1 Câmara Municipal de Caminha ACTA NÚMERO 75/05-09 DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMINHA REALIZADA NO DIA VINTE DE OUTUBRO DO ANO DOIS MIL E OITO Aos vinte dias do mês de Outubro do ano dois mil e oito, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, reuniu a Câmara Municipal sob a presidência de JÚLIA PAULA PIRES PEREIRA COSTA e com a presença dos Senhores Vereadores FLAMIANO GONÇALVES MARTINS, PAULO PINTO PEREIRA, JOSÉ BENTO ARMADA LOURENÇO CHÃO, AMÍLCAR GUEDES LOUSA, JORGE PAULO AIRES MIRANDA e JOSÉ AVELINO RODRIGUES PEDRA. Iniciada a reunião, às 10 H 07 M, pela Senhora Presidente Júlia Paula Pires Pereira Costa foram tratados os assuntos a seguir indicados: PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA O Senhor Vereador Amílcar Lousa disse que: “Na última reunião camarária, realizada no passado dia 13 de Outubro, foi aqui aprovada a proposta que nomeou os dois representantes do município no Conselho de Administração da sociedade denominada Caminhaequi, S.A. Esta aprovação surgiu depois de várias reuniões e outras tantas tentativas de consenso, sem, contudo, ter sido possível chegarmos à indicação de dois nomes que satisfizessem as tendências representadas pelas forças políticas deste executivo. 2 Câmara Municipal de Caminha Aprovação efectuada, assunto resolvido, por enquanto. Mas o que importa aqui relembrar são as afirmações da primeira reunião. A nossa primeira proposta apresentada pelo Vereador Jorge Miranda, assentava no princípio de que os representantes do município na sociedade deviam sair dos eleitos locais, tendo-se avançado com o nome da Senhora Presidente e do Senhor Vereador Jorge Miranda. Todos se lembrarão que a Senhora Presidente recusou essa hipótese, baseando-se na incompatibilidade do desempenho simultâneo do cargo de Presidente da Câmara ou de Vereador, mesmo sem pelouro, como é o nosso caso, com a de Vogal do Conselho de Administração da sociedade Caminhaequi, S.A. Todos se lembrarão, também, que essa opinião foi aqui corroborada pelo assessor jurídico da Câmara Municipal, Dr. Domingos Lopes, um dos interessados no processo, uma vez que foi um dos nomes indicados pela Senhora Presidente para o Conselho de Administração. Hoje, sabemos que não existe essa incompatibilidade, bastando, para isso, consultar as leis vigentes sobre o assunto, nomeadamente a Lei 169/99, alínea i), ponto 1 do artigo 64º (compete à Câmara Municipal nomear e exonerar os representantes do município nos órgãos em que a mesma detenha alguma participação no respectivo capital social ou equiparado), complementado com o ponto 8 do mesmo artigo (as nomeações a que se refere a alínea i) do nº 1 são feitas entre membros da câmara municipal ou de entre cidadãos que sejam membros dos órgãos municipais). Podemos, pois, concluir, que uma vez mais confiamos no lobo e fomos comidos. Salienta-se que estes cargos não são remunerados. Passemos agora à sociedade. Os órgãos sociais da sociedade Caminhaequi S. A., são o Conselho de Administração, o Fiscal Único e a Assembleia-Geral. Como afirmei anteriormente, os cargos exercidos no Conselho de Administração não são remunerados. Mas, de acordo com o pacto social da empresa, são 3 Câmara Municipal de Caminha remunerados, quer o cargo do Fiscal Único, quer o de Presidente da AssembleiaGeral, cuja remuneração é fixada pelos accionistas em assembleia-geral. Resumindo: - Membros do Conselho de Administração, não remunerados; - Fiscal único, remunerado; - Presidente da Assembleia-Geral de Accionistas, remunerado. Aparentemente, nada de novo ou estranho nisto, não fora a personalidade indicada para o cargo de Presidente da Assembleia-Geral, que é remunerado. A pessoa indicada é, nada mais, nada menos, que Júlia Paula Pires Pereira Costa, que, penso eu, será a mesma pessoa que a Presidente da Câmara. Pergunto eu: para o cargo de vogal do conselho de administração, não remunerado, há incompatibilidade de funções. Para o cargo de Presidente da Assembleia-Geral, remunerado, já não há incompatibilidade de funções? Não sei se há nisto alguma incompatibilidade legal mas sei que há, com toda a certeza, uma incompatibilidade moral, tanto mais que se tentou, justificando essa incompatibilidade, evitar que um vereador deste órgão pudesse integrar o conselho de administração da Caminhaequi S.A., sem qualquer remuneração e com sacrifício da sua vida privada, apenas porque queria defender o concelho de Caminha na referida sociedade. Admira-me, ou talvez não, a ligeireza com que se tomam estas decisões, pois são atitudes como estas que desacreditam os políticos e as políticas. Admira-me, ou talvez não, que os senhores vereadores com pelouro aceitem pacificamente que decisões destas possam ser tomadas sem respeito pelos mais elementares princípios democráticos, tanto mais que um deles se obriga, fora deste Órgão, a representar, no concelho de Caminha, um partido político de forte representatividade no espectro político local e nacional. 4 Câmara Municipal de Caminha E é pelas razões anteriormente expostas e porque acredito que ainda haja algum sentido de responsabilidade entre a maioria representada neste Órgão, que eu desafio a Senhora Presidente a abdicar desse cargo que destinou a si própria e é remunerado, a favor de outra personalidade que mereça o nosso respeito e dos cidadãos deste concelho. Que o faça agora. E para que não pensem muito e porque queremos colaborar, provando a nossa imparcialidade, desde já indicamos o actual presidente da assembleia municipal, Dr. Abílio Silva, destacado militante do PSD. À sua consideração, Senhora Presidente.” Disse, ainda, que: “Todos assistimos, na última reunião camarária, com direito a reprodução na rádio e nos jornais locais, ao triste e pouco dignificante diálogo aqui travado, colocando, uma vez mais, este Executivo nas bocas do mundo pelos motivos menos dignificantes, particularmente quando advêm da primeira figura política do município. Diremos que o que se passou aqui é grave, mas cada um que assuma as suas atitudes e os seus actos. Nós, embora lamentando a triste cena aqui ocorrida, não pretendemos assumir essa paternidade. Mas para além das atitudes então tomadas, houve afirmações que não podem ser deixadas no esquecimento e sobre as quais, aí sim, tem de haver os devidos esclarecimentos. Quando a Senhora Presidente, em reunião anterior, aqui foi questionada sobre os motivos da destituição do então Vice-Presidente da Câmara e actual Vereador Bento Chão, quem não se lembra da justificação dada? “Falta de condições para a realização de um bom trabalho de equipa”, terá respondido a Senhora Presidente. Ora, foi agora dito, referindo-se à hipotética despesa de refeições e cujo pagamento foi aqui reclamado pelo proprietário do restaurante na última reunião, que “foi por este e outros que ele foi demitido”. 5 Câmara Municipal de Caminha Afinal, Senhora Presidente, em que ficamos? A senhora não disse a verdade quando foi inicialmente questionada sobre esta questão, ou não a está a dizer agora? O motivo da demissão foi a falta de comunhão nos objectivos da equipa, ou hipotéticas despesas, como esta e outras? Em boa verdade, urge esclarecer isto e muitas mais coisas. E é por essa razão que vamos apresentar um requerimento, que espero venha a ser respondido nos prazos que a lei determina, isto é, nos 10 dias estabelecidos na alínea s) do nº1 do artigo 68º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 Setembro.” O requerimento aludido fica a fazer parte integrante dos originais desta acta. De seguida apresentou outro requerimento, que também fica a fazer parte integrante dos originais desta acta, dizendo que só o faz porque na última reunião de Câmara foram apresentadas propostas que deveriam de ter sido incluídas na ordem-do-dia desta reunião, facto que não aconteceu. Após a entrega do requerimento, o Senhor Vereador Amílcar Lousa leu as propostas apresentadas, as quais ficam a fazer parte integrante dos originais desta acta. O Senhor Vereador Jorge Miranda perguntou se a derrama relativa ao ano de 2007 já tinha sido cobrada pela Câmara Municipal, uma vez que a Senhora Presidente, quando questionada sobre este assunto há umas reuniões atrás, disse que tinha havido um erro informático no site das Finanças e, por isso, ainda não tinha sido lançada a derrama para o Concelho de Caminha. Relativamente ao Planos de Urbanização solicitou a resposta por escrito que tinha sido prometida na reunião de Câmara presidida pelo Senhor Vereador Flamiano Martins. De seguida leu um resumo, elaborado por si, do processo da Sociedade Caminhaequi: 6 Câmara Municipal de Caminha “1 – Na reunião ordinária da Câmara Municipal de Caminha no dia vinte e quatro de Setembro de dois mil e sete, a Senhora Presidente da Câmara apresenta uma proposta de constituição de sociedade para a construção, instalação e conservação de parques de estacionamento e piscinas municipais. Entre outras considerações, defende “ser imprescindível a construção de parques de estacionamento subterrâneos nos Largos Calouste Gulbenkian e Luís Fetal Carneiro e outro nas imediações do mercado, da feira e da Rua 16 de Setembro e piscinas municipais em Vila Praia de Âncora. Para o efeito propõe-se constituir uma sociedade comercial de capitais minoritariamente públicos. Propõem-se, igualmente, a desafectação do domínio público para o domínio privado de todos os terrenos onde se pretende implantar os parques de estacionamento em Caminha, de modo a que seja recaído sobre eles direitos de superfície, em solo e subsolo a favor da sociedade anónima a constituir. A oposição questionou a Senhora Presidente que respondeu a algumas questões da seguinte forma: - … a dimensão do parque de estacionamento do largo adjacente à Igreja da Misericórdia está condicionada em função dos pareceres do ex-IPPAR … - … relativamente aos direitos de superfície, constituem cedências do solo e do subsolo para a implementação e construção dos equipamentos. Posteriormente, tais equipamentos, serão arrendados à Câmara Municipal, a qual fará a sua gestão, bem como a implementação de regulamentos e tarifas. Esta proposta mereceu aprovação do Executivo com três votos a favor e duas abstenções dos Vereadores Socialistas. 2 – A constituição da sociedade desce à Assembleia Municipal de Caminha e é aprovada a 28 de Setembro de 2007 pela maioria do PSD nesse Órgão e com os votos contra do Partido Socialista. 7 Câmara Municipal de Caminha 3 – Em reunião do Executivo Camarário de 28 de Março de 2008 foram aprovados os relatórios de análise de candidaturas e selecção de pessoa colectiva de direito privado, com os votos favoráveis da maioria social-democrata e abstenção da bancada socialista. 4 – É celebrada a 18 de Junho de 2008 a escritura de constituição da sociedade, onde consta a designação da Senhora Presidente da Câmara de Caminha para presidente da assembleia-geral e os Doutores Domingos Lopes e António Dourado para vogais do conselho de administração. Relembramos que ao abrigo da alínea i) do número 1 do artigo 64º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, compete à Câmara Municipal nomear e exonerar os representantes do município em empresas em que o próprio município detenha alguma participação no respectivo capital social ou equivalente. Também é certo que a mesma lei define que sempre que o exijam circunstâncias excepcionais e urgentes e não seja possível reunir extraordinariamente a Câmara, o presidente pode praticar quaisquer actos de competência da Câmara, mas tais actos ficam sujeitos a ratificação, na primeira reunião realizada após a sua prática, sob pena de nulidade. Esta situação não foi cumprida. O que é certo é que a Senhora Presidente nomeou dois indivíduos sem trazer à discussão do Executivo Camarário os nomes pretendidos. E não foi por uma questão de tempo porque decorreram dois meses desde o último acto praticado em reunião de Câmara (onde constava a minuta da escritura). Este procedimento diz muito das directrizes democráticas que imperam nesta Câmara Municipal e o9 respeito que existe por este Executivo. 5 – Na reunião de 22 de Setembro de 2008 questionou-se a Senhora Presidente relativamente ao facto da Praça Calouste Gulbenkian não fazer parte do croqui disponibilizado aos vereadores na reunião de Câmara e estar integrada na escritura de constituição da sociedade. 8 Câmara Municipal de Caminha Esta questão mereceu o seguinte comentário da Senhora Presidente: “Inequivocamente, os parques não serão construídos nos Largos Calouste Gulbenkian e Largo Dr. Luís Fetal Carneiro. Referiu, também, que não foi anexo nenhum croqui com a menção a estes Largos ao processo dos parques de estacionamento e da empresa e o que está nos registos são as confrontações, porque ainda ninguém sabe onde os parques irão ser construídos.” Conclusões: Agora que, “Dr. Domingos Lopes e Dr. António Dourado que acompanharam permanentemente o processo de constituição desta sociedade, encontrando-se, por conseguinte, ao corrente de todos os pormenores do processo e demonstraram idoneidade e competência nas tarefas que têm desenvolvido”, nós deixamos as seguintes questões: a) – Como é possível ceder à sociedade os direitos de solo e subsolo de um terreno (Praça Calouste Gulbenkian) que não é propriedade em que a Câmara Municipal é simplesmente arrendatária? b) – Como é possível que a Senhora Presidente afirme que a composição dos terrenos descritos no documento complementar que faz parte integrante da escritura de constituição da sociedade e na certidão da conservatória do registo predial sejam meras confrontações, se logo a seguir são descriminadas as confrontações? c) – Como é possível assumir que não vão ser construídos os parques de estacionamento no Largo Dr. Luís Fetal Carneiro e Largo Calouste Gulbenkian, quando o valor dos referidos largos entraram para efeitos de capital social com a agravante de existir uma cedência dos direitos de superfície em favor da sociedade pelo período de 25 anos? d) – Para finalizar, perguntamos como é possível que uma vez constituída a sociedade e realizados movimentos de terra nos terrenos onde serão construídas as piscinas, ainda existam terrenos por transferir para a sociedade? 9 Câmara Municipal de Caminha Agradecemos algumas explicações que contrariem a nossa ligeira percepção que existem pequenas irregularidades neste processo e que os vereadores socialistas têm razões para estar confusos.” O Senhor Vereador José Bento Chão disse que relativamente ao não pagamento das facturas referentes a despesas por si efectuadas e depois de ouvir as declarações da Senhora Presidente à comunicação social, deveria esclarecer o seguinte: “ As despesas foram feitas em representação da Câmara Municipal inclusive com Presidentes de Câmara, fi-las em pleno uso dos poderes que me foram delegados pela Senhora Presidente da Câmara e que eram precisamente os mesmos que os seus e, como tal, não foram fora da minha área, conforme a senhora declarou à comunicação social porque, enquanto Vice-Presidente, não tinha área, à semelhança da Presidente da Câmara. Estranho é o modo como a Senhora Presidente subverte as situações ou, para alguns, não será tão estranho assim, já é habitual, nem que para isso até ponha em causa os próprios funcionários a quem mandou fazer um ofício a pedir documentos que sabia muito bem que é a própria Câmara que os tem. Ou seja, como a senhora disse aqui publicamente, as facturas e as requisições internas estavam assinadas por mim. Ora o procedimento contabilístico seguinte seria os serviços de contabilidade enviar a requisição externa para o fornecedor, procedimento que no caso dos restaurantes não se verifica, uma vez que a factura é emitida no fim da refeição. Este procedimento era feito por mim, por a Senhora ou por qualquer outro dos Vereadores. Se queria escudar-se nas despesas por mim efectuadas para justificar a irresponsabilidade e prepotência do seu acto quando me afastou da governação do Concelho de Caminha, para o qual fui legitimamente eleito pela população, tal como a Senhora, deveria tê-lo feito em instâncias próprias que, aí sim, verificariam a legitimidade das minhas despesas, tal como das suas e dos outros Vereadores. 10 Câmara Municipal de Caminha Senhora Presidente, se quer mandar pagar, mande. Se quer não mande. Uma certeza porém, é o Município de Caminha que fica a dever, o que também ninguém estranha. O Senhor Vereador Paulo Pereira informou que: - Caminha vai acolher, no Pavilhão Desportivo Municipal de Caminha, o “3º Campeonato Ornitológico Internacional do Atlântico”, de 31 de Outubro a 2 de Novembro, organizado pelo Centro de Canaricultura e Ornitologia da Póvoa de Varzim, Associação Ornitológica de Barcelos, Clube Ornitológico de Braga e Sociedade Portuguesa do Ondulado e que conta com o apoio da Câmara Municipal de Caminha. Vai ser possível admirar vários tipos de aves, cuja criação é feita em cativeiro, para além da sua divulgação, exposição e classificação; - Nesse fim de semana, o Município de Caminha irá estar presente, pelo segundo ano consecutivo, no “11º Salão de Turismo – Expo-Galicia – Turismo, Gastronomia e Artesanato”, que terá lugar no Instituto Feiral de Vigo. A participação nesta feira tem como objectivo promover e divulgar as potencialidades turísticas do Concelho de Caminha. O Senhor Vereador Flamiano Martins informou que: - No nosso Concelho foram galardoados onze estabelecimentos de ensino com a Bandeira Eco – Escolas, nomeadamente: Ancorensis Cooperativa de Ensino, Centro Infantil da Santa Casa da Misericórdia de Caminha, EB1 de Dem, EB2,3/S de Caminha, ETAP/Escola Profissional de Caminha, ETAP/Vale do Minho, pólo de Vila Praia de Âncora, Jardim de Infância do Cruzeiro, em Seixas, Jardim de Infância de Moledo, Jardim de Infância do Socorro, em Venade e Jardim de Infância de Santo António, em Caminha. 11 Câmara Municipal de Caminha Os trabalhos desenvolvidos pelas escolas abordaram os seguintes temas: a Água, os Resíduos, a Energia, as Alterações Climáticas, bem como a Biodiversidade, a Agricultura Biológica, os Espaços Exteriores, o Ruído e o Transporte. A Câmara de Caminha, que apoiou este projecto, congratula-se pelos resultados obtidos pelas escolas, felicitando-as pelo trabalho que desenvolveram em prol do ambiente sustentável; - No âmbito do Projecto Nacional de Educação para o Empreendedorismo, a Câmara de Caminha está a promover conversações com os Agrupamentos de Escolas do Coura e Minho e Vale do Âncora, bem como com a Ancorensis Cooperativa de Ensino, com vista a implementar alguns programas sobre esta temática, desenvolvidos pela “Júnior Achievemente”. Desde que estas instituições concordem, a Câmara pretende estabelecer uma parceria com a “Júnior Achievemente” para implementar para os alunos do 1º e 2º anos, o programa “A Família e a Comunidade” e para os alunos do 8º e 9º anos o programa “Economia para o sucesso”. Para o Executivo Camarário, o empreendedorismo é uma competência essencial, daí ser considerado como fundamental que as Escolas/Agrupamentos incluam no seu Projecto Educativo a promoção de uma cultura empreendedora, traduzida pelo desenvolvimento de projectos de iniciativa de grupos de alunos, devidamente enquadrados pelo currículo nacional. Isto significa que, nos dias que correm, é fundamental promover iniciativas que criem um espírito empreendedor nas escolas, que favoreçam as competências dos alunos, o seu sucesso escolar e que contribuam para a cooperação, a equidade e a qualidade das aprendizagens. Disse, também, que o Executivo pretende, ainda, com a implementação destes programas, garantir que os alunos tenham acesso a uma educação que incentive o próprio empreendedorismo, através do desenvolvimento de um conjunto de competências transversais ao currículo nacional, integradas num pensamento crítico e criativo, virado para a mudança, para a resolução de problemas e para a literacia. 12 Câmara Municipal de Caminha Concluiu dizendo que com este projecto pretende-se que os alunos adquiram as competências essenciais que permitam a dimensão empreendedora ao longo da vida, a mobilização de conhecimentos curriculares e a participação e acção cívica na sociedade. A Senhora Presidente deu a palavra ao Dr. Domingos Lopes para este esclarecer, o que considerar por conveniente, algumas das questões levantadas pelo Senhor Vereador Amílcar Lousa e que fazem alusão ao seu nome. O Senhor Doutor Domingos Lopes esclareceu que para além da Lei 169/99, com as alterações da Lei 5-A/2002, existem outras leis, nomeadamente a das incompatibilidades que, no seu entender, vedam a possibilidade aos eleitos locais de participarem no Conselho de Administração de sociedades de capitais maioritariamente privados. A Senhora Presidente disse que se reservava no direito de responder aos Senhores Vereadores por escrito, dada a gravidade de algumas afirmações proferidas mas que iria, agora, abordar superficialmente todos os assuntos levantados. Começou por dizer que não basta ler a Lei de uma forma simplista, pois há a necessidade de se articularem vários diplomas legais que existem. Sobre o cargo de Presidente da Assembleia-Geral ser remunerado disse que os Senhores Vereadores não conhecem o conteúdo das actas da Sociedade, mas se conhecessem sabiam que tinha prescindido dessa remuneração. Disse que os Senhores Vereadores do Partido Socialista estão a aproveitar-se do caso da retirada de confiança política a um outro Vereador para conseguirem aquilo que não conseguiram nas urnas democraticamente, que foi vencer as eleições no Concelho de Caminha. 13 Câmara Municipal de Caminha Considerou que, com este tipo de propostas, querem inviabilizar que a Câmara Municipal de Caminha consiga fazer obras. Continuou dizendo que os Senhores Vereadores do Partido Socialista, no que diz respeito à Sociedade Caminhaequi, não têm moral para colocarem questões da forma como colocaram, pois faltaram a reuniões de Câmara previamente agendadas, salvo um Vereador que demonstrou previamente a sua indisponibilidade, que se levantaram quando perceberam que, votando as propostas, os seus propósitos não eram conseguidos, desrespeitando este Órgão denunciando uma postura de abuso de poder. Disse, ainda, que por muitas justificações que se queiram dar, as cinco facturas que foram trazidas pelo empresário, no valor de € 3543, 30 são reveladoras de um despesismo intolerável, tendo em conta que há funcionários da Câmara Municipal de Caminha que recebem de vencimento cerca de € 500,00 mensais. Disse que não tinha sido incoerente quando afirmou que as pessoas não estavam motivadas e que toma as suas atitudes movidas por consciência e não por preocupações eleitoralista, como os Senhores Vereadores do Partido Socialista tomam. Acrescentou que as referidas despesas não foram realizadas na condição de VicePresidente, pois enquanto Presidente esteve presente em todos os eventos aludidos que foram organizados pelo Pelouro da Cultura, com programas específicos que, muitas das vezes, incluíam almoços nos quais também esteve presente, juntamente com o Senhor Vereador da Cultura. Disse, ainda, que a sua postura para com todos os Senhores Vereadores sempre se pautou pela solidariedade e defesa pública em prol da dignificação deste Órgão. Terminou dizendo que esta reunião tinha sido solicitada com a maior urgência pelo Senhor Presidente da Comissão Instaladora do Turismo do Alto Minho, não havendo tempo para analisar as propostas apresentadas pelos Senhores Vereadores na reunião passada. 14 Câmara Municipal de Caminha Lamentou que os Senhores Vereadores do Partido Socialista não façam menção à verba disponível em PIDDAC para o Concelho de Caminha e, sobre este assunto, disse que o Município de Caminha foi encaixilhado, dado que a única verba atribuída no PIDDAC de 2009 foram € 8000,00 de caixilharia. Estranhou este valor visto que já no ano anterior, manifestou o seu descontentamento pelo valor atribuído, o qual não contemplava a segunda fase da obra do Portinho de Vila Praia de Âncora, sistematicamente prometida e adiada. O Senhor Vereador Amílcar Lousa disse que grave é a Senhora Presidente afirmar que os Vereadores do Partido Socialista pretendem inviabilizar as obras da Câmara Municipal através da ligação a um Vereador que foi eleito pela lista do PSD. Se é do PSD, nunca poderiam ter negociações com este Vereador com o sentido de boicotar qualquer coisa que fosse. Disse, ainda, que pretendem colaborar e não inviabilizar o desenvolvimento do Concelho. Concluiu dizendo que os assuntos que são trazidos a Reunião de Câmara cingemse a subsídios e aqueles que são obrigatórios. A Senhora Presidente respondeu que não há da sua parte qualquer desrespeito por este Órgão, pois é a Lei que determina aquilo que é competência do Presidente, foi a Lei que reduziu os assuntos a terem de ser aprovados pela Câmara Municipal. Disse que os Senhores Vereadores, no passado, não tinham trazido esta proposta porque sabiam que não seria aprovada. PERÍODO DA ORDEM DO DIA PROPOSTA Nº 1 – ADESÃO À ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO DO PORTO 15 Câmara Municipal de Caminha E NORTE DE PORTUGAL - Considerando que através do Decreto-Lei 67/2008, de 10 de Abril, foi aprovado o novo mapa regional de turismo em Portugal; - Considerando que tal diploma determina que cada entidade regional de turismo seja dotada de estatutos, propostos pelas respectivas Comissões Instaladoras e aprovados por Portaria Conjunta dos Membros do Governo na área de Administração Local, Finanças, Administração Pública e Turismo; - Considerando que a Comissão Instaladora da Entidade Regional de Turismo do Norte aprovou, por unanimidade, em 16 de Julho do corrente ano, proposta de estatutos que remeteu ao Governo para homologação; - Considerando, finalmente, que através da Portaria nº 1039/2008, de 15 de Setembro, o Governo aprovou os estatutos desta nova Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal e fixa a sua sede em Viana do Castelo Propõe-se que a Câmara Municipal delibere a adesão do Município de Caminha a esta Entidade Regional. Deverá esta proposta ser submetida à Assembleia Municipal nos termos da Lei. A presente proposta foi aprovada com 7 votos a favor, 0 votos contra e 0 abstenções. A presente deliberação foi aprovada em minuta, depois de lida em voz alta na presença simultânea de todos com 7 votos a favor, 0 votos contra e 0 abstenções. E nada mais havendo a tratar, a Senhora Presidente declarou encerrada a reunião quando eram 11 horas e 18 minutos, da qual, para constar e por estar conforme, se lavrou a presente acta que vai ser assinada pela Senhora Presidente e por mim que a secretariei. 16 Câmara Municipal de Caminha Paços do Município do Concelho de Caminha, 10 de Novembro de 2008 ASSINATURAS: A PRESIDENTE DA CÂMARA Júlia Paula Pires Pereira Costa, Drª O SECRETÁRIO João Fernando Sobral de Araújo Ferreira