluxograma Fluxograma é a representação gráfica das rotinas e do fluxo e operação de pessoas, documentos ou materiais entre diversas unidades da organização, evidenciando todas as suas etapas. Por meio do fluxograma, visualize-se, com clareza, a seqüência de operações de um sistema ou serviço, possibilitando a verificação e se estas estão sendo realizadas EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 37 eficientemente, pelos órgãos e pelas pessoas adequadas, constatando, também, se há ou não duplicação de desempenho ou fases desnecessárias. Podem destacar-se as seguintes vantagens na utilização e na analise de um fluxograma. Fornecer condições para simplificação do trabalho por meio de retirada, combinação ou reposicionamento de passos a fim de aperfeiçoá-lo. Localizar, corrigir e eliminar os movimentos e contatos considerados dispensáveis. Facilitar a implantação de procedimentos e de instruções, proporcionando aos usuários melhor compreensão. Oferecer uma visão geral do trabalho a ser executado e suas interfaces. Exemplo: EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 38 Manual de organização É um instrumento de organização que complementa o organograma, fornecendo informações adicionais, servindo também como fonte de referencia e consulta. Normalmente, o manual de organização de uma empresa é composto pelo seguinte. Documentos emitidos pela direção, oficializando a utilização do manual. Aspectos teóricos e considerações sobre a empresa. Histórico da empresa. Organograma, representando a sua estrutura organizacional. Detalhamento da estrutura organizacional por meio de: fichas de funções – em que se encontram ordenadas a posição hierárquica de cada unidade organizacional, com suas respectivas finalidades e atribuições, quadro de competência – em que são estabelecidos os níveis de autoridade e de responsabilidade; comitês – em que se situam suas atividades, seus membros. Guia de distribuição dos cargos com seus respectivos códigos, siglas e atribuições, visando à facilitação da comunicação. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 39 4 ORGANIZAÇÕES COMERCIAIS EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 40 A palavra empresa (do latim prehensa) significa empreendimento, negócio As empresas tem origem antiga, mas seu crescimento e sistematização datam da época da Revolução Industrial, quando houve major divisão do trabalho. Foi também naquela época que se organizaram os fatores de produção: trabalho e capital. Embora ate hoje sobrevivam outras formas de produção, como a do pequeno lavrador ou do produtor artesanal doméstico, a empresa é o processo principal no sistema econômico capitalista e socialista. A empresa é uma organização social em que se reúnem e combinam os elementos necessários a produção de bens e serviços, com finalidade de lucro. Dizemos que empresa é uma organização social por ser uma associação de pessoas para a exploração de um negócio, tendo em vista um objetivo – lucro ou atendimento a uma necessidade da sociedade. Os elementos que se reúnem e se combinam em uma empresa são, justamente, o material (capital aplicado) e o humano (trabalho). No sistema capitalista, as empresas caracterizam-se por visarem ao lucro do empresariado. Na ordem econômica socialista, a empresa pertence ao Estado. Os lucros são de direito do Estado, revertidos para a população. Costuma-se confundir empresa com entidade. No entanto, ha diferença significativa entre os dois organismos. Como vimos, as empresas visam ao lucro, no sistema capitalista. As empresas que não visam ao lucro são chamadas entidades. CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA Vamos conhecer, agora, a constituição das principais formas de empresas. Antes, porem, queremos estudar o conceito jurídico de tais sociedades, pois, sem esse esclarecimento, é difícil compreender o assunto. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 41 Na linguagem do Direito Civil, encontramos dois sentidos de pessoa: pessoa física e pessoa jurídica. Vejamos cada um deles. Pessoa física é o individuo capaz de assumir direitos e obrigações. Pessoa jurídica é a reunião de dois ou mais indivíduos, resultante de um contrato estabelecido para certo fim, com vida e patrimônio distintos dos daqueles dos indivíduos que a compõem. Por meio desses conceitos, compreendemos que os sócios de uma sociedade comercial são pessoas físicas, enquanto as sociedades comerciais são pessoas jurídicas. OS TIPOS DE FIRMAS E AS FORMAS DE SOCIEDADE COMERCIAL Vamos analisar aqui outros conceitos importantes a compreensão da constituição das empresas. Tipos de firmas comerciais Firma comercial, razão social ou razão comercial é o nome que representa o estabelecimento comercial em todos os seus documentos e transações. A firma pode ser individual ou social. A firma comercial deve ser registrada na Junta Comercial. As empresas podem ser constituídas de duas formas: firmas individuais e firmas de sociedade. Firma individual é aquela que é representada por um só empresário. As responsabilidades, os direitos e os deveres concentram-se em uma única pessoa. As firmas individuais são consideradas pessoas jurídicas para fins tributários. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 42 Firma de sociedade é aquela que é propriedade de uma sociedade comercial. Nesse tipo de firma, as responsabilidades, os direitos e os deveres dividem-se entre duas ou mais pessoas. As firmas de sociedade podem assumir uma variedade de formas de sociedades comerciais. Junta Comercial E uma autarquia com personalidade jurídica de direito responsável pelo registro de atividades ligadas a sociedades empresariais, que executa serviços de arquivamento dos atos relativos a constituição, alteração, dissolução e extinção de empresas mercantis de: pequeno, médio, e grande porte, consórcios e grupos de sociedades; empresas estrangeiras autorizadas a funcionar no país, documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e atividades afins (leilões, traduções etc.) e daqueles que possam interessar ao empresário ou as empresas. Toda empresa após passar pela Junta Comercial e com o cumprimento de todas as exigências para seu registro, terá o número do CNPJ devidamente emitido pelo Ministério da Fazenda. Formas de sociedades comerciais As firmas podem assumir diferentes formas, dependendo dos interesses dos sócios e do tipo de negocio. Sociedade em nome coletivo – é uma associação de duas ou mais pessoas, operando sob nome ou firma em comum. Nesse tipo de sociedade, os sócios são responsáveis solidariamente pelos direitos e pelas obrigações da firma, sem qualquer limite. Sociedade de capital e indústria – consiste em uma associação que envolve dois tipos de sócios: os sócios capitalistas e os sócios de indústria. Os sócios capitalistas recebem esse nome porque contribuem com o capital; eles respondem pelas obrigações da sociedade. Os sócios de indústria incumbem-se da prestação de serviços técnicos ou profissionais e não respondem pelo capital social. Sociedade anônima – é um tipo de associação cujo capital social é dividido em EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 43 ações (nominais ou ao portador) de um mesmo valor nominal e constituído por meio de subscrições. Nesse tipo de associação, cada pessoa adquire (subscreve) o número de ações que lhe convier, tornando-se acionista da sociedade anônima. O grupo, ou mesmo pessoa, que possui o maior número de ações pode eleger em assembléia de acionistas os dirigentes da empresa. Os acionistas assumem os direitos e os deveres da sociedade e as obrigações sociais, em função do número de ações que detenham. Sociedade em comandita simples – tem o capital formado pelas contribuições de duas classes de sócios: os sócios comanditários ou capitalistas e os sócios comanditados. Os sócios comanditários respondem de forma limitada pelo capital subscrito. Os sócios comanditados respondem solidaria e ilimitadamente pelas obrigações sociais; empenham seu patrimônio, seu trabalho e são os sócios comerciantes da sociedade. Sociedade em comandita por ações – representa também os dois tipos de sócios citados anteriormente: os comanditários e os comanditados. Somente os sócios ou acionistas tem qualidade para gerir a empresa (como diretores ou gerentes, por exemplo). Esta é uma forma de sociedade rara em nosso país, pois a sociedade anônima a substitui com vantagem. Sociedade por quotas de responsabilidade limitada – pode funcionar com o nome de algum dos sócios ou adotar uma denominação social. Os sócios tem responsabilidade frente aos direitos e obrigações da firma proporcional ao capital registrado em seu contrato social. Sociedade cooperativa – é uma associação voltada exclusivamente para o suprimento de necessidades e interesses dos associados (cooperativa de agricultores, produtores de cana-de-açúcar etc.). Seu capital é formado por quotas-partes e varia conforme aumenta ou diminui o número de associados, não podendo ser transferido para terceiros. Os associados podem participar das deliberações tomadas em assembléias gerais por meio de voto. Nesse tipo de sociedade, número de associados é ilimitado, sendo impedida a subscrição de quotaspartes a estranhos ao meio social amparado pela associação. Sociedade em conta de participação – é a forma jurídica que ocorre quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, reúnem-se sem firma social, para lucro EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 44 comum, em operações previamente determinadas, trabalhando uma, algumas ou todas em seu nome individual para o fim social. Nesse tipo de sociedade, o sócio ostensivo (ou gerente) é o único que se obriga com terceiros; os outros sócios, porem, ficam obrigados somente com sócio ostensivo por todos os resultados das transações e obrigações sociais empreendidas, nos termos exatos do contrato. Sociedade de economia mista – é uma associação de capital privado e público, em forma de sociedade anônima. O Estado canaliza para si, mediante participação privada, os recursos de que necessita para empreendimentos essenciais e ben6ficos para toda coletividade. CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS As empresas podem ser classificadas sob diversos aspectos, independentemente da espécie de firma comercial escolhida: quanto a sua propriedade; quanto ao tipo de produção e quanto ao tamanho. Vejamos, agora, cada um desses aspectos. Quanto à propriedade Quanto à propriedade as empresas podem ser: Empresas públicas (ou estatais). São aquelas de propriedade do Estado e que constituem o setor p6blico. Tem por objetivo o bem-estar social, pois estão voltadas para o beneficio da sociedade. São também conhecidas como empresas não lucrativas. Empresas privadas (ou particulares). São de propriedade de particulares e constituem o chamado setor privado. O principal objetivo dessas empresas é o lucro. Empresas mistas. São sociedades por ações de participação pública e privada, EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 45 simultaneamente. Nas empresas mistas, a união, o estado, o município são geralmente os sócios majoritários, detendo a maior parte das ações. Essas empresas prestam serviços de utilidade pública ou de segurança nacional. Quanta ao tipo e a produção Quanto ao que produzem, as empresas podem ser estas. Empresas primárias ou extrativas. Executam atividades extrativas (empresas agrícolas, de mineração, de prospecção e extração de petr6leo etc.). São chamadas primarias porque trabalham visando a obtenção de matérias-primas. Empresas secundárias ou de transformação. Processam e transformam as matériasprimas em produtos finais. Nessa classificação entram as indústrias em geral, quaisquer que sejam seus produtos finais. Empresas terciarias ou prestadoras de serviços. Executam e prestam serviços especializados. Enquadram-se nessa classificação os bancos, as financeiras, o comércio em geral, os hospitais, as escolas e as universidades, os serviços de comunicações (radio, TV, imprensa, telefonia, telex, fax, Internet etc.) e toda a gama de serviços realizados por profissionais liberais (advogados, médicos, engenheiros etc.). Quanto ao tamanho As empresas, quanto ao seu porte e ao volume de recursos de que dispõem, podem ser as seguintes. Empresas grandes. São de grande porte e de enorme volume de recursos (número de empregados, tamanho das instalações, volumes de capital e de equipamentos etc.). As empresas grandes são constituídas por um grande número de empregados. Empresas médias. São de porte intermediário e de razoável volume de recursos. São constituídas por um número entre 50 a 250 empregados, aproximadamente. O limite de empregados que separa uma empresa media de uma empresa grande é de aproximadamente 500 empregados. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 46 Empresas pequenas. São de pequeno porte e de limitado número de empregados (menos de 50). Outra definição para empresa pequena (ou microempresa) é a de que, nela, o administrador (geralmente o proprietário) devem o comando de todas as áreas funcionais da empresa (área comercial, de produção, financeira e de pessoal), não havendo um segundo nível diretivo para essas responsabilidades. Essa classificação de empresas possibilita combinações interessantes: uma empresa pode ser privada (quanto à propriedade); secundária (quanto ao tipo de produção) e de grande porte (quanto ao tamanho), por exemplo. Existem as empresas multinacionais, aqueles que possuem filiais em diversos países. Escolha de atividades A escolha da atividade da empresa esta entre as primeiras decisões que seus sócios devem tomar. Aliás, a constituição da empresa depende da escolha da atividade. O que a empresa ira fazer? Em que volume ela ira produzir? Será uma empresa pequena, media ou grande? Perguntas como essas devem ser respondidas por seus sócios antes mesmo da constituição das empresas. Ha fatores decisivos na escolha da atividade da empresa. Entre os mais importantes destacamos os seguintes. o “know-how”: é o grau de conhecimento que os sócios têm sobre os produtos ou serviços a serem produzidos pela empresa e suas técnicas de produção; o conhecimento do mercado: abrange os consumidores ou usuários dos produtos ou serviços, as empresas concorrentes que também os produzem, as condições de compra e venda que vigoram no mercado etc. o capital: é o montante que os sócios podem investir no need°, a probabilidade de retorno desse capital e o risco que o negocio pode envolver. os recursos empresariais: são todos aqueles que os sócios podem conseguir, como prédios, edifícios, máquinas, equipamentos, instalações, matérias-primas, tecnologia de produção etc.; Os recursos empresariais podem ser de propriedade da empresa (fazendo parte de seu patrimônio), alugados ou arrendados. os recursos humanos: refere-se a todos aqueles que os sócios podem recrutar para o EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 47 funcionamento do negócio, dotados dos conhecimentos e habilidades necessários. As empresas e a influência no mercado Uma empresa deficitária, que não se sustenta, ou que transfere seus encargos para a sua mantenedora, é uma empresa inviável. Para obter lucros, as empresas baseiam-se na lei da oferta e da procura e tem livre iniciativa, ou seja, podem concorrer com outras empresas. Em que se fundamenta a lei da oferta e da procura? Segundo essa lei, os pregos dos bens e serviços aumentam quando a procura é maior do que a oferta e diminuem quando a oferta é maior do que a procura. As empresas, no entanto, podem burlar essa lei por mecanismos como o monopólio, o oligopólio e outros recursos. Monopólio O monopólio consiste no privilégio de vender ou fabricar determinado produto com exclusividade. Em geral, o monopólio é proibido, pois impede a livre concorrência, passando a favorecer apenas uma empresa. O monopólio pode ser legalizado pelo governo quando ha interesse de ordem pública ou de segurança. Embora seja proibido por lei, o monopólio existe largamente na sociedade. Às vezes, ele ocorre por falta mesmo de concorrentes ou pode acontecer de os grandes concorrentes se imporem ao mercado, sufocando os pequenos concorrentes. Esse procedimento também é uma forma de monopólio. Oligopólio O oligopólio ocorre quando, no mercado, ha grande número de pequenos compradores e pequeno número de grandes vendedores. Por exemplo: grande número de pessoas compra carros comercializados por um número reduzido de concessionárias. Truste EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 48 Os trustes surgem da fusão de varias empresas de maneira completa e definitiva. As empresas que se fundem perdem a sua personalidade jurídica, dando origem a uma nova, representada pela junção do patrimônio de todas elas. As empresas agrupam-se formando trustes para adquirirem o monopólio do mercado, pois tornam-se fortes e passam a girar com grandes capitais. Ha diversos tipos de trustes. Cartel é a associação temporária de empresas juridicamente autônomas, mas que realizam acordos, definindo suas políticas de comercialização, principalmente de preços, visando a suprir ou a limitar a concorrência. As empresas que formam um cartel, ou seja, que se mantêm independentes, mas que não concorrem entre si, adquirem grande poder. Em casos extremos, mesmo que a produção das empresas do cartel nä° seja suficiente para suprir o mercado, elas podem fazer reserva de mercado, impedindo o aparecimento de concorrentes por meio do aviltamento temporário de preços. Holding é a empresa que resulta da fusão de varias outras. Trata-se de uma sociedade sem atividade produtiva própria, mas que, por meio de sua participação financeira, detém o controle acionário de diversas empresas. Com o seu poder de decisão nas empresas que controla, uma holding pode dominar determinados mercados, impedindo a livre concorrência. Grupo de sociedade O grupo de sociedade é constituído por sociedades que combinam recursos ou esforços para a realização de objetivos comuns e participam em atividades ou empreendimentos comuns. Essa forma de associação pode ter efeitos econômicos benéficos, tais como redução de custos em conseqüência da racionalização, divisão de trabalho e outros procedimentos organizacionais. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 49 5 TÉCNICAS COMERCIAIS EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 50 As empresas produzem bens e serviços consumidos pela sociedade. Os bens e serviços são colocados no mercado onde são vendidos. E necessário, portanto, que haja oferta (produtos) e sua exposição no mercado e procura (compra dos produtos). Essa transação de oferta e procura chama-se comércio. Técnica comercial são os processos utilizados pelo homem para realização do comércio, utilizando-se para este fim princípios econômicos, jurídicos e administrativos. Explicando por outras palavras, técnica comercial é a maneira pela qual uma empresa efetua suas atividades de compra e venda de bens ou serviços. ORGANIZAÇÃO COMERCIAL DA EMPRESA A organização comercial é responsável não só pelos aspectos relacionados às vendas (estratégia de marketing e bases de ação comercial da empresa em relação ao mercado), mas também a estratégia de compras. Podemos dizer que ela é o ponto de ligação entre a empresa e o mercado. Esse movimento é também conhecido pelo nome de interface. O objetivo da organização comercial é comprar e vender de forma eficiente e satisfatória. Para realizar o objetivo das empresas, ela conta com a ajuda de varies serviços, que são chamados serviços auxiliares do comércio. ESTUDO DO MERCADO: OS PROCESSOS DE COMPRA E VENDA O estudo do mercado é a investigação de fenômenos que ocorrem no processo de intercambio de mercadorias do produtor ao consumidor. E uma sondagem com vistas à obtenção de informações esclarecedoras quanto ao comportamento do mercado. Toda empresa, para vender bem, precisa realizar essa sondagem. Geralmente, as empresas tem seus órgãos de compra e de venda. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 51 O órgão de compras encarrega-se de suprir a empresa do material e instrumentos necessários ao seu funcionamento, no tempo certo, quantidade e qualidades adequadas. O processo de compras compreende as seguintes fases. pesquisa do mercado de fornecedores; recebimento da ordem de compra; cotação de preços e condições de pagamento; escolha do melhor fornecedor; pedido de compra; acompanhamento do pedido de compra; recebimento do material. Elas são importantes e devem ser observadas para que o processo de compra se efetue eficientemente. O processo de vendas tem a função de colocar os produtos da empresa no mercado para serem consumidos. O órgão de vendas funciona como ponto de ligação entre a empresa e seus clientes. O órgão de vendas deve também observar alguns passos para funcionar com eficácia. Esses passos são: pesquisa do mercado de consumidores propaganda venda promoção de vendas canais de distribuição merchandising (apresentação, características, preço, tamanho, nome, marca, embalagem etc. do produto). EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 52 PROPAGANDA, PUBLICIDADE E PROMOÇÃO DE VENDAS A promoção, como termo genérico, é uma das formas de estimulo as vendas de uma empresa. Vista como um todo, a promoção compreende quatro componentes: a propaganda, a publicidade, a promoção de vendas e a própria venda pessoal. Os conceitos de propaganda, publicidade e promoção de vendas tornam mais claras as qualidades específicas de cada um desses componentes promocionais. Propaganda é qualquer forma paga e impessoal de apresentação e promoção de idéias, bens ou serviços, por um patrocinador identificado, conforme estabelece o Decreto n° 57.690 de 1/2/1966, que regulamenta a profissão do publicitário e delimita as atividades das agendas de propaganda. Publicidade é o estimulo impessoal para a procura de um produto, serviço ou negócio, pela divulgação de noticias comercialmente significativas numa mídia impressa ou em apresentação favorável no radio, na televisão ou ate no palco. Promoção de vendas trabalha com as vantagens quanto à forma de aquisição, assim, ela é o estimulo a compra por parte do consumidor e eficácia dos revendedores. Utiliza recursos como displays, shows, exposições, demonstrações e outros esforços que não se incluem na rotina de vendas. A propaganda visa propagar, divulgar o produto; ela utiliza os mais diversos tipos de mídia: espaço em jornais e revistas; radio e televisão; outdoors (compreenda outdoors não só como aqueles enormes cartazes em exposição nas ruas, mas também os luminosos e a propaganda aérea); mala direta, souvenir (caixinhas de fósforos, blocos de rascunho, agenda, calendários); adesivos, catálogos; listas telefônicas e paginas amarelas etc. A propaganda pode ser realizada com vários fins: o de fixar o nome da empresa em longo prazo (propaganda institucional); o de desenvolver a marca em longo prazo (propaganda de marca); o de disseminar informações sobre uma venda, serviço ou acontecimento (propaganda EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 53 classificada); o de anunciar uma venda especial (propaganda de vendas). O anúncio refere-se à propaganda comercial que visa despertar o interesse do consumidor por bens ou serviços anunciados. O COMERCIO E O MERCADO IMOBILIÁRIO Captação imobiliária A captação imobiliária é uma das principais funções da atividade de intermediação imobiliária. Consiste, basicamente, na realização de contatos junto ao mercado potencial visando à viabilização de uma venda ou um negócio imobiliário. O anúncio de imóveis para venda ou locação é um dos recursos técnicos mais utilizados para a captação imobiliária. Entretanto, outros recursos devem ser utilizados complementarmente de maneira a criar um ambiente de oportunidades que signifique a ampliação de mecanismos capazes de identificar mais rapidamente o cliente. Nesse sentido, pode destacar-se o oferecimento do serviço de corretagem ou intermediação imobiliária a potenciais clientes selecionados por grupo de renda, preferências ou qualificações para aquisição. Desenvolvimento de estratégias de captação de imóveis junto a empresas construtoras, potencias interessados em vender seus imóveis, contatos com antigos clientes etc. representam alternativas de captação que possibilitam uma maior oportunidade de negócio. Condições de crédito Crédito pode ser definido como uma transação comercial em que um determinado comprador – ou beneficiário, adquire um bem ou serviço de um determinado credor – aquele que concede (empresa, pessoa, banco etc.) o qual será pago pelo comprador em uma ou EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 54 mais parcelas, por um tempo determinado, com base na confiança que inspira ao credor. As Condições de Crédito podem ser consideradas tanto pelo aspecto do credor, isto é, aquele que concede o benefício do crédito quanto daquele que recebe o crédito, isto é, o beneficiário. Dessa forma, quando se fala em condições de crédito do credor, refere-se à disposição, interesse ou disponibilidade daquele que concede o beneficio em efetivamente conceder o crédito. Por outro lado, a condição de crédito do beneficiário este relacionada à confiabilidade e à capacidade ecomônica-financeira do beneficiário para saldar o compromisso financeiro a ser assumido junto ao credor. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Comunicação Empresarial (Organizacional, Corporativa ou Institucional) compreende um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma organização junto aos seus públicos de interesse (interno e externo) ou junto à opinião pública. Item fundamental para a existência de qualquer organização, a Comunicação Empresarial tem assumido, nos últimos anos, maior complexidade, tendo em vista: a necessidade de trabalhar com diferentes públicos (portanto diferentes conteúdos, discursos ou linguagens), o acirramento da concorrência, a segmentação da mídia e a introdução acelerada das novas tecnologias. Tendo a comunicação como palavra-chave, a Comunicação Empresarial pode ser considerada no sentido mais amplo da comunicação, e, como tal, abre-se um leque de possibilidades em vários segmentos capazes de proporcionar ao corretor ou a empresa de intermediação imobiliária a identificação dos potenciais clientes para a concretização de um negócio. Com o surgimento de novas tecnologias, alem da sofisticação e aprimoramento de métodos de comunicação já existentes, afloram a cada dia novas alternativas, tornando mais dinâmicas as possibilidades de comunicação: telefone, correios, televisão, radio, jornais e principalmente a Internet. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 55 Os segmentos de mercado correspondem a parcelas da sociedade que estão cada dia mais sensíveis e, por conseqüência mais exigentes. Daí vem à necessidade de usarmos não só todas as possibilidades de comunicação existentes mas fazer isso de forma adequada no sentido de busca pertinente e individual de acordo com cada ramo de atividade, ou seja, atingir o segmento de mercado correto. E necessário buscar não só os meios de comunicação adequados, mas também utilizarmos a linguagem correta para cada tipo de mídia; buscar não só o universo correto desses meios de comunicação, mas também saber dosar as inserções em cada um deles. Com a evolução das novas tecnologias, a palavra comunicação amplia ainda mais seu significado. Hoje, a Comunicação Empresarial já desempenha papel fundamental, definindose como estratégica para as organizações. PROCESSO DE MARKETING O processo de marketing consiste na análise de oportunidades, pesquisa e seleção de mercados-alvo, preparação de estratégias, planejamento de programas de marketing, organização, implementação e controle do esforço de marketing. As empresas de hoje devem urgente e criticamente repensar sua missão de negócio e estratégias de marketing. Em vez de operarem em um mercado formado de concorrentes fixos e desconhecidos e de consumidores com preferências estáveis, devem considerar a existência de concorrentes ativos, avanços tecnológicos, novas legislações e, principalmente, a diminuição da lealdade do consumidor. As empresas que obtêm sucesso hoje são aquelas mais bem-sucedidas em satisfazer e encantar, de fato, seus consumidores-alvo. Essas empresas veem marketing como filosofia que permeia toda a companhia, não uma função separada em um departamento. Essas empresas procuram ser as melhores em atender as necessidades de seus mercados-alvo. Administração de vendas em empresas imobiliárias EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 56 A Administração de Vendas, parte integrante do Marketing moderno, impõe o conhecimento do mercado e das características da clientela, bem como do produto/serviço a ser vendido de maneira a possibilitar a lealdade do consumidor. A Administração de Vendas considera analise, planejamento e implementação do controle do esforço de vendas da organização, exigindo a necessidade de previsão de vendas, distribuição física e esforços de promoção e propaganda. Sem a ajuda de uma adequada estrutura de recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológico, dificilmente uma organização moderna conseguira atingir, em curto prazo, a viabilização de suas metas de vendas e resultados. COMPOSIÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS A Força de Vendas é o quantitativo de pessoas disponíveis na empresa imobiliária para a execução da viabilização de uma venda ou um negócio imobiliário. Na composição da Força de Vendas de uma empresa imobiliária, o corretor é o responsável pela negociação de vendas de um imóvel. Convém, entretanto, que haja uma equipe de apoio ao corretor, bem treinada e orientada, visando à racionalização, ao direcionamento e à otimização do trabalho desse profissional. Essa equipe, se possível, deve ser composta por uma pessoa responsável a dar informações técnicas e responder aos questionamentos básicos dos clientes em potencial (apoio técnico) e uma pessoa encarregada pelos serviços de escritório (assistente de vendas), permitindo, assim, ao corretor, canalizar seu tempo para dar atendimento direcionado e diferenciado aos clientes em potencial que Ihe forem designados. O assistente de vendas tem basicamente a incumbência de: - dar as primeiras informações aos interessados; - realizar a identificação dos prováveis perfis; - realizar uma pré-identificação do perfil do cliente; - agendar compromissos com os clientes; - facilitar possíveis contatos com os corretores; EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 57 - preencher cadastros e formulários; - elaborar e lavrar contratos; - dar seqüência aos tramites burocráticos etc. Entretanto, passo importante em uma empresa imobiliária é a organização da sua Força de Vendas. Organizar a forca de vendas significa estabelecer os critérios para a atuação dos vendedores. Os principais critérios para a atuação dos corretores são: Determinação de quotas de vendas por meio do estabelecimento dos objetivos de venda para a equipe de vendas. Análise do representante versus vendedor contratado, pela qual a empresa imobiliária devera decidir se a função vendas será uma função interna a empresa (integrada verticalmente), ou se ela será externa (relação contratual) composta de agentes de venda ou representantes. Departamentalização ou estruturação da força de vendas, pela qual a empresa se estrutura, segundo a função, em cinco possíveis departamentos: (1) Território – uma determinada área é dividida em território de vendas, (2) Produtos ou serviços – Forca de vendas trabalha separadamente com uma linha de produto ou serviço, (3) Projeto, em que a Força de Vendas trabalha, visando ao atendimento de projetos específicos (4) Clientes – Equipes especializadas em diferentes clientes, (5) Mista – combinação da forma geográfica com alguma outra. Definição do número de vendedores, pela qual considera-se o dimensionamento da intensidade em que será usada a força de vendas em conjunto com outras variáveis de marketing para que se consiga atingir o volume de vendas procurado. Definição e alinhamento de zonas de vendas, quando são estabelecidos os territórios de atuação da empresa, ou seja, áreas para atuação separada de vendedores e gerentes de vendas. Estabelecimento de níveis hierárquicos e amplitude de controle gerencial em vendas, relacionando-se a extensão vertical e horizontal da estrutura organizacional de vendas, ou seja, o número de níveis hierárquicos e o número de pessoas dentro de cada nível. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 58 As empresas imobiliárias vem adotando a departamentalização como forma de aperfeiçoar, adequar e melhor estruturar sua Forca de Vendas, sendo as mais utilizadas: por território, por produto ou serviço, por projeto, por clientela e mista. Na departamentalização por território cada vendedor tem uma área definida, atendendo a todos os clientes dessa área. Esse critério de organização apresenta as seguintes vantagens: define claramente as responsabilidades do corretor, pois só ele recebe crédito sobre as vendas naquela área; aumenta o incentivo do corretor, que tende a desenvolver negócios e a criar laços muito úteis de amizade em seus “domínios”; possibilita que o corretor conheça melhor as especificidades da “sua região”. Na departamentalização por produto ou serviço, a empresa imobiliária tende a se estruturar com setores específicos para os serviços, como por exemplo, os serviços de administração de imóveis – locação e intermediação – compra e venda. Na departamentalização por projeto, a empresa imobiliária orienta sua equipe de vendas, marketing, engenharia, finanças, apoio técnico a trabalharem de forma integrada, visando ao atendimento de projetos específicos, tais como lançamentos imobiliários, feira de negócios imobiliários, campanhas especificas na mídia etc. A departamentalização por clientela organiza a atuação do corretor, segundo a disponibilidade deste, que acompanha e da assistência a um grupo de clientes desde os primeiros contatos ate a finalização das negociações. A departamentalização mista resulta da combinação de critérios. Os vendedores especializam-se, por exemplo, em zona-produto; zona-cliente; produto-cliente ou ate zona produto-cliente. Seja qual for à organização da forca de vendas adotada por uma empresa, ela deve ser periodicamente avaliada. Só assim a empresa não correra o perigo de manter uma EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 59 forca de vendas defasada pelo tempo. Dimensionamento, recrutamento e seleção da força de venda. Uma vez definida a estrutura de sua Força de Vendas, a empresa imobiliária devera se ocupar do tamanho da força de vendas necessária e adequada a organização, uma vez que o número de vendedores é uma importante questão em vendas. Uma força de vendas corretamente estruturada assegura a implementação de processo de vendas, individual ou em equipe, para cada segmento-alvo do mercado. Assegura que o esforço de venda e manutenção seja o mais eficaz possível, ao mesmo tempo em que usa os recursos de vendas com a máxima eficiência. Com uma organização de vendas do tamanho certo, os clientes efetivos e potenciais recebem a cobertura apropriada, a força de vendas se mantém ocupada, mas não sobrecarregada de trabalho, e a empresa faz um investimento adequado em seus recursos de vendas. O dimensionamento da intensidade com que será usada a força de vendas em conjunto com outras variáveis de marketing é a forma mais propicia para que se consiga atingir o objetivo de vendas. Algumas empresas imobiliárias utilizam a carga de trabalho para determinar o número de vendedores, com base na expectativa de contatos comerciais realizados, tempo gasto em cada contato, e demais aspectos envolvidos para se fechar uma transação imobiliária. O recrutamento e seleção da Força de Vendas é a decisão mais importante tomada pela empresa imobiliária. A contratação, o treinamento e o gerente de vendas são sempre classificados como os três fatores mais importantes, e a contratação geralmente é vista como o mais importante de todos. Para uma seleção bem-sucedida, é necessário que a empresa imobiliária defina previamente as características essenciais ao seu bom corretor. Entretanto, é bom ter em mente que o “perfil’ de sucesso” está intimamente ligado a definição do cargo. As exigências específicas para a função sugerem o tipo de pessoa que mais tende a ser bem-sucedida. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 60 Algumas características essenciais aos bons vendedores são: Desejo inato de servir Motivação Entusiasmo Persistência Disciplina Sólida ética no trabalho Responsabilidade e Integridade Capacidade de deixar os outros a vontade Dons de comunicação eficazes Disposição para ouvir Entretanto, pode perceber-se que quase todas as características são intrínsecas ao candidato, por isso, só é possível ensiná-lo técnicas e conhecimentos. Toda empresa quer que os membros de sua força de vendas tenham a maior parte das características relacionadas acima. A contratação e o treinamento contribuem igualmente para a formação de uma organização de vendas de alto desempenho, mas suas funções são diferentes. A função de contratação é identificar pessoas com as características e os valores essenciais para o sucesso nas vendas. A função do treinamento é proporcionar a essas pessoas todas as oportunidades de sucesso, fornecendo-Ihes o conhecimento e as técnicas que Ihes permitirão atender as necessidades dos clientes. Atualmente, as empresas imobiliárias consideram o treinamento como um investimento, cujo retorno é detectado no aumento da eficiência nas transações imobiliárias. SUPERVISÃO E CONTROLE DE VENDAS Gerir uma unidade ou departamento de vendas de uma organização pressupõe a utilização de algumas ferramentas com vista a dar resposta a necessidades e, por conseguinte, elaborar e colocar em pratica as melhores estratégias. Nesse sentido, a adoção de um controle de vendas possibilita ao empresário prever receitas futuras e, conseqüentemente, controlar as vendas e locações realizadas EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 61 por corretores ou equipes de corretores. Além disso, torna-se mais fácil acompanhar o comportamento mensal das vendas, as variações devido à sazonalidade, bem como o prazo médio concedido para os pagamentos realizados. O controle de vendas preconiza inicialmente o estabelecimento de padrões de avaliação de desempenho futuro da empresa, com o qual se pode fazer comparações do desempenho atual com o padrão então estabelecido, possibilitando assim a seleção e a adoção de ações destinadas a reduzir a diferença entre o desempenho esperado e o desempenho real. Os critérios para o estabelecimento de padrões de avaliação mais utilizados são análise de vendas, o estudo detalhado do desempenho de vendas da empresa, para detectar seus pontos fortes e fracos em marketing; análise de participação do mercado, se houve alguma alteração ou variação da participação da organização no mercado, verificando se ocorreu interferência interna ou externa na organização, analise da lucratividade, pela qual a qualidade e as características do lucro da organização são verificadas e análise do desempenho da força de vendas, pela qual o desempenho dos vendedores é avaliado por meio de Relatórios de Venda. O Relatório de Vendas é uma das principais ferramentas que a supervisão possui para avaliação do desempenho da força de vendas em uma organização. Nele são registrados, pelos vendedores de uma equipe de vendas, suas atividades, os contatos realizados com os clientes, as novas captações, as oportunidades, os negócios perdidos e as condições do mercado, permitindo assim uma analise tanto do desempenho dos vendedores como de informações úteis que serão a base para o planejamento de ações futuras. O supervisor de vendas pode, a partir da analise desse relatório, atuar na força de vendas para: estabelecer um cronograma e um roteiro de atividades para a equipe (plantões de vendas, visitas, reuniões etc.); “dar força” a equipe agindo ora como conselheiro ora como colega; incentivar o grupo com um clima organizacional positivo; EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 62 definir metas de venda para os corretores; implementar varias outras estratégias que otimizem o trabalho eficiente e produtivo numa empresa imobiliária. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 63 6 AUXILIARES DO COMERCIO EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 64 As empresas trabalham com serviços auxiliares do comércio. Entre os serviços, merecem destaque: os bancos e as câmaras de compensação, as bolsas, os seguros, os transportes, os armazéns, a importação e a exportação, as feiras e exposições, as câmaras de comércio, os consulados, as associações comerciais e as organizações sindicais. COMPANHIAS DE SEGUROS As companhias de seguro são entidades auxiliares do comércio, por meio das quais se ressarcem empresas ou pessoas por danos ou prejuízos decorrentes de fatos danosos. Quanto aos tipos, os seguros podem ser os seguintes. Seguros sociais - aqueles que proporcionam proteção a todas as camadas sociais da população. São seguros obrigatórios operados pelo governo para proteger os beneficiários. Os seguros sociais são: Assistência Médica e Hospitalar, Aposentadoria, Pensão, Acidentes de Trabalho. Seguros privados - são aqueles operados pelo Sistema Nacional de Seguros Privados. Os seguros privados podem ser de dois tipos: ramo de vida e ramos elementares. Quanto aos objetivos, existem dois tipos de seguros: Ramo de vida - seguros de pessoas, voltados para sua integridade (Seguros de acidentes pessoais, seguro de vida, seguro de saúde.) Ramos elementares - aqueles que se referem a bens, direitos e obrigações (seguros contra incêndios, seguros de transportes, seguro de automóvel etc.). Os riscos assumidos pelas companhias de seguro podem ser classificados em: Riscos físicos - são os riscos dependentes das condições físicas, sociais, idade, estado de saúde. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 65 Riscos morais - são os decorrentes de condições mentais: insanidade, negligência, desonestidade etc. Seguro é um contrato consensual que apresenta os seguintes elementos: o segurador, o segurado, o risco, a base do contrato e o tempo, prazo do contrato. Todos estes elementos compõem o instrumento formal do contrato que é a apólice de seguro. ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS Banco Central do Brasil - é autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda. Como autoridade monetária principal do país, além de ser responsável pela emissão de papel moeda e moeda metálica, cumpre e faz cumprir a legislação e normas que são expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. Banco do Brasil – é uma instituição financeira brasileira, constituída na forma de sociedade de economia mista, com participação da união com 70% das ações. Possui a função de recebimento dos tributos federais, execução da política de pregos mínimos e financiamento dos produtos agrícolas, controle e incremento do comércio exterior, entre outras. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – (BNDS) – é uma empresa pública federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e tem por objetivo apoiar os empreendimentos que visem ao desenvolvimento nacional. Suas linhas de financiamentos contemplam projetos de investimentos e comercialização de máquinas e equipamentos, fabricados no país, bem como o incentivo ao aumento das exportações. Contribui também para o fortalecimento das empresas privadas nacionais e para o desenvolvimento tecnológico. Caixas Econômicas – é um estabelecimento que intermedia recursos e negócios financeiros, com o objetivo de estimular a poupança. Atua também, no fomento ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de habitação, saneamento e infra-estrutura, e na administração de fundos, programas e serviços de caráter social. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 66 Alguns estados possuem a sua própria caixa econômica, atuando no âmbito estadual. Já a Caixa Econômica Federal – CEF atua, como o nome indica, em todo território federal. Bancos Comerciais – são instituições financeiras públicas ou privadas que tem como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, em curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. As atividades mais comuns de um Banco comercial são recebimentos, depósitos, depósitos de poupança, pagamentos, empréstimos e compra e venda de moedas e títulos. Bancos de Investimentos – são instituições financeiras privadas, especializadas em operações de financiamento da atividade produtiva para empréstimo de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros, principalmente empresas privadas. Fundos Mútuos de Investimento – refere-se ao conjunto de valores que resultam da coleta, capitalização e centralização de poupanças dos particulares e das empresas. Companhias de Crédito, Financiamento e Investimento – são instituições especializadas em realizar investimentos de médio e longo prazos, por meio da captação de recursos, mediante emissão de letras de câmbio. Sociedade Distribuidora de Valores – tem como objetivo subscritar títulos para revender, intermediar e distribuir no mercado de capitais. BOLSAS As bolsas são instituições onde são, efetuadas negociações, por intermédio de corretores, com títulos de crédito, mercadorias, divisas, valores imobiliários e outros bens fungíveis. A classificação das bolsas pode ser feita pelo serviço que prestam. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 67 As bolsas de valores são, associações civis sem fins lucrativos. Seu patrimônio é constituído de títulos subscritos por sociedades corretoras, realizados em dinheiro. As sociedades corretoras são os membros das bolsas de valores. As bolsas de valores operam com títulos de crédito e tem suas atividades autorizadas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. As bolsas de mercadorias são instituições onde os produtores e comerciantes realizam a compra e a venda de mercadorias pelos de corretores. AÇÕES DAS S/AS Existem dois tipos de ação: Ordinárias Nominativas (ON) – Ação que proporciona participação nos resultados econômicos de uma empresa. Confere a seu titular o direito de voto em assembléia. Preferenciais Nominativas (PN) – Ação que oferece a seu detentor prioridades no recebimento de dividendos. Em geral, não concede direito a veto em assembléia. OUTROS SERVIÇOS DO COMÉRCIO Além dos serviços já citados, o comércio conta, também, com outros serviços importantes; vamos analisá-los resumidamente. Transportes Os meios de transportes constituem também um serviço auxiliar do comércio. Eles são fundamentais para transportar mercadorias do vendedor para o comprador, para deslocar matéria-prima, máquinas e equipamentos de um local para outro, para conduzir funcionários etc. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 68 Armazéns Armazéns são locais (prédios, galpões etc.) que servem para guardar, estocar mercadorias por um determinado tempo. Quando a mercadoria é matéria-prima, em pequenas quantidades, é guardada em almoxarifados; quando se trata de produto acabado, é guardada em depósitos. Há épocas do ano em que se necessita, mais do que outras, de armazenar mercadorias. Também, quando há desequilíbrio entre oferta e procura, surge à necessidade de contar com espaços para o armazenamento. Importação e exportação O comércio, compra e venda de mercadorias, pode ser interno ou externo. É considerado interno quando realizado dentro das fronteiras de um país. É externo quando envolve compradores e vendedores de diferentes países, com operações de importação – entrada de mercadorias estrangeiras em um país – e de exportação – saída de mercadorias nacionais de um país. A relação entre as importações e as exportações recebe o nome de balança comercial. Quando as exportações são maiores do que as importações, ocorre o que se chama superávit. Quando as exportações são menores do que as importações, ocorre défice. Exposições e feiras As feiras e as exposições são mecanismos criados para anunciar produtos ou serviços da empresa. Geralmente, são eventos coordenados entre várias empresas do mesmo ramo de atividade para apresentação conjunta de seus produtos ou serviços. A exposição caracteriza-se por realizar negócios em nível de atacado e raramente de varejo. As feiras são os meios mais econômicos de fazer negócios e lançar produtos no mercado, pois proporcionam ao expositor uma aproximação face a face com potenciais EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 69 compradores nacionais e internacionais, de forma ágil, rápida e inteligente. Câmaras de comércio Câmaras de comércio são entidades sem fins lucrativos, constituídas por empresas de origem internacional, com o objetivo de facilitar seus contatos e comunicações e coordenar suas atividades. Consulados Consulados são representações diplomáticas e legais de um país em determinadas capitais estrangeiras. O consulado dispõe de amplo material sobre as atividades industriais e comerciais do país que representa, fornecendo informações para as empresas desenvolverem suas operações no país representado. Os consulados são ligados a embaixada de seu país no local. As embaixadas localizam-se na capital do país perante o qual representam o próprio país e, inclusive, as suas dependências são consideradas corno território do país de origem. Também as embaixadas realizam diretamente relações internacionais que proporcionam negócios e intercâmbios entre os países. Associações comerciais Associações comerciais são entidades associativas constituídas por empresas, visando ao intercambio de experiências, união da classe. As associações comerciais oportunizam contatos entre as empresas, uma vez que facilitam contatos e comunicações entre elas. Organizações sindicais Sindicatos são associações profissionais que agregam empregados ou empregadores que enxergam a mesma atividade ou profissão, com o objetivo de defender e coordenar seus interesses econômicos e profissionais. Existem sindicatos de empregados e sindicatos de empresas. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 70 Os sindicatos, quando em número superior a cinco, podem reunir-se, formando federações. As federações, por sua vez, podem agregar-se, constituindo as confederações, sediadas na capital federal. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 71 7 MERCADORIAS E TÍTULOS EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 72 As operações com mercadorias constituem-se na principal atividade das empresas comerciais e industriais. E por meio dessas operações que as empresas atingem o seu objeto social. Para que essas operações sejam satisfatórias, é necessário que haja uma conjugação entre as necessidades da empresa, a rotatividade das mercadorias, o preço dos produtos e as condições financeiras da empresa para aquisição das mercadorias. OPERAÇÕES SOBRE MERCADORIAS A compra, a venda, o beneficiamento e a revenda de produtos podem ser realizados por meio de várias modalidades de operações. Operações por atacado – compra e venda, em volumes fechados, de grande quantidade de mercadorias; é geralmente realizada entre atacadistas, distribuidores e revendedores. Operações a varejo – transação feita em pequenas quantidades com o consumidor. Operações à vista – compra de mercadoria com pagamento em moeda corrente. Operações a crédito – compra ou venda de mercadoria com pagamento feito no futuro, de uma só vez ou, ou em parcelas mensais, com apresentação de título de crédito. Operações por amostragem – tipo de transação em que a mercadoria é apresentada ou em pequenas quantidades ou por meio de catálogos com as devidas especificações técnicas. Operações a termo – tipo de compra e venda realizada nas bolsas de valores e mercadorias, com pagamento em prazo determinado. Operação contraentrega – transação cujo pagamento é realizado no recebimento da mercadoria, na localização solicitada pelo comprador. Operação com reserva de domínio – modalidade de operação em que o domínio da mercadoria só é transferido ao final total de seu pagamento, normalmente associada à operação de crédito. OPERAÇÕES SOBRE TÍTULOS EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 73 As operações sobre títulos abarcam as transações com o titulo de crédito comercial, o registro da dívida estabelecida entre o credor e seu devedor. Os títulos mais comuns são estes. Nota promissória – documento emitido pelo devedor comprometendo-se a pagar ao seu credor, o valor da dívida na data estipulada. Duplicata – título que constitui o instrumento de prova do contrato de compra e venda. Ações – documento que indica ser seu possuidor o proprietário de uma fração do capital de uma sociedade. Letras de câmbio – título de crédito que consiste em uma ordem de pagamento em que se encontram registrados o emitente, o aceitante e o recebedor. Cheque – cheque é uma ordem de pagamento a vista expedida contra um Banco sobre fundos depositados na conta do emitente. Debênture – titulo de crédito representativo de empréstimo que uma companhia faz junto a terceiros, em que todos os direitos conferidos pelos títulos, suas garantias e demais clausulas e condições encontram-se na escritura de emissão. Títulos da divida pública – títulos de crédito federais, estaduais ou municipais, emitidos e garantidos pelo estado ou município, e geralmente trazendo o prazo de resgate e a taxa de juros incidente destacados. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. Rua 96, nº 57, Setor Sul - Goiânia- GO - Telefones: 3224-8931 ou 3224-7241 74 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. KOTLER, Philip. Marketing (edição compactada). São Paulo: Atlas, 1980. MACEDO, Jamil Pereira. Manual do Técnico em Transações Imobiliárias. 2. ed. Goiânia: AB Editora, 1986. MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2009. SILVA, Adelphino Teixeira. Organização e Técnica Comercial, 20. ed. São Paulo: Atlas, 1996. EAD - INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO. 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