GENTE NOVA EM MISSÃO Dose de coragem de manhãzinha Desejo para vós, mais novos, uma Páscoa feliz e a continuação de boas férias! Como estamos em plena Primavera, apetece sair pelos campos, ver as flores a rebentar e ouvir os passarinhos a cantar. Podeis também fazer alguma boa acção. Por exemplo, visitar uma pessoa doente, ou ajudar os vossos pais. Quanto à história da galinha nervosa,ela é um bocado comprida, mas com coragem chega-se lá e aprendem-se umas coisas. Coragem! Não deixeis cair os braços texto Ana Lucas ilustração Ricardo Neto A galinha nervosa A galinha nervosa vivia ansiosa com tudo o que a rodeava. A toda a hora tremia, abria os olhos e gemia sempre que o galo cacarejava. Era um estado tão grave, de tal modo assustador, que até a palha onde dormia, sempre que lhe tocava ou a sentia, lhe provocava pavor. E assim vivia amedrontada, sempre trancada no seu galinheiro. Não saía com receio de tudo o que pudesse acontecer. Tinha medo que as outras galinhas, tão pacatas e quietinhas, e entre si tão amiguinhas, a fizessem aborrecer. No escuro não se mexia, paralisada pelo medo. Mal dormia, desejando que o sol nascesse cedo. Mas, à hora que o sol nascia, no fundo do galinheiro se escondia, porque o sol poderia queimar as suas penas brancas-âmbar. No Verão, com o calor, não podia respirar. No Inverno de rigor, achava sempre que ia gelar. P’ra comer era um castigo. Até no milho via perigo e grande risco de se engasgar. Até, para pôr os ovos, tinha crises de ansiedade, por pensar em algo tão grande a sair de dentro dela. Com as outras galinhas nunca falava, pois sempre receava, que ninguém dela gostasse. Assim vivia presa, dentro da sua tristeza, de nada conseguir fazer. Por em tudo ver ameaças, perigos e desgraças, a pobre galinha vivia a tremer. As suas vizinhas, cansadas da situação, tomaram a resolução, de chamar um médico-galo. Assim que a viu, o médico Corococó depressa se encheu de dó, perante tamanho sofrimento. FÁTIMA MISSIONÁRIA 28 ABRIL 2010 GENTE NOVA EM MISSÃO Sabias que… Debaixo da sua crista, pôs-se a pensar, como a haveria de curar e a fórmula do medicamento. Um pequeno frasco encheu de grão, e, sem ninguém saber, com a sua asa-mão, escreveu no rótulo a palavra CORAGEM! E deu-lhe o frasco com a indicação de tomar todas as manhãs um grão, pois era remédio certo, para curar o seu medo. E assim a galinha nervosa fez… Convencida que se iria curar… E achando que estava tratada, Começou a ser mais arrojada, E a sair de quando em vez… E foi assim que a galinha nervosa se curou. Esquecendo o medo, à vida voltou, deixando de temer não ser amada. Porque é verdade que custa viver, mas custa ainda mais permanecer imóvel no silêncio. Para que a nossa vida tenha valor, há que entregar-se com amor. E para isso há que ter coragem. Há momentos em que se sofre e dói. Mas isso não destrói todos os outros em que somos felizes. E, por isso, amiguinhos fazei como a galinha, tomando uma dose de coragem de manhãzinha. Moralinha Todos nós já sentimos medo muitas vezes. Sabemos o que é, e como nos faz sentir assustados e vulneráveis. O medo é uma emoção que serve para nos proteger dos perigos e ameaças. Mas se deixarmos o medo tomar conta de nós, deixamos de fazer as coisas que escolhemos fazer. E ficamos presos, sem sair do lugar, aprisionados e incapacitados pelo medo de viver a vida plenamente. Perante coisas difíceis e assustadoras para fazer, mesmo que nos provoquem medo, temos que ser corajosos e enfrentar as situações difíceis e resolvê-las. Neste momento que celebramos a Páscoa, Jesus mostra-nos que é preciso ter coragem para seguir o caminho que o Pai nos propõe, porque às vezes é difícil e doloroso. No entanto, Jesus mostra-os pela Ressurreição, que essa coragem compensa e transforma-se em felicidade. Boa Páscoa para todos! FÁTIMA MISSIONÁRIA 29 ABRIL 2010 Pensa-se que as galinhas são, originárias da Ásia. Vivem num espaço que se chama galinheiro. Aqui existem, por regra, os comedouros e bebedouros, a zona de postura, e uma parte mais reservada, com poleiros dispostos por vários patamares, onde dormem. As galinhas estão organizadas em pequenos grupos hierárquicos, onde a comunicação é essencial. Pensa-se que as galinhas têm mais de trinta sons diferentes, que usam para transmitir mensagens. Também comunicam visualmente entre elas e através da postura. As crias das galinhas chamam-se pintos, quando são bebés; e frangos, quando são jovens (com apenas algumas semanas). Quem passa muito tempo com galinhas que vivam num ambiente natural, sabe que cada galinha tem uma personalidade diferente da outra, o que normalmente dita o seu lugar na hierarquia. Algumas são mais medrosas, outras mais observadoras; algumas gostam da companhia das pessoas, outras são um pouco mais agressivas. Participa tu também Diz de onde vieram as primeiras galinhas. E decora esta brincadeira: “Adivinha, adivinha! Quantos galos tem a minha galinha?”. Envia as respostas para: [email protected] ou FÁTIMA MISSIONÁRIA Apartado 5 | 2496-908 FÁTIMA