www.fab.mil.br
Ano XXXIV
Brasil começa a elaborar
Livro Branco de Defesa
Informações sobre estratégia,
planejamento, orçamento e equipamentos das Forças Armadas
estarão em publicação inédita do
Ministério da Defesa. Uma série de
seminários já programados ajudarão a concluir a publicação. Saiba
como participar. (Pág. 6)
Nº 5
maio, 2011
ISSN 1518-8558
O dia em que a Força Aérea começou a
virar o jogo na batalha do Atlântico Sul
ACONTECE
Oficiais-Generais recémpromovidos participam
de evento na Presidência
da República (Pág. 14)
DICAS - Saiba como se
proteger de sequestrosrelâmpagos (Pág. 10)
Conheça os ganhadores
do Prêmio Santos Dumont
de Jornalismo (Pág. 11)
ESPECIAL 70 ANOS
Anos 90 - O Brasil lança os
olhos sobre a Amazônia, com
a criação do projeto SIVAM
Na prática, é possível dividir a
Amazônia em antes e depois do
Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Até então, 62% do
território nacional não possuia
cobertura radar. (Pág. 7 a 9)
Arquivo
Saiba como foram as
comemorações do Dia da
Aviação de Caça (Pág. 13)
Ministro da Defesa abre
seminário na LAAD 2011
no Rio de Janeiro
Anunciada a assinatura
de contrato para a
modernização de caças
“Não temos inimigo, não representamos ameaça a ninguém,
mas isso não quer dizer que abriremos mão da nossa soberania”,
afirmou o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, na abertura de evento
na LAAD 2011. (Pág. 4)
A Força Aérea e a Embraer
firmaram contrato para a modernização de mais 11 caças F-5,
recém-adquiridos da Jordânia. O
pacote inclui ainda o fornecimento
de mais um simulador de voo para
a aeronave. (Pág. 5)
No dia 22 de maio de 1942, o
submarino italiano Barbarigo foi
avistado na superfície e atacado
pela tripulação de um B-25 (foto)
da Força Aérea Brasileira, perto
da ilha de Fernando de Noronha,
no Nordeste brasileiro. O mesmo
submarino havia torpedeado um
navio mercante próximo ao Atol
das Rocas. A data é comemorada
até hoje como o Dia da Aviação de
Patrulha. (Pág. 12, 13 e 16)
2
CARTA AO LEITOR
Expediente
O jornal NOTAER é uma publicação
mensal do Centro de Comunicação
Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno.
Pela segunda edição seguida,
o nosso Notaer busca, em fatos
marcantes da Segunda Guerra
Mundial, a pauta de trabalho.
Dessa vez, o foco está na ação de
nossa patrulha, justamente no
bombardeio de um submarino das
forças inimigas em nossa área.
O fato, resgatado por nossos
repórteres, marcou de forma
preponderante não só o maior
conflito da história, mas também
a instituição Força Aérea Brasileira.
Na edição anterior, trouxemos
detalhes sobre o dia 22 de abril.
Desta vez, o foco é o 22 de maio.
Coincidência no número, destino
de uma Força que, quando foi
necessário, atuou com suas armas
e homens em prol da sua missão.
A missão, aliás, permanece
com os mesmos desígnios, de patrulhar a imensa área marítima e
hoje, em tempos de paz, preparase para cuidar das riquezas, das
buscas e resgates que fazem parte
dessa rotina iluminada emoldurada pelo azul do céu, azul do mar.
Sgt Johnson / CECOMSAER
Mergulho na história
Editores: Tenente Luiz Claudio
Ferreira e Tenente Alessandro Silva
Brig Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do CECOMSAER
Engenharia social: você sabe o que é?
podem ser técnicos ou não-técnicos;
ambos manipulam pessoas da organização para conseguir informação
não autorizada que pode ser utilizada
contra a própria organização.
A engenharia social pode ser
utilizada para efetuar “ataques” às
famílias ou indivíduos isolados. Um
meio muito comum para isso são os
sites de relacionamento.
Há inúmeros métodos utilizados
para conseguir informação, ou acesso
a ela, por meio do pessoal de uma
organização. Alguns dos mais comuns
incluem: se passar por um membro
da organização, troca de favores,
convencimento de que o pedido é
normal, assegurar à vítima de que ele
não é responsável pelo que está fazendo e apelar para falsas amizades.
A engenharia social concentra-se
em explorar as fraquezas das pessoas,
dos sistemas e processos de segurança de TI (tecnologia da informação)
e das falhas de segurança tanto das
organizações quanto das residências.
Organizações e companhias estratégicas ao redor do mundo têm
reportado tentativas de utilização de
técnicas de engenharia social para ob-
Chefe da Divisão de Produção e
Divulgação: Tenente Coronel Alexandre Emílio Spengler
Chefe da Divisão de Relações Públicas: Coronel Marcos da Costa
Trindade
PENSANDO EM INTELIGÊNCIA
Em geral, engenharia social é o
processo de enganar (manipular)
pessoas de forma que elas forneçam
diretamente ou proporcionem acesso
à informação privada, classificada ou
privilegiada a quem não deveria tê-la.
Os engenheiros sociais podem ser
agentes adversos (hackers, criminosos ligados a roubos, furtos, sequestros etc) que se utilizam dessa técnica
para conseguir informações (dados
ou conhecimentos) de indivíduos
(pessoas físicas) ou de instituições
(organizações, empresas, órgãos e
etc) com o intuito de obter vantagens
ilícitas (informações privilegiadas,
dinheiro, tráfico de influência e etc).
Lembre-se que a engenharia social não é uma faculdade (curso formal) e sim uma habilidade pessoal em
uma determinada área. Ela lida com
várias formas e técnicas em situações
diversas. Pessoas com habilidades
e experiência nesta área definem o
termo como umas das ferramentas,
em comunicação humana, mais utilizadas no mundo, visando proteger a
informação ou atacá-la.
Ataques de engenharia social
estão cada vez mais frequentes e
Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do
Ar Marcelo Kanitz Damasceno
ter informações internas por meio de
telefones, e-mail, contatos pessoais e
sites de relacionamento.
Nas organizações, o pessoal mais
visado tem sido aqueles que desenvolvem tarefas como: atendimento
ao público, helpdesk, recepcionistas,
guardas, seguranças, pessoal de
limpeza, serviços de alimentação e
demais terceirizados.
O primeiro passo sempre é estabelecer confiança com a pessoa de
interesse (vítima). O engenheiro social habilidoso obterá informações de
forma muito lenta, pedindo pequenos
favores ou obtendo informações por
meio de conversas aparentemente
inocentes. A engenharia social é, geralmente, bem sucedida, pois as pessoas são naturalmente prestativas.
Saiba mais: FCA 200-3 “Prevenção
à Engenharia Social” (BCA nº 206, de
6/11/2009) e disponível na página
do CENDOC. A publicação é ostensiva
(livre acesso ao público) e muito fácil
e didática de se entender.
O conhecimento é sempre um
bom aliado na segurança da família e
da instituição. Mantenha-se sempre
bem informado. (CIAER)
Repórteres: Tenente Luiz Claudio
Ferreira, Tenente Alessandro Silva,
Tenente Adriana Alvares, Tenente
Marcia Silva, Tenente Flávio Hisakasu Nishimori e Tenente Carla
Dieppe
Colaboradores: Ministério da Defesa, CIAER, INCAER e SISCOMSAE
(textos enviados ao CECOMSAER,
via Sistema Kataná, por diversas
unidades)
Tiragem: 30.000 exemplares
Jornalista Responsável: Tenente
Luiz Claudio Ferreira (MTB 2857
- PE)
Diagramação: Tenente Alessandro
Silva, Sargento Rafael da Costa
Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves
Zigunow
Ilustração: Suboficial Cláudio Bonfim Ramos e Sargento Jéssica de
Melo Pereira
Revisão: Major Alexandre Daniel
Pinheiro da Silva e Suboficial Cláudio Bonfim Ramos
Estão autorizadas transcrições
integrais ou parciais das matérias,
desde que mencionada a fonte.
Comentários e sugestões de pauta
sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected]
ISSN 1518-8558
Esplanada dos Ministérios - Bloco
“M” - 7º andar CEP - 70045-900
Brasília - DF
Impressão e acabamento:
Aquarius Gráfica e Editora
3
PALAVRAS DO COMANDANTE
PR
Heróis patrulheiros
Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito
Comandante da Aeronáutica
ma imensa área de cobertura
de área marítima e um desafio
de tamanho proporcional para os
nossos homens e suas asas.
Uma história que a patrulha da
Força Aérea Brasileira escreve com
a veste de aço guerreira desde o
ano de 1942 quando um submarino das forças inimigas foi avistado
na costa brasileira e torpedeado
pela tripulação de uma aeronave B-25. Desde então, a guerra
passou, mas a missão de cuidar
de nosso território permanece
intocado e, sempre, assim como
no princípio, guerreiro.
A missão de patrulha foi recebida pela FAB no ano seguinte a
sua fundação, o que lhe rendeu
a maturidade e experiência para
os tempos de paz subsequentes e
para os quais trabalha e perma-
nece em prontidão em todos os
momentos.
Sob inspiração daquela primeira grande missão e de tudo o
que ela significou, cada tripulação
que resolveu devotar suas vidas à
patrulha soergue a determinada
oportunidade do porvir, do olhar,
dos instrumentos de voo que vasculham não só possíveis ameaças,
mas também o socorro a embarcações ou pessoas no meio do mar.
Neste ano, por exemplo, começamos a receber as aeronaves
P-3AM Orion. Entre suas missões,
está a de patrulhar a área de extração de petróleo da camada présal, em meio ao Oceano Atlântico.
Uma riqueza nacional que
deve ser cuidada e mantida em
proveito do nosso povo. Por isso,
as aeronaves decolam. Os nove
aviões devem estar a serviço do
Brasil, sediados em Salvador, a
partir do ano que vem.
O P-3, cuja autonomia é de
16 horas de voo mesmo à baixa
altura, trata-se de uma aeronave
equipada com o que há de mais
moderno em sensores especiais,
e que colocam o Brasil na primeira
linha da aviação de patrulha.
Seus instrumentos aperfeiçoam a execução das diversas missões, como a de busca e resgate
dentro da área de responsabilidade brasileira de 6.400.000 km² de
área. A aeronave representará efetivo apoio às atividades de busca e
salvamento no Atlântico Sul, que,
conforme acordos internacionais,
é de responsabilidade do Brasil.
Enfim, sob a lembrança daquele 22 de maio de 1942, que marcou
os destinos da Segunda Guerra
e da nossa instituição, os nossos
heróis planejam sobre mapas e
decolam suas aeronaves para o
que alguns podem considerar o
infinito azul. Para os pilotos, com
suas coberturas vermelhas, há um
plano de voo permanente: servir
ao Brasil
Para os profissionais de patrulha, tudo pode ser encontrado,
cada movimento de mar aciona
os olhos incansáveis dessa gente a
quem estendemos nosso reconhecimento e agradecimentos. Infinita, sim, é essa disposição de atuar
pela Pátria, em função da missão
atribuída e sempre cumprida.
Olhos ao mar, companheiros.
Sempre é tempo de voltar também
nossos olhos e aplausos a esses
nossos guerreiros.
Arquivo
U
4
LAAD 2011 - A maior feira de defesa da América Latina
S
oberania é um compromisso
do Brasil, e o investimento em
ciência e tecnologia é fundamental
para cumprir essa missão. Foi essa
ideia apresentada pelo Ministro da
Defesa, Nelson Jobim, na abertura
do III Seminário de Defesa, realizado durante a LAAD 2011 (12 a 15
de abril), no Rio de Janeiro.
“Não temos inimigo, não representamos ameaça a ninguém,
mas isso não quer dizer que abriremos mão da nossa soberania”,
afirmou o ministro. Segundo ele,
há uma disparidade entre o poder
político-econômico do Brasil e os
nossos gastos militares, o que seria
uma ameaça para as riquezas do
país. “Não podemos permanecer
alheios ao mundo, porque o mundo não está alheio a nós”, disse.
Nelson Jobim lembrou ainda
que a Estratégia Nacional de Defesa definiu os pontos de partida
para vários aspectos da política de
defesa. Em ciência e tecnologia, os
focos são a energia nuclear, a pesquisa espacial e a cibernética. “A
modernização tecnológica de nossa estratégia militar demandará
esforço das nossas instâncias políticas e administrativas”, conclui.
Espaço - Intitulado “Desafio
do Desenvolvimento Tecnológico
das Forças”, o primeiro painel de
discussões do seminário contou
com a presença do Brigadeiro
Engenheiro Francisco Carlos Melo
Pantoja, Diretor do Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE), do
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
Ele explicou que a conquista do
espaço traz avanços para a tecnologia, defesa e economia, em aplicações como meteorologia, alerta
de catástrofes e controle do espaço
aéreo. Com essa meta, o DCTA já
conta, hoje, com dois centros de
lançamento, um em Alcântara (MA)
e outro em Natal (RN).
Segundo o Brigadeiro Pantoja, o
caminho para a excelência em uma
área de ponta depende de um planejamento detalhado. “É preciso
ter investimento na ciência básica,
se não o ciclo não fecha”, explicou.
É estimado um tempo de 10 a 15
anos para um conhecimento se
tornar uma inovação industrial,
SGT Wanderson / CECOMSAER
Ministro da Defesa abre III Seminário de Defesa no RJ
O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, participou da abertura do seminário no RJ
daí a necessidade de investimento.
O oficial apresentou o modelo de pesquisa aeronáutica do
DCTA, que começa com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica
(ensino), passa pelo Instituto de
Estudos Avançados e Instituto
Aeronáutica e Espaço (desenvolvimento de tecnologia) e termina
com o Instituto de Fomento e
Coordenação Industrial, que leva
a inovação ao mercado.
Somente por meio de um fluxo assim seria possível descobrir
aplicações antes impensáveis
para uma pesquisa. “O resultado
da tecnologia espacial não é só
direto. Pode-se ter o estudo em
uma área e um resultado para
outra”, exemplificou.
Em debate o uso e os desafios para a operação de VANTs
O
Chefe de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar
Luiz Claudio Ribeiro, participou de
painel na LAAD 2011 e explicou o
trabalho da Força Aérea Brasileira
para possibilitar a operação de
Veículos Aéreos Não-Tripulados
(VANT) no país, sem o comprometimento da segurança para as outras
aeronaves que dividirão o mesmo
espaço aéreo.
“Nós buscamos soluções para
que esses equipamentos possam
operar em segurança”, explicou.
Segundo o Brigadeiro Ribeiro, além
de ainda existirem limites de tec-
nologia, como equipamentos que
evitem colisões, ainda há questões
que precisam ser definidas, como
frequências exclusivas para os VANT.
A questão, no entanto, não é exclusiva do Brasil. Este é um desafio
internacional e hoje o DECEA participa de grupos da Organização da
Aviação Civil Internacional (OACI)
que debatem o tema. “Não existe
evento de grande porte no mundo
que o DECEA não faça questão de
participar para aprender o que
estar acontecendo”, acrescentou.
Outro aspecto relativo à segurança é quanto à pilotagem dos
VANT. Alguns modelos têm voo
autônomo, enquanto outros são
remotamente controlados. Mesmo assim, para o Brigadeiro Ribeiro, estes operadores precisam ser
muito bem preparados. “Para mim
é muito claro que esse elemento
precisa ter grande conhecimento
das regras de controle do espaço
aéreo”, afirmou.
Por fim, ele lembrou que a
atual legislação no Brasil, como em
outros países, ainda impede o uso
de VANT sobre regiões habitadas e
que o espaço aéreo precisa ser segredado. O desafio maior é acabar
com essas restrições para que esses
equipamentos possam cumprir da
melhor forma suas tarefas, com a
maior segurança possível.
“A grande diferença do VANT
(Veículo Aéreo Não Tripulado) e do
aeromodelo é o emprego. O VANT
sempre vai ter uma necessidade
operacional”, disse o Engenheiro
Flávio Araripe, coordenador do
projeto VANT do DCTA, outro participante do painel.
Hoje, contou o engenheiro, há
desde modelos lançados de mão
até o Globalhawk, cujas asas são
maiores que as do Boeing 747. Não
há mais conflito moderno sem a
presença desses aviões, sem tripulantes e com grande autonomia.
5
LAAD 2011 - Reaparelhamento
A
Força Aérea Brasileira (FAB) e
a Embraer assinaram contrato
para a modernização de mais 11
caças F-5. O anúncio foi feito, no
Rio de Janeiro, durante a LAAD
2011. O pacote inclui ainda o fornecimento de mais um simulador
de voo dessa aeronave.
O acordo é uma continuidade
do contrato assinado em 2000
para a modernização de um primeiro lote de 46 caças F-5E. Desse
total, 39 aeronaves já foram entregues e duas estão em processo
de recebimento. Os demais serão
entregues neste ano, segundo o
cronograma do projeto.
O programa de modernização
tem como foco fornecer às aeronaves sistema de guerra eletrônica
de última geração, novos aviônicos, sistema de reabastecimento
em vôo e maior capacidade operacional, estendendo a vida útil
da aeronave por pelo menos mais
15 anos. A Força Aérea investirá
R$ 276 milhões na modernização
dos caças F-5, que hoje operam
nas regiões Norte, Sul e Sudeste.
A FAB fará a revisão das 11
células adquiridas. No ano que
vem, os caças serão entregues à
Embraer para o início do processo
de modernização. Os aviões modernizados entrarão em operação,
gradativamente, a partir de 2013.
Novo helicóptero das Forças Armadas é
destaque em feira de defesa no RJ
N
a área externa do Riocentro,
onde acontece a oitava edição
da LAAD, três grandes helicópteros
chamaram a atenção. Nas cores
cinza (Marinha), verde escuro
(Exército) e verde claro (FAB), os
três EC-725 são os primeiros do
lote de 50 unidades adquiridos
para as Forças Armadas brasileiras.
Os helicópteros estão no Brasil
desde janeiro, quando foram iniciados em Itajubá (MG) os voos de
treinamento dos militares brasileiros. "Pilotos e mecânicos das três
forças treinaram e aprenderam
juntos nas aeronaves", conta Joel
Fonseca, da Helibras, representante brasileira da Eurocopter. Os
EC-725 também já estão prontos,
e chegaram ao Riocentro voando.
A aquisição dos EC-725 representa um passo a mais para
a indústria nacional. "A ideia do
projeto é envolver o parque industrial brasileiro para termos a
capacidade de fabricar e manter
as aeronaves aqui", explica Joel
Fonseca. Cada Força deve receber
16 aeronaves, e mais duas serão
usadas pela Presidência.
O projeto inclui ainda a transferência de tecnologia, que permitirá que em 10 anos já exista uma
indústria de helicópteros no Brasil.
A previsão é do Major Brigadeirodo-Ar Dirceu Tondolo Nôro, da
Diretoria de Material Aeronáutico
e Bélico da Aeronáutica (DIRMAB),
que participa do processo de aquisição dos EC-725. Segundo ele, o
projeto envolve a criação de até 20
mil empregos diretos e indiretos.
"Quando você nacionaliza e aprende a fazer, gera de 4 a 5 vezes mais
emprego", explica o Brigadeiro.
Será criada no Brasil uma
linha de montagem dos helicópteros, que além de aplicações
militares também tem uma
versão semelhante destinada
ao mercado civil. Também serão
transferidos para cá a produção
dos motores e da aviônica, que
são os sistemas eletrônicos do
EC-725. Ao todo, são 22 projetos
de transferência de tecnologias,
que envolvem até o uso de materiais compostos.
SGT Wanderson / CECOMSAER
Onze caças F-5 da FAB serão modernizados pela Embraer
O Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, e o Vice-Presidente
Comercial da Embraer Defesa e Segurança, Orlando José Ferreira Neto, na LAAD
EMBRAER anuncia novas parcerias com
empresas para o projeto KC-390
C
riado para atender a um requisito operacional da Força
Aérea Brasileira, o programa de
desenvolvimento do avião de
transporte KC-390 contará agora
com a participação da Aero Vodochody, da República Tcheca, e
da Fábrica Argentina de Aviões
Brigadeiro San Martín (FAdeA).
No anúncio do acordo, durante a LAAD 2011, o Ministro da
Defesa, Nelson Jobim, destacou a
importância da parceria com países da América. “O Brasil decidiu
através da Estratégia Nacional de
Defesa que deveríamos ter uma
cooperação”, disse.
O presidente da Embraer
Defesa e Segurança, Luiz Carlos
Aguiar, também ressaltou a importância do contrato. “A participação da FAdeA no Programa KC390 fortalece a cooperação entre
as bases tecnológicas e industriais
de defesa de ambos os países.”
O anúncio foi resultado das
Declarações de Intenções assinadas no ano passado pelo Ministério da Defesa. As empresas
estrangeiras vão fornecer partes
do KC-390, e o acordo também
garante a compra de pelo menos
seis aviões para a Argentina e
dois para a República Tcheca.
O programa de desenvolvimento do KC-390 foi iniciado em
2009, com a encomenda de dois
protótipos para a FAB. De acordo
com o Ministro Nelson Jobim, o
Brasil deverá receber 28 KC-390
para atender as suas necessidades operacionais.
O Brasil planeja a aquisição de 28
aeronaves KC-390 da EMBRAER
6
MINISTÉRIO DA DEFESA
Brasil começa a elaborar Livro Branco de Defesa Nacional
Publicação ampliará conhecimento da sociedade civil sobre assuntos militares. Seminário em Campo
Grande iniciou discussão pública sobre temas que constarão do documento
A
sociedade brasileira e a comunidade internacional poderão
ter acesso, numa única publicação, a importantes dados sobre os
principais assuntos relacionados
à Defesa brasileira. Informações
sobre estratégia, planejamento,
orçamento e equipamentos das
Forças Armadas constarão do Livro
Branco de Defesa Nacional (LBDN).
Documento público inédito
no país, o LBDN começou a ser
elaborado sob a coordenação do
Ministério da Defesa. Em Campo
Grande (MS), no final de março,
aconteceu o primeiro de uma série
de seminários que gerarão insumos
para a redação do documento.
Publicação já editada por vários
países do mundo, o Livro Branco
tem como objetivo dar transparência às políticas de defesa das
democracias contemporâneas. No
Brasil, sua elaboração cumpre determinação contida no artigo 9º da
Lei Complementar nº 97/99.
O LBDN brasileiro deverá ser
elaborado até o final do ano e sua
primeira edição apresentada pelo
Poder Executivo ao Congresso até
meados de 2012. Para cumprir a
tarefa, o governo criou, por meio
do Decreto nº 7.438/11, o Grupo
de Trabalho Interministerial (GTI).
A coordenação do GTI está a cargo
do Ministério da Defesa.
Para o ministro da Defesa,
Nelson Jobim, o processo de elaboração do Livro Branco será uma
oportunidade única para que a
sociedade civil aprofunde seus
conhecimentos sobre os temas
militares e passe a compreendêlos num contexto mais amplo, à
luz das diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. “O Livro Branco
será uma poderosa ferramenta de
ampliação da participação civil nos
assuntos de defesa”, diz.
Segundo Jobim, as discussões
a serem realizadas durante a confecção do documento também
serão úteis aos próprios militares.
“Não tenho dúvida de que o livro
servirá para ampliar de modo
significativo o conhecimento do
próprio estamento castrense sobre si mesmo”, afirma.
O ministro explica que o Livro
Branco não tem a intenção de tornar públicas informações de caráter
sigiloso que poderiam comprometer a segurança nacional. Diferentemente, diz ele, a publicação dá
publicidade a uma série de dados
essenciais ao esclarecimento dos
cidadãos sobre a realidade das
nossas Forças Armadas.
Para Jobim, o Livro Branco será
um grande catalisador da discussão sobre os temas de Defesa no
âmbito da academia, da burocracia
federal e do parlamento. Além disso, ele acredita que o documento
servirá de mecanismo de prestação
de contas sobre a adequação da
estrutura de Defesa hoje existente
aos objetivos traçados pelo poder
público para o setor no país.
Discussão - Com o objetivo de
discutir os temas e gerar insumos
para o Grupo Interministerial que
elaborará o Livro Branco, o Ministério da Defesa realizará, ao longo
deste ano, seis seminários, seis oficinas temáticas e sete workshops
em diversas cidades brasileiras. Os
eventos terão como participantes
acadêmicos, políticos, militares
e especialistas. Além de gerar
subsídios para o Livro Branco, os
participantes também vão propor
metodologias visando facilitar a
elaboração do documento.
Para possibilitar a participação
de um maior número de pessoas,
os seminários serão transmitidos
ao vivo pela internet por meio
do site criado pelo Ministério da
Defesa para reunir todas as informações sobre o assunto: www.
livrobranco.defesa.gov.br.
O Livro Branco deverá conter a
previsão orçamentária plurianual.
A publicação será atualizada a cada
quatro anos, a fim de permitir que
novas metas sejam estabelecidas
para um novo período plurianual.
LAAD 2011 - Visitantes puderam conhecer estrutura de apoio da FAB
LAAD 2011 reuniu, de 12 a
15 de abril, nos pavilhões do
Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ),
o que há de mais moderno na tecnologia militar. Do lado de fora,
o que parecia um acampamento,
revelava a capacidade da Força
Aérea Brasileira (FAB) de operar
no campo de batalha.
Os abrigos verde escuro montados formam, na realidade, uma
Unidade Celular de Intendência
(UCI), estrutura de apoio ao combate já testada em operações reais, como no socorro das vítimas
da tragédia da Região Serrana no
Rio de Janeiro, no início de 2011,
e do terremoto do Haiti, em 2010.
A UCI é autônoma e capaz de
ser montada em qualquer lugar,
SGT Wanderson / CECOMSAER
A
Instalações da Unidade Celular de Intendência; em destaque, o MAPRE
mesmo onde não existe apoio de
energia elétrica, por exemplo.
Parte dessa estrutura foi montada
na LAAD 2011 para visitação.
A estrutura montada na LAAD,
pode ser mobilizada em apenas
48 horas e ser rapidamente transportada em aviões.
A UCI da LAAD 2011 ocupou
uma área de 1.012 m², onde os
visitantes puderam conhecer módulos de alojamentos, suprimentos, lavanderia, serviço sanitário
e o Módulo de Alimentação a
Pontos Remotos (MAPRE).
Vinte e seis militares da FAB
operaram a UCI exposta na feira,
mas a estrutura pode aumentar
de acordo com a necessidade.
A Unidade Móvel Odontológica (UMO) da Odontoclínica
de Aeronáutica Santos Dumont
(OASD) também foi levada para
a LAAD 2011. Durante o evento,
a unidade prestou atendimento a
pacientes em primeiros socorros,
atuando como Unidade Celular
de Saúde.
7
ESPECIAL FAB 70 ANOS
Anos 90
SIVAM – Os olhos avançados do Brasil sobre a Amazônia
Nos anos 90, governo brasileiro atua em bloco para recuperar o controle da Amazônia e cria um dos
mais avançados sistemas de vigilância do mundo
m oceano verde e desafiador.
Até os Anos 90, voar sobre a
Amazônia significava enfrentar
variações meteorológicas, dificuldade para localizar pistas de
pouso alternativas em situações
de emergência e pilotar convencionalmente, sem o apoio de
comunicação e radares, como
acontece na travessia do Atlântico
e de regiões desérticas do mundo.
E esse era o contexto das rotas
aéreas que cortavam cerca de
62% do território nacional.
Por outro lado, o isolamento da
floresta também representava um
problema para diversas instituições
brasileiras diante de um cenário
perfeito para a atuação de atividades ilícitas, como desmatamento,
queimadas, biopirataria e tráfico de
drogas, dentre outras. A integração
completa do território brasileiro
parecia um sonho distante, caro e
típico de filmes de ficção.
Parecia. Até o surgimento do
mais importante projeto governamental para a região: o Sistema de Vigilância da Amazônia
(SIVAM), uma complexa rede de
radares, satélites e equipamentos
de vigilância, controle e comunicação espalhados por nove Estados – Roraima, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Mato Grosso,
Pará, Maranhão e Tocantins.
Na prática, pode-se dividir a
Amazônia em antes e depois do
SIVAM. “Houve uma mudança
significativa não só no apoio ao
transporte aéreo, mas também em
se tratando de vigilância ambiental, territorial, telecomunicações e
proteção ao voo. E a Aeronáutica,
por conta dos ativos de vigilância
e defesa que estão sob sua guarda, está à frente deste processo,
Arquivo
U
Rede de equipamentos instalada pelo SIVAM, na região Amazônica; informações alimentam banco de dados do SIPAM
contribuindo decisivamente e colaborando para ações coordenadas do
governo federal na região”, explica o
assessor de Comunicação Social do
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Coronel-Aviador
Paullo Sergio Barbosa Esteves, que
trabalhou no projeto SIVAM.
O projeto exigiu investimentos da ordem de US$ 1,4 bilhões,
necessários para a criação de
uma rede de equipamentos e
infraestrutura em uma região
de 5,2 milhões de quilômetros
quadrados. Basta imaginar que
32 países da Europa cabem den-
tro da Amazônia. “Na verdade, o
investimento total acaba sendo
baixo se levado em conta o custo
por quilômetro quadrado: US$
270”, destaca o assessor.
Os recursos aplicados representaram ainda incentivos para a
indústria nacional e a reconquista
daquele território pelo Estado
Brasileiro.
O Projeto SIVAM foi apresentado pela primeira vez, sem
muito alarde, na ECO-92, no Rio
de Janeiro. A iniciativa coube à Secretaria de Assuntos Estratégicos,
que apresentou uma exposição
de motivos em parceria com os
Ministérios da Justiça e da Aeronáutica – três personagens da
administração pública bastante
influenciados em sua missão pelo
estado precário de vigilância e de
presença oficial na Amazônia.
No caso da Aeronáutica, em
razão da falta de estradas e da
irregularidade dos rios ao longo
do ano, controlar e vigiar o tráfego
aéreo na região era consolidar as
ações iniciadas nos anos 70, com a
implantação dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de
Tráfego Aéreo (CINDACTAs).
8
ESPECIAL FAB 70 ANOS
Com a criação do CINDACTA IV,
todo o país recebeu cobertura radar
DECEA
Instalações do projeto SIVAM, em Manaus, uma das principais bases operacionais da região Norte
A
ntes do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM),
o transporte aéreo na região
Norte acontecia com recursos
limitados de comunicação, com
o suporte da carta de navegação
e identificação visual, ou seja, de
modo convencional, com a possibilidade de enfrentar mudanças
repentinas de meteorologia e de
encontrar facilidade para chegar
a pistas alternativas caso tivesse
alguma emergência. No caso
de acidentes aeronáuticos, a
floresta se transformava em um
“inferno verde” em operações de
busca e salvamento.
A localização de aeronaves, em
uma região de baixa visibilidade e
com vegetação composta por árvores de até 50 metros de altura,
tornava a operação extremamente
difícil. Um dos casos mais famosos
é o da aeronave C-47 da Força
Aérea, ocorrido em 1967. O avião
foi encontrado no meio da floresta, perto da cidade de Tefé (AM),
após o piloto ter feito um pouso de
emergência. Foram 33 aeronaves,
347 pessoas e mais de 1054 horas
de voo em uma operação que, entre a busca e o salvamento, durou
quase 20 dias.
“[Antes do SIVAM] As aeronaves não tinham o equipamento de
localização via satélite. Se ela não
chegasse, por exemplo, a Manaus
no horário estipulado e, quando se
esgotasse o horário de autonomia
de voo, era iniciada a busca visual de
acordo com o plano de voo da aeronave. O esquadrão de busca fazia
a mesma rota da aeronave desaparecida. Se ela não fosse encontrada,
a rota era refeita e aumentado o
perímetro”, explica o comandante
do Primeiro Esquadrão do Oitavo
Grupo de Aviação (1º/8º GAV),
Tenente-Coronel-Aviador Eduardo
Rodrigues da Silva.
DECEA
O Ministério da Aeronáutica
ficou responsável pelo programa
de implantação do SIVAM, que
incluía as obras e equipamentos
que compunham a infraestrutura
do sistema. Para isso, em 1992, foi
criada a Comissão para Coordenação de Implantação do Projeto
do Sistema de Vigilância da Amazônia (CCSIVAM). Dois anos mais
tarde, cerca de 60 empresas se
candidataram ao projeto e tiveram as propostas técnicas, comerciais e financeiras analisadas. O
Senado aprovou o financiamento
externo no mesmo ano.
O SIVAM começou a sair do
papel em 1997. O consórcio
concluiu a fase dos projetos de
edificação e de levantamentos de
campo em 1998, quando o software de integração do sistema, o
X-4000, desenvolvido pela indústria nacional entrou em funcionamento. Todos os equipamentos importados, como radares,
aparelhos de telecomunicações
e aeronaves de sensoriamento
remoto chegaram ao Brasil até
1999. A implantação e o funcionamento do SIVAM tiveram início
em 2002, com a inauguração do
Centro Regional de Vigilância de
Manaus, depois de quatro anos
de obra de infraestrutura e implantação dos radares.
Em 2005, quando o projeto
ficou pronto, o patrimônio público
construído na Amazônia ao longo de
quase dez anos foi distribuído entre
o Sistema de Proteção da Amazônia
(SIPAM), ligado à Casa Civil, e o
Quarto Centro Integrado de Defesa
Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
(CINDACTA IV), da Aeronáutica.
Dentro do projeto SIVAM, a
EMBRAER e a Força Aérea desenvolveram uma aeronave-radar
(E-99) e uma de sensoriamento
remoto (R-99), com capacidade
de gerar imagens, por exemplo,
úteis para o controle de desmatamentos e de carvoarias clandestinas, dentre outras missões,
independentemente de interferências meteorológicas.
Rede de radares do SIVAM
9
ESPECIAL FAB 70 ANOS
rológica e climatológica, espectro
eletromagnético e monitoração de
comunicações, controle de tráfego
aéreo, planejamento e controle
de operações em campo, processamento de informações gerais e
atendimento aos usuários.
Para auxiliar a cobertura dos
radares fixos e móveis, existem
equipamentos remotos, que são
responsáveis pela coleta e envio
de informações via satélite para
os CRV de sua área de atuação.
As unidades de apoio estão distribuídas em 25 localidades, que
contam com equipamentos de
telecomunicações, estações meteorológicas, radares transportáveis e fixos, e estações de VHF.
Essas unidades estão distribuídas
na área de cada centro regional.
O trabalho em conjunto com as
prefeituras acontece por meio dos
cerca de 700 terminais de comunicação. Os Estados da Amazônia
Legal também têm seus Centros
Estaduais de Usuários. O objetivo
é que as prefeituras e os governos
estaduais também tenham acesso
aos dados e possam coordenar
políticas públicas para a área.
Fotos: Sgt Johnson / CECOMSAER
O
s equipamentos do SIVAM
coletam, processam e difundem dados e informações para
outros órgãos governamentais da
Amazônia Legal – como a Polícia
Federal, o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA),
o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Fundação
Nacional do Índio (FUNAI) e a
Aeronáutica. O responsável por
administrar esse imenso banco de
dados é o Sistema de Proteção da
Amazônia (SIPAM). As informações
processadas ajudam a União, os
Estados e os Municípios em ações
de preservação ambiental, de planejamento (planos diretores) e de
fiscalização, dentre outras.
Na época de sua criação, a
Amazônia foi dividida em três
áreas, os Centros Regionais
de Vigilância (CRV) de Manaus
(AM), Belém (PA) e Porto Velho
(RO). O Centro de Coordenação
Geral fica em Brasília.
O SIPAM ainda tem as suas
células operacionais, divididas
em vigilância ambiental, aérea e
territorial, monitoração meteo-
Sgt Johnson / CECOMSAER
Rede de equipamentos do SIVAM alimenta banco de dados
para ações governamentais na região Amazônica
Destacamento de Controle do Espaço Aéreo construído durante o projeto SIVAM
Aeronaves-radar e de sensoriamento apoiam a vigilância
E
m 1997, a EMBRAER assinou
acordo para a produção de
aviões que pudessem fazer a vigilância do espaço aéreo com radares transportáveis para a Força
Aérea: os modelos EMB-145-AS,
os E-99, para vigilância aérea, e os
EMB-145-RS, os R-99, para o sensoriamento remoto. As aeronaves
são equipadas com modernos equipamentos, como o radar PS-890
Erieye, capaz de detectar aviões
voando à baixa altura, e sensores
de última geração, como radar de
abertura sintética SAR, que fornece
imagens em tempo real.
Avião-radar E-99 que auxilia na vigilância do espaço aéreo
Aeronave de sensoreamento R-99: equipamentos modernos
10
DICAS DE SEGURANÇA
Recomendações que podem ajudar a evitar sequestros-relâmpagos
C
onheça quais são os cuidados simples do dia-a-dia que podem ajudálo a evitar os riscos de sequestro-relâmpago, um crime que preocupa
cada vez mais na maior parte das cidades brasileiras.
7) Para os serviços de entrega em domicílio, forneça o número
do telefone da portaria de seu prédio, se houver, e não o de casa
1) Evite ficar
dentro de veículos
em locais de pouco
movimento e mal
iluminados
9) O número de seu telefone residencial só deve ser repassado a
parentes e pessoas de seu círculo de amizades. Para as outras pessoas,
forneça o comercial ou o celular
2) À noite, ao
se aproximar do
semáforo, reduza
a velocidade para
dar tempo dele ficar
verde sem ter que
parar o veículo
3) Evite rotina. Sempre que possível mude seus caminhos e horários
habituais
4) Não ande sozinho por ruas de pouco movimento
5) Antes de sair ou entrar em casa, observe se não há pessoas estranhas nas proximidades. Na dúvida, não entre ou saia. Ligue para a polícia
6) Memorize os hábitos diários de seus familiares mais chegados,
como as rotas e os horários de suas atividades. Preserve na sua agenda
os telefones de colegas e amigos que, numa situação crítica, possam
ajudar a encontrá-los.
8) Caso telefonem para comunicar um acidente ou anunciar um falso prêmio, solicite o nome completo do interlocutor e o telefone para
contato. Desligue e retorne a chamada
10) Nunca
forneça dados
pessoais e de
parentes a
um estranho,
mesmo que
ele se apresente como
sendo de uma
operadora
telefônica ou
de uma outra
empresa
11) Quando fizer um
pagamento
com cheque,
não escreva no
verso o número do telefone
re s i d e n c i a l .
Anote o número comercial,
mesmo que
seja do cônjuge
ou do filho.
12) Suspeite de ligações a cobrar. Desligue de imediato se não reconhecer o interlocutor. Não demore na conversa.
13) Em caso de intimidação por telefone, desligue e tente encontrar
seu familiar. Ligue para a polícia se não encontrá-lo ou se as ligações se
tornarem freqüentes.
14) Oriente seus familiares e as pessoas que trabalham com você
para não conceder (facilitar) nenhuma informação a seu respeito por
telefone ou qualquer outro meio eletrônico
15) Evite utilizar caixas eletrônicos isolados
11
DIVULGAÇÃO
Prêmio Santos Dumont de Jornalismo valoriza reportagens sobre aviação
F
oi realizada, em março, a entrega do 17° Prêmio Santos
Dumont de Jornalismo. A premiação foi criada em 1993 com o
objetivo de estimular a imprensa
para a divulgação das atividades
da Aeronáutica brasileira. Foram
premiados oito vencedores de
artigos publicados em 2010, em
diversas revistas e jornais, sobre
assuntos de aviação enquadrados
em quatro categorias: aviação
comercial, aviação militar, história
da aviação e aviação em geral.
O Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCA-
ER), Tenente Brigadeiro do Ar R1
Paulo Roberto Cardoso Vilarinho,
ressaltou a “importância dos artigos jornalísticos concorrentes para
o desenvolvimento da aviação,
tema apaixonante, com Indústria
sofisticada, ciência magnífica e
fina arte, sempre em busca da
perfeição”.
Conheça os vencedores da
edição 2010 do Prêmio Santos
Dumont de Jornalismo:
Categoria aviação comercial
1° colocado – jornalista Roberto Muylaert, com o artigo “Pull
Up – Simulador de Voo da Azul”,
veículo- revista Brasileiros
2° colocado – jornalista Juliana
Reis, com o artigo “Seus Direitos
nos Aeroportos”, veículo - revista
Incluir
Categoria aviação militar
1° colocado – jornalista Renato
Otto, com o artigo “Manche ou
Mouse”, veículo - revista Força
Aérea
2° colocado – jornalista Leandro Casela, com o artigo “Fase
de Definição”, veículo - revista
Força Aérea
Categoria história da aviação
1° colocado – jornalista Solange Galante, com o artigo “SantosDumont – um Aeroporto Único”,
veículo - Flap Internacional
2° colocado – Rudnei Dias da
Cunha, com o artigo “Ao Mestre
com Carinho”, veículo - revista
Força Aérea
Categoria aviação em geral
1° colocado – jornalista Robin
Siteneski, com o artigo “Aprender
a Voar”, veículo- O Caxiense
2º colocado – jornalista Antonio Aassreuy, com o artigo “O Uso
do Radar em Grande Altitude”,
veículo revista Flap Internacional
CARREIRAS - Oficial faz trabalho voluntário de divulgação de profissões da
Força Aérea em escolas da rede de ensino no litoral de São Paulo
D
esde agosto do ano passado, o
Segundo Tenente Especialista
em Comunicação Pedro Paulo Alves
aproveita suas horas de folga para
divulgar aos jovens as profissões
militares da Força Aérea Brasileira.
Com o DVD de profissõs da FAB,
folderes e muita obstinação, o militar visita escolas públicas com o
objetivo de incentivar alunos que
estão concluindo o ensino médio a
ingressarem na carreira militar.
O trabalho começou quando o
Tenente Pedro Paulo era coman-
dante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santos
(DTCEA-ST), no litoral paulista.
“Recebi um DVD sobre as profissões militares e verifiquei que
era um material muito bem feito.
Decidi divulgar ao efetivo, tanto no
destacamento quanto no Núcleo
da Base Aérea de Santos. Quando
terminei a divulgação, houve uma
procura imediata dos soldados.
Eles vieram falar que não sabiam
que um advogado poderia ingressar na Força Aérea, que havia um
quadro para engenheiros”, afirma.
“Resolvemos fazer um projeto
piloto de divulgação desse tema
nas escolas. Com a ajuda dos companheiros do efetivo fomos em
uma escola oferecendo essa divulgação. Deu certo na primeira escola; na segunda, então, levamos
isso em frente”, complementa. Até
o momento, foram visitadas nove
escolas no Guarujá, litoral paulista, onde o projeto começou. Mais
de mil estudantes já assistiram às
palestras. “O resultado tem sido
muito positivo”, explica.
Como foi destacado para trabalhar em Minas Gerais, o militar
pretende dar continuidade ao
projeto. “Agora o foco será divulgar esse trabalho nas cidades do
interior”, afirma.
O vídeo de profissões, utilizado como base nas palestras ao
alunos das escolas, assim como o
Guia de Profissões da Força Aérea
Brasileira, recém-lançado, podem
ser encontrados na internet: www.
fab.mil.br
12
AVIAÇÃO DE PATRULHA
22 de Maio – O dia da virada na batalha do Atlântico Sul
Segunda Guerra chegou às
portas do Brasil em 1942. Ao
longo de três anos, 71 embarcações foram atacadas por submarinos em águas brasileiras. No total,
o país perdeu mais de 30 navios
ao redor do mundo, a maior parte
deles no próprio litoral. Cerca de
1.500 pessoas morreram.
Com apenas um ano de criação, e em fase de reestruturação,
a Força Aérea Brasileira (FAB) foi
convocada para patrulhar o litoral
brasileiro. “A guerra submarina,
perversa e implacável, prossegue
num crescente vertiginoso”, afirmou Ivo Gastaldoni, piloto de patrulha da Força Aérea e veterano
da Segunda Guerra.
Em apenas três dias do mês de
agosto de 1942, o U-507 alemão
afundou seis navios e matou 627
pessoas. A sequência de ataques
foi decisiva para que o Brasil declarasse guerra aos países do Eixo,
em 22 de agosto.
O Brasil tinha como vizinhos
as Guianas Francesa e Holandesa,
ambas sob o controle nazista e
que serviam como posto de abastecimento de submarinos inimigos
que operavam na região. Os navios
cargueiros com destino aos Estados Unidos, e de lá para o Brasil,
precisavam de escolta.
No esforço de guerra, o Brasil
criou novas bases aéreas, recebeu
equipamentos e treinamento por
meio de convênio firmado com os
Estados Unidos. Unidades aéreas
americanas foram enviadas ao
país. Nascia a aviação de patrulha.
“As dificuldades eram de toda a
ordem: de língua, de auxílios para
instrução, além das ordens técnicas e manuais de operação em
inglês, ininteligíveis para 90% do
pessoal. Some-se a isso a heterogeneidade de pilotos e mecânicos
e pode-se ter uma visão do quadro
caótico”, escreveu Gastaldoni, ao
falar do início dos trabalhos com
as tripulações brasileiras.
A Virada - Uma nova unidade criada em Recife assumiu os
bombardeiros B-25 em uma verdadeira corrida contra o relógio.
A instrução em voo era feita sobre
o mar para que as tripulações já
pudessem vigiar as águas brasileiras, com artilheiros com o dedo no
gatilho, prontos para atirar.
Em menos de quatro meses,
começou o revide e a virada na
batalha do Atlântico Sul. Escoltas
e patrulhas marítimas vigiavam
as águas brasileiras, dia e noite, e
buscavam proteger as embarcações da marinha mercante.
No dia 22 de maio de 1942, o
submarino italiano Barbarigo foi
avistado na superfície e atacado
pela tripulação de um B-25 da
FAB perto da Ilha de Fernando de
Noronha. O mesmo submarino
havia torpedeado um navio mercante brasileiro próximo do Atol
das Rocas. As bombas lançadas
caíram bem próximas do alvo, que
revidou com tiros de canhão. A
data é comemorada até hoje como
o Dia da Aviação de Patrulha.
Na medida em que a recémcriada Aviação de Patrulha da FAB
aumentava sua eficiência no Nordeste, os submarinos inimigos iam
descendo para sul do país. Agora,
aeronaves Catalina ajudavam nos
combates. Unidades americanas,
espalhadas de norte a sul, apoiavam a campanha. Depois de julho
de 1943, os submarinos praticamente sumiram.
Na guerra contra os submarinos, os pilotos brasileiros realizaram cerca de 15 mil patrulhas.
Onze submarinos (veja arte acima)
foram atingidos, mas um número
maior de ataques ocorreu, não
tendo sido possível a confirmação
de avarias. Dos cerca de 3.000
navios mercantes afundados na
Segunda Guerra, mais de 50% foram vítimas de submarinos.
Veja onde ocorreram os confrontos
Arquivo
A
Aeronaves Catalina foram utilizadas pela Aviação de Patrulha na batalha do Atlântico
Sul; na foto, depois da Segunda Guerra, os aviões voaram no Correio Aéreo
Saiba mais: “Memórias de um Piloto de Patrulha”, Ivo Gastaldoni; "Os
Cardeais – 1º Grupo de Aviação Embarcada, 4º/7º Grupo de Aviação",
Mauro Lins de Barros.
13
Senta a Púa! - homenagens e simulação
marcam Dia da Aviação de Caça no RJ
Arquivo
Patrono da Aviação de Patrulha
Aeronave da Azul é batizada nas comemorações do Dia da Aviação de Caça
Major Brigadeiro do Ar Dionysio Cerqueira de Taunay, Patrono da Patrulha
O
então Capitão Aviador Dionysio Cerqueira de Taunay
voou 67 missões de patrulha em
aeronaves Hudson A-28A e Catalinas PBY-5 no litoral brasileiro,
durante a Segunda Guerra Mundial. Seu batismo de fogo ocorreu
em outubro de 1943, quando
fazia uma missão de cobertura
aérea de comboio. Ao avistar
um submarino, ao largo de Cabo
Frio, realizou ataque com bombas de profundidade e tiros de
metralhadora, tendo enfrentado
reação antiaérea. O Catalina foi
atingido no motor, na fuselagem
e na empenagem, sendo obrigado
a embandeirar a hélice direita.
No evento, dois tripulantes foram
feridos pelos tiros da artilharia
antiaérea.
O Ministro da Aeronáutica,
pelo Aviso 165, de 13 de novembro de 1943, elogiou a tripulação: "Tomando conhecimento
da parte relativa ao ataque feito
a um submarino inimigo, no dia
30 de outubro, por um avião do
1º da Unidade Volante da Base
Aérea do Galeão, tenho grande
satisfação em louvar o Capitão
Aviador Dionysio Cerqueira de
Taunay comandante do avião e
sua tripulação pela bravura com
que, evidenciando mais uma vez
a eficiência da Força Aérea Brasileira, se conduziram no combate
travado que resultou no afundamento do submarino". Salgado
Filho - Ministro da Aeronáutica
Foi promovido a major-aviador em 1943, tendo assumido
o comando do 2º Grupo de Patrulha, equipado à época com
aeronaves Consolidated PBY-5A
Catalina (Anfíbio).
Em 1944, em seu comando,
realizou-se o Curso de Patrulha
orientado pela United State Brazilian Air Training Unit (USBATU),
com a participação de oficiais da
Marinha Americana, tendo recebido diploma de Primeiro Piloto
de Patrulha. Com o Brasil participando da Campanha na Europa,
foi designado Oficial de Ligação
da FAB com USAAF (United States
Army Air Forces) na Itália.
A trajetória de heroísmo dos pilotos brasileiros na Segunda Guerra
Mundial foi ressaltada em solenidade, no dia 22 de abril, no berço da
Aviação de Caça, a Base Aérea de
Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro.
Nesta data, em que se comemora o
Dia da Aviação de Caça, os pilotos
brasileiros realizaram o maior número de missões em solo italiano
num único dia: foram 11 missões.
Neste ano, a empresa Azul
Linhas Aéreas homenageou a Aviação de Caça e os 70 anos da Força
Aérea batizando um dos seus aviões de “Jambock Azul”. A palavra
de origem sulafricana Jambock,
que significa chicote, identificava
o Primeiro Grupo de Aviação de
Caça (1º GAVCa) na guerra.
A aeronave Embraer 195 da
empresa apresenta na fuselagem
o brasão do Primeiro Grupo de
Aviação de Caça e chegou a BASC
escoltada por dois caça F-5. Os veteranos do Primeiro Grupo de Aviação
de Caça, o Vice-Presidente TécnicoOperacional da Azul, Miguel Dau,
e o Comandante Kleber Marinho,
vieram no avião.
Batismo - O Comandante da
Aeronáutica, Tenente Brigadeiro
do Ar Juniti Saito, veteranos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça,
como o Major Brigadeiro do Ar
José Rabelo Meira Vasconcelos e o
Major Brigadeiro do Ar Rui Barbosa
Moreira Lima, o Comandante da
BASC, Coronel Aviador Arnaldo
Silva Lima Filho, o Comandante do
1º GAVCa, Tenente Coronel Aviador
Marco Antonio Fazio, e pelo VicePresidente Técnico-Operacional da
Azul batizaram o avião.
A cerimônia do Dia da Aviação de Caça lembrou os pilotos e
heróis da campanha do Brasil na
Segunda Guerra. Houve homenagem para os veteranos, a entrega da medalha Brigadeiro Nero
Moura aos pilotos mais antigos e
de troféus para os destaques da
nova geração. Caças F-5EM e A-1
ficaram em exposição e houve
uma simulação de ataques com
armamentos reais em um estande
de tiro próximo da pista de pouso.
“Esta cerimônia já existe há muitos anos. A Aviação de Caça faz uma
justa homenagem aos seus pilotos.
É uma unidade que representa
muito bem o país”, lembrou o Major
Brigadeiro do Ar José Meira, um dos
veteranos da campanha.
14
ACONTECE NA FAB
O
ficiais-generais recém-promovidos nas três Forças Armadas foram apresentados (5/3)
à Presidenta Dilma Rousseff, em
cerimônia realizada no Palácio do
Planalto. “A carreira em que cada
um dos novos Oficiais-Generais
soube se destacar é pautada pelos
valores do profissionalismo e pela
incansável dedicação ao país. A
promoção com que foram distinguidos constitui a justa e merecida
recompensa por sua competência
e pela excelência de suas trajetórias profissionais”, afirmou.
Ela ressaltou a importância da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica na proteção das fronteiras brasileiras. Lembrou, ainda, a
atuação na Amazônia e a recente
descoberta das riquezas no présal, que impõem um novo estágio
para as forças de defesa. “Estamos construindo uma nação mais
fraterna, mais igualitária e mais
próspera que jamais prescindirá
da importante contribuição dos
homens e das mulheres militares”.
Segundo ela, a Defesa é um
tema que não pode ser desconsiderado na agenda nacional.
“Nossas Forças Armadas compartilham plenamente os valores da
justiça, da democracia, da paz e da
igualdade de oportunidades que
lastreiam os objetivos internos e
externos do Brasil. Contribuem
dessa forma para consolidar nosso
país como um Estado Democrático
de Direito por excelência”.
Sgt Johnson / CECOMSAER
Presidenta Dilma Rousseff recebe novos Oficiais-Generais
O Tenente Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato é cumprimentado pela Presidenta Dilma
Roussef, em Brasília, em evento que reuniu Oficiais-Generais recém promovidos
Novos comandantes, chefes e diretores
EMAER - O Tenente Brigadeiro do Ar
Jorge Godinho Barreto Nery assumiu
(29/3) a chefia do Estado-Maior da
Aeronáutica, substituindo o Tenente
Brigadeiro do Ar João Manoel Sandim de Rezende.
DEPENS – O Tenente Brigadeiro do
Ar Nivaldo Luiz Rossato é o novo
Diretor de Ensino da Aeronáutica.
O Major Brigadeiro do Ar Antonio
Carlos Moretti Bermudez assumiu
a Vice-Direção do DEPENS.
III COMAR – O Major Brigadeiro do
Ar Luiz Carlos Terciotti assumiu (1/4)
o Terceiro Comando Aéreo Regional,
em substituição ao Major Brigadeiro
do Ar Élcio Picchi.
VI COMAR - O Major Brigadeiro
do Ar Jorge Kersul Filho recebeu
(28/3) do Major Brigadeiro do Ar
Sergio Peinado Mingorance o cargo
de comandante do Sexto Comando
Aéreo Regional.
V COMAR - O Tenente Brigadeiro do
Ar Nivaldo Luiz Rossato passou (12/4)
o comando do Quinto Comando Aéreo Regional para o Major Brigadeiro
do Ar Flávio dos Santos Chaves.
III FAE – O Major Brigadeiro do Ar
Antonio Carlos Moretti Bermudez
passou o comando da Terceira Força Aérea ao Brigadeiro do Ar Paulo
Érico Santos de Oliveira.
II COMAR – O Major Brigadeiro Ar
Luiz Antônio Pinto Machado assumiu
o Segundo Comando Aéreo Regional,
em substituição ao Major Brigadeiro
Ar Hélio Paes de Barros Júnior.
UNIFA/CDA - O Major Brigadeiro do
Ar Stefan Egon Gracza assumiu (8/4)
a Universidade da Força Aérea e a Comissão de Desportos da Aeronáutica,
em substituição ao Major Brigadeiro
do Ar Robinson Velloso Filho.
CIAAR - O Brigadeiro do Ar José
Magno Resende de Araújo assumiu
(7/4) o comando do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica,
em substituição ao Brigadeiro do Ar
José Geraldo Ferreira Malta.
AFA – O Brigadeiro do Ar Carlos
Augusto Amaral Oliveira é o novo
comandante da Academia da Força
Aérea, substituindo o Major Brigadeiro do Ar Roberto Carvalho.
ECEMAR - O Brigadeiro do Ar Roverson William Milker Figueiredo assumiu (06/04) a Escola de Comando e
Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), em substituição ao Major
Brigadeiro do Ar Stefan Egon Gracza.
CINDACTA I - O Brigadeiro do Ar
Mauricio Ribeiro Gonçalves passou
o cargo de comandante do Primeiro
Centro Integrado de Defesa Aérea
e Controle de Tráfego Aéreo para o
Brigadeiro do Ar José Pompeu dos
Magalhães Brasil Filho.
CENIPA/ASOCEA - O Brigadeiro do Ar
Carlos Alberto da Conceição recebeu
(7/4) os cargos de Chefe do Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e da Assessoria de
Segurança Operacional do Controle
do Espaço Aéreo, em substituição ao
Brigadeiro do Ar José Pompeu dos
Magalhães Brasil Filho.
VII COMAR - O Coronel Aviador Carlos
José Rodrigues Alencastro é o novo
Chefe do Estado-Maior do Sétimo
Comando Aéreo Regional. Ele substituiu o Brigadeiro do Ar Luiz Fernando
de Aguiar, que assumiu a Subchefia
de Operações do Comando-Geral de
Operações Aéreas (COMGAR).
CEMAL - O Coronel Médico Paulo
Peralva Borges passou a direção do
Centro de Medicina Aeroespacial
para o Coronel Médico Sérgio Idal
Rosenberg.
Aniversário de
unidades
O Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV) completou 28 anos em abril (dia 6).
No dia 4, o Colégio Brigadeiro
Newton Braga comemorou
seu 51º aniversário.O Quarto Comando Aéreo Regional
celebrou 69 anos (27/3).
A Base Aérea de Anápolis
(BAAN) e o Primeiro Grupo
de Defesa Aérea (1º GDA)
completaram em abril, respectivamente, 39 e 32 anos
de atividade. O Hospital das
Forças Armadas (HFA) celebrou 39 anos de serviços em
Brasília. Na Amazônia, a Base
Aérea de Manaus (BAMN) e o
Esquadrão Arara (1º/9º GAV)
completaram 41 anos. No Sul
do país, o Esquadrão Pampa
(1º/14º GAV) celebrou o 64º
aniversário. A Prefeitura de
Aeronáutica de São José dos
Campos (PASJ) comemorou
seu 36º aniversário (01/04).
15
ESPORTE
FAB lança site na internet sobre os Jogos Mundiais Militares
A
co m p et i çã o co m e ça e m
julho, mas, desde agora, é
possível acompanhar as notícias
dos atletas da Força Aérea que
representarão o país na mais importante olimpíada militar, que
acontecerá de 16 a 24 de julho no
Rio de Janeiro. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
(CECOMSAER) lançou o site “Força Aérea Brasileira no Rio 2011”,
que pode ser acessado no portal
da FAB (fab.mil.br) ou diretamente no endereço eletrônico www.
Rio2011.fab.mil.br. Com notícias,
fotos e áudios, o site traz uma
galeria dos atletas da FAB com o
currículo e as expectativas deles
para o Mundial Militar.
Os atletas da Aeronáutica participam dos Jogos Mundiais Militares nas modalidades de Futebol
Masculino, Atletismo, Pentatlo
Militar, Tiro, Voleibol de Praia,
Paraquedismo, Pentatlo Aeronáutico, Orientação e Taekwondo.
As expectativas dos atletas para
a competição são grandes, pois
será a primeira vez que os jogos
serão realizados no Brasil.
A sargento paraquedista Cássia Bahiense Neves, 27, por exemplo, analisa que competir “ em
casa” será um ponto vantajoso
para os atletas da equipe. “Para
o paraquedismo é excelente, pois
na modalidade de precisão é fundamental treinar na área do campeonato. Existem várias situações
no terreno, no clima, que deverão
Página inicial do site “Força Aérea Brasileira no Rio 2011”, que reúne informações sobre os atletas da FAB
ser observadas pelos atletas antes
da competição. A pressão vai ser
grande na equipe feminina , pois
será a primeira representação do
Brasil. A expectativa é por uma
medalha”, afirma.
O Tenente André Rossi Kuroswski, da equipe de Pentatlo
Aeronáutico, também acredita
em bons resultados na compe-
tição. “A expectativa é boa. Nos
últimos quatro anos, estivemos
sempre próximos do primeiro
lugar. Nós esperamos melhorar
os resultados dos últimos anos e,
assim, conquistarmos a vitória.”
No futebol masculino, o zagueiro Francisco Luciano Portela
Batista está otimista em relação
à participação brasileira no tor-
neio. Além da qualidade técnica
dos jogadores, o Sargento Portela
aposta em outra “arma” para
surpreender os adversários. “O
condicionamento físico será um
grande diferencial. No torneio no
Suriname, por exemplo, enfrentamos duas prorrogações e o time
terminou as partidas inteiro”,
analisa.
Jogos Mundiais Militares contarão com mais de cinco mil atletas
M
ais de 5 mil atletas, 110
países participantes e 20
modalidades em disputa. Esses
números devem fazer dos 5º Jogos Mundiais Militares, do Rio de
Janeiro, o maior evento esportivo
militar do mundo.
Os competidores serão distribuídos em três vilas olímpicas.
Os atletas também contarão com
outras 43 instalações de apoio. Os
5º Jogos Mundiais Militares ainda
usarão instalações esportivas de
unidades militares e dos Jogos
Panamericanos de 2007, como o
Estádio Olímpico João Havelange,
o Parque Aquático Maria Lenk e o
Maracanãzinho. Nelas será possível a realização de até 15 eventos
simultâneos. Para o transporte fo-
ram disponibilizados 660 veículos.
Além disso, cerca de 2500 alunos
de 19 universidades das cidades do
Rio de Janeiro (RJ), Petrópolis (RJ),
Niterói (RJ) e São Paulo (SP) atuarão
como voluntários.
As competições serão realizadas em 20 modalidades esportivas,
sendo 15 delas olímpicas. A equipe
dos atletas militares brasileiros
inclui competidores de alto rendimento como Vicente Lenilson,
Camila Adão, Monique Ferreira,
Poliana Okimoto, Fernanda Berti,
João Gabriel, Flávio Canto, Keila
Costa, Tiago Camilo e Kaio Márcio.
Os ingressos para assistir as
disputas serão gratuitos, basta se
cadastrar, a partir de 1º de maio,
no site www.rio2011.mil.br.
16
DIA DA AVIAÇÃO DE PATRULHA
22 de maio
Em 22 de maio de 1942, um B-25 recém-adquirido pela
Força Aérea realizou ataque contra um submarino italiano
na costa do Nordeste brasileiro
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O dia em que a Força Aérea começou a virar o jogo na batalha do