Fluxogramas
Preparo Pré-operatório
• FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO
1ª CONSULTA
CIRURGIÃO
AGENDAMENTO
PRÉ-CONSULTA
A consulta sempre
é confirmada por
telefone.
Antropometria básica com
pessoa treinada, na recepção.
Ficha padrão preenchida por paciente
ou familiar.
EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR
MARCAÇÃO DE
EXAMES
PÓS-CONSULTA
Agendamentos de exames e avaliações
em local único, predefinido para padronizar laudos e metodologias.
Paciente encaminhado para secretaria
que conduz para exames e avaliações.
CIRURGIA
VISITAS REVISIONAIS
2ª CONSULTA
CIRURGIÃO OU CLÍNICO
A consulta sempre
é confirmada por
telefone.
• 30 dias após cirurgia
• 90 dias após cirurgia
• 6 meses após cirurgia
• Anual ou demanda
CIRURGIA PLÁSTICA
REPARADORA
Antropometria básica com
pessoa treinada, na recepção.
Ficha padrão preenchida por paciente
ou familiar.
Cirurgia bariátrica
• FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO
AVALIAÇÃO COM
CIRURGIÃO
REALIZAÇÃO DOS
EXAMES
AVALIAÇÃO PRÉOPERATÓRIA COM EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL
TRATAMENTO PRÉOPERATÓRIO
RETORNO COM O
CIRURGIÃO
FISIOTERAPIA + PSICOLOGIA +
NUTRIÇÃO + FONOAUDIOLOGIA
• Portando os relatórios da equipe
multiprofissional mais os resultados dos
exames.
• Levar resultados dos exames
• Avaliação com cardiologista/
endocrinologista e psiquiatra, se necessário.
RETORNO COM
CIRURGIÃO
RETIRADA DOS
PONTOS
EXAMES LABORATORIAIS
+PSICOLOGIA (OU SEMPRE
QUE NECESSÁRIO)
• Até 15 dias.
• Fisioterapia
• Nutrição
• 30 dias.
TESTE ERGOMÉTRICO
REAVALIAÇÃO MENSAL COM
NUTRIÇÃO + EDUCAÇÃO
FÍSICA + PSICOLOGIA
RETORNO COM
CIRURGIÃO + NUTRIÇÃO
+ FONOAUDIOLOGIA
• 60 dias
• Até 6 meses
• 45 Dias
• Avaliação com educador físico
EXAMES
LABORATORIAIS +
BIOIMPEDÂNCIA
BIOIMPEDÂNCIA +
ENDOSCOPIA + EXAMES
LABORATORIAIS
REAVALIAÇÃO TRIMESTRAL
COM NUTRIÇÃO + REALIZAÇÃO
DE EXAMES LABORATORIAIS
TRIMESTRAL
• 90 dias.
• 6 meses
• Após 6 meses.
REAVALIAÇÃO COM A
EQUIPE ANUALMENTE
REAVALIAÇÃO SEMESTRAL
COM NUTRIÇÃO +
REALIZAÇÃO SEMESTRAL DE
EXAMES LABORATORIAIS
Departamento de
cirurgia
ORIENTAÇÕES DE CIRURGIA BARIATRICA
PRÉ-OPERATÓRIO E PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO
Definições
Termos, índices e tabelas mais utilizadas em cirurgia da obesidade.
• Obesidade: É uma alteração da composição corporal, com determinantes genéticos
e ambientais, definida por um excesso relativo ou absoluto das reservas corporais de
gordura, que ocorre quando, cronicamente, a oferta de calorias é maior que o gasto de
energia corporal, e que resulta com freqüência em prejuízos significantes para a saúde.
• Comorbidez: Estado patológico causado, agravado ou cujo tratamento/controle é
dificultado pela presença do excesso de peso ou que apresente cura/controle com a
perda ponderal.
• Cirurgias da Obesidade (Cirurgias Bariátricas): Conjunto de técnicas cirúrgicas,
com respaldo científico, com ou sem uso de órteses, destinadas à promoção de
redução ponderal e ao tratamento de doenças que estão associadas e/ou que são
agravadas pela obesidade.
• Índice de Massa Corpórea (IMC): índice utilizado para se relacionar peso e altura.
Calculado pela fórmula: I.M.C. = peso (kg) / altura² (m)
Tabela de IMC*
Categoria IMC Abaixo do peso Abaixo de 18,5
Peso normal
18,5 - 24,9
Sobrepeso
25,0 - 29,9
Obesidade Grau I30,0 - 34,9
Obesidade Grau II
35,0 - 39,9
Obesidade Grau III
40,0 e acima
São usuais as seguintes denominações:
- obesidade grau I: obesidade leve
- obesidade grau II: obesidade moderada
- obesidade grau III: obesidade grave ou mórbida
- paciente com IMC acima de 50: superobeso
Peso ideal: Definido a partir de Bio-impedanciometria OU IMC=25 Kg/m2
Excesso de Peso (EP) = Peso atual – Peso ideal
Porcentagem do Excesso de Peso (EP) = (Excesso de Peso x 100) / Peso Ideal
Diabetes mellitus tipo 2
• Glicemia de jejum ≥ 126mg/dl (2 amostras de dias diferentes), ou glicemia ≥ 200mg/
dl após teste de tolerância oral com 75 g de glicose, ou já estar em uso de medicação
para tratamento do DM2.
Intolerância à glicose (pré-diabetes)
• Glicemia pós teste de tolerância oral com 75 g de glicose entre 140 – 200mg/dl.
Glicemia de jejum alterada (pré-diabetes)
• Glicemia de jejum entre 100 – 125mg/dl.
Dislipidemias
• Hipertrigliceridemia
- Triglicerídeos ≥150 mg/dl, ou em uso de medicação específica;
• HDL baixo
- HDL < 40 mg/dl em homens ou < 50 mg/dl em mulheres;
• Hipercolesterolemia
-Colesterol total ≥ 200 mg/dl ou colesterol LDL ≥ 130 mg/dl, ou em uso de medicação
específica.
Hiperuricemia
• Ácido úrico > 8,0 mg/dl em homens ou > 7,0 mg/dl em mulheres, ou histórico de
crise de gota e/ou em tratamento medicamentoso.
Esteatose hepática (Doença
Esteatohepatite não alcoólica.
hepática
gordurosa
não
alcoólica)
e
• Esteatose: Aumento dos depósitos de gordura dos hepatócitos na ausência de
doença viral ou alcoólica;
• Esteatohepatite não alcoólica: as mesmas alterações, associadas a infiltrado
inflamatório lobular, com ou sem áreas de necrose e graus variados de fibrose
(diagnóstico por biópsia).
Hipertensão Arterial Sistêmica
• Pressão sistólica ≥ 140 mmHg e/ ou Pressão diastólica ≥ 90 mmHg, ou em uso de
tratamento anti-hipertensivo.
Doença Arterial Coronariana
• Confirmada pela presença de alterações isquêmicas em ECG de esforço,
ou cintilografia miocárdica de estresse, ou ecocardiograma de estresse, ou
cineangiocoronariografia.
Síndrome dos ovários policísticos
- Critérios revisados em 2004 (Presença de 2 de 3 critérios).
• Oligomenorréia e/ou anovulação.
• Sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo, excluindo outras etiologias
de hiperandrogenismo como hiperplasia congênita adrenal, tumores secretores de
androgênios e síndrome de Cushing.
• Ovários policísticos caracterizados pelo exame ultrassonográfico padronizado,
ou seja, presença de pelo menos um dos seguintes achados: 12 ou mais folículos
medindo entre 2-9 mm de diâmetro ou volume ovariano aumentado (>10 cm3). Caso
se constate a presença de um folículo dominante (> 10 mm) ou de corpo lúteo, o
exame ultrassonográfico deverá ser repetido no próximo ciclo.
Apnéia Obstrutiva do Sono
• Sonolência diurna importante e/ou roncos com paradas na respiração testemunhada
por acompanhante.
• Estudo Polissonográfico - Diagnóstico de apnéia obstrutiva do sono:
-Apnéia leve: índice apnéia-hipopnéia 5 -19 episódios/ hora, e/ou saturação mínima
de O2 80 - 90%
-Apnéia moderada: 20 - 49 episódios/ hora e/ou saturação mínima 70 -79%
-Apnéia Grave: > 50 episódios/ hora e/ ou saturação mínima < 70%
Indicações Cirúrgicas
As cirurgias bariátricas, independentemente da técnica a ser utilizada, estão indicadas
nas situações abaixo relacionadas:
4.1 Em relação à massa corpórea:
IMC > 40, independentemente da presença de comorbidezes.
IMC entre 35 e 40 na presença de comorbidez.
4.1.3 IMC entre 30 e 35 na presença de comorbidez que tenham obrigatoriamente
a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.
Também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por
um(a) Endocrinologista. Recomendação: a equipe cirúrgica e a instituição hospitalar
envolvidas devem manter registro de “indicação especial por comorbidez grave”
nestes casos, anexando documento emitido por especialista na área respectiva da
doença (cópia no prontuário médico e com o cirurgião).
4.2 Em relação à idade:
4.2.1 Abaixo de 16 anos: não há estudos suficientes que corroborem esta indicação,
com exceção aos casos de Prader-Wille ou outras síndromes genéticas similares, onde
devem ser operados com o consentimento da família disposta ao acompanhamento
de longo prazo do paciente. Por outro lado, não há dados seguros também que
contra-indiquem os procedimentos ou comprovem haver prejuízos aos pacientes
submetidos a cirurgias da obesidade nesta faixa etária. Recomendação: avaliação
de riscos pelo cirurgião e respectiva equipe multidisciplinar, registro e documentação
detalhada, aprovação expressa dos pais ou responsáveis.
4.2.2 Entre 16 a 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família e
equipe multidisciplinar.
4.2.3 Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.
4.2.4 Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando
risco cirúrgico, presença de comorbidezes, expectativa de vida, benefícios do
emagrecimento. Levar em conta na escolha do procedimento limitações orgânicas da
idade, como dismotilidade esofágica e osteoporose. Não há contra-indicação formal
em relação a essa faixa etária isoladamente.
4.3 Em relação ao tempo da doença:
Apresentar IMC e comorbidezes em faixa de risco há pelo menos 2 anos e ter
realizado tratamentos convencionais prévios e ter tido insucesso ou recidiva do peso,
através de dados colhidos na história clínica. Essa exigência não se aplica: Em casos
de pacientes com IMC maior que 50 e para pacientes com IMC entre 35 a 50 com
doenças de evolução progressiva ou risco elevado.
Informações na Fase Preparatória: recomenda-se que o paciente e seus familiares
tenham amplo acesso às informações sobre os riscos, benefícios e opções de técnicas
cirúrgicas. Estas informações devem ser fornecidas em consultas detalhadas com a
equipe multidisciplinar ou através de reunião preparatória com a equipe responsável.
Exames pré-operatórios:
-Laboratoriais: Definidos em protocolo próprio.
- Exames para Avaliação Cardiológica:
• Eletrocardiograma
• Ecocardiograma com doppler
• Teste ergométrico
• Duplex Scan venoso de membros inferiores com doppler
• Outros a critério do clínico ou cardiologista.
- Exames para Avaliação Respiratória:
• Radiografia de Tórax
• Espirometria completa
• Outros a critério do clínico ou pneumologista.
-Exames para Avaliação do Aparelho Digestório.
• Ecografia Abdominal
• Endoscopia Digestiva Alta (com pesquisa de Helicobacter pylori).
- Exames para Avaliação Peso ideal e taxa metabólica:
• Bio impedância de 8 eletrodos
• Calorimetria Indireta
5 Consentimento Informado
A utilização do Consentimento Informado no pré-operatório de cirurgias bariátricas é
obrigatória.
Técnicas Cirúrgicas
(Resolução C.F.M. 1766/05)
( RESOLUÇÃO CFM Nº 1.942/2010
Publicada no D.O.U. de 12 de fevereiro de 2010, Seção I, p. 72)
As técnicas abaixo relacionadas são atualmente reconhecidas e recomendadas
mundialmente, cujos resultados e riscos estão disponíveis em consistentes
publicações médicas científicas e experiências multicêntricas. Podem ser realizadas
por laparotomia ou laparoscopia. Classificam-se pelo mecanismo de funcionamento:
- Cirurgias Restritivas
• Bandagem Gástrica Ajustável
•Gastroplastia Vertical com Bandagem
• Gastrectomia vertical ou sleeve gastrectomy
- Cirurgias Mistas
Predominantemente Malabsortivas:
• Derivação Biliopancreática com gastrectomia horizontal, com ou sem preservação
gástrica distal.
Predominantemente Restritivas:
• Derivação Biliopancreática com gastrectomia vertical e preservação pilórica.
• Derivações Gástricas em Y de Roux, com ou sem anel de contenção.
• Balões Intragástricos: tem utilização reconhecida como método terapêutico auxiliar
para preparo pré-operatório.
Seguimento Pós-Operatório
Os pacientes retornarão para cirurgião e equipe multidisciplinar conforme fluxograma
anterior, devendo realizar os seguintes exames:
• 30 dias após cirurgia: exames laboratoriais
• 90 dias após cirurgia: item 1
• 6 meses após cirurgia: idem item 2 mais Endoscopia digestiva alta
• 1 ano após cirurgia: idem item 2 mais Bio – impedância
Anualmente e conforme demanda os pacientes farão outros exames
Comorbidezes devem ser acompanhadas de maneira própria, quando necessária,
junto aos respectivos especialistas.
Cirurgias Plásticas em Pacientes Bariátricos
As cirurgias plásticas realizadas após as cirurgias bariátricas são cirurgias reparadoras.
Os pacientes deverão ser avaliados por equipe de cirurgia plástica após estabilização
da perda de excesso de peso e/ou dezoito meses meses após a cirurgia bariátrica
Orientações de fisioterapia
pré-operatório e pós-operatório
imediato
EXERCÍCIOS NO PRÉ-OPERATÓRIO - É muito importante que você, antes
da cirurgia, já esteja realizando os exercícios respiratórios orientados, para evitar
principalmente complicações pulmonares no intra e no pós-operatório. Eles devem
ser continuados até o 15º dia de pós-operatório. Deverão ser realizadas 3 séries de 10
repetições de cada exercício, 3 vezes ao dia. Procure aguardar alguns minutos entre
um exercício respiratório e outro para evitar tontura.

EXERCÍCIOS NO PÓS-OPERATÓRIO - É fundamental você realizar, ainda no leito,
conforme orientação prévia, os exercícios respiratórios e de mobilização dos pés e
das pernas.

Para maiores benefícios, siga essas orientações:
• Movimente-se o mais precocemente que puder no leito e fora dele, desde que
autorizado. Isso resultará em: menor acúmulo de gases, menor risco de desenvolver
trombose, acúmulo de secreções, pneumonia, ou hipoventilação pulmonar com
consequente falta de ar; melhor funcionamento intestinal, manutenção da força
muscular, além de maior bem-estar pelo próprio ganho da mobilidade global;
• Saia da cama, virando-se de lado e, em seguida, colocando as pernas para fora e
apoiando-se com as mãos na cama para levantar-se. (Tome cuidado com os acessos
venosos e peça auxílio sempre que precisar). Não se levante de frente, para evitar
aumento da força no abdômen e permaneça sentado por alguns minutos antes de
levantar-se, pois pode sentir certa tontura no início;
• Evite permanecer por tempo prolongado no leito; fique preferencialmente sentado;
• Ande, quando se sentir bem e quando estiver liberado. Procure andar de hora em
hora. No início, por medida de segurança, caminhe com um acompanhante;
• Se tiver vontade de tossir, ou espirrar, coloque as mãos no abdômen, pressionando-o
levemente ou apertando um travesseiro contra o abdômen para dar maior sustentação
e evitar dor nessa região, nesse momento;

• Continue realizando os exercícios respiratórios e inicie os exercícios de mobilização
global. Realize 3 séries de 10 repetições cada, 3 vezes ao dia.

• Procure utilizar a meia elástica por 24 horas durante o internamento hospitalar. (Deixe
para comprá-la em data próxima à cirurgia). Quando for para casa, use-a quando
for dormir, por 15 dias. Pergunte também ao médico que o(a) acompanha se há
mais alguma recomendação. Esses cuidados são importantes para prevenção de
trombose.
• Você poderá realizar esses alongamentos no pré e no pós-operatório. Eles poderão
ajudar a proporcionar maior relaxamento e diminuir dores provenientes de tensão no
pré-operatório e do posicionamento no intra e pós-operatório. É muito útil também
para o seu dia-a-dia no trabalho, principalmente se esses grupos musculares são
solicitados frequentemente. Procure respirar lentamente sem bloquear a respiração,
concentrando-se nos músculos e articulações envolvidos. Sinta o alongamento até
perceber uma leve tensão e mantenha-se na posição por cerca de 20 segundos.
O alongamento deve ser suave, faça-o dentro do seu limite. Para pessoas que têm
algum comprometimento na coluna cervical, os alongamentos devem ser realizados
com maior cuidado nessa região.


• Pacientes portadores de apnéia do sono que têm indicação para utilizar o CPAP,
devem, a princípio, iniciar seu uso com no mínimo 15 dias no pré-operatório, levar o
aparelho ao hospital no dia da internação e continuar utilizando até 90 dias do pósoperatório quando deverá ser realizada uma nova polissonografia.
• Pacientes tabagistas devem parar de fumar 8 semanas antes da cirurgia, para facilitar
a cicatrização e prevenir pneumonia por maior acúmulo de secreção.
• Procure emagrecer antes da cirurgia, evitando as chamadas “despedidas”. Siga as
orientações nutricionais e pratique atividade física (se não houver contra-indicação).
Você evitará, dessa forma, algumas complicações intra-operatórias, facilitando a
entubação, favorecendo o ato cirúrgico e diminuindo o risco de sangramentos, por
exemplo.
• Liberação para algumas atividades:
- Dormir: de bruço – 15 dias e lateral – 1º dia
- Subir escada: 2º dia
- Agachar: 10 dias
- Retorno ao trabalho: 10 dias (desde que não necessite de esforço físico)
- Dirigir: 10 dias (carro) e 15 dias (moto)
- Carregar peso: acima de 15 Kg após 40 dias
- Relação sexual: 10 dias, evitando posições que exijam maior força abdominal
- Viajar: se for de longa duração, como motorista, após 1 mês; avião: 15 dias. Procure
movimentar os pés para cima e para baixo para auxiliar no retorno venoso ou caminhar
por alguns minutos.
- Afazeres domésticos: 15 dias
- Salto alto: 15 dias – evitar enquanto está com excesso de peso
- Sauna: 30 dias, atentando para hidratação
- Banho de piscina: 15 dias se pontos totalmente cicatrizados; banho de mar: mesmo
período, atentar para cicatrização e permanecer na parte rasa
- Tomar sol: após 30 dias, atentando para hidratação e evitar exposição da área
abdominal (somente a partir de 6 meses)
• Agende seu retorno com a Fisioterapia até 15 dias de pós-operatório. Ela será
imprescindível para monitorar principalmente sua capacidade respiratória e/ou
possíveis alterações exacerbadas ou adquiridas após o procedimento cirúrgico, assim
como para a liberação das atividades físicas. As demais avaliações serão realizadas
pelo educador físico mensalmente até 6 meses e posteriormente, anualmente. Você
receberá uma prescrição individualizada de freqüência cardíaca ideal, duração,
freqüência e intensidade do exercício escolhido e terá um acompanhamento da
evolução do seu treino.
Desejamos proporcionar a você muito bem-estar e uma grande melhoria da sua autoestima! Sucesso na sua cirurgia!
Orientações de
educação física
Ao ser liberado para iniciar atividade física é necessário que você tome alguns cuidados:
- Não pratique o exercício em jejum. Coma pelo menos meia hora antes e não se
esqueça de beber água evitando assim hipoglicemia e desidratação. (Após a realização
da cirurgia bariátrica, você deverá seguir a prescrição de Nutrição. Seu seguimento
adequado será de fundamental importância para a prática de atividade física).
- Se for caminhar ao ar livre, evite horários de muito sol e calor. Prefira o início da manhã
e final da tarde. Evite também solos irregulares e íngremes, pelo menos no começo.
- Procure vestir roupas confortáveis e leves, assim como calçar tênis com amortecimento
adequado.
- Cuide da postura durante a caminhada:

- Preste atenção no seu corpo, ele determinará a intensidade do exercício. No
início, caminhe 20 minutos, sem maiores esforços, se possível, diariamente. Tente
posteriormente aumentar a duração do exercício e a frequência, e por último a
intensidade. (Após a realização da cirurgia bariátrica, não se esqueça que você estará
com uma ingestão calórica bastante reduzida, além de estar ainda acima do peso).
- Evite parar o exercício de vez, caso o esteja executando com maior intensidade,
reduza-o aos poucos.
- Fique atento(a) e pare o exercício se apresentar alguns sintomas como: suor intenso,
náuseas, tontura e dor no peito. Se você for hipertenso(a) e/ou diabético(a), verifique
sua pressão e glicemia antes e após o exercício, pois este poderá levar à elevação
indesejável da pressão ou hipoglicemia.
- Alongue-se antes do exercício. O alongamento é muito importante para preparar sua
musculatura. Permaneça cerca de 10 segundos em cada posição.
- Não deixe de retornar às consultas mensais com o educador físico até 6 meses e
anualmente. Elas são importantes para avaliarmos sua evolução e adequarmos as
novas atividades, assim como identificar alterações que necessitem de tratamento
fisioterápico específico.
- Os exercícios físicos deverão sempre apresentar a associação de um trabalho
aeróbio, de fortalecimento muscular e de flexibilidade. Cada um deles terá o seu
momento certo de ser introduzido, sobretudo após a cirurgia.
- Mantenha sempre, após cada uma das avaliações, as atividades físicas
recomendadas. A manutenção da atividade física é muito importante para o sucesso
de sua cirurgia!
- Benefícios:
Promove melhor condicionamento físico
Auxilia no controle da pressão e dos níveis de glicose e colesterol do sangue
Mantém ou minimiza a perda de massa magra (músculo), evitando flacidez e prevenção
de reganho de peso
Eleva a auto-estima
Auxilia no sucesso da cirurgia, evitando o reganho de peso
- Procure realizar os exercícios sob supervisão de um educador físico. Se preferir,
temos alguns profissionais que poderemos indicar a você.
• Agende sua avaliação com a Educação Física. Se possível, faça a avaliação
já no pré-operatório, para iniciar atividade física com supervisão adequada e auxiliálo no sentido de promover uma melhor condição clínica para a cirurgia. As demais
avaliações no pós-operatório são realizadas após o retorno com a Fisioterapia. O
acompanhamento é mensal, até 6 meses e posteriormente, anualmente. Você receberá
uma prescrição individualizada de freqüência cardíaca ideal, duração, freqüência e
intensidade do exercício escolhido e terá um acompanhamento da evolução do seu
treino.
Bom trabalho! Muita saúde e equilíbrio para uma fase mais feliz de sua vida!
Manual de fisioterapia
educação física
A obesidade caracteriza-se como uma doença multifatorial e de difícil controle. Ela
está amplamente associada a várias doenças, apresentando-se fortemente associada
ao estilo de vida sedentário e à alta ingestão de calorias. É possível, dessa forma,
tomar algumas medidas as quais são primordiais para a sua prevenção, controle
e tratamento, como a prática regular de atividade física associada à reeducação
alimentar.
Muitos são os benefícios promovidos:
• Perda e controle do peso corporal;
• Diminuição e controle da pressão arterial;
• Melhora da resistência à insulina;
• Melhora da força muscular;
• Aumento da densidade óssea;
• Melhora da função cardiorrespiratória e consequente incremento do condicionamento
físico;
• Diminuição e controle dos níveis de triglicérides e colesterol;
• Melhora da mobilidade articular;
• Alívio do estresse;
• Melhora da auto-imagem e auto-estima
Mesmo após a realização da cirurgia bariátrica, a atividade física é imprescindível para
promoção e manutenção da saúde, auxiliando no seu sucesso. Nesse momento,
como a perda de peso torna-se drástica, pode haver diminuição da massa muscular.
O exercício físico pode minimizar essa perda, mantendo seu tônus, evitando flacidez e
lesões por manter a estabilização das articulações e um melhor alinhamento postural.
Além disso, reduz o risco de desenvolver depressão, promovendo maior bem-estar.
Um programa de exercícios, para ser completo, deve basear-se no:
• Trabalho aeróbico (caminhada, hidroginástica);
• Trabalho de força (musculação);
• Trabalho de flexibilidade (alongamentos).
Atenção! Saiba que a atividade física não precisa ser extenuante para alcançar
benefícios à saúde! Uma vez que a quantidade de atividade física é função da
duração, intensidade e freqüência, é possível modular tais fatores para atingir os
resultados desejados.
Procure selecionar atividades que sejam mais prazerosas, que se encaixem no seu
dia-a-dia e desfrute de uma melhor qualidade de vida!
E para melhorar ainda mais sua qualidade de vida e ganhar mais saúde, alongue-se!
Devido à vida sedentária, posturas inadequadas, estresse diário e a não realização
de alongamentos, as estruturas do corpo podem ficar comprometidas pelo
desalinhamento ou sobrecarga que sofrem. Com os músculos tensos ou encurtados,
não haverá amplitude normal de movimentos, nem uma boa circulação sangüínea,
gerando desconforto e dor.
Como fazer?
A respiração é fundamental: quando se respira fundo aumenta-se o relaxamento muscular.
Inicie o alongamento durante a expiração, até sentir uma certa tensão no músculo e então
relaxe um pouco, sustentando cerca de 20 segundos, voltando novamente à posição
inicial de relaxamento. Os movimentos devem ser sempre lentos e suaves. Faça em
ambos os lados do corpo. Mas atenção! Respeite os seus limites. Forçar o alongamento
pode causar lesões nos músculos e tendões. Não se preocupe em alongar até ao limite.
Para pessoas que têm algum comprometimento na coluna cervical, os alongamentos
devem ser realizados com maior cuidado nessa região.
Quando fazer?
Pela sua facilidade de execução, a maioria dos alongamentos pode também ser
feitos, praticamente, a qualquer hora. Sempre que for identificada alguma tensão
muscular, prontamente algum tipo de alongamento pode ser empregado para trazer
bem estar.
• Entrelace os dedos puxando os braços para cima.
• Erga o braço, dobre o cotovelo e puxe-o com a outra mão.
• Estique o braço, mantendo-o junto ao corpo e puxe-o e sua direção com o auxílio
do outro braço.

• Dobre os braços acima da cabeça e incline o tronco para o lado
.

• Junto à parede, coloque a palma da mão virada para ela e gire o corpo ao contrário.

• Coloque as mãos na parede e empurre-a, posicionando a perna da frente dobrada
e a de trás esticada.
Apoiando-se numa parede, pegue uma perna por trás e puxe-a em sua direção.
Atente-se também à sua postura no dia-a-dia, pois inúmeras lesões podem ser
evitadas com a adoção de posturas corretas:
- Procure utilizar colchões semi-rígidos e adeque a altura dos travesseiros de forma
a manter seu pescoço alinhado com o restante do corpo. Coloque também um
travesseiro entre as pernas para manter seu quadril alinhado e preferencialmente
outro entre os braços.

- Se for necessário pegar algum objeto ou carregar uma criança (que não sejam
muito pesados), aproxime-se e flexione os joelhos realizando a força através dos
músculos das pernas e contração do abdômen.

- Quando for lavar louça ou passar roupas, coloque um apoio sob um dos pés
(alternando os pés).

- Evite inclinar-se por muito tempo e na mesma posição para que não haja sobrecarga
sobre os discos intervertebrais.

- Evite abaixar o corpo para calçar os sapatos. Procure fazê-lo sentado na cama ou
em uma cadeira, levando o pé até o joelho.

- Evite realizar rotações com o tronco. Se for necessário, levante-se da cadeira ou, se
estiver no escritório, gire-a — use o mobiliário a seu favor.

- No computador:

O Departamento de Fisioterapia e Educação Física realiza avaliações constantes para
determinar e orientar a melhor atividade para você. Marque a sua!
Perguntas frequentes
Quem escolhe o tipo de cirurgia?
O cirurgião e a equipe valiam o paciente e definem qual a melhor técnica, considerando
excesso de peso, doença, idade, etc.
Qual o melhor método cirúrgico?
O melhor método é que proporciona perda estável de peso com baixo risco cirúrgico.
Quantas horas demora uma cirurgia?
Laparoscópica: 60 minutos em m’edia
Convencional: 120 minutos
A parte isolada do estômago tem função após a separação cirúrgica? Ele pode ser retirado?
Continua produzindo ácido, grelina, fator intrínseco, etc, em menores quantidades.
De que tamanho o estômago operado fica?
75 a 150 ml.
A quanto tempo existe a cirurgia de Fobi-Capela?
Em 2005, Fobi demonstrou sua experiência de 25 anos no Congresso Brasileiro em Florianópolis.
Qual a diferença entre o método laparoscópico e o convencional? No meio da
cirurgia pode-se converter o tipo?
O Convencional é feito com incisão (corte) tradicional, de 15 - 20 cm acima da cicatriz
umbilical; o laparoscópico usa 4 incisões de 1.2 cm e duas de 0,5 cm para inserção de
materiais especiais. É possível haver conversão da laparoscópica para a convencional
em virtude de dificuldades
De que material é feito o grampo?
Titânio.
Se o grampo descolar o que acontece?
Deiscência, fístula ou vazamento.
O anel fica lá para sempre? Tem prazo de validade?
Sim , ele não tem validade.
De que material ele é feito?
O anel é feito de silastic.
E se ele sair do lugar a cirurgia perde o efeito?
Ele agrega maior perda de peso através de saciedade prolongada, porem quando
incoveniente pode ser retirado e o peso mantido caso o paciente esteja adaptado ao
principio de reeducacao alimentar.
QUANTO À CIRURGIA / INTERNAÇÃO
A anestesia é geral?
Sim ,induz o paciente rapidamente, acordando-o 30 minutos , em média, após o ato
cirúrgico.
Quanto tempo de hospitalização?
24-48 horas , em média.
O que é estenose?
Estreitamento entre a junção / anastomose / pontos de duas estruturas, como A
junção do estômago com o intestino.
O que uma fístula? E quando elas ocorrem?
Fístula é o vazamento de secreção gastrintestinal para a cavidade abdominal ou outra
superfície em virtude da abertura dos grampos ou pontos usados no trato digestivo.
Como são feitos os furos da laparoscopia?
Através de corte pequeno e passagem de trocáteres descartáveis ou permanentes.
Qual o tamanho de cada incisão? Quantos pontos leva cada furo?
Quatro incisões de 1 cm e duas incisões de 0,5 cm.
Como se decide o tamanho do estômago?
È padrão, depende do número de cortes com os grampeadores, promovidos durante
o ato cirúrgico. A princípio, é imutável.
QUANTO AO PÓS-OPERATÓRIO
Quanto tempo de acompanhamento médico é necessário depois de realizada
a operação?
Retorna-se com trinta dias, noventa dias, 180 dias. Depois é feito acompanhamento
multidisciplinar, sempre, anualmente.
Qual a porcentagem do excesso é perdida?
Cerca de 90% do Excesso em dois anos, calculado antes da cirurgia (Exemplo : um
apessoa que pesa 100 Kg, devia pesar 60Kg, tem excesso de 40. Assim, a expectativa
média de perda seria de 36 Kg em dois anos).
Em quanto tempo é possível realizar uma plástica?
Após dois anos, ou caso tenha sido atingido “Peso Ideal” após a cirurgia.
O estômago pode aumentar de tamanho após a cirurgia?
Aumenta pouco
O que é o efeito dumping? Quando ele ocorre? É só quando se ingere açúcar?
Sensação de desmaio, tontura, acompanhada ou não de cólicas, enjôos, em função
de ingestão de gorduras e/ou açúcares.
Quem opera pode fazer endoscopia?
Sim, e faz de rotina seis meses após a cirurgia.
Depois de quanto tempo pode engravidar?
O ideal é esperar pelo menos dois anos.
Quanto tempo depois de ter filho pode se submeter a cirurgia?
Seis meses ou após liberação do obstetra.
Quando engravida a mulher ganha peso mesmo depois de se submeter a
cirurgia? Depois ela volta a perder?
Ganha na gravidez e perde peso após o parto, principalmente se acompanhada
devidamente por nutricionista.
Depois de operado pode-se tomar comprimidos normalmente?
Sim, desde que menores 1,3 cm de diâmetro, pois este é o diâmetro que confere o
anel, no caso da cirurgia de Capella. Se for outra técnica, não há restrições.
O sono no pós operatório é normal?
Sim , melhora a sonolência com a melhora da apnéia do sono.
Em quanto tempo pode-se voltar as atividades normais?
08-10 dias na laparoscópica 15-30 dias na convencional.
A pessoa faz a cirurgia e é acompanhado 6 meses, mas o que acontece após uns 5 anos?
O acompanhamento é para o resto da vida.
QUANTO À DIETA DO PÓS-OPERATÓRIO
Para perder peso é necessário mudar o habito alimentar?
Sim. A reeducação alimentar é o ponto mais importante para o êxito total do tratamento.
Pode ocorrer desnutrição por causa do mecanismo disabsortivo?
Sim, principalmente nas cirurgias de Scopinaro e Duodenal Switch.
Porque precisa de complementação alimentar? É uma complicação? Até
quando é necessária?
Geralmente há limitação de quantidade e qualidade alimentar até o sexto mês, período
que a suplementação de alguns elementos é vital.
Pode ingerir álcool?
Deve-se diminuir a quantidade e deve-se negociar a partir de quando, pois é muito
calórico e mais lesivo para o fígado do que antes da cirurgia.
MORTALIDADE
Procedimentos restritivos
0,1%
Bypass gastrico
0,5%
Scopinaro / Switch Duodenal
1,1%
JAMA 2004; 292(14); 1724-1737 (doi: 10.1001/jama.292.14.1724
Orientações nutricionais
para o pré operatório
A perda de peso pré-operatória diminui a gordura visceral e facilita o acesso ao
trato digestivo, reduzindo assim a chance de complicações. Para os pacientes
com IMC menor que 40 Kg/m2, a perda de peso é recomendável. Para aqueles
com IMC > 40 Kg/m2 ela é obrigatória. Aproveite o tempo que ainda resta até a
cirurgia para mudar hábitos alimentares, favorecendo assim sua adaptação no
pós-operatório e promovendo a perda ponderal.
1. Evite alimentação automática. Não faça nada diferente enquanto come,
por exemplo: ver televisão, ler revistas, falar ao telefone e pensar em outros
assuntos, concentre-se na refeição;
2. Faça as refeições em local tranqüilo, sentado, com calma. Mastigue bem
os alimentos, de forma lenta, sem pressa. Se você come rápido, perde o
controle da quantidade e acaba comendo demais;
3. Identifique os gatilhos que desencadeiam a fome excessiva (estresse, raiva,
ansiedade, etc.) e fuja deles;
4. Procure fazer 5 a 6 refeições ao dia, guardando um intervalo de 3 horas entre
elas, sempre em pequenos volumes, assim seu apetite estará diminuído nas
refeições subsequentes;
5. Faça seu prato uma única vez, não repita. Levante-se da mesa assim que
acabar a refeição;
6. Diminua o volume das refeições. Evite o excesso, coloque no prato a
quantidade que vai satisfazer a sua fome e não o seu desejo de comer;
7. Inicie as grandes refeições sempre com fruta e/ou verdura, de preferência
crua, por serem ricas em fibra irão proporcionar sensação mais rápida de
saciedade;
8. Substitua o açúcar de mesa por adoçante, ou procure sentir o sabor natural
dos alimentos;
9. A gordura é o nutriente mais rico em caloria por isso deve ser evitada. Pratos
como feijoada, sarapatel, dobradinha, mocotó e similares devem ser cortados
do seu cardápio;
10. Não leve a comida para mesa. Se ela ficar diante de você provavelmente
sentirá o desejo de comer mais e a sua dieta vai por água abaixo;
11. Se sentir que comeu muito em um horário, faça escolhas mais saudáveis nos
próximos para compensar. Não precisa ficar desesperada ou fazer jejum;
12. Evite ingerir em excesso ou frequentemente, alimentos hipercalóricos como:
biscoitos recheados, sanduíches, sorvetes, doces, chocolates, produtos de
pastelaria, massas em geral e refrigerantes;
13. Evite lanches rápidos fora do horário das refeições programadas;
14. Não ingerir líquidos nas principais refeições, dar um intervalo de uma hora
antes e/ou depois de alimentar-se. Experimente escovar os dentes ou
bochechar logo após a refeição, observe que a sensação de sede vai diminuir;
15. Leite e derivados não devem ser consumidos na forma integral, somente
desnatados;
16. Procure conhecer o valor calórico dos alimentos, leia atentamente os rótulos;
17. Utilize os alimentos dietéticos (diet e light), sempre prestando atenção ao
rótulo para se certificar de que existe redução calórica significativa. Alguns
destes alimentos podem ser mais calóricos do que os normais, portanto,
cuidado!
18. Nunca vá para o mercado em jejum, leve sempre uma lista do que você
deve comprar. Não adquira produtos que não pode consumir, evite comprar
alimentos prontos e fáceis de preparar. Prefira aqueles que requerem preparo,
assim você não come a qualquer hora;
19. Faça uma refeição leve antes de ir para festas, assim seu apetite estará
diminuído e você não sairá comendo tudo que encontrar pela frente;
20. Praticar atividade física regularmente é imprescindível para a perda e posterior
manutenção do peso;
21. Ingerir pelo menos 2 litros de água por dia;
22. Evite as despedidas... você vai fazer restrição alimentar por alguns meses,
não para o resto da vida.
Quando a cirurgia estiver próxima as seguintes medidas devem ser adotadas:
•
•
•
5 dias antes da cirurgia modifique a dieta para pastosa (cardápio I ).
No dia que antecede a cirurgia, a dieta deve ser líquida (cardápio II).
10h antes da cirurgia inicie o jejum absoluto.
AS NUTRICIONISTAS SÃO RESPONSÁVEIS POR ELABORAR E FORNECER
CARDÁPIO COM HORÁRIOS DE REFEIÇÕES
Orientações para o pósoperatório imediato
•
No hospital, cerca de 12h depois da cirurgia, é liberada a chamada dieta
teste, composta por líquidos restritos (chás claros, água de coco, limada e
caldo em que foi cozido alguns vegetais), 50mL a cada 2 horas;
•
24h depois o volume é aumentado para 100 mL por horário e o
fracionamento continua a cada 2h.
SUPLEMENTAÇÃO BÁSICA PÓS OPERATÓRIO
INICIAR COM 15 DIAS DE OPERADO
- Centrum ou supradyn ou Materna ou Natele – 1 comprimido/dia;
- Neutrofer fólico (se for mulher) – 150mg – 1 comprimido/dia;
SUPLEMENTAÇÃO DE PROTEÍNA:
- Opções em pó: VP2 ou Proto Whey ou Bio Protein (Whey Protein Isolate) ou
Whey Dyn (Dynamic Lab) ou 3 Whey (Nutrilatina) ou Biowhey (Performance
Nutrition) – Consumir 1 colher medida /dia batido com água e ½ fruta de sua
preferência – pode ser antes de dormir;
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA O PÓS OPERATÓRIO
PRIMEIRA FASE – Em casa: Dieta Líquida restrita
Depois da alta hospitalar, a dieta líquida restrita será mantida por 5 dias
com volume de 150mL por horário, de 2 em 2 horas, conforme cardápio e
orientações a seguir:
•
•
•
A dieta líquida restrita (líquida sem nenhum resíduo) evita desconforto
gástrico e promove melhor recuperação e cicatrização intestinal;
As preparações devem conter o menor resíduo possível. Todos os líquidos
devem ser coados em peneira fina;
Os horários podem ser os estipulados no cardápio, ou podem ser
adaptados à rotina da família, desde que mantenha intervalos de 2h e 8
refeições em 24h. Se acordar mais cedo, por exemplo, não precisa esperar
dar 8h para fazer a primeira refeição do dia.
Exemplo de cardápio da primeira fase:
Volume total por horário – 150mL
08:00 – Água de coco ou suco de melancia
10:00 – Suco de lima ou suco de maçã
12:00 – Caldo de legumes e proteína
14:00 – Chá claro ou suco de melão
16:00 – Suco de laranja-lima ou suco de uva
18:00 – Caldo de legumes e proteína
20:00 – Gelatina incolor sem sabor feita com suco de frutas de sua preferência
ou suco de frutas de sua preferência
22:00 – Água de coco ou suco de acerola
Informações Nutricionais: 316Kcal / 8g proteína / 44g de Carboidrato/ 12g
de lipídio
Alimentos que podem ser usados nos caldos:
• Batata, cenoura, chuchu, abobrinha, abóbora, beterraba, couve-flor,
brócolis, quiabo, batata doce, aipim, inhame, banana da terra;
• Proteína: peito de frango, carne de boi magra (lagarto, coxão mole e
duro, alcatra, patinho, maminha e filé mignon), peixes (pescada, linguado,
badejo, merluza, salmão, arenque);
• Todos os temperos naturais: tomate, cebola, alho, pimentão, coentro,
cebolinha, salsa, manjericão, etc podem ser utilizados à vontade para dar
sabor;
• Azeite de oliva extra virgem, depois que o caldo estiver pronto, acrescente
1 colher de chá;
• Sal à gosto (Evite o excesso).
Alimentos que não podem ser usados nessa fase:
Frutas ácidas;
• Leguminosas (feijão, lentilha ou grão de bico) para evitar a formação de
gases;
• Folhosos: couve-folha, repolho, espinafre, etc;
• Ovos, leite e derivados (queijos, iogurte, coalhada);
• Condimentos e produtos industrializados;
• Açúcar, o uso pode levar a síndrome de dumping (sintomas: suor, mal
estar, sudorese, sensação de desmaio), portanto recomenda-se o uso de
adoçantes, se preferir consuma os alimentos naturais, sem adoçar;
• Bebidas gaseificadas: água com gás e refrigerantes em geral tendem a
distender o estômago e promover desconforto gástrico, por isso devem
ser evitados;
• Isotônicas: bebidas tipo gatorade compostos principalmente por água,
•
açúcar e sal são formuladas para ajudar a repor os líquidos e sais minerais
perdidos com o suor e fornecer energia para os músculos em movimento,
ou seja, beneficiam praticante de atividade física intensa. Não é o seu caso.
Se houver necessidade será prescrito outro tipo de repositor energético
específico para seu caso;
Cafeína e alcool – estimulam as secreções gástricas, reduzem a absorção
de alguns nutrientes dentre eles o ferro, além de poder dificultar a
cicatrização gastrintestinal;
Dicas importantes:
1. Ingerir os alimentos tranquilamente em ambientes calmos;
2. Evite colocar as preparações em recipientes grandes. Procure utilizar
utensílios pequenos: colher de sobremesa, copos de cafezinho (50mL),
assim você evita distração e ingestão rápida dos líquidos, podendo levar
a dor abdominal;
3. Os 150 mL programados por horário devem ser tomados em pequenos
goles, demorando em torno de 20 minutos por refeição;
4. Beba água nos intervalos entre as refeições, degustando, saboreando, em
pequenos goles. Respeitando sempre meia hora antes e meia hora após
as refeições. Durante o dia tente ingerir de 1,0 a 1,5L de água;
5. Evitar alimentos com temperaturas extremas (muito quente ou muito
gelado), pois eles alteram a motilidade intestinal, podem interferir na
cicatrização e provocar desconforto abdominal.
SEGUNDA FASE: Dieta Líquida completa
Depois de 5 dias em casa ou 7 dias de operado, entraremos na segunda fase
de consistência líquida completa. Os líquidos ainda devem ser ralos, mas já
podem conter resíduo. As sopas são mais nutritivas e a variedade de frutas e
verduras é maior. Os alimentos já introduzidos podem ser mantidos.
Receita da sopa: Refogue a carne com temperos numa panela com um pouco
de água, em seguida acrescente as verduras para refogar. Depois acrescente
água suficiente para cozinhar. Bater todos os ingredientes no liquidificador (com
a água que cozinhou) e coar (se estiver pastoso acrescente um pouco mais de
água). Acrescente uma colher de chá de azeite de oliva e sal (moderado) na
hora de servir. Use colher de sobremesa para tomar.
Alimentos que podem ser introduzidos nas sopas:
• Leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico). Para evitar a formação
de gases deixe-as de molho na véspera.
• Vegetais folhosos: couve-folha, repolho, chicória, rúcula, agrião, salsa,
espinafre...
Frutas que podem ser consumidas na forma de suco (além daquelas que já
foram liberadas): ameixa, manga, abacate, mamão, morango, goiaba, cacau,
cajá, banana, siriguela, acerola, maçã, graviola, mangaba, cupuaçu.
Leite desnatado e iogurte natural desnatado já podem ser consumidos, desde que na forma
líquida. Se você tiver histórico de intolerância à lactose substitua por produtos à base de soja.
Alimentos que ainda não podem ser usados:
1. Condimentos e produtos industrializados;
2. Açúcar;
3. Bebidas gaseificadas e isotônicas;
4. Café e outras fontes de cafeína;
5. Bebida alcoólica.
* AS NUTRICIONISTAS SÃO RESPONSÁVEIS POR ELABORAR E
FORNECER CARDÁPIO COM HORÁRIOS DE REFEIÇÕES NESTA FASE:
(Informações Nutricionais: 612 Kcal / 36g proteína / 72g de Carboidrato/
20g de lipídio)
TERCEIRA FASE: Semi-líquida (5 dias de duração)
QUARTA FASE: Dieta pastosa (Duração 3 semanas)
* AS NUTRICIONISTAS SÃO RESPONSÁVEIS POR ELABORAR E
FORNECER CARDÁPIO COM HORÁRIOS DE REFEIÇÕES NESTA FASE
Observações importantes:
1. Mantenha ingestão de no mínimo 1 e ½ ℓ de água /dia;
2. Não introduza alimentos sem orientação da sua nutricionista;
3. Os caldos prontos, apesar de apresentarem a consistência ideal para essa
fase, devem ser evitados, pois contêm muito sal e conservantes;
4. Se a vontade de mastigar for muito grande, use “eventualmente” goma de
mascar sem açúcar;
5. A suplementação de vitaminas e minerais será iniciada após 10 dias de
cirurgia e deve ser mantida no mínimo até o final do sexto mês;
6. Antes de completar 15 dias de operado retorne ao consultório para receber
orientações específicas para terceira e quarta fases da dieta, quando vários
alimentos serão introduzidos. Lembre-se de marcar a consulta com antecedência;
Leia estas orientações quantas vezes forem necessárias para gravar as
informações nela contidas, qualquer dúvida contate sua nutricionista.
Declaro que li e entendi tudo o que foi exposto neste manual. Especialmente,
entendi a definição de obesidade, as indicações da cirurgia da obesidade,
seus riscos de complicações e de mortalidade, o caráter perene das alterações
causadas pela cirurgia da obesidade e seus possíveis benefícios. A equipe da
Gastro Obeso Center esclareceu todas as minhas dúvidas nesse momento. Fui
também encorajado(a) a formular.
Declaro que li e entendi tudo o que foi exposto neste manual. Especialmente, entendi
a definição de obesidade, as indicações da cirurgia da obesidade, seus riscos de
complicações e de mortalidade, o caráter perene das alterações causadas pela
cirurgia da obesidade e seus possíveis benefícios. A equipe da Gastro Obeso Center
esclareceu todas as minhas dúvidas nesse momento. Fui também encorajado(a) a
formular perguntas e a equipe se colocou à disposição para o esclarecimento de
dúvidas futuras.
Declaro também que tive tempo suficiente para pensar e avaliar a indicação e a
necessidade da cirurgia, que em nenhum momento foi passada a cirurgia como
uma necessidade premente e urgente e tive toda a orientação necessária.
Fui orientado(a) a realizar a avaliação e acompanhamento com a equipe
multidisciplinar como modo de reduzir complicações e melhorar os resultados do
tratamento
Local e data:
___________________, ______ de_________________de___________
___________________________________________________________
Paciente-Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
DÚVIDAS E SUGESTÕES
________________________________________________________________
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___________________________________________________________
Paciente-Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Paciente:________________________________________________________
RG:______________________________________
Data:____/ ____/_____
Hora:___h____
Pelo presente instrumento, autorizo o(a) Doutor(a) ____________________
__________________________________ e sua equipe a realizar em mim ou
no(a) paciente (em caso de responsável) _____________________________
___________ a seguinte intervenção cirúrgica (operação) ou procedimento
médico: ________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________.
• O(A) Dr.(a)______________________________________ explicou-me
a natureza e os propósitos da intervenção cirúrgica (operação) ou
procedimento médico. Também fui esclarecido(a) sobre as vantagens,
complicações, efeitos adversos, riscos e possibilidade de mortalidade,
assim com as possíveis alternativas clínicas e cirúrgicas para o tratamento
proposto. Foi-me dada à oportunidade e a liberdade de formular
perguntas e questionamentos e todos (perguntas e questionamentos)
foram respondidos de modo satisfatório.
• Entendo que, no curso da intervenção cirúrgica (operação) ou
procedimento médico, podem ocorrer situações imprevistas que
requeiram procedimentos ou operações adicionais. Por tanto, autorizo
o médico acima firmado e sua equipe a realizarem esses procedimentos
gerados devido a imprevistos.
• Autorizo e aceito a transfusão/ administração de sangue e seus derivados
durante a intervenção cirúrgica (operação) ou procedimento médico e/ou
também durante minha hospitalização.
• Aceito a presença de representantes técnicos solicitados pelo médico
durante a intervenção cirúrgica (operação) ou procedimento médico
para prestar serviços de suporte técnico aos produtos da empresa que
representam.
• Autorizo que outros profissionais da área de saúde selecionados
pelo médico observem minha intervenção cirúrgica (operação) ou
procedimento médico com fins educativos.
• Aceito que a minha intervenção cirúrgica (operação) ou procedimento
médico seja gravada em vídeo e transmitida com fins educativos, assim
como sejam tiradas fotografias, sempre respeitando os preceitos de
ética e privacidade e sem revelação de detalhes que possam gerar o
reconhecimento de minha imagem.
• Autorizo, ainda, o médico anestesiologista a administrar os medicamentos
que considere necessários. Reconheço que existem riscos a minha vida
e saúde associados à anestesia, e esses riscos a minha vida e saúde
associados à anestesia, e esses riscos me foram explicados.
• Reconheço que não me foram garantidos como absolutamente certos
e previsíveis os resultados que se esperam com a intervenção cirúrgica
(operação) ou procedimento médico.
• Certifico que li e compreendi perfeitamente esse consentimento livre e
esclarecido, que todos os espaços em branco foram completados antes
da minha assinatura e que sou capaz de expressar meu livre arbítrio.
___________________________________________________________
Paciente-Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
ABAIXO DEVE SER COMPLETADO PELO MÉDICO
Certifico e firmo que foram explicados a natureza, o propósito,
as vantagens, riscos e alternativas da proposta de intervenção
cirúrgica (operação) ou procedimento médico e todas as
perguntas e questionamentos goram respondidos de maneira
adequada. Considero que o(a) paciente entendeu completamente
o que lhe foi explicado.
_________________________________________________________
Médico- Nome e assinatura
CRM:___________________
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PROCEDIMENTO ANESTÉSICO
Paciente:__________________________________RG:___________________
Data: ____/ ____/______
Hora: __h__
• O(A) Dr.(a) ____________________________________________, durante
a consulta pré-anestésica, explicou-me claramente a proposta do
procedimento anestésico e seus benefícios, riscos, complicações
potenciais e alternativas ao procedimento. Tive a oportunidade de fazer
perguntas. E todas as minhas perguntas foram respondidas inteira e
satisfatoriamente.
• Autorizo que seja utilizado em mim ou no paciente pelo qual sou
responsável o seguinte procedimento anestésico: ____________________
_______________________________________________________ ou outros
procedimentos que o anestesista considere necessários frente a situação
imprevista que possam ocorrer e que necessitem de cuidados diferentes
daqueles inicialmente propostos.
• Reconheço que não me foi dada nenhuma garantia sobre resultados, mas
que serão utilizados todos os recursos, medicamentos e equipamentos
disponíveis no hospital para ser alcançado o melhor resultado.
• Confirmo que li e compreendi perfeitamente os itens acima e que todos
os espaços em branco foram preenchidos antes de minha assinatura.
Eu anulei quaisquer parágrafos ou palavras com os quais não estou de
acordo.
___________________________________________________________
Paciente-Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
___________________________________________________________
Testemunha- Nome e assinatura
Visita pré-anestésica (após internação)
ABAIXO DEVE SER COMPLETADO PELO ANESTESIOLOGISTA
Analisados os dados técnicos da ficha pré-anestésica, obtida
em consulta (anexa ao prontuário), reitero os benefícios e
as alternativas do procedimento anestésico, respondendo
satisfatoriamente a todas as perguntas do paciente e acredito que
o mesmo/ responsável compreendeu tudo o que foi explicado.
_________________________________________________________
Paciente- Nome e assinatura
Data:____/ ____/______
Hora:____h____
Programação
Programação da NTCO
Reuniões Semanais
SEGUNDA
Reunião de Pré- Operatório
Horário: 10:00hs às 14:00hs
TERÇA
Consultas com Equipe Multidisciplinar
Horário: 09:00hs às 18:00hs
QUARTA
Reunião de Pré-Operatório
Horário: 09:00hs às 13:00hs
QUINTA
Consultas com Equipe Multidisciplinar
Horário: 09:00hs às 18:00hs
SEXTA
Reunião de Pré-Operatório
Horário: 11:30hs às 15:30hs
Reuniões Mensais
PÓS-OPERATÓRIO
Primeira Quarta-feira do mês reunião de Pós-Operatório
(Paciente do 1° ao 4° mês de cirurgia)
REUNIÃO TEMÁTICA
Última Quarta-feira do mês