CÂMARA MUNICIPAL DE JURANDA
ESTADO DO PARANÁ
MOÇÃO DE APOIO Nº 03/2015
Em conformidade com o disposto no Artigo 145, Parágrafo Único, do
texto normativo deste Egrégio Parlamento, proposta pelo Vereador José Molina Netto,
que usando de suas atribuições regimentais, após apreciado e votado na sessão ordinária,
realizada aos 02 de março de 2015, onde por unanimidade de votos, os pares desta Casa de
Leis, aprovaram o envio de MOÇÃO DE APOIO à greve dos Caminhoneiros, com envio
de cópia aos deputados estaduais e federais que tiveram votos em Juranda.
MENSAGEM
Senhor presidente, senhores vereadores: Nossa Moção de apoio à greve
dos caminhoneiros, têm como objetivo manifestar através do Poder Legislativo de
Juranda, legitimamente representante do povo, nossa total e irrestrita solidariedade a esta
greve. Foi vergonhosa a reportagem do Jornal Nacional, no dia 25/02/15, sobre a greve
dos caminhoneiros, dizendo que praticamente houve um acordo entre eles e o Governo
Federal. Assim como os pequenos agricultores, há também os pequenos caminhoneiros,
os quais não foram representados naquela reunião com o governo.
Cerca de um milhão de caminhoneiros autônomos não concordam com o
tal acordo feito entre às grandes empresas de transporte e o governo. Os caminhoneiros
não se sentem representados por aqueles que estavam na mesa do governo, que em vez de
tratar de resolver com medidas sérias o principal ponto da greve, que é a redução do óleo
diesel, o governo manda multar os caminhoneiros. Isso é uma vergonha, até mesmo para
nós da base de apoio ao governo. Sem abaixar o preço do óleo diesel os caminhoneiros
vão falir até o final do ano. Eles estão pagando para trabalhar, é um absurdo esse valor e
eles não estão sendo levados a sério. Até parece que o governo está em outro planeta e não
conhece o caminhoneiro, o seu dia a dia.
Gostaríamos de um posicionamento dos deputados estaduais e,
principalmente federais, em favor da classe. No dia seguinte ao pseudo-acordo entre
governo e grevistas, o Brasil pôde comprovar que o acordo feito em Brasília de nada
adiantou. Os representantes que lá estavam não tinham legitimidade para falar em nome
do movimento de caminhoneiros autônomos. Eram representantes de grandes empresas
transportadoras, que têm grandes frotas de 100, 200, 300, 500, mil caminhões, ou seja
eram representante dos ricos. A grande maioria esmagadora dos caminhoneiros não tem
uma liderança forte, infelizmente. Nem mesmo a que falou no dia 26 no Jornal Nacional
falou a verdade.
A greve continua porque a proposta feita pelo governo não significa nada.
Lei do caminhoneiro, ficar seis meses sem aumentar o óleo diesel. Isso é piada. Isso é
nada. É vergonhoso ter que ouvir! O ponto principal, o ponto nervoso da greve e que
parece que as autoridades não querem entender, ou fingem não entender, que está levando
à falência mais de um milhão de caminhoneiros no país é o alto preço do óleo diesel e o
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baixo preço do frete, hoje dominado por uma tabela das grandes transportadoras, que
visam monopolizar o sistema e que está falindo os pequenos.
O discurso do governo é constrangedor para quem assiste e escuta, para
quem conhece a realidade. Repito: parece que o governo está em outro planeta. Pior do
que isso é ver os caminhoneiros serem tratados pelo governo como um "bando de foras da
lei", como inimigos do Brasil. Isso fica comprovado quando em vez de solucionar o
problema com medidas sérias, ele pede para multar. Multas altíssimas. Mas não para aí,
vai além, os tratam como bandidos convocando a Força Nacional, com armamentos
pesados para desobstruir as estradas.
E no caso em questão tem culpa o governo federal por não intermediar
uma tabela de preços por km rodado, visto que o frete abaixou em média 35% no Brasil
nos últimos tempos, enquanto que as despesas aumentaram, e por ter subido o óleo diesel.
Também tem culpa o governo do Paraná, no nosso caso, por autorizar os reajustes dos
pedágios que se consagraram por ser o pedágio mais caro do mundo. E também por ter
dobrado o preço de ICMS sobre a gasolina e o diesel, no final do ano, quando do primeiro
pacote de maldades aprovado na ALEP, contribuindo para que subisse ainda mais do que
deveria.
Portanto, esperamos que os nobres edis aprovem a presente Moção e o seu
envio a todos os deputados estaduais e federais, que tiveram acima de 50 votos em
Juranda, no sentido de que eles venha a apoiar a luta dos caminhoneiros de Juranda, do
Paraná e do Brasil em favor das sua reivindicações que são basicamente: 01-Redução do
preço do óleo diesel; 02-Elevação e tabela do frete; 03-Revisão do preço dos pedágios,
entre outras.
Esta é a moção com a qual contamos com o apoio dos todos os vereadores.
SALA DAS SESSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE JURANDA, ESTADO DO
PARANÁ, 02 de março de 2015.
JOSÉ MOLINA NETTO
VEREADOR
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José Molina Netto - Câmara Municipal de Juranda