Na vanguarda do Direito desde1843 Folha do IAB Jornal do Instituto dos Advogados Brasileiros nº 110 - Maio / Junho 2012 Eros Grau debate o Processo Normativo e o Processo Legislativo no IAB D Luiz Guilherme urante uma palestra promovida pelo Instituto dos Advogados Brasileiros, no dia 4 de julho, o Ministro do STF, Eros Roberto Grau, discursou de maneira clara e objetiva sobre a distinção entre texto e norma jurídica para um auditório repleto de membros do Instituto, advogados, estudantes de Direito e autoridades. Com conhecimento peculiar sobre o tema, Grau fez críticas ao Poder Judiciário, ressaltou qual deve ser o papel dos magistrados e cobrou mais prudência no exercício da Judicatura. A palestra contou com a participação da plateia, que formulou perguntas e manifestou opiniões, contribuindo para elevar ainda mais o nível do debate. Págs. 4 e 5 Código Florestal é alvo de polêmica Entrevista: o novo Código Comercial epois de receber vetos da presidente Dilma Rousseff e de ser tema de uma Medida Provisória, simultaneamente, o novo Código Florestal é alvo de críticas da Comissão de Direito Ambiental do IAB, que aponta insegurança jurídica na decisão do Governo Federal. Conheça a opinião de alguns membros da Comissão. embros da comissão nomeada pelo presidente do IAB, Fernando Fragoso, para avaliar o Projeto de Lei no 1.572/2011, que propõe um novo Código Comercial, questionam a real necessidade de se criar uma nova codificação. Em entrevista, Paulo Penalva e Nelson Eizirik falam sobre o trabalho da comissão e expõem suas opiniões sobre o tema. D Pág. 3 M Pág. 7 FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Editorial Bimestre cheio de atividades Os meses de maio e junho foram bastante ativos no IAB, com vários even- dependências, e um movimentado Seminário de Direito Eleitoral, em que se tos, conferências, reuniões de Comissões e reestruturação de suas composi- discutiu a aplicação da Lei da Ficha Limpa pela primeira vez nas próximas eleições e a questão das inelegibilidades. ções para o novo biênio. Julho abriu com a esplêndida palestra de nosso consócio Eros Grau, conCulminou com as Assembleias Gerais de 27 de junho, muito concorridas, para eleição de dois membros para o Conselho Superior e discussão e apro- tinuando com outros eventos de Direito Eleitoral. Agosto será um mês de vários eventos. A começar pelo aniversário do IAB, será celebrado no dia 8 vação das contas do exercício financeiro de 2011. Cursos promovidos pela Comissão de Filosofia do Direito, participação de agosto, em sessão solene. Além disso,também discutiremos o Projeto de em vários painéis da Conferência Mundial Rio +20, a realização do 5º Ela- Novo Código Penal e de Novo Código Comercial. disc (Encontro LatinoAmericano de Direito, Sociedade e Cultura) em nossas Fernando Fragoso - Presidente Eventos IAB participa de conferência da FIA na Venezuela A Democracia e o Processo Judicial Tecnológico foi o tema do discurso do presidente do IAB, Fernando Fragoso, no dia 7 de junho, durante a XLVII Conferência da Federação Interamericana de Advogados (FIA). O jurista criticou a pressa do Supremo Tribunal Federal em ter adotado somente receber petições por meio digital, sem que centenas de milhares de advogados brasileiros estivessem devidamente preparados e, especialmente, pela falta de identidade entre os programas de software de cada tribunal do país. “É uma babel. Cada tribunal tem seu próprio sistema de dados e ferramentas de uso. É impossível obrigar cada advogado a aprender a se familiarizar com cada um deles”, disse. Fragoso também defendeu a facilidade de acesso para que prevaleça o interesse público. “Os tribunais se esquecem de que são um serviço para o cidadão e, como tal, deviam pensar na facilidade de acesso em vez de permitir que cada Corte trabalhe com o software que considera mais adequado, sem pensar no verdadeiro usuário, que é o jurisdicionado representado pelo advogado”, declarou. Este ano, a conferência da FIA, que tem sede em Washington (EUA), foi realizada de 5 a 9 de junho, na Venezuela, país onde nasceu o advogado Rafael Veloz, que dirigirá a entidade substituindo o brasileiro André de Almeida. O IAB é um dos fundadores da Federação, criada em 16 de maio de 1940 por um grupo de advogados que representam 44 organizações profissionais em 17 nações do Hemisfério Ocidental. A FIA se designa um fórum independente profissional para a troca de informações e de opiniões no interesse do Estado de Direito e das instituições democráticas no Hemisfério Ocidental. A cada ano, a Federação realiza uma conferência internacional em um dos países das Américas durante a qual são realizados seminários especiais sobre questões jurídicas relevantes. Conferência Internacional de Direitos Humanos C onvidado pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti Junior, o presidente do IAB, Fernando Fragoso, participará da V Conferência Internacional de Direitos Humanos, no dia 17 de agosto. O tema da palestra será A Violência Policial e os Direitos Humanos, que compõe o painel Dignidade e Grupos Vulneráveis I. A quinta edição da Conferência, que terá como tema A Efetividade dos Direitos Humanos no Brasil, será realizada na cidade de Vitória, Espírito Santo, de 15 a 17 de agosto, e pretende reunir grupos de especialistas e militantes do Brasil e do exterior, que terão oportunidade de partilhar experiências, visões, reflexões e expe- FOLHA DO IAB INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS DIRETORIA Presidente: Fernando Fragoso 1º Vice-Presidente: Teresa Cristina G. Pantoja 2º Vice-Presidente: Victor Farjalla 3º Vice-Presidente: Duval Vianna Secretário Geral: Ubyratan Guimarães Cavalcanti 1º Secretário: Diogo Tebet da Cruz 2º Secretário: Leilah Barbosa Borges da Costa 3ª Secretário: Carlos Roberto Schlesinger 4º Secretário: Augusto Haddock Lobo Diretor Financeiro: João Carlos de C. Éboli Diretor Cultural: Pedro Marcos N. Barbosa Diretor de Biblioteca: Fernando Maximo de Almeida P. Drummond Orador Oficial: Carlos Eduardo Bosísio Diretores Adjuntos: Dora Martins de Carvalho Sydney Limeira Sanches Ester Kosovski Técio Lins e Silva MEMBROS VITALÍCIOS DO CONSELHO SUPERIOR Aloysio Tavares Picanço Benedito Calheiros Bomfim Carlos Henrique de C. Fróes Celso da Silva Soares Eduardo Seabra Fagundes Henrique Cláudio Maués Hermann Assis Baeta João Luiz Duboc Pinaud Marcello Augusto D. Cerqueira Maria Adélia C. R. Pereira Otto Eduardo Vizeu Gil riências sobre temáticas relacionadas aos direitos humanos. Durante o evento, acontecerão duas Conferências Magnas (abertura e encerramento) e oito painéis como: Políticas Públicas para os Direitos Humanos; Dignidade e Direitos Econômicos, Sociais e Culturais; Dignidade e Acesso à Justiça; Dignidade e Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente; Dignidade e Grupos Vulneráveis I; Dignidade e Grupos Vulneráveis II; Dignidade e Sistema Prisional e o Sistema de Proteção dos Direitos Humanos. Já estão confirmados mais de 40 palestrantes nacionais e estrangeiros e estima-se a participação de cerca de 2.000 pessoas no evento. Ricardo Cesar Pereira Lira Sérgio Ferraz Theophilo de Azeredo Santos CONSELHO SUPERIOR Adherbal A. Meira Mattos Alberto Venâncio Filho Alfredo Lamy Fiho Antônio Carlos C. Maia Antônio C. de Lima Vieira Arnaldo Lopes Sussekind Aristoteles Dutra Atheniense Cândido de Oliveira Bisneto Célio Salles Barbieri Celio de Oliveira Borja Dora Martins de Carvalho Ernani de Paiva Simões Ester Kosovski Evaristo de Moraes Filho Francisco Domingues Lopes Francisco José Pio Borges de Castro George Francisco Tavares Hariberto de Miranda Jordão Filho Humberto Jansen Machado Ivan Paixão França José Alfredo Ratton José Cavalcanti Neves José Júlio Cavalcante de Carvalho José Luiz Milhazes Lourdes Maria Celso do Valle Marcos Halfim Marcelo Lavenère Machado Nelson Paiva Paes Leme Oscar Otavio Coimbra Argollo Randolpho Gomes Reginaldo Oscar de Castro Ricardo Lobo Torres Roberto Paraíso Rocha Rubens Approbato Machado Sebastião Rodrigues Lima Sérgio Francisco de Aguiar Tostes Silvério Mattos dos Santos Tecio Lins e Silva Teresa Cristina G. Pantoja Victor Farjalla FOLHA DO IAB Edição: Monte Castelo Idéias Tiragem: 1.800 exemplares FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Data Venia O novo Código Florestal Um dos assuntos mais polêmicos no Congresso Nacional nos últimos meses, a aprovação do novo Código Florestal ainda continua em pauta. Depois de muitas idas e vindas no Parlamento, a presidente Dilma Roussef vetou uma série de artigos do Projeto de Lei e baixou simultaneamente uma Medida Provisória (nº 571, de 25 de maio de 2012) alterando a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, sob o argumento de que os vetos criaram um “vácuo jurídico” que precisariam ser complementados pela Medida Provisória para não gerar insegurança. Agora, os vetos e a Medida Provisória estão de volta ao Congresso para avaliação dos parlamentares e já receberam, segundo informações da assessoria da Casa, mais de 700 emendas. A expectativa é que o texto seja votado pela comissão em julho. A Comissão Permanente de Direito Ambiental do IAB fez críticas à decisão da presidente. “Se o Executivo, de fato, quisesse mais debates sobre o tema, deveria ter observado o artigo 8º da Lei Complementar nº 95, o qual determina que leis versando sobre matérias complexas não devem entrar em vigor na data de sua publicação. Assim, caso fosse vetado o artigo 84 do PL, a Lei nº 12.651, por força da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro, somente entraria em vigor 45 dias após a sua publicação, o que daria prazo para a discussão dos vetos e adequação dos temas que permanecessem obscuros, sem qualquer insegurança jurídica”, sugeriu o grupo durante a reunião para discutir o tema. Segundo a Comissão, depois da Medida Provisória, o texto da lei ficou confuso, pouco técnico e assistemático. “A inédita publicação de vetos simultaneamente com Medidas Provisórias é um elemento extremamente perigoso para a ordem jurídica democrática e deve ser repudiado pela comunidade jurídica, na opinião da Comissão”, concluiu o grupo. O jurista Antônio Fernando Pinheiro, membro da Comissão, criticou os vetos da presidente à lei. “Os vetos demonstraram preocupante e profundo desconhecimento da questão, do ponto de vista técnico. Desfiguraram a vontade do legislador e reintroduziram conflitos que deveriam ser solucionados, de uma forma ou outra”, disse. O jurista ressaltou ainda que os vetos praticamente “imploram” recondução da matéria pelo Congresso Nacional, e pareceram mais uma tentativa de atender a uma demanda da mídia junto aos ambientalistas de plantão: “Um veto não pode deixar de indicar quais são os parâmetros pretendidos para uma Lei que, de toda forma, estava sancionada, remetendo a questão do alcance da norma legal a uma medida provisória que, igualmente, será de novo alterada pela mesma fonte parlamentar destinatária”, defende. MP polêmica O presidente da Comissão, Paulo Bessa, também questionou a falta de coerência da lei e a publicação da MP. Segundo ele, depois de tantas mudanças, o Código Florestal praticamente acabou. Bessa, que está finalizando um comentário completo sobre a proposta, disse que o que mais lhe chamou a atenção na nova lei foram as contradições: “A começar pela liberação dessa Medida Provisória no mesmo dia da lei original. Isso não tem sentido algum. É como se a lei fosse modificada no mesmo dia em que foi publicada. A lei ficou tão mexida e confusa que é difícil identificar uma linha do direito”, declara. Pinheiro alertou para falta de prazo razoável para a Lei Florestal entrar em vigor: “Jamais, em tempo algum, a Presidente Dilma poderia sancionar a Lei Florestal nº 12.651, determinando sua imediata entrada em vigor. O artigo 8º. da Lei Complementar 95, de 1998, é expresso ao mandar que leis versando sobre matéria complexa devam contemplar prazo razoável para entrar em vigor a fim de propiciar o amplo conhecimento da população. O texto da Lei Complementar estabelece a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” apenas para leis de pequena repercussão”. O jurista advertiu ainda que a presidente deveria ter estabelecido o prazo mínimo de 60 dias para a Lei 12.651 entrar em vigor. “Dessa forma, permitiria que o Parlamento discutisse com cautela os vetos apresentados e examinasse com folga a Medida Provisória. Isso poderia conferir maior segurança jurídica ao marco legal pretendido. Sem esse cuidado, fica clara a ineficácia da lei sancionada”, opina. Pontos positivos e negativos Outro ponto polêmico citado pelos juristas na lei atual foi a questão da Reserva Legal, área que não pode ser construída dentro de cada propriedade. Segundo eles, ela já era obrigatória desde a lei anterior, de 1934. Na nova lei, o governo deu um prazo de 20 anos para aqueles que não tinham a Reserva, jogando para o ano de 2032 uma regra que já existia. “O governo reconhece que a lei não é cumprida e fica por isso mesmo”, ressalta Bessa, que ainda cita outro ponto crítico na legislação aprovada. “ A área de Preservação Permanente foi definida segundo o tamanho da propriedade e não pensando na área que realmente merece ser preservada; enquanto deveria ser o contrário”. Para o jurista, também existem alguns pontos na legislação aprovada que são inconstitucionais. “A lei deu ao presidente da República uma delegação legislativa, ou seja, permite que ele crie outras restrições que a lei não trata, e isso é inconstitucional”, explica. Já Antônio Fernando Pinheiro lista os pontos positivos e negativos da legislação atual. “Discordo do texto imposto pela Medida Provisória ao art. 1o. da Lei 12.651/2012 sancionada, pois elenca uma série de princípios que parecem ter sido criados para constranger a aplicabilidade prática da norma. Já a conceituação aposta no artigo 3o. da Lei é bastante funcional e oportuna. Da mesma forma, os critérios de identificação de áreas de preservação permanente foram melhorados, e a regra de estabelecimento da APP em topo e morro, em região montanhosa, é um bom exemplo. O Plano de Manejo Florestal Sustentável é um exemplo de programas que poderão conferir segurança ao licenciamento ambiental, como condicionante à exploração de florestas”, diz. A inédita publicação de vetos simultaneamente com Medidas Provisórias é um elemento extremamente perigoso para a ordem jurídica democrática Unânimes na crítica, Paulo Bessa e Antônio Pinheiro, no entanto, divergem sobre a eficácia da nova lei. “Na minha opinião, não vai mudar muita coisa na prática, principalmente depois de tantas intervenções”, opina Bessa. Já Pinheiro acredita na eficácia da lei depois das mudanças que serão feitas pelo Congresso. “A alteração que fatalmente virá com o processo legislativo ao qual se submete agora a MP 571 devolverá, sim, eficácia à Lei, pois não restam dúvidas de que o Congresso pretende instituir uma Lei Florestal que confira suporte e sustentabilidade à produção agrícola e não se imponha como um obstáculo à atividade econômica”, declarou. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Especial Eros Grau ministra palestra no IAB e debate temas polêmicos e atuais O Ministro do STF cobrou mais prudência no Direito e defendeu uma reforma na Constituição. uma música clássica”. Luiz Guilherme No dia 4 de julho, Eros Roberto Grau, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), retornou ao IAB, onde já foi orador oficial e vice-presidente, para ministrar uma palestra intitulada Processo Normativo e Processo Legislativo. A plateia, formada por membros do Instituto, advogados, magistrados e estudantes, esteve atenta durante quase três horas de encontro. Também estavam presentes muitos admiradores e amigos do jurista, que aproveitou a oportunidade para explicar melhor o tema e opinar sobre algumas questões importantes do judiciário brasileiro. O palestrante enfatizou que o Direito é atemporal e que as normas mudam para acompanhar as transformações da sociedade. “O Direito é dinâmico, não envelhece. A norma é produzida pelo intérprete não só a partir dos textos, mas também segundo os dados da realidade. Isso explica a generalidade do texto, o qual não pode refletir exatamente a realidade da sociedade”, destacou. Eros mostrou-se honrado com o convite e contou que, apesar de não comparecer ao Instituto há algum tempo, sentia-se muito feliz por voltar ao lugar que, segundo ele, é sua casa. Fernando Fragoso, presidente do IAB, aproveitou o início da palestra para dizer o quanto estava satisfeito com a presença do Ministro. “Para mim é uma grande alegria e um prazer ter o Eros conosco nesta noite. É muito bom poder ouvir alguém com tamanha cultura e conhecimento”, declarou. O Ministro do STF, Eros Grau, enfatizou a diferença entre o texto e a norma jurídica O assunto principal da noite foi a distinção entre texto e norma jurídica. Segundo Eros, é de extrema importância que os profissionais do Direito compreendam essa diferença. “O texto legal é objeto da apreciação judicial e desta interpretação decorre a norma. O juiz é somente um intérprete do texto e, na medida em que ele o interpreta, torna concreta a lei e a aplica. Ele coloca o que está contido no texto, à disposição da sociedade”, afirmou. Para explicar de forma mais didática, Grau ressaltou que o texto normativo visa à solução de litígios e necessita de um primeiro intérprete – que o compreenda e o reproduza – e de um segundo, que possa fazer a interpretação e solucionar a questão. Segundo o Ministro, no caso do Direito, mais do que compreender e conhecer a interpretação jurídica, é preciso que o juiz o faça Existe uma diferença entre justiça e Direito. Os juízes não fazem justiça, eles aplicam o Direito Eros Grau com o objetivo de solucionar problemas práticos. Foi nesse momento que o jurista usou um exemplo prático, relacionando a questão com a arte: “Quando se trata de uma obra autográfica, ela não necessita de qualquer explicação, como a pintura e a literatura. O texto normativo seria uma obra holográfica, ou seja, em que é necessária a presença de um intérprete para destrinchá-la e reproduzi-la, como um texto teatral ou Eros Grau aproveitou para lembrar o verdadeiro papel de um juiz e defendeu a prudência no Direito. Segundo ele, o país se encontra em um momento delicado, por permitir que juízes tomem decisões, não de acordo com a Constituição, mas com seus valores pessoais ou com o que pede a população por meio da mídia. “Existe uma diferença entre justiça e Direito. Os juízes não fazem justiça, eles aplicam o Direito. Antigamente, as decisões eram tomadas subjetivamente, seguindo um senso de justiça. Com o Direito Moderno, foi FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Especial Grau também se referiu à complexa situação em que se encontra o STF. Na opinião do jurista, muitas decisões têm ido além do que diz o Direito, o que, para ele, significaria a própria produção do texto. Citou decisões recentes, como o aborto de feto anencefálico e a chamada lei da ficha limpa, que para ele são exemplos de que o Poder Judiciário tem excedido as suas reais funções ao tentar reescrever o texto. O Ministro mostrou-se preocupado com a atual situação do Judiciário e finalizou a sua apresentação afirmando que a sociedade estará em perigo se as coisas se mantiverem como estão. “O valor da dignidade da pessoa humana está servindo para justificar tudo e virou uma ponte entre o Direito e a moral. Cada um decide como quer e acabam escapando do que diz a Constituição. Estamos condenados a perder a segurança jurídica por conta do que vem acontecendo. O tribunal não pode legislar. Tenho medo de juízes que decidem por conta própria”, alertou. Críticas ao Judiciário Após a palestra, foi aberto um espaço para debates. O presidente do IAB, Fernando Fragoso, iniciou os trabalhos pedindo a opinião de Eros Grau sobre a criação de obstáculos aos recursos por parte do STF, destacando a PEC Peluso, a qual, segundo Fragoso, já vem sendo aplicada em alguns casos, mesmo sem ter sido aprovada. Segundo o Ministro do Supremo, estamos vivendo Luiz Guilherme possível diminuir a arbitrariedade das decisões. Um juiz precisa dosar a decisão de acordo com a proporcionalidade e a razoabilidade. Nós vamos à faculdade para aprender Direito; não somos justiceiros. É preciso tomar decisões segundo o que diz a Constituição. O juiz cumpre o papel que lhe é designado pelas leis”, afirmou. A plateia ouviu atenta a palestra proferida por Eros Grau no plenário do IAB um período de transformação perigoso no Poder Judiciário. “Existe um afã dos juízes para tirar processos do caminho e começam a aparecer coisas absurdas. Juiz trata de norma e o legislativo, de texto. O que mais me preocupa é que quem vai dizer se a lei é inconstitucional ou não é o Supremo, e acho que ele não vai votar contra si mesmo”, opinou Grau, que também defendeu uma possível reforma na própria Constituição, quando questionado sobre uma solução para a atual situação do Judiciário. Teresa Pantoja, vice-presidente do IAB, declarou sua felicidade com a presença do jurista no Instituto, e disse que os pensamentos e definições de Eros são de extrema importância. Ressaltou, ainda, a inteligência e clareza com que o Ministro se coloca frente à plateia. Um dos assuntos mais abordados pelos participantes foi a exposição a que se submetem os magistrados atualmente. Alguns membros do Instituto disseram acreditar que muitas decisões do STF baseiam-se na opinião pública, fatos que não deveriam acontecer. Muitos defenderam que a presença de emisso- ras de televisão e a abordagem das coberturas jornalísticas geram um patrulhamento inédito e inaceitável sobre os magistrados, questionando o fato de alguns órgãos de imprensa censurarem deliberações técnicas dos ministros da Suprema Corte ou fazerem previsões sobre possíveis votos e decisões. Juiz não precisa dar entrevista, nem sujeitar-se a explicar como ou por que decidiu dessa ou daquela maneira, pois não pode nem deve temer a impopularidade da decisão que profere Eros Grau A respeito dessa questão, Grau criticou a implantação da TV Justiça, justificando que o meio acabou banalizando a instituição. O juiz se mostrou defensor de uma postura mais discreta dos magistrados e do resgate da “aura” do Direito. “É necessário que o respeito ao Judiciário seja restaurado. Decisão judicial cumpre-se! Juiz não precisa dar entrevista, nem sujeitar-se a explicar como ou por que decidiu dessa ou daquela maneira, pois não pode nem deve temer a impopularidade da decisão que profere, sem importar a gravidade maior ou menor do caso que está a julgar”, declarou. Grau lembrou-se que a Suprema Corte dos Estados Unidos, ao decretar a legalidade do aborto (caso Roe vs. Wade), não deixou de ser tratada como organismo integrante da democracia norte-americana porque não fez audiência pública sobre abortamento, nem mandou realizar uma pesquisa de opinião pública sobre qual poderia ser a opinião majoritária da população daquele país. Após muitas participações e perguntas, Fragoso encerrou o evento agradecendo a presença do Ministro e solicitando sua volta o mais brevemente possível ao Instituto. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Em Pauta Arquivo IAB Moção de repúdio Fragoso participa do debate sobre Direito Eleitoral IAB promove Seminário de Direito Eleitoral Com o apoio da Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do Rio de Janeiro, o IAB promoveu, no dia 3 de maio, o Seminário de Direito Eleitoral. Presidida pela jurista Ana Tereza Basílio, membro do TRE-RJ, diretora da EJE, e presidente da Comissão de Direito Eleitoral do IAB, a mesa contou com a participação do representante do Ministério Público Federal, Marcos Ramayana, que falou sobre registro de candidaturas; do procurador da República, Maurício da Rocha Ribeiro, que lecionou sobre a Lei da Ficha Limpa; e do desembargador federal André Pontes, que também abordou o tema das inelegibilidades Na abertura, Ana Tereza ressaltou a importância do seminário diante do momento eleitoral e, principalmente, pelo fato de as próximas eleições serem as primeiras com a vigência da Lei da Ficha Limpa. Ao final da palestra, a plateia, formada por profissionais do Direito, estudantes e integrantes de partidos políticos, esclareceram com os magistrados os pontos mais complexos dos temas. Registro de candidaturas - No dia 23 de julho, o IAB receberá o Juiz Luiz Mello Serra e o advogado Eduardo Damian Duarte para um debate sobre o tema, com participação de Ana Basílio e Leonardo Antonelli. Estado de Exceção A professora Dra. Margarida Prado falou sobre o conceito de Estado de Exceção e o que ele representa para uma plenária lotada de advogados, juristas, filósofos e estudantes da área. Realizada no dia 18 de maio, a palestra A Natureza Jurídica no Estado de Exceção contou com a participação do presidente da Casa, Fernando Fragoso, e dos membros da Comissão Permanente de Filosofia do Direito, Luiz Dilermando de Castello Cruz, Lourdes Maria Celso do Valle, Leila Maria Bittencourt da Silva, e Maria Lucia Sales Gyrão, presidente da Comissão. O IAB aprovou, na sessão plenária de 14 de junho, uma moção de repúdio contra o fato de alguns tribunais usarem membros da Procuradoria da Fazenda Nacional como seus assessores. “Não faz o menor sentido um juiz ser assessorado pelo representante dos interesses do Fisco para ajudá-lo na orientação e decisão em processos tributários. Obviamente, a Procuradoria exerce a defesa dos interesses da Fazenda, naturalmente contrários aos do contribuinte com quem contende em Juízo”, defendeu o presidente do Instituto, Fernando Fragoso. O IAB também expôs sua posição sobre o tema durante uma audiência pública promovida pelo Conselho Nacional de Justiça, no dia 20 de junho, em Brasília. Novo membro do IAB O Ministro Carlos Mário Sá Silva Velloso tornou-se membro efetivo do IAB. A cerimônia de posse, comandada pelo presidente do Instituto, Fernando Fragoso, aconteceu no dia 11 de junho, em Brasília, ocasião da sessão plenária mensal do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em que o IAB tem assento e voz. A solenidade, seguida de confraternização, foi coadjuvada pelo filho do novo consócio, o advogado Carlos Mario da Silva Velloso Filho, presidente do Instituto dos Advogados do Distrito Federal. O presidente Fragoso ressaltou a relevância da aquisição do Ministro Velloso aos quadros do IAB, que muito contribuirá com a Casa e com a cultura jurídica nacional. IV Ciclo de Conferência de Filosofia do Direito Ministrada pelo professor doutor André Fontes, a palestra “A Ideia de Fundamento no Direito, Inclusive no Direito Processual Civil Brasileiro”, realizada no dia 1º de junho, abriu o IV Ciclo de Conferência de Filosofia do Direito do IAB. Organizado pela Comissão Permanente de Filosofia do Direito, o evento, que conta com a coordenação acadêmica do Prof. Dr. Aquiles Cortes Guimarães e da Profª. Dra. Maria Lucia Sales Gyrão, está sendo realizado desde junho, sempre às sextas-feiras, das 10h às 12h, e ainda terá mais duas palestras em agosto. No dia 10, o tema será Os Fundamentos Filosóficos no Código Civil Brasileiro, e a palestra será ministrada pelo Prof. Dr. Francisco Amaral. No dia 17, o Prof. Dr. Sérgio Verani falará sobre Os Fundamentos Filosóficos no Código Penal Brasileiro. Memórias do Holocausto IAB apóia Comissão da Verdade O IAB foi sede, no dia 7 de maio, da sessão de abertura do Seminário Memórias do Holocausto, promovido pela UNIRIO sob o comando da ex-decana Prof. Flora Strozemberg, e sua equipe de colaboradores. A sessão contou com a presença de professores, alunos, reitores de universidades, e re-presentantes de associações civis, que assistiram a uma palestra do professor Arnaldo Niskier. Durante reunião, no dia 5 de junho, a Comissão de Direitos Humanos do IAB, presidida pelo Dr. João Luiz Duboc Pinaud, decidiu, por unanimidade, manifestar apoio à Comissão da Verdade e prestigiar a indicação da Dra. Rosa Maria Cardoso da Cunha para integrá-la, já que a mesma é uma legítima representante dos advogados que lutaram em prol da liberdade nos processos criminais que tramitaram na Justiça Militar nos anos de chumbo. No encontro, também foi aprovado o parecer da Comissão de Direito Constitucional sobre o Projeto de Lei 2097/2011, que obriga o fornecimento de cadernos de provas impressos no sistema Braile a candidatos portadores de deficiência visual inscritos em concursos públicos. A mesa foi formada pelos professores Ricardo Pereira Lira, ex-presidente do IAB; Cândido Mendes de Almeida, Reitor da Universidade Candido Mendes; Doutor Luis Edmundo de Souza Moraes (UFRRJ); Doutor Luiz Pedro San Gil Jutuca, Reitor da UNIRIO; e pela Doutora Malvina Tuttman, Coordenadora do Seminário. Destaque também para as presenças do Doutor Jackson Grossman, representando a Anajubi; do Doutor Randolpho Gomes; da Doutora Diane Kuperman, da professora Doutora Gisele Silva Araújo; do Dr. Ubyratan Cavalcanti, Secretário Geral do IAB e da professora Leila Bittencourt, membro da Comissão de Direito Constitucional do IAB. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Entrevista A polêmica do novo Código Comercial Tramitando na Câmara dos Deputados há mais de um ano, o PL 1572/2011, de autoria do professor de Direto Comercial e Empresarial da PUC-SP, Fábio Ulhoa Coelho, propõe uma ampla reforma do atual Código Comercial. Tema de audiências públicas e fóruns de discussão, a proposta tem sido motivo de polêmica, pois especialistas da área divergem sobre a real necessidade de se criar uma nova codificação. Para discutir a questão, o IAB formou uma comissão especial de 15 juristas que apresentarão um relatório sobre o assunto até o final de julho. Em entrevista, dois membros do grupo, Paulo Penalva e Nelson Eizirik, expõem suas opiniões sobre o tema e falam sobre os andamentos do trabalho no Instituto. Paulo Penalva - Presidente da Comissão de Direito Empresarial do IAB Folha do IAB - Existe a necessidade de mudar o Código atual? Paulo Penalva: O Código Comercial foi criado em 1850 para disciplinar as atividades comerciais depois da abertura dos portos, porque não existia nenhuma legislação sistematizada sobre o assunto. As Ordenações Filipinas eram a principal fonte do ordenamento jurídico brasileiro. O Código teve grande mérito por criar uma estrutura organizada que abrangia as matérias ligadas aos comércios terrestre e marítimo, aos contratos, às sociedades, à falência, entre outros. Mas o que se viu, ao longo de mais de 150 anos, foi um processo de esvaziamento do Código Comercial, por conta do surgimento dessas leis especiais já a partir de 1890. Hoje, existe, sim, a necessidade de rever várias matérias da legislação empresarial, mas a dúvida é saber se essa reforma deve necessariamente ser feita através de um novo processo de codificação. Nelson Eizirik: Eu acho que não há nenhuma necessidade de ter um novo Código. É uma ideia antiga e ultrapassada. Hoje, nós temos setores jurídicos que são regulados por leis específicas e até por agências reguladoras. Não tem como manter dentro do Código todas as matérias do direito econômico, seria uma biblioteca infinita (de Babel). Além disso, o novo Código poderia gerar institutos jurídicos repartidos, já que teríamos disciplinas divididas entre o Código Comercial e as leis especiais, como é o caso da Matéria de Obrigações, regulada pelo Código Civil. Isso geraria uma insegurança jurídica. Folha do IAB - Por que a criação de um novo Código Comercial é polêmica? Paulo Penalva: O Código por essência é um sistema legal. Quando falamos em Código Civil, por exemplo, falamos de toda uma área que exige regras mais permanentes, principalmente porque estão interligadas com outras áreas do Direito, como um sistema. No caso do Direito Comercial, ele é mais dinâmico, as coisas mudam com mais freqüência. Por isso, não faz muito sentido codificar tudo. As leis especiais, que hoje predominam, são eficientes e mais fáceis de serem atualizadas. Nelson Eizirik: Particularmente, na área de Direito Comercial você tem muitos micros sistemas, que têm legislações e normas específicas e são regulamentados por uma agência reguladora, como no caso do Petróleo. A justificativa do projeto de novo Código é ter uma maior liberdade e flexibilidade para a iniciativa privada. De fato, levamos um tempo enorme para abrir e fechar um negócio, mas isso não será obtido com um novo Código. Só se resolve com a uniformização de procedimentos dos órgãos públicos que tratam do assunto. O mundo está em constante mutação e você não consegue discipliná-lo de forma permanente. Folha do IAB - Que pontos principais mereciam ser modificados ou mantidos na legislação atual? Paulo Penalva: Essa é outra questão que também está sendo analisada pela Comissão do IAB. O que já está certo é que a própria comissão nomeada pela Câmara dos Deputados decidiu que, pelo menos, duas matérias deverão sair de uma possível codificação prevista no PL: a Lei de SA e a Lei de Falência. A primeira completou 35 anos e não existe a necessidade de mudá-la. A segunda, com sete anos de vigência, terá seus primeiros processos julgados pelo STJ, por isso, ainda não existe uma interpretação formada sobre o assunto. Modificar essas leis estaria em desacordo com a segurança jurídica, que é o que estamos precisando. Hoje, temos vários negócios jurídicos que não tinham previsão legal, como é o caso do comércio eletrônico e da bolsa de valores, que justificam legislações mais atuais e até normas administrativas criadas pelas agências reguladoras, como acontece com os atos administrativos baixados pela CVM Mas, para isso, não precisa de um novo Código. Nelson Eizirik: O Código Comercial já foi revogado quando se baixou o Código Civil em 2002. Acho que não merece nenhuma modificação mais específica. A parte de Lei de Sociedades Anônimas, que completou 35 anos recentemente, Nelson Eizirik - Professor e membro do IAB é muito boa e tem que ficar de fora de qualquer mudança. Além disso, também não faz sentido ser alterada a Lei de Falência, que é muito nova e ainda está em fase de interpretações. O que precisa ser modificado são algumas coisas no Código Civil, na questão da Lei das Sociedades Limitadas. É preciso ainda incluir no mesmo Código artigos sobre o comércio eletrônico, que é uma coisa relativamente recente. Folha do IAB: Qual é o papel do IAB na discussão do Projeto de Lei? Paulo Penalva: O presidente Fragoso nomeou uma Comissão Especial dentro do IAB, em maio deste ano, formada por 15 juristas da área. Cada um está analisando o Projeto de Lei individualmente. No final de julho, vamos apresentar um relatório consolidado à diretoria, que deverá ser submetido à aprovação em plenária e, posteriormente, enviado para a Câmara dos Deputados. Em agosto, o Instituto vai realizar dois eventos: a apresentação da conclusão final do parecer e uma espécie de audiência pública sobre o tema, com a presença do deputado Alessandro Molon, convidado pela vice-presidente do Instituto, Teresa Pantoja. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Memória Biblioteca Primeiro regimento interno do IAB No momento em que a Diretoria do Instituto trabalha na redação de um novo Regimento, em consonância com o Estatuto, aprovado em dezembro de 2011, cabe o registro de que, em maio de 1844, dois episódios foram importantes para criar a identidade do Instituto dos Advogados Brasileiros. O primeiro deles, no dia 15, foi a aprovação pela Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça do primeiro Regimento Interno do IAB, que continha seis títulos com 56 artigos escritos em seis meias folhas de papel. Já no dia 29, foi aprovado, pela mesma secretaria, o selo simbólico adotado pelo IAB. Fique por dentro Reunião do Conselho Superior Os integrantes do Conselho Superior do IAB reuniram-se, no último dia 13 de junho, para debater assuntos de interesse do Instituto, entre eles, a necessidade de se certificar sobre a capacidade estrutural do prédio para realizar a mudança da biblioteca e a eleição de mais dois conselheiros. Por unanimidade, o Conselho indicou a aprovação das contas do exercício de 2011, durante a Assembleia Geral Ordinária, realizada em 27 de junho. Estudos de Direito Internacional MATTOS, Adherbal Meira. Belém: Cesupa, 2012. 201p. A obra é uma seleção dos trabalhos publicados pelo advogado Adherbal Mattos, que é Professor Titular de Direito Internacional da Universidade do Pará, Doutor em Direito, Escritor e Conferencista. Mattos é autor de artigos jurídicos publicados em diversas revistas especializadas e de cerca de 30 livros, produzidos individualmente e em colaboração. LESÃO CONTRATUAL ASSIS, José Eduardo Ribeiro de Rio de Janeiro: UniverCidade, 2012 Conselheiros eleitos Candido de Oliveira Bisneto e Oscar Otavio Coimbra Argollo foram os membros eleitos pelos associados para integrar o Conselho Superior do IAB, e tomaram posse no último dia 4 de julho. A escolha dos novos conselheiros foi realizada durante a Assembleia Geral Eleitoral, no dia 27 de junho. Eles irão preencher as vagas abertas em decorrência dos falecimentos dos Conselheiros Celso Augusto Fontenelle, em dezembro de 2011, e José Ovidio Romeiro Neto, em março deste ano. O Conselho é composto pelos ex-presidentes do IAB, em caráter vitalício, e por 40 sócios eleitos a cada biênio. DIREITO É CIÊNCIA SILVA, José Carlos Sousa Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2012 MANDADO DE SEGURANÇA – 6 ed PACHECO, José da Silva Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2012 Confira a seguir a lista de artigos publicados recentemente no site do IAB e assinados por especialistas em diversos temas, que repercutem no meio jurídico nacional. Contrato de Estágio - Relação de Trabalho Em Defesa da Advocacia Criminal Autor: João Batista dos Santos Autor: Ronaldo Lastres Silva A Natureza Jurídica do Estado de Exceção O Mercado Interno como Direito da Sociedade Autor: Margarida Maria Seabra Prado de Mendonça Autor: Luiz Cláudio Allemand Veja a lista completa de livros doados no site www.iabnacional.org.br Rádio IAB Para ouvir esta e outras entrevistas, acesse: http://goo.gl/yCv7b TV IAB Palestra do Ministro Eros Grau sobre “O Processo Legislativo e o Processo Normativo” Pare assistir, acesse: http://goo.gl/tg8l9 Prova Ilícita e a Responsabilidade pelo abuso de autoridade companhe as iniciativas do IAB em A tempo real. twitter.com/iabnacional facebook.com/iabnacional Av. Marechal Câmara, 210 - 5ºAndar Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20.020-080 Autor: Jacinto Nelson de Miranda Coutinho Fragoso concede entrevista à Radio Catedral, conduzida pelo consócio Luiz Otavio Rocha Miranda. Folha do IAB Instituto dos Advogados Brasileiros Na Rede