3C
economia
Economês
Evento
Entre hoje e sexta-feira (25), a Fundação Rio Verde promove em
Lucas do Rio Verde (MT) o Encontro Nacional de Tecnologias de Safra
(Entec$). O evento conta com parceria com a Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que apresentará uma série de
tecnologias disponíveis
para produtores de Mato
Grosso. Além de participar
com palestrantes nos
diversos painéis e fóruns
temáticos, a Embrapa
terá uma vitrine de
tecnologias onde estarão
plantadas diversas
espécies e cultivares
recomendadas para o
estado.
Arquivo
A GAZETA
9,6
CUIABÁ, TERÇA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2012
Chico Ferreira/Arquivo
Cursos
rograma Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao
P
Emprego (Pronatec) oferece 330 vagas em 11 cursos
realizados no Senai e Senac de Rondonópolis. Carga horária
varia de 160 a 300 horas com certificação. Vagas são para
pintor de obras, ajustador mecânico, costura, salgadeiro no
Senai, enquanto no Senac podem ser formados recepcionistas
de eventos, auxiliar administrativo, camareiras e outros.
bilhões
de reais, é o valor que a
Caixa Econômica negociou nos
2 primeiros fins de semana do 8º
Feirão da Casa Própria em
Curitiba, Fortaleza e São Paulo
Posse
Ferramenta
Associação dos Produtores
de Soja do Brasil (Aprosoja
Brasil) empossa hoje (22) à noite
a diretoria que atuará no biênio
2012/2014. Produtor matogrossense, Glauber Silveira,
ficará à frente da entidade pela
segunda vez. Associação
representa estados que são
responsáveis por 60% da
produção nacional.
Nova área do site da União
da Indústria de Cana-de-Açúcar
(Unica) fornece dados e
estatísticas técnicas e
econômicas atualizadas sobre o
setor sucroenergético.
Ferramenta está no ar desde o
último fim de semana, em
português e inglês. Trata-se do
UnicaData, disponível no
www.unica.com.br/unicadata.
USO DO FGTS Normas valerão para os financiamentos de imóveis novos
ENERGIA Regra será mais rígida
Novo reajuste
preocupa setor
CEF tem prazo
de 60 dias para
cobrar as regras,
assim que a Resolução
for publicada
EVANIA COSTA
DA REDAÇÃO
Regras mais rígidas nos financiamentos de imóveis com recursos do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) protegerão os trabalhadores da construção civil. Resolução aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), cobra mais
documentos para a liberação do
empréstimo do fundo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), como dados sobre a situação dos
funcionários da obra - se tem carteira assinada, por exemplo, além
da qualidade do material usado no
Chico Ferreira
empreendimento e o fornecedor.
Presidente do Sindicato dos
Novas regras visam, principalmente, proteger os trabalhadores da construção civil e formalizar a contratação deles nas obras menores
Trabalhadores da Construção Civil
que levar um memorial descritivo da obra,
o mercado de trabalho da construção civil.
vão afetar menos as grandes construtoras, que
de Cuiabá e municípios da Baixada Cuiabana,
que apresentará, por exemplo, a descrição dos
Objetivos traçados pelo Conselho Curador,
já são demandadas nessa documentação. São
Joaquim Dias Santana, acredita que a nova
materiais que foram usados na construção,
que prevê mais segurança ao comprador, eviobrigações assumidas na pré-contratação, exforma de análise para concessão do financiaidentificando o fornecedor e assinado pelo
ta falhas na fiscalização das obras.
plica Siqueira, ao destacar que os empreendimento pode até burocratizar o processo, mas
projetista da obra. Deverá constar ainda a
Importante é manter a possibilidade da
mentos individuais e com terceiros serão
trará segurança ao setor. Segundo ele, muitas
prestação de contas dos empregadores sobre
população fazer uso do recurso, única fonte
mais atingidos. Isso porque as novas regras
empresas descumprem regras trabalhistas e
o FGTS e o INSS.
de financiamento permitido para os clientes
valem também para quem vai construir a próestão irregulares em relação aos trabalhadodo Programa Minha Casa, Minha Vida
pria casa. Será preciso comprovar o recolhires, sobretudo quando ocorre a terceirização.
Nota - Caixa Econômica Federal in(MCMV), afirma Sebastião Filho, gerente de
mento de um funcionário autônomo ao Insti“Além de usarem até documentos falsificaformou que não irá se posicionar sobre o asvendas MRV Engenharia, apontando ainda
tuto Nacional de Seguridade Social (INSS).
dos, alguns depósitos do FGTS constam no
sunto até que a resolução seja publicada, o
que a resolução favorece também o ramo
Gestor imobiliário Guilherme Franco
holerite, mas não são feitos ao banco”.
que deve acontecer esta semana. Após a puimobiliário que precisará apenas se adaptar.
de Carvalho analisa que as novas regras forPara Cesário Siqueira, presidente do
blicação da norma no Diário Oficial da
talecem o mercado no que tange as pequenas
Sindicato da Construção Civil de Mato GrosUnião, o banco tem 60 dias para que a alteraMudanças - Além dos documentos
e médias construtoras, aumentando muito a
so (Sinduscon/MT), as mudanças resguardam
ção entre em vigor.
exigidos atualmente, os consumidores terão
segurança do mutuário e formalizando de vez
justamente os empreendimentos regulares e
Z análise
M
RIO E JANEIRO/AE
A retirada dos reajustes anuais das tarifas de energia com base
nos índices de inflação deve ser feita de forma estruturada ou poderá
afetar a situação financeira de toda
cadeia elétrica, avaliam executivos
do setor. A mudança é estudada pelo governo como condição para a
renovação dos contratos de concessão das empresas de energia elétrica que vencem em 2015. A ideia seria fazer apenas revisões tarifárias a
cada 5 anos.
“A distribuidora sendo afetada impacta toda a cadeia de energia
elétrica”, disse o diretor de Finanças e Relações com Investidores da
Cemig, Luiz Fernando Rolla, em
painel no Rio Investors Day. O executivo afirmou que, nesse sentido, a
desindexação isolada das tarifas de
energia, não acompanhada de desindexação dos custos, poderia levar a
inadimplência.
Para Rolla, a mudança de regras traz preocupação porque pode
gerar incerteza em um setor que tem
sido considerado defensivo por investidores na estratégia de suas carteiras em Bolsa nos últimos anos,
levando à valorização dessas ações.
O presidente da AES, Britaldo Soares, lembra que o fluxo de caixa do
setor, que ainda tem de fazer investimentos na melhoria do serviço, é
ditado pelas distribuidoras; por isso
é preciso tratar a desindexação com
metodologia e de forma estruturada.
O alto nível de financiamentos contratados pelo setor também
deve pesar, diz o presidente da
CPFL, Wilson Ferreira. Segundo
ele, esses financiamentos, hoje, são
indexados, o que pode levar problemas ao setor. O executivo diz que a
participação das distribuidoras na
composição da tarifa é de cerca de
20% atualmente, ante 50% dos impostos.
Marly de Menezes
uito interessante o conteúdo
do Seminário sobre
Economia Criativa
realizado pela Fiesp, a começar pelas
palavras do jornalista Gilberto
Dimenstein: “a criatividade é o que
deixa as coisas eternas”. De fato, a
economia criativa tem como
característica desenvolver um produto
ou serviço que proporcione não somente
uma inovação que atenda a uma
necessidade, mas que possibilite a
criação e manutenção de um ciclo
econômico que retroalimente o
sistema.
Para John Howkins, especialista no
tema, todos nós precisamos mudar.
Somos todos criativos. Queremos
liberdade para fazer escolhas, e isso
gera uma necessidade, que faz como que
as pessoas adaptem o seu conhecimento
em busca de uma situação favorável,
resolvendo problemas, ultrapassando
dificuldades, encontrando novos
caminhos. As condições requeridas para
este tipo de economia são o
planejamento, a pesquisa, a capacitação
e os meios tecnológicos, associados ao
conhecimento adaptado aos recursos da
sociedade. Se, por um lado, a
criatividade suscita competição e a
conquista de novos mercados, também
gera risco e não tem garantia de sucesso.
Contudo, deve atender a um propósito,
da mesma maneira que “algo feio pode
despertar o olhar”, comentou Howkins,
afirmando que “a criatividade é o que
torna o processo animador”.
Na palestra “A Moda na Economia
comunidade a oportunidade de interferir
na produção, agregando valores
culturais como diferencial do produto,
que passa a ter uma história, um DNA. E
toda a cadeia produtiva passa a ser uma
rede. Ao terminar, Affolderbach
esclareceu que a oportunidade está nos
“pequenos” negócios.
Magda Coeli, empresária criadora
da Refazenda, contou sua experiência
com comunidades de artesãs do
Nordeste, sua preocupação com a
produção do Lixo Zero, onde tudo
é reaproveitado com valor
agregado, e a reeducação do
consumidor na filosofia da
responsabilidade socioambiental,
aproximando o consumidor de moda do
produto local. O não uso de materiais
como zíper ou fivelas de metal, optando
por soluções com materiais da própria
região, proporcionou um produto
diferenciado. “Trabalhar com as
comunidades evidencia o senso de
grupo”, disse Coel. Para Affolderbach, a
Universidade deve se preocupar em
introduzir na academia o conceito de
Moda Sustentável,destinando fundos
para pesquisa, abrindo a discussão nas
Economia criativa
Criativa”, Annegret Affolderbach,
exemplificou o conceito de Howkins,
apresentando sua experiência de
trabalho com comunidades artesanais
de Gana, África do Sul, Índia, onde a
missão da empresa é valorizar a troca de
valores, saberes, experiências. Num
primeiro momento, a preocupação é
identificar o que existe na comunidade
que a diferencia culturalmente e o que as
pessoas almejam para seu futuro dentro
da sociedade.
A experiência com a Índia foi muito
enriquecedora, pois foi dado à
redes sociais, trabalhando com
parceiros da iniciativa privada, para a
formação de uma geração de designers
colaboradora e conectada como as
necessidades e desejos do consumidor e
da própria cadeia produtiva.
Na palestra sobre clusters criativos
que traduzindo para mau português
seriam polos econômicos, foi
apresentado, por Eva EmenlauerBlömers, o trabalho devolvido em
Berlim logo após a queda do muro. Foi
uma iniciativa governamental que se viu
do dia para a noite com um alto índice
de desemprego e sem recursos
financeiros. O projeto de restruturação
foi apoiado na revolução informática,
utilizando a tecnologia digital para criar
novas empresas que se complementavam
na cadeia produtiva e,
consequentemente, geravam um poder
econômico muito maior do que
trabalhando em separado. Desta forma,
surgiram os clusters.
Enrique Avogadro apresentou o
trabalho realizado na cidade de Buenos
Aires, onde o Centro Metropolitano de
Design tem realizado um trabalho de
recuperação do espaço urbano da
capital Argentina e de promoção de
incubadoras para microempresas. Para
ele, a economia criativa é fundamental
dentro da nova globalização, na
mediada em que “não há
desenvolvimento se não estamos todos
envolvidos”, contudo é necessário
encontrar nesse novo produto ou serviço
o que nos diferencia.
O tema da economia criativa
relacionado à arte contemporânea
abordou o impacto que as feiras de
Londres, Frieze e Arco, em Madri,
provocam nessas cidades e a atuação
desses projetos de inventivo à Arte ao
longo do restante do ano. A economia
criativa não tem uma fórmula específica
de atuação para promover o
desenvolvimento sustentável, mas seus
princípios estão centrados nas
necessidades e saberes da comunidade e
na troca de conhecimento. A
criatividade é o meio para gerar
oportunidades e conquistas para todos
os envolvidos na cadeia produtiva,
desde o produtor da matéria-prima até o
consumidor final.
MARLY DE MENEZES É PROFESSORA DE FUNDAMENTOS DA COMPUTAÇÃO
GRÁFICA DA FACULDADE SANTA MARCELINA (FASM).
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