Semana Jurídica da FCJ investe na diversificação temática A Semana Jurídica da Faculdade Cenecista de Joinville (FCJ), realizada de 8 a 10 de agosto, reuniu a comunidade acadêmica do curso de Direito e profissionais que já atuam no mercado. Além de manter o anfiteatro cheio nos três dias do evento, conseguiu motivar o público para os bons debates que ocorreram sempre ao final de cada uma das palestras . Outro ponto alto do evento foi a diversificação de temas abordados pelos especialistas convidados. Na abertura, o gestor do Curso de Direito, Rogério Zuel Gomes, deu as boas vindas, enfatizando a importância do encontro para que estudantes, professores e profissionais da área pudessem compartilhar experiências e ampliar seus conhecimentos sobre os temas discutidos. O diretor geral da instituição, professor Félix José Negherbon também classificou a iniciativa como “uma ótima oportunidade para a socialização do saber”. Outro destaque de sua fala recaiu sobre o projeto do Teatro da FCJ, tido hoje como uma das prioridades para a conclusão das obras do novo campus, que representará uma marco dentro de Campus Universitário em todo o Estado. A palestra inaugural foi proferida pelo mestre e doutor em Direito Administrativo pela PUC/SP, Marcelo Harger, que falou sobre o tema “Princípios e Garantias Constitucionais no Pro- A Semana Jurídica da Faculdade Cenecista de Joinville (FCJ), realizada de 8 a 10 de agosto, reunindo a comunidade acadêmica do curso de Direito e profissionais que já atuam no cesso Administrativo”. Segundo ele, a complexidade dos princípios dentro do processo administrativo é um dos primeiros pressupostos do poder e que para o entendimento devem ser amplamente estudados. A administração pública também foi evidenciada por Marcelo Harger, em comparação com os processos administrativos de um órgão privado. “Em ambos os casos, este processo funciona como um agente de movimento e dinâmica na atuação do poder”, observou. Ainda em relação à questão da administração pública, os poderes: Legislativo; Executivo e Judiciário foram exemplificados em suas ações processuais. Ele também citou alguns artigos, como o princípio da moralidade e administração pública. Concluiu sua palestra com destaque nos direitos dos cidadãos dentro das instituições. HONRA E LIBERDADE A segunda palestra da noite de abertura foi apresentada por Rodrigo Meyer Bornholdt, vice-prefeito, mestre e doutor em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná, que falou sobre o tema “Conflito entre Direitos Fundamentais: direito à honra e liberdade de expressão”. Bornholdt utilizou alguns exemplos do Tribunal Alemão para evidenciar os Direitos Fundamentais, além de mencionar situações atuais da mídia brasileira que implicam na questão da honra e liberdade de expressão. Outras questões apresentadas foram a eficácia e a restrição destes direitos, e a questão da liberdade de expressão, restrita legalmente, salvo no caso da comunicação social, usando como exemplo o caso exposto na mídia sobre o presidente do senado Renan Calheiros. Bornholdt finalizou sua apresentação exemplificando casos da liberdade de expressão e do direito à honra. Jornal de Eventos Colégio Cenecista José Elias Moreira e Faculdade Cenecista de Joinville Temas atuais garantem sucesso do evento Na segunda noite de palestras da Semana Jurídica, o juiz federal, Sérgio Fernando Mouro, abordou o tema “Crimes de lavagem de dinheiro”, observando que este constitui-se num fenômeno criminal muito antigo. “No entanto, no Brasil, a criminalização deste tipo de delito é recente, tendo iniciado entre as décadas de 70 e 80 e que ganhou maior força no país com a Lei 9.613, que trata especificamente do assunto. A criminalização ocorreu justamente por mudanças na filosofia do direito penal. O criminoso deve sofrer com a penalização da perda da liberdade em conjunto com o confisco dos bens obtidos com a prática criminosa. Ou seja, saímos do foco da pessoa do crime para o foco do confisco, o que tem sido mais eficiente como ação do Estado”, disse Mouro, autor de obras publicadas sobre este tema. Logo após, o especialista em Direito Penal e Criminologia, João Marcos Buch, também Juiz Titular da 2ª Vara Criminal e diretor do Fórum da Comarca de Joinville, falou sobre um tema que hoje suscita muitas discussões e polêmicas: a redução da maioridade penal. Ele abordou o assunto destacando que não será esta medida que irá diminuir a criminalidade ou resolver o problema dos adolescentes infratores que não podem ser indiciados por ainda não possuírem a maioridade. Para ele, o Estado tem que buscar soluções efetivas, em conjunto com a sociedade, ao invés de se ter uma visão distorcida do problema. DIREITO AMBIENTAL EM PAUTA A palestra “Legislação ambiental brasileira: aspectos destacados”, ministrada por Antônio Carlos Brasil Pinto, mestre e doutor em Direito Ambiental (UFSC), encerrou a Semana Jurídica da FCJ. Segundo o especialista, a questão ambiental urbana é considerada atualmente como tema de grande relevância, em decorrência das formas de uso e ocupação do solo, que na maioria das vezes não levam em consideração as características naturais. “Ao falarmos em direito ambiental, devemos sempre lembrar que estamos falando de interesses maiores, o direito à vida, como os direitos coletivos e que influenciam, direta ou indiretamente no futuro das mais diferentes sociedades”, alertou. A voz dos acadêmicos: Adriano Vieira Martins, 20 anos 1º ano Direito (noturno) O ex-jogador de futsal vê na Semana Jurídica uma oportunidade ímpar para que os estudantes, principalmente, os calouros, possam se relacionar com profissionais e desta forma compartilhar novas experiências. Adriano participou de todas as palestras e para ele todas foram excelentes. “Seria bom se houvesse mais eventos como este, pois isso nos ajuda muito e serve de estímulo para investirmos mais em nós mesmos e no curso”, conclui. Cleusa Rodrigues Weber, 31 anos 1º ano Direito (noturno) A acadêmica do primeiro ano julgou a escolha do temas muito oportuna e com o conteúdo proveitoso. “Todos os assuntos em pauta foram muito interessantes, pois estão em discussão na atualidade”, comenta. Para Cleusa, o tema que mais lhe chamou a atenção foi o direito penal, pois pretende atuar nesta área. A acadêmica define a Semana Jurídica com algo enriquecedor para a formação e fundamental para o desenvolvimento prático dos assuntos abordados nas aulas. Mariah Pereira, 19 anos, 2º ano Direito (noturno) Cursando o 2º ano de Direito, a estudante Mariah esteve presente em todas as palestras da semana Jurídica e o que mais lhe chamou a atenção foi a forma simples utilizada pelos palestrantes. “Tive acesso a muitas informações novas e pude tirar dúvidas e conhecer um pouco mais da minha futura profissão”. Antonio Mário Freitas, 37 anos 1º ano Direito (noturno) A Semana Jurídica é interessante não só para os acadêmicos terem conhecimento na área teórica, pois muito do que presenciei vou utilizar no meu trabalho”, disse Antônio. “A comparação entre o direito internacional e o nacional foi muito importante, já que são sistemas diferentes e que nem sempre são citados, pois cada país tem a sua própria estrutura”, conta. Para ele, o evento proporciona uma reciclagem para os estudos e também um estímulo para a pesquisa. Adriano Hauber, 28 anos, 2º ano Direito (noturno) Sócio de uma empresa prestadora de serviços, Adriano diz que a Semana foi de grande importância para a maior compreensão dos temas abordadas que já foram estudados em sala. Para ele, todas as palestras surpreenderam, mas a que mais gostou foi do juiz Dr. João Marcos Buch, pelo seu posicionamento contrário a maioridade penal. EXPEDIENTE Contato: Departamento de Marketing e Comunicação do Colégio Cenecista José Elias Moreira e FCJ - Rua Coronel Francisco Gomes, 1290 - Anita Garibaldi Joinville - SC. Fone: 34310900. - [email protected] e [email protected]. Jornalista Responsável: Simone Rites Vieira - (DRT 779/SC). Editoração eletrônica e arte final: Primeira Linha Editora - Nildo E. Cury Piseta. Fone: 3435-1911.