www.fab.mil.br Ano XXXIV Brasil começa a elaborar Livro Branco de Defesa Informações sobre estratégia, planejamento, orçamento e equipamentos das Forças Armadas estarão em publicação inédita do Ministério da Defesa. Uma série de seminários já programados ajudarão a concluir a publicação. Saiba como participar. (Pág. 6) Nº 5 maio, 2011 ISSN 1518-8558 O dia em que a Força Aérea começou a virar o jogo na batalha do Atlântico Sul ACONTECE Oficiais-Generais recémpromovidos participam de evento na Presidência da República (Pág. 14) DICAS - Saiba como se proteger de sequestrosrelâmpagos (Pág. 10) Conheça os ganhadores do Prêmio Santos Dumont de Jornalismo (Pág. 11) ESPECIAL 70 ANOS Anos 90 - O Brasil lança os olhos sobre a Amazônia, com a criação do projeto SIVAM Na prática, é possível dividir a Amazônia em antes e depois do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Até então, 62% do território nacional não possuia cobertura radar. (Pág. 7 a 9) Arquivo Saiba como foram as comemorações do Dia da Aviação de Caça (Pág. 13) Ministro da Defesa abre seminário na LAAD 2011 no Rio de Janeiro Anunciada a assinatura de contrato para a modernização de caças “Não temos inimigo, não representamos ameaça a ninguém, mas isso não quer dizer que abriremos mão da nossa soberania”, afirmou o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, na abertura de evento na LAAD 2011. (Pág. 4) A Força Aérea e a Embraer firmaram contrato para a modernização de mais 11 caças F-5, recém-adquiridos da Jordânia. O pacote inclui ainda o fornecimento de mais um simulador de voo para a aeronave. (Pág. 5) No dia 22 de maio de 1942, o submarino italiano Barbarigo foi avistado na superfície e atacado pela tripulação de um B-25 (foto) da Força Aérea Brasileira, perto da ilha de Fernando de Noronha, no Nordeste brasileiro. O mesmo submarino havia torpedeado um navio mercante próximo ao Atol das Rocas. A data é comemorada até hoje como o Dia da Aviação de Patrulha. (Pág. 12, 13 e 16) 2 CARTA AO LEITOR Expediente O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Pela segunda edição seguida, o nosso Notaer busca, em fatos marcantes da Segunda Guerra Mundial, a pauta de trabalho. Dessa vez, o foco está na ação de nossa patrulha, justamente no bombardeio de um submarino das forças inimigas em nossa área. O fato, resgatado por nossos repórteres, marcou de forma preponderante não só o maior conflito da história, mas também a instituição Força Aérea Brasileira. Na edição anterior, trouxemos detalhes sobre o dia 22 de abril. Desta vez, o foco é o 22 de maio. Coincidência no número, destino de uma Força que, quando foi necessário, atuou com suas armas e homens em prol da sua missão. A missão, aliás, permanece com os mesmos desígnios, de patrulhar a imensa área marítima e hoje, em tempos de paz, preparase para cuidar das riquezas, das buscas e resgates que fazem parte dessa rotina iluminada emoldurada pelo azul do céu, azul do mar. Sgt Johnson / CECOMSAER Mergulho na história Editores: Tenente Luiz Claudio Ferreira e Tenente Alessandro Silva Brig Ar Marcelo Kanitz Damasceno Chefe do CECOMSAER Engenharia social: você sabe o que é? podem ser técnicos ou não-técnicos; ambos manipulam pessoas da organização para conseguir informação não autorizada que pode ser utilizada contra a própria organização. A engenharia social pode ser utilizada para efetuar “ataques” às famílias ou indivíduos isolados. Um meio muito comum para isso são os sites de relacionamento. Há inúmeros métodos utilizados para conseguir informação, ou acesso a ela, por meio do pessoal de uma organização. Alguns dos mais comuns incluem: se passar por um membro da organização, troca de favores, convencimento de que o pedido é normal, assegurar à vítima de que ele não é responsável pelo que está fazendo e apelar para falsas amizades. A engenharia social concentra-se em explorar as fraquezas das pessoas, dos sistemas e processos de segurança de TI (tecnologia da informação) e das falhas de segurança tanto das organizações quanto das residências. Organizações e companhias estratégicas ao redor do mundo têm reportado tentativas de utilização de técnicas de engenharia social para ob- Chefe da Divisão de Produção e Divulgação: Tenente Coronel Alexandre Emílio Spengler Chefe da Divisão de Relações Públicas: Coronel Marcos da Costa Trindade PENSANDO EM INTELIGÊNCIA Em geral, engenharia social é o processo de enganar (manipular) pessoas de forma que elas forneçam diretamente ou proporcionem acesso à informação privada, classificada ou privilegiada a quem não deveria tê-la. Os engenheiros sociais podem ser agentes adversos (hackers, criminosos ligados a roubos, furtos, sequestros etc) que se utilizam dessa técnica para conseguir informações (dados ou conhecimentos) de indivíduos (pessoas físicas) ou de instituições (organizações, empresas, órgãos e etc) com o intuito de obter vantagens ilícitas (informações privilegiadas, dinheiro, tráfico de influência e etc). Lembre-se que a engenharia social não é uma faculdade (curso formal) e sim uma habilidade pessoal em uma determinada área. Ela lida com várias formas e técnicas em situações diversas. Pessoas com habilidades e experiência nesta área definem o termo como umas das ferramentas, em comunicação humana, mais utilizadas no mundo, visando proteger a informação ou atacá-la. Ataques de engenharia social estão cada vez mais frequentes e Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno ter informações internas por meio de telefones, e-mail, contatos pessoais e sites de relacionamento. Nas organizações, o pessoal mais visado tem sido aqueles que desenvolvem tarefas como: atendimento ao público, helpdesk, recepcionistas, guardas, seguranças, pessoal de limpeza, serviços de alimentação e demais terceirizados. O primeiro passo sempre é estabelecer confiança com a pessoa de interesse (vítima). O engenheiro social habilidoso obterá informações de forma muito lenta, pedindo pequenos favores ou obtendo informações por meio de conversas aparentemente inocentes. A engenharia social é, geralmente, bem sucedida, pois as pessoas são naturalmente prestativas. Saiba mais: FCA 200-3 “Prevenção à Engenharia Social” (BCA nº 206, de 6/11/2009) e disponível na página do CENDOC. A publicação é ostensiva (livre acesso ao público) e muito fácil e didática de se entender. O conhecimento é sempre um bom aliado na segurança da família e da instituição. Mantenha-se sempre bem informado. (CIAER) Repórteres: Tenente Luiz Claudio Ferreira, Tenente Alessandro Silva, Tenente Adriana Alvares, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávio Hisakasu Nishimori e Tenente Carla Dieppe Colaboradores: Ministério da Defesa, CIAER, INCAER e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades) Tiragem: 30.000 exemplares Jornalista Responsável: Tenente Luiz Claudio Ferreira (MTB 2857 - PE) Diagramação: Tenente Alessandro Silva, Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow Ilustração: Suboficial Cláudio Bonfim Ramos e Sargento Jéssica de Melo Pereira Revisão: Major Alexandre Daniel Pinheiro da Silva e Suboficial Cláudio Bonfim Ramos Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] ISSN 1518-8558 Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900 Brasília - DF Impressão e acabamento: Aquarius Gráfica e Editora 3 PALAVRAS DO COMANDANTE PR Heróis patrulheiros Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáutica ma imensa área de cobertura de área marítima e um desafio de tamanho proporcional para os nossos homens e suas asas. Uma história que a patrulha da Força Aérea Brasileira escreve com a veste de aço guerreira desde o ano de 1942 quando um submarino das forças inimigas foi avistado na costa brasileira e torpedeado pela tripulação de uma aeronave B-25. Desde então, a guerra passou, mas a missão de cuidar de nosso território permanece intocado e, sempre, assim como no princípio, guerreiro. A missão de patrulha foi recebida pela FAB no ano seguinte a sua fundação, o que lhe rendeu a maturidade e experiência para os tempos de paz subsequentes e para os quais trabalha e perma- nece em prontidão em todos os momentos. Sob inspiração daquela primeira grande missão e de tudo o que ela significou, cada tripulação que resolveu devotar suas vidas à patrulha soergue a determinada oportunidade do porvir, do olhar, dos instrumentos de voo que vasculham não só possíveis ameaças, mas também o socorro a embarcações ou pessoas no meio do mar. Neste ano, por exemplo, começamos a receber as aeronaves P-3AM Orion. Entre suas missões, está a de patrulhar a área de extração de petróleo da camada présal, em meio ao Oceano Atlântico. Uma riqueza nacional que deve ser cuidada e mantida em proveito do nosso povo. Por isso, as aeronaves decolam. Os nove aviões devem estar a serviço do Brasil, sediados em Salvador, a partir do ano que vem. O P-3, cuja autonomia é de 16 horas de voo mesmo à baixa altura, trata-se de uma aeronave equipada com o que há de mais moderno em sensores especiais, e que colocam o Brasil na primeira linha da aviação de patrulha. Seus instrumentos aperfeiçoam a execução das diversas missões, como a de busca e resgate dentro da área de responsabilidade brasileira de 6.400.000 km² de área. A aeronave representará efetivo apoio às atividades de busca e salvamento no Atlântico Sul, que, conforme acordos internacionais, é de responsabilidade do Brasil. Enfim, sob a lembrança daquele 22 de maio de 1942, que marcou os destinos da Segunda Guerra e da nossa instituição, os nossos heróis planejam sobre mapas e decolam suas aeronaves para o que alguns podem considerar o infinito azul. Para os pilotos, com suas coberturas vermelhas, há um plano de voo permanente: servir ao Brasil Para os profissionais de patrulha, tudo pode ser encontrado, cada movimento de mar aciona os olhos incansáveis dessa gente a quem estendemos nosso reconhecimento e agradecimentos. Infinita, sim, é essa disposição de atuar pela Pátria, em função da missão atribuída e sempre cumprida. Olhos ao mar, companheiros. Sempre é tempo de voltar também nossos olhos e aplausos a esses nossos guerreiros. Arquivo U 4 LAAD 2011 - A maior feira de defesa da América Latina S oberania é um compromisso do Brasil, e o investimento em ciência e tecnologia é fundamental para cumprir essa missão. Foi essa ideia apresentada pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, na abertura do III Seminário de Defesa, realizado durante a LAAD 2011 (12 a 15 de abril), no Rio de Janeiro. “Não temos inimigo, não representamos ameaça a ninguém, mas isso não quer dizer que abriremos mão da nossa soberania”, afirmou o ministro. Segundo ele, há uma disparidade entre o poder político-econômico do Brasil e os nossos gastos militares, o que seria uma ameaça para as riquezas do país. “Não podemos permanecer alheios ao mundo, porque o mundo não está alheio a nós”, disse. Nelson Jobim lembrou ainda que a Estratégia Nacional de Defesa definiu os pontos de partida para vários aspectos da política de defesa. Em ciência e tecnologia, os focos são a energia nuclear, a pesquisa espacial e a cibernética. “A modernização tecnológica de nossa estratégia militar demandará esforço das nossas instâncias políticas e administrativas”, conclui. Espaço - Intitulado “Desafio do Desenvolvimento Tecnológico das Forças”, o primeiro painel de discussões do seminário contou com a presença do Brigadeiro Engenheiro Francisco Carlos Melo Pantoja, Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Ele explicou que a conquista do espaço traz avanços para a tecnologia, defesa e economia, em aplicações como meteorologia, alerta de catástrofes e controle do espaço aéreo. Com essa meta, o DCTA já conta, hoje, com dois centros de lançamento, um em Alcântara (MA) e outro em Natal (RN). Segundo o Brigadeiro Pantoja, o caminho para a excelência em uma área de ponta depende de um planejamento detalhado. “É preciso ter investimento na ciência básica, se não o ciclo não fecha”, explicou. É estimado um tempo de 10 a 15 anos para um conhecimento se tornar uma inovação industrial, SGT Wanderson / CECOMSAER Ministro da Defesa abre III Seminário de Defesa no RJ O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, participou da abertura do seminário no RJ daí a necessidade de investimento. O oficial apresentou o modelo de pesquisa aeronáutica do DCTA, que começa com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ensino), passa pelo Instituto de Estudos Avançados e Instituto Aeronáutica e Espaço (desenvolvimento de tecnologia) e termina com o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial, que leva a inovação ao mercado. Somente por meio de um fluxo assim seria possível descobrir aplicações antes impensáveis para uma pesquisa. “O resultado da tecnologia espacial não é só direto. Pode-se ter o estudo em uma área e um resultado para outra”, exemplificou. Em debate o uso e os desafios para a operação de VANTs O Chefe de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar Luiz Claudio Ribeiro, participou de painel na LAAD 2011 e explicou o trabalho da Força Aérea Brasileira para possibilitar a operação de Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT) no país, sem o comprometimento da segurança para as outras aeronaves que dividirão o mesmo espaço aéreo. “Nós buscamos soluções para que esses equipamentos possam operar em segurança”, explicou. Segundo o Brigadeiro Ribeiro, além de ainda existirem limites de tec- nologia, como equipamentos que evitem colisões, ainda há questões que precisam ser definidas, como frequências exclusivas para os VANT. A questão, no entanto, não é exclusiva do Brasil. Este é um desafio internacional e hoje o DECEA participa de grupos da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) que debatem o tema. “Não existe evento de grande porte no mundo que o DECEA não faça questão de participar para aprender o que estar acontecendo”, acrescentou. Outro aspecto relativo à segurança é quanto à pilotagem dos VANT. Alguns modelos têm voo autônomo, enquanto outros são remotamente controlados. Mesmo assim, para o Brigadeiro Ribeiro, estes operadores precisam ser muito bem preparados. “Para mim é muito claro que esse elemento precisa ter grande conhecimento das regras de controle do espaço aéreo”, afirmou. Por fim, ele lembrou que a atual legislação no Brasil, como em outros países, ainda impede o uso de VANT sobre regiões habitadas e que o espaço aéreo precisa ser segredado. O desafio maior é acabar com essas restrições para que esses equipamentos possam cumprir da melhor forma suas tarefas, com a maior segurança possível. “A grande diferença do VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) e do aeromodelo é o emprego. O VANT sempre vai ter uma necessidade operacional”, disse o Engenheiro Flávio Araripe, coordenador do projeto VANT do DCTA, outro participante do painel. Hoje, contou o engenheiro, há desde modelos lançados de mão até o Globalhawk, cujas asas são maiores que as do Boeing 747. Não há mais conflito moderno sem a presença desses aviões, sem tripulantes e com grande autonomia. 5 LAAD 2011 - Reaparelhamento A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer assinaram contrato para a modernização de mais 11 caças F-5. O anúncio foi feito, no Rio de Janeiro, durante a LAAD 2011. O pacote inclui ainda o fornecimento de mais um simulador de voo dessa aeronave. O acordo é uma continuidade do contrato assinado em 2000 para a modernização de um primeiro lote de 46 caças F-5E. Desse total, 39 aeronaves já foram entregues e duas estão em processo de recebimento. Os demais serão entregues neste ano, segundo o cronograma do projeto. O programa de modernização tem como foco fornecer às aeronaves sistema de guerra eletrônica de última geração, novos aviônicos, sistema de reabastecimento em vôo e maior capacidade operacional, estendendo a vida útil da aeronave por pelo menos mais 15 anos. A Força Aérea investirá R$ 276 milhões na modernização dos caças F-5, que hoje operam nas regiões Norte, Sul e Sudeste. A FAB fará a revisão das 11 células adquiridas. No ano que vem, os caças serão entregues à Embraer para o início do processo de modernização. Os aviões modernizados entrarão em operação, gradativamente, a partir de 2013. Novo helicóptero das Forças Armadas é destaque em feira de defesa no RJ N a área externa do Riocentro, onde acontece a oitava edição da LAAD, três grandes helicópteros chamaram a atenção. Nas cores cinza (Marinha), verde escuro (Exército) e verde claro (FAB), os três EC-725 são os primeiros do lote de 50 unidades adquiridos para as Forças Armadas brasileiras. Os helicópteros estão no Brasil desde janeiro, quando foram iniciados em Itajubá (MG) os voos de treinamento dos militares brasileiros. "Pilotos e mecânicos das três forças treinaram e aprenderam juntos nas aeronaves", conta Joel Fonseca, da Helibras, representante brasileira da Eurocopter. Os EC-725 também já estão prontos, e chegaram ao Riocentro voando. A aquisição dos EC-725 representa um passo a mais para a indústria nacional. "A ideia do projeto é envolver o parque industrial brasileiro para termos a capacidade de fabricar e manter as aeronaves aqui", explica Joel Fonseca. Cada Força deve receber 16 aeronaves, e mais duas serão usadas pela Presidência. O projeto inclui ainda a transferência de tecnologia, que permitirá que em 10 anos já exista uma indústria de helicópteros no Brasil. A previsão é do Major Brigadeirodo-Ar Dirceu Tondolo Nôro, da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico da Aeronáutica (DIRMAB), que participa do processo de aquisição dos EC-725. Segundo ele, o projeto envolve a criação de até 20 mil empregos diretos e indiretos. "Quando você nacionaliza e aprende a fazer, gera de 4 a 5 vezes mais emprego", explica o Brigadeiro. Será criada no Brasil uma linha de montagem dos helicópteros, que além de aplicações militares também tem uma versão semelhante destinada ao mercado civil. Também serão transferidos para cá a produção dos motores e da aviônica, que são os sistemas eletrônicos do EC-725. Ao todo, são 22 projetos de transferência de tecnologias, que envolvem até o uso de materiais compostos. SGT Wanderson / CECOMSAER Onze caças F-5 da FAB serão modernizados pela Embraer O Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, e o Vice-Presidente Comercial da Embraer Defesa e Segurança, Orlando José Ferreira Neto, na LAAD EMBRAER anuncia novas parcerias com empresas para o projeto KC-390 C riado para atender a um requisito operacional da Força Aérea Brasileira, o programa de desenvolvimento do avião de transporte KC-390 contará agora com a participação da Aero Vodochody, da República Tcheca, e da Fábrica Argentina de Aviões Brigadeiro San Martín (FAdeA). No anúncio do acordo, durante a LAAD 2011, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, destacou a importância da parceria com países da América. “O Brasil decidiu através da Estratégia Nacional de Defesa que deveríamos ter uma cooperação”, disse. O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, também ressaltou a importância do contrato. “A participação da FAdeA no Programa KC390 fortalece a cooperação entre as bases tecnológicas e industriais de defesa de ambos os países.” O anúncio foi resultado das Declarações de Intenções assinadas no ano passado pelo Ministério da Defesa. As empresas estrangeiras vão fornecer partes do KC-390, e o acordo também garante a compra de pelo menos seis aviões para a Argentina e dois para a República Tcheca. O programa de desenvolvimento do KC-390 foi iniciado em 2009, com a encomenda de dois protótipos para a FAB. De acordo com o Ministro Nelson Jobim, o Brasil deverá receber 28 KC-390 para atender as suas necessidades operacionais. O Brasil planeja a aquisição de 28 aeronaves KC-390 da EMBRAER 6 MINISTÉRIO DA DEFESA Brasil começa a elaborar Livro Branco de Defesa Nacional Publicação ampliará conhecimento da sociedade civil sobre assuntos militares. Seminário em Campo Grande iniciou discussão pública sobre temas que constarão do documento A sociedade brasileira e a comunidade internacional poderão ter acesso, numa única publicação, a importantes dados sobre os principais assuntos relacionados à Defesa brasileira. Informações sobre estratégia, planejamento, orçamento e equipamentos das Forças Armadas constarão do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN). Documento público inédito no país, o LBDN começou a ser elaborado sob a coordenação do Ministério da Defesa. Em Campo Grande (MS), no final de março, aconteceu o primeiro de uma série de seminários que gerarão insumos para a redação do documento. Publicação já editada por vários países do mundo, o Livro Branco tem como objetivo dar transparência às políticas de defesa das democracias contemporâneas. No Brasil, sua elaboração cumpre determinação contida no artigo 9º da Lei Complementar nº 97/99. O LBDN brasileiro deverá ser elaborado até o final do ano e sua primeira edição apresentada pelo Poder Executivo ao Congresso até meados de 2012. Para cumprir a tarefa, o governo criou, por meio do Decreto nº 7.438/11, o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI). A coordenação do GTI está a cargo do Ministério da Defesa. Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o processo de elaboração do Livro Branco será uma oportunidade única para que a sociedade civil aprofunde seus conhecimentos sobre os temas militares e passe a compreendêlos num contexto mais amplo, à luz das diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. “O Livro Branco será uma poderosa ferramenta de ampliação da participação civil nos assuntos de defesa”, diz. Segundo Jobim, as discussões a serem realizadas durante a confecção do documento também serão úteis aos próprios militares. “Não tenho dúvida de que o livro servirá para ampliar de modo significativo o conhecimento do próprio estamento castrense sobre si mesmo”, afirma. O ministro explica que o Livro Branco não tem a intenção de tornar públicas informações de caráter sigiloso que poderiam comprometer a segurança nacional. Diferentemente, diz ele, a publicação dá publicidade a uma série de dados essenciais ao esclarecimento dos cidadãos sobre a realidade das nossas Forças Armadas. Para Jobim, o Livro Branco será um grande catalisador da discussão sobre os temas de Defesa no âmbito da academia, da burocracia federal e do parlamento. Além disso, ele acredita que o documento servirá de mecanismo de prestação de contas sobre a adequação da estrutura de Defesa hoje existente aos objetivos traçados pelo poder público para o setor no país. Discussão - Com o objetivo de discutir os temas e gerar insumos para o Grupo Interministerial que elaborará o Livro Branco, o Ministério da Defesa realizará, ao longo deste ano, seis seminários, seis oficinas temáticas e sete workshops em diversas cidades brasileiras. Os eventos terão como participantes acadêmicos, políticos, militares e especialistas. Além de gerar subsídios para o Livro Branco, os participantes também vão propor metodologias visando facilitar a elaboração do documento. Para possibilitar a participação de um maior número de pessoas, os seminários serão transmitidos ao vivo pela internet por meio do site criado pelo Ministério da Defesa para reunir todas as informações sobre o assunto: www. livrobranco.defesa.gov.br. O Livro Branco deverá conter a previsão orçamentária plurianual. A publicação será atualizada a cada quatro anos, a fim de permitir que novas metas sejam estabelecidas para um novo período plurianual. LAAD 2011 - Visitantes puderam conhecer estrutura de apoio da FAB LAAD 2011 reuniu, de 12 a 15 de abril, nos pavilhões do Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ), o que há de mais moderno na tecnologia militar. Do lado de fora, o que parecia um acampamento, revelava a capacidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de operar no campo de batalha. Os abrigos verde escuro montados formam, na realidade, uma Unidade Celular de Intendência (UCI), estrutura de apoio ao combate já testada em operações reais, como no socorro das vítimas da tragédia da Região Serrana no Rio de Janeiro, no início de 2011, e do terremoto do Haiti, em 2010. A UCI é autônoma e capaz de ser montada em qualquer lugar, SGT Wanderson / CECOMSAER A Instalações da Unidade Celular de Intendência; em destaque, o MAPRE mesmo onde não existe apoio de energia elétrica, por exemplo. Parte dessa estrutura foi montada na LAAD 2011 para visitação. A estrutura montada na LAAD, pode ser mobilizada em apenas 48 horas e ser rapidamente transportada em aviões. A UCI da LAAD 2011 ocupou uma área de 1.012 m², onde os visitantes puderam conhecer módulos de alojamentos, suprimentos, lavanderia, serviço sanitário e o Módulo de Alimentação a Pontos Remotos (MAPRE). Vinte e seis militares da FAB operaram a UCI exposta na feira, mas a estrutura pode aumentar de acordo com a necessidade. A Unidade Móvel Odontológica (UMO) da Odontoclínica de Aeronáutica Santos Dumont (OASD) também foi levada para a LAAD 2011. Durante o evento, a unidade prestou atendimento a pacientes em primeiros socorros, atuando como Unidade Celular de Saúde. 7 ESPECIAL FAB 70 ANOS Anos 90 SIVAM – Os olhos avançados do Brasil sobre a Amazônia Nos anos 90, governo brasileiro atua em bloco para recuperar o controle da Amazônia e cria um dos mais avançados sistemas de vigilância do mundo m oceano verde e desafiador. Até os Anos 90, voar sobre a Amazônia significava enfrentar variações meteorológicas, dificuldade para localizar pistas de pouso alternativas em situações de emergência e pilotar convencionalmente, sem o apoio de comunicação e radares, como acontece na travessia do Atlântico e de regiões desérticas do mundo. E esse era o contexto das rotas aéreas que cortavam cerca de 62% do território nacional. Por outro lado, o isolamento da floresta também representava um problema para diversas instituições brasileiras diante de um cenário perfeito para a atuação de atividades ilícitas, como desmatamento, queimadas, biopirataria e tráfico de drogas, dentre outras. A integração completa do território brasileiro parecia um sonho distante, caro e típico de filmes de ficção. Parecia. Até o surgimento do mais importante projeto governamental para a região: o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), uma complexa rede de radares, satélites e equipamentos de vigilância, controle e comunicação espalhados por nove Estados – Roraima, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Tocantins. Na prática, pode-se dividir a Amazônia em antes e depois do SIVAM. “Houve uma mudança significativa não só no apoio ao transporte aéreo, mas também em se tratando de vigilância ambiental, territorial, telecomunicações e proteção ao voo. E a Aeronáutica, por conta dos ativos de vigilância e defesa que estão sob sua guarda, está à frente deste processo, Arquivo U Rede de equipamentos instalada pelo SIVAM, na região Amazônica; informações alimentam banco de dados do SIPAM contribuindo decisivamente e colaborando para ações coordenadas do governo federal na região”, explica o assessor de Comunicação Social do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Coronel-Aviador Paullo Sergio Barbosa Esteves, que trabalhou no projeto SIVAM. O projeto exigiu investimentos da ordem de US$ 1,4 bilhões, necessários para a criação de uma rede de equipamentos e infraestrutura em uma região de 5,2 milhões de quilômetros quadrados. Basta imaginar que 32 países da Europa cabem den- tro da Amazônia. “Na verdade, o investimento total acaba sendo baixo se levado em conta o custo por quilômetro quadrado: US$ 270”, destaca o assessor. Os recursos aplicados representaram ainda incentivos para a indústria nacional e a reconquista daquele território pelo Estado Brasileiro. O Projeto SIVAM foi apresentado pela primeira vez, sem muito alarde, na ECO-92, no Rio de Janeiro. A iniciativa coube à Secretaria de Assuntos Estratégicos, que apresentou uma exposição de motivos em parceria com os Ministérios da Justiça e da Aeronáutica – três personagens da administração pública bastante influenciados em sua missão pelo estado precário de vigilância e de presença oficial na Amazônia. No caso da Aeronáutica, em razão da falta de estradas e da irregularidade dos rios ao longo do ano, controlar e vigiar o tráfego aéreo na região era consolidar as ações iniciadas nos anos 70, com a implantação dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs). 8 ESPECIAL FAB 70 ANOS Com a criação do CINDACTA IV, todo o país recebeu cobertura radar DECEA Instalações do projeto SIVAM, em Manaus, uma das principais bases operacionais da região Norte A ntes do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), o transporte aéreo na região Norte acontecia com recursos limitados de comunicação, com o suporte da carta de navegação e identificação visual, ou seja, de modo convencional, com a possibilidade de enfrentar mudanças repentinas de meteorologia e de encontrar facilidade para chegar a pistas alternativas caso tivesse alguma emergência. No caso de acidentes aeronáuticos, a floresta se transformava em um “inferno verde” em operações de busca e salvamento. A localização de aeronaves, em uma região de baixa visibilidade e com vegetação composta por árvores de até 50 metros de altura, tornava a operação extremamente difícil. Um dos casos mais famosos é o da aeronave C-47 da Força Aérea, ocorrido em 1967. O avião foi encontrado no meio da floresta, perto da cidade de Tefé (AM), após o piloto ter feito um pouso de emergência. Foram 33 aeronaves, 347 pessoas e mais de 1054 horas de voo em uma operação que, entre a busca e o salvamento, durou quase 20 dias. “[Antes do SIVAM] As aeronaves não tinham o equipamento de localização via satélite. Se ela não chegasse, por exemplo, a Manaus no horário estipulado e, quando se esgotasse o horário de autonomia de voo, era iniciada a busca visual de acordo com o plano de voo da aeronave. O esquadrão de busca fazia a mesma rota da aeronave desaparecida. Se ela não fosse encontrada, a rota era refeita e aumentado o perímetro”, explica o comandante do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV), Tenente-Coronel-Aviador Eduardo Rodrigues da Silva. DECEA O Ministério da Aeronáutica ficou responsável pelo programa de implantação do SIVAM, que incluía as obras e equipamentos que compunham a infraestrutura do sistema. Para isso, em 1992, foi criada a Comissão para Coordenação de Implantação do Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (CCSIVAM). Dois anos mais tarde, cerca de 60 empresas se candidataram ao projeto e tiveram as propostas técnicas, comerciais e financeiras analisadas. O Senado aprovou o financiamento externo no mesmo ano. O SIVAM começou a sair do papel em 1997. O consórcio concluiu a fase dos projetos de edificação e de levantamentos de campo em 1998, quando o software de integração do sistema, o X-4000, desenvolvido pela indústria nacional entrou em funcionamento. Todos os equipamentos importados, como radares, aparelhos de telecomunicações e aeronaves de sensoriamento remoto chegaram ao Brasil até 1999. A implantação e o funcionamento do SIVAM tiveram início em 2002, com a inauguração do Centro Regional de Vigilância de Manaus, depois de quatro anos de obra de infraestrutura e implantação dos radares. Em 2005, quando o projeto ficou pronto, o patrimônio público construído na Amazônia ao longo de quase dez anos foi distribuído entre o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), ligado à Casa Civil, e o Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), da Aeronáutica. Dentro do projeto SIVAM, a EMBRAER e a Força Aérea desenvolveram uma aeronave-radar (E-99) e uma de sensoriamento remoto (R-99), com capacidade de gerar imagens, por exemplo, úteis para o controle de desmatamentos e de carvoarias clandestinas, dentre outras missões, independentemente de interferências meteorológicas. Rede de radares do SIVAM 9 ESPECIAL FAB 70 ANOS rológica e climatológica, espectro eletromagnético e monitoração de comunicações, controle de tráfego aéreo, planejamento e controle de operações em campo, processamento de informações gerais e atendimento aos usuários. Para auxiliar a cobertura dos radares fixos e móveis, existem equipamentos remotos, que são responsáveis pela coleta e envio de informações via satélite para os CRV de sua área de atuação. As unidades de apoio estão distribuídas em 25 localidades, que contam com equipamentos de telecomunicações, estações meteorológicas, radares transportáveis e fixos, e estações de VHF. Essas unidades estão distribuídas na área de cada centro regional. O trabalho em conjunto com as prefeituras acontece por meio dos cerca de 700 terminais de comunicação. Os Estados da Amazônia Legal também têm seus Centros Estaduais de Usuários. O objetivo é que as prefeituras e os governos estaduais também tenham acesso aos dados e possam coordenar políticas públicas para a área. Fotos: Sgt Johnson / CECOMSAER O s equipamentos do SIVAM coletam, processam e difundem dados e informações para outros órgãos governamentais da Amazônia Legal – como a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a Aeronáutica. O responsável por administrar esse imenso banco de dados é o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM). As informações processadas ajudam a União, os Estados e os Municípios em ações de preservação ambiental, de planejamento (planos diretores) e de fiscalização, dentre outras. Na época de sua criação, a Amazônia foi dividida em três áreas, os Centros Regionais de Vigilância (CRV) de Manaus (AM), Belém (PA) e Porto Velho (RO). O Centro de Coordenação Geral fica em Brasília. O SIPAM ainda tem as suas células operacionais, divididas em vigilância ambiental, aérea e territorial, monitoração meteo- Sgt Johnson / CECOMSAER Rede de equipamentos do SIVAM alimenta banco de dados para ações governamentais na região Amazônica Destacamento de Controle do Espaço Aéreo construído durante o projeto SIVAM Aeronaves-radar e de sensoriamento apoiam a vigilância E m 1997, a EMBRAER assinou acordo para a produção de aviões que pudessem fazer a vigilância do espaço aéreo com radares transportáveis para a Força Aérea: os modelos EMB-145-AS, os E-99, para vigilância aérea, e os EMB-145-RS, os R-99, para o sensoriamento remoto. As aeronaves são equipadas com modernos equipamentos, como o radar PS-890 Erieye, capaz de detectar aviões voando à baixa altura, e sensores de última geração, como radar de abertura sintética SAR, que fornece imagens em tempo real. Avião-radar E-99 que auxilia na vigilância do espaço aéreo Aeronave de sensoreamento R-99: equipamentos modernos 10 DICAS DE SEGURANÇA Recomendações que podem ajudar a evitar sequestros-relâmpagos C onheça quais são os cuidados simples do dia-a-dia que podem ajudálo a evitar os riscos de sequestro-relâmpago, um crime que preocupa cada vez mais na maior parte das cidades brasileiras. 7) Para os serviços de entrega em domicílio, forneça o número do telefone da portaria de seu prédio, se houver, e não o de casa 1) Evite ficar dentro de veículos em locais de pouco movimento e mal iluminados 9) O número de seu telefone residencial só deve ser repassado a parentes e pessoas de seu círculo de amizades. Para as outras pessoas, forneça o comercial ou o celular 2) À noite, ao se aproximar do semáforo, reduza a velocidade para dar tempo dele ficar verde sem ter que parar o veículo 3) Evite rotina. Sempre que possível mude seus caminhos e horários habituais 4) Não ande sozinho por ruas de pouco movimento 5) Antes de sair ou entrar em casa, observe se não há pessoas estranhas nas proximidades. Na dúvida, não entre ou saia. Ligue para a polícia 6) Memorize os hábitos diários de seus familiares mais chegados, como as rotas e os horários de suas atividades. Preserve na sua agenda os telefones de colegas e amigos que, numa situação crítica, possam ajudar a encontrá-los. 8) Caso telefonem para comunicar um acidente ou anunciar um falso prêmio, solicite o nome completo do interlocutor e o telefone para contato. Desligue e retorne a chamada 10) Nunca forneça dados pessoais e de parentes a um estranho, mesmo que ele se apresente como sendo de uma operadora telefônica ou de uma outra empresa 11) Quando fizer um pagamento com cheque, não escreva no verso o número do telefone re s i d e n c i a l . Anote o número comercial, mesmo que seja do cônjuge ou do filho. 12) Suspeite de ligações a cobrar. Desligue de imediato se não reconhecer o interlocutor. Não demore na conversa. 13) Em caso de intimidação por telefone, desligue e tente encontrar seu familiar. Ligue para a polícia se não encontrá-lo ou se as ligações se tornarem freqüentes. 14) Oriente seus familiares e as pessoas que trabalham com você para não conceder (facilitar) nenhuma informação a seu respeito por telefone ou qualquer outro meio eletrônico 15) Evite utilizar caixas eletrônicos isolados 11 DIVULGAÇÃO Prêmio Santos Dumont de Jornalismo valoriza reportagens sobre aviação F oi realizada, em março, a entrega do 17° Prêmio Santos Dumont de Jornalismo. A premiação foi criada em 1993 com o objetivo de estimular a imprensa para a divulgação das atividades da Aeronáutica brasileira. Foram premiados oito vencedores de artigos publicados em 2010, em diversas revistas e jornais, sobre assuntos de aviação enquadrados em quatro categorias: aviação comercial, aviação militar, história da aviação e aviação em geral. O Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCA- ER), Tenente Brigadeiro do Ar R1 Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, ressaltou a “importância dos artigos jornalísticos concorrentes para o desenvolvimento da aviação, tema apaixonante, com Indústria sofisticada, ciência magnífica e fina arte, sempre em busca da perfeição”. Conheça os vencedores da edição 2010 do Prêmio Santos Dumont de Jornalismo: Categoria aviação comercial 1° colocado – jornalista Roberto Muylaert, com o artigo “Pull Up – Simulador de Voo da Azul”, veículo- revista Brasileiros 2° colocado – jornalista Juliana Reis, com o artigo “Seus Direitos nos Aeroportos”, veículo - revista Incluir Categoria aviação militar 1° colocado – jornalista Renato Otto, com o artigo “Manche ou Mouse”, veículo - revista Força Aérea 2° colocado – jornalista Leandro Casela, com o artigo “Fase de Definição”, veículo - revista Força Aérea Categoria história da aviação 1° colocado – jornalista Solange Galante, com o artigo “SantosDumont – um Aeroporto Único”, veículo - Flap Internacional 2° colocado – Rudnei Dias da Cunha, com o artigo “Ao Mestre com Carinho”, veículo - revista Força Aérea Categoria aviação em geral 1° colocado – jornalista Robin Siteneski, com o artigo “Aprender a Voar”, veículo- O Caxiense 2º colocado – jornalista Antonio Aassreuy, com o artigo “O Uso do Radar em Grande Altitude”, veículo revista Flap Internacional CARREIRAS - Oficial faz trabalho voluntário de divulgação de profissões da Força Aérea em escolas da rede de ensino no litoral de São Paulo D esde agosto do ano passado, o Segundo Tenente Especialista em Comunicação Pedro Paulo Alves aproveita suas horas de folga para divulgar aos jovens as profissões militares da Força Aérea Brasileira. Com o DVD de profissõs da FAB, folderes e muita obstinação, o militar visita escolas públicas com o objetivo de incentivar alunos que estão concluindo o ensino médio a ingressarem na carreira militar. O trabalho começou quando o Tenente Pedro Paulo era coman- dante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santos (DTCEA-ST), no litoral paulista. “Recebi um DVD sobre as profissões militares e verifiquei que era um material muito bem feito. Decidi divulgar ao efetivo, tanto no destacamento quanto no Núcleo da Base Aérea de Santos. Quando terminei a divulgação, houve uma procura imediata dos soldados. Eles vieram falar que não sabiam que um advogado poderia ingressar na Força Aérea, que havia um quadro para engenheiros”, afirma. “Resolvemos fazer um projeto piloto de divulgação desse tema nas escolas. Com a ajuda dos companheiros do efetivo fomos em uma escola oferecendo essa divulgação. Deu certo na primeira escola; na segunda, então, levamos isso em frente”, complementa. Até o momento, foram visitadas nove escolas no Guarujá, litoral paulista, onde o projeto começou. Mais de mil estudantes já assistiram às palestras. “O resultado tem sido muito positivo”, explica. Como foi destacado para trabalhar em Minas Gerais, o militar pretende dar continuidade ao projeto. “Agora o foco será divulgar esse trabalho nas cidades do interior”, afirma. O vídeo de profissões, utilizado como base nas palestras ao alunos das escolas, assim como o Guia de Profissões da Força Aérea Brasileira, recém-lançado, podem ser encontrados na internet: www. fab.mil.br 12 AVIAÇÃO DE PATRULHA 22 de Maio – O dia da virada na batalha do Atlântico Sul Segunda Guerra chegou às portas do Brasil em 1942. Ao longo de três anos, 71 embarcações foram atacadas por submarinos em águas brasileiras. No total, o país perdeu mais de 30 navios ao redor do mundo, a maior parte deles no próprio litoral. Cerca de 1.500 pessoas morreram. Com apenas um ano de criação, e em fase de reestruturação, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi convocada para patrulhar o litoral brasileiro. “A guerra submarina, perversa e implacável, prossegue num crescente vertiginoso”, afirmou Ivo Gastaldoni, piloto de patrulha da Força Aérea e veterano da Segunda Guerra. Em apenas três dias do mês de agosto de 1942, o U-507 alemão afundou seis navios e matou 627 pessoas. A sequência de ataques foi decisiva para que o Brasil declarasse guerra aos países do Eixo, em 22 de agosto. O Brasil tinha como vizinhos as Guianas Francesa e Holandesa, ambas sob o controle nazista e que serviam como posto de abastecimento de submarinos inimigos que operavam na região. Os navios cargueiros com destino aos Estados Unidos, e de lá para o Brasil, precisavam de escolta. No esforço de guerra, o Brasil criou novas bases aéreas, recebeu equipamentos e treinamento por meio de convênio firmado com os Estados Unidos. Unidades aéreas americanas foram enviadas ao país. Nascia a aviação de patrulha. “As dificuldades eram de toda a ordem: de língua, de auxílios para instrução, além das ordens técnicas e manuais de operação em inglês, ininteligíveis para 90% do pessoal. Some-se a isso a heterogeneidade de pilotos e mecânicos e pode-se ter uma visão do quadro caótico”, escreveu Gastaldoni, ao falar do início dos trabalhos com as tripulações brasileiras. A Virada - Uma nova unidade criada em Recife assumiu os bombardeiros B-25 em uma verdadeira corrida contra o relógio. A instrução em voo era feita sobre o mar para que as tripulações já pudessem vigiar as águas brasileiras, com artilheiros com o dedo no gatilho, prontos para atirar. Em menos de quatro meses, começou o revide e a virada na batalha do Atlântico Sul. Escoltas e patrulhas marítimas vigiavam as águas brasileiras, dia e noite, e buscavam proteger as embarcações da marinha mercante. No dia 22 de maio de 1942, o submarino italiano Barbarigo foi avistado na superfície e atacado pela tripulação de um B-25 da FAB perto da Ilha de Fernando de Noronha. O mesmo submarino havia torpedeado um navio mercante brasileiro próximo do Atol das Rocas. As bombas lançadas caíram bem próximas do alvo, que revidou com tiros de canhão. A data é comemorada até hoje como o Dia da Aviação de Patrulha. Na medida em que a recémcriada Aviação de Patrulha da FAB aumentava sua eficiência no Nordeste, os submarinos inimigos iam descendo para sul do país. Agora, aeronaves Catalina ajudavam nos combates. Unidades americanas, espalhadas de norte a sul, apoiavam a campanha. Depois de julho de 1943, os submarinos praticamente sumiram. Na guerra contra os submarinos, os pilotos brasileiros realizaram cerca de 15 mil patrulhas. Onze submarinos (veja arte acima) foram atingidos, mas um número maior de ataques ocorreu, não tendo sido possível a confirmação de avarias. Dos cerca de 3.000 navios mercantes afundados na Segunda Guerra, mais de 50% foram vítimas de submarinos. Veja onde ocorreram os confrontos Arquivo A Aeronaves Catalina foram utilizadas pela Aviação de Patrulha na batalha do Atlântico Sul; na foto, depois da Segunda Guerra, os aviões voaram no Correio Aéreo Saiba mais: “Memórias de um Piloto de Patrulha”, Ivo Gastaldoni; "Os Cardeais – 1º Grupo de Aviação Embarcada, 4º/7º Grupo de Aviação", Mauro Lins de Barros. 13 Senta a Púa! - homenagens e simulação marcam Dia da Aviação de Caça no RJ Arquivo Patrono da Aviação de Patrulha Aeronave da Azul é batizada nas comemorações do Dia da Aviação de Caça Major Brigadeiro do Ar Dionysio Cerqueira de Taunay, Patrono da Patrulha O então Capitão Aviador Dionysio Cerqueira de Taunay voou 67 missões de patrulha em aeronaves Hudson A-28A e Catalinas PBY-5 no litoral brasileiro, durante a Segunda Guerra Mundial. Seu batismo de fogo ocorreu em outubro de 1943, quando fazia uma missão de cobertura aérea de comboio. Ao avistar um submarino, ao largo de Cabo Frio, realizou ataque com bombas de profundidade e tiros de metralhadora, tendo enfrentado reação antiaérea. O Catalina foi atingido no motor, na fuselagem e na empenagem, sendo obrigado a embandeirar a hélice direita. No evento, dois tripulantes foram feridos pelos tiros da artilharia antiaérea. O Ministro da Aeronáutica, pelo Aviso 165, de 13 de novembro de 1943, elogiou a tripulação: "Tomando conhecimento da parte relativa ao ataque feito a um submarino inimigo, no dia 30 de outubro, por um avião do 1º da Unidade Volante da Base Aérea do Galeão, tenho grande satisfação em louvar o Capitão Aviador Dionysio Cerqueira de Taunay comandante do avião e sua tripulação pela bravura com que, evidenciando mais uma vez a eficiência da Força Aérea Brasileira, se conduziram no combate travado que resultou no afundamento do submarino". Salgado Filho - Ministro da Aeronáutica Foi promovido a major-aviador em 1943, tendo assumido o comando do 2º Grupo de Patrulha, equipado à época com aeronaves Consolidated PBY-5A Catalina (Anfíbio). Em 1944, em seu comando, realizou-se o Curso de Patrulha orientado pela United State Brazilian Air Training Unit (USBATU), com a participação de oficiais da Marinha Americana, tendo recebido diploma de Primeiro Piloto de Patrulha. Com o Brasil participando da Campanha na Europa, foi designado Oficial de Ligação da FAB com USAAF (United States Army Air Forces) na Itália. A trajetória de heroísmo dos pilotos brasileiros na Segunda Guerra Mundial foi ressaltada em solenidade, no dia 22 de abril, no berço da Aviação de Caça, a Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro. Nesta data, em que se comemora o Dia da Aviação de Caça, os pilotos brasileiros realizaram o maior número de missões em solo italiano num único dia: foram 11 missões. Neste ano, a empresa Azul Linhas Aéreas homenageou a Aviação de Caça e os 70 anos da Força Aérea batizando um dos seus aviões de “Jambock Azul”. A palavra de origem sulafricana Jambock, que significa chicote, identificava o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCa) na guerra. A aeronave Embraer 195 da empresa apresenta na fuselagem o brasão do Primeiro Grupo de Aviação de Caça e chegou a BASC escoltada por dois caça F-5. Os veteranos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, o Vice-Presidente TécnicoOperacional da Azul, Miguel Dau, e o Comandante Kleber Marinho, vieram no avião. Batismo - O Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, veteranos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, como o Major Brigadeiro do Ar José Rabelo Meira Vasconcelos e o Major Brigadeiro do Ar Rui Barbosa Moreira Lima, o Comandante da BASC, Coronel Aviador Arnaldo Silva Lima Filho, o Comandante do 1º GAVCa, Tenente Coronel Aviador Marco Antonio Fazio, e pelo VicePresidente Técnico-Operacional da Azul batizaram o avião. A cerimônia do Dia da Aviação de Caça lembrou os pilotos e heróis da campanha do Brasil na Segunda Guerra. Houve homenagem para os veteranos, a entrega da medalha Brigadeiro Nero Moura aos pilotos mais antigos e de troféus para os destaques da nova geração. Caças F-5EM e A-1 ficaram em exposição e houve uma simulação de ataques com armamentos reais em um estande de tiro próximo da pista de pouso. “Esta cerimônia já existe há muitos anos. A Aviação de Caça faz uma justa homenagem aos seus pilotos. É uma unidade que representa muito bem o país”, lembrou o Major Brigadeiro do Ar José Meira, um dos veteranos da campanha. 14 ACONTECE NA FAB O ficiais-generais recém-promovidos nas três Forças Armadas foram apresentados (5/3) à Presidenta Dilma Rousseff, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. “A carreira em que cada um dos novos Oficiais-Generais soube se destacar é pautada pelos valores do profissionalismo e pela incansável dedicação ao país. A promoção com que foram distinguidos constitui a justa e merecida recompensa por sua competência e pela excelência de suas trajetórias profissionais”, afirmou. Ela ressaltou a importância da Marinha, do Exército e da Aeronáutica na proteção das fronteiras brasileiras. Lembrou, ainda, a atuação na Amazônia e a recente descoberta das riquezas no présal, que impõem um novo estágio para as forças de defesa. “Estamos construindo uma nação mais fraterna, mais igualitária e mais próspera que jamais prescindirá da importante contribuição dos homens e das mulheres militares”. Segundo ela, a Defesa é um tema que não pode ser desconsiderado na agenda nacional. “Nossas Forças Armadas compartilham plenamente os valores da justiça, da democracia, da paz e da igualdade de oportunidades que lastreiam os objetivos internos e externos do Brasil. Contribuem dessa forma para consolidar nosso país como um Estado Democrático de Direito por excelência”. Sgt Johnson / CECOMSAER Presidenta Dilma Rousseff recebe novos Oficiais-Generais O Tenente Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato é cumprimentado pela Presidenta Dilma Roussef, em Brasília, em evento que reuniu Oficiais-Generais recém promovidos Novos comandantes, chefes e diretores EMAER - O Tenente Brigadeiro do Ar Jorge Godinho Barreto Nery assumiu (29/3) a chefia do Estado-Maior da Aeronáutica, substituindo o Tenente Brigadeiro do Ar João Manoel Sandim de Rezende. DEPENS – O Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato é o novo Diretor de Ensino da Aeronáutica. O Major Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez assumiu a Vice-Direção do DEPENS. III COMAR – O Major Brigadeiro do Ar Luiz Carlos Terciotti assumiu (1/4) o Terceiro Comando Aéreo Regional, em substituição ao Major Brigadeiro do Ar Élcio Picchi. VI COMAR - O Major Brigadeiro do Ar Jorge Kersul Filho recebeu (28/3) do Major Brigadeiro do Ar Sergio Peinado Mingorance o cargo de comandante do Sexto Comando Aéreo Regional. V COMAR - O Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato passou (12/4) o comando do Quinto Comando Aéreo Regional para o Major Brigadeiro do Ar Flávio dos Santos Chaves. III FAE – O Major Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez passou o comando da Terceira Força Aérea ao Brigadeiro do Ar Paulo Érico Santos de Oliveira. II COMAR – O Major Brigadeiro Ar Luiz Antônio Pinto Machado assumiu o Segundo Comando Aéreo Regional, em substituição ao Major Brigadeiro Ar Hélio Paes de Barros Júnior. UNIFA/CDA - O Major Brigadeiro do Ar Stefan Egon Gracza assumiu (8/4) a Universidade da Força Aérea e a Comissão de Desportos da Aeronáutica, em substituição ao Major Brigadeiro do Ar Robinson Velloso Filho. CIAAR - O Brigadeiro do Ar José Magno Resende de Araújo assumiu (7/4) o comando do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica, em substituição ao Brigadeiro do Ar José Geraldo Ferreira Malta. AFA – O Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira é o novo comandante da Academia da Força Aérea, substituindo o Major Brigadeiro do Ar Roberto Carvalho. ECEMAR - O Brigadeiro do Ar Roverson William Milker Figueiredo assumiu (06/04) a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), em substituição ao Major Brigadeiro do Ar Stefan Egon Gracza. CINDACTA I - O Brigadeiro do Ar Mauricio Ribeiro Gonçalves passou o cargo de comandante do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo para o Brigadeiro do Ar José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho. CENIPA/ASOCEA - O Brigadeiro do Ar Carlos Alberto da Conceição recebeu (7/4) os cargos de Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo, em substituição ao Brigadeiro do Ar José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho. VII COMAR - O Coronel Aviador Carlos José Rodrigues Alencastro é o novo Chefe do Estado-Maior do Sétimo Comando Aéreo Regional. Ele substituiu o Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, que assumiu a Subchefia de Operações do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR). CEMAL - O Coronel Médico Paulo Peralva Borges passou a direção do Centro de Medicina Aeroespacial para o Coronel Médico Sérgio Idal Rosenberg. Aniversário de unidades O Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV) completou 28 anos em abril (dia 6). No dia 4, o Colégio Brigadeiro Newton Braga comemorou seu 51º aniversário.O Quarto Comando Aéreo Regional celebrou 69 anos (27/3). A Base Aérea de Anápolis (BAAN) e o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) completaram em abril, respectivamente, 39 e 32 anos de atividade. O Hospital das Forças Armadas (HFA) celebrou 39 anos de serviços em Brasília. Na Amazônia, a Base Aérea de Manaus (BAMN) e o Esquadrão Arara (1º/9º GAV) completaram 41 anos. No Sul do país, o Esquadrão Pampa (1º/14º GAV) celebrou o 64º aniversário. A Prefeitura de Aeronáutica de São José dos Campos (PASJ) comemorou seu 36º aniversário (01/04). 15 ESPORTE FAB lança site na internet sobre os Jogos Mundiais Militares A co m p et i çã o co m e ça e m julho, mas, desde agora, é possível acompanhar as notícias dos atletas da Força Aérea que representarão o país na mais importante olimpíada militar, que acontecerá de 16 a 24 de julho no Rio de Janeiro. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) lançou o site “Força Aérea Brasileira no Rio 2011”, que pode ser acessado no portal da FAB (fab.mil.br) ou diretamente no endereço eletrônico www. Rio2011.fab.mil.br. Com notícias, fotos e áudios, o site traz uma galeria dos atletas da FAB com o currículo e as expectativas deles para o Mundial Militar. Os atletas da Aeronáutica participam dos Jogos Mundiais Militares nas modalidades de Futebol Masculino, Atletismo, Pentatlo Militar, Tiro, Voleibol de Praia, Paraquedismo, Pentatlo Aeronáutico, Orientação e Taekwondo. As expectativas dos atletas para a competição são grandes, pois será a primeira vez que os jogos serão realizados no Brasil. A sargento paraquedista Cássia Bahiense Neves, 27, por exemplo, analisa que competir “ em casa” será um ponto vantajoso para os atletas da equipe. “Para o paraquedismo é excelente, pois na modalidade de precisão é fundamental treinar na área do campeonato. Existem várias situações no terreno, no clima, que deverão Página inicial do site “Força Aérea Brasileira no Rio 2011”, que reúne informações sobre os atletas da FAB ser observadas pelos atletas antes da competição. A pressão vai ser grande na equipe feminina , pois será a primeira representação do Brasil. A expectativa é por uma medalha”, afirma. O Tenente André Rossi Kuroswski, da equipe de Pentatlo Aeronáutico, também acredita em bons resultados na compe- tição. “A expectativa é boa. Nos últimos quatro anos, estivemos sempre próximos do primeiro lugar. Nós esperamos melhorar os resultados dos últimos anos e, assim, conquistarmos a vitória.” No futebol masculino, o zagueiro Francisco Luciano Portela Batista está otimista em relação à participação brasileira no tor- neio. Além da qualidade técnica dos jogadores, o Sargento Portela aposta em outra “arma” para surpreender os adversários. “O condicionamento físico será um grande diferencial. No torneio no Suriname, por exemplo, enfrentamos duas prorrogações e o time terminou as partidas inteiro”, analisa. Jogos Mundiais Militares contarão com mais de cinco mil atletas M ais de 5 mil atletas, 110 países participantes e 20 modalidades em disputa. Esses números devem fazer dos 5º Jogos Mundiais Militares, do Rio de Janeiro, o maior evento esportivo militar do mundo. Os competidores serão distribuídos em três vilas olímpicas. Os atletas também contarão com outras 43 instalações de apoio. Os 5º Jogos Mundiais Militares ainda usarão instalações esportivas de unidades militares e dos Jogos Panamericanos de 2007, como o Estádio Olímpico João Havelange, o Parque Aquático Maria Lenk e o Maracanãzinho. Nelas será possível a realização de até 15 eventos simultâneos. Para o transporte fo- ram disponibilizados 660 veículos. Além disso, cerca de 2500 alunos de 19 universidades das cidades do Rio de Janeiro (RJ), Petrópolis (RJ), Niterói (RJ) e São Paulo (SP) atuarão como voluntários. As competições serão realizadas em 20 modalidades esportivas, sendo 15 delas olímpicas. A equipe dos atletas militares brasileiros inclui competidores de alto rendimento como Vicente Lenilson, Camila Adão, Monique Ferreira, Poliana Okimoto, Fernanda Berti, João Gabriel, Flávio Canto, Keila Costa, Tiago Camilo e Kaio Márcio. Os ingressos para assistir as disputas serão gratuitos, basta se cadastrar, a partir de 1º de maio, no site www.rio2011.mil.br. 16 DIA DA AVIAÇÃO DE PATRULHA 22 de maio Em 22 de maio de 1942, um B-25 recém-adquirido pela Força Aérea realizou ataque contra um submarino italiano na costa do Nordeste brasileiro