Quanto mais alto, pior a queda. Devagar e sempre se ganha a corrida. Os sistemas devem ser projetados para executar funções na menor escala que seja prática e eficiente no uso de energia para aquela função. A escala e a capacidade humana deveriam ser a unidade de medida para uma sociedade sustentável democrática e humana. Sempre que fizermos qualquer coisa de natureza autosuficiente e independente – produzir alimentos, consertar um eletrodoméstico, manter nossa saúde, estamos fazendo um uso eficaz e poderoso deste princípio. Sempre que fizermos nossas compras de pequenos comerciantes locais ou contribuímos para questões ambientais e de comunidade local, também estaremos aplicando este princípio. A velocidade de movimentação de materiais e pessoas (e outros seres vivos) entre sistemas deveria ser minimizada. A redução da velocidade reduz a movimentação total, aumentando a energia disponível para a auto-dependência e autonomia do sistema. A velocidade, especialmente em movimentos pessoais, gera altos níveis de estimulação que abafam a delicadeza e a tranqüilidade. Por exemplo, quando dirigimos para um novo destino, estamos estimulados pela nova paisagem. Quando viajamos na mesma rota regularmente, podemos notar diferenças sutis, mas geralmente nós perdemos o interesse e ficamos entediados. Entretanto, se fazemos a mesma rota de bicicleta ou caminhando, nossos olhos, ouvidos, pele e nariz estão abertos para um novo mundo de estímulos sutis que a limitação e velocidade do carro nos impede de perceber. A concha de um caracol é pequena o suficiente para ser carregada nas suas costas e também capaz de desenvolver-se. Com seus pés lubrificados, o caracol pode facilmente atravessar qualquer tipo de terreno. Ainda que seja o terror dos jardineiros, o caracol é um ícone apropriado para demonstrar a pequena escala e a baixa velocidade. O provérbio Quanto mais alto, pior a queda nos faz lembrar de uma das desvantagens de crecimento e tamanho excessivo. Por outro lado o provérbio Devagar e sempre se ganha a corrida é um dos muitos que estimulam a paciência, ao mesmo tempo que trás uma reflexão sobre uma realidade comum na natureza e na sociedade.